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PUB II Passeio de BTT e Caminhada MovingLand Decorreram no dia 26 de maio Teatro de Revista regressou ao Cineteatro Raimundo Magalhães Piscina Municipal de Vi la Meã necessita de obras de intervenção CULTURA SOCIEDADE DESPORTO AGUSTINA BESSA-LUÍS (1922-2019) Partiu o Génio - Ficou a Obra pág. 2 e 3 pág.6 pág.2 pág.3 Edição 223 • junho 2019 0.60€ Mensário Regional de Formação e Informação Diretor: Cidália Fernandes pág. 4 e 5

AGUSTINA BESSA-LUÍS (1922-2019) Partiu o Génio - Ficou a Obra · Agustina Bessa-Luís ses nórdicos, quem nasce ao domingo será capaz de prever o futuro. Não me agradaria ter

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Page 1: AGUSTINA BESSA-LUÍS (1922-2019) Partiu o Génio - Ficou a Obra · Agustina Bessa-Luís ses nórdicos, quem nasce ao domingo será capaz de prever o futuro. Não me agradaria ter

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II Passeio de BTT e Caminhada MovingLand Decorreramno dia 26 de maio

Teatro de Revista regressouao Cineteatro Raimundo Magalhães

Piscina Municipal de Vila Meãnecessita de obras de intervenção

CULTURA SOCIEDADE DESPORTO

AGUSTINA BESSA-LUÍS (1922-2019)

Partiu o Génio - Ficou a Obra pág. 2 e 3

pág.6pág.2 pág.3

Edição 223 • junho 2019 • 0.60€Mensário Regional de Formação e Informação

Diretor: Cidália Fernandes

pág. 4 e 5

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FICHA TÉCNICADiretor: Cidália Fernandes | Colaboradores: Maria Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Marta Sousa, Daniel Ribeiro, António José QueirozPropriedade: Associação Empresarial de Vila Meã | Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Tlf 255 735 050 | E-mail: [email protected] Registo no ICS: 123326 |Depósito Legal: 139555/99 | Tiragem média: 1.000 ex. | Impressão: Gráfica de Paredes (Paredes) | Preço de capa: 0,60 euros

O Estatuto Editorial pode ser visto em: https://jornalvilamea.pt/estatuto-editorial/

Em dia de aniversário festeja-se o aniversariante e para cada ano sopra-se uma vela. Desta vez, festejamos o aniversário de um jornal, que não sopra as vinte velas a que tinha direito, mas que se vale do bem maior da comunicação entre os homens: as palavras. E a verdade é que elas convivem com os homens há muito tempo e eles precisam delas para viver, para se relacionar com os outros. Elas fazem mover o mundo e mantêm viva a história da Hu-manidade. E também elas têm uma história.

O Homem sempre desejou registar os acontecimentos mais importantes da sua vida. Os primeiros registos pré-históricos foram encontrados nas paredes das cavernas e assi-nalavam algumas experiências da vida das pessoas, como, por exemplo, as caçadas. Eram símbolos pictográficos, associados aos objetos; usavam-se pincéis, feitos de pelos de ani-mais, ossos e já se usavam as cores. Com o evoluir dos tempos, foram-se descobrindo ou-tros materiais, como o metal, a cerâmica, as placas de argila, as folhas de palmeira e até os anéis de osso. O tempo conservou alguns segredos, mas o que é certo é que eles se desen-volveram e originaram a escrita, que passou a representar não só objetos, mas também ideias e sons.

Pensa-se que a escrita tenha surgido na Suméria, três a quatro mil anos antes do nas-cimento de Cristo, e porque era feita com o auxílio de objetos em formato de cunha cha-mava-se escrita cuneiforme; era também pictográfica, pois desenhava-se um objeto que representava uma ideia. Foi nos lajotes de argila que os sumérios registaram a sua história; serviam-se de estiletes ou de osso e escreviam na argila húmida que posteriormente era cozida. Cerca de dois mil antes do nascimento de Cristo já a técnica do papiro, feito a partir de uma folha vegetal, se encontrava extraordinariamente desenvolvida. E a escrita, ainda hoje conhecida, era a hieroglífica. Grande parte da história do Egipto foi legada à poste-ridade graças aos rolos de papiro encontrados nos túmulos. Posteriormente, os egípcios começaram a servir-se do pergaminho, da pele de animais, mais resistente, para escrever, mas só dois séculos antes da era cristã se começou a generalizar. Nesta viagem histórica, chegamos ao ano 105 depois de Cristo, na China. Atribui-se a invenção do papel a Ts’ai Lun, pois conhece-se a comunicação que fez ao Imperador Ho Ti sobre o processo de fabricação do papel, tendo como base a mistura de casca de árvores, cânhamo e redes de pesca. No en-tanto, só chegou à Europa no século XII. O papel, pouco a pouco, substituiu o pergaminho e para o processo foi necessário construir moinhos de papel. Estamos na Idade Média e te-mos de falar do importante contributo dos monges copistas, ou escribas, que se dedicavam à reprodução das obras. Durante muito tempo continuaram a fazê-lo no pergaminho; ado-taram o papel quando este começou a ser divulgado. Entretanto, um novo salto acontece: a invenção da imprensa. Ela surge também na China, onde aparecem os primeiros livros impressos, pensa-se por volta do ano 1000 e consistia na gravação em argila cozida ou em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro, (impressão tabulária); depois esses blocos eram mergulhados em tinta e o conteúdo era transferido para o papel. Surgiu tam-bém a impressão em caracteres móveis ou tipos separados, mais facilmente reutilizáveis. Na Europa, atribui-se a Gutenberg o desenvolvimento e aperfeiçoamento desta técnica, na Alemanha, entre 1440 e 1450. Os exemplares mais antigos de impressão, e que lhe são atribuídos, são um pequeno fragmento de um poema sibilino em alemão, conhecido como o “Fragmento do Julgamento do Mundo”, alguns pedaços de páginas de uma gramática latina e a Bíblia das 42-linhas. Depois foi evoluindo até aos nossos dias.

