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Tem raízes no trabalho de Milton Erickson e
no Projeto de Bateson e foi desenvolvida por
Jay Haley e Cloé Madanes.
Uma escola que permanece como um dos
principais modelos de psicoterapia, voltada
para a premissa de que os terapeutas devem
obedecer a um estilo de prática ativo,
diretivo e capacitado.
Projeto Bateson – 1953 a 1963
Muitos dos conceitos utilizados na prática da terapia estratégica
nasceram desse projeto.
- Pesquisas sobre os Tipos Lógicos na comunicação esquizofrênica.
- Livro sobre a etiologia e a natureza da esquizofrenia que introduziu o
conceito do duplo vínculo e sua relação com a esquizofrenia.
- Introdução nos estudos sobre família ou outro sistema social, em vez
de se referir apenas aos seus membros individuais.
- Nova maneira de ver os problemas humanos mantidos pelas
interações sociais presentes e não por um passado inatingível.
- Em termos de ética, a ideia de que uma pessoa não pode não se
comunicar, não pode não influenciar aqueles que interagem com ela.
Milton Erickson
A abordagem geral hoje empregada pelos terapeutas
estratégicos foi criada por ele.
Sua terapia era de caráter diretivo, cuidadosamente
planejada e, na maioria dos casos, breve.
Ele assumia a responsabilidade de mudar seus pacientes
e empregava uma abordagem diferente para cada caso.
Seu modelo enfatizava a mudança e se concentrava nos
sintomas.
Por vezes, praticava a terapia com famílias inteiras em
seu consultório.
A TERAPIA ESTRATÉGICA ATUAL
É um modelo pragmático essencialmente dedicado à
intervenção clínica.
Consiste em uma teoria sobre a manutenção do
problema e uma sobre a mudança – não há uma teoria
voltada para a origem do problema.
O terapeuta planeja e dá início ao que desejaria que
ocorresse na terapia. A responsabilidade pela derrota
é do terapeuta.
A meta básica é solucionar o problema presente por
diretivas diretas e indiretas.
ESTÁGIOS - A PRIMEIRA ENTREVISTA
05 Estágios
1. Social2. Exploração do Problema3. Interacional4. Estabelecimento de Metas5. Atribuição de Tarefas
ESTÁGIO SOCIALo O terapeuta começa criando um relacionamento cooperativo,
que se caracteriza pelo calor humano e respeito.
ESTÁGIO DE EXPLORAÇÃO DO PROBLEMAo Terapeuta pede a apresentação do problema.
ESTÁGIO INTERACIONALo Fazer com que os pacientes interajam entre si, não com o
terapeuta.
ESTÁGIO DE ESTABELECIMENTO DE METASo Implica a elaboração de um contrato terapêutico.
ESTÁGIO DE ATRIBUIÇÃO DE TAREFASo O terapeuta dá as diretivas que se relacionam com o problema em questão. Consiste no comprometimento da resolução dos problemas apresentados.
A PROGRESSÃO DA TERAPIA
Estágio: Preparação e Cooperação O terapeuta cria um relacionamento cooperativo com
os pacientes. Estágio de resolução do problema Estilo terapêutico que enfatiza a paciência e não cria
expectativas não-realistas de mudança imediata. Estágio de Finalização A meta está voltada para que os pacientes sejam
capazes de lidar com seus problemas sozinhos. Estágios da Vida Familiar Aproximação-casamento-nascimento-filhos-
2°casamento-separação filhos/pais-aposentadoria-velhice
As metas das terapias são conceitualizadas no sentido de ajudar os pacientes a passar de um estágio a outro.
DIAGNÓSTICO
As variáveis sobre as quais a terapia estratégica tem seu enfoque são:
Proteção Unidade Sequência Hierarquia
Com a ajuda dessas ferramentas, o terapeuta estratégico disseca o problema, que é o foco da terapia.
PROTEÇÃO
Relaciona-se com a teoria de que os membros de uma família tentam, de maneiras infrutíferas, auxiliar os demais membros dessa mesma família.
UNIDADE
O triângulo permite a formação simultânea de coalização e hierarquia dentro de um grupo social.
SEQUENCIA
A meta da terapia estratégica é substituir as sequencias mal-adaptadas de comportamentos por sequencias mais saudáveis.
HIERARQUIA
Capacidade de proteger, confortar e fazer feliz.
DIRETIVAS
As diretivas seriam tarefas apresentadas pelo terapeuta
em sessão, sendo um fator indicativo de que ele que
conduz o processo terapêutico.
