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Rosh Gilnei Ben Avraham - A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim - Primeira Parte ה הו י י כנ י כנ | יע י מוֹשׁ ד ע ל ין מ א ו“Anochy, anochy kiy Yahweh vê`ein mibaleaday moshia. Eu Sou o Eterno, e fora de mim não há Salvador.” Yeshayahú/Is 43:10 ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE DE ISRAEL http://br.groups.yahoo.com/group/ministerionazarenocomunidadeisrael/ [email protected] skype: gilnei.barboza.da.silva Rua Missionário Gunar Vingrem, 1922 Bairro Nova Brasília, Ji-Paraná/RO (69) 3421-6051 TIM 8123-5557

A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim - … Divindade...A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim Série Estudos Bíblicos - Associação Comunidade de Israel – Shutafut

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Rosh Gilnei Ben Avraham

- A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim - Primeira Parte

ואין מבלעדי מושיע| �נכי �נכי יהוה “Anochy, anochy kiy Yahweh vê`ein mibaleaday moshia.

Eu Sou o Eterno, e fora de mim não há Salvador.” Yeshayahú/Is 43:10

ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE DE ISRAEL �http://br.groups.yahoo.com/group/ministerionazarenocomunidadeisrael/

[email protected] �skype: gilnei.barboza.da.silva � Rua Missionário Gunar Vingrem, 1922

Bairro Nova Brasília, Ji-Paraná/RO �(69) 3421-6051� TIM 8123-5557

A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim

SSéérriiee EEssttuuddooss BBííbblliiccooss -- AAssssoocciiaaççããoo CCoommuunniiddaaddee ddee IIssrraaeell –– SShhuuttaaffuutt KKaahhaall YYiissrraaeell 2 שתפות קהל ישראלשתפות קהל ישראל

Introdução:

A base fundamental da emunat israeli (fé comum israelita) é a crença no Adonay Echad ou Único Soberano que sendo invisível e inigualável que não divide sua glória com ninguém e isso a distingue de todas as religiões.

Nada é mais claro no Tanach, acróstico para Torah (Lei), nevim (profetas) e ketuvim (escritos), como o conceito de que Yah é a Única Rocha, o Criador e Rei do Universo e Moschia (Salvador) a quem devemos adorar, e que antes dele nunca existiu nem um Elohim e depois também não haverá. 1

Por outro lado os ketuvim netzarim (escritos nazarenos) do “NT” conhecidos como em aramaico como peshita, e apresentam a Yeshua como Filho de Yah, Maschiach (ungido), Moschiá (Salvador), e Elohim assentado ao lado do Pai, num trono preparado pelo Pai para ele.

Estas expressões parecem conflitar com a fé judaica de um Messias de alma pré-existente, elevado à suprema grandeza terrena, mas ainda assim um homem e jamais um sócio ou parceiro do Eterno, a segunda pessoa de uma trindade e muito menos o próprio Eterno feito gente de carne e osso.

Contudo, os primeiros nazarenos ou messiânicos eram judeus e quando seus escritos são estudados sob uma ótica judaica se descobre que eles conciliavam ambas as coisas. Para os primeiros nazarenos o Rei do Universo era de fato não apenas o Elohim Av (Supremo Pai), mas também o Yahweh Echad ou seja, o Único Eterno auto-existente e Yeshua, o Filho gerado ou criado por ele para ser herdeiro de sua natureza e exaltado com plenos poderes, e ocasionalmente denominado Elohim, mas isso por imputação e não por inerência.

Eram uma seita judaica que cria que Yeshua era o Maschiach e o Bar Enash, o Filho do Homem, não um igual ao Eterno. A fé deles era, portanto judaica e nada devia as principais religiões pagãs que adoravam vários ídolos aos quais chamavam deuses, ainda que centralizassem o culto numa trindade como os egípcios, babilônios, indianos, gregos e romanos.

