AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    GrupodeTrabalhoparaaAvaliaoExternadasEscolas2011

    DETRABALHOPARAONOVOCICLOD

    AAVALIAOEXTERNADASESCOLASUPODETRABALHOPARAONOVOCICLODAAVALIAOEXTERNADASESCOLAS

    Propostasparaumnovociclodeavaliaoexternadeescolas

    RelatrioFinal

    GRUPODE

    TRABALHO

    PARA

    O

    NOVO

    CICLO

    DA

    AVALIAO

    EXTERNA

    DAS

    ESCOLAS

    14deJulhode2011

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    3

    Sumrio

    INTRODUO

    SUMRIOEXECUTIVO

    PRIMEIRAPARTE CONCEPO

    1.Enquadramentoefundamentos umaavaliaoparaaqualidadedasescolas

    1.1.Oenquadramentointernacionaleasrecomendaesdasinstituiesdereferncia

    1.2.Osprincpiosgeraisdaorganizaodosistemaeducativoportugus

    1.3.OenquadramentolegaldaavaliaodasescolasemPortugal

    1.4.OConselhoNacionaldeEducaoeaqualidadedasescolas

    1.5.

    A

    qualidade

    das

    escolas

    na

    avaliao

    externa

    (2006

    2011)

    1.6.Sntesedosfundamentos

    2.Concepoepreparaodosinstrumentos

    SEGUNDAPARTE EXPERIMENTAOEAVALIAO

    3.Experimentao

    3.1.Asescolasdaexperimentao

    3.2.

    A

    formao

    dos

    avaliadores

    3.3.Asvisitassescolas

    3.4.Orelatriodeavaliaoexterna

    4.Avaliaodaexperimentao

    4.1.Avaliaodaexperimentaopelasescolas

    4.2.Avaliaodaexperimentaopelosavaliadores

    5.Conclusesdaexperimentaoedaaudiodosperitos

    5.1.Sobreoquadroconceptual

    5.2.Sobreoquadrodereferncia

    5.3.Sobreodocumentodeapresentaodasescolas

    5.4.Sobreainformaoestatsticadeapoio

    5.5.Sobreosquestionriosdesatisfaocomunidade

    5.6.Sobreorelatriodeavaliaoexterna

    5.7.Sobreasagendasdasvisitassescolas

    5.8.Sobreaobservaodeaulasnaavaliaoexterna

    5.9.Outrasquestespertinentes

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    4

    TERCEIRAPARTE PROPOSTASPARAUMNOVOCICLO

    6.Quadrodereferncia

    6.1.Objectivosdaavaliaoexterna

    6.2.Domnios

    ecampos

    de

    anlise

    6.3.Documentodeapresentaodaescola

    6.4.Informaoestatstica

    6.5.Questionriosdesatisfao

    6.6.Planodemelhoriadaescola

    7.Operacionalizaodaavaliaoexterna

    7.1.Avaliadores

    7.2.Selecoanualdasescolasemavaliao

    7.3.Comunicaoinicialcomasescolas

    7.4.Visitaescola

    7.5.Classificaesdosdomnios

    7.6.Relatriodeavaliaoexterna

    7.7.Contraditrioerecurso

    8.Consideraesfinaiserecomendaes

    ANEXOS

    1.DespachodecriaoenomeaodoGrupodeTrabalho

    2.Sugestesdeleituradoquadrodereferncia

    3.Modelodequestionriosdesatisfao:alunos,paiseencarregadosdeeducaoe

    trabalhadoresdocentesenodocentes

    4.Informaoestatsticadeapoioavaliao

    4.1.PerfildeEscolaexemplificativo

    4.2.DadosfornecidospelaMISIaoGT

    4.3.Modelosdevaloresperado

    5.Agendasdasvisitassescolas

    6.Lista

    dos

    avaliadores

    da

    experimentao

    7.Sntesedasrespostasaosquestionriosdeavaliaodaexperimentao.

    Este relatrio finalacompanhadopelo relatrio intercalardo GrupodeTrabalhoepelos relatriosdeescola,

    respectivoscontraditrios

    erespostas

    da

    equipa

    de

    avaliao.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    INTRODUO

    1. Nos ltimos vinte anos, a avaliao externa das escolas constituiu um campo de mltiplasiniciativas de instituies pblicas e privadas, por vezes com insero em organizaes e

    projectos

    de

    nvel

    europeu.

    Sendo

    um

    tempo

    de

    iniciativa,

    de

    realizao

    e

    de

    acumulao

    de

    experincia e de conhecimento, tambm um tempo marcado pela descontinuidade das

    polticas pblicas e pela falta de consolidao dos programas e de estabilidade das

    responsabilidadesinstitucionais.

    Maisrecentemente,enombitodaacodaadministraoeducativa,cumpriuseumciclode

    avaliao externa das escolas pblicas. De facto, aps uma fase de concepo e de

    experimentao, em 2006, da responsabilidade do grupo de trabalho ento nomeado1, a

    InspecoGeraldaEducao(IGE)foi incumbidadeacolheredarcontinuidadeaoPrograma

    deAvaliaoExternadasEscolas(AEE).

    Esteciclodeavaliao(20062011)concluiuse,noinciodeJunhode2011,comapublicao

    do ltimo dos 1131 relatrios de escola ou de agrupamento de escolas que oferecem a

    educao prescolar e os ensinos bsico e secundrio. Estes relatrios esto publicados na

    pgina da IGE, a par da documentao mais pertinente, designadamente o quadro de

    referncia,osprocedimentoseosinstrumentosutilizadoseosrelatriosanuaisdoPrograma.

    2. Tendo em vista a continuidade da avaliao externa das escolas, o XVIII GovernoConstitucional criou, sob a coordenao da IGE, um grupo de trabalho com a misso de

    apresentaruma

    proposta

    de

    modelo

    para

    onovo

    ciclo

    do

    Programa

    de

    Avaliao

    Externa

    das

    Escolas.

    Assim,oDespachoConjunton.4150/2011,de4deMaro(emanexo),atribuiuaoGrupode

    Trabalhoosseguintesobjectivos:

    a) ReapreciarosreferenciaisemetodologiasdoProgramaAEE.b) Elaborar, at 15 deAbril de 2011, umaproposta de modelo a utilizar no novo ciclo do

    ProgramaAEE,daqual constemos referentesedomniosdeavaliao,asmetodologias,a

    escalaenomenclatura

    de

    classificao,

    os

    intervenientes

    no

    processo,

    incluindo

    aconstituio

    dasequipasdeavaliaoeaperiodicidadedosciclosdeavaliao.

    c) Apresentarpropostadeformaodosavaliadoresparaa experimentaodonovo ciclodoProgramaAEE,arealizar,preferencialmente,emMaiode2011.

    d) Acompanhar,nafasedeexperimentaodonovociclo,arealizaodasacesdeavaliaoexternanasescolas,emnmeroesobasformasadefinirempropostaque,paraoefeito,deve

    apresentar,noprazoreferidonaal.b).

    1RelatriofinaldoGTde2006em:http://www.ige.minedu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdf

    http://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Relatorios/AEE_06_RELATORIO_GT.pdf
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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    e) Apresentar,at15deJulhode2011,propostadenormativoquereguleoregimejurdicodaavaliaoexternadasescolas.

    f) Elaborar o relatrio final no qual devem estar expressas e fundamentadas as opesmetodolgicas adoptadas e as recomendaes sobre a configurao do novo ciclo do

    programa

    de

    avaliao

    externa

    das

    escolas.

    3. Em 15 de Abril de 2011, o Grupo de Trabalho (GT) apresentou o relatrio intercalar querespondiassolicitaesexpressasnasalneasa),b),c)epartedad),acimatranscritas.Esse

    relatrio incluiu, designadamente, o enquadramento e os fundamentos da proposta

    desenvolvida, o quadro de referncia do novo ciclo de avaliao, as formas de

    operacionalizaodaavaliao,aprogramaodaexperimentaodapropostaeaformao

    dosavaliadoresparaafasedeexperimentao.

    Entretanto,

    na

    sequncia

    da

    convocao

    de

    eleies

    legislativas,

    o

    XVIII

    Governo

    Constitucionalentendeuquenoseriaoportunaaelaboraodonormativoreferidonaalnea

    e). Assim, este relatrio no contempla esta vertente, cumprindo o previsto nas restantes

    alneasdodespachodecriaodoGT.

    4. Aprimeirapartedorelatrioenquadraefundamentaasopesmetodolgicasadoptadaseasrecomendaessobreaconfiguraodonovociclodoprogramadeavaliaoexternadas

    escolas, conforme inscrito na alnea f) do despacho, e descreve sucintamente a fase de

    concepo e preparao de instrumentos; na segunda parte apresentase a actividade

    desenvolvidaemsededeexperimentaoerespectivaavaliao;naterceiraparte,oGTexpe

    a sua proposta de quadro de referncia e de operacionalizao; em anexo, reunida outra

    documentao relevante, em especial os instrumentos para a concretizao do modelo de

    avaliaoexternaagoraproposto.

    Para simplificao deste relatrio, entendemos apresentar apenas a verso final dos

    documentosdetrabalho,emborasejamidentificadasasreasondeincidiramalteraesmais

    substantivasemresultadodaexperimentao,daaudiodeperitosedareflexodoGT.De

    qualquermodo,aversoinicialdadocumentaoelaboradapeloGTpodeserconsultadano

    relatriointercalar,apresentadotutelaem15deAbrilde2011.

    5. Nodecursodestescincomeses,oGTrealizouumtotalde16reunies,sendoseteemAveiro,oito em Lisboa e uma no Porto, para alm de outras reunies com parte do grupo, dada a

    dificuldade de compatibilizao de agendas dos oito membros. Para alm destas reunies,

    foram ainda realizadas cinco entrevistas com os peritos, em encontros que decorreram

    semprecomapresenade,pelomenos,trsmembrosdoGT.

    6. As entrevistas com os peritos pretenderam recolher opinies relativamente ao modelo emexperimentao, nomeadamente no que concerne aos seus fundamentos e objectivos,

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    metodologia de recolha de informao, s consequncias para as escolas e anlise custo

    benefciodasuaoperacionalizao.

    Assim, alguns elementos do GT, em todos os casos com a presena do seu Coordenador,

    reuniram,

    em

    5

    de

    Abril,

    com

    o

    Professor

    Brtolo

    Paiva

    Campos;

    em

    6

    de

    Abril,

    com

    o

    Professor Pedro Saraiva; em 1 de Junho, com os Professores Pedro Guedes de Oliveira e

    AlmerindoJanelaAfonso;em7deJunho,comosProfessoresJooBarroso,MariadoCarmo

    ClmacoeDomingosFernandes.OGTentendeuigualmenteouviradirecodoConselhodas

    Escolas, o que ocorreu em 5 de Abril. Destas audies resultou a reconsiderao de alguns

    aspectosdomodeloexperimentado.

    7. OGrupodeTrabalhoagradeceacolaboraoempenhadadosdozeagrupamentoseescolasqueparticiparamnaexperimentao(realizadacomprazosmuitoapertados),acompetnciae

    a disponibilidade dos avaliadores, os contributos dos peritos referidos e a colaborao da

    direcodaMISIedasestruturasdaInspecoGeraldaEducao.

    Comaapresentaodesterelatrio,oGrupodeTrabalhodporcumpridaamissoque lhe foi

    confiada.

