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ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA EBRAMEC CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA GISELE SEABRA TEIXEIRA SANTOS A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA ANALGESIA E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DO JOELHO THE EFFECTIVENESS OF THE ACUPUNCTURE ON ANALGESIA AND FUNCIONALITY IN OSTEOARTHRITIS OF THE KNEES SÃO PAULO 2015

A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA ANALGESIA E … · Peripheral osteoarthritis often occurs in knee, hip and hand, ... musculatura adjacente, mas não sobre o processo patológico degenerativo

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ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA – EBRAMEC

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA

GISELE SEABRA TEIXEIRA SANTOS

A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA ANALGESIA E

FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DO

JOELHO

THE EFFECTIVENESS OF THE ACUPUNCTURE ON

ANALGESIA AND FUNCIONALITY IN OSTEOARTHRITIS OF

THE KNEES

SÃO PAULO

2015

GISELE SEABRA TEIXEIRA SANTOS

A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA ANALGESIA E

FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DO

JOELHO

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação em

Acupuntura apresentado à EBRAMEC - Escola

Brasileira de Medicina Chinesa sob orientação do

Prof.Eduardo Vicente Jofre e Coorientador Dr.

Reginaldo de Carvalho Silva Filho.

SÃO PAULO

2015

GISELE SEABRA TEIXEIRA SANTOS

A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA ANALGESIA E

FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DO

JOELHO

BANCA EXAMINADORA

__________________________

__________________________

__________________________

__________________________ Eduardo Vicente Jofre – Orientador

__________________________ Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho -

Coorientador

__________________________ Gisele Seabra Teixeira Santos

São Paulo, ____ de __________ de _____.

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado forças para iniciar esta nova fase

na minha vida.

À minha prima Larissa, que muito me incentivou a recomeçar, sugerindo a área da Medicina

Chinesa, visto que sempre a admirei muito.

Á minha mãe, Luzia, por todo apoio, força e torcida.

Ao meu marido, pelo estímulo e por ter suportado os meus momentos difíceis, com o acúmulo

de atividades. Aos meus filhos pela força e apoio constante, e pela minha ausência, ainda que em

curtos momentos, da função materna, tragada que fui pelos mistérios desta Medicina.

Ao Professor e orientador Eduardo, pelos ensinamentos e disposição em ajudar, auxiliando-

me nas práticas ambulatoriais e transmitindo, de uma forma apaixonante e cativante, o seu amor pela

Acupuntura.

Aos Professores do curso, que transmitiram, de forma clara e inspiradora, seus conhecimentos

e o entusiasmo com a Acupuntura.

A todos que me ajudaram a percorrer esta jornada.

RESUMO

A Osteoartrose é uma afecção degenerativa da cartilagem hialina articular, que acomete, mais

frequentemente, pessoas acima dos 50 anos de idade. Manifesta-se por dor, rigidez e prejuízo

funcional da articulação atingida. Classifica-se em primária ou idiopática e secundária. Alguns fatores

de risco que contribuem são: a genética, etnia, idade, sexo, obesidade, atividades ocupacionais e

alterações biomecânicas articulares. As formas mais frequentes de osteoartrose periférica ocorrem

em joelho, coxofemoral e mão, sendo a dor o sintoma mais importante, quase sempre desproporcional

aos achados radiológicos. A limitada efetividade das terapias medicamentosas tem estimulado a busca

por tratamentos não farmacológicos como a acupuntura. Este trabalho tem como objetivo verificar o

efeito da acupuntura no alívio da dor e melhora da funcionalidade física em pacientes com Osteartrose

de Joelho, atendo-se aos dados científicos levantados por meio de pesquisa bibliográfica, em bases

de dados indexada e literatura especializada na Medicina Chinesa.

Palavras-chave: Acupuntura, Medicina Chinesa. Osteoartrose.

ABSTRACT

Osteoarthritis is a degenerative disease of the hyaline articular cartilage, which affects more often

people over 50 years of age. It is manifested by pain, stiffness and functional impairment of the

affected joint. It is classifies as primary or idiopathic and secondary. Some risk factors the may

contribute are: genetics ethnicity, age, obesity, gender, occupational activities and biomechanical

changes of the joints. Peripheral osteoarthritis often occurs in knee, hip and hand, and the main

symptom is pain, which although can be disproportionate to the radiological findings. The limited

effectiveness of drug therapies has stimulated the search for non-drug treatments such as acupuncture.

This work studies the results of acupuncture for the treatment of analgesia and functionality in Knee

Osteoarthritis. This research is based in data collected through literature review, indexed databases,

as well as specialized literature in Chinese medicine.

Keyworlds: Acupuncture, Medicine Chinese, Osteoarthritis.

LISTA DE ABREVIATURAS

OA – Osteoartrose

MC – Medicina Chinesa

FP – Fatores Patogênicos

SDO – Síndrome Dolorosa Obstrutiva

CEP – Canal de Energia Principal

R – Rim

Ba – Baço

E – Estômago

VB – Vesícula Biliar

F – Fígado

B – Bexiga

ID – Intestino Delgado

IG – Intestino Grosso

TA – Triplo Aquecedor

VC – Vaso Concepção

VG – Vaso Governador

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................09

2. O JOELHO ...................................................................................................................................10

3. OSTEOARTROSE ......................................................................................................................17

3.1 Aspectos Epidemiológicos...........................................................................................................18

3.2 Etiopatogenia ..............................................................................................................................18

3.3 Fatores de Risco ..........................................................................................................................19

3.4 Sinais e Sintomas ........................................................................................................................20

3.5 Diagnóstico ..................................................................................................................................21

3.6 Tratamento .................................................................................................................................23

4. MEDICINA CHINESA – ACUPUNTURA ...............................................................................26

5. OSTEOARTROSE NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA ..................................................29

5.1 Etiologia ......................................................................................................................................29

5.2 Patologia ......................................................................................................................................30

5.3 Identificação de Padrões ............................................................................................................31

5.4 Princípio de Tratamento ............................................................................................................32

6. OSTEOARTROSE DE JOELHO ...............................................................................................33

6.1 Diagnóstico ..................................................................................................................................33

6.2 Tratamento .................................................................................................................................34

7. ESTUDOS CIENTÍFICOS SOBRE A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA

NA OSTEOARTROSE DE JOELHO ........................................................................................37

8. CONCLUSÃO ..............................................................................................................................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................42

9

1. INTRODUÇÃO

Gonartrose é um distúrbio da articulação do joelho: “gon” significa joelho, “artro” significa

articulação e “ose”, doença. Geralmente sugere dano à superfície articular de qualquer tipo, podendo

incluir um estado mais avançado de destruição artrítica. ( 1.)

A osteoartrose (OA) é uma patologia degenerativa das articulações sinoviais, caracterizada

pela perda progressiva da cartilagem articular, que resulta em fissuração, microfraturas, esclerose

subcondral, formação de osteófitos e presença císticas. As articulações mais afetadas são as dos

joelhos, com 37% dos casos, por serem as articulações que suportam peso, impacto e grandes esforços

(2). Acomete, com maior frequência, pessoas do sexo feminino, pois, a partir da idade avançada há

uma deficiência de estrogênio que eleva os riscos para o aparecimento da OA (3). Isto ocorre, por

apresentar, a mulher, um maior diâmetro transversal do quadril, o que é uma vantagem obstétrica, e

que resulta em um maior ângulo em valgo do joelho e por ter, regra geral, uma musculatura menos

desenvolvida que os homens.

Os sintomas produzidos pela artrose são principalmente dor de intensidade variável (depende

da fase da doença) que se agrava com movimento e alivia com repouso; rigidez que desaparece com

o movimento; limitação da marcha; edema na articulação; crepitação e maior déficit de extensão do

que flexão (4).

A região medial do joelho é a região mais acometida, pois absorve aproximadamente 70% do

peso do corpo. A perda funcional remete a dificuldade de realizar atividades como sentar, subir e

descer escadas, caminhar, agachar e ajoelhar. (5)

A OA não tem cura e o tratamento tem a função de aliviar os sinais e sintomas e, quando

possível, retardar a evolução. O Tratamento inclui medidas farmacológicas (analgésicos,

antiinflamatórios não-hormonais, medicamentos tópicos e etc.) e não farmacológicas (educação e

auto-cuidado, emagrecimento, fisioterapia, exercícios, palmilhas, sapatos adequados, órteses,

bandagens, aparelhos de apoio, aplicação de calor, gelo, estimulação elétrica, acupuntura e terapia

ocupacional), além de cirurgia.(6)

Entre as alternativas não-farmacológicas a acupuntura se destaca por não apresentar efeitos

colaterais e por baixo custo, além de ser, reconhecidamente, um método eficaz de tratamento da OA

de joelho, pois melhora a dor e a amplitude dos movimentos (7), ao aliviar o espasmo muscular da

musculatura adjacente, mas não sobre o processo patológico degenerativo articular. (8)

O objetivo deste estudo é verificar a eficácia da acupuntura no quadro álgico e na

funcionalidade física em pacientes com OA de Joelho, a partir de uma revisão literária levantada

através de pesquisa bibliográfica em bases de dados indexadas, sites e livros de Medicina chinesa.