1 Fonte: http://www.bl.uk/onlinegallery/sacredtexts/images/syriacbib_lg.jpg

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Origens Pagãs da Doutrina da Trindade

Apesar de que o cristianismo venha defendendo a doutrina da Trindade literalmente a ferro e fogo ao longo dos séculos, o que muitos ignoram e que a doutrina não só não se harmoniza com a Bíblia como também aproxima o cristianismo das grandes religiões dos impérios pagãos que foram o berço da civilização como mostra a história.

Em Mitzraim (Egito), apesar de seus pelo menos 34

deuses, havia três que terminaram ocupando o centro de toda a adoração, Ozires, o deus dos mortos e da ressurreição, elevado a posição de supremo, sua esposa Istet (Ísis) a mãe suprema de todos os homens e seu filho Horus, o deus menino, o senhor do céu. 2

Já em Bavel (Babilônia), também politeísta, tal como

qualquer potência do mundo antigo, três de seus deuses ocupavam o centro do culto nacional, Belos, Ena e Enu, no que será seguida por Javan (Grécia) onde Zeus dividia seu trono com Apolo e Hermes.

3Roma, sucessora e herdeira destes impérios adotou sua versão da trindade, que era composta por Júpiter, Juno sua esposa (Hera dos gregos) e Minerva a deusa da sabedoria. Seres mitológicos que ocupavam o centro da reverência em Roma como ilustra a moeda ao lado, cunhada em 112 AM para

honrar numa face a Escipião, o Africano e na outra os três deuses principais. Mais tarde, percebendo que faltava ao Império um fator

aglutinador de suas forças, o que ameaçava sua estabilidade, Constantino, adorador convicto de Apolo, como mostra a moeda de ouro que mandou cunhar em honra a si e a seu grande ídolo, exigiu que o monoteísmo judaico dos seguidores de Yeshua se adaptasse ao culto imperial, e que todas as discussões sobre a natureza do Messias fossem finalizadas. 4

2 Fonte: http://www.egyptos.net/image/photos/Dieux/Triade-Divine/Egypte_louvre_triade.jpg 3 Fonte: http://www.beastcoins.com/RomanRepublican/C0161.jpg 4 Fonte da Imagem: http://www.answers.com/topic/constantine-i-the-great

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Para isso foi convocado um concílio na cidade de Nicéia, no ano 325 e no centro dos debates, estava a natureza do Messias, que se intentava definir com palavra que salvassem a precária unidade da igreja. Alguns insistiam que o Messias fosse declarado “"homousios" da mesma natureza do Pai. Outros, temendo que isso fortalecesse o partido dos que criam que o filho é co-eterno e co-igual ao Pai, propunham o termo “homoiusios" de natureza semelhante à do Pai.

Prevaleceu o conceito “homousios” e em conseqüência Yeshua foi guindado à

posição de plena igualdade para com Pai, não uma igualdade derivada, tal como revelada nas Escrituras, mas uma igualdade de co-eternidade nascida na cabeça de Alexandre, Bispo de Roma, e imposta goela abaixo sobre toda a cristandade através do seguinte credo:

Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador de todas as coisas, visíveis e

invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, da substância do Pai; Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra. O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu (do céu), se encarnou e se fez homem. Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu. Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos. E (cremos) no Espírito Santo. E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia, ou que antes que fosse gerado ele não existia, ou que ele foi criado daquilo que não existia,ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai),ou que ele é uma criatura,ou sujeito à mudança ou transformação, todos os que falem assim, são ex-comungados (anatemizados) pela Igreja Católica e Apostólica." 5Ao assumir que Yeshua não apenas participava

da natureza do Criador, por determinação e imputação do Pai, mas sim por inerência e essência que a ruach há Kodesh (espírito santo) não era o simples atributo do Criador que é espírito, mas o terceiro parceiro da divindade, Roma cristalizou a mistura de judaísmo com o paganismo derivado dos antigos mistérios do Egito, Babilônia, Grécia e Roma. O deus da igreja de Roma é portanto Único não no sentido de ser um só, como os judeus sempre creram, e como a Bíblia ensina, mas no sentido de que sua unidade é composta por três seres harmônicos e co-iguais, assim como uma família se compõe pelo marido, pela esposa e o filho.

