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I  saída

A Sismologia

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  • Isada

  • Sismos e Sismologia

    Tipos e Causas dos Sismos

    Ondas ssmicas e Deteco de Sismos

    Intensidade Ssmica e Magnitude

    Distribuio Geogrfica dos Sismos

    As Ondas Ssmicas na Explorao da Terra Inacessvel

    Previso e Preveno Ssmica

    Glossrio

  • 9 de Julho de 1998. 5:00h. Faial Aores. Um pequeno tremor de terra acordou a populao, criando expectativa. Dezanove minutos depois, quando muitos j tinham voltado a adormecer, a terra voltou a tremer durante uns indeterminveis 15 segundos. Nos dias que se seguiram pequenos abalos foram uma constante na vida destes aorianos.17 de Julho de 1998. Papusia Nova Guin. Ondas gigantes de 10 metros de altura rebentaram na regio Norte deste pas, invadindo 30 km de continente e arrasando cinco populaes piscatrias, na sequncia de um abalo de terra com origem no mar.Califrnia, EUA. Seis milhes de americanos esperam o Big One, o dia em que esta regio ser arrasada por um violento tremor de terra.So os SISMOSI

  • Sismos so movimentos vibratrios bruscos da superfcie terrestre, a maior parte das vezes devido a uma libertao de energia em zonas instveis do interior da Terra.A Sismologia a cincia que estuda os fenmenos ssmicos.SismosMacrossismos so aqueles que so sentidos pela populaoMicrossismos so aqueles que no causam danos significativos ou so mesmo imperceptveis para a populao.I

  • Os sismos naturais tm designaes relacionadas com as causas que os provocaram:sismos de colapso so devidos a abatimentos em grutas e cavernas ou ao desprendimento de massas rochosas nas encostas das montanhas;sismos vulcnicos so provocados por movimentos de massas magmticas relacionados com fenmenos de vulcanismo;Sismos tectnicos so devidos a movimentos tectnicos, ocorrendo geralmente nas imediaes de fronteira entre placas tectnicas.Sismos Artificiais provocados intencionalmente pelo Homem com fins investigativosNaturaisI

  • IExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • IExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • IExtrado de Silva et al., 2002.

  • Movimentos tectnicos movimento de deriva das imensas placas tectnicas que suportam os continentes e os oceanos, que permite, nas suas fronteiras, a acumulao de colossais quantidades de energia.Na vizinhana de duas placas tectnicas as rochas so empurradas, comprimidas e deformadas, pela aco de foras que se geram no interior do globo.Estas foras actuando continuamente sobre as rochas, acumulam tenses que em dado momento, ultrapassam o limite de elasticidade do material rochoso, provocando a sua ruptura com enorme libertao de energia.O Sismo acontece no dia em que estas rochas sob tenso repentinamente fracturam, provocando deslocamentos em falhas j existentes e/ou originando complexos sistemas de novas falhas, permitindo a libertao de energia acumulada.

    I

  • As foras que se geram no interior da Terra podem ser:compressivas os materiais so comprimidos uns contra os outros;distensivas levam ao estiramento e alongamento do material;de Cisalhamento os materiais so submetidos a presses que provocam movimentos horizontais, experimentando alongamento na direco do movimento e estreitamento na direco perpendicular ao alongamento

    I

  • Falha fractura ou zonas de fractura ao longo das quais se iniciou um movimento relativo entre duas partes, paralelamente linha de fractura do solo.

    As falhas podem ser de vrios tipos.

    IExtrado de Lima, 1998.Plano de Falha

  • Falha de deslizamento ou falha deslizante:caracteriza-se pelos movimentos horizontais que afectam as pores rochosas envolvidas; frequente nas pores ocenicas das placas litosfricas, embora os deslizamentos tambm sejam comuns no domnio continental.Falha normal ou distensiva:encontra-se normalmente ligada a zonas de distenso da Terra, como acontece nos riftes ocenicos ou continentais.

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  • IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de Lima, 1998.

  • IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de Lima, 1998.

  • Falha inversa ou de converso ou cavalgante:forma-se sempre que um bloco rochoso sujeito a um sistema de foras em que o esforo mximo compressivo horizontal e o mnimo verticalFalha transformante:provoca a divergncia lateral das placas;acontece sobretudo nas cristas mdias dos oceanos, em que primeiro so criadas novas reas nos extremos da zona de fractura, lateralmente continuada pelas linhas de juno.

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  • IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de Lima, 1998.

  • IExtrado de Lima, 1998.

  • A superfcie da Terra encontra-se fracturada, isto dividida em placas rgidas e animadas de movimento placas tectnicas.Algumas destas placas suportam um oceano placas ocenicas; outras suportam um continente e uma parte do oceano placas continentais.Algumas placas afastam-se entre si placas divergentes, outras, pelo contrrio encontram-se em coliso placas convergentes.

    ITipos de FalhasExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • IExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • IExtrado de http://domingos.home.sapo.pt123321

  • A rea no interior da Terra onde se origina a ruptura ou simplesmente a deslocao das rochas (onde se produz o sismo) denomina-se foco ssmico ou hipocentro.

    Para cada sismo o epicentro a zona da superfcie do globo onde o sismo sentido em primeiro lugar e, em geral com maior intensidade.