10

2. O JOELHO

O joelho é a maior e mais complexa articulação do corpo humano. Proporciona mobilidade e

estabilidade aos membros inferiores com capacidade de realizar os movimentos de extensão, flexão

e rotação. É formado por estruturas ósseas, ligamentos, meniscos, tendões e músculos.

Devido a sua estrutura anatômica, sua exposição a forças externas e às demandas funcionais

a que está sujeito, o joelho é uma das articulações mais comumente lesionadas (09).

O joelho é o local de encontro de dois importantes ossos do membro inferior: o fêmur e da

tíbia. A patela articula-se com a parte anterior do fêmur tendo como função principal a proteção

articular e o aumento da força de extensão do joelho (10).

A articulação do joelho é uma articulação sinovial, demarcada por ligamentos e cápsulas que

formam em conjunto um compartimento fechado, que contém um líquido, denominado sinovial,

lubrificante da articulação.

Sua estrutura articular é formada pelos côndilos femorais distais, côndilos tibiais proximais

ou platôs e patela (11). Os côndilos medial e lateral do fêmur são convexos, mas diferentes em forma

e dimensão. O côndilo medial é mais largo e possui uma curvatura mais simétrica que o côndilo

lateral. O côndilo lateral é menor, mas próximo ao sulco troclear, projetando-se mais anteriormente

para receber a superfície póstero-lateral da patela. Os côndilos estendem posteriormente para

acomodar a grande ADM (Amplitude de Movimento) de flexão do joelho. Os côndilos e o sulco

troclear são cobertos com cartilagem hialina (articular) os quais permitem movimento e suporte de

peso. Epicôndilos estão presentes em ambos côndilos. ( 12)

Os côndilos tibiais são também recobertos por cartilagem e estão separados entre si pelas

eminências intercondilares. O planalto tibial medial é maior e ligeiramente côncavo, enquanto o

planalto lateral é menor e côncavo de lado para lado, porém côncavo-convexo da frente para trás. Os

côndilos tibiais recebem os meniscos que ficam interpostos entre o fêmur e a tíbia (11).

A patela é um osso sesamóide, aproximadamente triangular, maior no plano proximal do que

distal. Sua superfície articular é dividida por uma crista vertical que cria uma faceta medial menor e

uma lateral maior. Durante a flexão do joelho partindo da extensão total, a patela encontra-se

inicialmente “livre”, e começa a encaixar na tróclea do fêmur conforme a progressão do movimento.

A anatomia troclear permite uma união perfeita (tipo chave-fechadura). Conforme a flexão aumenta,

o contato ósseo torna-se maior, e a pressão nas facetas articulares cresce proporcionalmente. (10,13)

11

A fíbula nunca entra na articulação do joelho. Ela tem uma pequena superfície articular com

a parte proximal da tíbia. Essa articulação normalmente se move muito pouco. (10)

Figura 1 – Anatomia Frontal, Lateral e Posterior do Joelho

A cartilagem articular é um material branco e brilhante, com consistência semelhante à

borracha, e que, na maioria das grandes articulações, possui cerca de 6 milímetros. Permite o

deslizamento normal da articulação com um pequeno grau de atrito. Tem como função absorver

choques e proporcionar uma superfície extremamente lisa para facilitar o movimento. No joelho, a

cartilagem articular cobre as extremidades do fêmur, o início da tíbia, bem como a parte de trás da

patela.

Ligamentos são faixas de tecido conjuntivo fibroso, que conectam as extremidades dos ossos.

São muito ricos em receptores nervosos sensitivos, que percebem a velocidade, o movimento, a

posição da articulação e eventuais estiramentos e dores. Transmitem, permanentemente, tais

informações ao cerebelo, que responde com ordens motoras aos músculos, sendo chamada de

sensibilidade proprioceptiva. Tais ligamentos podem ser divididos em 2 grupos principais: o pivô

central que é constituído pelos ligamentos LCP (ligamento cruzado posterior) e LCA (ligamento

cruzado anterior) e as estruturas cápsulo-ligamentares periféricas, constituídas pelos ligamentos

capsulares LCM (ligamento colateral medial) e LCL (ligamento colateral lateral).

Dois importantes ligamentos extra-articulares, são encontrados em ambos os lados da

articulação do joelho. Eles são o ligamento colateral medial (LCM) e do ligamento colateral lateral

(LCL).

No interior da articulação do joelho, dois outros importantes ligamentos conectam o fêmur a

tíbia: o ligamento cruzado anterior (LCA) na frente, e o ligamento cruzado posterior (LCP) atrás. O

12

LCM e LCL têm como função principal impedir o movimento lateral e medial do joelho (varo e

valgo). O LCA e o LCP controlam os deslocamentos ântero-posteriores da articulação.

A LCA impede que a tíbia deslize anteriormente em relação ao fêmur (gaveta anterior). O

LCP impede que a tíbia deslize para trás em relação ao fêmur (gaveta posterior). Trabalhando em

conjunto, estes dois ligamentos têm como principal função o controle da estabilidade do joelho (10).

Figura 2 – Ligamentos, Cartilagem, Menisco do Joelho

Os meniscos são duas estruturas semi-circulares em forma de meia lua que possuem como

função principal o amortecimento articular e a distribuição do peso exercido sobre a articulação. São

estruturas fibrocartilaginosas curvas, localizadas entre as superfícies articulares opostas e ligadas

entre si e a cápsula articular. Os dois meniscos do joelho são importantes por dois motivos: (1)

funcionam como uma vedação para espalhar a força do peso do corpo sobre uma área maior de

superfície, e (2) contribuem de forma secundária com a estabilidade articular.

Imagine o joelho como uma bola em repouso sobre uma superfície plana. A bola é o fim do

fêmur, que entra em contato com esta superfície, que é o topo da tíbia. Os meniscos agem como uma

vedação, ajudando a distribuir o peso do fêmur com a tíbia.

13

Sem os meniscos, qualquer peso sobre o fêmur se concentraria em um ponto da tíbia. Mas

com os meniscos, o peso está distribuído em toda a superfície da tíbia.

Os meniscos do joelho tornam a articulação mais estável, agindo como uma cunha entre os

ossos.

Figura 3 - Vista Superior do Joelho

Tendões são semelhantes aos ligamentos. São estruturas que conectam os músculos aos ossos.

O maior tendão do joelho é o tendão patelar, que liga a patela à tíbia. Acima da patela temos o tendão

do quadríceps que une o músculo quadríceps á patela. Os músculos isquiotibiais, na parte posterior

da coxa, também têm tendões que passam e inserem-se em uma região denominada de pata de ganso

(região Antero medial da tíbia). Esses tendões são, por vezes, utilizados como enxertos para substituir

os ligamentos cruzados no joelho. (10)

14

Figura 4 – Vista Lateral do Joelho

O mecanismo extensor é o motor que impulsiona a articulação do joelho e permite-nos

caminhar. Localiza-se na frente da articulação do joelho e é composto da patela, tendão patelar, tendão

do quadríceps e os músculos quadríceps. (10)

Os quatro músculos quadríceps na frente da coxa (reto femoral, vasto lateral, vasto medial e

vasto intermédio) são os músculos que seguem através do tendão do quadríceps até sua inserção na

patela. Estes músculos se contraem, estendendo o joelho. A patela atua aumentando a força do

músculo quadríceps ao estender o joelho.

Os músculos isquiotibiais (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) ficam na parte

de trás do joelho e atuam fletindo o mesmo.

Os músculos flexores mediais (semimembranáceo, semitendíneo e grácil) participam também

da rotação interna durante a flexão. O músculo semimembranáceo é o mais importante rotador interno

e, além disso, participa do reforço capsular póstero-medial e da ancoragem do corno posterior do

menisco medial. Os músculos semitendíneo, grácil, e sartório constituem, em sua inserção, o pé

anserino e também participam da rotação interna da perna em flexão. (14)

15

Figura 5 – MúsculosExtensores

Figura 6 - Músculos flexores

16

Figura 7 - Músculos Rotatores

O mais importante nervo do joelho é o ciático na parte de trás do joelho. Este grande nnervo

estende-se para a perna e pé, fornecendo sensação e controle muscular. O nervo divide-se, um pouco

acima do joelho, para formar o nervo tibial e o nervo fibular. O nervo tibial continua para baixo a

parte posterior da perna, enquanto o nervo fibular viaja ao redor da parte externa do joelho e na

anterior da perna e pé. Ambos podem ser danificados por lesões ao redor do joelho.

