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Entrega de poemas nos estabelecimentos situados perto da Escola e a comunidade educativa, no decorrer da Semana da Leitura.

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  • A palavra mgica

    Certa palavra dorme na sombra

    de um livro raro.

    Como desencant-la?

    a senha da vida

    a senha do mundo.

    Vou procur-la.

    Vou procur-la a vida inteira

    no mundo todo.

    Se tarda o encontro, se no a

    encontro,

    no desanimo,

    procuro sempre.

    Procuro sempre, e minha procura

    ficar sendo

    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A palavra mgica

    Certa palavra dorme na sombra

    de um livro raro.

    Como desencant-la?

    a senha da vida

    a senha do mundo.

    Vou procur-la.

    Vou procur-la a vida inteira

    no mundo todo.

    Se tarda o encontro, se no a

    encontro,

    no desanimo,

    procuro sempre.

    Procuro sempre, e minha procura

    ficar sendo

    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A palavra mgica

    Certa palavra dorme na sombra

    de um livro raro.

    Como desencant-la?

    a senha da vida

    a senha do mundo.

    Vou procur-la.

    Vou procur-la a vida inteira

    no mundo todo.

    Se tarda o encontro, se no a

    encontro,

    no desanimo,

    procuro sempre.

    Procuro sempre, e minha procura

    ficar sendo

    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A palavra mgica

    Certa palavra dorme na sombra

    de um livro raro.

    Como desencant-la?

    a senha da vida

    a senha do mundo.

    Vou procur-la.

    Vou procur-la a vida inteira

    no mundo todo.

    Se tarda o encontro, se no a

    encontro,

    no desanimo,

    procuro sempre.

    Procuro sempre, e minha procura

    ficar sendo

    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A palavra mgica

    Certa palavra dorme na sombra

    de um livro raro.

    Como desencant-la?

    a senha da vida

    a senha do mundo.

    Vou procur-la.

    Vou procur-la a vida inteira

    no mundo todo.

    Se tarda o encontro, se no a

    encontro,

    no desanimo,

    procuro sempre.

    Procuro sempre, e minha procura

    ficar sendo

    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

  • As palavras

    As palavras

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras?

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    As palavras

    As palavras

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras?

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    As palavras

    As palavras

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras?

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    As palavras

    As palavras

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras?

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    As palavras

    As palavras

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras?

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

  • As palavras!

    bom brincar com as palavras!

    Construir frases coloridas de aromas

    e sons!

    E, com as mesmas,

    Desbravar horizontes infindos de

    iluso.

    Horizontes que,

    Mesmo se os alcanar

    Nos fazem felizes,

    Somente, porque nos permitido

    Sonhar!

    Lus Ferreira Oliveira

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    As palavras!

    bom brincar com as palavras!

    Construir frases coloridas de aromas

    e sons!

    E, com as mesmas,

    Desbravar horizontes infindos de

    iluso.

    Horizontes que,

    Mesmo se os alcanar

    Nos fazem felizes,

    Somente, porque nos permitido

    Sonhar!

    Lus Ferreira Oliveira

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    As palavras!

    bom brincar com as palavras!

    Construir frases coloridas de aromas

    e sons!

    E, com as mesmas,

    Desbravar horizontes infindos de

    iluso.

    Horizontes que,

    Mesmo se os alcanar

    Nos fazem felizes,

    Somente, porque nos permitido

    Sonhar!

    Lus Ferreira Oliveira

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    As palavras!

    bom brincar com as palavras!

    Construir frases coloridas de aromas

    e sons!

    E, com as mesmas,

    Desbravar horizontes infindos de

    iluso.

    Horizontes que,

    Mesmo se os alcanar

    Nos fazem felizes,

    Somente, porque nos permitido

    Sonhar!

    Lus Ferreira Oliveira

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    As palavras!

    bom brincar com as palavras!

    Construir frases coloridas de aromas

    e sons!

    E, com as mesmas,

    Desbravar horizontes infindos de

    iluso.

    Horizontes que,

    Mesmo se os alcanar

    Nos fazem felizes,

    Somente, porque nos permitido

    Sonhar!

    Lus Ferreira Oliveira

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

  • A palavra escrita

    A que maior durao tem

    a nica

    com fora infinita

    capaz de caminhar

    nos tempos

    Palavra escrita

    a que maior durao tem

    certo

    a nica que est

    mais longe

    e

    mais perto

    Pede-me

    ansioso

    este corao

    inquieto

    e

    franco

    que ponha

    minha saudade

    expressa em

    preto no branco.

    Ana Bela A. Pita da Silva

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    A palavra escrita

    A que maior durao tem

    a nica

    com fora infinita

    capaz de caminhar

    nos tempos

    Palavra escrita

    a que maior durao tem

    certo

    a nica que est

    mais longe

    e

    mais perto

    Pede-me

    ansioso

    este corao

    inquieto

    e

    franco

    que ponha

    minha saudade

    expressa em

    preto no branco.

    Ana Bela A. Pita da Silva

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    A palavra escrita

    A que maior durao tem

    a nica

    com fora infinita

    capaz de caminhar

    nos tempos

    Palavra escrita

    a que maior durao tem

    certo

    a nica que est

    mais longe

    e

    mais perto

    Pede-me

    ansioso

    este corao

    inquieto

    e

    franco

    que ponha

    minha saudade

    expressa em

    preto no branco.

    Ana Bela A. Pita da Silva

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    A palavra escrita

    A que maior durao tem

    a nica

    com fora infinita

    capaz de caminhar

    nos tempos

    Palavra escrita

    a que maior durao tem

    certo

    a nica que est

    mais longe

    e

    mais perto

    Pede-me

    ansioso

    este corao

    inquieto

    e

    franco

    que ponha

    minha saudade

    expressa em

    preto no branco.

    Ana Bela A. Pita da Silva

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    A palavra escrita

    A que maior durao tem

    a nica

    com fora infinita

    capaz de caminhar

    nos tempos

    Palavra escrita

    a que maior durao tem

    certo

    a nica que est

    mais longe

    e

    mais perto

    Pede-me

    ansioso

    este corao

    inquieto

    e

    franco

    que ponha

    minha saudade

    expressa em

    preto no branco.