No século XVIII surgem novas técnicas ligadas à tipografia, que dão um novo incre-mento ao livro. Mas foi no século XIX que as novas invenções vieram melhorar o processo. A prensa mecânica com o rolo cilíndrico, onde o papel é pressionado sobre a matriz por um rolo, veio aumentar a tiragem. O papel, inicialmente feito com trapos, foi substituído pelo papel de pasta mecânica, usando-se a madeira, como matéria-prima. Por último, com a ajuda do linótipo, a máquina de compor, a montagem dos caracteres tornou-se mais rápida.

É uma longa história, como tiveram oportunidade de ler. Hoje, temos o texto digital, o jornal digital, presente em dispositivos eletrónicos. Especula-se sobre o futuro do texto, do jornal, do livro. E a ideia que prevalece é a de que ele, mais tarde ou mais cedo, vai desaparecer. Mas eu não quero acreditar. Quero continuar a homenagear o livro, o jornal, as palavras, que perdurarão para sempre e sempre desempenharão o seu papel de elo de ligação entre os homens.

Agustina Bessa-Luís partiu definitivamente, à procura das geresianas que ela consi-derava serem “o tempo original em que a alma convive com a eternidade”. Morrer, como dizia Fernando Pessoa, é apenas deixar de ser visto; Agustina não nos abandonou, pois continuamos acompanhados (talvez ainda mais) pelos seus livros, pelas suas ideias, pelas suas palavras de sabedoria.

Parabéns à Agustina, pelas palavras de verdade!Parabéns ao Jornal de Vila Meã, pela verdade das palavras!

Professora Cidália Fernandes

EDITORIAL

Felizes os que chegam a uma idade longa com as re-cordações dos primeiros anos. Porque nada melhor que a companhia dessas memórias douradas para nos fazer acreditar na imortalidade. Somos imortais pelo que recordamos e não pelo que vivemos.

Esta terra onde nasci é o melhor caminho para as minhas recordações. Daqui se parte para o lugar do Barral onde teve casa a minha família materna com cinco filhas, sendo uma delas Justina, minha avó de que bastante falei nos meus livros. Do lugar do Barral à casa do Paço era mau caminho, entre campos de milho e ribanceiras onde, no Verão, ha-via cachos de amoras. O lugar do Paço foi uma esco-la mais importante do que a das letras. A gente que lá vivia despertou em mim a expectativa pelo ex-traordinário. Eu ouvia as histórias como se fossem retratos do mundo ainda por descobrir e, naquele trono que era o preguiceiro, minhas tias falavam dos sete pecados mortais como se fossem gen-te viva e pronta a bater à porta. Não falavam com horror nem consentimento. E eu aprendi assim que não há senão fraquezas e pactos melancólicos com a tentação. Para ver que há beleza no mundo bastava descer até ao tanque, quem vai para a eira, e repa-rar que nasciam as primeiras tulipas. Bastava ver as ovelhas com os balidos mansos, ao entardecer, ou ver o leite acabado de mungir, tão branco e espumo-so como uma bebida espirituosa.

Tudo isso me fez escritora, tudo me caiu no co-ração como um sino de prata que não pára de tinir como se o vento o bulisse.

Vila Meã em dia de feira, com os ourives, os ven-dedores de leitões que de tão cor-de-rosa pareciam pintados, era para mim uma peregrinação, com mi-nha tia adiante segurando o guarda-sol preto e com aquele sorriso que lhe descobria um dente desacer-tado. Ela gostava de falar, falava sem parar ao sol de Agosto como se estivesse no parque mais fresco, no bosque de Viena pelo menos. Agora estou a pare-cer-me com ela, sou capaz de tomar o rumo duma conversa e não o largar, horas a fio. É extraordinário como temos em nós tantas heranças e vamos gas-tando uma e outras fazendo com que os nossos pa-rentes passem por nós, acenando ao passar.

Nasci, como sabem, numa casa aqui perto. Nas-ci num domingo, o que é bom presságio. Nos paí-

PARA VILA MEÃCULTURA

Agustina Bessa-Luís

ses nórdicos, quem nasce ao domingo será capaz de prever o futuro. Não me agradaria ter esse dom, porque adivinhar não é saber; sobretudo, perde-se a fantasia da curiosidade e da teia romanesca que é matéria do escritor.

A Sibila, essa sim, gostava de ser adivinha. Brin-cava a prever as coisas, raramente se enganava. Tinha orgulho nessa esperteza que alguns povos desenvolvem com a atenção de observar tudo o que os rodeia. Observam como quem colhe plantas para fazer medicina caseira; a tudo dão importância e tudo é mantido em sigilo que é a chave da persuasão.

Eu sinto grande vaidade na honra que me fazem hoje. Vaidade porque de algum modo a merecia; mas não tanto que me esqueça de devolver à minha terra o que a minha terra me deu – a realidade de que se alimenta a imaginação. Agradeço esta bonita festa e a todos que nela participaram. Que ela nos deixe a todos uma lembrança amável que se perpe-tuará na história que dela fizermos, mais dia, menos dia. Muito obrigada.

(Texto lido pela autora na homenagem

que Vila Meã lhe prestou - 4/1/2003)

TEATRO DE REVISTA REGRESSOUAO CINETEATRO RAIMUNDO MAGALHÃES

CULTURA

Foi no passado dia 18 de maio que o Teatro de Revista veio até Vila Meã, ao Cine Teatro Raimundo Magalhães, um local que já muitas peças rece-beu alusivas a esta temática, ao longo dos seus anos de existência.

A peça de teatro, dominada pela sátira social, teve início pelas 21:45, depois de abrir portas a um público composto e foi encenada pelo Grupo de Teatro Várzea – Ri-te.com. Tal como tinham prometido, fizeram soltar várias gargalhadas do público presente. Esta iniciativa contribuiu ainda para uma causa, com uma parte da receita a reverter para a Associação Ajuda Animais de Amarante.