A artéria poplítea e veias poplíteas são o maior suprimento sanguíneo para a perna e pé. Se a

artéria poplítea está danificada é necessário seu reparo imediato, pois sem ela é muito provável que a

perna não seja capaz de sobreviver. A artéria poplítea transporta sangue para a perna e pé. A veia

poplítea transporta sangue de volta ao coração. (10)

Figura 8 – Artérias e Veias que passam pelo Joelho

17

3. OSTEOARTROSE

Das patologias que atingem indivíduos a partir dos 40 anos, a OA é a mais comum delas,

ocorrendo em até 90 % da população adulta. Tão antiga quanto a própria história da humanidade,

acomete, indistintamente, todos os vertebrados. Estudos realizados em fósseis de dinossauros

demonstraram que esta alteração articular já se encontrava presente na era pré-histórica.

A OA, também conhecida como artrose, processo degradativo articular, processo

degenerativo articular etc., resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a

reparação da mesma. Entende-se por cartilagem articular, um tecido especial que reveste a

extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que apresentam alguma movimentação entre si. São

exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as

vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula, e etc. Em todas estas

articulações está presente o tecido cartilaginoso.

A cartilagem articular tem como função básica diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas

quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de

choque quando submetido a forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou

de tração, como no caso dos membros superiores. Para diminuir o atrito entre dois ossos, outras

estruturas-parte da articulação desempenham papéis específicos, como o líquido sinovial, que

lubrifica as articulações e, os ligamentos que ajudam a mantê-las unidas e estáveis.

Uma articulação normal é formada por células chamadas Condróticos, responsáveis pela

fabricação de substâncias necessárias para o bom funcionamento da cartilagem articular. Entre estas

substâncias, encontra-se o Colágeno, que atua como uma malha de sustentação, retendo as demais

substâncias existentes dentro da cartilagem (Sulfato de Glicosamina, Sulfato decondroitina, querato

sulfato), que agem como moléculas que retêm água, ajudando, com isso, a absorção mecânica de

compressão e tração.

A cartilagem articular, na verdade, funciona como uma grande mola ou esponja de silicone

embebida na água. Seu estado e integridade são fatores primordiais para a saúde da articulação.

Qualquer desequilíbrio nos componentes articulares acarretará o processo degenerativo e,

consequentemente, o desenvolvimento da Osteoartrose. (15)

A OA, sob o ponto de vista médico, divide-se em dois grandes grupos: Osteoartrose Primária,

formada por indivíduos que apresentam herança genética, em que a patologia se desenvolve

independentemente de fatores externos; e Osteoartrose Secundária, formada por indivíduos que, em

virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar

a patologia. Incluem-se, neste grupo, indivíduos obesos, os que sofreram traumas articulares tais

18

como entorses, fraturas, luxações, os que sofreram alterações hormonais específicas, os que praticam

esportes com micros traumatismos de repetição, os que executam esportes de desaceleração (como

saltos), anomalia de eixo dos membros inferiores (genuvarum ou genuvalgum) que pode,

igualmente, conduzir a um desgaste da cartilagem. Doenças inflamatórias, doenças ósseas

(Osteonecrose). Pacientes com lesões crônicas de menisco e ligamento também têm um risco maior

de desenvolver osteoartrose a longo prazo (15,16).

Pessoas que fazem parte do grupo de risco devem iniciar, precocemente, um tratamento

preventivo, a fim de minimizar os sintomas desagradáveis desta patologia, que, na fase avançada,

causa dor e incapacidade funcional.

3.1 Aspectos epidemiológicos

A doença é de caráter crônico, evolução lenta e sem comprometimento sistêmico de outros

órgãos. Afeta as articulações periféricas e axiais, e comumente as que suportam peso. Na grande

maioria dos indivíduos o seu desenvolvimento é silencioso.

Normalmente, atinge uma ou mais articulações de forma auto limitada ainda que, em alguns

casos, apresente-se de forma generalizada.

Atinge principalmente o sexo feminino, na idade adulta entre a 4ª e 5ª décadas e durante a

menopausa, sendo que esta incidência aumenta progressivamente com a idade. A patologia é um

tanto incomum em pessoas abaixo dos 40 anos, sendo semelhante em sua frequência, para ambos os

sexos. Estudos radiológicos demonstraram que a frequência da OA gira em torno de 5% em

indivíduos com menos de 30 anos e, atinge 70% a 80% daqueles com mais de 65 anos. Contudo,

apenas 20% a 30% dos portadores de alterações radiológicas apresentam sintomas da doença.

Na articulação do joelho, evidenciou-se, que 52% da população adulta apresentam sinais

radiológicos da doença, salientando-se que, somente 20% destas apresentam alterações consideradas

graves ou moderadas.

A incidência desta patologia aumenta com a idade, estimando-se atingir 85% da população

até os 64 anos. Aos 85 anos ela é universal. Seu impacto social e grau de incapacidade são tão

importantes, motivando a Organização Mundial de Saúde a criar a Década do Osso e da Articulação

– Movimento Articular 2000 – 2010. (15)

3.2 Etiopatogenia

Apesar dos vários estudos realizados até hoje, procurando encontrar um fator causador da OA,

nenhuma teoria foi confirmada sobre sua origem e início. Inúmeras hipóteses tem sido formuladas

19

para explicar esta patologia, ressaltando-se a teoria mecânica que propõe que sobrecargas repetitivas

ou macro traumas podem desestruturar a malha de fibras colágenas, rompendo as cadeias de

proteoglicanos, diminuindo, com isso, o efeito de amortecimento de choque.

A alteração na quantidade de proteoglicanos acarreta uma hiper-hidratação da cartilagem,

diminuindo as suas propriedades visco elásticas e, como conseqüência, aumentando a transmissão

dos estímulos ao osso subcondral, que se hipertrofia, perdendo complacência e acarretando o

aparecimento de fissuras e fibrilações.

Somente esta teoria não explica todos fenômenos existentes no processo de OA já que se

acredita que esta decorre também da interação de fatores biológicos, genéticos e bioquímicos, agindo

sozinhos, ou em associação, em todos os componentes das articulações (sinovia, cartilagem e osso

subcondral).

As propriedades essenciais da cartilagem articular são dependentes de uma população celular

específica (CONDRÓCITOS), a grande responsável pela produção dos componentes da cartilagem

(colágeno + matrixprotéica + proteoglicanos).

O Condrócito é o grande responsável, tanto pelo estado anabólico (síntese), quanto catabólico

(destruição) da cartilagem articular, desempenhando seu papel específico, dependendo do estímulo

existente (15).

3.3 Fatores de Risco

Vários são os fatores de risco para a OA, sendo que a idade constitui um destes fatores. Diante

desta afirmação e, com aumento da expectativa de vida da população mundial, a OA torna-se uma

patologia de grande importância na saúde pública.

São classificados dois grandes grupos de fatores de risco, o primeiro decorrente da

suscetibilidade individual e o segundo derivado dos fatores mecânicos.

São considerados fatores de suscetibilidade individual a:

. Hereditariedade (filhas de mães com artrose tem mais probabilidade de desenvolver a

patologia).

. Fatores Hormonais (descontroles hormonais propiciam a agudização da doença).

. Obesidade (indivíduos obesos possuem maior carga articular propiciando os fenômenos

degradativos).

. Massa óssea (alterações de massa óssea interferem no aparecimento da patologia).

20

. Hiper-motilidade (implica em maior stress articular e, consequentemente maior facilidade

de ruptura da malha colágena).

. Doenças metabólicas.

São considerados fatores mecânicos:

. Macro traumas.

. Traumas repetitivos localizados.

. Sobrecargas esportivas.

. Uso inadequado de aparelhos de musculação.

. Alteração da biomecânica normal da articulação.

Em muitos destes fatores de risco há como se intervir, através de uma correção ou tratamento

precoce, procurando-se evitar o aparecimento desta patologia.