    Aps a gerao do sismo a energia libertada propaga-se em todas as direces sob a forma de ondas elsticas ondas ssmicas. IExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • Hipocentro:regio de profundidade varivel na Terra onde o sismo tem a sua origem;corresponde ao local no interior do Globo onde aconteceu a libertao de energia por efeito de uma aco tectnica (tem origem na ruptura ou deslocao relativa de blocos), vulcnica ou provocada do exterior;Consoante a sua profundidade os sismos podem ser classificados em trs tipos.I

  • SISMOSSuperficiais profundidade do foco ssmico at 60km

    Intermdios profundidade do foco entre 60 e 300km

    Profundos profundidade do foco entre 300 e 700kmI

  • Epicentro:Ponto da crosta terrestre que se encontram na vertical do foco ssmico e onde as ondas ssmicas chegam em primeiro lugar.I

  • Ondas ssmicas:movimentos vibratrios de partculas que num sismo se propagam a partir do foco segundo superfcies concntricas;a superfcie da onda ou frente de onda a superfcie da onda ssmica que separa uma zona que experimenta uma perturbao ssmica de uma zona que ainda no a experimentoua perpendicular superfcie de onda ao longo da qual se propaga a energia designa-se por raio ssmico.I

  • Extrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.Extrado de http://domingos.home.sapo.ptExtrado de http://domingos.home.sapo.ptExtrado de Silva et al., 2002.I

  • I

  • Ondas de profundidade ou de volume so aquelas que se propagam no interior da Terra.

    Ondas superficiais propagam-se ao longo da superfcie do Globo e resultam da interferncia das ondas P e S; so as ondas de maior amplitude e tambm as responsveis pela maior parte das destruies quando ocorre um terramoto.IExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • Tambm designadas por ondas P, ou Longitudinais ou de Compresso.Propagam-se em todos os meios.So compressivas.So longitudinais.H deslocao de partculas paralelamente direco de propagao da onda.IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de www.exploratorium.edu

  • Tambm designadas ondas S ou Transversais ou de Cisalhamento ou de Rotao;No se propagam atravs dos lquidos.So ondas de cisalhamento.So transversais.A deslocao das partculas perpendicular direco de propagao da onda.IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de www.exploratorium.edu

  • Tambm designadas ondas R.Propagam-se perto da superfcie de meios homogneos ou no.So ondas elpticas, polarizadas no plano vertical de propagao.Resultam de interferncias entre ondas P e S.IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de www.exploratorium.eduExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • Tambm designadas ondas Q.

    So ondas transversais polarizadas no plano horizontal.

    Resultam de interferncias construtivas entre ondas S horizontais.IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htmExtrado de www.exploratorium.eduExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htm

  • Os movimentos do solo provocados pelas ondas ssmicas podem ser registados em aparelhos especializados chamados sismgrafos e o registo obtido denomina-se sismograma.IExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • Os sismgrafos so aparelhos que permitem a deteco e registo de ondas ssmicas e foram actualmente substitudos por sismgrafos mais modernos.Os movimentos verticais do solo podem ser registados suspendendo a massa inerte por uma mola sismgrafo vertical.Se a massa est ligada estrutura por um brao, pode registar os movimentos horizontais sobre o cilindro sismgrafo horizontal.As estaes geofsicas utilizam sempre 3 sismgrafos, dois para medir as componentes horizontais na direco N-S e E-W respectivamente, e o terceiro para medir a componente vertical.

    IPara saber mais

  • IExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • So instrumentos electrnicos que detectam, ampliam, filtram e registam os movimentos da TerraEsto em funcionamento permanente, registando, na ausncia de sismo, uma linha direita.So constitudos por um sismmetro, que mede as oscilaes e um registador que as regista.IExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • Os sismgrafos registam o movimento de uma base indeformvel, solidria com o solo, relativamente ao movimento de uma massa de grande inrcia que constitui o pndulo. Este movimento depende da vibrao do solo e da vibrao do prprio pndulo.

    Num sismgrafo a estrutura solidria com o solo possui um cilindro animado de movimento de rotao helicoidal, recoberto por pelcula fotogrfica ou por papel. Quando as vibraes do solo fazem mover a estrutura e consequentemente o cilindro, o pndulo mantm-se estacionrio ou move-se diferencialmente devido sua inrcia. Assim, um estilete regista sobre o papel do cilindro uma linha sinuosa correspondente s vibraes das diferentes ondas ssmicas sismograma.I

  • O momento inicial de chegada das ondas ssmicas marcado pelo aumento de amplitude das vibraes.

    As primeiras ondas a serem registadas so as ondas P, que so as mais rpidas, sendo seguidas pelas ondas S e por ltimo pelas ondas superficiais, que so as mais lentas mas de maior amplitude.IOndas Ssmicas SismgrafosExtrado de http://domingos.home.sapo.pt

  • IExtrado de www.rohan.sdsu.edu/~mellors/lab8/l8maineq.htm

  • A avaliao de um sismo pode fazer-se segundo dois parmetros distintos:

    Intensidade SsmicaMagnitudeI

  • Correspondncia entre os dois parmetros:Enquanto que a intensidade se refere quantidade de energia e qualidade dos efeitos verificados superfcie sobre as pessoas e objectos; a magnitude ssmica diz respeito quantidade de energia libertada.A intensidade uma avaliao subjectiva, pois depende da sensibilidade das pessoas enquanto a magnitude uma avaliao objectivaM = 1 + 2/3 IM = magnitude; I = intensidadeI

  • Os sismos so frequentemente precedidos por abalos de fraca intensidade abalos premonitrios e seguidos, em muitos casos durante vrios meses, por outros mais pequenos rplicas.Os sismos mais catastrficos so designados por terramotos.Se o epicentro do sismo estiver situado no oceano produz-se uma agitao violenta das guas, dando origem a um maremoto ou tsunami ou raz de mar. A vaga ssmica resultante pode atingir uma altura superior a 20 metros e provocar consequncias trgicas nas zonas ribeirinhas e na navegao.I

  • Intensidade Ssmica:medida dos efeitos de um sismo calculada a partir dos danos causados nas populaes, habitaes e na paisagem;

    determinada pela Escala de Mercalli ou pela Escala de Mercalli modificada, que possui 12 graus. O grau I corresponde a um sismo somente detectado por sismografos e o grau XII corresponde a uma catstrofe.IIntensidade e Magnitude Ssmicas

  • IExtrado de Dias et al., 1999.