Desta forma, o Projeto 1513 agradece a todos os que estiveram pre-sentes e aos parceiros desta iniciativa: a Associação de Beneficência de Vila Meã e a Associação Ajuda Animais de Amarante.

Esperamos que a cultura continue a ser celebrada com iniciativas des-te cariz!

Iniciativa promovida pela Associação de Jovens Projeto 1513

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 223 • junho 2019 • 3

A recuperação de ruas continua na freguesia, nomeadamente na Rua Pombalina e entre a Rua do Churrascal e a Rua dos Salgueirinhas. De acordo com as palavras do Presidente da Junta, Sr. Lino Macedo, “são ruas que estão a recuperar casas. Uma vez que os donos alar-gam a rua, nós tratamos de repavimentar o espaço.”

A Piscina Municipal de Vila Meã é um equi-pamento municipal muito utilizado pela po-pulação local e vizinha, pela excelência das suas instalações e pela sua variada oferta. A piscina é muito frequentada por pessoas de diferentes idades, pois oferece aulas diferen-ciadas, sendo também usada para a realização de aulas do clube de natação e de polo aquá-tico. Para melhorar as condições e garantir o bem-estar dos seus utentes, a piscina precisa de uma intervenção urgente.

O Grupo de Cavaquinhos de Vila Meã estará presente em Braga, numa iniciativa que cele-bra a cidade como a capital do cavaquinho. O festival realiza-se no dia 23 de junho e conta com o apoio da Junta de Freguesia de Vila Meã.

O Parque de Lazer do Odres já abriu a época balnear, no dia 26 de maio. O bar explo-rado pelo Grupo de Cantares e Danças de Santa Cruz de Riba Tâmega também reabriu no dia 2 de junho. É de salientar que a praia fluvial vai ter no-vos equipamentos, com a ins-talação de alguns chapéus de palha, colocados pela Junta de Freguesia de Vila Meã.

JUNTA DE FREGUESIADE VILA MEÃ CONTINUAA APOSTAR NA RECUPERAÇÃO DE ESTRADAS

PISCINA MUNICIPALDE VILA MEÃNECESSITA DE OBRASDE INTERVENÇÃO

CAVAQUINHOSDE VILA MEÃESTARÃO NO EVENTOBRAGA: CAPITALDO CAVAQUINHO

PARQUE DE LAZER DO ODRES JÁ INICIOU A ÉPOCA BALNEAR

SOCIEDADE SOCIEDADE CULTURA

SOCIEDADE

CADERNO DE APONTAMENTOS

ANTÓNIO JOSÉ QUEIROZ

2003, data da inesquecível homenagem que Vila Meã prestou à genial escritora, por inicia-tiva da ANTO (Associação dos Amigos de An-tónio Nobre).

Não posso, porém, deixar de invocar no-vamente um livro de Agustina (“O Manto”), recuperando daí uma frase que na altura da re-ferida homenagem citei: “Eis como se termina um livro – deixando sempre alguma coisa por dizer”. Direi, pois, alguma coisa mais sobre a nossa ilustre conterrânea em momento menos emotivo. Porque muito ficou por dizer das suas ligações afectivas (e efectivas) a Vila Meã, que Agustina não quis deixar de vincar em páginas imorredouras.

Essa aproximação à terra que nos é comum aconteceu quando a parte mais significativa

OBRIGADO, AGUSTINA

da sua obra literária estava já publicada. Muita água correra debaixo das pontes do Rio Douro, muita tinta gastara já Agustina, em letra uni-forme e miudinha, em incontáveis folhas de papel. E de repente, por força de um inesperado convite, de que tive a honra de ser mensagei-ro, eis que a lembrança mais recôndita da sua tenra infância lhe suscita o irrefragável desejo de um regresso ao paraíso que julgava perdido para sempre no mais fundo da sua memória. Vila Meã ocupava finalmente, a céu aberto, o espaço que estava discretamente aconchegado na sua alma. Agustina passava a viver, defini-tivamente, no coração dos seus agradecidos e orgulhosos conterrâneos.

Vila Meã, 4/6/2019

À hora a que começo a escrever este texto, de-verão já ter terminado as cerimónias fúnebres de Agustina Bessa-Luís no cemitério de Peso da Régua. Ontem e hoje – a propósito do triste desenlace que há muito se anunciava – o pal-co foi dos políticos e de outros “notáveis” (das Letras e não só). Todos tinham coisas a dizer. Até mesmo quem nada sabia do que Agustina escreveu. O pó, porém, não tardará a assentar. Quando isso suceder, Agustina passará a con-tar apenas e tão-só com aqueles que sempre lhe foram fiéis: os seus leitores.

Não é esta, pois, a hora de semear palavras à toa sobre alguém que, em prosa, as cultivou como ninguém em Portugal nos últimos 100 anos. Por isso não me quero alongar. Nem pre-tendo repetir o que disse no dia 4 de Janeiro de

O G.D.R. Travanca foi campeão da 2ª Divisão dos campeonatos da FADA e consequente-mente subiu à 1ª Divisão da mesma.

No próximo dia 8 de junho de 2019 haverá uma gala/jantar, durante a qual serão entre-gues a taça e as medalhas aos campeões. O presidente da junta de freguesia de Travanca, Sr. Fernando Cunha, apela aos sócios e amigos do clube para participarem neste jantar, bas-tando contactar um elemento da direção para fazer a sua marcação.

A Junta de Freguesia de Travanca felici-ta os jogadores, treinadores, direção, sócios, amigos e o povo de Travanca pelo feito alcan-çado pelo clube da nossa terra.

Força G.D.R. de Travanca!