Segundo Bateson “toda comunicação é, simultaneamente,
um relato e um comando” (1951) – no caso do terapeuta,
o comando está muito mais claro para ele do que para o
cliente .
Meta: fazer com que o paciente experiencie e possa
adaptar-se a novos meios de interação
Tipificação: enunciação, função e paradoxo .
ENUNCIAÇÃO
As diretivas podem ser descritas como diretas ou indiretas (Haley,1976).
As diretas são aquelas em que o terapeuta deseja que os pacientes desenvolvam ações específicas, influencia-os a fazer isso pedindo-lhes diretamente. A influência do terapeuta é aberta e claramente identificável pelo paciente (Haley,1976, p.59).
Diretivas indiretas;
A diretiva indireta é usada quando o terapeuta deseja que o paciente realize determinada ação e influencia-o a fazê-lo, sem pedir claramente (Haley,1976).
FUNÇÕES DIRETIVAS
As diretivas podem ser classificadas como primária, preparatória e terminal (Keim.1993)
Diretiva primária: É aquela que se volta diretamente para o problema presente e tenta resolve-lo ( 1993).
A diretiva preparatória cria o caminho para a diretiva primária que solucionará o problema presente, um exemplo é a redefinição que dá ao paciente força para mudança, sem lhe oferecer nenhum direcionamento específico para esta.
Diretiva terminal (1993) auxilia o terapeuta a finalizar a terapia após a solução do problema presente. Prever a recaída em algum ponto do futuro é um exemplo de diretiva terminal.
PARADOXO
A intervenção paradoxal é aquela em que “uma diretiva é qualificada pela outra, em um diferente nível de abstração, de forma conflitual” (madanes,1981, p.7).
O terapeuta prescreverá ao paciente que continue a ter os sintomas, o paciente não consegue seguir a orientação terapêutica e acaba transgredindo as regras no sentido de sua cura. O remédio é o próprio sintoma, a resistência é a mudanças.
EXIGENCIAS DE COOPERAÇÃO DA TERAPIA DIRETIVA
A familiaridade com o problema e o contexto, apreço, competência e empatia, cada qual contribui para que se estabeleça um relacionamento de caráter cooperativo entre o terapeuta e seus pacientes. Nenhuma forma de terapia é mais exigente em relação ao relacionamento entre estes do que a terapia estratégica. Até o ponto em que na ausência de qualquer um desses critérios, a terapia torna-se muito mais difícil e apresenta menores probabilidades de ser bem sucedida.
“A familiaridade com o contexto” diz respeito ao estado em que o terapeuta e seus pacientes
sentem que o primeiro está a par dos fatos do problema e do contexto social.
Apreço : Refere-se a importância de os pacientes acreditarem que o terapeuta gosta deles. Na terapia estratégica, o terapeuta considera sua responsabilidade gostar de seus pacientes.
Competência: significa a necessidade tanto do terapeuta como de seus pacientes de acreditarem que o terapeuta sabe o que está fazendo. O terapeuta deverá conduzir de modo a inspirar tal confiança.
Empatia é o ponto alcançado na relação terapêutica em que o paciente sente que o terapeuta sabe o que significa estar na situação de dificuldade em que ele se encontra. Empatia não deve ser confundida com piedade.
A razão básica do fracasso de um terapeuta reside no fato de este não conseguir estabelecer esse tipo de relacionamento. Haley (1973) enfatizava que um relação de confiança é essencial para esta abordagem, quando ela não é suficientemente forte, as palavras do terapeuta atingirão ouvidos surdos.
QUATRO DIMENSÕES DA INTERAÇÃO METAFÓRICA FAMILIAR
1° DOMINÇÃO E CONTROLE:
Caracterizado pelas lutas dos pacientes para dominar e controlar um ao outro muitas vezes por intimidação e exploração.
2° DESEJO DE SER AMADO:
Os distúrbios alimentares e alguns tipos de sintomas psicossomáticos são caracterizados nessa dimensão como fobia, depressão e ansiedade, as interações na família geralmente implica exigência excessiva , rivalidade , discriminação e criticismo, a comunicação apresenta-se repleta de dor.
A orientação da terapia tende a conduzir membros da família a exprimir abertamente seus sintomas e a mudança metafórica da
função dos sintomas.
3° DIMENSÃO AMOR E PROTEÇÃO:
Centraliza a tentativa de amar e proteger as pessoas importantes na terapia os problemas apresentados envolvem invasão,possessividade,certos tipos de dominação e alguns atos de violência, a fala relacionada se deve a de que um dos membros cometeu algum ato impróprio ou o relaciona com ciúme caracterizado por comportamento de caráter obsessivo, pode existir tendência suicida, abuso e negligencia, e atribuição de culpa ao outro.
