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Administração Financeira II
Professor: Roberto César
Calculo Financeiro
CÁLCULO FINANCEIRO
R$ 100,00 R$ 110,00
0 1
(Capital) Valor Presente
(Montante) Valor Futuro
Tempo
Desconto
Capitalização (Juros)
Dinheiro no Tempo
VF = VP x (1+i) n
VP = VF. (1+i) n
n = Log (VF/VP) Log (1+i)
i =n(VF/VP) - 1
Fórmulas: Valor Futuro Taxa
Valor Presente Tempo
JUROS COMPOSTOS
Prestação Prestação Antecipada
PMT = VP . 1 - (1+i) -n
i
PMT = VP .(1+i) -1. 1 - (1+i) -n
i
Amortização é um processo de extinção de uma dívida através
de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um
planejamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do
reembolso do capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor,
podendo ser o reembolso de ambos, sendo que os juros são sempre
calculados sobre o saldo devedor
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
A inflação é o aumento contínuo de preços de bens, produtos
e serviços em uma determinada região durante um período. Ao
mesmo tempo em que os produtos se tornam mais caros, o poder de
compra da moeda nacional diminui.
INFLAÇÃO
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/mercado-financeiro/inflacao
INFLAÇÃO
Além de corroer o salário, a inflação elevada também encarece
os produtos nacionais, aumenta a demanda por importações e reduz as
exportações, desequilibrando toda a balança comercial de um País. Para
evitar uma crise econômica, governos são obrigados a adotar medidas
para desvalorizar a moeda e, assim, frear as importações.
Esta decisão, entretanto, faz com que produtos importados
essenciais – como petróleo, fertilizantes, equipamentos sem similar
nacional – fiquem mais caros, aumentando o custo de produção de
setores que dependem desses itens. Tudo isso provoca nova elevação
de preços, entrando em um círculo vicioso que só termina com a queda
real da inflação.
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/mercado-financeiro/inflacao
Nos anos 80, o investimento externo no Brasil diminuiu abruptamente, a dívida explodiu e a economia entrou em parafuso. Desse caldo pavoroso, emergiu o dragão da inflação
Os anos da hiperinflação
http://veja.abril.com.br/especiais/veja_40anos/p_170.html
MÁQUINAS FRENÉTICAS Remarcadores em ação em
um supermercado: nos tempos da inflação
galopante, os produtos amanheciam com um preço e
anoiteciam com outro
A maior inflação anual já registrada foi de 2 477%, em
1993. A menor, de 1,6%, em 1998
O governo Sarney consolidou a volta da democracia ao Brasil. Na economia, porém, marcou o início de experiências desastrosas calcadas no populismo. Para tentar conter a inflação, Sarney anunciou o Plano Cruzado, em 1986, baseado no congelamento geral de preços. Foi o período dos "fiscais do Sarney" – cidadãos que, espontaneamente, mo-nitoravam as gôndolas dos supermercados. A medida conteve a inflação artificialmente, mas produziu desabastecimento. Com os produtos em falta, o comércio passou a cobrar ágio. A inflação voltou sem dó. Em 1989, atingiu 1 973% ao ano. O recorde mensal foi batido em março de 1990, quando a taxa alcançou 82%. Os comerciantes remarcavam os preços diariamente. Nesse quadro pré-apocalíptico, os brasileiros levavam às últimas conseqüências a correção monetária, uma loucura econômica institucionalizada no Brasil. Com ela, preços e salários eram reajustados automaticamente as-sim que era divulgada a inflação do mês anterior. Essa prática realimentava o monstro, pois a alta de preços era replicada no futuro. Uma praga só extinta com o Plano Real, em 1994.
DESCONTROLE TOTAL
http://veja.abril.com.br/especiais/veja_40anos/p_170.html
Moeda Vigente Símbolo Período
Cruzeiro Cr$ A partir de 10/11/1942
Cruzeiro Novo NCr$ A partir de 13/02/1967
Cruzeiro Cr$ A partir de 15/05/1970
Cruzado Cz$ A partir de 28/02/1986
Cruzado Novo NCz$ A partir de 16/01/1989
Cruzeiro Cr$ A partir de 16/03/1990
Cruzeiro Real CR$ A partir de 10/08/1993
Real R$ A partir de 10/07/1994
MOEDAS BRASILEIRAS
A primeira moeda genuinamente brasileira foram feitas em 1963, era o real cujo plural era Réis.