G.D.R. TRAVANCAFOI CAMPEÃODA 2ª DIVISÃODOS CAMPEONATOSDA FADA

DESPORTO

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4 • junho 2019 • Edição 223 • JORNAL DE VILA MEÃ

Criado a 19 de junho de 1999, o Jornal de Vila Meã celebra 20 anos de existência. Este meio de comunicação social constituiu, desde a primeira hora, uma mais-valia para a divulgação do que se faz na nossa terra e nas freguesias vizinhas. Constitui também um espaço de memória do que se foi realizando e praticando ao longo destes anos. Para melhor se compreender como o jornal foi criado, e qual a sua dinâmica, no passado e no presente, perspetivando-a também nos tempos que se avizinham, falamos com a atual Diretora, Professora Cidália Fernandes, com o Dr. António José Queiroz, um dos responsáveis pela sua criação, e com a Dra. Rosário Meneses, responsável pela sua coordenação e desenvolvimento.

DIA 19 DE JUNHO, O JORNAL DE VILA MEÃCELEBRA 20 ANOS DE EXISTÊNCIA

PROFESSORA CIDÁLIA FERNANDES, Diretora do Jornal de Vila Meã

DR. ANTÓNIO JOSÉ QUEIROZFundador do Jornal de Vila Meã

Jornal de Vila Meã - Há quanto tempo integra o Jornal de Vila Meã?

Cidália Fernandes – Integro o Jornal há cerca de ano e meio. JVM - Como surgiu o convite para a direção?

CF – Surgiu assim muito de repente, foi uma surpresa para mim. O Presidente da Dire-ção da AEVM, Geraldino Oliveira, veio um dia

Jornal de Vila Meã- Em que circunstâncias foi fundado o Jornal de Vila Meã?

António José Queiroz – O jornal fundou--se em junho de 1999, na sequência de um movimento que tinha sido criado em Vila Meã alguns meses antes, a Associação Cívica para a Criação do Concelho de Vila Meã. Fui, durante dez anos, presidente da direção desta Associação. Desde a primeira hora conside-rei importante haver um órgão que pudesse

mais o que se passa na região. É preciso falar de tudo e de todos.JVM - Que projeções faz para o Jornal num futuro próximo?

CF – Acima de tudo, o jornal é uma janela aberta; só a fecha quem quiser. Nós só espera-mos que as pessoas colaborem, que enviem no-tícias, que sejam participativas, que sejam crí-ticas também, mas no sentido de orientar este percurso, para o bom caminho, porque criticar apenas por criticar e continuar de braços cru-zados não é a melhor forma de agir. Nós pre-cisamos de participantes, precisamos que as pessoas intervenham no jornal, que comuni-quem. Se os leitores querem ver as suas coisas divulgadas, têm de se aproximar e vir até nós, porque o Jornal não tem pernas curtas, isto é, serão mais longas se os leitores o permitirem;

não foge à regra. Pode informar mais ou me-nos, conforme as circunstâncias, porque isso depende de muitas coisas, não depende só de quem está à frente do jornal; depende tam-bém da própria sociedade civil para quem ele, afinal, se dirige. Isto é, o jornal não é só de quem faz o jornal; é também, e essencialmen-te, dos leitores.

Nós vivemos num tempo em que os lei-tores podem e devem intervir: devem colocar questões, devem colocar problemas e o jornal também deve ir à procura dessas questões e desses problemas, levando à sociedade aquilo que efetivamente interessa à sociedade. Um jornal acaba sempre por cumprir a sua tarefa. Se o não fizer não sobrevive. É claro que po-de-se sempre fazer melhor. Mas isso depende do tempo e das circunstâncias do tempo em que se vive. Porque nós sabemos hoje, num tempo em que é dominado pelo digital, que é extremamente difícil manter um jornal. Muitos dos jornais tradicionais, em papel, acabarão por desaparecer. O que não signifi-

nós vamos onde eles quiserem que vamos.

JVM - Que mensagem gostaria de deixar aos leitores do Jornal de Vila Meã, no âmbito dos seus vinte anos?

CF – Venham até nós, porque o Jornal é de todos, é do grande, é do pequeno, é das gran-des empresas, é das pequenas empresas, é dos estudantes, é dos jovens, é dos mais idosos, é de todas as associações. Os eventos que acon-tecem na nossa região devem ser divulgados, mas não é fácil aceder a todas as notícias. Cada associação ou organização deve eleger um ele-mento, talvez, para criar fios de ligação com o jornal, porque o jornal não adivinha tudo. Acho que tem feito um trabalho extraordiná-rio, com altos e baixos, como é evidente, mas tem desempenhado o grande papel que é o de chegar à comunidade.

ca que desapareçam do convívio dos leitores, porque poderão chegar-lhes por outras vias. Curiosamente, acho que os jornais locais se-rão aqueles que não vão desaparecer em pa-pel. Espero que isso não aconteça, porque as questões locais são aquelas que interessam primeiro às comunidades e o seu registo em papel é fundamental, porque há um contacto

“físico” muito importante estabelecido com os leitores.

JVM - Que mensagem gostaria de deixar, aos leitores do Jornal de Vila Meã, no âmbito dos seus vinte anos?

AJQ - A mensagem é muito simples: que continuem a ler o Jornal de Vila Meã, con-tinuem a levantar questões. Julgo que os empresários da região de Vila Meã têm um papel fundamental, que é também um dever de cidadania: através da publicidade às suas empresas contribuirem para que este jornal possa existir durante longos e bons anos.

a minha casa porque precisava de falar comigo. Uma vez que ele fora já meu aluno, pensei que fosse um assunto relacionado com os meus li-vros, mas era um convite para assumir a dire-ção do Jornal de Vila Meã. E eu aceitei.

JVM - Como tem sido esta experiência? CF- Enriquecedora e profícua. Por vezes,

não é fácil conseguir gerir o tempo, porque te-mos um timing para fazer o editorial e para re-ver o jornal; mas quando se trabalha por gosto, não cansa, como se costuma dizer. É sempre uma aprendizagem, porque eu própria passei a conhecer muito melhor o sítio onde moro há algum tempo. Eu já vivi em Vila Meã durante nove anos, depois deixei, com a família; ago-ra regressei. Ser diretora de um jornal permi-te-me estar mais perto das pessoas, conhecer

informar e aproximar as pessoas das nossas intenções e das nossas propostas. Foi nesse contexto que se criou o Jornal de Vila Meã.