5 Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:THE_FIRST_COUNCIL_OF_NICEA.jpg

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Saíram os deuses que brigavam entre si pelo governo do universo, e entraram em seu lugar “deuses” unidos em propósito. O que Roma vai fazer é polir, maquiar, e transformar um culto reservado a um enorme panteão de deuses e deusas numa doutrina com uma forte aparência de verdade bíblica segundo a qual, três seres distintos, co-iguais, co-essencias e co-eternos, adotam uma hierarquia de governo ante suas criaturas.

6 Por mais que se esforce, a Igreja

Romana jamais se desvencilhará do fato de que sua trindade guarda enorme semelhança com a tríade capitolina de Júpiter, Juno e Minerva. Como explicar que Pai, Filho e Espírito Santo sejam três seres supremos, e não obstante não sejam três deuses?

E como definir que tenham uma hierarquia e não obstante sejam fundidos

numa eterna e única vontade e poder é uma confusão da qual Roma é incapaz de esclarecer como se vê na confusa e débil tentativa de seu atual catecismo em parecerem monoteístas.

§ 253 A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só Deus em três

pessoas: "a Trindade consubstancial". As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza". "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina"

§ 254 As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é único, mas não solitário". "Pai", "Filho", "Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho". São distintos entre si por suas relações de origem: "E o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede".7 Roma sabe que essa barafunda toda a coloca numa confusão muito grande

entre politeísmo centralizado no triteísmo de seu passado pagão com o monoteismo praticado pelos judeus, tanto os tradicionais essênios, zelotes, fariseus e saduces, como os seguidores de Yeshua, conhecidos as vezes por meshichim e outras por notzirim. Como não se trata de uma doutrina lógica, e clara, Roma declara: 6 Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7c/Triade_Capitolina_img126.jpg 7 Catecismo da Igreja Católica, PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO - A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ, OS SÍMBOLOS DA FÉ - PARÁGRAFO 2 - O PAI Fonte: http://angelgireh.tripod.com/pp08.html

A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim

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§ 232 A Trindade é um mistério de fé no sentido estrito, um do “mistérios escondidos em Deus que não podem ser conhecidos se não forem revelados do alto". Sem dúvida, Deus deixou vestígios de seu ser trinitário em sua obra de Criação e em sua Revelação ao longo do Antigo Testamento. Mas a intimidade de seu Ser como Santíssima Trindade constitui um mistério inacessível à pura razão e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo.”8 Roma, tudo fez ao longo dos séculos para que a doutrina da trindade fosse

considerada o centro da doutrina cristã. Tanto que São Gregório Nazianzeno de Constantinopla ensinava aos catecúmenos que os entregava a um só deus e a três seres, a três seres a um só deus.9 Nada há aqui de misterioso, mas apenas de confusa, anti-bíblica e abominável teoria que nunca encontrou amparo nos ensinos do grande Rabi Yeshua.

As Declarações de Yeshua Desmentem que ele Faça Parte de uma Trindade

Claro, que dentro desse esquema de Roma, Yeshua era de fato um com o Pai, não em unidade como ele ensinou, mas um em essência, como ele próprio negou. Roma, em seu célebre diagrama afirma que o Pai não é Elohim sozinho, nem o Filho, e nem o Espírito Santo, mas que os três o são em unidade e Yeshua é uma extensão do ser Eterno, Onipotente, Onisciente e Onipresente revelado no Tanach.

Entretanto, é o próprio Yeshua, cujas palavras são reputadas como

verdadeiras, que desmistifica a crença católica de ser ele da mesma essência do Pai. Diversas declarações do Maschiach porão de manifesto que tanto o trinitarianismo seguido pelo catolicismo como o modalismo de pentecostais, neo-pentecostais e nazarenos, são doutrinas cristãs pagãs, e não messiânicas e judaicas e que não passam no crivo das escrituras, ainda que pareçam monoteístas como se verá. 8 Catecismo da Igreja Católica, PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO - A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ, OS SÍMBOLOS DA FÉ - PARÁGRAFO 2 - O PAI Fonte: http://angelgireh.tripod.com/pp08.html 9 “Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim.” Catecismo da Igreja Católica, PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO - A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ, OS SÍMBOLOS DA FÉ - PARÁGRAFO 2 - O PAI Fonte: http://angelgireh.tripod.com/pp08.html