    Ana Bela A. Pita da Silva

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

  • A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A fora das palavras

    Juntei vrias letras

    Escrevi um letreiro.

    Acendi as brasas

    que grande braseiro!

    Soltei quatro berros

    Armei um berreiro.

    Juntando formigas

    fiz um formigueiro.

    Ser que com carnes se faz um carneiro?

    Lusa Ducla Soares

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

  • A sopa de letras

    Era uma vez um menino

    que no queria comer sopa de letras.

    Podiam l estar coisas bonitas escritas,

    mas para ele era tudo tretas...

    Podia l estar escrito COMER,

    podia l estar GOIABADA,

    Como ele no sabia ler,

    a sopa no lhe sabia a nada.

    Tinha no prato uma FLOR,

    um NAVIO na colher,

    comia coisas lindssimas

    sem saber mas ele queria l sabor!

    At que um amigo com todas as letras

    lhe ensinou a soletrar a sopa.

    E ele passou a ler a sopa toda.

    E at o peixe, a carne, a sobremesa,

    etc....

    Manuel Antnio Pina

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A sopa de letras

    Era uma vez um menino

    que no queria comer sopa de letras.

    Podiam l estar coisas bonitas escritas,

    mas para ele era tudo tretas...

    Podia l estar escrito COMER,

    podia l estar GOIABADA,

    Como ele no sabia ler,

    a sopa no lhe sabia a nada.

    Tinha no prato uma FLOR,

    um NAVIO na colher,

    comia coisas lindssimas

    sem saber mas ele queria l sabor!

    At que um amigo com todas as letras

    lhe ensinou a soletrar a sopa.

    E ele passou a ler a sopa toda.

    E at o peixe, a carne, a sobremesa,

    etc....

    Manuel Antnio Pina

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A sopa de letras

    Era uma vez um menino

    que no queria comer sopa de letras.

    Podiam l estar coisas bonitas escritas,

    mas para ele era tudo tretas...

    Podia l estar escrito COMER,

    podia l estar GOIABADA,

    Como ele no sabia ler,

    a sopa no lhe sabia a nada.

    Tinha no prato uma FLOR,

    um NAVIO na colher,

    comia coisas lindssimas

    sem saber mas ele queria l sabor!

    At que um amigo com todas as letras

    lhe ensinou a soletrar a sopa.

    E ele passou a ler a sopa toda.

    E at o peixe, a carne, a sobremesa,

    etc....

    Manuel Antnio Pina

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A sopa de letras

    Era uma vez um menino

    que no queria comer sopa de letras.

    Podiam l estar coisas bonitas escritas,

    mas para ele era tudo tretas...

    Podia l estar escrito COMER,

    podia l estar GOIABADA,

    Como ele no sabia ler,

    a sopa no lhe sabia a nada.

    Tinha no prato uma FLOR,

    um NAVIO na colher,

    comia coisas lindssimas

    sem saber mas ele queria l sabor!

    At que um amigo com todas as letras

    lhe ensinou a soletrar a sopa.

    E ele passou a ler a sopa toda.

    E at o peixe, a carne, a sobremesa,

    etc....

    Manuel Antnio Pina

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A sopa de letras

    Era uma vez um menino

    que no queria comer sopa de letras.

    Podiam l estar coisas bonitas escritas,

    mas para ele era tudo tretas...

    Podia l estar escrito COMER,

    podia l estar GOIABADA,

    Como ele no sabia ler,

    a sopa no lhe sabia a nada.

    Tinha no prato uma FLOR,

    um NAVIO na colher,

    comia coisas lindssimas

    sem saber mas ele queria l sabor!

    At que um amigo com todas as letras

    lhe ensinou a soletrar a sopa.

    E ele passou a ler a sopa toda.

    E at o peixe, a carne, a sobremesa,

    etc....

    Manuel Antnio Pina

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

  • Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Sobre a palavra

    Entre a folha branca e o gume do olhar

    a boca envelhece

    Sobre a palavra

    a noite aproxima-se da chama

    Assim se morre dizias tu

    Assim se morre dizia o vento

    acariciando-te a cintura

    Na porosa fronteira do silncio

    a mo ilumina a terra inacabada

    Interminavelmente.

    Eugnio de Andrade

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

  • Com fria e raiva

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo das palavras

    Pois preciso saber que a palavra

    sagrada

    Que de longe muito longe um povo a

    trouxe

    E nela ps sua alma confiada.

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    H palavras que nos beijam

    H palavras que nos beijam

    Como se tivessem boca.

    Palavras de amor, de esperana,

    De imenso amor, de esperana louca.

    Palavras nuas que beijas

    Quando a noite perde o rosto;

    Palavras que se recusam

    Aos muros do teu desgosto.

    De repente coloridas

    Entre palavras sem cor,

    Esperadas inesperadas

    Como a poesia ou o amor.

    (O nome de quem se ama

    Letra a letra revelado

    No mrmore distrado

    No papel abandonado)

    Palavras que nos transportam

    Aonde a noite mais forte,

    Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.

    Alexandre O'Neill

    Com fria e raiva

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo das palavras

    Pois preciso saber que a palavra

    sagrada

    Que de longe muito longe um povo a

    trouxe

    E nela ps sua alma confiada.

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    H palavras que nos beijam

    H palavras que nos beijam

    Como se tivessem boca.

    Palavras de amor, de esperana,

    De imenso amor, de esperana louca.

    Palavras nuas que beijas

    Quando a noite perde o rosto;

    Palavras que se recusam

    Aos muros do teu desgosto.

    De repente coloridas

    Entre palavras sem cor,

    Esperadas inesperadas

    Como a poesia ou o amor.

    (O nome de quem se ama

    Letra a letra revelado

    No mrmore distrado

    No papel abandonado)

    Palavras que nos transportam

    Aonde a noite mais forte,

    Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.

    Alexandre O'Neill

    Com fria e raiva

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo das palavras

    Pois preciso saber que a palavra

    sagrada

    Que de longe muito longe um povo a

    trouxe

    E nela ps sua alma confiada.

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    H palavras que nos beijam

    H palavras que nos beijam

    Como se tivessem boca.

    Palavras de amor, de esperana,

    De imenso amor, de esperana louca.