  • Intensidade Ssmica:Depende da quantidade de energia libertada no foco, da profundidade do foco, da distncia ao epicentro e da natureza do subsolo.Aps determinada possvel traar num mapa linhas unindo pontos de igual intensidade ssmica isossistas.I

  • Curvas que, num mapa, unem os pontos em que foi idntica a intensidade de um sismo.O seu traado no regular em virtude de as ondas ssmicas atravessarem vrios corpos rochosos, desde o hipocentro at superfcie, o que vai interferir no modo de propagao das ondas e consequentemente nos efeitos produzidos superfcieCarta de Isossistas representao grfica, em torno do epicentro, de linhas curvas que unem os pontos onde o sismo atingiu a mesma intensidade.ICarta portuguesa de isossistas de intensidade mxima, actualizada em 17 de Fevereiro de 1997.Extrado de Dias et al., 1999.

  • Quantidade de energia libertada no hipocentro sob a forma de ondas ssmicas. independente de factores externos.A energia libertada relaciona-se com a magnitude pela seguinte expresso:

    ILog E = 11,4 + 1,5 ME = energia expressa em ergs;M = magnitude expressa em graus RichterIntensidade e Magnitude Ssmicas

  • A escala utilizada para determinar a magnitude de um sismo a Escala de Richter.Escala de Richter criada em 1935, por Charles Richter, constitui outro meio de caracterizar um sismo, dado que avalia a quantidade de energia nele libertada atravs do clculo da sua magnitude, com base na anlise dos dados fornecidos pelos sismogramas, nomeadamente: distncia ao epicentro e a amplitude mxima registada. Trata-se de uma escala no linear.IPara Saber MaisMapa de magnitudes ssmicas em Portugal Continental entre 1900 e 1990.Extrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • Teoricamente, esta escla no tem limites inferior nem superior. Atribui-se uma valor mximo possvel de magnitude 9 para os sismos mais intensos e o valor 1,5 para os menos intensos.

    A energia libertada aumenta cerca de 25 por cada unidade da escala. Assim a energia libertada por um sismo de grau 8 32 vezes superior libertada por um sismo de grau 7 e 1000 vezes superior libertada por um sismo de grau 6. uma escala no linear.I

  • IEsquema exemplificativo dos nveis de destruio de acordo com a escala de Richter.Extrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • A distribuio dos sismos a nvel mundial no aleatria, coincidindo, em geral, com o limite das placas tectnicas, que como sabemos so zonas geologicamente instveis.

    A distribuio dos epicentros registados num determinado perodo de tempo confirma este facto, observando-se uma maior ocorrncia de sismos nas fronteiras de placas em coliso.

    A nvel mundial, podemos considerar trs grandes zonas ssmicas.I

  • Zona Circumpacfica

    Cintura Mediterrnico-asitica

    Zonas correspondentes s grandes cristas ocenicasIExtrado de Dias et al., 1999.

  • Distribuio dos Epicentros de 30000 Sismos, registados num espao de 6 anosIExtrado de Dias et al., 1999.

  • Zona Circumpacfica o chamado anel de fogo do Pacfico, onde se registam 80% dos sismos terrestres. Este anel constitudo pelas cadeias montanhosas da parte ocidental do continente americano do Cabo de Horn at ao Alaska, cruza para a sia estendendo-se para o Sul atravs do Japo, Filipinas, Nova Guin e Ilhas Fiji at Nova Zelndia.Cintura Mediterrnico-asitica estende-se de Gibraltar at ao Sudoeste Asitico, onde ocorrem cerca de 15% dos sismos.Zonas correspondentes s grandes cristas ocenicas formam um faixa contnua que se estende por milhares de quilmetros. As ilhas dos Aores localizam-se na crista atlntica.I

  • Alguns sismos ocorrem bem no interior das placas tectnicas, zonas consideradas geologicamente estveis. Estes sismos esto associados a sistemas de foras localizados, devido fora exercida pelas rochas de superfcie ou talvez devido a variaes de temperatura em profundidade.Portugal est localizado numa zona relativamente instvel, sendo um pas de risco ssmico moderado.A ocorrncia de sismos em Portugal relaciona-se com a existncia de sistemas de falhas activas distribudas pela zona continental e ocenica bem como, com o contacto entre as placas Africana e Euroasitica.I

  • Salientam-se algumas das zonas portuguesas de maior instabilidade ssmica:Banco de Gorringe;Falha do Vale do Tejo;Arquiplago dos Aores.IDistribuio da sismicidade em Portugal Continental baseada em estudos efectuados desde 1990.Principais falhas em Portugal Continental e posio dos epicentros de sismos histricos.Extrado de Silva et al., 2002.

  • Elevao submarina a Sudoeste do Cabo de So Vicente. uma das zonas de maior instabilidade.Foi onde se localizou o epicentro que causou o terramoto de Lisboa de 1755, um dos mais violentos registados em Portugal nos tempos histricosNesta zona existe uma fractura onde se d a coliso entre as placas Africana e Euroasitica.ILocalizao do Banco de Gorringe.Extrado de Silva et al, 2002.

  • Zona de grande actividade tectnica.Tm ocorrido bastantes sismosI

  • Tem enorme actividade ssmica.Localiza-se num ramo lateral da cadeia atlntica que uma zona de rifte.Este ramo prolonga-se para leste pela falha Aores-Gibraltar, cujos blocos esto a deslizar.Nesta regio encontram-se trs placas tectnicas: a Americana, a Africana e a EuroasiticaA zona de encontro das trs placas um ponto triplo, sendo uma zona de grande instabilidade.IContexto tectnico do Arquiplago dos Aores.Extrado de Dias et al., 1999.

  • Muito do conhecimento sobre o interior da Terra proveio do estudo do comportamento das ondas P e S.

    Nos ltimos anos, os cientistas tm utilizado uma nova tcnica analtica, chamada tomografia ssmica, que muito tem contribudo para o conhecimento do interior da Terra.