JVM - Que papel desempenhou primeira-mente o professor António Queiroz?

AJQ – O primeiro diretor foi meu irmão, Joaquim R. Monteiro de Queiroz. A supervi-são do jornal, porém, ficara a meu cargo. A partir do sexto número, altura em que o meu irmão deixou essas funções, assumi também o cargo de diretor, que exerci durante quatro anos: de dezembro de 1999 a dezembro de 2003.

JVM - Vinte anos depois, o Jornal atingiu o patamar que previam inicialmente ou existe ainda um caminho a ser percorrido?

AJQ – O rumo deste jornal, como de ou-tros, é sempre o mesmo: chegar aos leitores, às pessoas, levar-lhes informação. Em suma: formar e informar. Penso que é esse o obje-tivo de qualquer jornal. O Jornal de Vila Meã

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 223 • junho 2019 • 5

LEITORES

DRA. ROSÁRIO MENESESCoordenação e Desenvolvimento

do Jornal de Vila Meã VIRGÍNIA TEIXEIRACasa das Ferragens

Vila Meã

MANUEL QUEIRÓSBarbearia Queirós

Amarante

FRANCISCO MONTEIROMercearia da Rua

Amarante

Jornal de Vila Meã - O Jornal de Vila Meã está na tutela da Associação Empresarial há quanto tempo?

Rosário Meneses – O Jornal de Vila Meã está sob a alçada da Associação Empresarial de Vila Meã desde 2005. Já são catorze anos e nós não nos damos conta do tempo passar. Por acaso, como este ano estamos a fazer uma retrospetiva da Associação Empresarial de Vila Meã, percebemos que o jornal e a as-sociação, em termos temporais, têm quase a mesma idade.

JVM - Como tem sido este desafio, à fren-te dos interesses do Jornal, ao longo destes anos?

RM – Tem sido complicado, tem sido uma luta. Eu não tinha qualquer experiência enquanto profissional, assim como a AEVM. Foi-se ganhando com muitos treinos, expe-riências, resistência e ingenuidade. A nossa vontade foi sempre manter vivo um projeto que nos tinha sido transmitido. Essa situação, o facto de terem confiado em nós, enquanto entidade, em 2005, criou-nos a responsabili-dade de continuar este projeto.

Por vezes, sentimo-nos completamente sós. Em alguns momentos, parece que somos nós contra o “mundo”. O Jornal existe porque teve uma gestão muito firme. Porque resistiu inúmeras vezes aos “egos”. Porque colocou sempre a sensatez, coerência e sentido de jus-tiça, na hora de decidir.

Tanta vezes nos apeteceu “castigar” pes-soas e “entidades” completamente irrespon-sáveis na hora de colocar “suspeitas” em cima do nosso trabalho. Imagine-se! Só porque não se coloca a notícia da pessoa, ou entidade no jornal, pessoas que não dão absolutamente nada a este jornal, mesmo quando poderiam.

Este jornal, desde há 14 anos é essencial-mente o resultado do trabalho da AEVM, dos seus colaboradores (Delfina Carvalho, Marta Sousa, Daniel Ribeiro, Profª Cidália Fernan-des) da sua direção. Colaboradores que neces-sitam como todos os outros, de trabalhar para viver. É um projeto colectivo. Resulta da con-victa opinião que sem jornais não somos um país democrático. E há muita gente que não quer um país democrático. Estes colaborado-res procuram conteúdos, tentam mobilizar apoios financeiros e distribuem porta a porta.

O jornal, sublinho, é privado, de uma entidade privada que disponibiliza os seus

distribuidor, é um “faz tudo”: edita, desenha, pagina, filma. Ou seja, uma pessoa com muita noção do que é o jornalismo regional e conta-to com a comunidade. O Daniel refere que o jornal é acarinhado pelas pessoas. Surpreen-dentemente, as pessoas páram os seus carros na rua para pedir o Jornal de Vila Meã. Isso tem-nos surpreendido, porque, realmente, notamos esse carinho pelo jornal, que desa-parece dos locais em que é distribuído. Nós distribuímos em locais estratégicos e ele sim-plesmente desaparece. Houve situações em que quase não tínhamos jornais para guardar em arquivo, sinal de que tem tido uma grande recetividade.

JVM - Que mensagem gostaria de deixar, aos leitores do Jornal de Vila Meã, no âmbito dos seus vinte anos?

RM – Gostaria de dizer que o jornal conti-nua a ter a mesma perspetiva de sempre, que é um jornal da comunidade, das pessoas. Por vezes, nós não colocamos as notícias todas, porque não temos os recursos para estar pre-sentes nos eventos que são importantes para as pessoas da terra. Pedimos que nos enviem as informações e que nos ajudem a manter o jornal vivo, é sempre uma perspetiva que se mantém em termos de história, que mais nin-guém cuida e coloca a circular.

Gostaria também de fazer um apelo: que todas as instituições, sejam as empresas que participam e que não participam na AEVM, as entidades, as juntas, que todos entendam o que é este trabalho. Também aos particulares, àqueles que consideram importante a exis-tência do jornal local, da sua terra. Entendam que ele não existe, porque sim! Ele só poderá continuar com meios. É colocado gratuita-mente a circular, a falar de Vila Meã (quando falamos de Vila Meã, não é só a freguesia), contribuam com donativos para continuar com a missão que tem tido.

Só podemos colocar notícias se nos apoiarem, os custos são muitos! Quando há orçamento para divulgação, promoção, o Jor-nal deverá ser considerado.

Porquê? Porque divulga de uma forma po-sitiva o que melhor se faz por cá. Resiste, está cá, faz história e, penso, merece a vossa con-fiança! Afinal, já temos 20 anos.

Há entidades públicas e privadas que per-ceberam isso e nos apoiam há anos, nomea-damente: a Junta de freguesia de Vila Meã e a Câmara Municipal de Amarante, bem como empresas: todas as da direção da AEVM. No entanto, não é suficiente para fazer chegar, gratuitamente, o jornal às pessoas..

