25
Avaliação do Ciclo de Vida Avaliação do Ciclo de Vida Universidade Federal do ABC - Gestão de Operações – 2015.2 Discent es: Barbara J. J. Viana RA: 11098612 Heloísa Gomes Bueno RA: 21009111

ACV_apresentacao_v4.pptx

Embed Size (px)

Citation preview

Avaliação do Ciclo de Vida

Avaliação do Ciclo de Vida

Universidade Federal do ABC - Gestão de Operações – 2015.2

Discentes: Barbara J. J. Viana RA: 11098612Heloísa Gomes Bueno RA: 21009111

Resumo

Texto Apresentação

01

Introdução

Texto Apresentação

01

Historia do ACV

A metodologia ACV vem sendo desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos e continua em processo de desenvolvimento na busca pela melhor compreensão do desempenho ambiental de produtos e processos. Seguiremos dividindo a história da ACV em 3 períodos:

1. 1970-1990: Período de Concepção

2. 1990-2000: Década de Padronização

3. 2000-2010: Década da Elaboração

01

Historia do ACV

1970-1990: Período de Concepção

01

• De acordo com a literatura Midwest Research Institute realizou o primeiro estudo de ACV para a Coca Cola Company datado em 1969.

• Foi um período em que as questões ambientais tornaram-se de amplo interesse público, assim surgindo os primeiros estudos reconhecidos como ACV’s.

• Em 1984, o Swiss Federal Laboratories for Testing Materials and Research (EMPA) publicou um relatório, que apresentou uma lista abrangente dos dados necessários para estudos de ACV introduzindo o método de avaliação de impacto e dividindo as emissões transportadas pela agua e pelo ar.

Historia do ACV

1990-2000: Década de Padronização

01

• Crescimento notável de coordenações científicas e atividades a nível mundial, que se refletiu no número de oficinas, fóruns, guias de ACV e manuais produzidos.

• A Sociedade de toxicologia e química ambiental (SETAC) liderou uma melhoria contínua nas terminologias e metodologias da estrutura do ACV, tendo como principal resultado o código de prática do SETAC.

• Neste período houve a criação de duas normas internacionais pela ISO:– ISO14040 - ACV – Princípios e quadro– ISO14044 - ACV – Requisitos e orientações

Historia do ACV

1990-2000: Década de Padronização

01

• Período de convergência entre SETAC e atividades de normalização ISO, porém sempre deixando claro que:

“não existe um método único para a realização de ACV”

• Vários métodos ainda hoje utilizados foram desenvolvidos nesse momento da história e passaram cada vez mais a fazer parte de legislações políticas

• Embora este período seja de convergência, há também investigação sobre os fundamentos da ACV e exploração das suas ligações com atividades já existentes

Historia do ACV

2000-2010: Década da Elaboração

01

• SETAC lança a Iniciativa do Ciclo de Vida, que objetiva colocar o conceito de ciclo de vida em prática e melhorar as ferramentas de apoio, através de melhores dados e indicadores.

• Neste mesmo período, a política ambiental esta cada vez mais baseada na avaliação do ciclo de vida todo o mundo.

• Há novamente uma divergência de métodos e abordagens, porém sempre mantendo a sua base do CV.

• Existem abordagens mais uteis para cada questão tratada• Novos estudos deverão ser feitos para levar em conta

mais mecanismos e externalidades otimizando assim as carências da ferramenta.

ACV no Brasil

Três grupos principais:• o europeu é o mais avançado, contendo os métodos específicos aos países europeus.

No geral, ambos agregamos dados da população e os valores da caracterização específicos às suas circunstancias ambientais. o norte- americano e o japonês.

• Métodos regionalizados

01

Várias maneiras de conduzir uma ACV

ACV

ACV no Brasil

01

O Brasil ainda enfrenta sérios problemas quanto a o desenvolvimento de uma metodologia adaptada a nossa região devido à ACV ser altamente dependente das circunstancias regionais, por esse motivo muitos estudos utilizam a norma ISO14040 como base.

É utilizada a metodologia de execução da ACV de acordo com os critérios da norma NBR ISO14040 (ABNT,2001) que estabelece que um estudo de ACV deve incluir as fases de definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos ambientais e interpretação.

Outros setores, precisam adequar o modelo de acordo com as condições de seus processos, agrupando ou ligeiramente adaptando certas etapas da metodologia.• setor energético• fabricação de extintores de incêndio automotivo.

Onde a etapa de Análise de inventário teve a divisão de alguns procedimentos ligeiramente adaptados. Nesse caso, não houve a execução da avaliação de impactos, limitando o estudo apenas até a fase da análise de inventário. O que foi observado na maioria dos estudos baseados na metodologia de ACV. Muitas vezes as indústrias buscam na literatura modelos que se adequem ao produto em questão.

