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A Ressurreição de Jesus Cristo - João Calvino.pdf

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A RESSURREIO DE JESUS CRISTO JOO CALVINO Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2 Traduzido do Ingls First Sermon on the Passion of Our Lord Jesus Christ By John Calvin Via: Monergism.com Traduo por Camila AlmeidaReviso e Capa por William Teixeira 1 Edio: Abril de 2015 Salvoindicaoemcontrrio,ascitaesbblicasusadasnestatraduosodaversoAlmeida Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 3 A Ressurreio De Jesus CristoPor Joo Calvino [The Resurrection of Jesus Christ Um Sermo Editado] E, no fim do sbado, quando j despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do cu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relmpago, e as suas vestes brancas como neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos. Mas o anjo, respondendo, disse s mulheres: No tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele no est aqui, porque j ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discpulos que j ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vs para a Galilia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito. E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunci-lo aos seus discpulos. E, indo elas a dar as novas aos seus discpulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos sado. E elas, chegando, abraaram os seus ps, e o adoraram. Ento Jesus disse-lhes: No temais; ide dizer a meus irmos que vo Galilia, e l me vero. (Mateus 28:1-10) Algum pode achar estranho, primeira vista que o nosso Senhor Jesus, desejando dar e-vidnciadeSuaressurreio,apareceuantessmulheresdoqueaosSeusdiscpulos. Mas nisto temos que considerar que Ele queria provar a humildade de nossa f. Pois ns no devemos ser fundamentados em sabedoria humana, antes devemos receber em obedi-nciaabsoluta oque sabemos procederdEle.Por outrolado,nohdvidadequeEle desejava punir os discpulos, quando Ele lhes enviou as mulheres para instru-los, porque a instruo que tinham recebido de Sua boca no fora de nenhum proveito para eles quando foram provados por este teste. Pois, olhem como eles se espalharam. Eles abandonaram o seu Mestre; eles esto confundidos pelo medo. E que bem tem feito a eles que estivessem por mais de trs anos na escola do Filho de Deus? Essa covardia, ento, mereceu grande castigo, a ponto deles haverem sido totalmente privados do conhecimento que tinham rece-bido antes, na medida em que eles o haviam, por assim dizer, pisoteado sob os ps e o en-terrado. Ora, nosso Senhor Jesus no queria puni-los severamente, mas para mostrar-lhes a sua culpa por meio de uma correo suave, Ele nomeou mulheres para serem seus mes-tres. Eles foram escolhidos de antemo para anunciar o Evangelho a todo o mundo (eles so realmente os primeiros mestres da Igreja), mas posto que eles se mostraram to covar- Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 4 des e ficaram to desnorteados, ao ponto de que a sua f estava, por assim dizer, amorte-cida. inteiramente apropriado que deveriam saber que eles no so dignos de ouvir qual-quer ensinamento da boca de nosso Senhor Jesus Cristo. Observe, ento, por que eles so enviados de volta para as mulheres at que tenham melhor reconhecido seus erros, e Jesus Cristo os restaurasse sua posio e privilgio, contudo, pela graa. Alm disso, como j disse, todos ns, em geral, somos convidados a receber o testemunho, que enviado a ns por Deus, mesmo que as pessoas que nos falam sejam de pouca importncia ou se elas no tm crdito ou reputao aos olhos do mundo. Como de fato, quando um homem eleito ou nomeado para ser um oficial pblico ou um funcionrio pblico, o que ele faz se-r recebido como autntico. Algum no diria isso ou aquilo para contradiz-lo, pois, o ofcio d a ele o respeito entre os homens. E ser que Deus tem menos proeminncia do que os prncipes da terra, se Ele ordena somente aqueles a quem Ele quiser para serem Suas tes-temunhas, no