O jornal quer melhorar, tem vários proje-tos. Quer chegar com outro tipo de serviços de comunicação complementares, responder às exigências deste tempo, sempre com a mes-ma linha de coerência e proximidade. Falar de si, do que faz, de uma forma sincera, com o devido cuidado.

recursos técnicos e financeiros próprios. Per-mite, mensalmente, a visibilidade de muitas instituições, das suas iniciativas, que de outra forma, não a teriam. Não, tão assiduamente, gratuitamente.

A Associação Empresarial de Vila Meã, com o seu jornal, tem estado não só junto de empresas, mas junto da sociedade civil, inú-meras vezes. Em todos e posso dizer mesmo em todos, os momentos mais marcantes de Vila Meã, nestes últimos anos.

Lembro-me, entre outros, por exemplo, do mediatismo colocado em torno do Exter-nato de Vila Meã, quando se retirou o contra-to de Associação. Quem mobilizou os jornais, as pessoas, os conteúdos? Foi o Jornal de Vila Meã, da AEVM. Naquele momento mais do que pensar em ensino público ou privado era importante manter as pessoas, as famílias, na terra, porque senão as pessoas vão e não vol-tam. A Economia para.

Não me lembro de nenhuma instituição que tenha realizado este papel de uma forma tão presente.

Vila Meã, Travanca, Mancelos seriam muito menos conhecidos no concelho sem Jornal, porque não é possível, actualmente, os jornais regionais de outras terras estarem cá assiduamente.

Quando, por vezes assisto a críticas, mui-to menos ultimamente, de que deveríamos estar aqui ou acolá, ou que deveríamos co-locar mais destaque a esta ou àquela notícia, eu pergunto: mas porque razão deveríamos? Que contributos trouxe aquela pessoa, enti-dade, para a existência deste meio?

A realidade é que as pessoas mais do que nunca querem reconhecimento do seu traba-lho, das suas vidas. (Veja-se a autopromoção constante nas redes sociais, que não passa pelo crivo de ninguém, não é ninguém a ava-liar, são os próprios. Avaliam-se com Muito Bom, extraordinário, fantástico, a si mes-mos!). É tudo muito efémero, depressa são substituídos por outros, mais bonitos, jovens, com um design e marketing mais agressivo e espectacular. E, onde está a mensagem, o re-gisto, a marca, a história? Foi-se…

Foi um trajeto difícil mas, apesar das cir-cunstâncias, considero ser mais fácil agora. É interessante, porque estamos numa época de crise de jornais. O que nós entendemos per-feitamente. Mas temos percebido que tem havido mais gente interessada em participar e isso traz-nos esperança nesse sentido.

JVM - Que representatividade tem o Jornal para a região e para a comunidade local?

RM – Toda a gente sabe que há um jornal em Vila Meã.Temos percebido cada vez mais, que o jornal tem muito peso junto da comuni-dade. No contacto direto, na distribuição, rea-lizada pelo nosso colega Daniel Ribeiro. Aqui aproveito para sublinhar o trabalho extraor-dinário deste elemento, que não é apenas o

“Quando o jornal sai, as pessoas querem ver

para saberem realmente o que se passa aqui em

Vila Meã. Para mim, em geral, todos os conteúdos

parecem bem estruturados e importantes.”

“Acho o jornal de Vila Meã importante para a nossa

terra porque é como as ruas, há ruas pequenas e grandes

e todas juntas constroem uma freguesia e todas

devem ser mencionadas para conhecimento geral

da população e de gerações futuras.”

“O jornal é importante, porque, além da leitura, é sempre interessante ter

divulgações da comunidade local, principalmente na área da cultura local e

regional.”

PRÁTICA EM CONTEXTO DE TRABALHOCULTURA

Formandos da Capacitação para Inclusão promovem atividades no Centro de Dia do Centro Social e Paroquial do Divino Salvador de Real.

Integrado no Percurso: Competências Sociais e Profissionais no Serviço de Apoio à Comu-nidade, no âmbito do programa “Capacitação para a Inclusão”, desenvolvido pela Associa-ção Partilhiniciativa, em Vila Meã, os forman-dos realizaram, nos passados dias 16 e 17 de maio, a formação prática em contexto de tra-

balho, no Centro Social e Paroquial do Divino Salvador de Real.

Durante estes dois dias, promoveram ati-vidades com os idosos do centro de dia – Jogos, Cânticos e Dança, que lhes permitiu pôr em prática os conhecimentos adquiridos em ao longo da formação.

A Associação Partilhiniciativa aproveita para agradecer a disponibilidade demonstrada pelo Centro Social e Paroquial do Divino Salvador de Real, em acolher estes formandos.

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6 • junho 2019 • Edição 223 • JORNAL DE VILA MEÃ

Depois do sucesso do I Passeio BTT Movingland, realizado em 2018, a MovingLand decidiu apli-car de novo esta iniciativa, no passado dia 26 de maio.

Houve lugar para um passeio de BTT, sem cariz competitivo, que deu a conhecer aos parti-cipantes as paisagens do Vale do Odres, abran-gendo freguesias do concelho de Amarante e de concelhos vizinhos. O ponto de partida e de che-gada foi o Mosteiro de Travanca.

A caminhada MovingLand “Por Terras de Acácio Lino” de dificuldade média/baixa foi de-dicada a Acácio Lino, um vulto da cultura ama-rantina, natural de Travanca, contemplando uma visita à Casa-Museu com o mesmo nome.

Para melhor percebermos a dinâmica deste evento e como foi organizado, o Jornal de Vila Meã esteve à conversa com o Sr. José Duarte da MovingLand e com o Presidente da Junta de Tra-vanca, Sr. Fernando Cunha.

José DuarteMovingland

Jornal de Vila Meã – De que forma foi organi-zada a caminhada?

José Duarte - A MovingLand tem como objetivos principais a promoção de hábitos de vida saudável e a promoção cultural e econó-mica da região do Vale do Odres. Depois de, no ano de 2018, termos centrado o nosso passeio BTT + Caminhada em Vila Meã, este ano cen-tramos essas mesmas atividades na Freguesia de Travanca.