Perda de peso, equilíbrio e controle hormonal, orientação esportiva correta, uso de calçados

adequados, correção de posturas, são medidas úteis e devem ser adotadas precocemente.(15)

3.4 Sinais e Sintomas

A gonartrose caracteriza-se por dor, espasmos musculares, rigidez, limitação de movimentos,

desgaste da cartilagem articular, fraqueza muscular, tumefação articular, crepitação, deformidades e

perda de função. Pode apresentar períodos agudos de aumento do quadro doloroso e sintomas

inflamatórios, como calor local, rubor e incapacidade funcional total. Na classificação, proposta por

Dejour; Carret; Walsh (1991, apud HARRES, 2008), a artrose do joelho pode ser dividida em quatro

estágios:

estágio I - em que a doença é chamada de pré-artrose. Não há lesão óssea subcondral, Notam-

se apenas ligeiras alterações da cartilagem, com dor leve, aparecimento periódico de aumento do

líquido articular, osteofitose incipiente, sinovite e presença de cistos poplíteos. Os exames

radiológicos são geralmente normais ou com alterações incipientes nesse estágio;

estágio II, na chamada artrose inicial, o exame radiológico mostra pinçamento parcial das

superfícies articulares, osteofitose definida, bem como os mesmos sinais e sintomas clínicos

apresentados no estágio I;

estágio III, na chamada artrose com desequilíbrio, o desgaste cartilaginoso e ósseo propicia

deformidade em varo ou valgo de joelho, quando no apoio. O exame radiológico mostra pinçamento

21

mais significativo nas superfícies articulares, bem como sinais e sintomas clínicos com maior

gravidade. O joelho pode se apresentar em posição de semiflexão sem que o paciente consiga estendê-

lo completamente e crises agudas de dor, inflamação e limitação funcional parcial;

estágio IV, na chamada artrose severa, a dor em repouso caracteriza a fase final,

acompanhada de deformidades e incapacidade funcional total. Nesse estágio, o tratamento tem, como

única opção efetiva, a prótese total, cirurgia de grande porte, com risco de infecções e complicações

também mais severas em alguns casos. A frustração da possibilidade de solução cirúrgica do quadro

pode aparecer por falta de condições clínicas do paciente, seja pela idade avançada, seja pela presença

de comorbidades (duas ou mais doenças relacionadas).(17)

3.5 Diagnóstico

O diagnóstico da OA de joelho é clínico-radiológico. Geralmente, sintomas e sinais como dor,

limitações de mobilidade, crepitação, derrame articular e deformidades estão presentes, mas são

inespecíficas, pois podem estar presentes em outras afecções, como nas doenças articulares

inflamatórias. Assim, para a um diagnóstico preciso da AO de joelho, deve-se verificar a existência

de alterações degenerativas reacionais como a ocorrência de osteófitos e/ou diminuição do espaço

articular. (18)

Os critérios diagnósticos da OA de joelho criados pelo American College of Rheumatology

(ACR) incluem Movimentos clínicos, parâmetros laboratoriais e/ou radiológicos (tabela I). (19)

22

Tabela I– Critérios para classificação de osteoartrose idiopática de joelhos

Clínico Clínico e laboratorial Clínico e radiográfico

Dor no joelho* mais

pelo menos 3 dos 6

critérios

Dor no joelho* mais pelo

menos 5 dos 9 critérios

Dor no joelho* mais

pelo menos 1 dos 3

critérios

Idade > 50 anos

Rigidez matinal < 30

minutos

Crepitações articulares

ao movimento

Sensibilidade à

compressão óssea

Alargamento ósseo

Ausência de calor local

Idade > 50 anos

Rigidez matinal < 30 min

Crepitações articulares ao

movimento

Sensibilidade à compressão

óssea

Alargamento ósseo

Ausência de calor local

Hemossedimentação < 40

mm/h

Fator reumatoide < 1:40

Líquido sinovial sugestivo de

artrose (límpido, viscoso,

contagem leucocitária <

2.000/mm3)

Idade > 50 anos

Rigidez matinal < 30 min

Crepitações articulares ao

movimento

Osteófitos

Sensibilidade: 95%

Especificidade: 69%

Sensibilidade: 92%

Especificidade: 75%

Sensibilidade: 91%

Especificidade: 86%

O diagnóstico da OA pode ser unicompartimental, bicompartimental, tricompartimental

(panartrose) ou falência total da articulação. Para obtê-lo é necessário uma anamnese seguida de

exame físico, meticuloso, comparando-se o joelho afetado com o outro sadio. Inclui inspeção,

observação do trofismo muscular, da marcha, da aptidão funcional e dos compartimentos articulares

comprometidos (fêmuro-tibial medial, fêmuro-tibial lateral, patelo-troclear ou tricompartimental,

classificado como panartrose). Deformidades (varo, valgo e flexo), obesidade e, por fim,

deformidades ou distúrbios em outras articulações, como quadris, tornozelos e coluna vertebral,

devidamente avaliados. Os exames de imagem, como Raio-X, Tomografia Computadorizada,

Ressonância Nuclear Magnética, Ecografia, Cintilografia óssea e exames clínico-laboratoriais,

integram a avaliação clínica. A evidência radiológica de gonartrose e sua graduação, conforme

classificação de Kellgren; Lawrence (Tabela II) aparece entre os achados mais frequentes na

avaliação dos pacientes. O exame radiológico sugere o diagnóstico de gonartrose, quando apresenta

pelo menos grau 1, de acordo com a classificação a seguir (17):

23

Tabela II – Classificação radiológica da osteoartrose de joelho – Kellgren&Lawrence (Fonte:

apud HARRES, 2008)

Grau Kellgren&

Lawrence

Radiografia antero posterior e

lateral

1 - Incipiente Osteofitose mínima de significado

duvidoso

2 - Mínima Osteofitose definida, espaço

articular preservado

3 - Moderada Osteofitose definida, redução

moderada do espaço articular

4 - Severa Osteofitose exuberante, redução

severa do espaço articular,

esclerose óssea subcondral,

subluxação da tíbia

5 - Grave Osteofitose exuberante, redução

severa do espaço articular,

esclerose óssea subcondral,

subluxação da tíbia, severo atrito

ósseo.

Figura 9 : Imagens radiológicas de osteoartrose de joelho, classificação

Kellgren&Lawrence

3.6 Tratamento

É multidisciplinar, com a participação de educadores, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas

educacionais e médicos reumatologistas, generalistas, geriatras e ortopedistas. O tratamento objetiva:

reduzir a dor, manter a função, melhorar a qualidade de vida, prevenir ou retardar a progressão para

o dano estrutural articular e retardar ou evitar a artroplastia. (20,21).

Na análise do paciente para tratamento, devemos levar em consideração a localização do

comprometimento articular (generalizada ou localizada em articulações específicas), se a doença

24

apresenta sinais de atividade” presente, como dor noturna, rigidez matinal prolongada e inflamação

articular, e se na gravidade considerada existe indícios de dano estrutural articular, com deformidades

e perda funcional. (21).

O tratamento é dividido em farmacológico e não farmacológico.

O tratamento farmacológico inclui as medicações utilizadas por via oral ou parenteral que

incluem analgésicos comuns, anti-inflamatórios não hormonais (AINH), analgésicos opioides,

agentes modificadores da estrutura do tecido conectivo (CTSMA) e drogas potencialmente

modificadoras da doença osteoartrósica (DMOAD), terapia intra-articular, corticóides,

viscossuplementadores, lavagem articular fechada.

Entre as novas drogas estudadas para o tratamento da osteoartrose destacam-se os inibidores

de caspase (1, 3 e 8) que, em modelos experimentais, reduzem a gravidade da lesão cartilaginosa.

Sugere-se que estas drogas possam ter um efeito modificador da doença em humanos.

A manipulação de fatores de crescimento e de citocinas vem sendo estudada como uma

possível forma de modificar a evolução da OA. Especificamente vem-se observando o efeito

condroprotetor de drogas modificadoras da resposta biológica, como os antifator de necrose tumoral

alfa (anti TNF-alfa), em pacientes com artrites destrutivas por artrite reumatoide ou

espondiloartropatias soronegativas. O uso destes agentes para o manejo da OA é ainda experimental.

A terapia gênica é aventada como uma forma de induzir regeneração do tecido cartilaginoso

previamente lesado, sendo necessários maiores estudos para determinar possíveis benefícios clínicos

em pacientes com osteoartrose.

O tratamento não farmacológico abrange educação, fisioterapia, terapia ocupacional, controle

da obesidade, Acupuntura, auxílios, bengalas, palmilhas, órteses. Comumente pacientes com o OA

recorrem ao uso de terapias alternativas ou complementares. Estudos populacionais indicam que até

25% desses pacientes façam uso rotineiro e 70% uso esporádico de algumas dessas medidas,

incluindo fitoterapia, dietoterapia, homeopatia, intervenções mentais-corpóreas, massoterapia,

terapia eletromagnética e Acupuntura, com resultados variáveis. Dentre essas terapias, a mais

avaliada é a Acupuntura. Ainda faltam dados de estudos controlados e randomizados que dêem

suporte à sua indicação rotineira.

O tratamento cirúrgico para a AO só deve ser considerado após esgotar os tratamentos

clínicos. Candidatos a este tratamento são os pacientes que apresentem sintomas dolorosos

moderados a intensos não aliviados pela terapia medicamentosa e/ou com comprometimento

funcional, geralmente associados à presença de significantes anormalidades radiográficas.

