Acido_Base.pdf

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  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    1

    E Q U I L B R I O Q U M I C O

    EQUILBRIO CIDO-BASE

    LIO 7

    OBJECTIVOS:

    Identificar a terminologia usada; Identificar alguns cidos e algumas bases que so utilizados em produtos de consumo

    domstico;

    Associar o termo cido s espcies qumicas que em soluo aquosa actuam como fontes de protes, H

    +(aq) e base s espcies qumicas que em soluo aquosa actuam

    como receptores de protes, H+(aq);

    Reconhecer a existncia de ies nas solues aquosas de cidos; Distinguir ionizao de dissociao em termos da espcie qumica em questo; Associar ionizao completa (ou grau de ionizao = 100%) e ionizao incompleta

    (

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    2

    Relacionar o Kw a diferentes temperaturas com o pH e o pOH; Relacionar quantitativamente pH com a concentrao do io +OH3 ; Associar a determinao de pH a algumas situaes do quotidiano, como o pH do

    sangue (pH normal entre 7,3 e 7,5), o pH do suco gstrico que no pode ser inferior a

    1 (causa acidez no estmago e conduz necessidade de usar um anti-cido), o pH

    dos solos que condiciona o tipo de produtos a serem plantados ou semeados, entre

    outros;

    Identificar, num equilbrio de cido-base, os pares cido-base conjugados; Reconhecer que a base conjugada de um cido forte uma base muito fraca; Associar constante de acidez, Ka (basicidade, Kb) constante de equilbrio (ionizao

    incompleta) atendendo s caractersticas das substncias envolvidas (cidos e bases);

    Associar cidos poliprticos aos cidos que possuem mais do que um hidrognio na sua composio, passvel de se libertar como H+(aq) ;

    Interpretar a ocorrncia de chuvas cidas; Referir alguns indicadores de pH mais vulgarmente utilizados; Indicar a utilizao de medidores de pH para saber com preciso o valor de pH; Associar a reaco de neutralizao a qualquer reaco em que o cido forte e a base

    forte esto presentes nas propores estequiomtricas, isto , apresentam, na

    soluo aquosa, a mesma quantidade de +OH3 e OH , resultando um sal neutro.

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    O QUE UM CIDO? O QUE UMA BASE?

    A resposta a estas perguntas depende da definio de cido e de base que adoptarmos. H vrias

    definies de cido e de base; nenhuma delas est certa ou errada, pois correspondem a

    conceitos que diferem no seu grau de generalidade. Neste curso interessam-nos a definio de

    Brnsted-Lowry (til para estudos em meio aquoso e, particularmente, para a Qumica

    Analtica) e a definio de Lewis (til como conceito unificador de vrios tipos de reaces

    qumicas).

    1 CIDOS E BASES DE BRNSTED-LOWRY

    Lowry e Brnsted (1923) definiram cido como todo o doador de protes e base como todo o

    aceitador de protes.

    Exemplos de cidos:

    c. Clordrico io cloreto proto

    c. Actico io acetato proto

    io amnio amonaco proto

    gua io hidrxido proto

    Exemplos de bases:

    io cloreto proto cido clordrico

    io acetato proto cido actico

    amonaco proto io amnio

    io hidrxido proto gua

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    Os cidos e as bases de Brnsted esto, pois, relacionados entre si pela relao

    cido1 = base1 + proto

    dizendo-se que o cido1 e a base1, nesta igualdade, constituem um par conjugado.

    Vrias substncias podem actuar simultaneamente como doadores, ou como aceitadores, de

    protes. Estas substncias designam-se por anfteros ou anfotlitos.

    Como exemplo tomamos a gua:

    H2O como cido H2O como base

    A definio de Brnsted pressupe que o comportamento de uma substncia como cido, ou

    como base, s se manifesta quando esse cido, ou essa base, est em contacto com outras

    substncias capazes de aceitar, ou de doar, protes.

    No conceito de Brnsted, portanto, as reaces cido-base reduzem-se fundamentalmente a

    uma competio pelo proto, e da a designao de reaces protolticas, o que pode

    expressar-se por

    AH + B A_ + BH+ cido1 base2 base1 cido2

    AH e A_, tal como BH

    + e B, constituem pares cido-base conjugados.

    FORA DOS CIDOS E DAS BASES

    certamente conhecido que, em soluo aquosa, o cido clordrico (HCl) mais forte do que o

    cido actico (CH3COOH). Analisemos mais cuidadosamente o conceito de fora dos cidos e das

    bases.