    Porto,14deJulhode2011

    ValdemarAlmeida(coordenador)

    AnaPaulaCurado

    CludiaSarrico

    JooNunes

    JosJooAzevedo

    JosMariaAzevedo

    MariaLeonorDuarte

    PedroNunoTeixeira

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    SUMRIOEXECUTIVO

    1. O que faz umaescoladequalidade? Quais so os factores subjacentes qualidade de umaescola? O que se entende por qualidade, quando aplicada ao sistema de educao e

    formao?OmovimentoemproldagarantiadaqualidadedasescolasemPortugaltemcomo

    panodefundoaglobalizaodossistemaseducativos,emqueasorganizaesinternacionais

    de referncia, como a Unio Europeia (UE), a OCDE e a UNESCO, com os seus estudos e

    recomendaes sobre as escolas e a sua qualidade, ocupam um lugar de destaque.

    Internamente,agarantiadequalidadedaeducao,ondese integraaAvaliaoExternadas

    Escolas,enquadrasenosprincpiosbsicosdosistemaeducativo,consignadosnaConstituio

    da Repblica e na Lei de Bases do Sistema Educativo, e na legislao fundamental sobre a

    avaliao das escolas. Complementarmente, importa ter em conta os pareceres e as

    recomendaes do Conselho Nacional de Educao (CNE), rgo com especiais

    responsabilidadesemmatriadeavaliaodaeducao,easconclusesda InspecoGeral

    da Educao (IGE) sobre o ciclo de avaliao externa de 20062011. Estas diversasfontes

    sustentam a construo de um quadro de referncia que explicita os critrios de uma

    educaodequalidade.

    2. As organizaes internacionais indicam que as variveis de escola com mais impacto nasaprendizagens dos alunos so a qualidade dos professores e as prticas de sala de aula e

    sinalizam como escolas de qualidade aquelas em que as lideranas se preocupam com os

    princpios de igualdade e incluso, que promovem a interculturalidade, a cidadania, a

    valorizao moral e tica; aquelas em que a gesto transparente ejusta na execuo das

    suas decises; aquelas que se articulam com as medidas de poltica educativa a nvel

    autrquico,

    buscando

    a

    participao

    qualificada

    das

    famlias

    e

    de

    outros

    agentes

    externos;

    aquelasquetmcomofinalidadesprincipaisamelhoriadasaprendizagenseaprevenodo

    abandono, para o que definem metas de desenvolvimento e usam a informao estatstica

    paramonitorizaroprogressoeadequaraaco.

    3. Osprincpios bsicos da legislao nacional preconizam que a avaliao e o controlo dequalidade devem aplicarse a todo o sistema educativo, incluindo o ensino privado e

    cooperativo, e promover a melhoria, a eficincia e a eficcia, a exigncia e a informao

    qualificada para a tomada de deciso. A autonomia das escolas relacionada com a

    responsabilizaoeaprestaodecontasecomosresultadosdaavaliaoexterna.

    4. As recomendaes do CNE consideram que as escolas de qualidade so as que aplicam osprincpios da centralidade no aluno, da adequao dos percursos oferecidos, da ligao

    empenhadacomunidade local,daboagestodosrecursos;quepromovemaequidadedo

    acessoedosucesso,aqualidadedasaprendizagens,adiferenciao,aincluso,aparticipao

    e o respeito mtuo; e que desenvolvem prticas institucionalizadas de reflexo, inovao e

    autoregulao.

    5. As boasprticas identificadaspela IGE apontam para escolas de qualidade com lideranasclaras e distribudas, regras que fomentam um ambiente de respeito e disciplina, boa

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    circulaoda informaoedacomunicao;escolascujapreocupaocentraloprogresso

    dasaprendizagensdosalunos,osresultadosacadmicoseosresultadoseducativosnosentido

    mais lato, escolas que desenvolvem prticas de incluso e de apoio aos alunos com mais

    dificuldades,quevalorizamformasdetrabalhocooperativoentreosdocentes,quefomentam

    a participao das famlias e que asseguram a autoavaliao para a melhoria do trabalho

    realizado.Estes

    so

    os

    princpios

    bsicos

    que

    suportam

    oquadro

    de

    referncia

    da

    avaliao

    externadasescolas.

    6. FaceaociclodeAEE20062011,oGrupodeTrabalhopropesetealteraesprincipais: i)areduo de cinco para trs domnios de anlise; ii) a aplicao prvia de questionrios de

    satisfao comunidade; iii) a utilizao do valor esperado na anlise dos resultados das

    escolas;iv)aauscultaodirectadasautarquias;v)aintroduodeumnovonvelnaescalade

    classificao; vi) a necessidade de produo e aplicao de um plano de melhoria em cada

    escolaavaliada;vii)avariabilidadedosciclosdeavaliao.

    7. Os objectivos da avaliao externa foram reformulados, sendo propostos os seguintes: i)promover o progresso das aprendizagens e dos resultados dos alunos, identificando pontos

    fortes e reas prioritrias para a melhoria do trabalho das escolas; ii) incrementar a

    responsabilizao a todos os nveis, validando as prticas de autoavaliao das escolas; iii)

    fomentaraparticipaonaescoladacomunidadeeducativaedasociedadelocal,oferecendo

    ummelhorconhecimentopblicodaqualidadedotrabalhodasescolas; iv)contribuirparaa

    regulao da educao, dotando os responsveis pelas polticas educativas e pela

    administraodasescolasdeinformaopertinente.

    8. O quadro de referncia foi estruturado em trs domnios 1. Resultados; 2. Prestao doservio educativo; e 3. Liderana e gesto e 9 campos de anlise. Assim, o domnio

    RESULTADOS incluioscamposdeanlise: i)Resultadosacadmicos; ii)Resultadossociais; iii)

    Reconhecimento da comunidade; o domnio PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO inclui: i)

    Planeamento e articulao; ii) Prticas de ensino; iii) Monitorizao e avaliao das

    aprendizagens; e o domnio LIDERANA EGESTO inclui: i) Liderana; ii)Gesto; iii)Auto

    avaliaoemelhoria.

    Os campos de anlise so explicitados por um conjunto de referentes, que constituem

    elementosdeharmonizaodasmatriasaanalisarpelasequipasdeavaliao.

    9. Os questionrios de satisfao visam alargar a participao da comunidade educativa noprocesso de avaliao externa e foram testados antes da sua aplicao na fase da

    experimentao,tendoseconcludo,nomeadamente,queautilidadedodispositivodependia

    dadefinioderegrasclarasedoconhecimentodestasporpartedosaplicadores,bemcomo

    daacessibilidadedalinguagemutilizada.

    10.Nveis da escala de classificao. A atribuio de uma classificao, com recurso a umalinguagemcomumnaculturaescolar,visadaruma indicaoclarasobreaapreciaoquea

    equipa de avaliao faz do desempenho da escola nos domnios em causa. Importa ter

    presente

    que

    a

    classificao

    um

    sinal

    e

    no

    um

    fim

    da

    avaliao.

    No

    ciclo

    de

    avaliao

    de

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    20062011, foi utilizada uma escala com quatro nveis: Muito Bom, Bom, Suficiente e

    Insuficiente. Ponderadas as vantagens e os inconvenientes da utilizao de uma escala com

    mais nveis, o Grupo de Trabalho prope a introduo de um quinto nvel: Excelente. Esta

    alterao visa possibilitar que a avaliao externa reconhea situaes excepcionais e de

    algummodoexemplaresnasprticasdeumaescolaemdeterminadodomnio.Poroutrolado,

    entendese

    que

    no

    se

    justifica

    a

    criao

    de

    distines

    no

    nvel

    deInsuficiente,

    pois

    a

    atribuiodestenvelbastarparainterpelaraescolaeparadesencadearmedidasespecficas

    deacompanhamentoeapoiodapartedaadministraoeducativa.

    11.Oplanodemelhoria. Antes de tudo, importa que a avaliao seja um processo til para odesenvolvimentoeamelhoriadecadaescola.Paratal,cuidardasequnciato importante

    como investirna preparao e naexecuo. Nesta perspectiva, propese que, no prazo de

    doismesesapsapublicaodorelatriodeavaliaoexterna,aescolaapresenteumplano

    demelhoria.Deummodoselectivo,sintticoepragmtico,oplanodeveconteraacoquea

    escola se compromete a realizar nas reas identificadas na avaliao externa como

    merecedorasdeprioridadenoesforodemelhoria.

    12.Afase de experimentao do modelo proposto foi assegurada por avaliadores que tinhamparticipadonociclodeavaliaoacabadodeconcluir.Tendoemcontaestesdestinatrios,a

    formao dos avaliadores incidiu particularmente sobre os seguintes aspectos: i)

    Apresentao geral do modelo de avaliao; ii) Objectivos, fundamentao, quadro de

    refernciaeescaladeclassificao;iii)Informaoestatstica:questionrios,perfildeescolae

    valor esperado; iv) Visita de avaliao; v) Relatrio e contraditrio. Os participantes na

    formao tomaram conhecimento prvio dos documentos que iriam ser utilizados na

    experimentao.

    13.Asvisitassescolastiveramcomoobjectivotestarnoterrenoapropostadenovomodelodeavaliaoexterna,noqueconcerneaaspectoscomo:(i)aaplicaoprviadosquestionrios

    de satisfao a alunos, pais e trabalhadores; (ii) os referentese aescalade avaliao; (iii)a

    agenda das visitas, a durao total da visita e a de cada painel, e, de forma especial, a

    introduodeumnovopainelcomaautarquiaeapossibilidadealternativadese iniciarou

    concluir a visita pela entrevista ao Conselho Geral ou Direco da Escola. O GT considera

    muitoimportante,dospontosdevistadaeficciaeeficincia,queasvisitassejamcompactas

    e focalizadas, da a importncia atribuda ao documento de apresentao da escola e

    preparao

    prvia

    por

    parte

    dos

    avaliadores.

    14.Ao longo do processo deaudiodeperitoso GT recolheuposiesbastante distintas. Estadiversidadeera,emgrandeparte,previsvel,dadoqueoGTprocurououvirumconjuntode

    peritos cujas posies conhecidas acerca dos sistemas de avaliao de escolas so bastante

    heterogneas e, em vrios casos, manifestamente divergentes. Esta diversidade visou

    contribuirparaumareflexocrticaeaprofundadaacercadosmodelosdeavaliaodeescolas

    existenteeproposto,demodoapermitirumafundamentaomaisslidadapropostafinala

    apresentar.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    12

    15.Em coerncia com o seu mandato e seguindo a recomendao do Conselho Nacional deEducao,oGTassumiuumavisoglobaldecontinuidade,procurando introduzirnomodelo

    tudooquepoderiatrazermelhoria.

    16.A avaliao da experimentao por parte das escolas e dos avaliadores revela uma elevadaconcordncia

    com

    omodelo

    proposto.

    Quanto

    s

    escolas

    eno

    que

    se

    refere

    s

    vantagens

    das

    alteraesmaissubstantivas,aconcordnciamaisparcialemaspectoscomoaauscultao

    dasautarquiasempainelespecfico,aintroduodeumnovonvelnaescaladeclassificaoe

    a utilizao do valor esperado; por outro lado, mantmse as reservas em aspectos

    processuais como a durao da visita da equipa de avaliao ou a fundamentao das

    classificaes atribudas. J a concordncia geral dos avaliadores temperada em matrias

    como a informao sobre a escola fornecida equipa de avaliao, a coerncia entre os

    campos de anlise e os referentes e a auscultao das autarquias em painel especfico. O

    Grupo de Trabalho procurou ter em conta as observaes e sugestes apresentadas e

    constatouquealgumasdasreservasseprendemcomdvidassobreaoperacionalizaodas

    alteraes.