    Se a Terra fosse esfrica e homognea, ou seja, se a composio e propriedades fsicas dos materiais fossem idnticas em qualquer ponto do Globo, a velocidade das ondas ssmicas devia manter-se constante em qualquer direco e as trajectrias dos raios ssmicos seriam rectas.ITrajectria

  • IExtrado de Silva et al, 2002.

  • Estudos realizados sobre registos de ondas ssmicas feitos em estaes sismogrficas localizadas a diferentes distncias epicentrais revelam que as ondas ssmicas atingem essas estaes num lapso de tempo menor do que aquele que seria previsto para uma Terra supostamente uniforme.Alm disso verifica-se tambm que a diferena entre o tempo previsto e o tempo real aumenta com a distncia epicentral.Como quanto mais distante se encontra a estao sismogrfica mais profundamente mergulham as ondas que a ela chegam, pode concluir-se que a velocidade das ondas ssmicas aumenta com a profundidade.Logo a Terra no uma esfera homognea.I

  • A velocidade das ondas profundas tambm se pode calcular:Mdulo de Compressibilidade resistncia variao do volume sem variar a forma.Mdulo de rigidez resistncia de um slido elstico deformao sem variao de volume. nulo para os fludos.VP = (k + 4/3 )/dVS = (/d)V = velocidade da ondak = mdulo de compressibilidade = mdulo de rigidezd = densidadeIVelocidade das ondas P e S no manto

  • Da interpretao da frmula se conclui que a velocidade das ondas ssmicas varia directamente com a rigidez e compressibilidade dos materiais e inversamente com a densidade do material atravessado.No entanto, sabe-se que a densidade dos materiais terrestres aumenta com a profundidade. De acordo com este dado, e segundo a expresso que permite determinar a velocidade das ondas, esperar-se-ia que a velocidade destas diminusse com a profundidade. Porm, tal facto no se verifica, pois a velocidade destas aumenta com a profundidade. Assim conclui-se que a rigidez aumenta muito mais com a profundidade do que a densidade.Pela anlise desta expresso tambm se pode concluir, relativamente s ondas S, que estas s se podem propagar em meios slidos, pois os fluidos apresentam um coeficiente de rigidez igual a zero. As ondas S no se propagam em meios lquidos ou gasosos.

    I

  • As ondas ssmicas no seu percurso atravs da Terra podem experimentar desvios ou podem mesmo ser absorvidas.Estes comportamentos so condicionados por mudanas na constituio ou nas caractersticas dos materiais que atravessam.Assim, quando uma onda ssmica encontra uma superfcie de separao entre materiais com caractersticas e propriedades diferentes pode acontecer uma fenmeno de reflexo ou refraco, tal qual como acontece com a luz.Considerando que as ondas ssmicas encontram no seu trajecto no uma superfcie de descontinuidade mas vrias, sofrendo reflexes e refraces contnuas, e havendo simultaneamente um aumento progressivo da velocidade com a profundidade, verifica-se que em determinado momento o sentido e a direco de propagao das ondas so alterados, orientando-se para a superfcie terrestre. O ponto em que tal se verifica indica que o ngulo crtico foi excedido, havendo reflexo total, verificando-se simetria no processo ascendente.

    IExtrado de Marques & Rocha, 1997.

  • IComportamento de raios luminosos passagem de dois meios de caractersticas diferentes.Extrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.Extrado de Marques & Rocha, 1997.

  • Uma onda ssmica, ao atravessar o meio 1, propaga-se a uma velocidade constante. Quando encontra no seu trajecto uma superfcie de descontinuidade (a-a), pode sofrer uma reflexo ( semelhana do que acontece com as ondas luminosas quando reflectem num espelho), mudando de sentido, percorrendo novamente o meio 1, numa direco diferente. Esta situao ocorre para ngulos de incidncia (i) superiores ao ngulo crtico.Se o ngulo de incidncia for inferior ao ngulo crtico, a onda ssmica refracta-se e reflecte-se. Na refraco, grande parte da energia da onda atravessa a superfcie de descontinuidade (percorre o meio 2), alterando-se a direco de propagao e modificando-se a velocidade de acordo com as propriedades fsicas do meio.I

  • As ondas refractadas, ao atravessarem materiais com diferentes caractersticas, experimentam desvios na direco e modificaes na velocidade.

    devido s refraces sucessivas que a trajectria dos raios ssmicos no rectilnea, mas sim curvilnea, com a concavidade voltada para a superfcie terrestre, o que significa que h um aumento da velocidade com a profundidade.IExtrado de Silva et al, 2002.Algumas trajectrias possveis atravs da Terra real.

  • O estudo do comportamento das ondas ssmicas atravs do Globo para alm de ter permitido verificar um aumento gradual de velocidade, permitiu tambm detectar variaes bruscas dessa velocidade ao serem atingidas determinadas profundidades.Reunindo todos os dados fornecidos pelos vrios mtodos, os geofsicos propem um modelo da estrutura interna da Terra, o qual admite a existncia de trs camadas fundamentais a crosta, o manto e o ncleo limitadas por trs superfcies de descontinuidade, evidenciadas pela variao da velocidade de propagao das ondas ssmicas no interior da Terra.I

  • Superfcies no interior da Terra, que separam materiais com diferentes composies e propriedades.

    De MohorovicicDe ConradDe GutenbergDe Wiecert/LehmanISuperfcies de descontinuidadeExtrado de Marques & Rocha, 1997.

  • Tambm designada Descontinuidade M.Nos continentes encontra-se normalmente a uma profundidade mdia de cerca de 35km e nos oceanos a cerca de 10 km; muito mais profunda nas cadeias montanhosas, atingindo 60km nos Alpes.Delimita 2 zonas distintas: uma superior, crosta, e uma inferior, manto.IPara saber maisExtrado de Oliveira, Pedrosa & Pires, 1999.