Depois de definida a base, fomos para o terreno, nos meses de janeiro/fevereiro, perce-ber quais as melhores alternativas para a rea-lização da caminhada, tendo sempre por base a originalidade e beleza/interesse dos locais por onde levaríamos os participantes.

Os meses seguintes foram dedicados à

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II PASSEIO DE BTT E CAMINHADA MOVINGLAND DECORRERAM NO DIA 26 DE MAIO Evento aconteceu na freguesia de Travanca

promoção e à agilização de apoios para a rea-lização da caminhada, bem como à limpeza de alguns dos trilhos que, apesar de serem cami-nhos antigos, se encontravam cobertos pela vegetação.

JVM – Que perspetiva fazem da adesão do público à atividade?

JD - A adesão da comunidade local à cami-nhada foi algo que ultrapassou todas as nossas melhores expetativas. Tínhamos com referên-cia as cerca de 120 pessoas que participaram na I Caminhada MovingLand, em maio de 2018. Havia a expetativa de dobrar esse núme-ro e a realidade é que podemos dizer que tri-plicamos. A afluência foi tão grande que, por questões de organização, logística e também segurança, fomos obrigados a encerrar as ins-crições na quinta-feira antes do evento. Apro-veito para mandar um enorme OBRIGADO a todos os participantes e um pedido de descul-pas aos que já não se conseguiram inscrever. Estamos a trabalhar no sentido de evitar essas situações futuramente.

JVM – Quem foram os parceiros desta ativi-dade?

JD - Sendo a caminhada “Por terras de Acácio Lino” uma organização conjunta com o II Passeio BTT Movingland, é difícil separar os apoios de uma e de outra.

Além de cerca de 60 pessoas que estive-ram envolvidas nos dois eventos, aos quais gostaria de agradecer publicamente, os nossos apoios, podem ser consultados em: https://www.movingland.pt/index.php/apoios/

Fernando CunhaPresidente da Junta de Travanca

Jornal de Vila Meã - A junta de freguesia foi uma parceria da MovingLand para a realiza-ção desta iniciativa?

Fernando Cunha - A Junta de Freguesia de Travanca foi um dos parceiros da MovingLand na realização do II passeio BTT e a Caminhada por Terras de Acácio Lino. Quando no início do ano fomos abordados para que esta ativi-dade se realizasse no Mosteiro de Travanca

mostramos desde logo toda a disponibilidade e apoio para a sua concretização. Esta ativida-de foi, é e será uma oportunidade desta região mostrar o que de melhor tem para dar a quem nos visita; todos temos que nos unir indepen-dentemente do lugar onde a mesma se realiza num determinado momento ou ano.

JVM - A população aderiu a esta iniciativa?FC - A população de Travanca aderiu com

grande força e entusiasmo à caminhada, mas não só na caminhada houve essa participação, também na abertura dos trilhos se notou esse envolvimento, autorizando a passagem, dan-do sugestões e até colaborando na sua limpeza.

JVM - Que contributos esta atividade trouxe para a freguesia?

FC – Esta atividade em primeiro lugar foi uma afirmação e uma responsabilidade para a MovingLand.

Para a freguesia foi uma oportunidade de mais uma vez mostrar um pouco do nos-so património edificado, de que fazem parte o mosteiro do Salvador de Travanca e a casa Museu Acácio Lino. Os caminheiros tiveram a oportunidade de estar nos claustros do mos-teiro onde foi servido o almoço, puderam visi-tar a igreja matriz e aí desfrutar da sua beleza arquitetónica única, e na casa Museu Acácio Lino visitar os jardins da mesma e desfruta-rem da beleza de algumas das obras do mestre Acácio Lino aí expostas.

No património natural, todos os que par-ticiparam nesta caminhada ficaram mais enriquecidos. Para os da freguesia, foi uma oportunidade de recordar sítios onde já não se passava há muito tempo e de conhecer outros que apesar de viverem cá não conheciam. Para os que vieram de fora, foi uma oportunidade de percorrem trilhos de grande beleza.

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 223 • junho 2019 • 7

DISTRIBUIÇÃO | JORNAL DE VILA MEÃ

VILA MEÃ

Sede da Junta

Café VillaSalão Andreia BessaLoja dos 300Pastelaria EstrelaCafé Pozzi Café Art de RuaPizzaria ModernaCafé Sem StressRestaurante o CaisRestaurante XandocaCafé Convívio ao lado da GNRBiblioteca CaféCasa do PortoPontapé de Saída - Largo da Feira

Loja dos 300 ao lado da GNRBiblioteca de Vila MeãCafé Santa RitaPizzaria Cruz RealRestaurante RodriguesCasa do BenficaCafé Estádio - PrédioPastelaria ao lado do EstádioCafé Atletico Club de Vila MeãCafé VilameanenseCafé BelinhaCafé SampaioEspaço 7Café MigueisCafé St. AntónioCineTeatro Raimundo Magalhães

MANCELOSSede da JuntaPastelaria Arca de ÁguaCafé Ventura 2Churrasqueira O CantinhoCafé Benvinda e RolandaPastelaria MilleniumCafé MosteiroCafé CentralAdega Regional NogueirinhasCafé XicoTasquinha de PidreCafé Sully - ManhufeToca da Raposa - PidreCafé Central PidreCafé Lusco Fusco - PidreCafé Lucas - Pidre

Café EscorpiãoCafé Luxemburgo

TRAVANCASede da JuntaRestaurante O FuturoRestaurante Ti’AnaCafé O LeãoCasa LemosCafé CoelhoCafé ForneloCafé PintoEstrada RealCafé GonçalvesMoreira e MoreiraCafé Sto. IldefonsoCafé 100%

Café Belos AresCafé Moderna 2

VILA CAIZSede da JuntaAgoeiroBelo HorizonteCafé EmigranteCafé Live CaféPastelaria A MotinhaChurrasqueira CentralPão Quente São Miguel