    Palavras nuas que beijas

    Quando a noite perde o rosto;

    Palavras que se recusam

    Aos muros do teu desgosto.

    De repente coloridas

    Entre palavras sem cor,

    Esperadas inesperadas

    Como a poesia ou o amor.

    (O nome de quem se ama

    Letra a letra revelado

    No mrmore distrado

    No papel abandonado)

    Palavras que nos transportam

    Aonde a noite mais forte,

    Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.

    Alexandre O'Neill

    Com fria e raiva

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo das palavras

    Pois preciso saber que a palavra

    sagrada

    Que de longe muito longe um povo a

    trouxe

    E nela ps sua alma confiada.

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    H palavras que nos beijam

    H palavras que nos beijam

    Como se tivessem boca.

    Palavras de amor, de esperana,

    De imenso amor, de esperana louca.

    Palavras nuas que beijas

    Quando a noite perde o rosto;

    Palavras que se recusam

    Aos muros do teu desgosto.

    De repente coloridas

    Entre palavras sem cor,

    Esperadas inesperadas

    Como a poesia ou o amor.

    (O nome de quem se ama

    Letra a letra revelado

    No mrmore distrado

    No papel abandonado)

    Palavras que nos transportam

    Aonde a noite mais forte,

    Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.

    Alexandre O'Neill

    Com fria e raiva

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo das palavras

    Pois preciso saber que a palavra

    sagrada

    Que de longe muito longe um povo a

    trouxe

    E nela ps sua alma confiada.

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    H palavras que nos beijam

    H palavras que nos beijam

    Como se tivessem boca.

    Palavras de amor, de esperana,

    De imenso amor, de esperana louca.

    Palavras nuas que beijas

    Quando a noite perde o rosto;

    Palavras que se recusam

    Aos muros do teu desgosto.

    De repente coloridas

    Entre palavras sem cor,

    Esperadas inesperadas

    Como a poesia ou o amor.

    (O nome de quem se ama

    Letra a letra revelado

    No mrmore distrado

    No papel abandonado)

    Palavras que nos transportam

    Aonde a noite mais forte,

    Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.

    Alexandre O'Neill

  • A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Palavras

    Tocam-me

    Como lbios,

    Como beijos.

    Pssaros, sedentas de ramos

    E de sombra,

    Pousam-me nos ombros.

    A movimentos de asa,

    Desenham-me ainda um corpo

    -secreta arquitectura de gua,

    Rasgada no vento.

    Lusa Dacosta

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Palavras

    Tocam-me

    Como lbios,

    Como beijos.

    Pssaros, sedentas de ramos

    E de sombra,

    Pousam-me nos ombros.

    A movimentos de asa,

    Desenham-me ainda um corpo

    -secreta arquitectura de gua,

    Rasgada no vento.

    Lusa Dacosta

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Palavras

    Tocam-me

    Como lbios,

    Como beijos.

    Pssaros, sedentas de ramos

    E de sombra,

    Pousam-me nos ombros.

    A movimentos de asa,

    Desenham-me ainda um corpo

    -secreta arquitectura de gua,

    Rasgada no vento.

    Lusa Dacosta

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Palavras

    Tocam-me

    Como lbios,

    Como beijos.

    Pssaros, sedentas de ramos

    E de sombra,

    Pousam-me nos ombros.

    A movimentos de asa,

    Desenham-me ainda um corpo

    -secreta arquitectura de gua,

    Rasgada no vento.

    Lusa Dacosta

    A palavra

    J no quero dicionrios

    consultados em vo.

    Quero s a palavra

    que nunca estar neles

    nem se pode inventar.

    Que resumiria o mundo

    e o substituiria.

    Mais sol do que o sol,

    dentro da qual vivssemos

    todos em comunho,

    mudos,

    saboreando-a.

    Carlos Drummond de Andrade

    Palavras

    Tocam-me

    Como lbios,

    Como beijos.

    Pssaros, sedentas de ramos

    E de sombra,

    Pousam-me nos ombros.

    A movimentos de asa,

    Desenham-me ainda um corpo

    -secreta arquitectura de gua,

    Rasgada no vento.

    Lusa Dacosta

  • Conserto a palavra com todos os

    sentidos em silncio

    Restauro-a

    Dou-lhe um som para que ela fale por

    dentro

    Ilumino-a

    Ela um candeeiro sobre a minha mesa

    Reunida numa forma comparada

    lmpada

    A um zumbido calado

    momentaneamente em exame

    Ela no se come como as palavras

    inteiras

    Mas devora-se a si mesma e restauro-a

    A partir do vmito

    Volto devagar a coloc-la na fome

    Perco-a e recupero-a como o tempo da

    tristeza

    Como um homem nadando para trs

    E sou uma energia para ela

    E ilumino-a.

    Daniel Faria

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Conserto a palavra com todos os

    sentidos em silncio

    Restauro-a

    Dou-lhe um som para que ela fale por

    dentro

    Ilumino-a

    Ela um candeeiro sobre a minha mesa

    Reunida numa forma comparada

    lmpada

    A um zumbido calado

    momentaneamente em exame

    Ela no se come como as palavras

    inteiras

    Mas devora-se a si mesma e restauro-a

    A partir do vmito

    Volto devagar a coloc-la na fome

    Perco-a e recupero-a como o tempo da

    tristeza

    Como um homem nadando para trs

    E sou uma energia para ela

    E ilumino-a.

    Daniel Faria

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    a palavra com todos os sentidos em

    silncio

    Restauro-a

    Dou-lhe um som para que ela fale por

    dentro

    Ilumino-a

    Ela um candeeiro sobre a minha mesa

    Reunida numa forma comparada

    lmpada

    A um zumbido calado

    momentaneamente em exame

    Ela no se come como as palavras

    inteiras

    Mas devora-se a si mesma e restauro-a

    A partir do vmito

    Volto devagar a coloc-la na fome

    Perco-a e recupero-a como o tempo da

    tristeza

    Como um homem nadando para trs

    E sou uma energia para ela

    E ilumino-a.