devemos receber tudo o que Ele diga, sem contradio ou rplica? Certa-mente deve ser assim, a menos que ns queiramos ser rebeldes at mesmo contra o pr-prio Deus. Isso , ento, o que temos que lembrar, em primeiro lugar. Almdisso,observemostambmapesar de nossoSenhorJesusCristoteraparecido paraasmulheresequemantiveramoprimeirograudehonraqueElemesmodeu testemunho suficiente da Sua ressurreio, de modo que, se no fecharmos os olhos, tapar-mos os ouvidos e por certa malcia nos endurecermos e nos fizermos insensatos, temos umacertezaabundantedesteartigodef,comotambmestedegrandeimportncia; pois, quando So Paulo refuta a incredulidade de quem ainda duvidava que Jesus Cristo foi ressuscitado, ele menciona no somente as mulheres, mas ele menciona Pedro e Tiago, em seguida, os doze apstolos, ento, mais de quinhentos discpulos a quem nosso Senhor Jesusapareceu.Como,ento,podemosdesculparanossamaldadeerebelioseno dermos crdito a mais de quinhentas testemunhas que foram escolhidas para isso, no da parte do homem, mas da majestade soberana de Deus. E no foi apenas uma vez que o nosso Senhor Jesus declarou-lhes que Ele vivia, mas muitas vezes. Posto que os apstolos duvidaram, sua incredulidade deve nos servir para uma maior con-firmao. Pois, se na primeira apario houvessem crido na ressurreio de nosso Senhor Jesus Cristo, pode-se alegar que isso teria sido algo muito simples. Mas eles so to lentos que Jesus Cristo tem que confront-los por serem pessoas obstinadas, sem f, por ter men-tes to pesadas e rudes, de modo que eles no compreendem nada. Quando, ento, os apstolos estavam to despreparados para receber este artigo de f, isso deve fazer-nos todos ainda mais crentes nele. Pois, se isso foi assim levado para eles, como pela fora, uma boa razo agora para ns prosseguirmos. Como se isso dissesse: Porque me viste, Tom,creste;bem-aventuradososquenoviramecreram[Joo20:29].Agora,ento, quando assim falado, que o nosso Senhor Jesus apareceu a duas mulheres, pensemos Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 5 no que dito em outra passagem por So Paulo, para que saibamos que no precisamos tropear diante daqueles que falam, por darmos crdito ao que eles dizem de acordo com a importncia ou a condio de suas pessoas, mas, sim, que devemos elevar os nossos olhos e os nossos sentidos ao alto, para nos sujeitarmos a Deus, que bem merece ter toda a superioridade sobre ns e que estejamos presos Sua Palavra. Porque, se ns no so-mos dceis, certo que nunca lucraremos com o ensinamento do Evangelho. E no deve ser tido como tolice quando recebemos o que Deus declara e atesta a ns. Pois, quando tivermos aprendido, pela obedincia, a nos beneficiarmos em Sua escola e na f, conhe-ceremos que a perfeio de toda a sabedoria que sejamos assim obedientes a Ele. Agora vamos a esta histria que aqui narrada. Diz-se que no fim do sbado, quando j despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepul-cro, ou seja, o primeiro dia da semana. Pois os Judeus guardam o Sbado, que eles cha-mam de Sabath, como o dia de descanso, como tambm a palavra significa, e ento nome-iam os diasseguintesemtodaasemana,primeirodiaapso Sabath,segundodia, etc. Agora, porque eles consideram o incio do dia ao entardecer, dito que as Marias compra-ram unguentos aromticos depois que o Sabath terminou e fizeram os preparativos para vir no dia seguinte ao sepulcro. E no haviam apenas duas. verdade que So Joo nomeia apenas Maria Madalena. So Mateus nomeias duas delas, e ns vemos por So Lucas que havia um grande nmero ali. Mas tudo isso concorda muito bem. Pois, Maria Madalena lide-rou, e a outra Maria aqui chamada explicitamente porque ela seguiu mais de perto. En-quanto isso, vrias outras vieram para ungir o corpo de nosso Senhor Jesus, mas sobretudo aqui ditoqueviamosepulcroparasaber sehaveriaacesso eentrada.porissoque aquelas duas so aqui especialmente marcadas. So Mateus acrescenta que o anjo apareceu a elas, enquanto as duas estavam ali. Mas porque somente uma falava a palavra, o motivo