  • Em 1909, o geofsico jugoslavo Andreja Mohorovicic, analisar minusiosamente sismogramas de um tremor de terra ocorrido em 8 de Outubro desse ano, nos Balcs, constatou que:Nas estaes sismolgicas muito prximas do epicentro do sismo de foco superficial, as ondas P e S directas chegavam primeiro que as refractadas;Em estaes mais distantes, a hora de chegada dos dois tipos de ondas era a mesma;Para estaes distantes do epicentro em algumas centenas de quilmetros somente se registavam ondas refractadas.ITrajectria das ondas P at trs estaes sismogrficas A, B e C.Extrado de Silva et al, 2002.

  • Com base nos clculos efectuados, aquele cientista deduziu que tudo seria como se a cerca de 60km de profundidade uma superfcie de descontinuidade separasse dois meios. Um mais superficial, no qual as ondas se propagam com menor velocidade e outro, mais profundo, onde as ondas se deslocam com velocidades maiores.

    Em homenagem ao referido cientista, essa descontinuidade foi designada Descontinuidade de Mohorovicic.I

  • Situada na crosta continental, numa zona compreendida entre 15 e 20km de profundidade.

    No se sabe ainda se esta superfcie separa regies da crosta de diferente composio ou se se trata de materiais de maior densidade devido influncia de altas presses.I

  • Situada a 2900km de profundidade.

    Separa um meio exterior, manto, no qual as ondas se deslocam a grande velocidade, de um meio interior, ncleo, no qual a velocidade mais fraca.IVelocidade das ondas P e S no manto

  • Trabalhos relativamente recentes tm evidenciado grande irregularidade na velocidade das ondas P e S nas zonas do manto.Assim, entre aproximadamente 100 e 250 km de profundidade, as referidas ondas registam uma quebra de velocidade zona de baixa velocidade.Este facto sugere que a zona de baixa velocidade tem caractersticas diferentes das outras zonas do manto. A explicao sugerida a de que os valores de presso e temperatura nesta zona podem provocar a fuso de uma pequena percentagem das rochas do manto (fuso parcial). Assim, a maior parte da massa rochosa mantm-se no estado slido, mas o facto de haver uma percentagem mnima de material fundido leva a que o grau de rigidez dessa massa diminua (velocidade das ondas ssmicas). Essa camada tambm designada por astenosfera.A partir dos 250 km de profundidade a velocidade volta a aumentar at aos 2900km. Aos 2900km de profundidade ocorrem novas alteraes.I

  • IExtrado de Silva et al, 2002.Extrado de Silva et al, 2002.Velocidade das ondas ssmicas atravs da crosta e do manto superior.Localizao da zona de baixa velocidade.

  • Baseando-se em anlises detalhadas de sismogramas, os sismlogos constataram que:As estaes sismolgicas distanciadas 11500km do epicentro, corresponde ao ngulo epicentral 103, registavam ondas P e S.As estaes entre 103 e 143, ou seja entre 11500 km e 15900km, no recebiam nenhuma onda P e S directa zona de sombra ssmica.Zona de sombra ssmica zona em que no h registo de ondas ssmicas directasA profundidade alcanada pelas ondas ssmicas que so registadas nas estaes sismolgicas situadas a 103 (a partir do epicentro) foi estimada em 2900km. A a velocidade das ondas P tem uma abaixamento abrupto, interrompendo-se a propagao das ondas S, a partir dessa profundidade.I

  • Este facto leva a admitir que o ncleo terrestre apresenta uma composio muito diferente da do manto. Admite-se que a reduo na velocidade de propagao das ondas P se deva a uma aumento muito acentuado da densidade dos materiais do ncleo. Pensa-se que o ncleo seja formado por material extremamente denso, uma mistura de ferro e nquel contendo pequenas quantidades de outros materiais.Pelo facto de as ondas S se deixarem de propagar, admite-se que a partir dessa profundidade h alterao no estado fsico dos materiais. Pela anlise da expresso que permite calcular a velocidade das ondas S, conclui-se que estas s se podem propagar em meios slidos, pois os fluidos apresentam um coeficiente de rigidez igual a zero. Assim, pode-se inferir que o material do ncleo tem um comportamento semelhante ao do estado lquido. Esta hiptese explica tambm o abaixamento muito acentuado de velocidade das ondas P, pois passam a propagar-se num meio muito mais denso e pouco rgido.Estes factos permitiram concluir sobre a existncia a esta profundidade de uma descontinuidade Descontinuidade de Gutenberg.I

  • IExtrado de Dias et al., 1999.ABDC

  • A Propagao das ondas P e respectiva zona de sombra. O ncleo terrestre desvia a trajectria destas ondas, criando uma zona onde a sua energia no atinge a superfcie. No ponto oposto do epicentro emergem apenas ondas P.B Propagao das ondas S e respectiva zona de sombra, mais ampla dos que a das ondas P. No se registam ondas S directas a mais de 103 de distncia do epicentro. O estado lquido do ncleo externo impede a propagao das ondas S para alm da Descontinuidade de Gutenberg.C Zona de sombra de um sismo no se propagam ondas P e S directas.D Representao, na superfcie do globo terrestre, de uma hipottica zona de sombra onde no se manifesta actividade ssmica.

    I

  • Situada a cerca de 5170km de profundidade.

    Separa o ncleo externo do ncleo interno.

    O ncleo interno deve ser slido e com composio idntica do ncleo externo, pois que a velocidade das ondas que se propagam at estaes situadas a 180 do epicentro e nas suas proximidades maior do que a prevista para um ncleo totalmente lquido. A razo para a passagem de lquido a slido deve residir no efeito de presso sobre o ponto de fuso do ferro.I

  • I

  • IABCDGHIJMNOPRSTFLWXYZVQEUK

  • Abalos premonitrios ou preliminares pequenos abalos que precedem o sismo principal. O abalo principal de um tremor de terra muitas vezes precedido por ligeiras vibraes que provocam inquietao nos animais. Estes abalos por vezes so acompanhados de rudos semelhantes aos de troves longncuos.