    17.A equipa de avaliao de cada escola apresentou uma primeira verso dos relatrios deavaliao externa, que foi comentada por outros membros do GT tendo em vista o

    aperfeioamentodotrabalhoeaharmonizaodecritrios.Osrelatriossoelaboradoscom

    base na anlise dos documentos fundamentais da escola, nos questionrios de satisfao

    aplicados a alunos, pais e trabalhadores docentes e no docentes, no documento de

    apresentaodaescola,naobservaodirectadas instalaes,serviosequotidianoescolar,

    narealizaodevariadasentrevistasempainel.

    18.No captulo de consideraesfinais e recomendaes, o Grupo de Trabalho reala algunsaspectos que entende deverem merecer particular ateno na definio do futuro ciclo de

    AvaliaoExternadasEscolas:

    i. Os processos de avaliao devem ser orientados por princpios de continuidade eestabilidade. Deste modo, o GT considera que a organizao do novo ciclo de AEE se

    dever inserirnumaperspectivademelhoria incrementaledeconsolidaodoprocesso

    iniciado em 2006, beneficiando da experincia acumulada no ciclo de avaliao

    precedenteedareflexoproduzidaaolongodosltimosanospeloConselhoNacionalde

    Educao,

    pela

    InspecoGeral

    de

    Educao

    e

    por

    especialistas

    em

    avaliao

    de

    instituiesdeensino.

    ii. Osprocessosdeavaliaorequeremtambmumaatitudedepermanentereflexoacercadasuaeficciaedosmodosdeaperfeioamento.Assim,onovociclodeavaliaodeveter

    em ateno o contributo dos peritos e avaliadores consultados e das escolas e

    agrupamentosqueparticiparamnoperododeexperimentao.

    iii. Enquantoinstrumentoderegulaoedegovernabilidade,aAEEdeveserpensadanasuarelaocomaavaliaodasaprendizagensdosalunos,dodesempenhodosprofessorese

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    13

    dosoutrostrabalhadores,daeficciadosprogramasoudasmedidasdepolticaeducativa

    edodesempenhodasorganizaesqueinteragemcomasescolas.

    iv. Aavaliaodasescolasdeveserentendidacomopartedeumavisointegradaecoerentedo

    sistema

    de

    ensino,

    tendo

    em

    ateno

    as

    suas

    interaces

    com

    outras

    dimenses

    da

    polticaeducativataiscomoaautonomiaearesponsabilizaodasescolas,aestabilizao

    organizacional dos agrupamentos, a continuidade das equipas docentes e a ligao

    comunidade.

    v. Na linhadarecomendaodoCNE,oGTentendequedesejvelalargaroprocessodeAEE ao sector particular e cooperativo no novo ciclo de avaliao, desde logo aos

    estabelecimentosdeensinoque celebraramcontratosdeassociaocomoEstado.Esta

    alteraono foitestadana fasedeexperimentaodevidos limitaesdetempoque

    impediamapreparaoadequadadesteprocessoemcolaboraocomosrepresentantes

    dasescolasqueintegramessesector.

    vi. OaprofundamentodaAEEdevedarumaatenoprioritriaaoreforodacomponentedaautoavaliao, com acompanhamento e avaliao externa. S assim se promover a

    eficcia dos processos de avaliao e o desenvolvimento das escolas como instituies

    comprojectoeobjectivosprprios.Nestaperspectiva,oprocessodeAEEpodertender,a

    mdioprazo,paraumprogramadeauditoriadaqualidadedaautoavaliaodasescolas.

    vii. ParaoreforodaeficciadoprocessodeAEE,escolaseavaliadoresdevemteracesso,emtempo

    til,

    a

    informao

    detalhada

    sobre

    os

    resultados

    escolares

    e

    a

    outros

    dados

    estatsticos de nvel nacional e local. Importa aperfeioar o trabalho dos ltimos anos,

    nomeadamente atravs da integrao e da compatibilizao das diferentes fontes

    estatsticas existentes no Ministrio da Educao. A fiabilidade dos dados deve ser

    garantida atravs de um conjunto de procedimentos, designadamente a verificao de

    erroseomisseseanormalizaodosprocessosderecolhadeinformaes.OGTdedicou

    particularatenoaestareaeapresenta,noponto6.4desteRelatrio,recomendaes

    maisconcretassobre responsabilidades,meioseprocedimentosaadoptarnonovociclo

    deAEE.

    viii. Ainformaoestatsticautilizadanoprocessodeavaliaodevecaminharparaummaiordetalhe e rigor, nomeadamente atravs da considerao do aluno enquanto unidade

    estatstica, de modo a permitir um melhor conhecimento dos factores explicativos dos

    resultados escolares e uma melhor aferio do contributo de cada escola para esses

    resultados. A informao estatstica utilizada deve tambm adoptar uma perspectiva

    longitudinalnaanlisedodesempenhodasescolas.

    ix. A centralidade do espao da sala de aula na vida da escola uma questo crucial naavaliao. Importa perceber como a escola organiza, acompanha e avalia as prticas

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    14

    pedaggicas.Noseprevaobservaodirectapelosavaliadoresexternosdasprticasna

    saladeaulaporqueseentendequeestaumafunoessencialdasinstnciasdedireco

    e de coordenao pedaggica da escola, embora se trate de uma prtica ainda pouco

    enraizadanasnossasescolas.Apromoodestaprticadeverserincentivadaatravsde

    outros

    instrumentos

    que

    no

    os

    da

    AEE.

    x. A pertinncia e a efectividade da avaliao beneficiaro do reforo da participao dacomunidade, tanto pelo contributo na concepo e na preparao dos procedimentos,

    comopeloseulugardedestinatriaprincipaldosresultadosdaavaliao.Sendoassim,o

    novociclodeAEEdeverdedicarparticularatenoaoenvolvimentoeparticipaodos

    principaisactoresdacomunidadeescolar.

    xi. O processo de AEE beneficiar duma auscultao to alargada e participada quantopossvelaosprofessores,trabalhadores,alunosepaiseencarregadosdeeducaoacerca

    dodesempenhodasescolas.Nestesentido,recomendadaaintroduodequestionrios

    de satisfao, cabendo ao Ministrio da Educao e da Cincia encontrar a melhor

    maneira de organizar a sua concretizao, nomeadamente de modo a permitir uma

    disponibilizaoatempadadosseusresultados.

    xii. Sendo a avaliao um instrumento para melhorar o ensino e a aprendizagem, importaevitar que tanto a avaliao externa como a interna se limitem ao cumprimento

    administrativo dos procedimentos. Para tal, deve terse sempre presentes os resultados

    pretendidos, a adequao e a simplicidade dos instrumentos e consequncias efectivas

    dos

    processos

    avaliativos.

    No

    caso

    da

    avaliao

    externa,

    tal

    implica,

    entre

    outras,

    a

    consideraodosresultadosdetrabalhosanterioreseaobrigatoriedadedeumareaco

    explcitadaescolaavaliada,designadamenteatravsdeumplanodeaco.

    xiii. Osciclosdeavaliaoexternadevemvariardeacordocomaevoluodosresultadosdecadaescolaouagrupamento.Assim,ointervaloentreavaliaesexternaspodersituarse

    entre um mximo de cinco e um mnimo de trs anos, considerando aspectos como as

    classificaesobtidasnaanterioravaliaoexternaouaevoluorecentedosresultados

    dosalunos,aferidospelaavaliaoexternadasaprendizagens.

    xiv. A concretizao do novo ciclo de AEE dever ser acompanhada dum processo de metaanlise,acargodeumaentidadeexternaIGE,quetenhacomoincumbnciaaproduo

    de relatrios anuais e/ou no final do ciclo de avaliao, complementares dos

    habitualmenteproduzidospelaIGE.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    15

    PRIMEIRAPARTECONCEPO

    1.ENQUADRAMENTOEFUNDAMENTOS UMAAVALIAOPARAAQUALIDADEDASESCOLAS

    Oquefazumaescoladequalidade?Quaisosfactoressubjacentesqualidadedeumaescola?O

    que se entende por qualidade, quando aplicada ao sistema de educao e formao? Eis as

    perguntasaqueseprocurarespondernestecaptulo.

    OmovimentoemproldagarantiadaqualidadedasescolasemPortugaltemcomopanodefundo

    a globalizao dos sistemas educativos, em que as organizaes internacionais de referncia,

    comoaUnioEuropeia(UE),aOCDEeaUNESCO,comosseusestudoserecomendaessobreas

    escolaseasuaqualidade,ocupamumlugardedestaque.

    Internamente, a garantia de qualidade da educao, onde se integra a Avaliao Externa das

    Escolas,enquadrasenosprincpiosbsicosdosistemaeducativo,consignadosnaConstituioda

    RepblicaenaLeideBasesdoSistemaEducativoena legislaofundamentalsobreaavaliao

    das escolas. Complementarmente, importa ter em conta os pareceres e as recomendaes do

    ConselhoNacionaldeEducao,rgocomespeciaisresponsabilidadesemmatriadeavaliao

    daeducao,easconclusesdaInspecoGeraldaEducaosobreociclodeavaliaoexterna

    queagoratermina(20062011).

    Estasdiversasfontessustentamaconstruodeumquadroderefernciaqueexplicitaoscritrios

    deumaeducaodequalidade.

    1.1.Oenquadramentointernacionaleasrecomendaesdasinstituiesdereferncia

    Nas ltimas dcadas, a expanso e a massificao dos sistemas de ensino levaram a uma

    preocupaocrescentecomasquestesdaqualidadeedaavaliao.Poroutrolado,consolidou

    se uma tendncia para o aprofundamento dos dispositivos de prestao de contas e de

    responsabilizao na generalidade dos sectores prestadores de servios pblicos. Estas

    preocupaestm

    sido

    reforadas

    pelas

    fortes

    expectativas

    face

    ao

    contributo

    potencial

    do

    ensino

    paraodesenvolvimentoeconmicoesocial.Noentanto,trabalhosrecentestmreveladoqueo

    efeitodaescolarizaocrescentedapopulaonemsempresetemtraduzidonumaconcretizao

    efectiva desse potencial. Assim, para alm da expresso quantitativa da escolarizao, a nfase

    tem sido colocada, mais recentemente, na qualidade da escolarizao e dos resultados das

    aprendizagens.

    Estas preocupaes tm estado muito presentes nas recomendaes das vrias organizaes

    internacionaisquetmum impactonotriona formulaodepolticaseducativasnacionais.Em

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    17

    Por sua vez, a Comisso Europeia, numa Comunicao de 20083 sobre o desenvolvimento das

    competncias essenciais para a aprendizagem ao longo da vida, recomendou que se centre a

    cooperao entre os pases europeus, nomeadamente, nos seguintes aspectos: definio de

    planosdeacocomfixaodemetaseavaliaosistemticadosprogressosalcanados.Coma

    finalidade

    principal

    de

    promover

    um

    ensino

    de

    elevada

    qualidade

    para

    todos,

    a

    Comisso

    sublinhou a necessidade de reduzir as taxas de abandono escolar, oferecer percursos de

    aprendizagem flexveis e melhores oportunidades de aprendizagem precoce, criar parcerias e

    redesentreescolas,asseguraraautoavaliaosistemticaecclica.Adirecodasescolasdeveria

    centrarse nas tarefas que contribussem mais eficazmente para a aprendizagem dos alunos,

    entendendo que o processo de recrutamento e de reconduo do pessoal dirigente deveria ser

    profissionalizado.