pelo que ela , assim, especialmente no-meada.Finalmente,quandoelasvo embora, encontram o nossoSenhorJesus,que as envia aos Seus discpulos, a fim de que todos possam ser reunidos na Galilia, querendo mostrar-lhes aSuaressurreio,eisso,porqueacidadedeJerusalm haviaseprivado disso por sua maldade em relao a tal testemunho. Verdade que a Fonte da Vida ainda estava ali, pois dEle procedeu a Lei e a Palavra de Deus, mas enquanto isso, nosso Senhor Jesus no quis revelar-Se aos Seus discpulos naquela cidade, quando a maldade ainda estava to recente ali. Por outro lado, Ele tambm desejou estar de acordo com a dureza de corao deles. Pois eles estavam, por assim dizer, tomados de espanto, de modo que o sentido da viso no teria sido suficiente, a menos que Ele lhes tomasse parte, e Se mostrasse de tal forma que eles seriam totalmente convencidos. Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 6 Agora, vemos novamente aqui como as mulheres que so nomeadas ainda no estavam autorizadas a adorar o nosso Senhor Jesus Cristo como seu Mestre, apesar de terem sido afetadasporSuamorte.Consequentemente,podemostambmjulgarqueaPalavrade Deus j havia sido inscrita em seus coraes. Pois, embora a sua f fosse fraca, elas bus-caram nosso Senhor Jesus no sepulcro. Tambm h nelas uma certa ignorncia, que no pode ser desculpada. Pois elas j deveriam ter elevado os seus espritos ao alto, espera da ressurreio que havia sido prometida a elas, pois o terceiro dia foi especialmente desig-nado. Elas estavam, ento, to ocupadas que no entenderam a coisa principal, a saber, que o nosso Senhor Jesus teve que obter vitria sobre a morte para adquirir para ns vida e salvao. Eu digo que a coisa principal, porque sem isso o Evangelho no seria nada (como diz So Paulo) e nossa f seria totalmente aniquilada. Assim, essas pobres mulhe-res, por mais que reconhecessem o Evangelho que fora pregado a elas como sendo pura verdade, no entanto, estavam to perturbadas e confusas que no entenderam que Ele de-veria ressuscitar, e, assim, elas vm ao sepulcro com os unguentos aromticos. H, ento, uma falha que deve ser condenada. Mas o servio delas , contudo, agradvel a Deus, pois Ele desculpa o espanto delas e corrige. Nisto vejamos que quando o nosso Senhor aprova o que fazemos, ainda assim, no coloquemos isso em nosso crdito, a ponto de dizer que merecemos isso, quando que ocorre completamente o contrrio, pois se Ele recebe aquilo que no foi digno de ser oferecido a Ele, isto acontece por Sua graa abundante. Pois sem-pre haver ocasio para condenar as nossas obras, quando Deus as examina estritamente, porquanto elas sempre estaro contaminadas com alguma mancha. Mas Deus nos poupa e no recusa o que Lhe oferecemos, qualquer que seja a fraqueza ou falha que haja, vendo que tudo purificado pela f e sabemos que no sem motivo que so aceitveis a Ele em Jesus Cristo. Isso , ento, o temos que observar. No entanto, reconheamos tambm que ali no sepulcro de nosso Senhor Jesus Cristo cer-tamente deve ter havido outra fragrncia, muito melhor, muito mais forte, do que a daqueles unguentos cuja meno feita. J mencionamos que os judeus estavam acostumados a ungir o corpo, a fim de serem confirmados na esperana da ressurreio e da vida celestial. Isso era para mostrar que os corpos no se deterioram a tal ponto de no serem preserva-dos at ao ltimo dia, e de modo que Deus possa restaur-los. Mas o corpo de nosso Se-nhor Jesus Cristo teve que ser isento de toda essa decadncia. Agora, as especiarias no efetuariamisso,mas,portersidodeclaradoqueDeusnoconsentiaqueSeuSantoe DivinoServisseacorrupo,porissoqueporummilagre,nossoSenhorJesusfoi preservado de toda corrupo. Alm disso, porque Ele ficou livre de corrupo, agora esta-mos certos e seguros da glria da ressurreio, que j nos foi manifestada em Sua Pessoa. Vemos,ento,agora,queafragrnciadosepulcroedaressurreiodenossoSenhor Jesus Cristo temat mesmo nos envolvido, para que possamos ser vivificados por meio disso. Agora, o que se segue? Que j no podemos ir to longe