    Alinhamento do Atlntico alinhamento correspondente grande crista do oceano Atlntico onde se encontram as zonas ssmicas e os vulces da Islndia, Aores, Canrias, Cabo Verde e Tristo da Cunha. H uma correlao muito significativa entre a distribuio da actividade vulcnica e dos sismos, que se concentram nestas zonas.

    Alinhamento euro-asitico zona de instabilidade do globo terrestre que se estende de Gibraltar ao Sudoeste Asitico onde ocorrem cerca de 15% dos sismos. Ocorrem, tambm, fenmenos de vulcanismo que atingem o Sul de Itlia, as ilhas do mar Egeu, e o Cucasso meridional, que se prolonga at aos Himalaias. Nestes, actualmente no h vulcanismo activo.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • ngulo epicentral ngulo definido por um raio terrestre que passe pelo epicentro do sismo e por outro raio que passe pelo local considerado.

    Astenosfera poro do manto superior de menor rigidez, de limite difuso, situada aproximadamente a partir da profundidade de 30 a 60Km at cerca dos 400km de profundidade. Corresponde a uma zona de baixa velocidade ssmica. Na astenosfera a temperatura aproxima- -se do ponto de fuso das rochas. Admite-se que a camada litosfrica desliza sobre a astenosfera.

    Carta de Isossistas representao grfica, em torno do epicentro, de linhas curvas que unem os pontos onde um sismo atingiu a mesma intensidade.Comprimento de Onda distncia percorrida por uma partcula, num movimento ondulatrio, durante um perodo

    Crosta Continental parte da superfcie terrestre, de natureza grantica, que tem espessura mdia de 35km, podendo atingir os 70km nas zonas de grande montanhas. constituda predominantemente por rochas siliciosas como granitos, gneisses, argilas, micaxistos. Tem a densidade mdia de 2,7.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Crosta Ocenica parte superficial da crosta terrestre, de natureza basltica, mais densa que a crosta continental (d = 3,0). menos espessa que a crosta continental, podendo atingir a profundidade mdia de 6 a 7km. A crosta ocenica, principalmente nas regies mais prximas dos continentes, est recoberta por sedimentos que formam uma camada muito espessa.

    Crosta Terrestre zona superficial e rgida do globo terrestre, exterior descontinuidade de Mohorovicic e que constitui os continentes e os fundos ocenicos.

    Descontinuidade Ssmica zona de separao de dois meios de caractersticas diferentes, onde a velocidade das ondas ssmicas varia.

    Descontinuidade de Conrad limite existente na crosta terrestre, numa zona compreendida entre as profundidades de 15 a 50km, onde h alterao sbita da velocidade de propagao das ondas ssmicas. H dvidas se esta superfcie separa materiais rochosos de diferente composio (camada grantica de uma camada basltica) ou se separa apenas materiais de diferente densidade devido influncia de elevadas presses.

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  • Descontinuidade de Gutenberg limite existente na Terra profundidade de 2900km, a partir da qual as ondas S no se propagam e as ondas P retardam o seu movimento. Esta descontinuidade considerada o limite de separao entre o ncleo situado abaixo dessa profundidade e o manto situado acima dessa descontinuidade.

    Descontinuidade de Mohorovicic limite que existe na Terra profundidade mdia de 40km em que ocorre alterao na velocidade de propagao das ondas ssmicas e que separa a crosta, situada acima desta descontinuidade, do manto, zona situada abaixo dessa descontinuidade.

    Descontinuidade de Wiechert/Lehmann limite que existe no ncleo da Terra, profundidade de 5170km, onde se verifica uma variao importante da velocidade de propagao das ondas ssmicas P e que considerada a separao entre uma zona externa no estado lquido, acima da descontinuidade, e uma zona no estado slido situada abaixo dessa mesma descontinuidade.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Dorsal Mdio-Ocenica cordilheira que se forma no fundo dos oceanos, tambm conhecida por crista ocenica, provocada pela expanso dos fundos ocenicos. A mais extensa conhecida por dorsal mdio-ocenica, estendendo-se no oceano Atlntico desde o oceano rctico Antrctica.

    Dorsal Ocenica montanhas submarinas cuja origem provocada pela expulso do magma atravs de fracturas da crosta, em consequncia de fenmenos tectnicos ocorridos na reg~ao. A mais extensa a dorsal mdio-ocenica do Atlntico, encontrando-se dorsais em todos os oceanos.

    Epicentro ponto da crosta terrestre que se encontra na vertical de um foco ssmico e onde as ondas ssmicas chegam em primeiro lugar.

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  • Escala de Mercalli escala de 12 termos, considerada a escala internacional, na qual o primeiro termo corresponde aos sismos apenas registados por sismgrafos, e o ltimo corresponde destruio total das construes com modificao da topografia local. A escala de Mercalli uma escala de intensidade, isto , avalia o grau destruidor de um sismo.

    Escala de Richter uma escala quantitativa, isto , mede magnitudes, sendo que cada grau da escala depende do valor da acelerao da partcula terrestre atingida pelo sismo. O grau determinado a partir da amplitide das ondas ssmicas registadas. Esta escala foi apresentada, em 1936, por Guttemberg e Richter baseada nas anlises das ondas ssmicas registadas.

    Escala Internacional de Intensidade escala com a qual se comparam os depoimentos sobre as observaes que se fizeram durante um sismo, bem como os prejuzos causados. Esta escala resultou de uma modificao feita, em 1956, da escala proposta por Mercalli-Sieberg em 1902.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Estao Sismogrfica local onde se encontram localizados os sismgrafos que registam as ondas ssmicas cuja interpretao fornece aos especialistas em sismologia informaes muito teis sobre as caractersticas das zonas terrestres atravessadas pelas ondas.

    Falha Activa estrutura geolgica que resulta da fractura de rochas com formao de blocos que se deslocam um em relao ao outro.