    AsrecomendaesdaOCDE

    Tomando

    por

    referncia

    os

    ltimos

    resultados

    do

    Programa

    PISA,

    os

    sistemas

    educativos

    com

    resultados superiores mdia e que mais conseguem ultrapassar as desigualdades

    socioeconmicas de partida, ou seja, os sistemas educativos mais eficazes, tm algumas

    caractersticascomuns,porexemplo:sointegradoseinclusivos,evitandoadistinoprecocede

    viasdeestudo;doautonomiasescolasnaelaboraodosprogramasenaaplicaodepolticas

    deavaliao;instituemaeducaoprescolaruniversal;tmescolascomumclimadisciplinadoe

    relaespositivasentrealunoseprofessores.

    Em documento recente4, a OCDE defendeu que os lderes das escolas deveriam garantir que as

    responsabilidades e os papis ligados melhoria dos resultados das aprendizagens se

    encontrassem no centro das suas prticas. Com este fim, a liderana deveria diversificarse em

    reasde responsabilidade,taiscomo:apoiar,avaliaredesenvolveraqualidadedosprofessores;

    apresentar metas, avaliar e prestar contas, usando a informao estatstica para monitorizar o

    progressoemelhorarosresultados;desenvolverumagestoestratgicaaonvelfinanceiroede

    recursos humanos; colaborar com outras escolas, atravs de estabelecimento de metas e

    actividades comuns. Para fundamentar tal recomendao, a OCDE apresentou uma recenso

    bibliogrfica de estudos sobre os factores que influenciam a aprendizagem dos alunos,

    destacandose, como concluso geral dessa metaanlise, que o impacto dos directores na

    aprendizagem dos alunos mensurvel, mas sobretudo indirecto, mediado por outras pessoas,

    estruturaseeventos,

    principalmente

    professores,

    prticas

    de

    sala

    de

    aula

    eclima

    de

    escola.

    3ComunicaodaComissoaoParlamentoEuropeu,aoConselho,aoComitEconmicoeSocialEuropeueaoComit

    dasRegies.MelhorarascompetnciasparaosculoXXI:Umaagendaparaacooperaoeuropeiaemmatriaescolar,2008.4OCDE,ImprovingSchoolLeadershipVol.1:PolicyandPractice,http://www.oecd.org/dataoecd/32/12/44374889.pdf,

    consultadoem

    16

    de

    Maro

    de

    2011.

    http://www.oecd.org/dataoecd/32/12/44374889.pdfhttp://www.oecd.org/dataoecd/32/12/44374889.pdfhttp://www.oecd.org/dataoecd/32/12/44374889.pdf
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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    18

    AsescolasassociadasdaUNESCO

    As escolas associadas da UNESCO baseiam a sua actividade nos chamados quatro pilares da

    aprendizagem: aprender a saber; aprender a fazer; aprender a ser; aprender a viver em

    conjunto5. Na perspectiva da UNESCO, as escolas devem estar motivadas para apresentar

    projectosde

    educao

    para

    todos,

    com

    vista,

    nomeadamente,

    educao

    para

    odesenvolvimento

    sustentvel,paraapazeosdireitosdohomemeparaaaprendizagemintercultural.

    Emsuma,paraasorganizaes internacionaisde referncia,escolasdequalidadesoasquese

    preocupamcomapromoodaequidadeeda incluso,adiminuiodas taxasdeabandono,a

    ofertadasmelhoresoportunidadesdeaprendizagemedepercursoseducativosflexveis,acriao

    de parcerias e redes, a autoavaliao sistemtica e cclica para ajudar identificao de

    problemas e opes de mudana (UE); so as escolas que beneficiam de lideranas que

    diversificam as reas de responsabilidade com vista ao apoio, avaliao e desenvolvimento da

    qualidade

    dos

    professores

    (identificada

    como

    o

    factor

    principal

    da

    qualidade

    das

    escolas)

    e

    promovem o desenvolvimento da gesto estratgica e da colaborao sistemtica com outras

    escolas(OCDE);soasescolascujosprojectoseducativossebaseiamnosvaloresdademocracia,

    reforam os temas da interculturalidade e se orientam para a defesa dos direitos humanos, o

    crescimentosustentado,apazeasegurana(UNESCO).

    1.2.Osprincpiosgeraisdaorganizaodosistemaeducativoportugus

    Importar recordar os princpios estruturantes do quadro legislativo da educao, presentes na

    ConstituiodaRepblicaPortuguesaenaLeideBasesdoSistemaEducativo(LBSE).

    A Constituio consagra as finalidades da educao, estabelecendo que ao Estado compete

    promoverasuademocratizao,garantindoatodos,segundoassuascapacidades,oacessoaos

    grausmaiselevadosdoensino,da investigaocientficaedacriaoartstica.Paratal,oEstado

    devecriarumarededeestabelecimentospblicosdeensinoquecubraasnecessidadesdetodaa

    populao, reconhecendo e fiscalizando o ensino particular e cooperativo (artigos 73., 74. e

    75.).

    A Lei de Bases do Sistema Educativo estabelece os princpios de organizao deste sistema,

    designadamenteapromoo

    da

    formao

    integral,

    da

    cidadania,

    da

    valorizao

    cultural,

    moral

    e

    tica e da interculturalidade. A educao dever ser oferecida de forma descentralizada e

    diversificada, com participao das localidades, assegurando a igualdade de oportunidades e as

    prticasdemocrticas.

    5 The UNESCO Associated Schools Project Network, http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global

    networks/aspnet/,consulta

    em

    16

    de

    Maro

    de

    2011.

    http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/
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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    19

    Emsntese,osprincpiosfundamentaisqueregemosistemaeducativoportugussoaigualdade,

    a equidade, a democraticidade, a abrangncia, a incluso e a participao. com base nestes

    fundamentoslegaisqueseproduzarestantelegislaosobreaeducaoeoensino.

    1.

    3.

    O

    enquadramento

    legal

    da

    avaliao

    das

    escolas

    em

    Portugal

    Noquerespeitadirectamenteavaliaodasescolas,destacamosdois instrumentos legislativos

    deenquadramentodestamatria:Lein.31/2002eDecretoLein.75/2008.

    ALein.31/2002,de20deDezembro,queaprovaosistemadeavaliaodoensinonosuperior,

    estabelece que o controlo de qualidadedeveaplicarse a todo o sistemaeducativo, incluindoo

    ensino privado e cooperativo, e visa promover a melhoria, a eficincia e a eficcia, a

    responsabilizaoeaprestaodecontas,aparticipaoeaexignciaeainformaoqualificada

    de apoio tomada de deciso. Nos termos da lei, a avaliao estruturase com base na auto

    avaliao,arealizaremcadaescolaouagrupamentodeescolas,enaavaliaoexterna.

    Porsuavez,oDecretoLein.75/2008,de22deAbril,reorganizaosistemadeadministraoe

    gestodasescolas,estabelecendoumaligaoentreaautonomiaearesponsabilizao/prestao

    decontaseosresultadosdaavaliaoexterna.

    1.4.OConselhoNacionaldeEducaoeaqualidadedasescolas

    OConselhoNacionaldaEducao(CNE),enquantorgo institucionaldeparticipaosocialque

    sedebrua

    sobre

    os

    grandes

    temas

    da

    poltica

    educativa

    nacional,

    dedicou

    oano

    de

    2010

    ao

    tema

    daqualidadedospercursosescolares,tendopublicadoumdocumentoemquedescrevealguns

    casos de inovao e sucesso em Escolas de Qualidade para Todos6 e apresenta cinco aspectos

    centrais da qualidade das escolas: a ligao s dinmicas globais e de compromisso com a

    comunidade local; o potencial de transformao inscrito na teia de relaes organizacionais; a

    centralidadeconferidaaoaluno;acapacidadedeapoiarpercursoseducativosdiversos;asprticas

    institucionalizadasdereflexoeautoregulao.

    EstestemassotambmreferidosnarecomendaodoCNEsobreavaliaodeescolas,aprovado

    em

    Dezembro

    de

    20107

    .

    A,

    a

    escola

    de

    qualidade

    apresentada

    como

    sendo

    aquela

    que,

    nomeadamente:

    Garanteaequidadenoacesso,acolhendoatodosnasuadiversidade;

    6Recomendaon.2/2010.RecomendaosobreOEstadodaEducao2010.PercursosEscolares.PublicadaemDiriodaRepblica,n.212,2.srie,de2deNovembro.7Recomendaon.1/2011.RecomendaosobreAvaliaodasEscolas.PublicadaemDiriodaRepblica,2.srie

    n.5,

    de

    7de

    Janeiro.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    20

    Promoveaeficinciaequalidadedospercursos,desafiandoosalunosatrabalhareadaroseu melhor, ajudandoos a superar dificuldades de aprendizagem de forma atempada e

    eficaz;

    Favorece a integrao, o respeito mtuo e a participao activa dos alunos, dosprofissionais

    que

    nela

    trabalham

    e

    das

    famlias;

    Se relaciona de forma aberta com a comunidade em que se insere e o mundo que arodeia.

    1.5.Aqualidadedasescolasnaavaliaoexterna(20062011)

    A IGE, enquanto entidade responsvel pela AEE (20062011), acumulou um patrimnio de

    conhecimento que importa considerar na preparao de um novo ciclo de avaliao. Neste

    mbito,seleccionamosumasntesedasboasprticasidentificadasnasescolasquedatatinham

    obtido a classificao de Muito Bom em todos os cinco domnios avaliados8. De entre essas

    prticas,destacamse:

    Apreocupaocentralcomoprogressodasaprendizagensdosalunos,comosresultadosacadmicoseosresultadoseducativosnosentidomaislato;

    As prticas de incluso e de apoio aos alunos com mais dificuldades de aprendizagem;ofertaformativadiferenciada;

    A valorizao de formas de trabalho cooperativo entre docentes e de superviso daprticalectivaemsaladeaula;

    A organizao da escola que favorece a participao e o envolvimento dos pais eencarregados

    de

    educao;

    Uma liderana clara e que d espao e at suscita o desenvolvimento das lideranasintermdiaseacolaboraoentreosdiversosrgosdegesto;

    Avalorizaodosprogressosalcanadoseacapacidadedeosassinalar; Asregrasclaraseumambientededisciplinaerespeito; A informao que circula, o que especialmente relevante na construo dos

    agrupamentosdeescolascomoorganizaes;

    O esforo na autoavaliao, construindo uma equipa com este propsito, adoptandoinstrumentos,mesmoquesimples,deobservaoeacompanhamento.

    Estestpicosconstituemreferentesslidos,porquebaseadosemevidncias,paraacaracterizao

    deumaescoladequalidadeemPortugal.

    8InspecoGeraldaEducao,SeminriosAvaliaodasEscolas:autoavaliaoeavaliaoexterna,realizadosa28de

    Abrile15

    de

    Maio

    de

    2009.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

    21/119

    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    21

    1.6.Sntesedosfundamentos

    Nestarefernciasumriaaoenquadramentolegalecontextualdaavaliaodasescolasprocurou

    se encontrar elementos para uma resposta fundamentada pergunta: como promover uma

    avaliaoexterna

    que

    contribua

    para

    aqualidade

    da

    educao?