    De uma forma puramente qualitativa, pode dizer-se que a fora de um cido determinada pela

    facilidade com que cede protes e a fora de uma base pela tendncia que esta tem para

    aceitar protes. Como natural, quanto mais forte for um cido, mais fraca ser a sua base

    conjugada, e vice-versa. Vamos ento quantificar estes conceitos.

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    Consideremos o que se passa quando se dissolve um cido AH em gua. Como a gua pode ter um

    comportamento bsico, ela poder aceitar o proto cedido pelo cido AH:

    Por outro lado, a base conjugada do cido AH, A-, que se forma na reaco tem uma certa

    tendncia para aceitar um proto, pelo que, simultaneamente, se verifica tambm a reaco

    Eventualmente atingir-se- o equilbrio qumico

    Este equilbrio caracterizado por uma constante, constante de equilbrio.

    (1)

    Como a gua o solvente, est em grande excesso e, por isso, a sua concentrao

    praticamente constante. Sendo assim, costume inclu-la no valor da constante de equilbrio e

    escrever

    (2)

    com Keq = K'eq [H2O]

    A esta constante de equilbrio chama-se constante de acidez e representa-se por Ka

    (3)

    Para a base conjugada A_, pode definir-se uma constante de basicidade kb atravs do seguinte

    equilbrio

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    6

    (4)

    Consideremos um par conjugado cido-base. Para esse par ser

    3

    3 (5)

    O produto das concentraes ][][ 3+ OHOH chama-se produto inico da gua e , a 25C,

    aproximadamente igual a 10-14.

    Porqu o nome de produto inico da gua? Tal como no caso de outros compostos anfotricos,

    verifica-se que a gua, mesmo na ausncia de outra substncia, sofre uma reaco cido-base

    (equilbrio de auto-dissociao):

    2

    A constante deste equilbrio representa-se por Kw e chama-se produto inico da gua

    3 (6)

    Nesta reaco por cada duas molculas de gua que reagem, forma-se um io e um io

    , e desta forma = [H3O+], pelo que, por substituio, se obtm

    3 107

    costume exprimir a concentrao , ou simplificadamente , numa escala chamada

    escada de pH. Define-se pH como

    [ ] [ ]++ H = HpH = log1log (7) em que log representa o logaritmo na base 10 e se exprime em . Assim, no

    equilbrio de auto-dissociao da gua e na ausncia de qualquer outro cido ou base

    10 1 7

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    7

    A acidez de uma soluo medida por [H3O+], usualmente na escala de pH. Assim,

    10 1 7, soluo neutra

    10 1 7, soluo cida

    10 1 7, soluo bsica

    Exerccio:

    As solues A, B ... , F tm as seguintes concentraes de protes em mol l1:

    A [H+] = 10 D [H+] = 107

    B [H+] = 102 E [H+] = 108

    C [H+] = 105 F [H+] = 1010

    a) Calcule o pH de cada uma destas solues.

    b) Quais das solues so cidas, quais so neutras e quais so bsicas?

    Resoluo:

    a)ApH = 1 BpH = 2 CpH = 5

    DpH = 7 EpH = 8 FpH = 10

    b)A,B,Ccidas

    Dneutra

    E,F bsicas

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    8

    Exerccio:

    As solues A, B, ... , F tm os seguintes valores de pH:

    ApH = 1 DpH = 7

    BpH = 3 EpH = 9

    CpH = 4 FpH = 12

    a) Quais das solues so cidas, quais so neutras e quais so bsicas?

    b) Calcule o valor de [OH] em cada uma destas solues.

    Resoluo:

    a) Solues cidas: A,B,C

    Solues neutras D

    Solues bsicas E,F

    b)A[H+] = 101 [H+].[OH_] = 1014 [OH_] = 1013 mol l1

    B[H+] = 103 [H+].[ OH_] = 1014 [OH_] = 1011 mol l1

    C[H+] = 104 [H+].[ OH_] = 1014 [OH_] = 1010 mol l1

    D[H+] = 107 [H+].[ OH_] = 1014 [OH_] = 107 mol l1

    E[H+] = 109 [H+].[ OH_] = 1014 [OH_] = 105 mol l1

    F[H+] = 1012 [H+].[ OH_] = 1014 [OH_] = 102 mol l1

    Por analogia com a escala de pH, o prefixo p usa-se geralmente para indicar o logaritmo do

    inverso de uma grandeza. Assim:

    a

    a K = pK 1log

    e (8)