    Falha Deslizante ou de deslizamento, caracteriza-se pelos movimentos horizontais, que afectam as pores rochosas envolvidas. Este tipo de deformao frequente nas pores ocenicas das placas litosfricas, embora os deslizamentos tambm sejam comuns no domnio continental.

    Falha Inversa ou de converso ou cavalgante, forma-se sempre que um bloco rochosos sujeito a um sistema de foras em que o esforo mximo compressivo horizontal e o esforo vertical mnimo.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Falha Normal ou distensiva, encontra-se normalmente ligada a zonas de distenso da Terra, como acontece nos riftes ocenicos ou continentais.

    Falha Translacional ou rotacional, os seus movimentos realizam-se segundo uma rotao de modo semelhante aos das lminas de uma tesoura. O mesmo bloco pode ser elevado numa zona e afundado noutra.

    Falha Transformante provoca divergncia lateral de placas, acontece sobretudo nas cristas mdias dos oceanos.

    Frente da Onda Ssmica superfcie da onda ssmica que separa uma zona que experimenta uma perturbao ssmica de uma zona que ainda no a experimentou.

    Hipocentro regio de profundidade varivel na Terra onde o sismo tem a sua origem. Corresponde ao foco do sismo que, normalmente, tem a sua origem na deslocao relativa de blocos.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Intensidade Ssmica medida dos efeitos de uma sismo calculada a partir dos danos causados nas populaes, habitaes e na paisagem. A intensidade de um sismo determinada pela escala de Mercalli, pela escala de Mercalli modificada, que possui 12 graus. O grau I corresponde a um sismo somente detectado pelos sismgrafos, e o grau XII corresponde a uma catstrofe. No se deve confundir intensidade de um sismo com magnitude que medida pela escala de Richter, que uma escala logartmica e traduz a medida de energia libertada.

    Isossista curva, que num mapa, une os pontos em que foi idntica a intensidade de um sismo. Para uma zona submetida a um sismo, avalia-se, por meio da escala de intensidade, a importncia da destruio que se quantifica de I a XII. O epicentro encontra-se na superfcie limitada pela curva que define a maior intensidade do sismo.

    Limite entre Placas Tectnicas linha entre as placas que se tocam entre si. Os limites das placas so caracterizados por actividade ssmica e tectnica. Nos bordos das placas, tambm designados por margens de placa, onde ocorre a maioria da actividade ssmica, vulcnica e tectnica.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Litosfera - zona rgida, constituda pela crosta e pelo manto superior, situada acima da astenosfera

    Macrossismo vibrao terestre provocada pela rpida libertao de energia e que perceptvel pelos sentidos dos seres humanos. A energia libertada irradia em todas as direces, a partir da sua fonte, na forma de ondas que so anlogas s provocadas por uma pedra lanada numa superfcie de gua em repouso.

    Manto zona terrestre compreendida entre a crosta e o ncleo.

    Manto Inferior zona do manto compreendida entre os 700km e os 2900km de profundidade. muito rgido e denso devido s enormes presses que suporta.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Manto Superior ou Manto Litosfrico zona do manto que se estende desde a base da crosta terrestre at profundidade de 700km. Nos primieros quilmetros, o manto superior rgido. A partir dos 100km e at uma profundidade de 250 a 350km, verifica-se uma diminuio da velocodade de propagao das ondas ssmicas. Admite-se que se trata de uma zona menos rgida, embora no seu conjunto slida. Para alguns autores esta camada denomina-se astenosfera. Para profundidades compreendidas entre a base da astenosfera e a profundidade de 700km, o manto superior novamente rgido.

    Maremoto ou tsunami onda marinha provocada por um terramoto cujo epicentro se localiza no oceano. Estas ondas, atingindo a costa, vencem o litoral, provocando, por vezes, mais destruies e mortes que o prprio sismo. A velocidade da onda est relacionada com a profundidade do lugar. Contrariamente, a crista da onda no influenciada por diminuio da velocidade, tendendo a elevar-se cada vez mais, rebentando sobre a costa com grande poder de destruio.

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  • Microssismo movimento muito pequeno da crosta terrestre registado por um sismgrafo. Os microssismos so provocados pela actividade dos humanos, pela atmosfera (vento, variao da presso ou temperatura), pela aco das ondas no fundo do mar, etc.

    Ncleo Externo zona do ncleo compreendida entre os 2900 e 5170km de profundidade. As ondas ssmicas S no o atravessam e as ondas ssmicas P baixam a velocidade de propagao, pelo que se admite que o ncleo externo esteja fundido ou ento se comporte como tal.

    Ncleo interno zona do ncleo que se inicia profundidade de 5170km e se prolonga at ao centro da Terra. Tendo em ateno o aumento da velocidade de propagao das ondas ssmicas que o atravessam, presume-se que o ncleo interno se encontre no estado slido.

    Ncleo Terrestre zona mais interior do globo terrestre, iniciando-se a partir dos 2900km de profundidade. Tem constituo essencialmente ferroniqulica.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Ondas Ssmicas movimentos vibratrios de partculas que num sismo se propagam a partir do foco segundo superfcies concntricas.

    Ondas de Love ondas ssmicas superficiais de grande amplitude que se deslocam unicamente nas camadas superficiais da crosta terrestre. As ondas Love so de baixa frequncia e tm um comprimento de onda elevado.

    Ondas de Rayleigh ondas ssmicas superficiais de grande amplitude que se deslocam unicamente nas camadas superficiais da crosta terrestre. Estas ondas do Terra um movimento de oscilao como o de uma balana. Estas ondas so as que causam maiores estragos.

    Ondas Primrias ou P primeiras ondas de um sismo que so registadas num sismograma e so ondas de compresso dilatao, com as vibraes paralelas trajectria, que se propagam em todas as direces do espao a partir do foco. Propagam-se nos lquidos e nos slidos, mas tambm na atmosfera, sendo responsveis pelo rudo surdo que acompanha os sismos. So ondas de alta frequncia e com pequeno comprimento de onda.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Ondas Secundrias ou S segundo tipo de onda a ser registada num sismograma. As ondas S so tambm designadas ondas transversais de cisalhamento, de dirtoro ou de rotao. S se deslocam nos slidos.