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O Filho não é Onipotente:

Embora “Jesus,” o Messias católico seja apresentado como “Deus” em seu mais alto sentido, e por isso mesmo em nada inferior ao Pai ou a qualquer outro ser no céu ou na terra, e, por conseguinte onipotente, o Yeshua, Messias judeu declarou que todo o poder que possuía, não procedia dele como fonte, mas do Pai que o exaltou e lhe deu poder e autoridade:

“E, chegando-se Yeshua, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu

e na terra.” Yochanam/João 28:28. Como seguidores de Yeshua, os shalichim ou enviados por ele criam

sim que o Maschiach era o Ben Elion, o Filho do Altíssimo e o mais exaltado de todos os seres da criação, mas tinham, não obstante a isso uma apreciação devida de sua verdadeira posição ante o Pai.

“Por isso, também Elohim o exaltou soberanamente, e

lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Yeshua se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Yeshua há Maschiach é Adon, para kvod (glória) de Elohim Av (Pai).” Filipenses 2:9-11.

Ora você não pode glorificar adequadamente ao Pai enquanto imagina pelos

sortilégios de Roma que Yeshua é inerentemente exaltado acima de todas as criaturas. As Escrituras dizem coisa completamente diferente, dizem que o Pai o exaltou e lhe deu autoridade, para salvar aqueles que lhe foram entregues. Isso é o testemunho de Yeshua.

“Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a

todos quantos lhe deste.” Yochanan/João 17:2. Os verdadeiros crentes na bessorat ou evangelho são tão firmes na sua

convicção de que Yeshua veio a possuir todo o poder como na certeza de que esse poder não proveio dele mesmo, mas lhe foi outorgado pelo Pai. Isso em nada diminui Yeshua, pelo contrário o coloca no lugar que ele sempre desejou que os talmidim o colocassem, que é o lugar de servo, que não tinha nem a vontade e nem o poder para fazer nada por si mesmo.

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“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” Yochanan/João 5:30.

O Pai é Maior do que o Filho: Duas coisas deveriam ser claras. A primeira é que o Pai é onipotente, está

acima de todos, inclusive de seu Filho. A segunda é que não há poder na terra, no céu ou no inferno capaz de arrebatar e levar à perdição uma única das ovelhas salvas pelo Messias. A razão disso é dada nessas palavras do Maschiach:

“Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da

mão de meu Pai.” Yochanan/João 10:28. Os sortilégios de Roma, abundantes como suas catedrais, bispos e prelados,

são de que o Pai é maior que todos os seres criador no universo, mas não maior que Yeshua, pois como poderia ser alguém maior que aquele que lhe é co-igual?

Entretanto não deveria haver a menor dúvida quanto ao fato de que Yeshua

não é co-igual ao Pai, ainda que por comunhão pudesse dizer eu e o Pai somos um, pois ele mesmo disse que o Pai era maior do que ele.

“Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis,

certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.” Yochanan/João 14;28.

A linguagem da bessorat não comporta dúvidas, Yeshua

é o Filho de Elohim, e por isso mesmo menor que seu Pai de quem recebeu seu poder e sua glória. Por essa mesma razão

ele se reduziu a nada para que o Pai o exaltasse sobre todos. Ele fez lembrar que ele não se tinha glorificado a si mesmo como

afirmam os sofistas cristãos, trinitarianos e triunirarianos, (modalistas), sim que havia sido glorificado pelo Pai que o

tinha enviado, e que se ele tivesse se glorificado a si mesmo a sua própria glória não teria nenhum valor.

“Yeshua respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é

nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Elohim.” Yochanan/João 8:54.

