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A LISBOA QUINHENTISTA
No século XVI, Lisboa era uma importante cidade comercial e uma das mais importantes da Europa. Calcula-se que em Lisboa viveriam cerca de cem mil habitantes das mais variadas proveniências: desde os naturais da cidade, aos que migravam da província à procura de uma vida melhor, passando pelos muitos escravos trazidos da costa de África e pelos estrangeiros que aqui vinham comprar os produtos que nos chegavam das mais variadas partes do império. Calcula-se que viveriam aqui cerca de sete mil estrangeiros cujas casas se situavam na Rua Nova dos Mercadores, uma das mais bonitas da cidade com prédios de vários andares e muitas lojas.
O rei D. Manuel I mandou construir um palácio à beira do Tejo, no Terreiro do Paço (hoje mais conhecido como Praça do Comércio). Era muito grande e, para além dos aposentos destinados à família real, tinha vários anexos. Entre estes, a Casa da Índia, organismo que organizava e controlava todo o comércio entre Portugal e o Oriente. Muitos nobres seguiram o exemplo do rei e mandaram igualmente edificar os seus palácios junto ao Tejo.
Outro edifício mandado construir pelo rei D. Manuel junto ao rio foi a Alfândega Nova a fim de armazenar todas as mercadorias que chegavam do estrangeiro.
Outros monumentos:
Templo da Misericórdia: destinava-se a dar apoio às pessoas pobres. Hospital de Todos os Santos (no actual Rossio): destinava-se a receber
pobres, doentes e crianças abandonadas. Palácio dos Estaus (também no Rossio): pertencia à família real e
servia para instalar familiares ou pessoas ilustres que chegassem de visita.
Na zona de Belém, o rei D. Manuel mandou construir o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de S. Vicente (Torre de Belém).
Mariana Catarina Lopes, 5º 6ª
Bibliografia - Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, A cidade de Lisboa no século XVI, in Um Cheirinho a Canela