    Placa Continental placa tectnica que suporta um continente.

    Placas Convergentes a convergncia de placas ocorre quando duas placas se deslocam na direco uma da outra, acabando por colidir. As colises podem ocorrer entre uma placa ocenica e uma placa continental, entre duas placas ocenicas, entre duas continentais e entre uma placa mista e uma continental. A subduco ocorre tambm quando h coliso entre duas placas ocenicas.

    Placas Divergentes placas que se deslocam afastando-se uma da outra. As placas divergentes tanto se encontram nas zonas ocenicas como nas zonas continentais.

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  • Placas Litosfricas designao das partes rgidas superficiais da Terra, com cerca de uma centena de quilmetros de espessura, cujo conjunto constitui a litosfera. Podem deslocar-se horizontalmente sobre o seu substrato viscoso, que se chama astenosfera. Os limites entre as placas, denominados bordos das placas, so de trs tipos: rifte ocenico, zona de subduco e falha transformante.

    Placa Ocenica placa tectnica que suporta um oceano.

    Placas Tectnicas placas constitudas por rochas rgidas que recobrem toda a superfcie terrestre.

    Placas Transformantes placas litosfricas que deslizam horizontalmente uma em relao outra. Nos limites destas placas so ocorre actividade vulcnica, mas os fenmenos ssmicos, por vezes violentos, so vulgares.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Raio Ssmico designao de qualquer trajectria perpendicular frente de ondas ssmicas. A libertao sbita de energia acumulada no foco ssmico traduz-se pela vibrao das partculas rochosas que se transmitem segundo superfcies concntricas designadas ondas ssmicas.

    Raz de mar onda provocada por um sismo que afecta a superfcie do mar, causando avultados prejuzos na sua chegada costa. Estas vagas ou ondas so devidas a um afundimento brusco do fundo submarino. As massas de gua que, de todos os lados, ocorrem regio deprimida, entrando em vibraes voltam para a costa varrendo tudo sua passagem.

    Rplicas abalos ssmicos sequenciais e mais fracos que o sismo principal e que podem repetir-se durante tempo varivel

    Rifte ou Centro de expanso fenda da crosta terrestre que se materializa por uma fossa percorrida por numerosas fissuras eruptivas. Um rifte limitado lateralmente pelos bordos sobrelevados resultantes de fracturas paralelas ao seu eixo. Os riftes podem ser continentais como, por exemplo, o rifte oriental africano, ou ocenicos, estando, neste caso, situados no cima das dorsais ocenicas.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Sismicidade nmero e intensidade dos sismos que ocorrem numa regio. A distribuio geogrfica das regies ssmicas est relacionada com a distribuio dos acidentes tectnicos das diferentes regies da crosta terrestre.

    Sismologia cincia que estuda os fenmenos ssmicos. Trata da interpretao fsica dos sismos, dos seus efeitos e classificao, com a finalidade de conhecer a natureza e o modo de propagao das ondas ssmicas, e da natureza e quantidade de energia libertada. Estuda ainda a frequncia local e a distribuio geogrfica dos sismos e a relao destes com a natureza dos terrenos e das construes resistentes aos sismos.

    Sismos tipo de fenmeno natural que provocam catstrofes, por vezes de grandes dimenses. Movimento sbito da crosta terrestre, originado geralmente pela ruptura das rochas que estiveram submetidas a grandes tenses no interior da Terra. A enrgia libertada propaga-se em todas as direces sob a forma de ondas ssmicas. So as vibraes da resultantes que so sentidas como tremores de terra. Os sismos podem tambm ter origem em exploses ou colapsos de material.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Sismgrafo aparelho que permite a deteco e registo de ondas ssmicas, actualmente substitudo pelo sismmetro.

    Sismgrafo horizontal sismgrafo que regista os movimentos horizontais do solo.

    Sismgrafo vertical sismgrafo que regista os movimentos verticais do solo.

    Sismograma registo dos vrios tipos de ondas ssmicas feitos pelos sismgrafos.

    Subsidncia processo tectnico que provoca o afundamento da crosta devido acumulao de espessas camadas, de sedimentos, permitindo, por exemplo, que os oceanos mantenham constante a sua profundidade.

    Subduco o termo designa o facto de a litosfera ocenica se afundar e fundir debaixo de outra parte da litosfera, geralmente continental, com a formao de uma zona ou plano de Benioff, de uma fossa ocenica e de um vulcanismo activo.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Superfcie de Benioff zona de espessura reduzida, semelhante a um plano, onde se situam os focos dos sismos prximo das fossas ocenicas (zona restrita e mais profunda de uma depresso dos fundos ocenicos). Partindo de uma fossa, a superfcie de Benioff funde-se debaixo do continente ou arco insular prximo, com uma inclinao que varia dos 15 a 75, at profundidade. A repartio dos focos ssmicos manifesta o afundimento ou subduco de parte da litosfera ocenica por baixo da litosfera continental.

    Superfcie de Descontinuidade superfcie situada no interior da Terra que separa materiais de composio qumica e propriedades fsicas muito diferentes. Nessas superfcies verifica-se uma variao acentuada e brusca do comportamento (direco e velocidade) das ondas ssmicas P e S.

    Terramoto sismo de grande intensidade.IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZ

  • Zona de Sombra Ssmica parte da superfcie do globo terrestre que no recebe, directamente, ondas P e S provenientes do foco ssmico. As ondas S deixam de se propagar e as ondas P so desviadas na superfcie do ncleo externo. Zona compreendida entre ngulos epicentrais de 103 e 143.

    Zona de subduco zona em plano inclinado situada na fronteira de duas placas litosfricas convergentes

    IABCDGHIJMNOPRSTFLVQEUKWXYZsada

  • Isada