    Daniel Faria

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Conserto a palavra com todos os

    sentidos em silncio

    Restauro-a

    Dou-lhe um som para que ela fale por

    dentro

    Ilumino-a

    Ela um candeeiro sobre a minha mesa

    Reunida numa forma comparada

    lmpada

    A um zumbido calado

    momentaneamente em exame

    Ela no se come como as palavras

    inteiras

    Mas devora-se a si mesma e restauro-a

    A partir do vmito

    Volto devagar a coloc-la na fome

    Perco-a e recupero-a como o tempo da

    tristeza

    Como um homem nadando para trs

    E sou uma energia para ela

    E ilumino-a.

    Daniel Faria

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Conserto a palavra com todos os

    sentidos em silncio

    Restauro-a

    Dou-lhe um som para que ela fale por

    dentro

    Ilumino-a

    Ela um candeeiro sobre a minha mesa

    Reunida numa forma comparada

    lmpada

    A um zumbido calado

    momentaneamente em exame

    Ela no se come como as palavras

    inteiras

    Mas devora-se a si mesma e restauro-a

    A partir do vmito

    Volto devagar a coloc-la na fome

    Perco-a e recupero-a como o tempo da

    tristeza

    Como um homem nadando para trs

    E sou uma energia para ela

    E ilumino-a.

    Daniel Faria

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

  • Como escrevo

    No escrevo

    a minha poesia

    com palavras estudadas

    Se o fizesse

    outras palavras

    teriam de ser

    inventadas

    Escrevo

    Brincando com as ideias

    com as verdades

    e

    como muita imaginao

    derramada.

    Ana Bela A. Pita Silva

    Silncio

    Quando a ternura

    parece j do seu ofcio fatigada,

    e o sono, a mais incerta barca,

    inda demora,

    quando azuis irrompem

    os teus olhos

    e procuram

    nos meus navegao segura,

    que eu te falo das palavras

    desamparadas e desertas,

    pelo silncio fascinadas.

    Eugnio de Andrade

    Como escrevo

    No escrevo

    a minha poesia

    com palavras estudadas

    Se o fizesse

    outras palavras

    teriam de ser

    inventadas

    Escrevo

    Brincando com as ideias

    com as verdades

    e

    como muita imaginao

    derramada.

    Ana Bela A. Pita Silva

    Silncio

    Quando a ternura

    parece j do seu ofcio fatigada,

    e o sono, a mais incerta barca,

    inda demora,

    quando azuis irrompem

    os teus olhos

    e procuram

    nos meus navegao segura,

    que eu te falo das palavras

    desamparadas e desertas,

    pelo silncio fascinadas.

    Eugnio de Andrade

    Como escrevo

    No escrevo

    a minha poesia

    com palavras estudadas

    Se o fizesse

    outras palavras

    teriam de ser

    inventadas

    Escrevo

    Brincando com as ideias

    com as verdades

    e

    como muita imaginao

    derramada.

    Ana Bela A. Pita Silva

    Silncio

    Quando a ternura

    parece j do seu ofcio fatigada,

    e o sono, a mais incerta barca,

    inda demora,

    quando azuis irrompem

    os teus olhos

    e procuram

    nos meus navegao segura,

    que eu te falo das palavras

    desamparadas e desertas,

    pelo silncio fascinadas.

    Eugnio de Andrade

    Como escrevo

    No escrevo

    a minha poesia

    com palavras estudadas

    Se o fizesse

    outras palavras

    teriam de ser

    inventadas

    Escrevo

    Brincando com as ideias

    com as verdades

    e

    como muita imaginao

    derramada.

    Ana Bela A. Pita Silva

    Silncio

    Quando a ternura

    parece j do seu ofcio fatigada,

    e o sono, a mais incerta barca,

    inda demora,

    quando azuis irrompem

    os teus olhos

    e procuram

    nos meus navegao segura,

    que eu te falo das palavras

    desamparadas e desertas,

    pelo silncio fascinadas.

    Eugnio de Andrade

    Como escrevo

    No escrevo

    a minha poesia

    com palavras estudadas

    Se o fizesse

    outras palavras

    teriam de ser

    inventadas

    Escrevo

    Brincando com as ideias

    com as verdades

    e

    como muita imaginao

    derramada.

    Ana Bela A. Pita Silva

    Silncio

    Quando a ternura

    parece j do seu ofcio fatigada,

    e o sono, a mais incerta barca,

    inda demora,

    quando azuis irrompem

    os teus olhos

    e procuram

    nos meus navegao segura,

    que eu te falo das palavras

    desamparadas e desertas,

    pelo silncio fascinadas.

    Eugnio de Andrade

  • O poeta

    O poeta no gosta de palavras:

    escreve para se ver livre delas.

    A palavra

    torna o poeta

    pequeno e sem inveno.

    Quando,

    sobre o abismo da morte,

    o poeta escreve terra,

    na palavra ele se apaga

    e suja a pgina de areia.

    Quando escreve sangue

    o poeta sangra

    e a nica veia que lhe di

    aquela que ele no sente.

    Com raiva,

    o poeta inicia a escrita

    como um rio desflorando o cho.

    Cada palavra um vidro em que se

    corta.

    O poeta no quer escrever.

    Apenas ser escrito.

    Escrever, talvez,

    apenas enquanto dorme.

    Mia Couto

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    O poeta

    O poeta no gosta de palavras:

    escreve para se ver livre delas.

    A palavra

    torna o poeta

    pequeno e sem inveno.

    Quando,

    sobre o abismo da morte,

    o poeta escreve terra,

    na palavra ele se apaga

    e suja a pgina de areia.

    Quando escreve sangue

    o poeta sangra

    e a nica veia que lhe di

    aquela que ele no sente.

    Com raiva,

    o poeta inicia a escrita

    como um rio desflorando o cho.

    Cada palavra um vidro em que se

    corta.

    O poeta no quer escrever.

    Apenas ser escrito.

    Escrever, talvez,

    apenas enquanto dorme.

    Mia Couto

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    O poeta

    O poeta no gosta de palavras:

    escreve para se ver livre delas.

    A palavra

    torna o poeta

    pequeno e sem inveno.

    Quando,

    sobre o abismo da morte,

    o poeta escreve terra,

    na palavra ele se apaga

    e suja a pgina de areia.

    Quando escreve sangue

    o poeta sangra

    e a nica veia que lhe di

    aquela que ele no sente.

