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Abordagem da eclâmpsia
na sala de partos
Dra Euridice Chongolola8 De Novembro 2017
Fundamental
Identificar e abordar rapidamente
Incidência relativamente alta em paises em desenvolvimento
MLP (2016) 666 eclampticas com 55 mortes
O aumento mortalidade materna e fetal, é directamente
proporcional ao tempo em que se demora na tomada de condutas
que permitam a sua reversão.
A eclâmpsia e definida como um episódio primário de convulsão
tipo grande mal, que ocorre,antes, durante ou no pós-parto, não
relacionada com outras condições patológicas referidas ao sistema
nervoso central, presente em gestantes com pré-eclâmpsia.
DEFINIÇÃO
ECLÂMPSIA- QUADRO CLÍNICO
• Convulsões: tônico-clônico generalizada
• Momentos de lucidez
• Pode evoluir para o coma
• Pode estar associado a: hipertensão arterial grave,
insuficiência renal, coagulopatia,insuficiências respiratória, avc.
O agravamento dos níveis pressóricos ou de proteinuria prévias, após
a idade gestacional (IG) de 20 semanas.
Sinais e sintomas clínicos sugestivos da iminência de eclâmpsia,
cefaleia occipital ou frontal persistentes, visão borrada, fotofobia, dor
abdominal em epigastrio ou quadrante superior direito, Hiperreflexia
e estado mental alterado.
DIAGNÓSTICO
• Hemograma completo com contagem de plaquetas
• Proteinúria de 24 horas
• Uréia e creatinine
• Ácido úrico
• Perfil hemolítico (DHL)
• Enzimas hepáticas (TGO e TGP)
• Bilirrubinas totais e frações
• Coagulograma complete
• Gasometria arterial
• Sódio e potássio
EXAMES LABORATORIAIS
Acidente vasculo-encefalico, encefalopatia hipertensiva, epilepsia,
tumores cerebrais, doença trofoblástica gestacional, doenças
metabólicas (hipoglicemia e hiponatremia) e vasculites cerebrais.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O tratamento definitivo e a interrupção da gestação,
algumas vezes, e possível aguardar o amadurecimento fetal para a
realização do parto.
A conduta clínica na eclâmpsia e representada
pelo tratamento das convulsões e da hipertensão arterial sistémica.
ABORDAGEM DA PACIENTE COM
ECLÂMPSIA
• Controlar as convulsões e evitar recorrência
• Estabilizar a pressão arterial
• Evitar ou controlar o edema agudo de pulmão
• Corrigir oligúria e evitar possível instalação de insuficiência renal
• Planificar o parto
OBJECTIVOS
ECLÂMPSIA-TRATAMENTO
• Acesso venoso em veia periférica.
• Esquema adequado de sulfato de magnésio
• Hipotensor de ação rápida.
• Solicitação de exames: hemograma, creatinina, transaminases,
desidrogenase lática, proteinúria.
• Hidratação
• Posição semi-sentada
• Cateteri zação vesical de demora
• Proteção bucal
• Aspiração bucal periódica
• Cateter ou máscara de oxigênio
• Antibióticos e diuréticos de alça.
ECLÂMPSIA- TRATAMENTO – SULFATO
DE MAGNÉSIO
Dose-Ataque Dose-Manuntenção
Prichard4g EV + 10g IM –
5g em cada nádega.
5g IM 4/4 h. – 24h.
Zuspan4.0g EV 5 A 10 min
8ml sulf + 12 ml
agua destilada
1-2g/h EV – 24h
500ml SG 5%
Sibai 6,0g EV 20 min 2g/h EV 24 h
Fonte: Barton e Sibai, 1997
ECLÂMPSIA- TRATAMENTO
• Aplicar lentamente – manutenção com bomba
• Monitorar: diurese (25ml/h), reflexo patelar e respiração
• Ter em mãos o gluconato de cálcio a 10%
• Se possível manter magnesemia no nível terapêutico 4,5-7,5mEq/l
• Presença de oligúria e/ou creatinina acima de 1,5mg% fazer
metade da dose.
• Recorrência das convulsões: adicionar 2,0g em 5 min
Cuidados ao uso do sulfato de magnésio:
ECLÂMPSIA- TRATAMENTO
• Diazepan:10mg/ev. Manter 3-5mg/kg a cada 24h.
• Fenil-hidantoína: 1,0g ev. Manter 250mg a cada 30 min.
Manutenção: 100mg 8/8h.
Outros anti-convulsivantes:
Sinais de intoxicação
• Abolição do reflexo patelar
• Freqüência respiratória ≤ 14 irpm
• Diurese < 25 ml/h
Conduta na intoxicação Suspende-se a dose subseqüente até
que se restabeleçam os critérios. Se necessário, usar o antídoto:
Gluconato de cálcio 10% – 10 ml por via endovenosa lento
INTOXICAÇÃO PELO SULFATO DE
MAGNÉSIO
ECLÂMPSIA- TRATAMENTO
Terapêutica anti-hipertensiva
• 1ª opção: hidralazina: 5,0 mg/ev. Repetir a cada 30 min até obter-se PAD 90/100mm/Hg
• Pico de ação: 20/30min;• Vida média: 4/6 h. Manutenção: 5,0mg ev 6/6hs• Considerar resistência: uso até 25mg sem sucesso• Efeitos colaterais: cefaléia, taquicardia, palpitações
• 2ª opção: Nifedipina (Adalat®) bloqueador dos canais de cálcio• Dose inicial: 5,0 a10 mg sublingual manter 5,0 mg 6/6 h.• Efeitos colaterais: cefaleia, rubor facial e taquicardia.
• (contra-indicação relativa quando associada ao sulfato de
magnésio)
ECLÂMPSIA- TRATAMENTO
Condições obstétricas favoráveis: priorizar o parto normal
Condições obstétricas desfavoráveis: Parto por cesariana
Considerar: idade gestacional, uso de corticoides
Tratamento obstétrico
Controle da crise
hipertensiva com
hidralazina e verapamil
Eclâmpsia
Tratamento da
crise convulsiva
com MgSO4
Conduta
Obstétrica
Antes do Parto Periparto
Ante parto
Substituir o
MgSO4 por
fenitoína ou
benzodiazepínico
Conduzir
o parto
Extração via
abdominal
IG > 34
Semanas
IG entre
24 e 34
Semanas
IG < 24
Semanas
Interrupção
(Agravamento
pçãdo quadro)
Expectante (se
houver UTI
Neonatal)
Interromper
a Gestação
Aconselhamento
familiar
Intra parto Pós parto
O’LOUGHLIN, C. et al. Clinical practice guideline: the diagnosis
and management of pre-eclampsia and eclampsia. Ireland, set. 2011.
Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO, 2011.
Gestação de Alto Risco: Manual Técnico. Ministério da Saúde.
Editora MS: DF, 5 ed, 2010.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Muito obrigado.