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Yeshua é o Ben Elion – O Filho do Altíssimo – não Seu Irmão

Embora Roma assevere que Yeshua é co-eterno com o Pai, que nunca nasceu ou foi criado, as Escrituras revelam em contrapartida que ele é o “amen” (a fidelidade), e “a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Elohim.” (Guylyanáh/Apocalipse 3:14). Isso o eleva por certo acima de todas as criaturas, pois profeticamente Davi o contempla declarando sua posição como Filho do Eterno:

|אספרה אל חק Asaperah el chok

Proclamarei o decreto: :י )תה אני היום ילדתיך יהוה �מר אלי בנ

Yahweh amar elay b`ney ata hani hayom eledetichá. O Eterno me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.

Tehilim/Salmos 2:7. Assim, em cumprimento aquilo que está escrito acerca do Maschiach nos

profetas, o anjo Gavriel anunciou a Myryam sua mãe: “ובן+עליון יהיה גדול והוא Uben-Elyon yheyeh gadol vê`hu” (ele será Filho do Altíssimo e grande será). Nossas bíblias des

“Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo (hebraico Ben Elyon

Bar d`elaya, grego υιος υψιστου uios ufistou.” Lucas בר ליאדע aramaico ,בן+עליון1:32.

Esta declaração do anjo foi plenamente cumprida. Marcos começa sua epístola

declarando: “Princípio do evangelho de Yeshua Há Maschiach, Filho de Elohim.” (Marcos 1:1) Yeshua se apresentou aos homens como o Ben Elohim ou Filho do Eterno de Israel, que o santificou e enviou ao mundo:

“Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas,

porque disse: Sou Filho de Elohim?” Yochanan/João 10:36 Logo, o ensino de que Yeshua é co-eterno com o Criador, a segunda pessoa

da divindade, uma espécie de irmão gêmeo de YHWH, idêntico a ele em tudo, e que veio a esse mundo disfarçado sob uma identidade irreal, se passando por filho, quando na verdade era o próprio Pai se apóia apenas em conceitos mitológicos romanistas e nas vacas sagradas da teologia cristã e não nos testemunhos das Escrituras. Yeshua, o Maschiach judeu na mais popular de suas declarações disse:

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“Elohim amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Yochanan/João 3:16.

Uma vez que Yeshua se apresentou como o Filho Unigênito do Pai, enviado

por ele em missão de resgate, uma missão de resgate muito maior que a de Yehoshua, enviado para levar o povo ao Eretz Yisrael, pois é sua missão redimir um povo do pecado e levá-lo ao mundo vindouro, o testemunho da Brit Chadashá é unânime. Crentes, incrédulos e até demônios reconheciam nele, não o Elohim descido ao mundo, mas o Filho de Elohim enviado ao mundo.

Natanael declarou: “Rabi, tu és o Filho de Elohim; tu és o Rei de Israel.”

(Yochanan/João 1:49). O centurião romano que conduziu a guarda durante sua execução disse ao vê-lo expirar: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Elohim.”(Marcos 15:39). Os “espíritos imundos vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Elohim.” (Marcos 3:11).

Mas o testemunho maior é o do próprio Pai, que através de sua ruach

declarou: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Matytyahú/Mateus 3:17). As Escrituras foram produzidas, não para que criemos nossa própria teologia e muito menos que creiamos que Yeshua é o Elohim Único, pelo contrário.

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Yeshua é o Maschiach, o

Bem Elohim (Filho de Elohim), e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” Yochanan/João 20:31.

Yeshua não é Co-eterno, mas Recebeu Vida do Pai

Ora, não existem filhos com a idade dos pais. Se o Criador quisesse dar a conhecer o mistério de um ser co-eterno com ele, certamente não o chamaria de filho, pois essa palavra está indelevelmente ligada ao conceito de origem e procedência. E se emprega para descrever aqueles que procedem de nós ou por nós adotados, e esse é um conceito universal que vale tanto para um nigeriano como para um tibetano, para um italiano como para um israelita.

Ora, um filho é sempre alguém menor, mais jovem, que recebe proteção, ajuda

e dom de seu Pai. Yeshua como Filho, é não apenas herdeiro da vida de seu Pai, mas também seu receptor.

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“Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.” Yochanan/João 5:26.