    Com raiva,

    o poeta inicia a escrita

    como um rio desflorando o cho.

    Cada palavra um vidro em que se

    corta.

    O poeta no quer escrever.

    Apenas ser escrito.

    Escrever, talvez,

    apenas enquanto dorme.

    Mia Couto

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    O poeta

    O poeta no gosta de palavras:

    escreve para se ver livre delas.

    A palavra

    torna o poeta

    pequeno e sem inveno.

    Quando,

    sobre o abismo da morte,

    o poeta escreve terra,

    na palavra ele se apaga

    e suja a pgina de areia.

    Quando escreve sangue

    o poeta sangra

    e a nica veia que lhe di

    aquela que ele no sente.

    Com raiva,

    o poeta inicia a escrita

    como um rio desflorando o cho.

    Cada palavra um vidro em que se

    corta.

    O poeta no quer escrever.

    Apenas ser escrito.

    Escrever, talvez,

    apenas enquanto dorme.

    Mia Couto

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    O poeta

    O poeta no gosta de palavras:

    escreve para se ver livre delas.

    A palavra

    torna o poeta

    pequeno e sem inveno.

    Quando,

    sobre o abismo da morte,

    o poeta escreve terra,

    na palavra ele se apaga

    e suja a pgina de areia.

    Quando escreve sangue

    o poeta sangra

    e a nica veia que lhe di

    aquela que ele no sente.

    Com raiva,

    o poeta inicia a escrita

    como um rio desflorando o cho.

    Cada palavra um vidro em que se

    corta.

    O poeta no quer escrever.

    Apenas ser escrito.

    Escrever, talvez,

    apenas enquanto dorme.

    Mia Couto

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

  • Procuro em ti as palavras

    com msica e corao por dentro

    O olhar que sobe s prolas

    do orvalho

    quando Maio acontece

    Ou ento o sortilgio do silncio

    que esmaga em brancura

    o voo livre das gaivotas

    O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,

    levado boca em ardor

    de barcos na vertigem do cais

    do poema que falo, efmero clice de chuva,

    cristal tecido de eternidade

    ao encontro das mos

    Artur Coimbra

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos

    principiam.

    Joaquim Pessoa

    Procuro em ti as palavras

    com msica e corao por dentro

    O olhar que sobe s prolas

    do orvalho

    quando Maio acontece

    Ou ento o sortilgio do silncio

    que esmaga em brancura

    o voo livre das gaivotas

    O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,

    levado boca em ardor

    de barcos na vertigem do cais

    do poema que falo, efmero clice de chuva,

    cristal tecido de eternidade

    ao encontro das mos

    Artur Coimbra

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos

    principiam.

    Joaquim Pessoa

    Procuro em ti as palavras

    com msica e corao por dentro

    O olhar que sobe s prolas

    do orvalho

    quando Maio acontece

    Ou ento o sortilgio do silncio

    que esmaga em brancura

    o voo livre das gaivotas

    O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,

    levado boca em ardor

    de barcos na vertigem do cais

    do poema que falo, efmero clice de chuva,

    cristal tecido de eternidade

    ao encontro das mos

    Artur Coimbra

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos

    principiam.

    Joaquim Pessoa

    Procuro em ti as palavras

    com msica e corao por dentro

    O olhar que sobe s prolas

    do orvalho

    quando Maio acontece

    Ou ento o sortilgio do silncio

    que esmaga em brancura

    o voo livre das gaivotas

    O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,

    levado boca em ardor

    de barcos na vertigem do cais

    do poema que falo, efmero clice de chuva,

    cristal tecido de eternidade

    ao encontro das mos

    Artur Coimbra

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos

    principiam.

    Joaquim Pessoa

    Procuro em ti as palavras

    com msica e corao por dentro

    O olhar que sobe s prolas

    do orvalho

    quando Maio acontece

    Ou ento o sortilgio do silncio

    que esmaga em brancura

    o voo livre das gaivotas

    O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,

    levado boca em ardor

    de barcos na vertigem do cais

    do poema que falo, efmero clice de chuva,

    cristal tecido de eternidade

    ao encontro das mos

    Artur Coimbra

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos

    principiam.

    Joaquim Pessoa

  • Palavras

    No gastemos

    palavras inteis

    Nenhum de ns

    tem necessidade

    de atrs delas

    se escudar

    Empreguemos s

    as palavras

    que nos possam

    acariciar

    Ana Bela A. Pita Silva

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Palavras

    No gastemos

    palavras inteis

    Nenhum de ns

    tem necessidade

    de atrs delas

    se escudar

    Empreguemos s

    as palavras

    que nos possam

    acariciar

    Ana Bela A. Pita Silva

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Palavras

    No gastemos

    palavras inteis

    Nenhum de ns

    tem necessidade

    de atrs delas

    se escudar

    Empreguemos s

    as palavras

    que nos possam

    acariciar

    Ana Bela A. Pita Silva

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Palavras

    No gastemos

    palavras inteis

    Nenhum de ns

    tem necessidade

    de atrs delas

    se escudar

    Empreguemos s

    as palavras

    que nos possam

    acariciar

    Ana Bela A. Pita Silva

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    Palavras

    No gastemos

    palavras inteis

    Nenhum de ns

    tem necessidade

    de atrs delas

    se escudar

    Empreguemos s

    as palavras

    que nos possam

    acariciar

    Ana Bela A. Pita Silva

    De palavra em palavra

    a noite sobe

    aos ramos mais altos

    e canta

    o xtase do dia.

    Eugnio de Andrade

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

  • Havia

    uma palavra

    no escuro.

    Minscula. Ignorada.

    Martelava no escuro.

    Martelava

    no cho da gua.

    Do fundo do tempo,

    martelava.

    contra o muro.

    Uma palavra.

    No escuro.

    Que me chamava.

    de Matria Solar.

    Eugnio de Andrade

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    Havia

    uma palavra

    no escuro.

    Minscula. Ignorada.

    Martelava no escuro.

    Martelava

    no cho da gua.

    Do fundo do tempo,

    martelava.

    contra o muro.

    Uma palavra.

    No escuro.

    Que me chamava.

    de Matria Solar.

    Eugnio de Andrade

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    Havia

    uma palavra

    no escuro.