Dados Financeiros em Ambientes Inflacionários
Taxa de Inflação:
10% a.a.
Evolução das vendas:
20X0 20X1
$ 8,0 milhões
$ 8,5 milhões
Crescimento nominal das vendas:
Crescimento real das vendas:
6,25%ou 0625,01008.000.000, $
008.500.000, $
3,4%-ou 034,011,10008.000.000, $
008.500.000, $
Os índices de inflação correspondem à média das variações dos
preços dos produtos consumidos pelas famílias, das várias faixas de renda,
em diversas regiões brasileiras.
• Índices de Preços ao Consumidor de São Paulo
• IPC - Índices de Preços ao Consumidor
• IPCA - índice de Preços ao Consumidor Amplo;
• INPC - índice Nacional de Preços ao Consumidor
• Índices Gerais de Preços
• IGP – di
• IGP – M
• VC
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
Índice de preços ao consumidor
• chamado de "IPC da FIPE", apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE, da Universidade de São Paulo - USP.
• O início de sua apuração data de 1939, porém em nível municipal, pois abrange apenas a cidade de São Paulo
IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a
variação de preços entre as famílias que percebem renda de 1 a
33 salários mínimos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
Índice de inflação calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE. Reflete a variação de preços das cestas de
consumo das famílias com recebimento mensal de 1 a 40 salários mínimos,
qualquer que seja a fonte de renda, nas regiões metropolitanas de Belém,
Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba
e Porto Alegre, além de Brasília e Goiânia.
Utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos
objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de
julho de 1999, para balizamento da política monetária.
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Composição do IPCA
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Referencia a evolução dos preços somente com base em
bens e serviços destinados ao consumo
Levantamento mensal baseado em uma cesta de
consumo de famílias com renda de 1 a 8 salários mínimos
IGP-DI - índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna.
O IGP-DI/FGV foi instituído em 1.944 com a finalidade de medir o comportamento de preços em geral da economia brasileira. É uma média aritmética, ponderada dos seguintes índices: • IPA que é o Índice de Preços no Atacado e mede a variação de preços no
mercado atacadista. O IPA ponderada em 60% o IGP-DI/FGV. • IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor. O IPC pondera em 30% o IGP-
DI/FGV. • INCC que é o Índice Nacional da Construção Civil e mede a variação de
preços no setor da construção civil, considerando no caso tanto materiais como também a mão de obra empregada no setor. O INCC pondera em 10% o IGP-DI/FGV.
DI ou Disponibilidade Interna é a consideração das variações de preços que afetam diretamente as atividades econômicas localizadas no território brasileiro. Não se considera as variações de preços dos produtos exportados que é considerado somente no caso da variação no aspecto de Oferta Global.
8,1121% em 2012
IGP-M - índice Geral de Preços - Mercado;
O IGP-M quando foi concebido teve como princípio ser um indicador para balizar as correções de alguns títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e Depósitos Bancários com renda pós fixadas acima de um ano. Posteriormente passou a ser o índice utilizado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica.
O IGP-M/FGV analisa as mesmas variações de preços consideradas no IGP-DI/FGV, ou seja, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10% do IGP-M.
7,8119% em 2012
Variação Cambial - VC
É a variação existente entre a moeda de um pais e a de outro, é o
valor que a moeda de um país possui em relação a outra moeda.
– Mercado de Câmbio: ambiente (físico ou virtual) onde se realizam as operações de câmbio.
– Política Cambial: conjunto de medidas governamentais que influenciam no comportamento do câmbio e na taxa de câmbio.
Regime Cambial
• Grau de intervenção da autoridade monetária do país no mercado de câmbio.
– Flutuante: a cotação da moeda estrangeira flutua, conforme o comportamento do mercado.
– Fixo: a cotação não muda.
– Misto (bandas cambiais): as cotações podem flutuar dentro de determinado intervalo .