Avançar, além disso, supor que o Messias possuía vida inerente, não derivada

de ninguém, é ir além do que ele mesmo declarou, e mais do que isso, é criar um Messias à imagem e semelhança de nossos gostos e inclinações e recusar o testemunho do Messias de Israel.

É evidente que não colocamos Yeshua em nível dos demais homens, seus

irmãos. A razão disso é que ele recebeu poder sobre toda a carne, a fim de salvar dela (de toda a carne), aqueles que Pai lhe deu.

“Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a

todos quantos lhe deste.” Yochanan/João 17:2. Como Filho de Elohim, Yeshua recebeu autoridade para dar vida na sua

expressão maior, aquela que pode ser chamada de vida eterna, e esta vida ele pode transmitir a seus irmãos, a quem chama de suas ovelhas.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;

dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.” Yochanan/João 10:27-28.

Yeshua não é Onisciente: A onisciência é um dos atributos do Criador que diz de si mesmo:

“anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam;” (Yeshayahú/Isaías 46:10). Nesse propósito o Eterno emprega profetas, que antecipam os acontecimentos.

O profeta Eliaha previu com absoluta precisão que no

dia seguinte o trigo e a cevada despencariam de preço numa cidade sitiada, e no outro dia, para espanto de todos, os inimigos se retiraram misteriosamente deixando suas provisões, nas mãos dos sitiados e os preços caíram. (Melachim Beit/2 Reis 7:1, 16). Da mesma forma como “homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Elohim e de todo o povo,” (Lucas 24;19) Yeshua declarou: “Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou.” Yochanan/João 3:19.

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Como profeta que era, Yeshua sabia “desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar,” (Yochanan/João 6:64), e sabia quem de fato haveria de ser salvo, pois ele mesmo disse: “manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.” (Yochanan/João 17:6)

Ele sabia também que seria entregue pelos seus irmãos judeus aos gentios

que o matariam, e que ressuscitaria ao terceiro dia (Matytyahú/Mateus 20:19), mas nada disso faz dele um ser onisciente. Moshe sabia o que os israelitas fariam quando ele partisse, e Eliasha o que ocorreria no outro dia, e não obstante, não eram oniscientes.

Da mesma forma Yeshua, apesar de ter sido avisado de muitas coisas por seu

Pai, ele não era onisciente, pois sabia por revelação, e não meramente por saber como se dava com seu Pai. Nesse sentido pode-se dizer que YHWH é a fonte da sabedoria e que Yeshua é o conduto dessa sabedoria. Em sua comunhão perfeita com o pai Yeshua falava aquilo que o Pai o revelava, como ele mesmo disse:

“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que

eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” Yochanan 14:10.

Trinitarianos e modalistas, dando às palavras de Yeshua um sentido que ele não deu, dizem que ele estava por dentro de todos os segredos do Pai, e portanto, tinha conhecimento prévio de tudo, e não apenas de tudo o que lhe era mostrado.

Claro que essa é uma doutrina da razão especulativa e não da revelação. O

próprio Yeshua mostrou que não sabia o dia de sua vinda, que isso só o Pai sabia e mais ninguém.

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente

meu Pai.” Matytyahú/Mateus 24:36 Ainda que os trinitarianos e seus pares modalistas afirmem que essa era uma

postura intermediária, da manjedoura ao Calvário apenas, e que mais tarde Yeshua voltou à sua natural e divina onisciência isso também não pode ser provado pelas Escrituras, mas pode ser reprovado. Os talmidim lhe perguntaram, já depois de sua ressurreição, e imediatamente antes de sua ascensão quando ele voltaria. Sua resposta foi exatamente a mesma:

A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim

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“Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pela sua exclusiva autoridade.” Atos 1:7. Anos e anos se passaram, Yochanan estava na ilha de Patmos, Yeshua estava à direita de seu Pai no céu, e apesar disso, ainda não era onisciente. Pelo contrário, o testemunho das Escrituras dizem que ele ainda precisava da revelação do Pai a fim de conhecer o futuro particular de seu povo Israel e das nações que o cercam: “Revelação de Yeshua há Maschiach, a qual Elohim lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a Yochanan seu servo.” Guylyanáh/Apocalipse 1:1.