    As organizaes internacionais indicam que as variveis de escola com mais impacto nas

    aprendizagensdosalunossoaqualidadedosprofessoreseasprticasdesaladeaulaesinalizam

    como escolas de qualidade aquelas em que as lideranas se preocupam com os princpios de

    igualdadeeincluso,quepromovemainterculturalidade,acidadania,avalorizaomoraletica;

    aquelasem que agesto transparenteejusta naexecuo dassuas decises; aquelas quese

    articulam com as medidas de poltica educativa a nvel autrquico, buscando a participao

    qualificadadasfamliasedeoutrosagentesexternos;aquelasquetmcomofinalidadesprincipais

    a melhoria das aprendizagens e a preveno do abandono, para o que definem metas de

    desenvolvimentoeusamainformaoestatsticaparamonitorizaroprogressoeadequaraaco.

    Osprincpiosbsicosdalegislaonacionalpreconizamqueaavaliaoeocontrolodequalidade

    devemaplicarsea todoosistemaeducativo, incluindooensinoprivado ecooperativo,e visam

    promover a melhoria, a eficincia e a eficcia, a exigncia e a informao qualificada para a

    tomada de deciso. A autonomia relacionada com a responsabilizao/prestao de contas e

    comosresultadosdaavaliaoexterna.

    As recomendaes do CNE consideram que as escolas de qualidade so as que aplicam os

    princpios

    da

    centralidade

    no

    aluno,

    da

    adequao

    dos

    percursos

    oferecidos,

    da

    ligao

    empenhadacomunidadelocal,daboagestodosrecursos;quepromovemaequidadedoacesso

    e do sucesso, a qualidade das aprendizagens, a diferenciao, a incluso, a participao e o

    respeito mtuo; que desenvolvem prticas institucionalizadas de reflexo, inovao e auto

    regulao.

    Por sua vez, as boas prticas identificadas pela IGE apontam para escolas de qualidade com

    lideranasclarasedistribudas,regrasque fomentamumambientederespeitoedisciplina,boa

    circulaoda informaoedacomunicao;escolascujapreocupaocentraloprogressodas

    aprendizagensdos

    alunos,

    os

    resultados

    acadmicos

    eos

    resultados

    educativos

    no

    sentido

    mais

    lato,escolasquedesenvolvemprticasde inclusoedeapoioaosalunoscommaisdificuldades,

    que valorizam formasde trabalhocooperativoentre osdocentes, que fomentama participao

    dasfamlias,queasseguramaautoavaliaoparaamelhoriadotrabalhorealizado.

    Estesso,emsuma,osprincpiosbsicosquesuportamaspropostasdoGrupodeTrabalhoparao

    novociclodeavaliaoexternadasescolas.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    22

    2.CONCEPOEPREPARAODOSINSTRUMENTOS

    Aps o debate sobre os fundamentos e os princpios orientadores da avaliao externa das

    escolas, de que resultou a sntese apresentada no captulo anterior, e tendo bem presentes os

    pareceres

    e

    as

    recomendaes

    do

    CNE

    e

    diversos

    outros

    instrumentos

    de

    avaliao

    da

    realizao

    doProgramaentre2006e2011,oGTpreparouumanovaverso9doquadrodereferncia.Face

    aoquadroexistente,estaversopretendeuser(i)maissimpleseselectiva,(ii)maisvalorizadora

    dasdimensesderesultadosedeprestaodoservioeducativoe(iii)moderadoradopesodas

    dimensesdaorganizaoedagestoaque,atagora,correspondiamtrsdoscincodomniosde

    avaliao.

    Assim, os objectivos da avaliao externa foram reescritos e o quadro de referncia passou de

    cincodomnios(1.Resultados,2.Prestaodoservioeducativo,3.Organizaoegestoescolar,

    4.Lideranae5.Capacidadedeautoregulaoemelhoriadaescola)paratrs(1.Resultados,2.

    Prestaodo servioeducativoe 3.Lideranaegesto); por outro lado, onde havia 19factores

    passouahaver9camposdeanlise,queestruturamostrsdomnios.

    Tendo optado pelo recurso aos questionrios de satisfao de alunos, pais e encarregados de

    educaoetrabalhadoresdocentesenodocentesdaescola,oGTpreparousucessivasverses,

    tendose inspirado, na fase inicial, em modelos utilizados na avaliao externa de escolas na

    Esccia.

    Osquestionriosdesatisfaoforamtestadosantesdasuaaplicaonafasedaexperimentao,

    tendose

    concludo,

    nomeadamente,

    que

    a

    utilidade

    do

    dispositivo

    dependia

    da

    definio

    de

    regrasclarasedoconhecimentodestasporpartedosaplicadores,bemcomodaacessibilidadeda

    linguagemutilizada.

    Outra rea a merecer particular ateno foi a da informao estatstica de apoio avaliao.

    Nessesentido,oGTrealizouumareuniocomoGEPEeaMISI,sobcoordenaodosGabinetesdo

    SecretriodeEstadoAdjuntoedaEducaoedoSecretriodeEstadodaEducao.AMISIrecolhe

    dados de contexto e de resultados escolares dos alunos. A partir destes dados, a MISI tem

    fornecidoIGEumperfildeescola(verexemplonoAnexo4.1),aqueosavaliadorestmacesso

    antesda

    visita

    acada

    escola.

    No

    passado,

    constatou

    se

    que

    os

    avaliadores

    tm

    alguma

    dificuldade

    em fazerjuzos relativamente ao desempenho da escola, apesar da informao constante do

    respectivo perfil. De facto, sem o apoio de uma anlise quantitativa, difcil ajuizar se os

    resultadosdaescolasoosesperadosounofacesvariveisdecontexto.

    OGTtomouconhecimentodeumexerccioexperimentaldeclculodevaloracrescentadoentre

    diferentes ciclos do ensino bsico levado a cabo pela MISI e pelo GEPE. Este exerccio revelou

    9Comoreferimosnaintroduo,entendemosapresentarapenasaversofinaldosdocumentosdetrabalho,naterceira

    partee nosanexos.De qualquermodo,averso inicialdadocumentaoelaboradapeloGTpodeserconsultadano

    relatriointercalar,

    apresentado

    tutela

    em

    15

    de

    Abril

    de

    2011.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    23

    dificuldadesdeseguimentodoaluno,por,entreoutrosmotivos,estepodertermudadodecdigo

    de identificao (nmero da cdula pessoal, ou nmero de bilhete de identidade, ou ainda do

    novocartodecidado).Umexercciodeclculodevaloresperado10emfunodevariveisde

    contexto apresentavase como mais realista. A ideia seria comparar o valor observado para as

    variveis

    dos

    resultados

    escolares

    e

    o

    valor

    esperado

    calculado

    para

    ajudar

    a

    aferir

    o

    grau

    de

    sucessorelativodaescolaaonveldosresultadosescolares.

    SolicitouseentoMISIeaoGEPEquefornecessemaoGTumabasededadosparacadaanode

    fimdeciclodeensino,ouseja,4,6,9e12anos,integrandoosdadosdecontextorecolhidos

    paraoperfildeescolaeosdadosdosresultadosescolares(verAnexo4.2).

    Ao mesmo tempo, o Grupo trabalhou as matrias relativas interaco com as escolas, s

    classificaes dos domnios, relao entre a avaliao externa e a autoavaliao e entre a

    avaliaoexternaeamelhoria,aorelatriodeapresentaodaescolaeaorelatriodeavaliao

    daescola.

    FaceaociclodeAEE20062011,oGrupodeTrabalhoreconheceu,noseurelatriointercalarde15

    deAbril,setealteraesprincipais:

    Areduodecincoparatrsdomniosdeanlisenoquadrodereferncia; Aaplicaoprviadequestionriosdesatisfaocomunidade; Autilizaodovaloresperadonaanlisedosresultadosdasescolas; Aauscultaodirectadasautarquias; Aintroduodeumnovonvelnaescaladeclassificao; Anecessidadedeproduoeaplicaodeumplanodemelhoriaemcadaescolaavaliada; Avariabilidadedosciclosdeavaliao.

    10Comoserapresentadocommaisdetalhenoponto6.4.,valoresperadoovalorestimadoparaumavarivelde

    resultadoda

    escola

    por

    um

    modelo

    de

    regresso

    mltipla,

    dados

    os

    valores

    das

    variveis

    de

    contexto

    da

    escola.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    25

    SEGUNDAPARTE EXPERIMENTAOEAVALIAO

    3.EXPERIMENTAO

    Atendendoao

    reduzido

    tempo

    disponvel

    para

    aexperimentao,

    confinada

    ao

    ms

    de

    Maio,

    enecessidade de cada uma das equipas de avaliao integrar um elemento do GT, o modelo foi

    experimentadoemnoveagrupamentosdeescolasetrsescolassecundrias.

    3.1.Asescolasdaexperimentao

    A seleco incidiu sobre o conjunto de escolas avaliadas em 2006 e 2007, aps se retirar (i) as

    escolasqueintegraramaexperimentaorealizadaemMaiode2006,(ii)asescolascujaestrutura

    orgnica tivesse sido alterada nos ltimos anos e (iii) as escolas que estivessem em fase de

    intervenopelaParqueEscolar,EPE.

    Deentreasescolasquerespeitavamascondies,foramseleccionadas12,deformaaleatria,e

    no respeito pelos critrios de proporcionalidade na distribuio entre agrupamentos de escolas

    (75%) e escolas no agrupadas (25%) e na distribuio regional. Deste procedimento resultou a

    listaquesesegue,comaindicaodasdatasdavisitadaequipadeavaliao.

    Agrupamentoseescolasparticipantesnaexperimentao(Maiode2011)

    EscolaouAgrupamento Concelho Datadavisita

    AgrupamentodeEscolasD.CarlosI Sintra 2a4deMaio

    AgrupamentodeEscolasdeCoronadoeCovelas Trofa 2a4deMaio

    AgrupamentodeEscolasdeDomingosCapela Espinho 23a25deMaio

    AgrupamentodeEscolasdeManteigas Manteigas 18a20deMaio

    AgrupamentodeEscolasdeMrtola Mrtola 18a20deMaio

    AgrupamentodeEscolasdoTerritrioEducativodeCoura ParedesdeCoura 18a20deMaio

    AgrupamentodeEscolasMarinhasdoSal RioMaior 23a25deMaio

    AgrupamentodeEscolasn.1deBeja Beja 2a4deMaio

    AgrupamentodeEscolasSantaCatarina CaldasdaRainha 23a25deMaio

    EscolaSecundriadaAmadora Amadora 11e12deMaio

    EscolaSecundriadeFilipadeVilhena Porto 12e13deMaio

    EscolaSecundriadePombal Pombal 11e12deMaio

    As escolas seleccionadas foram contactadas para darem a sua anuncia participao neste

    processo,tendosemostradodisponveisparaaexperimentaodomodeloao longodomsde

    Maiode2011.