quanto aquelas mulheres a olhar para o sepulcro, devido ignorncia e fraqueza em que nos encontramos, mas que Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 7 elevemos nossos olhos ao alto, uma vez que Ele nos chama e nos convida para ali, visto queElenosmostrouocaminho,enosdeclarouqueEleentrouempossedeSeureino celestial para nos preparar um aposento e um lugar ali, quando pela f ali O encontraremos. Mas ns tambm devemos notar que So Mateus acrescenta: O anjo, diz ele, que apare-ceu, assustou os guardas de forma que eles ficaram como mortos. As mulheres foram se-melhantementeassustadas,masoanjodepoisdisso,administrouoremdio.Quantoa vs, disse ele, No tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele noestaqui,porquejressuscitou,como haviadito.AquivemoscomoDeusaceita o afeto e o zelo dessas mulheres, de forma que Ele corrige, no entanto, o que Ele no aprova. Quero dizer que Ele corrige atravs da boca do anjo que est ali em Seu nome. J dissemos que por bondade singular que Deus recebe nosso servio quando imperfeito embora Ele possa t-lo em averso. Ele recebe de ns, ento, o que no tem valor como um pai receber de seus filhos o que de outra forma seria considerado como lixo e gracejo. Eis que eu digo, como Deus generoso para conosco. Mas, por outro lado, verdade que Ele no deseja que os homensminimizem e tenham prazer nas suas faltas. Portanto, o anjo corrige esta falha da parte das mulheres. Apesar de sua inteno ser boa, ainda assim, elas socondenadasporsuaculpaparticular.Porisso,SoLucasregistraqueforammais duramente repreendidas. Por que buscais o vivente entre os mortos? [Lucas 24:5]. Mas aqui ns temos que observar que os guardas, como homens que so incrdulos e perver-sos, que no tinham temor de Deus ou da religio, foram assaltados pelo medo, possivel-mente, at mesmo, por assim dizer, entraram em pnico. As mulheres, com certeza, estavam com medo, mas elas imediatamente receberam conso-lo. Contemplem, ento, o quo terrvel a majestade de Deus para aqueles a quem isso aparece. por isso que ns sentimos nossa fraqueza quando Deus declara-Se a ns, e en-quanto a princpio, estvamos inchados com presuno e ramos to ousados que j no pensvamosserhomensmortaisquandoDeusnosdqualquersinaldeSuapresena, temos necessariamente de ser esmagados, e saber o que a nossa condio , ou seja, que somos apenas p e cinzas, que todas as nossas virtudes so apenas fumaa que esvoaa para longe e desaparece. Isto, ento, comum a todos, sejam bons ou maus. Alm disso, quando Deus aterroriza assim os incrdulos, Ele os deixa ali como homens rprobos, por-que eles no so dignos de experimentar a Sua bondade de forma alguma. Por isso, tam-bm, eles fogem de Sua presena, eles ficam com raiva e rangem de dentes eficam to enfurecidos que eles perdem todo o sentido e razo, tornando-se homens totalmente bru-tais. Os fiis, depois de terem sido atemorizados, levantam-se e tomam coragem, porque Deus os consola e d-lhes alegria. Este temor, ento, que os fiis sentem na presena da majestade de Deus no outro seno um primeiro passo em humildade, a fim de que eles possam prestar-lhe a homenagem que Lhe devida, e para que eles se submetam a Ele, sabendo que eles no so nada, a fim de buscarem todo o seu bem somente nEle. Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 8 Ento, por isso que o anjo diz: No tenhais medo. Esta palavra digna de nota. Pois isto mesmo como se ele tivesse dito: Eu deixo esta gente em sua confuso, pois eles no so dignos de qualquer misericrdia, mas agora eu volto para vocs e lhes trago uma mensagem de alegria. Sejam, ento, libertas desse medo, porque buscais a Jesus Cristo. Posto que isso verdade, aprendamos a buscar o nosso Senhor Jesus, e no (como j dis-se) em tal dureza de corao como essas mulheres de quem aqui falado (como tambm no h mais qualquer ocasio para ir procur-lO no sepulcro), entremos pela f diretamente a Ele, sem simulao. E ao assim faz-lo, tenhamos a certeza de que esta mensagem nos pertence e dirigida a ns. Precisamos chegar com