    Minscula. Ignorada.

    Martelava no escuro.

    Martelava

    no cho da gua.

    Do fundo do tempo,

    martelava.

    contra o muro.

    Uma palavra.

    No escuro.

    Que me chamava.

    de Matria Solar.

    Eugnio de Andrade

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    Havia

    uma palavra

    no escuro.

    Minscula. Ignorada.

    Martelava no escuro.

    Martelava

    no cho da gua.

    Do fundo do tempo,

    martelava.

    contra o muro.

    Uma palavra.

    No escuro.

    Que me chamava.

    de Matria Solar.

    Eugnio de Andrade

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

    Havia

    uma palavra

    no escuro.

    Minscula. Ignorada.

    Martelava no escuro.

    Martelava

    no cho da gua.

    Do fundo do tempo,

    martelava.

    contra o muro.

    Uma palavra.

    No escuro.

    Que me chamava.

    de Matria Solar.

    Eugnio de Andrade

    Quando sinto, penso

    Severo narro. Quanto sinto, penso.

    Palavras so ideias.

    Mrmuro, o rio passa, e o que no

    passa,

    Que nosso, no do rio.

    Assim quisesse o verso: meu e alheio

    E por mim mesmo lido.

    Ricardo Reis

  • O sal da lngua

    Escuta, escuta: tenho ainda

    uma coisa a dizer.

    No importante, eu sei, no vai

    salvar o mundo, no mudar

    a vida de ningum - mas quem

    hoje capaz de salvar o mundo

    ou apenas mudar o sentido

    da vida de algum?

    Escuta-me, no te demoro.

    coisa pouca, como a chuvinha

    que vem vindo devagar.

    So trs, quatro palavras, pouco

    mais. Palavras que te quero confiar,

    para que no se extinga o seu lume,

    o seu lume breve.

    Palavras que muito amei,

    que talvez ame ainda.

    Elas so a casa, o sal da lngua.

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    O sal da lngua

    Escuta, escuta: tenho ainda

    uma coisa a dizer.

    No importante, eu sei, no vai

    salvar o mundo, no mudar

    a vida de ningum - mas quem

    hoje capaz de salvar o mundo

    ou apenas mudar o sentido

    da vida de algum?

    Escuta-me, no te demoro.

    coisa pouca, como a chuvinha

    que vem vindo devagar.

    So trs, quatro palavras, pouco

    mais. Palavras que te quero confiar,

    para que no se extinga o seu lume,

    o seu lume breve.

    Palavras que muito amei,

    que talvez ame ainda.

    Elas so a casa, o sal da lngua.

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    O sal da lngua

    Escuta, escuta: tenho ainda

    uma coisa a dizer.

    No importante, eu sei, no vai

    salvar o mundo, no mudar

    a vida de ningum - mas quem

    hoje capaz de salvar o mundo

    ou apenas mudar o sentido

    da vida de algum?

    Escuta-me, no te demoro.

    coisa pouca, como a chuvinha

    que vem vindo devagar.

    So trs, quatro palavras, pouco

    mais. Palavras que te quero confiar,

    para que no se extinga o seu lume,

    o seu lume breve.

    Palavras que muito amei,

    que talvez ame ainda.

    Elas so a casa, o sal da lngua.

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    O sal da lngua

    Escuta, escuta: tenho ainda

    uma coisa a dizer.

    No importante, eu sei, no vai

    salvar o mundo, no mudar

    a vida de ningum - mas quem

    hoje capaz de salvar o mundo

    ou apenas mudar o sentido

    da vida de algum?

    Escuta-me, no te demoro.

    coisa pouca, como a chuvinha

    que vem vindo devagar.

    So trs, quatro palavras, pouco

    mais. Palavras que te quero confiar,

    para que no se extinga o seu lume,

    o seu lume breve.

    Palavras que muito amei,

    que talvez ame ainda.

    Elas so a casa, o sal da lngua.

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

    O sal da lngua

    Escuta, escuta: tenho ainda

    uma coisa a dizer.

    No importante, eu sei, no vai

    salvar o mundo, no mudar

    a vida de ningum - mas quem

    hoje capaz de salvar o mundo

    ou apenas mudar o sentido

    da vida de algum?

    Escuta-me, no te demoro.

    coisa pouca, como a chuvinha

    que vem vindo devagar.

    So trs, quatro palavras, pouco

    mais. Palavras que te quero confiar,

    para que no se extinga o seu lume,

    o seu lume breve.

    Palavras que muito amei,

    que talvez ame ainda.

    Elas so a casa, o sal da lngua.

    S paciente; espera

    que a palavra amadurea

    e se desprenda como um fruto

    ao passar o vento que a merea.

    Eugnio de Andrade

  • Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um

    sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.

    Joaquim Pessoa

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um

    sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.

    Joaquim Pessoa

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um

    sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.

    Joaquim Pessoa

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um

    sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.

    Joaquim Pessoa

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes

    Por cima das palavras

    Desenho a curva da tua boca. Um

    sino.

    Por cima das palavras j dia.

    A voz persegue o animal difcil

    Que caminha o dia, a passo.

    Esta parede de vidros enlouquece

    Como uma selva. Uma paragem de

    autocarro.

    Na tua mo a coragem a arma

    necessria.

    O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.

    Joaquim Pessoa

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes

  • Ter um Pai! Um corao

    Que apenas amor encerra,

    ver Deus, no mundo vil,

    ter os cus c na terra !

    Ter um Pai! Nunca se perde

    Aquela santa afeio,

    Sempre a mesma, quer o filho

    Seja um santo ou um ladro ;

    Talvez maior, sendo infame

    O filho que desprezado

    Pelo mundo ; pois um Pai

    Perdoa ao mais desgraado !

    Ter um Pai ! Um santo orgulho

    Pr corao que lhe quer

    Um orgulho que no cabe

    Num corao de mulher !

    Embora ele seja imenso

    Vogando pelo ideal,

    O corao que me deste

    Pai bondoso leal !

    Ter um Pai ! Doce poema

    Dum sonho bendito e santo

    Nestas letras pequeninas,

    Astros dum cu todo encanto !

    Ter um Pai ! Os rfozinhos

    No conhecem este amor !