    Nodia7deAbril,realizouseumareuniogeralcomasdozeescolasparticipantes,representadas

    pelosrespectivosdirectores,presidentesdoConselhoGeralecoordenadoresdaequipadeauto

    avaliao. A iniciativa visou a sensibilizao para a importncia da participao das escolas e a

    informaodirectasobreosobjectivos,oquadroderefernciaeasformasdeoperacionalizao.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    26

    3.2.Aformaodosavaliadores

    A fase de experimentao foi assegurada por avaliadores que tinham participado no ciclo de

    avaliao acabado de concluir (20062011). Com efeito, as equipas de avaliao, para alm de

    integrarem

    um

    membro

    deste

    GT,

    foram

    constitudas

    por

    inspectores

    e

    por

    avaliadores

    comgrandeexperincianaavaliaoexterna(cf.listadeavaliadoresemanexo).Tendoemcontaestes

    destinatrios, a formao dos avaliadores incidiu particularmente sobre os aspectos que

    distinguemonovociclodeavaliaodoanterior.

    Assim,aformaorealizadaem27deAbrilfoiministradapormembrosdoGTeteveoseguinte

    programa:

    Apresentaogeraldomodelodeavaliao Objectivos,fundamentao,quadroderefernciaeescaladeclassificao Informaoestatstica:questionrios,perfildeescolaevaloresperado Visitadeavaliao Relatrioecontraditrio Debateeesclarecimentos.

    Os participantes na formao tomaram conhecimento prvio dos documentos que iriam ser

    utilizadosnaexperimentao.

    3.3.Asvistassescolas

    Asvisitas

    s

    escolas

    decorreram

    entre

    os

    dias

    2e25

    de

    Maio

    de

    2011

    etinham

    como

    objectivo

    testarnoterrenoapropostadenovomodelodeavaliaoexterna,noqueconcerneaaspectos

    como:(i)aaplicaoprviadosquestionriosdesatisfaoaalunos,paisetrabalhadores;(ii)os

    referenteseaescaladeavaliao;(iii)aagendadasvisitas,aduraototaledecadapainel,e,de

    formaespecial,aintroduodeumnovopainelcomaautarquiaeapossibilidadealternativadese

    iniciarouconcluiravisitapelaentrevistaaoConselhoGeralouDirecodaEscola.

    Cadavisitafoiantecedidadeumareunio,que incluiu:(i)aanlisedosdocumentossolicitados

    escola; (ii) a apreciao crtica do respectivo documento de apresentao; (iii) a anlise dos

    questionriosde

    satisfao;

    (iv)

    aidentificao

    das

    principais

    questes

    aesclarecer

    durante

    as

    entrevistas.

    Asconclusesdestaexperimentaosoapresentadasnocaptulo5edelasdecorreapropostade

    modeloapresentadanaTerceiraParte.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    27

    3.4.Orelatriodeavaliaoexterna

    Aequipadeavaliaodecadaescolaapresentouumaprimeiraversodosrelatriosdeavaliao

    deescola,que foicomentadaporoutrosmembrosdoGTtendoemvistaoaperfeioamentodo

    trabalhoeaharmonizao

    de

    critrios.

    Os relatrios contm trs captulos Introduo, Caracterizao da Escola/Agrupamento,

    AvaliaopordomnioePontosfortesereasdemelhoriaelaboradoscombasenaanlisedos

    documentos fundamentais da escola, nos questionrios de satisfao aplicados a alunos, pais e

    trabalhadores docentes e no docentes, na apresentao efectuada pela escola, na observao

    directa das instalaes da escolasede, dejardinsdeinfncia e de outras escolas, servios e

    quotidianoescolar,bemcomodarealizaodevariadasentrevistasempainel.

    NocaptuloAvaliaopordomnio,sodesenvolvidososcamposdeanlisepertencentesacada

    umdosdomniosemavaliaoe,nofinal,soatribudososnveisdeclassificaoqueestruturam

    aavaliaoexterna.

    Classificaesatribudasnosdozerelatrios

    Os 12 agrupamentos e escolas secundrias avaliados obtiveram nveis de classificao deMuito

    Bom e de Bom nos trs domnios em avaliao: Resultados, Prestao do servio educativo,

    Lideranaegestoescolar.No foramatribudososnveisdeExcelente,Suficientee Insuficiente

    (cf.QUADRO).

    DOMNIOSNVEIS

    Excelente MuitoBom Bom Suficiente Insuficiente

    Resultados 4 8

    PrestaodoServio

    Educativo 4 8

    LideranaeGestoEscolar

    5 7

    Pontosfortesereasdemelhorianosdozerelatrios

    Osrelatriosdeavaliaodeescolaterminamcomocaptulo Pontosfortesereasdemelhoria

    ondeseapresentamospontos fortesdodesempenhodaescolaeasreasdemaior fragilidade

    ondedevemincidirprioritariamenteosesforosdemelhoria.

    Nos 12 relatrios de avaliao foram assinalados 73pontosfortes e 65 reas demelhoria. Foi

    efectuada a anlise de contedo destas asseres utilizandose como categorias de anlise os

    domnioseos

    campos

    de

    anlise

    do

    quadro

    de

    referncia

    utilizado

    na

    experimentao.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    28

    Assim,nodomnioResultados,ocampodeanliseResultadosacadmicosregistaomaiornmero

    de asseres relacionadas com pontos fortes e com reas de maior fragilidade (GRFICO 1). Nos

    restantescamposdeanlise,ospontosfortessuperaramasreasacarecerdemelhoria.

    GRFICO1DOMNIORESULTADOS

    PONTOSFORTESEREASDEMELHORIA

    No domnio Prestao do servio educativo, o maior nmero de pontos fortes reportase aos

    camposdeanlisePrticasdeensinoePrticasdeinclusoeequidade(GRFICO2).Noscamposde

    anliseGestodocurrculoePrticasdemonitorizaoeavaliaopredominam,pelocontrrio,

    asasseresrelativasareasondeasescolasdevemincidirosseusesforosdemelhoria.

    GRFICO2DOMNIOPRESTAODOSERVIOEDUCATIVO

    PONTOSFORTESEREASDEMELHORIA

    No domnio Liderana e gesto escolar, o nmero de pontos fortes suplanta claramente o das

    reasde melhoria noscamposdeanliseViso,estratgiaeplaneamentoeGestode recursos

    (GRFICO3).Nosoutrosdoiscamposdeanlisepredominamasreasdemelhoria.

    9

    7

    3

    10

    5

    102

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    Resultadosacadmicos Outrosresultadoseducativos

    Reconhecimentodacomunidiadeeducativa

    Pontosfortes

    reasdemelhoria

    4

    10

    1

    8

    10

    6

    12

    2

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    Gestodocurrculo Prticasdeensino Prticasdemonitorizaoede

    avaliao

    Prticasdeinclusoeequidade

    Pontosfortes

    reasdemelhoria

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    29

    GRFICO3DOMNIOLIDERANAEGESTOESCOLAR

    PONTOSFORTESEREASDEMELHORIA

    Exercciodocontraditrio

    Os projectos de relatrio foram enviados para as escolas entre os dias 28 e 29 de Junho, para

    eventualpronncia,noprazode10dias.Comoprevisto,estesrelatriosdeescolaconstituemum

    anexoaopresenterelatrio.

    Astrsescolasqueapresentaramcontraditrioexprimiramasuadiscordnciaemrelaoaalguns

    dados objectivos e a algunsjuzos avaliativos insertos no respectivo relatrio, bem como s

    classificaes atribudas em um ou mais domnios. Em resposta fundamentada, as equipas de

    avaliao introduziram,emdoisrelatrios,pequenasalteraesrelativasafactosconcretos,mas

    semrelevnciasuficienteparaalterarosjuzosavaliativoseasclassificaes.

    4.AVALIAODAEXPERIMENTAO

    Como forma de recolher informao que permitisse o aperfeioamento da proposta em

    experimentao, foram aplicados questionrios s escolas e aos avaliadores (formulrios em

    anexo), cujos resultados se apresentam de seguida. Devido ao curto espao de tempo que

    decorreu entre a recepo dos questionrios e o seu tratamento, no foi possvel efectuar a

    anlisedocontedodasrespostasqualitativasnemdassugestes.OGrupodeTrabalhoprocurou

    terem

    conta

    as

    observaes

    esugestes

    apresentadas.

    4.1.Avaliaodaexperimentaopelasescolas

    Apscadaescolatertidoconhecimentodorespectivorelatrio,foisolicitadoopreenchimentode

    umquestionriodeavaliaodoprocesso.Obtidas12respostas,apresentamseosresultados.

    18

    8

    23

    7

    2

    4

    6

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    1618

    20

    Viso,estratgiaeplaneamento

    Gestoderecursos Desenvolvimentopessoale

    organizacional

    Autoavaliaoemelhoria

    Pontosfortes

    reasdemelhoria

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    30

    Documentossolicitadospreviamentesescolas/agrupamentos

    Todasasescolasconcordaramqueosdocumentossolicitadospreviamentesopertinentesparaa

    realizao da avaliao externa. Tambm os contedos a inserir no texto de apresentao da

    escola foram considerados adequados autoavaliao, sendo equilibrado o nmero de

    respostasde

    concordncia

    total

    ede

    concordncia.

    Osdocumentossolicitadossopertinentes?

    Concordototalmente

    Concordo DiscordoDiscordo

    totalmenteNosei

    Noresponde

    A B C D E NR

    11 1 0 0 0 0

    Oscontedosainserirnotextodeapresentaodaescolasoadequadosautoavaliaodaescola?

    Concordototalmente Concordo Discordo Discordototalmente Nosei Noresponde

    A B C D E NR

    6 6 0 0 0 0

    Quadroderefernciadaavaliaoexterna

    OstrsdomniosdoQuadroderefernciadaavaliaoexternaforamconsideradosadequados

    missodainstituioescolaresuacomplexidade.

    Os

    trs

    domnios

    da

    avaliao

    esto

    adequados

    misso

    da

    instituio

    escolar

    e

    sua

    complexidade?

    Concordototalmente

    Concordo DiscordoDiscordo

    totalmenteNosei

    Noresponde

    A B C D E NR

    5 7 0 0 0 0

    Oscamposdeanliseincludosemcadadomnioforamconsideradosrelevantesparaaavaliao

    externadasescolas,sendosignificativoonmeroderespostasdeconcordnciatotal.Asopinies

    sobreocampodeanliseDesenvolvimentopessoaleorganizacionalevidenciaramequilbrioentre

    aconcordnciatotaleaconcordncia.

    Preparaodaescolaparaaavaliao

    Asescolasavaliaram favoravelmenteoenvolvimentodeestruturasedepessoasdacomunidade

    educativa,napreparaoedesenvolvimentodaavaliaoexterna,apesardeosprazosteremsido

    muitoapertados.ODirector,aEquipadeAutoavaliao,osDirectoresdeTurmaeaAssociaode

    Pais foram as estruturas cujo envolvimento foi mais reconhecido; em sentido contrrio, foi

    assinaladoomenorenvolvimentodeOutrosdocentes.

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

    31/119

    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    31

    Houve um adequado envolvimento das estruturas e

    pessoas da comunidade educativa na preparao da

    avaliaoexterna?

    A B C D E NR

    ConselhoGeral 7 4 0 1 0 0

    Director 12 0 0 0 0 0

    ConselhoPedaggico 8 3 0 1 0 0

    DepartamentosCurriculares 8 3 0 1 0 0

    DirectoresdeTurma 9 2 0 1 0 0

    EquipadeAutoAvaliao 11 1 0 0 0 0

    OutrosDocentes 5 5 1 1 0 0

    TrabalhadoresnoDocentes 7 4 0 1 0 0

    DelegadosdeTurma 5 7 0 0 0 0

    AssociaodeEstudantes 5 0 0 1 0 6

    RepresentantesdosPaisnosConselhosdeTurma 6 4 0 1 1 0

    AssociaodePais 9 2 0 1 0 0

    Representantesda

    Autarquia

    8

    3

    0

    1

    0

    0

    AConcordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;ENosei;NRNoresponde

    Contactosentreaescolaeainstituiodeavaliao

    AsescolasavaliampositivamenteoscontactosestabelecidoscomaIGEecomoselementosdoGT.

    AConcordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;ENosei;NRNoresponde

    Visitadaequipadeavaliao

    As escolas expressaram nveis elevados de concordncia com os vrios aspectos da visita da

    equipadeavaliao.Osaspectosqueevidenciammenorconcordnciatotal foramaduraoda

    visitaeaconduodasentrevistas.

    Osseguintesaspectosdavisitaforamadequados? A B C D E NR

    Durao 4 7 0 1 0 0

    Planeamentoeorganizao 9 2 1 0 0 0

    Pertinnciadospainis 7 5 0 0 0 0

    Regrasdeconstituiodospainis 8 3 1 0 0 0

    Conduodasentrevistas 6 4 2 0 0 0

    Relacionamentodaequipadeavaliaocomosseusinterlocutores

    8 3 1 0 0 0

    A Concordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;E Nosei;NR Noresponde

    OscontactosestabelecidoscomaIGEecomoGrupode

    Trabalhocaracterizamsepor:A B C D E NR

    FacilidadedeacessoaosinterlocutoresdaIGE 12 0 0 0 0 0

    Clarezaeadequaodainformaoprestada 8 4 0 0 0 0

    Respostaemtempotil 11 1 0 0 0 0

    Afabilidadenotrato 10 1 1 0 0 0

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    Relatriodaequipadeavaliaoexterna

    O relatrio de avaliao externa foi considerado um contributo muito positivo para o plano de

    melhoriadaescola.Ositensquemereceramalgumadiscordnciaforamajustiadasapreciaes

    eosfundamentosdasclassificaes.

    Os seguintes aspectos do relatrio produzido

    correspondemaodesejvel?A B C D E NR

    Estruturadorelatrio 9 3 0 0 0 0

    Adequaodoestilododiscursoaosdiferentesleitores 8 4 0 0 0 0

    Justiadasapreciaes 7 3 2 0 0 0

    Fundamentaodasclassificaes 6 4 2 0 0 0

    Contributosparaoplanodemelhoriadaescola 10 2 0 0 0 0

    A Concordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;E Nosei;NR Noresponde

    Contributosdo

    processo

    de

    avaliao

    externa

    Asescolasreconheceramqueaavaliaocontribuipositivamenteparaasuaautoavaliao.

    Esteprocessodeavaliaoexternadeuumcontributopositivoparaaautoavaliaodaescola?

    A B C D E NR

    Instrumentosdetrabalho 7 2 1 0 1 1

    Referenciais 7 3 0 0 1 1

    Metodologia 6 3 1 0 1 1

    A Concordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;E Nosei;NR Noresponde

    Alteraesao

    modelo

    de

    avaliao

    externa

    agora

    experimentado

    As alteraes ao modelo de avaliao externa, em experimentao, obtiveram por parte das

    escolasumaconcordnciasignificativa,sendoo itemrelativoaplicaoprviadequestionrios

    de satisfao comunidade o que mereceu o valor mais elevado de concordncia total. A

    utilizao dovaloresperadodos resultados e aauscultaodasautarquiasempainelespecfico

    motivaramalgumasdiscordncias.

    Asseguintesalteraes,faceaomodelode20062011,

    foramvantajosas?A B C D E NR

    Reduodecincoparatrsdomniosdeanlise 7 4 1 0 0 0

    Aplicaoprviadequestionriosdesatisfaocomunidade

    10 2 0 0 0 0

    Utilizaodovaloresperadodosresultadosdasescolas 5 4 2 0 1 0

    Auscultaodasautarquiasempainelespecfico 6 4 1 1 0 0

    Introduodeumnovonvelnaescaladeclassificao 5 6 1 0 0 0

    A Concordototalmente;BConcordo;CDiscordo;D Discordototalmente;E Nosei;NR Noresponde

    Emsntese,aavaliaodaexperimentaoporpartedasescolasrevelaumaelevadaconcordncia

    com o modelo proposto. No que se refere s vantagens das alteraes mais substantivas, a

    concordnciamais

    parcial

    em

    aspectos

    como

    aauscultao

    das

    autarquias

    em

    painel

    especfico,

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    a introduo de um novo nvel na escala de classificao e a utilizao do valor esperado; por

    outrolado,mantmseasreservasemaspectosprocessuaiscomoaduraodavisitadaequipade

    avaliaoouafundamentaodasclassificaesatribudas.

    4.2.

    Avaliao

    da

    experimentao

    pelos

    avaliadores

    Deigualmodo,foiaplicadoumquestionrioaosavaliadoresqueparticiparamnaexperimentao.

    As17respostasobtidaspermitemrealaroquesesegue.

    Preparaodaavaliaoexterna

    Osdiversosaspectosdapreparaodavisitasescolasforamapreciadosdeformamuitopositiva

    pelosavaliadores,tendoseregistadoapenasumaligeiradiscordncianoquerespeitaformao

    dosavaliadores.

    Documentossolicitadospreviamentesescolas/agrupamentos

    Osavaliadoresmanifestaramconcordnciacomosdocumentossolicitadospreviamentesescolas

    e consideraram os contedos a integrar no texto de apresentao da escola adequados

    respectivaautoavaliao.

    Visitasescolas

    Das visitas efectuadas s escolas, destacamse trs aspectos que os avaliadores consideraram

    muito positivos: a disponibilidade da escola para responder s solicitaes da equipa, o

    relacionamentoentre

    os

    membros

    da

    equipa

    eos

    interlocutores

    da

    escola

    e

    aconduo

    das

    entrevistas.Noitemregrasdeconstituiodospainispredominamasrespostasdeconcordncia

    parcial.

    Osseguintesaspectosdavisitaforamadequados? A B C D E NR

    Duraodavisita 12 5 0 0 0 0

    Organizaodavisita 11 6 0 0 0 0

    Pertinnciadospainis 10 7 0 0 0 0

    Regrasdeconstituiodospainis 7 9 1 0 0 0

    Conduodas

    entrevistas

    14

    3

    0

    0

    0

    0Relacionamentoentreosmembrosdaequipaeos

    interlocutoresdaescola16 1 0 0 0 0

    Disponibilidadedaescolapararesponderssolicitaesdaequipa

    16 1 0 0 0 0

    AConcordototalmente;BConcordo;CDiscordo;DDiscordototalmente;ENosei;NRNoresponde

    Equipadeavaliao

    Amaioriadosavaliadoresconcordoutotalmentecomadimensodaequipadeavaliao,tendo

    consideradoqueaarticulaoeainteracoentreosmembrosdaequipafoibemconseguida.

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

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    considerandoqueestedemasiadopesadoecaroequepermanecemdvidasacercadoseureal

    contributoparaamelhoriadasescolas.

    Por outro lado, vrios dos peritos consultados e a generalidade dos avaliadores externos

    manifestaram

    concordncia

    com

    o

    quadro

    conceptual

    subjacente,

    considerando

    que

    se

    pode

    realizarumaavaliaoexternaquetambmcontribuaparaamelhoriadasescolas.Foiigualmente

    referidoque sedeveria ter realizadoumaavaliaodo impactodoprimeirociclodaAEE (2006

    2011),cujosresultadospoderiamserteisparaoaperfeioamentodomodeloexistente.

    EmcoernciacomoseumandatoeseguindoarecomendaodoConselhoNacionaldeEducao,

    aprovada por unanimidade em Dezembro de 2010, o GT assumiu uma viso global de

    continuidade,procurandointroduzirnomodelotudooquepoderiatrazermelhoria.

    5.2.Sobre

    oquadro

    de

    referncia

    Amaiorpartedosperitoseavaliadoresexternosauscultadosconsideroupositivaamudanado

    quadroderefernciadecincoparatrsdomniosede19para11camposdeanlise(nomodelo

    experimentado),emboraalgunstivessemreferidooriscodeuniformizaroolharsobreasescolas.

    Foirealadaa importnciadenosecomplexificaroscamposdeanliseedeseleccionarosque

    so verdadeiramente identificadores da qualidade. Alguns peritos entendem que as escolas

    deveriamseravaliadasexternamente,apartirdeumconjuntorestritodepadresdequalidade,

    publicamente conhecidos. A autoavaliao, pelo contrrio, deveria partir de um conjunto de

    referentesproduzidos

    por

    cada

    escola.

    O GT aprofundou o seu trabalho de seleco dos campos de anlise e dos referentes, tendo

    procedidoaumanovaarrumaodentrodecadadomnio,agoraestruturadosemnovecampos

    deanlise,eaumareduodosreferentes.

    5.3.Sobreodocumentodeapresentaodasescolas

    Aopopelacoincidnciaentreoquadroderefernciaeoguiododocumentodeapresentao

    da escola constituiu um dos factores de maior discordncia entre os especialistas consultados,

    considerandoalgunsqueessacoincidnciapotenciavaoriscodeuniformizaodaautoavaliao

    e de empobrecimento da complementaridade entre autoavaliao e avaliao externa. Os

    avaliadores externos, pelo contrrio, no se pronunciaram desfavoravelmente sobre esta

    inovao.

    O GT entende que a recomendao de o documento de apresentao da escola tratar

    explicitamente cada um dos nove campos de anlise, sem prejuzo da referncia a outros

    aspectos,reforaacomplementaridadeeodilogoentreasduasformasdeavaliaoenolimita,

    por si mesmo, o espao de iniciativa e de autonomia da escola. A autoavaliao deve ser um

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    TERCEIRAPARTE PROPOSTASPARAUMNOVOCICLO

    6.QUADRODEREFERNCIA

    Este

    captulo

    trata

    as

    diversas

    vertentes

    que

    estruturam

    o

    quadro

    de

    referncia

    proposto:

    osobjectivos da avaliao externa, os domnios e os campos de anlise, o documento de

    apresentaodaescola,enquantoexpressododilogodaautoavaliaocomosreferentesda

    avaliao externa, a informao estatstica que sustentar a avaliao, os questionrios de

    satisfao, enquanto forma de audio alargada dos membros da comunidade escolar, e as

    consequnciasdaavaliao,designadamenteoplanodemelhoriaquecadaescoladeverelaborar

    eapresentar.

    6.1.Objectivosdaavaliaoexterna

    SucessivosdocumentosdoConselhoNacionaldeEducaotrabalharamadefiniodosobjectivos

    da avaliao externa das escolas. O Grupo de Trabalho teve em conta, de forma especial, as

    conclusesdaltimarecomendaodessergodeconsulta:

    OCNEentendequepodeedevesermantidanaAEEaconciliaodefinalidadesassociadasmelhoria

    eprestaodecontas.AindaqueaAEEtambmdevaservirparagarantirquenohescolasdem

    qualidade,o seu intuitonodeve serpunitivo.Reconhecendoquedeve caber aoutras instncias e

    mecanismosapromoodaautoavaliaoeoapoiodirectosescolas,noactualcontexto,nopode

    descurarse

    opapel

    da

    AEE,

    ainda

    que

    indirecto,

    de

    apoio

    capacitao

    das

    escolas

    eavaliao

    interna.