    [ ]OHpOH = 1log

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    9

    Aplicando logaritmos equao (6), que define o produto inico da gua:

    WKOHOH log]log[]log[ 3 =+ + Ou

    14][

    1log][

    1log3

    = + OHOH

    Logo

    14=+ pOHpH (9)

    O valor da constante de acidez pode ser usado para medir a fora de um cido, permitindo

    mesmo estabelecer uma escala de foras dos cidos. De uma forma emprica costume dividir os

    cidos nas seguintes classes, de acordo com a sua fora:

    Ka pKa

    1 CIDOS FORTES 0

    1 10 CIDOS MODERADAMENTE FORTES 0 2

    10 10 CIDOS FRACOS 2 7

    10 CIDOS MUITO FRACOS 7

    De notar que a definio de constante de acidez apresentada envolve o solvente (nos exemplos

    dados a gua) que actua como base. A constante de acidez e, portanto, a fora de um cido

    depende da fora bsica do solvente utilizado, ou seja, a escala de acidez no pode ser

    independente do solvente.

    Assim, por exemplo, os cidos HClO4, HCl e HBr so todos fortes em gua, uma vez que este

    solvente possui uma fora bsica elevada, quando comparada com a do anio (base conjugada)

    dos cidos considerados, e obriga-os a uma dissociao total. Neste caso, a gua est a actuar

    como solvente nivelador.

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    10

    O mesmo j no acontece quando usamos como solvente o cido actico:

    cido actico, comportando-se com base

    O cido actico possui uma fora bsica inferior da gua, de tal forma que se obtm uma

    gradao de fora para os trs cidos considerados:

    Em relao a estes cidos, o cido actico comporta-se como solvente diferenciante.

    Se se utilizar um solvente com fora bsica superior da gua (por exemplo, amonaco lquido),

    podemos mesmo obrigar a que os cidos que se comportam como fracos em meio aquoso se

    comportem como fortes naquele solvente.

    costume dividir os cidos de Brnsted em trs grupos:

    I) Hidrcidos, ex.: , , , , ;

    II) Oxocidos, ex.: , , , ;

    III) Caties hidratados, ex.: [Al(H2O)x]3+, [Fe(H2O)x]3+, etc.

    Na tabela 1 apresentam-se os valores de pKa de alguns hidrcidos.

    Tabela 1 - Valores de pKa de alguns hidrcidos

    cido pKa cido pKa cido pKa cido pKa

    CH4 52 NH3 35 H2O 14 HF 3,14

    PH3 27 H2S 7,04 HCl 7

    H2Se 3,77 HBr 9

    H2Te 2,64 HI 10

    No esquecer que aa

    a KKpK log1log == e que, por exemplo, a pKa=52 corresponde Ka= 10-52.

  • AdaLisb

    ptado de Albboa, Universid

    Da tabela

    perodo da

    tendncias

    dimenses

    um perod

    polaridade

    espcies fi

    Figura 1 A

    A dimens

    descemos

    novamente

    REACES

    Uma das a

    estudo de

    bsicas.

    Antes de m

    Considerem

    (CH3COOH

    Quando no

    ou seja, o

    uma form

    monoprti

    berto ROMOdade Aberta,

    1, verifica

    a Tabela Pe

    s reside, em

    s. A electro

    o: como a

    e da liga

    ica com os d

    A libertao d

    o do tom

    no subgrup

    e, a ciso h

    DE NEUTRAL

    plicaes p

    e reaces

    mais, conv

    mos duas s

    H), ambas co

    os referimos

    mesmo nm

    ma conveni

    cos. Em ge

    O DIAS e M. 1996

    a-se que a

    eridica, e d

    m parte, na

    onegatividad

    electroneg

    o AH, tor

    dois electr

    do proto

    mo A im

    po e, por

    eteroltica.

    LIZAO TIT

    prticas mai

    de neutra

    m esclarece

    solues aq

    om o mesm

    s mesma

    mero de mo

    iente de

    ral, mais

    Matilde MAR

    fora dos

    de cima par

    a electrone

    de desemp

    atividade a

    rnando mai

    es que est

    tanto mais f

    mportante:

    isso, a dist

    .