ACV no Brasil

No Brasil, a Análise do Ciclo de vida de produtos ainda não é uma ferramenta muito difundida. Poucas empresas e instituições, como é o caso da Mercedez Benz do Brasil e do Instituto Técnico de Alimentação –ITAL utilizam essa ferramenta. (Chehebe,1997).

01

Nos últimos anos tem aumentado o interesse em ACV pelas indústrias, especialistas ambientais, autoridades, associações de consumidores, organizações ambientais e o público em geral que querem conhecer a qualidade ambiental dos processos de produção e dos produtos (Lima, 2007).

Segundo Lima,(2007), atualmente verifica-se que os setores produtivos abordados são bem diversificados, como: construção civil, automobilístico, embalagens, energia, agropecuário...

ACV no Brasil 2004

01

2003Publicação da primeira norma ABNT/ISO14.040 Facilitou o acesso à

informação sobre o tema

No Brasil, diversas iniciativas estão sendo implementadas como objetivo de superar as dificuldades encontradas.

• Agroindústria

Análise das questões ecológicas relacionadas às diversas etapas de produção, consumo e destino final de produtos ou serviços industriais e agrícolas, como objetivo de melhorar a eficiência da produção e de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental. Essas medidas podem, por exemplo, auxiliar o empresário na tomada de decisão quanto à definição dos insumos e funcionamento da inovação que pretendem desenvolver.

ACV no Brasil

01

• Setor Energético (Usina Hidrelétrica de Taipu)Foi possível estabelecer as etapas do ciclo de vida da geração de energia elétrica que contribuem significativamente com impactos ambientais. Ribeiro(2003), diz que os processos que mais contribuem aos aspectos ambientais de hidrelétricas são possivelmente as etapas: de enchimento do reservatório; do ciclo de vida do cimento e do aço e a operação das máquinas de construção.

• indústria de embalagens A metodologia vem sendo aplicada, com a finalidade de comparar o desempenho ambiental de caixas de madeira e de papelão ondulado para a condicionamento e transporte de fruta, onde foi possível identificar os quantitativos envolvidos no balanço de massa da utilização de caixas de madeira e papelão ondulado para o transporte de frutas e hortaliças (Passuello,2007).

• fabricação de extintores de incêndio automotivo (Kidde - maior fabricante de extintores, pó químico e mangueiras de incêndio)

A empresa utilizou a metodologia aplicada de ACV para comparar dois tipos de extintores produzidos, avaliando, dessa forma, a qualidade dos produtos, ao passo que, ao mesmo tempo visou a melhoria contínua do Sistema de Gestão Ambiental da empresa, considerando os aspectos e impactos ambientais.

Título Apresentação

Texto Apresentação

01

Avaliação do Impacto Ambiental do Ciclo de Vida (AICV)

A Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida (AICV) é definido como sendo um processo técnico, quantitativo, e/ou qualitativo, para caracterizar e avaliar os efeitos das cargas ambientais identificadas na componente inventário, ou seja, tem por objetivo compreender e avaliar a magnitude e importância dos impactos ambientais potenciais de um sistema, baseada na ICV realizada. (SETAC, 1991, Consoli et al., 1993)

01

Avaliação do Impacto Ambiental do Ciclo de Vida (AICV)

01

Elementos Obrigatórios

Identificação e Seleção de Impactos

Correlação de resultados do ICV (classificação)

 

Cálculo de resultados dos indicadores de categoria (caracterização)

Resultados dos indicadores de categoria, resultados da AICV (perfil da AICV)

Elementos Opcionais

Cálculo da magnitude dos resultados dos indicadores (normalização)

Ponderação

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14044: ABNT NBR ISO 14044: Gestão ambiental - avaliação do ciclo de vida - requisitos e orientações. Abnt, 2009. 46 p.

Identificação e Seleção de Impactos

• O primeiro elemento da AICV consiste na escolha das categorias de impactos ambientais. As categorias mais tradicionais presentes em estudos de ACV são mudanças climáticas, eutrofização, ecotoxicidade, exaustão de recursos não renováveis e renováveis, redução da camada de ozônio, dentre outras (EEA, 1997).

European Environmental Agency, Life Cycle Assessment, a Guide to Approaches, Experiences and Information Sources.

Classificação

• Na etapa de classificação, os dados são separados e agrupados de acordo com as categorias de impacto determinadas na primeira etapa. Assim a grande quantidade de dados obtidos na fase do inventário pode ser inserida em algumas dezenas de categorias significantes de impactos ambientais

CML - Centre of Environmental Science. Life Cycle Assessment, an Operational Guide to the ISO Standards. Leiden University. Leiden, 2001.

Caracterização

• Uma vez que as categorias de impacto são definidas e os resultados do inventário são atribuídos a estas categorias de impacto, é necessária a determinação dos fatores de caracterização, também denominados de equivalentes ou potenciais. Esses fatores devem refletir a contribuição relativa de um resultado do inventário para a categoria de impacto.