    Assim,aAEEdeverservirtrsobjectivosprincipais:

    a) Capacitaointerpelaracomunidadeescolar,demodoamelhorarassuasprticaseosresultadosdasaprendizagensdosalunos;

    b) Regulaoforneceraosresponsveispelaspolticasepelaadministraoeducativaelementosdesuportedecisoeregulaoglobaldosistema;

    c) Participao fomentar a participao na escola dos seus utentes directos(estudanteseencarregadosdeeducao)eindirectos(comunidadelocal),facultando

    elementos que lhes permitam fazer uma leitura mais clara da qualidade dos

    estabelecimentosdeensino,orientandoescolhaseintervenes(Recomendaon.

    1/2011).

    Concordando com esta base, o Grupo de Trabalho entendeu que seria de autonomizar um

    objectivoreferenteinteracodaavaliaoexternacomaautoavaliao,deformaaenfatizara

    importnciadestadimensonosprocessosdedesenvolvimentoedemelhoriadasescolas.

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    PRESTAODOSERVIOEDUCATIVO

    Planeamentoearticulao

    Gestoarticuladadocurrculo

    Contextualizao

    do

    currculo

    e

    abertura

    ao

    meio

    Utilizaodainformaosobreopercursoescolardosalunos Coernciaentreensinoeavaliao Trabalhocooperativoentredocentes

    Prticasdeensino

    Adequaodoensinoscapacidadeseaosritmosdeaprendizagemdosalunos Adequaodosapoiosaosalunoscomnecessidadeseducativasespeciais Exignciaeincentivomelhoriadedesempenhos Metodologiasactivaseexperimentaisnasaprendizagens Valorizaodadimensoartstica Rendibilizaodosrecursoseducativosedotempodedicadosaprendizagens. Acompanhamentoesupervisodaprticalectiva.

    Monitorizaoeavaliaodasaprendizagens

    Diversificaodasformasdeavaliao Aferiodoscritriosedosinstrumentosdeavaliao Monitorizaointernadodesenvolvimentodocurrculo Eficciadasmedidasdeapoioeducativo Prevenodadesistnciaedoabandono

    LIDERANAEGESTO

    Liderana

    Visoestratgicaefomentodosentidodepertenaedeidentificaocomaescola Valorizaodaslideranasintermdias Desenvolvimentodeprojectos,parceriasesoluesinovadoras Motivaodaspessoasegestodeconflitos Mobilizaodosrecursosdacomunidadeeducativa

    Gesto

    Critrioseprticasdeorganizaoeafectaodosrecursos Critrios de constituio dos grupos e das turmas, de elaborao de horrios e de

    distribuiodeservio

    Avaliaododesempenhoegestodascompetnciasdostrabalhadores Promoododesenvolvimentoprofissional Eficciadoscircuitosdeinformaoecomunicaointernaeexterna

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    Autoavaliaoemelhoria

    Coernciaentreaautoavaliaoeaacoparaamelhoria Utilizaodosresultadosdaavaliaoexternanaelaboraodosplanosdemelhoria Envolvimentoeparticipaodacomunidadeeducativanaautoavaliao

    Continuidade

    e

    abrangncia

    da

    auto

    avaliao

    OGTentendequeaabrangnciadosreferentesdeveserdevidamentecontextualizadaequeesta

    temtica deve ter lugar de destaque na formao dos futuros avaliadores. Com o objectivo de

    melhor explicitar o significado de cada um dos referentes, o GT elaborou um documento com

    sugestes de leitura dos mesmos. Estes indicadores, apresentados em documento anexo a este

    relatrio, devem ser entendidos como exemplos ilustrativos a ter em conta no trabalho dos

    avaliadores,poisnopretendemcondicionar nem dispensaroutrasperspectivasemuitomenos

    constituirumalistagemdeverificaoaseguirpelosavaliadores.

    6.3.Documento

    de

    apresentao

    da

    escola

    Comopassofundamentaldoprocessodeavaliaoexterna,solicitaseacadaescolaqueelabore

    umtextodeinterligaocomasuaprpriaautoavaliao.Assim,estetextodeveconstituiruma

    sntesedaformacomoaescolasevasimesma,oferecendoumavisodoseucontexto,dasua

    evoluo recente, das suas prioridades e dos seus projectos, do que j conseguiu e dos

    constrangimentosedesafiosqueenfrentaedosresultadosobtidos.

    Maisdoqueumadescriodasdiversasfacetasdavidadaescola,pedeseumtrabalhodeanlise

    ede

    valorizao,

    ou

    seja,

    uma

    auto

    avaliao

    organizacional

    que

    destaque

    os

    pontos

    fortes

    eos

    pontosfracosnasdiversasreasdeanlise.

    Para permitir a simplificao e a coerncia dos processos, o documento de apresentao deve

    abordarexplicitamentecadaumdoscamposdeanliseedomniosdaavaliaoexterna;ereferir

    osresultadosdeanterioresavaliaesexternasemedidasconsequentestomadaspelaescola.No

    entanto,aEscolano temdesecircunscreveraessesaspectos,podendo incluiradicionalmente

    outrosqueconsidererelevantesparaamelhorcompreensodasuaactividade.

    Importasublinhar

    algumas

    caractersticas

    deste

    documento

    de

    apresentao:

    onicoqueaescolanecessitadeprepararespecificamenteparaaavaliaoexterna; Pode constituir o suporte da apresentao a fazer pela Direco aquando da visita da

    equipadeavaliaoexterna;

    Sendoumasntese,terumadimensolimitada,peloquenodeveultrapassaros30.000caracteres,espaosincludos;

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    Pode ser acompanhado de anexos que contenham as evidncias necessrias parasustentaroqueseafirma.11

    6.4.Informaoestatstica

    A informao estatstica produzida e facultada pela MISI (dados de contexto e resultados

    escolares),peloGAVE(resultadosdasprovasdeaferiodo4.e6.ano)epeloJNE(resultados

    dosexamesnacionaisdo9.e12.anos).Osavaliadoreseasescolasdeverodispor igualmente

    do tratamento dos resultados dos inquritos de satisfao aplicados a alunos, a pais e

    encarregadosdeeducaoeatrabalhadoresdocentesenodocentes.

    OperfildeEscola

    Aliteraturasobredesempenhodasescolasmostraqueosresultadosdependem,porumlado,do

    trabalhoda

    escola,

    epor

    outro,

    do

    contexto

    econmico,

    social

    ecultural

    do

    meio.

    Originalmente,

    o documento Perfil de Escola surgiu da necessidade de dotar os avaliadores externos da

    informao necessria sobre a escola que esto a visitar, de forma a melhor interpretarem os

    resultados obtidos. Assim, o documento Perfil de Escola permite aos avaliadores terem

    informao,antesdavisitaescola,sobreasua oferta educativae respectiva frequncia, meio

    econmico,socialeculturaldapopulaoescolareresultadosacadmicos.

    A experincia do primeiro ciclo de avaliao externa de escolas mostrou no s haver alguma

    dificuldadeeminterpretarosresultadosescolaresluzdainformaodecontextodisponibilizada

    mastambmumdesconhecimentodeinformaodeumasescolasrelativamentesoutras,oque

    nolhespermitiafazerumexercciocomparativodoseudesempenho(benchmarking).

    Adicionalmente, as provas nacionais no esto calibradas, o que se demonstra pelo facto de a

    mdiadeclassificaesvariarsubstancialmentedeumanoparaooutro,nosendocrvelquea

    qualidadedosalunosvariedeformatobrusca.Assim,nofazsentidofazerjulgamentosacerca

    de evolues positivas ou negativas do desempenho da escola nestas provas. Esta evoluo

    poder ser menos determinada pelo desempenho da escola que pela flutuao do grau de

    dificuldadedaprovadeumanoparaooutro.Esteproblemaaponta,por isso,paraacriaode

    modelosqueforneamindicadoresdedesempenhorelativodaescolafaceaoconjuntodeescolas

    congneres.

    11 Recordese que uma boa parte da informao quantitativa estar na posse da equipa de avaliao, com base em

    elementosfornecidos

    pelos

    servios

    competentes

    do

    Ministrio

    da

    Educao.

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    A utilizao de um s dgito da classificao utilizada pelo Instituto Nacional deEstatsticasimplificariaarecolhadainformaosobreprofisses.

    Seria til ter uma escala contnua de classificaes nas provas do 4, 6, 9, semelhana do que acontece no 12 ano, de forma a permitir trabalhar com as

    mdias

    de

    classificao

    em

    vez

    de

    percentagem

    de

    positivas.

    Para os CEF e Cursos Profissionais, seria til a criao de indicadores de taxa deconcluso em n anos, em que n a durao do curso, taxa de prosseguimento de

    estudos e taxa de empregabilidade, quando aplicvel, no sentido de melhorar a

    informaoacercadodesempenhorelativodasescolasnestetipodeensino.

    necessriocalibrarosexamesnacionais,paraqueaclassificaonumdeterminadoanotenhaumvalorequivalentedeoutro.

    UmdosaspectostcnicosaresolverodaintegraodasbasesdedadosdaMISI,doGAVEedo

    JNE. Neste momento, e uma vez que as escolas no tm o mesmo cdigo identificativo nas

    diferentes bases de dados, necessrio um trabalho acrescido de mapeamento das bases de

    dados.

    Hquecaminharparaqueaunidadeestatsticasejaoalunoenoaescola,poisesta,eaindamais

    no caso dos agrupamentos, encerra em si realidades muito distintas. Para alm de modelos

    construdos com base no aluno e no na escola terem maior poder preditivo, interessa ter a

    possibilidadedeanalisarodesempenhorelativodaescolaparadiferentestiposdealunos.

    Seriaaindaimportanteestenderaanliseatodasasescolasdopas,incluindoasprivadas,deque

    tambm

    se

    recolhem

    dados.

    Assim,

    cobrirse

    ia

    toda

    a

    populao,

    possivelmente

    tornando

    os

    modelos aindamais robustosecommaiorpoderpreditivo,poraumentodonmerodeescolas

    consideradas, abrangendo um leque mais alargado de populao e de formas de organizao

    escolar.

    6.5.Questionriosdesatisfao

    Uma novidade do modelo proposto a utilizao de questionrios para avaliar os nveis de

    satisfao dos alunos, dos pais e encarregados de educao e dos trabalhadores da escola (ver

    modelos

    no

    Anexo

    3),

    assegurando

    uma

    audio

    mais

    alargada

    dos

    membros

    da

    comunidade

    educativa,nalinhadarecomendaodoCNE:

    O Conselhoprope o aprofundamento dosmecanismos de auscultao dos actoresmais

    directamente envolvidos, seja aperfeioando os mecanismos de escolha dos seus

    representantesnospainis,sejaatravsdemecanismosdeaferioalargadaesistemticada

    opiniodealunos,paiseprofessores(ex.:inquritos)[](Recomendaon.1/2011).

  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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  • 8/3/2019 AEE2_GT_2011_RELATORIO_FINAL

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    AVALIAO EXTERNAS DAS ESCOLAS NOVO CICLORelatrio final do Grupo de Trabalho

    50

    deincentivooudeintervenomaisincisiva,conformeassituaesespecficasdecadaescolaeas

    opesdatutela.

    Nestaperspectivadesequnciaedeconsequnciadaavaliaoexternaenalinhadasugestodo

    CNE

    no

    sentido

    de

    ser

    definida

    a

    obrigatoriedade

    de

    as

    escolas

    aprese