confiana e sem medo, mas no sem respeito (pois devemos ir com temor a fim de adorarmos a majestade de Deus). Mas, de qualquer maneira, no tenhamos medo como se estivssemos completamente subjugados pela desconfiana. Deixe-nos saber, ento, que o Filho de DeusSe adequar s nossas limitaes quando vamos a Ele com f, e mesmo, encontraremos nEle motivo de consolo e alegria, na medida em que para nosso proveito e salvao que Ele tenha adquirido o senhorio e domnio da vida celestial. Contudo, as mulheres foram embora com grande alegria e um grande medo. Aqui, nova-mente, a sinceridade de sua f evidenciada. Eu j disse que o propsito pelo qual elas aspiravam era bom, mas elas no tomaram o caminho correto, como podemos aprender com o fato de que elas so covardes, e que elas no podem fazer com que as suas mentes creiam ou no crerem na Ressurreio. Apesar de terem ouvido isso sendo falado muitas vezes, ainda assim, elas no conseguem dominar os seus sentimentos para chegarem a uma concluso final que j no era necessrio visitar o nosso Senhor Jesus no sepulcro. Note-se, ento, a origem desse medo. Assim, vemos que um sentimento equivocado. verdade (como sugeri) que devemos temer a Deus para render reverncia Sua majestade, para obedec-lO e sermos totalmente humilhados, para que Ele possa ser exaltado em Sua glria; para manter cada boca fechada, de modo que somente Ele seja reconhecido como justo, sbio e todo-poderoso. Mas esse medo mencionado aqui , em segundo lugar, algum ruim e deve ser condenado, pois causado pela confuso dessas pobres mulheres. Ainda assim, embora elas possam ver e ouvir o anjo falar, isso lhes parece quase como um sonho. Agora, por meio disso somos advertidos de que Deus, muitas vezes opera em ns mesmo quando no percebemos se temos sido beneficiados ou no. Porque h tanta ignorncia em ns que, por assim dizer, nuvens nos impedem de chegar a aperfeioar a clareza, e estamos envolvidos em muitas imaginaes. Em resumo, parece que todo o ensinamento de Deus quase intil. No entanto, encontramos alguma apreenso misturada com isso, que nos faz sentir que Deus tem trabalhado em nossos coraes. Mesmo que tenhamos apenas uma pequena centelha de graa, no percamos a coragem. Em vez disso, oremos a Deus para que Ele possa aumentar esta pequena que Ele comeou, e que Ele nos faa crer e que Ele possa nos confirmar, at que sejamostrazidos perfeio, da qual ainda Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 9 estamos mui longe. Apesar do fato de que as mulheres estivessem assim afetadas por seu medo e alegria foram considerados como uma falha, vemos que Deus sempre as governa pelo SeuEspritoSantoequeesta mensagemque foientregue aelas peloanjono foi totalmente intil. Agora, temos que avanar. Nosso Senhor Jesus apareceu para elas no caminho, e disse-lhes: No temais; ide dizer a meus irmos que vo Galilia, e l me vero. Ns vemos ainda melhor nesta passagem como o Filho de Deus nos atrai a Si gradualmente, at que sejamos totalmente confirmados, como necessrio para ns. Era certamente o suficiente que as mulheres ouvissem a mensagem da boca do anjo, pois ele tinha marcas de que fora enviadoporDeus.Seuaspectoeracomoumrelmpago.verdadequeabrancurada veste e coisas semelhantes no expressam vividamente a majestade de Deus. No entanto, essas mulheres tiveram um testemunho muito seguro de que no era um homem mortal, que falou, mas um anjo celestial. Este testemunho, ento, poderia muito bem ter sido sufici-ente para elas, mas, mesmo assim, a certeza foi muito maior quando viram o nosso Senhor Jesus, a quem primeiro reconheceram ser o Filho de Deus e a Sua verdade imutvel. Isso, ento, para ratificar mais claramente o que tinham ouvido anteriormente boca do anjo. E essa tambm a forma como ns crescemos na f. Pois, de incio, no conhecemos nem o poder nem a eficcia que h na Palavra de Deus, mas se algum nos ensina, e bem, ns aprendemos algo, e ainda assim quase nada. Mas pouco a pouco Deus imprime estes aprendizados em ns pelo Seu Esprito Santo e por fim Ele