25

Os procedimentos mais amplamente realizados são artroscopia, osteotomia, artroplastia e

artrodese. (19)

26

4. MEDICINA CHINESA – ACUPUNTURA

A MC é um conjunto de conhecimentos e práticas terapêuticas surgido há mais ou menos 4500

anos, objetivando prevenir, curar ou atenuar as doenças. (22)

Suas concepções são dirigidas mais ao estudo dos fatores causadores das doenças, ao

tratamento, conforme os estágios da evolução da doença, e, principalmente, aos estudos de sua

prevenção, onde reside toda a essência da filosofia e da Medicina Chinesa. (23) Para a MC, a causa

da doença é o desequilíbrio da energia interna, induzida pelo meio ambiente (fatores externos), ou

pela alimentação desregrada, emoções retidas, fadigas (fatores internos).

Cinco são as principais terapias da MC: Acupuntura e Moxabustão, Fitoterapia, Tui-Na,

Exercícios terapêuticos (Qi Gong), Dietoterapia (24).

Diversas lendas discorrem sobre o início da Acupuntura, do princípio desta metodologia de

tratamento, sem que exista qualquer comprovação.

O que se sabe é que, segundo alguns estudiosos, na Pré-História, eram utilizadas agulhas,

feitas de lascas de pedras ou de bambu, para tratar diversos tipos de sintomatologias. As agulhas de

pedra eram conhecidas como “bian” que significa pedra. Estas agulhas eram inseridas no organismo,

em pontos específicos, e promoviam um reequilíbrio geral do organismo (25).

Apesar dos avanços da metalurgia ao longo dos séculos, somente no século II a.C., as agulhas

de pedras e ossos foram substituídas pelas de metal.

O manuscrito mais antigo que se tem notícia é o Huang Nei-Jing, conhecido no ocidente como

Cânon de Medicina, ou como Livro de Tratamentos do Imperador Amarelo. É um resumo das

experiências médicas e dos conhecimentos adquiridos por médicos Acupuntores (Acupunturistas)

chineses, ao longo dos anos (25). Esta literatura teve fundamental importância na MC e na

Acupuntura, pois foi um dos primeiros textos de medicina do mundo e incluía as teorias do Yin-Yang,

dos Cinco Movimentos, Zang Fu, Canais de energia e colaterais, Qi e sangue, fluído corpóreo e cinco

emoções e seis fatores patogênicos exógenos, os princípios do diagnóstico, prevenção e tratamento

de doenças (26).

No decorrer da história da Acupuntura, os antigos doutores formulavam a teoria do “Canal”

(“meridiano” ou Jingluo) para explicar a descoberta clínica de inter-relação especificas entre

diferentes partes do corpo (27).

A Acupuntura é o recurso terapêutico mais conhecido da MC no Ocidente. No Oriente é

conhecida como Zhen Jiu (agulha fogo), e baseia-se na estimulação de determinados pontos do corpo

com agulha ou com fogo, com a finalidade de introduzir, mobilizar, circular ou desbloquear energia

27

(Qi) nos Canais, além de retirar as energias turvas (perversas), promovendo a harmonização, o

fortalecimento dos órgãos, das vísceras e do corpo (23).

Segundo Marques Filho (2009) no conceito de Yin e Yang está a base de tudo que compõe e

existe no universo. Em tudo existe a forma bipolar das energias Yin e Yang que são, necessariamente,

componentes presentes e complementares para o próprio universo. Explica também que, por meio

dos cinco Movimentos é possível entender e justificar como ocorrem os fenômenos de geração,

controle de desenvolvimento e destruição de toda a natureza, inclusive do homem, no que diz respeito

ao nascimento, vida, saúde, doença e morte (28).

A Energia (Qi) é a forma imaterial que promove o dinamismo, a atividade do ser

vivo. Manifesta-se sob dois aspectos principais, um de característica Yang, que

representa a Energia que produz o calor, a explosão, a ascensão, a claridade, o

aumento de todas as atividades, e o outro de característica Yin, a Energia que produz

o Frio, o retraimento, a descida, o repouso, a escuridão, a diminuição de todas as

atividades. (YAMAMURA 2001, p. LVI )

O “Qi” circula por todo corpo, através de uma rede de Canais de energia chamados meridianos

ou Canais Principais. Esses Canais são em número de doze e recebem o nome de cada órgão ou

víscera (Zang Fu) a eles ligados energeticamente. Seis destes Canais apresentam características Yang:

Bexiga (Pang Guang), Intestino Grosso (Dachang), Intestino Delgado (Xiao Xang), Vesícula Biliar

(Dan), Estômago (Wei) e Triplo Aquecedor (San Jiao); e seis características Yin: Coração (Xin),

Pericárdio (Jue Yin), Baço (Pi), Fígado (Gan), Pulmão (Fei) e Rim (Shen). Estes órgãos e vísceras

formam um sistema interligado que integram tanto as funções fisiológicas do organismo, suas partes,

sentidos e atividade cerebral, quanto as emoções e a relação com o ambiente externo. Os Zang

Fu relacionam-se também à produção, transformação, armazenamento e distribuição das Substâncias

Vitais, “Qi”, Sangue (Xue), Essência (Jing) e Líquidos Corpóreos (Jin Ye).

A circulação de Energia nos diversos Canais de Energia pode ser dificultada por fatores

externos ou internos, ocasionando bloqueios e estagnações de energia (Qi) e de Xue (Sangue),

originando os processos álgicos ou o mau funcionamento dos Órgãos, das Vísceras e dos

tecidos. (YAMAMURA, 2001, p. LV)

Os pontos de Acupuntura são chamados de Hsue, que na China tem o significado de “buraco”.

São pontos por onde a agulha, quando aplicada, encontra baixa resistência e, geralmente localizados

em tecidos rígidos como tendões ou tecidos moles (22). São 361 pontos localizados no trajeto dos CP

28

e no trajeto dos Vasos Extraordinários ( Ren Mai e Du Mai), além dos pontos extras e dos pontos

“Ashi” (29)

Os pontos de Acupuntura podem ter efeito semelhante em todos os Canais de Energias

Principais (pontos Shu Antigos, Luo, Yuan, etc.), podem ter ação específica (pontos Ashi,

pontos de Acupuntura em geral), podem ter função energética sobre os Zang Fu (pontos para

dispersar o Calor, a Umidade, a Mucosidade; pontos para tonificar os Zang Fu)..

(YAMAMURA, 2001, p.39)

Quando um ponto de Acupuntura ou acuponto é puncionado, ocorre uma sensação chamada

De Qi, que significa captura de energia vital, e é descrita como um “choque”, formigamento, dor,

dormência ou peso. Acredita-se que esta sensação é essencial para a obtenção dos efeitos analgésicos

da Acupuntura. (30,23)

29

5. OSTEOATROSE NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA

A Osteoartrose na MC é conhecida com Síndrome Dolorosa Obstrutiva (SDO) ou Síndrome

“Bi”.

O termo “Bi” refere-se à obstrução dos Canais causada por invasão de fatores patogênicos

externos, como Vento, Frio e Umidade; e também por trauma, deslocamento ou excesso de uso. Na

Medicina Chinesa, significa dor, sensibilidade ou entorpecimento devido a obstrução na circulação

do Qi e Xue (Sangue) nos Canais, causada pela invasão de fatores patogênicos externos (FP).

A força relativa do FP externo e do Qi do corpo é crucial para o desenvolvimento da SDO. Se

os FP externos forem mais fortes que o Qi do corpo, tornam-se patogênicos e ocorre o

desenvolvimento da Síndrome.

A SDO corresponde a muitas doenças na Medicina Ocidental, tais como: Osteoartrose,

Bursites, Tendinites, Artrite Reumatóide, Colite Ulcerativa, Doença de Chron, Lúpus Eritematoso

Sistêmico e outras.

Geralmente os FP externos penetram no organismo pelas regiões cutâneas e depois nos Canais

de conexão e nos Canais dos Músculos. Quando somente os Canais dos Músculos forem invadidos,

os principais sintomas se restringem à rigidez e dor muscular, sem qualquer outra manifestação

interna como febre ou dor de garganta. Já quando a invasão se dá nos Canais de Conexão, o principal

sintoma é a dor nas articulações. A maior parte das dores e sofrimentos experimentados em pacientes

com a SDO ocorrem no nível dos Canais de Conexão e não nos Canais Principais.

5.1 – Etiologia

A invasão de FP externos como Vento, Frio e Umidade são as causas principais do

desenvolvimento da SDO.

. Vento: o mais nocivo de todos os FP, sendo quase sempre associado aos outros fatores. A

exposição ao Vento é uma causa extremamente importante da SDO. O corpo fica mais propenso a

esta invasão durante as alterações intempestivas do clima.

. Frio: causa mais comum da SDO. Ocorre por exposição ao Frio, correntes de ar, ar

condicionado e etc. O Frio contrai e congela, causando Estagnação local de Qi com dor intensa,

geralmente nas articulações.