    Por mo fazer conhecer,

    Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca

    Ter um Pai! Um corao

    Que apenas amor encerra,

    ver Deus, no mundo vil,

    ter os cus c na terra !

    Ter um Pai! Nunca se perde

    Aquela santa afeio,

    Sempre a mesma, quer o filho

    Seja um santo ou um ladro ;

    Talvez maior, sendo infame

    O filho que desprezado

    Pelo mundo ; pois um Pai

    Perdoa ao mais desgraado !

    Ter um Pai ! Um santo orgulho

    Pr corao que lhe quer

    Um orgulho que no cabe

    Num corao de mulher !

    Embora ele seja imenso

    Vogando pelo ideal,

    O corao que me deste

    Pai bondoso leal !

    Ter um Pai ! Doce poema

    Dum sonho bendito e santo

    Nestas letras pequeninas,

    Astros dum cu todo encanto !

    Ter um Pai ! Os rfozinhos

    No conhecem este amor !

    Por mo fazer conhecer,

    Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca

    Ter um Pai! Um corao

    Que apenas amor encerra,

    ver Deus, no mundo vil,

    ter os cus c na terra !

    Ter um Pai! Nunca se perde

    Aquela santa afeio,

    Sempre a mesma, quer o filho

    Seja um santo ou um ladro ;

    Talvez maior, sendo infame

    O filho que desprezado

    Pelo mundo ; pois um Pai

    Perdoa ao mais desgraado !

    Ter um Pai ! Um santo orgulho

    Pr corao que lhe quer

    Um orgulho que no cabe

    Num corao de mulher !

    Embora ele seja imenso

    Vogando pelo ideal,

    O corao que me deste

    Pai bondoso leal !

    Ter um Pai ! Doce poema

    Dum sonho bendito e santo

    Nestas letras pequeninas,

    Astros dum cu todo encanto !

    Ter um Pai ! Os rfozinhos

    No conhecem este amor !

    Por mo fazer conhecer,

    Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca

    Ter um Pai! Um corao

    Que apenas amor encerra,

    ver Deus, no mundo vil,

    ter os cus c na terra !

    Ter um Pai! Nunca se perde

    Aquela santa afeio,

    Sempre a mesma, quer o filho

    Seja um santo ou um ladro ;

    Talvez maior, sendo infame

    O filho que desprezado

    Pelo mundo ; pois um Pai

    Perdoa ao mais desgraado !

    Ter um Pai ! Um santo orgulho

    Pr corao que lhe quer

    Um orgulho que no cabe

    Num corao de mulher !

    Embora ele seja imenso

    Vogando pelo ideal,

    O corao que me deste

    Pai bondoso leal !

    Ter um Pai ! Doce poema

    Dum sonho bendito e santo

    Nestas letras pequeninas,

    Astros dum cu todo encanto !

    Ter um Pai ! Os rfozinhos

    No conhecem este amor !

    Por mo fazer conhecer,

    Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca

    Ter um Pai! Um corao

    Que apenas amor encerra,

    ver Deus, no mundo vil,

    ter os cus c na terra !

    Ter um Pai! Nunca se perde

    Aquela santa afeio,

    Sempre a mesma, quer o filho

    Seja um santo ou um ladro ;

    Talvez maior, sendo infame

    O filho que desprezado

    Pelo mundo ; pois um Pai

    Perdoa ao mais desgraado !

    Ter um Pai ! Um santo orgulho

    Pr corao que lhe quer

    Um orgulho que no cabe

    Num corao de mulher !

    Embora ele seja imenso

    Vogando pelo ideal,

    O corao que me deste

    Pai bondoso leal !

    Ter um Pai ! Doce poema

    Dum sonho bendito e santo

    Nestas letras pequeninas,

    Astros dum cu todo encanto !

    Ter um Pai ! Os rfozinhos

    No conhecem este amor !

    Por mo fazer conhecer,

    Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca

  • J tocou!

    No recreio j no estou

    porque j tocou.

    Faces a suar e as nossas bocas

    de palavras a rebentar.

    Elas seguem-nos, submissas,

    para ao nosso lado aguardar

    o tradicional: Calou!

    E contrariadas, acatam tudo isso

    porque porque..

    olha, porque j tocou!

    Teresa Guedes

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta!

    Teresa Guedes

    J tocou!

    No recreio j no estou

    porque j tocou.

    Faces a suar e as nossas bocas

    de palavras a rebentar.

    Elas seguem-nos, submissas,

    para ao nosso lado aguardar

    o tradicional: Calou!

    E contrariadas, acatam tudo isso

    porque porque..

    olha, porque j tocou!

    Teresa Guedes

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta!

    Teresa Guedes

    J tocou!

    No recreio j no estou

    porque j tocou.

    Faces a suar e as nossas bocas

    de palavras a rebentar.

    Elas seguem-nos, submissas,

    para ao nosso lado aguardar

    o tradicional: Calou!

    E contrariadas, acatam tudo isso

    porque porque..

    olha, porque j tocou!

    Teresa Guedes

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta!

    Teresa Guedes

    J tocou!

    No recreio j no estou

    porque j tocou.

    Faces a suar e as nossas bocas

    de palavras a rebentar.

    Elas seguem-nos, submissas,

    para ao nosso lado aguardar

    o tradicional: Calou!

    E contrariadas, acatam tudo isso

    porque porque..

    olha, porque j tocou!

    Teresa Guedes

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta!

    Teresa Guedes

    J tocou!

    No recreio j no estou

    porque j tocou.

    Faces a suar e as nossas bocas

    de palavras a rebentar.

    Elas seguem-nos, submissas,

    para ao nosso lado aguardar

    o tradicional: Calou!

    E contrariadas, acatam tudo isso

    porque porque..

    olha, porque j tocou!

    Teresa Guedes

    O dom das palavras

    Escrevo a palavra girafa

    e tu esticas o pescoo.

    Escrevo a palavra cachecol

    e tu enroscas-te como um caracol

    Escrevo a palavra gripe

    e tremes debaixo do lenol

    Escrevo a palavra porta

    e tu sais a correr deste poema

    que te pareceu coisa bem torta!

    Teresa Guedes

  • Avionar

    No esteja na Lua

    desa Terra.