nos mostraque Ele Quem fala.Ento,nostornamosconscientesdequenostemosalgumconhecimento,mas estamos convencidos de tal forma que as ciladas do Diabo, qualquer que ele trame, no so capazes de abalar a nossa f, na medida em que temos essa convico: de que o Filho deDeusonossoMestreenosapoiamossobreEle,sabendoqueEletemodomnio completo sobre ns e que Ele digno de toda autoridade soberana. Nsvemosissonessas mulheres.verdade,queDeusno operaem todos da mesma maneira. Alguns, desde o princpio sero to atrados que eles percebero que Deus tem exercido um poder extraordinrio sobre eles, e no eles mesmos. Porm, muitas vezes ns devemos ser ensinados de tal forma que a nossa rudeza e fraqueza sero claramente vis-tas, para que por meio disso, sejamos muito mais admoestados a glorificarmos a Deus e a reconhecermos que dEle que temos tudo. Consideremosagoraapalavraquenscitamos:idedizerameusirmosquevo Galilia, e l me vero. Ns vemos que o Filho de Deus apareceu aqui para Maria e sua companhianosomentepararevelar-Seaseteouoito[pessoas],masEledesejouque esta mensagem que seria publicada aos Apstolos, fosse agora comunicada a ns, para que participemos dela. De fato, sem isso, que proveito para ns haveria na histria da Res- Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 10 surreio? Mas quando dito que o Filho de Deus assim Se manifestou, e que Ele desejou queofrutodissofossecomunicadoatodoomundo,assimcomonsobtemosmuito melhor concepo. Assim, ento, temos a certeza de que o nosso Senhor Jesus desejou quefssemosasseguradosdaSuaressurreio,porquenistotambmrepousatodaa esperana de nossa salvao e da nossa justia, quando realmente sabemos que o nosso Senhor Jesus ressuscitou. Ele no somente nos purgou de toda a nossa imundcie por meio de Sua morte e paixo, mas Ele no permaneceria em tal estado de fraqueza. Ele tinha que mostrar o poder do Seu Esprito Santo e Ele tinha que ser declarado Filho de Deus pela ressurreiodosmortos,comodizSoPaulo,tantonoprimeirocaptulodeRomanos, quanto em outras passagens. Assim que agora temos que ter a certeza de que o nosso Senhor Jesus, sendo ressuscitado, quer que venhamos a Ele e que o caminho esteja aberto para ns. E Ele no nos espera olhar para Ele, mas Ele providenciou que ns pudssemos ser chamados pela pregao do Evangelho e que esta mensagem fosse falada pela boca de Seus arautos que Ele escolheu e elegeu. Sendo assim, reconheamos que hoje partilha-mos a justia que temos em nosso Senhor Jesus Cristo, para alcanar a glria celeste, uma vez que Ele no deseja estar separado de ns. E por isso que Ele chama Seus discpulos de Seus irmos. Certamente este um ttulo honroso. E assim, este foi reservado para aqueles a quem o Senhor Jesus havia se compro-metido como Seus servos. E no h dvida de que Ele usou esta palavra para mostrar a relao fraternal que Ele queria manter em relao a eles. E assim Ele tambm est unido a ns, como melhor declarado por So Joo. Na verdade, somos levadosao que dito no Salmo 22, a partir do qual esta passagem tomada: Ento declararei o teu nome aos meusirmos[v.22],cujapassagemoApstolo,aplicandopessoadenossoSenhor JesusCristo,inclunosomenteosdozeapstolos,aocham-losdeirmosdeJesus Cristo, mas confere o ttulo a todos ns, em geral, que seguimos o Filho de Deus, e Ele quer que ns compartilhemos tal grande honra. isso o porqu, tambm quando o Senhor Jesus diz: eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus [Joo 20:17], no falado para um pequeno nmero de pessoas, mas isso dirigido a toda a multido dos crentes. Ora, nosso Senhor Jesus, embora seja o nosso Deus eterno, no faz menos na Sua quali-dade de Mediador, que humilha-Se para estar perto de ns, e ter tudo em comum conosco, isso no que diz respeito Sua natureza humana. Pois, embora seja, por natureza, o Filho de Deus e ns sejamos apenas adotados, e isso pela graa, ainda assim, essa comunho permanente, de modo que Aquele que o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio dEle tambm o nosso, isso certo, embora em diferentes aspectos. Pois, no