    TULAES

    is importan

    alizao e,

    er alguns co

    quosas, uma

    mo volume e

    a concentra

    oles do cid

    exprimir a

    convenient

    RQUES, Qum

    hidrcidos

    ra baixo nu

    gatividade

    enha um p

    aumenta da

    is fcil a c

    abeleciam

    fcil quanto

    num subgr

    tncia inte

    ntes do conc

    em partic

    onceitos.

    a de cido

    e a mesma c

    ao do ci

    do por litro

    a concentr

    te exprimir

    ica - Princp

    aumenta d

    um subgrupo

    do elemen

    papel funda

    a esquerda

    ciso heter

    a ligao) (

    mais polar fo

    rupo o raio

    ernuclear A

    ceito de c

    cular, na t

    clordrico

    concentra

    do, quere

    o de soluo

    rao, por

    a concentr

    +

    pios de Estru

    da esquerd

    o da mesma

    to central

    amental na

    para a dire

    roltica (cis

    (figura 1):

    or a ligao

    o dos tom

    Aq--Hq+ m

    ido-base de

    titulao de

    (HCl) e ou

    o de cido

    emos dizer a

    o. Neste ex

    rque se tr

    rao em no

    H+

    tura e React

    a para a d

    a. A explica

    e, em part

    variao a

    eita, assim

    so em que

    AH

    mos aumen

    maior, o qu

    e Brnsted-

    e solues

    utra de ci

    o.

    a mesma m

    xemplo a mo

    rata de d

    ormalidade

    tividade,

    direita num

    ao destas

    e, nas suas

    ao longo de

    aumenta a

    e uma das

    nta quando

    ue facilita,

    Lowry no

    cidas ou

    ido actico

    molaridade,

    olaridade

    dois cidos

    e. Uma

    11

    m

    s

    s

    e

    a

    s

    o

    o

    u

    o

    s

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    12

    soluo normal de um cido, ou de uma base, a que contm um equivalente-grama do cido,

    ou da base, por litro de soluo. Define-se um equivalente-grama de um cido como sendo a

    molcula-grama desse cido, a dividir pelo nmero de protes que a sua molcula pode

    fornecer. Define-se um equivalente-grama de uma base como sendo a molcula-grama dessa

    base a dividir pelo nmero de protes que a molcula dessa base pode aceitar.

    A constante de acidez do cido clordrico 10 e a do cido actico 10. As

    consideraes feitas at aqui permitem afirmar que a soluo do cido clordrico muito mais

    cida do que a soluo do cido actico, ou seja, muito maior no primeiro caso do que

    no segundo.

    Se assumirmos que a concentrao dos cidos , por exemplo, 0,1 M ento:

    Soluo de HCl, 0,1 1 (assumpo de que um cido

    forte se dissocia completamente)

    Sol. de CH3COOH, 10 3 (assumpo de que um cido

    fraco se dissocia muito pouco)

    Suponhamos agora que, a cada uma das solues anteriores se adiciona, gota a gota, uma

    soluo de uma base de concentrao conhecida; por exemplo, proveniente da dissoluo

    de NaOH em gua.

    A reaco que se d quando adicionamos a base 2 e designada

    por reaco de neutralizao.

    Consideremos o exemplo em que ambas as solues so 0,1 M, e o seu volume 25 ml:

  • AdaLisb

    ptado de Albboa, Universid

    Vamos sup

    Se, durant

    seguinte: a

    a soluo

    fazem pas

    volume de

    berto ROMOdade Aberta,

    por que a so

    te a adio

    a soluo co

    continua a

    sar a solu

    base adicio

    O DIAS e M. 1996

    oluo de N

    da base, es

    omea por

    a ser cida,

    o de cid

    onado, obte

    Matilde MAR

    aOH adicio

    stivermos c

    ser cida, c

    , sem grand

    a a bsica.

    eramos cur

    RQUES, Qum

    nada 0,05

    onstanteme

    como sabem

    de variao

    . Se repres

    rvas como a

    ica - Princp

    5M:

    ente a med

    mos; durant

    o de pH, a

    entssemos

    as que se re

    pios de Estru

    ir o pH da s

    te a adio

    t que ma

    s o pH da s

    epresentam

    tura e React

    soluo, ve

    da base, g

    is uma ou

    soluo em

    m na figura 2

    tividade,

    rificamos o

    gota a gota,

    duas gotas

    funo do

    2.