O que está revelado aqui? Que Yeshua como profeta maior recebeu uma

revelação da parte de Elohim, e que o anjo que estava a seu serviço foi enviado a Yochanan para que este escrevesse essa revelação a fim de que chegasse até nós. Portanto ele não era onisciente, pois um ser onisciente não pode jamais receber revelação. Não pode por que não precisa, e não precisa por que é o autor da revelação.

Ora nesse caso, Elohim o Pai é o autor da revelação dada a Yeshua enquanto

o ano é seu transmissor, Yochanan o seu escritor e nós, os seus servos somos o seu objetivo final.

Conclusão: O conceito de um deus trino ou triúno, apesar de extremamente antigo, posto que já existia muito antes de Tertuliano criar a palavra trinitas, de onde deriva trindade, é um conceito completamente pagão.

É importante que se diga ainda que embora se atribua a doutrina da Trindade a Tertuliano, que viveu no segundo século, aquele que é chamado um dos pais da igreja, não tinha em mente a criação de três seres idênticos em natureza, essência e existência como Roma ensina hoje. Tertuliano na verdade, era um monoteísta no sentido em que cria que há um só Criador como ele expressa nessa declaração:

“Não devemos supor que haja algum outro ser, exceto unicamente Deus, que

seja não gerado e incriado. . . . Como pode algo, exceto o Pai, ser mais velho, e por isso deveras mais nobre, do que o Filho de Deus, o Verbo unigênito e primogênito? . .

A Divindade de Yeshua e a Unicidade de Elohim

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. Esse [Deus] que não precisou de um Criador para lhe dar existência, será muito mais elevado em categoria do que [o Filho] que teve um autor que o trouxe à existência.”10

De fato, não há de bíblico na doutrina que nega a filiação de Yeshua a Yah

como seu Pai, e nada há de bíblico na doutrina que afirma que Deus é um conjunto de três seres igualmente eternos, onipotentes, oniscientes e onipresentes, que pela sua tão inigualável unidade formam não três, mas um único deus em três pessoas.

Isso é paganismo, uma lamentável influencia da igreja de Roma que ainda

teima e subsistir entre os cristãos. Chegou o tempo para que as Escrituras porém falem mais alto que todos os concílios e que todos os homens reunidos. Já é hora de despertar do sono letárgico a que Roma submeteu as ovelhas ao longo desses séculos.

Resta uma pergunta a responder: Se Yeshua não é Elohim no mais amplo

sentido do termo, e se ele é chamado Elohim da mesma forma que Moshe, os juízes de Israel e os anjos são assim denominados, então por que Shaul diz que nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade como aparece em Colossenses 2:9?

É evidente que o texto foi traduzido de forma tendenciosa na maioria das

Bíblias. O próprio texto receptus, cuja autoridade é questionável, e que serviu de base à Almeida, diz: οτι εν αυτω κατοικει παν το πληρωµα της θεοτητος Oti em auto katoikei to pleroma tes teotetos isso é, “nele mora a perfeição da divindade.”

Nada de corpo (grego σοµα) que nem sequer é mencionado no texto, e muito

menos de plenitude, mas de perfeição. Shaul nos está estimulando à πληρωµα pleroma ou perfeição a que um dia chegaremos (não antes de seu retorno é claro), recordando que já a temos por imputação como prova a declaração seguinte: και εστε εν αυτω πεπληρωµενοι ος εστιν kai este em auto pepleromenoi os estin e estais perfeitos nele.

O texto quer dizem simplesmente que em Yeshua está a perfeição de Elohim,

assim como somos perfeitos em seu filho. Evidentemente o texto foi forçado para passar uma idéia contrária a tudo o que o próprio Maschiach disse, a saber, que ele é menor que o Pai, e não igual a ele.

Que Yah pois nos guarde dos sortilégios de Roma. Amen v`amen.

10 26. The Ante-Nicene Fathers, Volume III, página 487.