precisamos ser levantados to alto como nossa Cabea. No deve haver qualquer confuso aqui. Se em um corpo humano a cabea no estivesse acima de todos os membros, seria uma aber- Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 11 rao, isso seria uma massa confusa. razovel tambm que o nosso Senhor Jesus man-tenha a Sua posio soberana, uma vez que Ele o nico Filho de Deus, isto , por nature-za. Mas isso no impede que estejamos unidos a Ele em fraternidade, de forma que pode-mos clamar a Deus com ousadia, em plena confiana de sermos respondidos por Ele, uma vez que temos acesso pessoal e familiar a Ele. Vemos, ento, o significado desta palavra, quando nosso Senhor Jesus chama os discp-ulos de irmos, de modo que hoje ns temos esse privilgio em comum com eles, isto , por meio da f. E isso no subtrai o poder e majestade do Filho de Deus, quando Ele se une com criaturas to miserveis como ns somos, e Ele est disposto a ser, por assim di-zer, unido a ns. Pois, devemos ser ainda mais plenos de alegria, enquanto ns vemos que no erguer-Se da morte, Ele adquiriu para ns a glria celeste, para adquirir aquilo para ns pelo que Ele tambm havia Se humilhado, sim, estava mesmo disposto ase tornar como nada. Agora, uma vez que o nosso Senhor Jesus condescende a reconhecer-nos como Se-us irmos, de forma que podemos ter acesso a Deus, vamos busc-lO, e vir a Ele com total confiana, sendo assim cordialmente convidados [...]. Ento, percebamos a unidade que temos com o nosso Senhor Jesus Cristo, isto , Ele est disposto a ter uma vida em comum conosco, e que aquilo que Ele tem pode ser nosso, at mesmo que Ele deseja habitar em ns, no em imaginao, mas, em verdade; no de um modoterrenal,masespiritual;e,emqualquercaso,EleassimoperapelopoderdoSeu Esprito Santo, de forma que estamos unidos a Ele mais do que esto os membros de um corpo. E assim como a raiz de uma rvore envia a sua substncia e seu poder atravs de todososramos,assimextramosasubstnciaeavidaapartirdenossoSenhorJesus Cristo. E tambm por isso que So Paulo diz que o nosso Cordeiro Pascal foi crucificado e sacrificado, portanto, nada mais resta, seno que faamos a festa e participemos do sacri-fcio [1 Corntios 5:7-8]. E, como nos dias antigos, na Lei, quando o sacrifcio era oferecido, eles comiam, agora tambm temos que vir e tomar a nossa carne e alimento espiritual neste sacrifcio que foi oferecido para a nossa redeno. verdade que ns no devoramos a Jesus Cristo na Sua carne, Ele no adentra em ns sob nossos dentes, como os papistas tm imaginado, mas ns recebemos o po como um smbolo certo e infalvel que o nosso Senhor Jesus nos alimenta espiritualmente com o Seu corpo; recebemos uma gota de vinho para mostrar que somos espiritualmente sustentados pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas observemos bem o que So Paulo acrescenta, que, assim como sob as figuras da Lei, no foi permitido comer o po que foi fermentado e cuja massa era amarga, agora que no estamos mais sob tais sombras, devemos retirar o fermento da malcia, da maldade e de toda a nossa corrupo, e ter po ou zimo (ele diz) que no tenha amargura em si. E como? Em sinceridade e verdade. Quando, ento, nos aproximarmos desta Mesa Santa, pela qual o Filho de Deus nos mostra que Ele a nossa comida, que Ele entrega-Se a ns Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 12 como alimento completo e inteiro, e Ele deseja que agora participemos no sacrifcio que Ele de uma vez por todas ofereceu para a nossa salvao, devemos cuidar para que no traga-mos a ela a nossa corrupo e contaminao, mas que renunciemos a estas, e busquemos apenasestartotalmentepurificados,paraqueonossoSenhorJesusnospossuacomo membros de Seu corpo, e que por meio disso, tambm signifique que somos participantes da Sua vida. assim que hoje devemos fazer uso desta Santa Ceia que est preparada para ns. Ou seja, que esta nos direcione morte e paixo de Nosso Senhor Jesus Cristo, e depois Sua ressurreio, e que possamos estar to seguros da vida e salvao, como pela vitria que Ele obteve ao ressuscitar dos mortos, a justia nos dada, e o porto do Paraso foi aberto para ns, para que possamos nos aproximar corajosamente de nosso Deus,eoferecer-nosansmesmoemSuapresena,sabendoqueElesemprenos receber como Seus filhos. Agora, prostremo-nos em humilde reverncia diante da majestade do nosso Deus. ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO. Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria! Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 13