Avaliação do Impacto Ambiental do Ciclo de Vida (AICV)

01

Categoria de

Impacto

Escala Classificação Fator Caracterização Descrição

Aquecimento Global Global CO2, NO2, CH4,

CFCs, HCFCs,

CH3Br

Potencial de

Aquecimento Global

Converte dados de ICV em

equivalentes dióxido de carbono. Nota:

potenciais de aquecimento global

podem ser potenciais 50, 100, ou 500

anos

Depleção do Ozônio

Estratosférico

Global CFCs, HCFCs,

CH3Br

Potencial de Depleção

do Ozônio

Converte dados de ICV em -

equivalentes triclorofluormetano (CFC-

11).

Acidificação Regional Sox, Nox, HCL, HF,

NH4

Potencial de

Acidificação

Converte dados de ICV em -

equivalentes ions de hidrogénio (H+).

Eutroficação Local PO4, NO, NO2, NH4 Potencial de

Eutroficação

Converte dados de ICV em -

equivalentes fosfato (PO4).

Oxidação Fotoquímica Local NMHC Potencial de Criação

de Oxidante

Fotoquímico

Converte dados de ICV em -

equivalentes etano (C2H6).

Toxicidade Terrestre Local Químicos tóxicos

com um registo de

concentração letal

para roedores

LC50 Converte dados LC50 em equivalentes.

Avaliação do Impacto Ambiental do Ciclo de Vida (AICV)

01

Categoria de Impacto Escala Classificação Fator Caracterização Descrição

Toxicidade Aquática Local Químicos tóxicos com

um registo de

concentração letal

para peixes

LC50 Converte dados LC50 em equivalentes.

Saúde Humana Local/

Regional/

Global

Descargas totais para

o ar, água, e solo.

LC50 Converte dados LC50 em equivalentes.

Depleção de Recursos Local/

Regional/

Global

Quantidade de

minerais usados.

Quantidade de

combustíveis fósseis

usados.

Potencial de Depleção

de Recursos

Converte dados de ICV numa proporção

de quantidade de recurso usado versus

quantidade de recurso deixado em

reserva.

Uso do Solo Local/

Regional/

Global

Quantidade

depositada num

aterro.

Resíduo Sólido Converte massa de resíduo sólido em

volume usando uma densidade estimada.

Toxicidade Aquática Local Químicos tóxicos com

um registo de

concentração letal

para peixes

LC50 Converte dados LC50 em equivalentes.

Normalização

• A normalização, segundo ABNT (2009), é um elemento opcional da fase de AICV, que

tem como objetivo mostrar em que medida uma categoria de impacto tem uma contribuição significativa para o problema ambiental global.

A estrutura matemática da fase de normalização é a seguinte (Heijungs, 1996b):

onde:Nj - resultado normalizadoSj - resultado do impacto Aj - representa o factor de normalização.

onde: Qji - representa o fator de caracterização para a categoria de impacto j, devida à carga ambiental i; Φi - representa o fluxo atual da carga ambiental i na área escolhida e no período de tempo escolhido.

Ponderação

• É possível que algumas categorias de impactos sejam mais importantes do que outras para uma ACV. Logo, cada categoria de impacto é multiplicada pelo respectivo fator de ponderação, fazendo com que as categorias de impacto que realmente são importantes para a ACV se sobressaiam das outras não tão importantes e contribuindo para que os resultados se diferenciem e se aproximem da realidade.

• Este método é um tanto subjetivo, e segundo a normatização, ele não pode ser utilizado em comparações públicas entre produtos, sendo apenas utilizado para estudos não comparativos.

Principais métodos de AICV

01

De um modo geral, os modelos de AICV podem ser agrupados em duas categorias: • Modelos Clássicos ou Midpoint • Modelos de Danos ou Endpoint

A primeira consiste nos modelos que ligam diretamente os resultados do ICV para categorias de impacto intermediárias, por exemplo, acidificação e mudança climática (GOEDKOOP e SPRIENSMA, 2001).

A segunda categoria são os modelos de danos. Esses modelos vão além das categorias de impacto intermediárias, sendo modelados causas e efeitos para estimar danos (GOEDKOOP e SPRIENSMA, 2001).

Principais métodos de AICV

01

Metodologia de AICV Origem Descrição do Método

Eco-indicator 99 Holanda

Método Endpoit (Danos), Incluindo Normalização e opção de Ponderação padrão

EDIP 97 DinamarcaMétodo Midpoint com Normalização

EDIP2003 SuíçaMétodo Midpoint com Normalização

EPS 2000d SuéciaMétodo com Ponderação

(Dutch)LCA Handbook

HolandaMétodo Midpoint com Normalização

Programa Iniciativa do Ciclo de Vida (UNEP, 2010)