. Umidade: comumente essa invasão decorre da exposição ao tempo úmido, sentar-se em

superfícies úmidas, andar na água, morar em um ambiente úmido.

30

. Exercícios Físicos excessivos: Prejudica tendões e músculos e debilita Qi e Sangue (Xue),

predispondo o corpo à invasão de FP externos.

. Sobrecarga de Trabalho: Trabalhar longas horas sem o descanso necessário gera Deficiência

de Sangue (Xue) ou de Yin, propiciando uma má nutrição dos Canais, o que facilita a invasão de FP

externos. Neste caso, no tratamento, é importante nutrir o Sangue e Yin e expelir os FP externos.

. Hemorragias: Perda excessiva de Sangue gera Deficiência do Sangue do Fígado, acarretando

má nutrição dos tendões e músculos e permitindo o desenvolvimento da SDO.

. Traumas: Traumas leves em determinada região do corpo gera Estagnação de Qi. Traumas

mais sérios causam Estase de Sangue (Xue). Ainda que o indivíduo aparente recuperação, a Estase

de Sangue (Xue) pode permanecer na área lesionada, e uma exposição a FP externos podem ocasionar

a SDO.

. Tensão emocional: Também contribuem no desenvolvimento da SDO, pois causam

Estagnação de Qi e Sangue (Xue), que afetam os Canais e gera má nutrição dos mesmos.

5.2 – Patologia

Por definição, a SDO é uma patologia dos Canais e não dos Órgãos internos, a condição dos

órgãos internos desempenha papel importante na etiologia e patologia desta doença. Alguns médicos

chineses reforçam que uma deficiência de Qi e de Sangue (Xue) constituem a Raiz da SDO.

A existência de uma deficiência interna no paciente facilita a invasão de FP externos. Se o

Baço estiver deficiente, o paciente pode sofrer uma invasão de Umidade; se o Yang estiver deficiente,

o paciente pode sofrer invasão de Frio; se o Sangue estiver deficiente, o paciente pode sofrer invasão

de Vento e se o Yin estiver deficiente, o paciente pode desenvolver a SDO tipo Calor.

Quando a SDO se torna crônica, ou atinge os idosos, a deficiência de Qi e de Sangue são

fatores importantes que contribuem no desenvolvimento da doença. Quanto mais crônica, mais

devemos tratar os órgãos internos, principalmente, Fígado (Gan) e Rim (Shen), pois beneficiam

tendões e músculos.

Outros dois FP internos que aparecem na SDO são: Fleuma e Estase de Xue (Sangue). A

Fleuma se instala nas articulações causando inchaço e deformidades ósseas. Já a Estase de Sangue

(Xue), gerada pela Estagnação de Qi, causa rigidez e dor intensa que piora no período noturno.

31

5.3 – Identificações de Padrões

A SDO é classificada de acordo com os padrões em:

. SDO Tipo Vento ou Tipo Móvel: Caracterizada por dor e sensibilidade nos músculos e nas

articulações, limitação de movimentos e dor que passa de uma articulação para outra.

. SDO Tipo Frio ou Tipo Contínua e Localizada: caracterizada por dor intensa na articulação ou no

músculo, limitação de movimento - geralmente unilateral.

. SDO Tipo Umidade ou Tipo Fixa: caracterizada por dor, sensibilidade e inchaço nas articulações e

músculos, sensação de peso e entorpecimento dos membros. A dor tem localização fixa e é agravada

pelo clima úmido.

. SDO Tipo Calor: Causada por qualquer dos três FP anteriores, quando os mesmos se transformam

em Calor interior. Ocorre, especialmente, com uma Deficiência subjacente de Yin. Este tipo é

caracterizado por dor intensa e calor nas articulações, que ficam quentes ao toque, vermelhidão e

inchaço nas articulações, limitação dos movimentos. Quando aguda, há sede e febre que não cessam

com a transpiração.

. SDO Tipo Óssea: Ocorre somente em casos crônicos e também se desenvolve de qualquer dos quatro

tipos anteriores. A obstrução persistente da articulação gera retenção de fluídos corpóreos, que se

transformam em Fleuma e obstruem as articulações e os Canais. Este quadro ocasiona atrofia

muscular, inchaço e deformidades ósseas nas articulações. Neste estágio, a SDO transforma em

Síndrome Interna, afetando os órgãos.

Nos casos crônicos, outras condições patológicas estão envolvidas no desenvolvimento da SDO:

- Deficiência geral de Qi e Sangue (Xue), predispondo o corpo à invasão de FP externos.

- Formação de Fleuma nas articulações na forma de inchaço, decorrente da transformação inadequada

dos fluídos corporais.

- Estagnação de Sangue (Xue) devido a uma obstrução na circulação sanguínea por longo período,

causada por FP externo e Fleuma.

- Deficiência do Fígado (Gan) e do Rim (Shen), gerando má nutrição dos tendões e músculos. A

primeira acarretando dor e rigidez, e a segunda contribuindo para a instalação da Fleuma nas

articulações.

32

5.4 – Princípios de Tratamento

O tratamento da SDO é baseado em expelir Vento, dispersar Frio e resolver Umidade, mas

também é importante tratar a condição interna:

. Nutrir Sangue Fígado (Gan) para expelir Vento:

. Tonificar Yang Rim (Shen) para dispersar Frio;

. Tonificar Qi Baço (Pi) para resolver Umidade.

A SDO crônica requer uma abordagem mais ampla. Além de expelir os FP externos, é

necessário nutrir Sangue, Fígado (Gan) e Rim (Shen), resolver Fleuma ou revigorar o Sangue,

dependendo da condição subjacente que predomina. O professor Qiu Mao Lang defende a ideia de

fortalecer o Vaso Governado (Du Mai) e beneficiar o Rim (Shen) no tratamento da SDO crônica. O

princípio desta abordagem é o Qi Defensivo que protege o corpo da invasão de FP externos tem

natureza Yang e possui sua raiz no Yang do Rim e no Vaso Governador (31).

33

6. A OSTEOARTROSE DO JOELHO

Na visão da MC, no joelho o Qi passa do plano superficial para o profundo e vice-versa, e,

por isso, representa uma região em que normalmente ocorrem bloqueios e estagnações de Qi e Xue,

ocasionando quadros álgicos, processos infecciosos e inflamatórios, neoformações ósseas (OA) e

osteoporose.

O Joelho recebe o Qi do Fígado (Gan), o Qi dos três Canais de energia do Pé (Bexiga (Pang

Guang), Estômago (Wei), Vesícula Biliar (Dan) e o Qi dos três Canais Yin do Pé (Fígado (Gan),

Baço(Pi), Rim(Shen)). Esse conjunto energético forma o Qi do Joelho. Também recebe energia dos

Canais secundários do corpo (23)

6.1 - Diagnóstico

Reconhecendo o local das alterações energéticas, pode-se diagnosticar o Canal de Energia

Principal afetado. O Qi Fígado (Gan) controla os ligamentos, tendões e a cápsula articular do joelho.

O Xue do Fígado (Gan) nutre tendões e músculos, proporcionando o movimento suave da articulação.

Quando o CEP do Fígado (Gan) é afetado, ocorre dor na região medial do joelho, osteoartrose medial,

dor no ligamento colateral medial. O CEP do Estômago (Wei) promove a atividade da sinóvia, da

parte anterior do joelho (patela, ligamento patelar e tendão do quadricipital), alterado ocasiona dor na

região anterior do joelho, dor na patela, osteoartrose patelofemoral, bursite pré-patelar. O CEP da

Bexiga ( Pang Guang) controla as estruturas da fossa poplítea, e, quando afetado provoca dor na fossa

poplítea, edema das partes moles e Cisto de Baker. Os três CEP Yin do Pé controlam a parte medial.

Se o CEP do Baço (Pi) for afetado, causa bursite na pata de ganso. O CEP da Vesícula Biliar (Dan)

controla a região lateral do Joelho, e, quando afetado, ocasiona distúrbios e dor na região lateral do

joelho, bursite no tendão do músculo bíceps, sinovite na cabeça da fíbula, osteoartrose lateral (23).

O joelho também recebe influência da energia do Rim (Shen), pois este é responsável por todo

Yin-Yang do corpo, é a raiz do Qi e controla os ossos. Normalmente, o Rim (Shen) está envolvido

em todas as patologias crônicas em conjunto com padrões de outros órgãos.

A diferença na patologia por Deficiência do Rim (Shen) é que a dor no joelho é geralmente

bilateral. Desenvolve gradualmente com o tempo, não apresenta inchaço e não é afetada por

mudanças climáticas (31).

34

6.2 – Tratamento

Maciocia (2009) sugere os seguintes tratamentos para as Gonalgias ocasionadas pela SDO:

. Pontos distais: BA5 (Shangqiu), ID5 (Yanggu).