10 Sermes R. M. MCheyne Adorao A. W. Pink Agonia de Cristo J. Edwards Batismo, O John GillBatismodeCrentesporImerso,UmDistintivo Neotestamentrio e Batista William R. Downing Bnos do Pacto C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse CartadeGeorgeWhitefieldaJohnWesleySobrea Doutrina da Eleio Cessacionismo,ProvandoqueosDonsCarismticos Cessaram Peter Masters ComoSaberseSouumEleito?ouAPercepoda Eleio A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida pelos Arminianos J. Owen Confisso de F Batista de 1689 Converso John Gill Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins Doutrina da Eleio, A A. W. Pink Eleio & Vocao R. M. MCheyne Eleio Particular C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A J. Owen Evangelismo Moderno A. W. PinkExcelncia de Cristo, A J. Edwards Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. PinkIgrejas do Novo Testamento A. W. Pink InMemoriam,aCanodosSuspirosSusannah Spurgeon IncomparvelExcelnciaeSantidadedeDeus,A Jeremiah Burroughs InfinitaSabedoriadeDeusDemonstradanaSalvao dos Pecadores, A A. W. Pink Jesus! C. H. Spurgeon Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon Livre Graa, A C. H. SpurgeonMarcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. Sola Scriptura Sola Fide Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a John Flavel Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston NecessidadedeDecidir-sePelaVerdade,AC.H. Spurgeon ObjeesSoberaniadeDeusRespondidasA.W. Pink Orao Thomas Watson Pacto da Graa, O Mike Renihan Paixo de Cristo, A Thomas Adams Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards Pecaminosidadedo HomememSeuEstadoNatural Thomas Boston Plenitude do Mediador, A John Gill Poro do mpios, A J. Edwards Pregao Chocante Paul Washer Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200 Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon ReformaoPessoal&naOraoSecretaR.M. M'Cheyne Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon Sangue, O C. H. Spurgeon Semper Idem Thomas Adams SermesdePscoaAdams,Pink,Spurgeon,Gill, Owen e Charnock SermesGraciosos(15SermessobreaGraade Deus) C. H. Spurgeon SoberaniadaDeusnaSalvaodosHomens,AJ. Edwards Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen SomenteasIgrejasCongregacionaisseAdequamaos PropsitosdeCristonaInstituiodeSuaIgrejaJ. Owen Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink TeologiaPactualeDispensacionalismoWilliamR. Downing Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan TratadoSobreoAmordeDeus,UmBernardode Claraval UmCordodeProlasSoltas,UmaJornadaTeolgica no Batismo de Crentes Fred Malone Facebook.com/oEstandarteDeCristo OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 14

2 Corntios 4 1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm, este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.8Emtudosomosatribulados,masnoangustiados;perplexos,masnodesanimados. 9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus semanifestetambmnosnossoscorpos; 11Eassimns,quevivemos,estamossempre entreguesmorteporamor deJesus,paraqueavidadeJesussemanifestetambmna nossa carne mortal.12 De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13 E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm, por isso tambm falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15 Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de Deus. 16 Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18 No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se no veem so eternas.