    13

    o

    s

    o

  • AdaLisb

    ptado de Albboa, Universid

    Cada uma

    determina

    Ao titular

    que gastv

    a mesma.

    nmero de

    acidez do

    Como sab

    mesmos, e

    hidrognio

    surpreende

    HCl era m

    concentra

    constante

    Figura 2

    che

    (cu

    berto ROMOdade Aberta,

    a das oper

    r a concent

    com a mesm

    vamos exac

    Esta depen

    e hidrognio

    cido.

    amos, pa

    e que cada

    o ionizvel,

    ente. A aci

    mais cida d

    o de H3O

    de equilbr

    Variao do

    eio) e de um

    rvas de titul

    O DIAS e M. 1996

    aes desc

    trao, ou t

    ma base as

    tamente o

    nde, apena

    os ionizve

    artida, que

    a molcula

    o resultad

    dez a que

    do que a so

    O+ na solu

    rio, mas in

    o valor de pH

    a soluo 0,

    ao)

    volum

    Matilde MAR

    critas cham

    ttulo, de u

    duas solu

    mesmo vol

    as, da conc

    is que a mo

    a concentr

    de cada u

    o fornecido

    nos referim

    oluo 0,1

    o no equil

    ndependent

    H durante a

    1 M de CH3C

    me de sol. de

    RQUES, Qum

    ma-se uma

    ma soluo

    es cidas

    ume de bas

    centrao d

    olcula do

    rao e o vo

    um dos ci

    o pela titula

    mos no inci

    M de CH3C

    brio (a qua

    te do volum

    titulao d

    COOH (curva

    e NaOH 0,05M

    ica - Princp

    titulao

    o cida, ou

    mencionad

    se. Conclum

    do cido, do

    cido possu

    olume das s

    dos (HCl e

    ao, que a

    io (quando

    COOH) cham

    al depende

    me da solu

    e 25 ml de

    a tracejado

    M adicionada

    pios de Estru

    (pois perm

    bsica, em

    as anterior

    mos, assim

    o volume d

    ui; no dep

    solues do

    e CH3COOH)

    a acidez to

    dissemos q

    ma-se acide

    e da concen

    o).

    uma soluo

    o) com uma s

    a

    tura e React

    mite, como

    estudo).

    mente, ver

    , que a acid

    da soluo

    pende da co

    os dois cid

    ) tinha um

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    5 M de NaOH

    14

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    H

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    15

    Para o cido clordrico :

    10

    O valor de Ka mostra que o equilbrio est muito deslocado para a direita, ou seja, que

    praticamente todo o cido est dissociado. Podemos assim escrever:

    Se a concentrao inicial de HCl era 0,1 M, ento ser 0,1 1.

    Para o cido actico ser:

    10

    No incio 0,1 0 0

    No equilbrio 0,1

    310][102

    102102

    10410102

    10)1(41010

    01010

    10][][][

    10

    33

    3

    356105

    6105

    256

    2

    3

    335

    ===

    =+=

    =

    =

    +

    +

    pHOHx

    x

    x

    xx - x,

    x = COOHCH

    OHCOOCH = = K -a

    Quando adicionamos a base, o que se passa o seguinte: no caso do HCl, j temos todo o cido

    dissociado e, portanto, todo o H+ j est em soluo pronto para reagir com OH-; no caso do

    cido actico, o OH- adicionado vai reagindo com o H+ em soluo (diminuindo, pois, a

    concentrao deste), o que obriga o equilbrio a

    deslocar-se para a direita at que todo o cido se ionize.

    De uma maneira geral, pode-se dizer que uma titulao est completa, ou seja, que se atingiu o

    ponto de equivalncia, quando se adiciona um nmero de equivalentes-grama de base igual

    ao nmero de equivalentes-grama de cido que existem na soluo a titular (ou vice-versa).

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    16

    O nmero de equivalentes-grama de um cido (ou de uma base) num dado volume de soluo

    igual ao produto do factor de normalidade, f (que o nmero de equivalentes-grama por litro

    de soluo), pelo volume v da soluo (em litros). O nmero de equivalentes-grama existentes

    no volume va da soluo cida ser, pois, fava e o nmero de equivalentes-grama existentes no

    volume vb da soluo bsica ser, pois, fbvb; logo, no ponto de equivalncia, ser

    (10)

    Embora esta expresso seja muito til, o seu uso no deve ser automatizado sem a sua

    compreenso bem como do seu significado.

    Exerccio:

    Qual o nmero de equivalentesgrama existentes em 20 ml de uma soluo 0,1 M de cido actico?

    Resoluo:

    Como o cido actico monoprtico (s tem um hidrognio cido), a soluo 0,1 M tambm 0,1 N, o que quer dizer que um litro de soluo tem 0,1 equivalentesgrama (fa=0,1).