. Pontos locais: Os pontos são escolhidos conforme o local da dor:

- Dor acima do Joelho: Geralmente afeta o Canal do Estômago (Wei) e há inchaço, o que indica

retenção de Umidade. Utilizar: E34 (Liangqiu), ponto de acúmulo (Xi) do Canal do Estômago (Wei),

eficaz para interromper a dor e remover obstruções do Canal. Agulha aquecida é muito eficaz.

- Dor na Face Lateral do Joelho: Geralmente afeta o Canal do Estômago (Wei) ou da Vesícula Biliar

(Dan).O paciente apresenta rigidez e dificuldade de flexionar o joelho. Utilizar: E36 (Zusanli) -

Principal ponto, expele Umidade do joelho; VB34 (Yanglingquan) – Ponto de Reunião dos tendões,

sendo muito utilizado em casos de rigidez; VB33 (XiYangquan) – ponto adjacente, relaxa tendões.

- Dor na Face Interna do Joelho: A dor nesta área envolve os Canais do Baço (PI) ou do Fígado (Gan).

Nos casos crônicos, geralmente ocorre inchaço nesta área. Utilizar: BA9 (Yinlingquan) – usar quando

o joelho estiver inchado. Resolve Umidade; F7 (Xiguan) – Este ponto significa “Portão do Joelho,

expele Umidade e Frio, relaxa tendões e alivia rigidez; F8 (Ququan) – Expele Umidade e nutre o

Sangue do Fígado (Gan), alivia rigidez (promove a nutrição dos tendões pelo Sangue(Xue) do Fígado

(Gan). Ponto importante no tratamento de idosos com deficiência subjacente de Fígado (Gan) e Rim

(Shen).

- Dor no Interior da Articulação do Joelho: É sentida no interior da articulação. Utilizar: Xiyan (Ponto

Extra) – Significa “Olhos do Joelho”, dispersa Vento-Umidade, alivia rigidez, diminui inchaço. São

utilizados em quaisquer distúrbios do joelho; E36 (Zusanli) – expele Umidade e pode ser utilizado

quando a dor for sentida dentro da articulação do joelho.

- Dor na Região Dorsal do Joelho: Dor mais rara e ocasionada por invasão de Umidade no Canal da

Bexiga (Pang Guang). Utilizar: B40 (Weizhong) – ponto local, expele Umidade, principalmente

Umidade-Calor.

. Pontos Adjacentes: BA10 (Xuehai), E34 (Liangqiu).

. Pontos de acordo com o padrão:

Vento: B12 (Fengmen), VB31 (Fengshi), VB39 (Xuanzhong), VG14 (Dazhui), TA6 (Zhigou), B17

(Geshu), B18 (Ganshu). Os primeiros cinco pontos expelem Vento e os dois últimos nutrem o Sangue

(seguindo o princípio de nutrir Sangue(Xue) para expelir Vento). Nos casos agudos, utilizar o método

de Dispersão e nos crônicos, método neutro.

35

Frio: E36 (Zusanli), VC6 (Qihai), ID5 (Yanggu), B10 (Tianzu), VG14 (Dazhui), VC3

(YaoYangguan), B23 (Shenshu), VC4 (Guanyuan). Neste caso, utilizar método de Tonificação e

moxabustão.

Umidade: BA9 (Yinlingquan), BA6 (SanYinjiao), VB34 (Yanglingquan), E36 (Zusanli), B20

(Pishu). Nos casos agudos, utilizar o método de Dispersão e nos crônicos o método neutro. Tonificar

o ponto B20 (Pishu) nos dois casos. A Moxa também é aplicável. Caso as articulações apresentem

inchaço, sangrar levemente a mesma até as gotículas de Sangue(Xue) surgirem e direcionar a fumaça

da moxa sobre o local.

Calor: E43 (Xiangu), IG4 (Hegu), IG11 (Quchi), VG14 (Dazhui). Nos casos agudos, utilizar o

método de Dispersão e nos crônicos o método neutro. Moxabustão não é aplicável.

Óssea: B11 (Dashu) e VB39 (Xuanzhong). Utilizar método neutro.

Crônica: . Deficiência de Qi e Sangue (Xue): E36 (Zusanli), BA6 (SanYinjiao), VC4 (Guanyuan),

F8 (Ququan), B20 (Pishu) e B23 (Shenshu). Usar método de Tonificação. Fleuma nas articulações:

E40 (Fenglong), BA9 (Yinlingquan), BA6 (SanYinjiao), VC12 (Zhongwan), VC9 (Shuifen), B20

(Pishu). Usar método de Tonificação em VC12 e B20 e nos demais, método neutro ou de Dispersão.

. Estase de Sangue (Xue): BA10 (Xuehai), B17 (Geshu), PC6 (Neiguan), BA6 (SanYinjiao), IG11

(Quchi). Em todos os pontos utilizar método neutro ou de Dispersão. Deficiência do Fígado (Gan) e

do Rim (Shen): F8 (Ququan), R3 (Taixi), BA6 (SanYinjiao), VB39 (Xuanzhong), B18 (Ganshu), B23

(Shenshu), VC4 (Guanyuan), B11 (Dashu), VB34 (Yanglingquan), E36 (Zusanli). Utilizar todos os

pontos em Tonificação.

. Pontos Gerais:

Vento: Nutrir Sangue com B17 (Geshu), em Tonificação com moxa direta.

Frio: Tonificar Yang com VG14 (Dazhui), com moxa direta e B23 (Shenshu).

Umidade: Tonificar Baço com B20 (Pishu).

Yamamura (2001) propõe os seguintes tratamentos para qualquer tipo de Gonalgias, inclusive

as ocasionadas pela SDO:

. Pontos locais: E34 (Liangqiu), E35 (Dubi), Xiyan (Ponto Extra), Heding (Ponto Extra), Xixia (Ponto

Extra), E36 (Zusanli), VB34 (Yanglingquan), BA9 (Yinlingquan), F8 (Ququan), B40 (wheizhong),

todos com as agulhas direcionadas ao joelho.

. Pontos distais: BA6 (Sanyinjiao), F3 (Taichong).

36

. Pontos para circular os Canais de energia afetados:

- Yang Ming: IG2 (Erjian), IG3 (Sanjian), E43 (Xiangu), E44 (Neiting).

- Shao Yang: TA2 (Yemen), TA3 (ZhonGzhu), VB41 (Linqi), VB43 (Xiaxi).

. Pontos para dispersar os FP Externos:

Vento: B18 (Ganshu), B17 (Geshu), B12 (Fengmen), VB20 (Fengchi).

Frio: B23 (Shenshu), VC4 (Guanyuan).

Umidade: B20 (Pishu), E36 (Zusanli), BA9 (Yinlingquan).

Calor: VG14 (Dazhui), IG11 (Quchi), e em caso de Umidade-Calor E40 (FengLong).

. Pontos para fortalecer o Qi do Fígado (Gan): F8 (Ququan) – ponto de Tonificação e F3 (Taichong)

– Ponto Fonte.

. Pontos, caso haja Plenitude do Yang do Fígado (Gan): F2 (Xingjian) e B18

(Ganshu).

37

7. ESTUDOS CIENTIFÍCOS SOBRE A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA NA

OSTEOARTROSE DO JOELHO.

A partir de 1970, vários estudos científicos foram realizados para avaliar a eficácia da

Acupuntura.

Em 1979, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou uma lista com 41 doenças que

apresentavam excelentes resultados com a aplicação da Acupuntura. A Osteoartrose apresentou uma

eficácia de 61% dos casos (média superior à convencional). (33)

Em seguida, apresentamos alguns estudos sobre a eficácia da Acupuntura no tratamento da

OA de Joelho.

Os chineses Maa et al. (2008) pesquisaram o efeito da Acupuntura na dor e mobilidade em

pacientes com OA no joelho. Selecionaram 62 pacientes com idade acima de 55 anos, que já tinham

apresentado algum problema no joelho e faziam tratamento ocidental. Os mesmos foram divididos

em dois grupos: o de controle (37 pacientes) e o experimental (25 pacientes). 38 pessoas desistiram

na quarta semana do experimento, ficando somente 12 pessoas de cada grupo. O grupo de controle

foi formado por pacientes que faziam e continuariam o tratamento ocidental com remédios e

fisioterapia, já o grupo experimental foi formado com o mesmo tipo de paciente, mais a Acupuntura

duas vezes por semana por mais de quatro semanas, com 6 a 9 acupontos. No estudo, foram utilizados

os seguintes acupontos: E35 (Dubi), Xiyan (Ponto Extra), VB34 (Yanglingquan), BA9

(Yinlingquan), BA10 (Xuehai), R3 (Taixi), E34 (Liangqiu), Heding (Ponto Extra) e B40

(wheizhong). Em todos os pontos foi obtida a sensação do “De Qi. Também foi aplicada a

Eletroacupuntura em dois pontos: um no joelho afetado e em outro ponto da perna (medial ou distal).