A intervenção na terapia é a de reverter a idéia de exclusão .
4° DIMENSÃO ARREPENDIMENTO E PERDÃO:
Atua nos trabalhar geralmente atos de abuso sexual e ao atos de sadismo frequentes nessa dimensão, as famílias se caracterizam por segredos e distâncias interpessoais.
A intervenção enfatiza a responsabilidade pessoal, a realidade , a substituição do secreto e das colizações inapropriadas e o movimento
para níveis mais altos de compaixão e espiritualidade
DOMINÇÃO E CONTROLE
. Correção da hierarquia (Minuchin,1974; Haley 1976; Madanes,1981)
. Negociações e contratos (Minuchin,1974; Haley, 1976; Madanes, 1981)
. Mudando benefícios ( Madanes, 1981, 1983)
. Rituais (Haley, 1973, Madanes 1981, Haley, 1984)
. Provocações (Haley, 1973, 1984)
. Restrição Paradoxal da melhora (Haley, 1973, 1976)
. Contratos do problema (Haley, 1973; Madanes, 1981)
. Prescrição do problema presente com pequena modificação de contexto
(Haley, 1973; Madanes, 1981, 1983)
DESEJO DE SER AMADO
• Mudança do envolvimento de um dos pais
(Minuchin, 1974; Haley, 1976, 1980)
• Mudança de recordações (Haley, 1973; Madanes , 1983, 1990)
• Prescrição do sintoma (Haley, 1973, 1976, 1980)
• Prescrição da simulação do sintoma (Madanes , 1981)
• Prescrição de um ato simbólico (Madanes , 1981)
• Solicitar aos pais que prescrevam o presente problema ou representação simbólica do problema presente
(Madanes , 1981)
• Prescrição da Simulação da função do sintoma
(Madanes , 1981)
• Reforço ou enfraquecimento dos relacionamentos
(Minuchin, 1974; Haley, 1976, Madanes , 1981)
• Ilusão de estar sozinho no mundo (Madanes , 1983)
AMOR E PROTEÇÃO
•Reunião dos membros da família (Minuchin, 1974; Haley, 1976; Madanes, 1981)
•Mudança no parâmetro “Quem ajuda quem”
(Madanes, 1981)
•Fortalecimento dos filhos para que sejam úteis, de maneira apropriada
(Madanes, 1981)
•Orientação ou proteção para o futuro
(Haley, 1973,1976; Madanes, 1981)
•Prescrição de uma reversão da hierarquia familiar
(Madanes, 1981, 1983)
•Prescrição de “Quem terá o problema presente”
(Madanes, 1983)
ARREPENDIMENTO E PERDÃO
•Arrependimento e reparação (Madanes, 1990)
• Reframing (Haley, 1973, 1976,; Madanes, 1981)
•Criação de uma redefinição positiva
(Madanes, 1981, 1983)
•Busca de protetores (Madanes, 1990)
•Fazer surgir a compaixão (Madanes, 1990)
TRATAMENTO DO ABUSO SEXUAL
Desde os anos 70 a terapia estratégica já vinha sendo muito discutida na literatura através de workshops, pensando nos casos de abuso sexual foi a partir dos anos 80 que Cloé Madanes desenvolveu uma abordagem familiar que visa auxiliar os que praticam o abuso a assumir suas responsabilidades e a demonstrar dor e arrependimento de suas ações.
Esse trabalho consiste em 16 passos para o tratamento dos que praticam o abuso sexual e suas vitimas, (quando são da mesma família) reduzindo a necessidade de internação carcerária e o esfacelamento familiar.
CÓDIGO DE ÉTICA
Regras da terapia estratégica
1° Não ferir 2° Não culpar 3° Ser ciente de sua influência 4° Respeitar os pacientes 5° Ter visão minimalista 6° Ter consciência no uso das diretivas
diretas/indiretas 7° Ter senso comum 8° Uso da intervenção de forma mais dignificante e
menos invasiva
Foi elaborada para guiar os terapeutas de forma
efetiva e benéfica, sua formação para o domínio
ideal são de no mínimo 2 á 3 anos de estudo, e vem
recebendo a influência de vários e importantes
rumos, como por exemplo, os E.U.A, que tem
aumentado a pressão para graduar cada vez mais
terapeutas prontos para o trabalho, visando assim
atender as dificuldades da atual sociedade moderna.
CONCLUSÃO