    Em 20 ml ( =0,02 l), h favaequivalentesgramas, ou seja:

    fava= 0,1 x 0,02 = 0,002 equivalentesgrama.

    Exerccio:

    Dissolveramse 40 g de hidrxido de sdio em gua, obtendose 1 l de soluo. Quantos equivalentesgrama de base existem em 20 ml desta soluo?

    Resoluo:

    40 g de hidrxido de sdio so uma mole. A soluo que fizemos pois 1 M e, neste caso, tambm l N;

    Logo fbvb = 1 x 0,02 = 0,02 equivalentesgrama.

    Exerccio:

    Quantos mililitros de uma soluo 0,5 N de cido clordrico so necessrios para neutralizar 10 ml da soluo de base do problema anterior?

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    17

    Resoluo:

    Nos 10 ml da soluo de base temos os seguintes equivalentesgrama:

    fbvb = l x 0,01 = 0,01 equivalentesgrama.

    Precisamos, pois, de 0,01 equivalentesgrama de cido:

    fava = 0,01 = 0,5 x va va = 0,02 l = 20 ml

    Exerccio:

    Quantos mililitros de uma soluo 0,2 N de hidrxido de sdio so necessrios para neutralizar 20 ml de uma soluo 0,1 M de cido sulfrico?

    Resoluo:

    O cido sulfrico, H2SO4, um cido diprtico; logo, a soluo 0,1 M 0,2 N.

    fava = fbvb 0,2 x 0,02 = 0,2 xvb vb=0,02 l = 20 ml

    Exerccio:

    A 20 ml de uma soluo 10 N de cido clordrico juntouse gua at perfazer 1 litro. Se quisermos titular 25 ml da soluo assim obtida com uma soluo 0,1 N de NaOH, quantos mililitros da soluo de base so necessrios?

    Resoluo:

    A soluo inicial de HCl era 10 N, ou seja, continha 10 equivalentesgrama por litro. 20 ml (0,02 l) dessa soluo continham, pois, 10 x 0,02 = 0,2 equivalentesgrama; como adicionamos gua at perfazer 1 litro, ficamos com uma soluo em que h 0,2 equivalentesgrama por litro de soluo, ou seja, uma soluo 0,2 N.

    fava = 0,2 x 0,025 =0,005

    fbvb = 0,1 x vb

    vb = 0,005/0,1 = 0,05 l =

    = 50 ml

    O ponto final, ou ponto de equivalncia, de uma titulao pode ser determinado observando a

    variao de pH da soluo a titular: quando se verificar uma variao brusca de pH com uma ou

    duas gotas de titulante, atingimos o ponto de equivalncia (cf. fig. 2). Mais correntemente, o

    ponto de equivalncia pode ser determinado usando um indicador.

  • AdaLisb

    ptado de Albboa, Universid

    Um indica

    comportam

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    O DIAS e M. 1996

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    18

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  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    19

    Suponhamos que estamos a titular um cido forte, HCl, por exemplo, com uma base forte, ,

    proveniente de NaOH, por exemplo. A reaco de neutralizao poder ser escrita da seguinte

    forma:

    A base conjugada, , sendo fraca, no tem tendncia a captar um proto. No ponto de

    equivalncia, os ies e que existiro em soluo sero, pois, apenas os resultantes do

    equilbrio de auto-dissociao da gua:

    2

    10 10 7

    Nestas condies, o pH no ponto de equivalncia ser o mesmo que o de uma soluo neutra, ou

    seja, pH = 7.

    Suponhamos agora que estamos a titular um cido fraco, CH3COOH, por exemplo, com uma base

    forte

    Neste caso, a base conjugada, o io acetato, , j uma base mais forte (quando

    comparada com a base conjugada de um cido forte) e tende a captar protes da gua:

    Isto quer dizer que, no ponto de equivalncia, haver excesso de ies em relao a e

    que, portanto, a soluo ser bsica, pH > 7.

    Na titulao de uma base fraca (B-) com um cido forte (AH) teremos

    Como a base fraca, o cido conjugado BH ser relativamente forte, pelo que tender a

    ceder um proto gua:

    No ponto de equivalncia haver um excesso de em relao a , a soluo ser cida, pH < 7.

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    20

    Na titulao de um cido fraco com uma base fraca, o pH no ponto de equivalncia depender

    da fora relativa do cido e da base. possvel deduzir frmulas que do o pH no ponto de

    equivalncia em funo das constantes de acidez e de basicidade, para qualquer das situaes

    consideradas, mas isso ultrapassa o mbito do nosso curso.