Taxa Selic
• SELIC significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
• A taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média
ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido
sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na
forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste
caso, as operações compromissadas são operações de venda de
títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor,
concomitante com compromisso de revenda assumido pelo
comprador
Taxa Selic
Mês/Ano 2004 2005 2006 2007 2008
Janeiro 1,27% 1,38% 1,43% 1,08% 0,93%
Mês/Ano 2009 2010 2011 2012 2013
Janeiro 1,05% 0,66% 0,86% 0,89% 0,60%
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.
Determinação da Taxa de Inflação
Identidade de mensuração da taxa de inflação
1I
IINF
tn
n
INF = taxa de inflação medida segundo determinado índice de preços; I = índice de preços utilizado para a mensuração da taxa de inflação n = data de levantamento atual n-t = data de levantamento do período anterior
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Exemplo
IGP-M de 1999 = 178,099
IGP-M de 2000 = 195,827
1 178,099
195,827 M)-(IGP INF
9,95%ou 0995,0 M)-(IGP INF
Taxa de Desvalorização da Moeda - TDM
Indica o decréscimo do poder de compra (poder aquisitivo) da moeda
Pode ser apurada partindo-se de um índice específico de preços ou da taxa de inflação
n
tn
I
I1TDM
INF1
INFTDM
ou
0905,00,0995 1
0,0995TDM
ou 9,05%
Exemplo
INF = 9,95%
Taxa Real
É a taxa resultante de uma operação após retirado o efeito da inflação.
r1 INF1 i 1 1 INF 1
i 1 r
i = taxa nominal INF = taxa de inflação r = taxa real
ou
0,1824 1 0,0995 1
0,3 1 r
Exemplo
Uma pessoa comprou uma casa por R$ 100.000 e vendeu por R$ 130.000 sabendo que a inflação no período foi de 9,95% qual foi a taxa nominal e a TAXA REAL de ganho?
ou 18,24%
0,3 1 100
30 1 i ou 30%
Uma empresa tomou emprestado R$ 100.000,00 de um banco
pagando juros de 10% a.a. mais correção pela variação do IGP-M.
Sabendo que o valor do IGP-M para o final do primeiro ano é de 16%,
quanto esta empresa deverá pagar de encargos financeiros?
Operações com rendimentos pós-fixados
Operações com rendimentos pós-fixados
Dados do empréstimo:
Valor = $ 100.000,00
Juros = 10% a.a.
Correção Monetária = variação IGP-M
IGP-M no ano = 16%
Final do primeiro ano
FV = $ 100.000,00 x (1,10) x (1,16) = $ 127.600,00
Operações com rendimentos pós-fixados
Correção monetária do principal
($ 100.000,00 x 16%) = $ 16.000,00
Juros sobre o capital emprestado
($ 100.000,00 x 10%) = $ 10.000,00
Juros sobre a correção monetária do capital
($ 16.000,00 x 10%) = $ 1.600,00
Encargos Financeiros: = $ 27.600,00
Qual seria os encargos financeiros que esta empresa pagaria no final do segundo ano se o IGP-M (segundo ano ) for de 14%.
Operações com rendimentos pós-fixados
Final do segundo ano: FV = $ 100.000,00 x (1,16) x (1,14) x (1,10) x (1,10) FV = $ 160.010,40 ou: FV = $ 127.600,00 x (1,14) x (1,10) FV = $ 160.010,40
Operações com rendimentos pós-fixados
Inflação acumulada nos dois anos:
[(1,16) x (1,14) – 1] = 32,24%
[(1,10) x (1,10) – 1] = 21%
Taxa nominal acumulada nos dois anos:
Taxa Total:
[(1,16) x (1,14) x (1,10) x (1,10) – 1] = 60,01%
Operações com rendimentos pós-fixados
Cálculo da taxa real de juros para o primeiro ano:
rINFi 1 1 1
1 INF1
i1 r
10%ou 10,0 1 1,16
1,276 r
Operações com rendimentos pós-fixados
Cálculo da taxa real de juros para o segundo ano:
[(1,10) x (1,10) – 1] = 21%
Taxa Nominal Acumulada =
21%ou 21,0 1 1,3224
1,6001 r
60,01%
Taxa de Inflação Acumulada = 32,24%
Bibliografia
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 3 Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12 ed. São Paulo: Pearson Pretencie Hall, 2010.
ROSS, Stephen. et al. Administração Financeira: corporate finance. São Paulo: Atlas, 2002.