A eletricidade foi aplicada com voltagem de 2 a 5 V (amplitude de pulsação), 2 Hz (baixa frequência

que produz analgesia de longa duração) e ondas D-D por 15 minutos. Aplicaram-se também pequenos

cones de Moxa em todos os pontos, com exceção do B40 (Weizhong), durante 3 minutos. Depois de

retirar a estimulação elétrica, as agulhas permaneceram por mais 12 minutos.

Nesse estudo, somente foram analisados os resultados obtidos com os pacientes que

completaram o tratamento, com idade média de 60 anos e com média de 2,6 anos com a Osteoartrose

de joelho. A maioria dos pacientes era mulheres (20) e quatro homens. Em ambos os grupos, foram

testados o nível de dor, a distância percorrida em seis minutos de caminhada e a mobilidade. O grupo

experimental, que usou a Acupuntura, apresentou uma melhora significativa nos três testes, se

comparada com o grupo de controle. (34)

38

Uma pesquisa de Harres (2008) realizada em Porto Alegre tinha o objetivo de analisar a

eficácia da Acupuntura como terapia complementar no tratamento da Osteoartrose de joelho, no que

se refere ao alívio da dor, redução da rigidez e melhora da capacidade física funcional, em conjunto

com mudanças na qualidade de vida nos pacientes. Participaram 52 pessoas acima dos 50 anos, com

1 a 3 meses de dor nos joelhos (diagnosticados clinicamente) e sem a inclusão de próteses e

corticóides. Os pacientes foram separados em dois grupos: um de 26 pessoas recebendo tratamento

pela Acupuntura; e o outro com também 26 pessoas recebendo Acupuntura simulada (placebo) num

período de 8 semanas com 2 aplicações semanais. A seleção dos pontos incluía pontos locais e distais

que se localizavam próximos ao joelho e que tinham, preferencialmente, um efeito no local da doença

e uma resposta preferencialmente metameral e segmentar do sistema nervoso central.

Os pontos utilizados nessa pesquisa foram: VB34 (Yanglingquan), BA9 (Yinlingquan), BA10

(Xuehai), E34 (Liangqiu), E36 (Zusanli) e Xiyan na forma de Acupuntura simulada, as agulhas

tocavam a pele, sem penetração e por micropore e algodão, simulando a Acupuntura.

Neste estudo, as variáveis de desfecho primário foram as mudança nas escalas funcionais e de

dor da WOMAC índex (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthrites), que

apresentaram significativa redução da dor no grupo tratado com Acupuntura. Os desfechos

secundários foram as modificações nos escores de componentes físicos de qualidade de vida, no que

se refere a vitalidade. Concluíram que a Acupuntura, como terapia complementar, foi efetiva no

tratamento da dor em pacientes portadores de OA de joelho. A Acupuntura promoveu também

melhora na qualidade de vida no que se refere à vitalidade dos pacientes. (35)

Hirota et al (2008) realizaram um estudo para avaliar qual a melhor forma de Acupuntura para

o tratamento da Osteoartrose de joelho. Num estudo randomizado com 30 pacientes, entre 61 e 82

anos, foi avaliado o efeito da Acupuntura Trigger Point (TP) na dor e na qualidade de vida dos

pacientes com a Acupuntura em pontos do meridiano (PM) e com a falsa Acupuntura durante 21

semanas. Depois do tratamento, o grupo de Acupuntura TP relatou diminuição da dor, maior que a

dos demais grupos e tanto no grupo de Acupuntura TP como no grupo de Acupuntura PM houve

melhoria nas funções do joelho. Com isso, os autores concluíram que a Acupuntura TP pode ser mais

eficaz para a OA de joelho em pacientes idosos do que a Acupuntura PM. (36)

39

Witt et al. (2005) pesquisaram a eficácia da Acupuntura verdadeira em comparação com a

Acupuntura mínima (agulhamento superficial fora dos meridianos) e sem nenhuma Acupuntura em

pacientes com OA de joelho. Trezentos (300) pacientes foram recrutados com sintomas de dor crônica

de OA de joelho. 150 foram para o grupo de Acupuntura verdadeira, 76 para o grupo de Acupuntura

mínima e 74 ficaram sem a aplicação da Acupuntura. Médicos especialistas administraram

Acupuntura e Acupuntura mínima em 12 sessões durante 8 semanas. Os pacientes responderam ao

questionário padrão no início do tratamento e após 8 semanas, 26 semanas e 52 semanas. Os dados

resultantes foram computados utilizando a escala da Western Ontario and McMaster Universities

Osteoarthritis (WOMAC) no final da oitava semana, comparado com a pontuação do início do

tratamento. Os pontos selecionados foram locais e distais do joelho e as agulhas foram manipuladas

manualmente, pelo menos uma vez por sessão. Os seis pontos locais foram escolhidos conforme a

seguinte seleção: E34 (Liangqiu), E35 (Dubi), E36 (Zusanli), VB34 (Yanglingquan), VB33

(XiYangguan), BA10 (Xuehai), BA9 (Yinlingquan), Heding (Ponto Extra), Xiyan (Ponto Extra), F8

(Ququan), B40 (wheizhong) e R10 (Yingu) e os dois pontos distais de acordo com a seguinte relação:

R3 (Taixi), B60 (Kunlun), BA4 (Gongsun), BA5 (Shangqiu), BA6 (Sanyinjiao), E6 (Jiache), B20

(Pishu), B57 (Chengshan), B58 (FeiYang), B60 (Kunlun) e B62 (Shenmai).

No grupo Acupuntura mínima, as agulhas foram colocadas superficialmente em pontos fora

do trajeto dos Canais e longe do joelho. No grupo de não Acupuntura, os pacientes não receberam

estímulo nenhum. Depois de oito semanas de tratamento, os pesquisadores concluíram que a dor e a

função do joelho dos pacientes melhoraram com Acupuntura verdadeira do que com a Acupuntura

mínima. Ainda ressalta que o tratamento leva a um segundo benefício: a diminuição da ingestão de

drogas antiinflamatórias, medicamento comumente usado na medicina ocidental. (37)

Berman et al. (2004), em outra pesquisa do tipo placebo, randomizado teve o objetivo de

determinar se a Acupuntura provoca melhora da dor, da funcionalidade física comparada com a

Acupuntura Sham (placebo) e com orientações a pacientes com osteoartrose de joelho. A pesquisa

foi feita com 570 pacientes de 50 anos ou mais que apresentavam osteoartrose de joelho, durante 26

semanas, no período de março/2000 a dezembro de 2003. A amostra foi dividida em 3 grupos: a

Acupuntura sham, a Acupuntura verdadeira e o tratamento por orientações educacionais. Na

Acupuntura verdadeira foram utilizados cinco pontos locais: VB34 (Yanglingquan), BA9

(Yinlingquan), E36 (Zusanli), E35 (Dubi) e Xiyan (Ponto Extra) e quatro pontos distais: B60

(Kunlun), VB39 (Xuanzhong), R3 (Taixi) e BA6 (Sanyinjiao). A inserção de agulhas na área do

joelho foi real e se obteve a sensação de “De Qi”. No grupo da Acupuntura shan, foram utilizados os

mesmos pontos da anterior e incluídos dois pontos na área abdominal. As agulhas foram aplicadas

superficialmente na pele. O grupo do tratamento educacional consistiu em seis horas-aulas sobre

40

orientações educacionais aos pacientes com osteoartrose. Os autores chegaram à conclusão de que a

Acupuntura promoveu a melhora da função e alívio da dor, quando comparado com o grupo da

Acupuntura Shan e com o das orientações educacionais. (38)

41

8. CONCLUSÃO

O presente estudo, realizado com base em dados bibliográficos sobre a Acupuntura na

Osteoartrose de joelho, demonstra, através das pesquisas científicas, que a Acupuntura é uma técnica

complementar muito eficaz na analgesia e mobilidade do joelho. Além disso, melhora a vitalidade e

qualidade de vida dos pacientes. Ainda de acordo com as pesquisas a Acupuntura é um método

seguro, sem efeitos colaterais e de baixo custo. Deveria ser mais divulgada e adotada na área da saúde.

A Acupuntura trata a raiz e os sintomas da doença.

Para obtenção de resultados positivos com a Acupuntura, as agulhas devem ser inseridas

corretamente e promover a sensação do “De Qi”. Os tratamentos são realizados por um período mais

prolongado e com a frequência adequada das sessões.

Conclui-se, também, que outras pesquisas devem ser realizadas, utilizando o tratamento de

Acupuntura em pacientes com Osteoartrose de joelho, mas sem o tratamento medicamentoso, para

que fique comprovado a veracidade da eficácia da Acupuntura.

42

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