    Em resumo, podemos dizer que o pH no ponto de equivalncia ser 7 na titulao de um cido

    forte com uma base forte (e vice-versa), mas que, em geral, ser diferente de 7, tendo um valor

    que depende da constante de acidez do cido e da constante de basicidade da base.

    O que acabamos de dizer torna evidente que a escolha de um indicador, para uma dada

    titulao, tem de ser cuidadosa. Em primeiro lugar devemos calcular o pH no ponto de

    equivalncia e qual a variao de pH na vizinhana do ponto de equivalncia e, depois, escolher

    um indicador cuja zona de viragem esteja includa naquele intervalo de pH. A ttulo de exemplo

    apresentamos na tabela 2. alguns dos indicadores mais usados em titulaes cido-base:

    Tabela 2. Indicadores cido-base

    Indicadores Cor da forma cida

    Cor da forma base

    Zona de viragem (pH)

    Violeta de metilo amarelo violeta 0-2

    Azul de bromofenol amarelo azul 3,0-4,6

    Alaranjado de metilo vermelho amarelo 3,1-4,4

    Verde de bromocresol

    amarelo azul 3,8-5,4

    Vermelho de metilo vermelho amarelo 4,2-6,2

    Prpura de bromocresol

    amarelo prpura 5,2-6,8

    Azul de bromotimol amarelo azul 6,0-7,6

    Prpura de metacresol

    amarelo prpura 7,4-9,0

    Fenolftalena incolor vermelho 8,0-9,8

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    21

    Solues tampo so solues em que o pH varia muito pouco, mesmo quando se adiciona uma

    pequena quantidade de cido, ou de base, forte. Define-se poder tampo de uma soluo como

    a sua capacidade para resistir a variaes de pH, por adio de cido, ou base, forte.

    Quantitativamente, ser

    = dbdpH

    = - dadpH

    (11)

    em que o poder tampo e db e da representam, respectivamente, o nmero de moles de base forte, ou de cido forte, necessrios para provocar uma variao de pH igual a dpH.

    As solues tampo so, em geral, misturas de cido fraco e sua base conjugada, ou misturas de

    base fraca e seu cido conjugado. Exemplos destas misturas so: amonaco + cloreto de amnio;

    cido carbnico + bicarbonato; cido brico + borato, etc.

    A explicao do comportamento tampo simples: consideremos uma mistura de cido fraco,

    CH3COOH, por exemplo, e da sua base conjugada, :

    A adio de um cido forte desloca o equilbrio para a esquerda (reaco inversa), causando a

    formao de mais molculas de CH3COOH, no contribuindo assim para a variao de pH da

    soluo; a adio de uma base forte desloca o equilbrio para a direita (reaco directa), dando

    origem dissociao de mais molculas do cido, e o pH tambm no se altera

    substancialmente. O mesmo se verificaria em misturas de bases fracas com os seus cidos

    conjugados. Pode-se demonstrar que o poder tampo de uma soluo mximo quando o cido,

    e a sua base conjugada, esto presentes em concentraes iguais.

    Exerccio:

    Calcule a variao de pH quando a 100 ml de uma soluo 0,2 M em cido actico e 0,2 M em acetato de sdio se adicionam:

    a)1 ml de NaOH 0,2 M

    b) 1ml de HCl 0,2 M

    Ka (CH3COOH) = 105

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    22

    Resoluo:

    [ ][ ]

    [ ]K = 10 = CH COO H

    CH COOHa-5 3

    - +

    3

    pH da soluo inicial:

    Vamos supor que [CH3COO]eq e [CH3COOH]eqso iguais s concentraes iniciais. Sendo assim:

    [ ] [ ]10 = H H = 10 pH = 5-5 + + -50 20 2, ,

    a)

    100 ml da soluo inicial contm:

    0,02 moles de CH3COOH e 0,02 moles de

    Ao adicionarmos 1 ml de NaOH 0,2 M estamos a adicionar 0,0002 moles de OH, que vo reagir com CH3COOH para dar .

    Ficamos ento com:

    i) 0,02 0,0002 = 0,0198 moles de CH3COOH em 101 ml de soluo, logo

    [ ]CH COOH = 0 0101 = 0,196 M3 ,0198 x 100

    ii) 0,02 + 0,0002 = 0,0202 moles de CH3COO em 101 ml de soluo, logo

    [ ]CH COO = 0 x 1000101 = 0,2 M3 - ,0202 [ ] [ ][ ]H = 10 x

    CH COOH

    CH COO = 10 x 0,196

    0,2 = 0,98 x 10 pH = 5,009+ -5 3

    3-

    -5 -5

    b)Ao adicionarmos 1 ml de HCl 0,2 M estamos a adicionar 0,0002 moles de H+, que vo reagir com para dar CH3COOH.