LOUREDOSede da JuntaCafé Boa ViagemCafé Panorama

Pastelaria Bem Estar

FREGIMSede da JuntaCafé Bom GostoRestaurante AmarantinhoCafé Cala o BicoPastelaria NascenteCafé dos MaltesesCafé do Arrebenta

AMARANTECâmara Municipal de AmaranteBiblioteca Municipal Albano SardoeiraCafé Bar S. GonçaloCafé PardalCafé Principe

Pastelaria SearaCafé Praça dos Táxis - St. LuziaTasquinha da EstaçãoChurrasqueira Machado 2Café Pardal - FinançasCafé O MoinhoCafé O Moinho ArquinhoCafé & Duas de LetraSurviariaRestaurante AviãoRestaurante ReisPastelaria Lailai

A.C. VILA MEÃ RESULTADOS MAIO

SÉNIORES

JUNIORES

JUVENIS

INICIADOS

INFANTIS

SUB 12

05/05/2019

A.C. VILA MEÃ 4-0 F.C. VILARINHO

04/05/2019

I.S.C. SOBREIRENSE 4-6 A.C. VILA MEÃ

11/05/2019

A.C. VILA MEÃ 3-0 A.D. FREIXO DE CIMA

18/05/2019

U.D. VALONGUENSE 0-2 A.C. VILA MEÃ

01/05/2019

A.C. VILA MEÃ 2-1 REBORDOSA A.C.

05/05/2019

S.C. FREAMUNDE 1-2 A.C. VILA MEÃ

19/05/2019

A.C. VILA MEÃ 6-0 A.J. LAMOS

25/05/2019

ALIANÇA F.C. GANDRA 1-2 A.C. VILA MEÃ

01/05/2019

A.C. VILA MEÃ 2-3 A.D. CONSTANCE

05/05/2019

LOMBA S.C. AMARANTE 6-0 A.C. VILA MEÃ

12/05/2019

A.C. VILA MEÃ 0-1 A.R. TUÍAS

19/05/2019

A.R.C. S. LOURENÇO DOURO 0-1 A.C. VILA MEÃ

26/05/2019

A.C. VILA MEÃ 1-0 A.D. FREIXO DE CIMA

04/05/2019

A.C. VILA MEÃ 3-3 G.R.D. RANS

11/05/2019

LOMBA S.C. AMARANTE 1-6 A.C. VILA MEÃ

18/05/2019

A.C. VILA MEÃ 5-0 A.R. TUÍAS

25/05/2019

G.D. LIVRAÇÃO 6-0 A.C. VILA MEÃ

01/05/2019

A.C. VILA MEÃ 3-7 U.D. LAVRENSE

04/05/2019

S.C. CRUZ 2-5 A.C. VILA MEÃ

11/05/2019

A.C. VILA MEÃ 4-1 LEÇA F.C.

25/05/2019

GENS S.C. 3-5 A.C. VILA MEÃ

DESPORTO

CINECLUBE DE AMAR ANTE

JUNHO 2019

ATIVIDADES | JUNHO

• DIA 08 .GALA DOS CAMPEÕES GDR TRAVANCA Restaurante “O Futuro” | 20h30m

• DIA 09 .HOMENAGEM A AGUSTINA BESSA-LUÍS FREGUESIA DE TRAVANCA Igreja do Mosteiro de Travanca | 08h15m

• DIA 09 .TAÇA CIDADE DE AMARANTE F.A.D.A. Estádio Municipal de Amarante | 16h00m

• DIA 09 . TRÓFEU NORTE - SUPERCROSS FREGIM “OS MALTESES” Crossódromo de Fregim, Rua da mó | 10h às 18h

• DIA 12-14 . ENCONTRO DESPORTIVO E CULTURAL “OS MALTESES” Agrupamento de Escolas Amadeo de Souza-Cardoso

• DIA 14-16 . UVVA (UNIVERSO DO VINHO VERDE AMARANTE) MUNICÍPIO DE AMARANTE Praça da República, 4600-758 Amarante

• DIA 15 . VII PASSEIO MOTORIZADAS E MOTOS BV DE VILA MEÃ Av dos Bombeiros, 4605-042 Vila Meã | 13h30 às 23h

• DIA 22 .PASSEIO CONVÍVIO VILA CAIZ JUNTA DE FREGUESIA DE VILA CAIZ Junta de Freguesia de Vila Caiz

• DIA 22 .MEGA AULA DE ZUMBA COM ESPUMA BV DE VILA MEÃ Av dos Bombeiros, 4605-042 Vila Meã | 21h às 24h

• DIA 22 .V FESTIVAL INTERNACIONAL DE GUITARRA DE AMARANTE

CENTRO CULTURAL DE AMARANTE (CCA) Centro Cultural de Amarante | 09h às 23h

CONSELHO PAROQUIAL PARA OS ASSUNTOS ECONÓMICOS

Fábrica da Igreja de São Pedro de Ataíde - Vila Meã

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A Comissão de Fábrica da Paróquia de Ataíde informa que irá proceder á venda de imóvel e

terreno, vulgo “Casa dos Pobres“ sitos no Lugar de Pinheiro , 4605 – 003 Vila Meã.

O imóvel tem como área total 209 M2, com área coberta de 60 M2 e área descoberta de 149 M2,

sendo considerado artigo urbano.O valor base de venda será de 40.000.00 €

(quarenta mil euro) e as propostas devem ser apresentadas até ao próximo dia 01/07/2019 em carta fechada, entregue no Cartório Inter-Paro-

quial da Paróquia de Real – Vila Meã, ou através de correio, endereçado ao Cartório Inter-Paroquial -

Apartado 47, 4605 – 909 Vila Meã AMT.A análise das propostas recebidas será efectuada em 02/07/2019, sendo informado o detentor da

proposta vencedora no prazo de 3 (três) dias úteis.

São Pedro de Ataíde – Vila Meã, 25 Maio 2019

Pelo Conselho de Fábrica da Paróquia de São Pedro de Ataide

O Presidente

(Pe. António Jorge Correia de Oliveira)

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