    Ficamos ento com:

    i) 0,02 + 0,0002 = 0,0202 moles de CH3COOH em 101 ml de soluo, logo

    [ ]CH COOH = 0,2 M3

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    23

    ii) 0,02 0,0002 = 0,0198 moles de CH3COO em 101 ml de soluo, logo

    [ ]CH COO = 0,0196 M3 - [ ] [ ][ ]H = 10 x

    CH COOH

    CH COO = 10 x 0,2

    0,196 = 1,02 x 10 pH = 4,991+ -5 3

    3-

    -5 -5 Verificamos, assim, que o

    valor de pH variou apenas de 0,009unidades nos dois casos.

    Exerccio:

    Calcule a variao de pH quando a 100 ml de gua destilada se adicionam:

    a)1ml de NaOH 0,2 M;

    b)1 ml de HCl 0,2 M.

    Resoluo:

    a) [ ]HO = 0 x 1000101 = 1,98 x 10 M- -3,0002

    pOH = 2,7 pH = 11,3

    b) [ ]H = 0 x 1000101 = 1,98 x 10 M; pH = 2,7+ -3,0002 Temos, pois, uma variao de 4,3 unidades de pH em qualquer dos casos, o que muito maior do que a variao calculada no exerccio anterior.

    As solues tampo tm uma grande importncia em Qumica Analtica e em todos os casos em

    que seja exigido um controlo rigoroso de pH. Um exemplo fundamental dado pelo que se passa

    no corpo humano. O pH dos fluidos do corpo humano varia bastante, consoante a sua

    localizao; assim, por exemplo, o pH do plasma sanguneo anda volta de 7,4, enquanto que o

    pH do suco gstrico anda volta de 1. Porm, para que as vrias enzimas possam funcionar

    adequadamente, o pH em cada um destes fluidos deve manter-se dentro de limites apertados, o

    que conseguido atravs de solues tampo. Assim, no sangue, os limites de variao de pH

  • Adaptado de Alberto ROMO DIAS e M. Matilde MARQUES, Qumica - Princpios de Estrutura e Reactividade, Lisboa, Universidade Aberta, 1996

    24

    so 7,3 e 7,5, o que possvel pela existncia de trs sistemas tampo, dos quais o mais

    importante o sistema cido carbnico/bicarbonato (/). Em condies normais, o

    factor principal que tende a alterar o pH do sangue a produo contnua de dixido de carbono

    (CO2) e de alguns cidos orgnicos. Quando os cidos entram no sangue so neutralizados pelos

    ies bicarbonato, formando-se o cido carbnico:

    O excesso de cido carbnico formado decompe-se ento rapidamente por aco de uma

    enzima (anidrase carbnica) , e o ritmo respiratrio acelerado e o

    dixido de carbono eliminado atravs dos pulmes.

    2. CIDOS E BASES DE LEWIS

    Lewis definiu cido e base de uma forma mais geral do que a usada por Brnsted e Lowry. Assim,

    segundo Lewis:

    cido um aceitador de pares electrnicos, isto , toda a substncia contendo um tomo

    deficiente em electres.

    Base um doador de pares electrnicos, isto , toda a substncia contendo um tomo com

    pares electrnicos livres na sua camada de valncia.

    Neste conceito, uma reaco cido-base uma reaco em que se forma uma ligao covalente

    dativa entre o cido e a base. Sendo o conceito de Lewis mais geral do que o conceito de

    Brnsted, isto quer dizer que os cidos e as bases de Brnsted so tambm cidos e bases de

    Lewis, embora nem todos os cidos e bases de Lewis sejam cidos e bases de Brnsted.

    Assim, por exemplo, BF3 no um cido de Brnsted, pois no tem tomos de hidrognio

    ionizveis, mas um cido de Lewis, pois o tomo de boro tem, na camada de valncia, uma

    orbital vazia. Os cidos de Brnsted so, por definio, todas as substncias que podem ceder

  • AdaLisb

    ptado de Albboa, Universid

    um proto

    menos indi

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    O conceit

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    berto ROMOdade Aberta,

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    irectament

    e Brnsted

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    O DIAS e M. 1996

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    25

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