    E o menino a replicar:

    No me chega esta terra.

    Seja realista, terra a terra.

    Mas eu sou do tipo ar, ar.

    E os olhos do menino

    j eram bales quando a professora

    lhe ordenou que sasse.

    Despediu-se da colega e disse:

    Conto estrelas em ti.

    Ao sair, deixou na mesa da

    professora

    o mais bonito avio de papel

    que se possa imaginar.

    Era uma prenda desesperada

    de um menino triste

    por no a poder contagiar.

    Na sala, um silncio ficou suspenso

    por palavras que tambm quiseram

    voar.

    Teresa Guedes

    Avionar

    No esteja na Lua

    desa Terra.

    E o menino a replicar:

    No me chega esta terra.

    Seja realista, terra a terra.

    Mas eu sou do tipo ar, ar.

    E os olhos do menino

    j eram bales quando a professora

    lhe ordenou que sasse.

    Despediu-se da colega e disse:

    Conto estrelas em ti.

    Ao sair, deixou na mesa da

    professora

    o mais bonito avio de papel

    que se possa imaginar.

    Era uma prenda desesperada

    de um menino triste

    por no a poder contagiar.

    Na sala, um silncio ficou suspenso

    por palavras que tambm quiseram

    voar.

    Teresa Guedes

    Avionar

    No esteja na Lua

    desa Terra.

    E o menino a replicar:

    No me chega esta terra.

    Seja realista, terra a terra.

    Mas eu sou do tipo ar, ar.

    E os olhos do menino

    j eram bales quando a professora

    lhe ordenou que sasse.

    Despediu-se da colega e disse:

    Conto estrelas em ti.

    Ao sair, deixou na mesa da

    professora

    o mais bonito avio de papel

    que se possa imaginar.

    Era uma prenda desesperada

    de um menino triste

    por no a poder contagiar.

    Na sala, um silncio ficou suspenso

    por palavras que tambm quiseram

    voar.

    Teresa Guedes

    Avionar

    No esteja na Lua

    desa Terra.

    E o menino a replicar:

    No me chega esta terra.

    Seja realista, terra a terra.

    Mas eu sou do tipo ar, ar.

    E os olhos do menino

    j eram bales quando a professora

    lhe ordenou que sasse.

    Despediu-se da colega e disse:

    Conto estrelas em ti.

    Ao sair, deixou na mesa da

    professora

    o mais bonito avio de papel

    que se possa imaginar.

    Era uma prenda desesperada

    de um menino triste

    por no a poder contagiar.

    Na sala, um silncio ficou suspenso

    por palavras que tambm quiseram

    voar.

    Teresa Guedes

    Avionar

    No esteja na Lua

    desa Terra.

    E o menino a replicar:

    No me chega esta terra.

    Seja realista, terra a terra.

    Mas eu sou do tipo ar, ar.

    E os olhos do menino

    j eram bales quando a professora

    lhe ordenou que sasse.

    Despediu-se da colega e disse:

    Conto estrelas em ti.

    Ao sair, deixou na mesa da

    professora

    o mais bonito avio de papel

    que se possa imaginar.

    Era uma prenda desesperada

    de um menino triste

    por no a poder contagiar.

    Na sala, um silncio ficou suspenso

    por palavras que tambm quiseram

    voar.

    Teresa Guedes

  • Dia do Pai

    s vezes o meu Pai viaja

    Diz adeus e vai embora.

    Ou ento vai para o trabalho

    Eu sei que ele no demora.

    Mas inventei um barquinho

    Todo feito de saudade.

    Navega devagarinho

    E chega a qualquer cidade.

    E, neste dia de alegria,

    Para o Pai, no meu barquinho,

    Eu ponho um grande beijo

    Um abrao e um carinho.

    Maria Mazzetti

    um dia iluminado

    pela ternura de quem ama

    em cada filho o futuro

    como se fosse uma chama

    que no pode apagar,

    seja o vento, seja a chuva,

    seja o tormento do mar.

    um dia carinhoso

    com uma histria para contar

    que s acaba noite

    quando nos vamos deitar,

    ao colo do nosso pai

    com uma cano de embalar.

    Jos Jorge Letria

    Dia do Pai

    s vezes o meu Pai viaja

    Diz adeus e vai embora.

    Ou ento vai para o trabalho

    Eu sei que ele no demora.

    Mas inventei um barquinho

    Todo feito de saudade.

    Navega devagarinho

    E chega a qualquer cidade.

    E, neste dia de alegria,

    Para o Pai, no meu barquinho,

    Eu ponho um grande beijo

    Um abrao e um carinho.

    Maria Mazzetti

    um dia iluminado

    pela ternura de quem ama

    em cada filho o futuro

    como se fosse uma chama

    que no pode apagar,

    seja o vento, seja a chuva,

    seja o tormento do mar.

    um dia carinhoso

    com uma histria para contar

    que s acaba noite

    quando nos vamos deitar,

    ao colo do nosso pai

    com uma cano de embalar.

    Jos Jorge Letria

    Dia do Pai

    s vezes o meu Pai viaja

    Diz adeus e vai embora.

    Ou ento vai para o trabalho

    Eu sei que ele no demora.

    Mas inventei um barquinho

    Todo feito de saudade.

    Navega devagarinho

    E chega a qualquer cidade.

    E, neste dia de alegria,

    Para o Pai, no meu barquinho,

    Eu ponho um grande beijo

    Um abrao e um carinho.

    Maria Mazzetti

    um dia iluminado

    pela ternura de quem ama

    em cada filho o futuro

    como se fosse uma chama

    que no pode apagar,

    seja o vento, seja a chuva,

    seja o tormento do mar.

    um dia carinhoso

    com uma histria para contar

    que s acaba noite

    quando nos vamos deitar,

    ao colo do nosso pai

    com uma cano de embalar.

    Jos Jorge Letria

    Dia do Pai

    s vezes o meu Pai viaja

    Diz adeus e vai embora.

    Ou ento vai para o trabalho

    Eu sei que ele no demora.

    Mas inventei um barquinho

    Todo feito de saudade.

    Navega devagarinho

    E chega a qualquer cidade.

    E, neste dia de alegria,

    Para o Pai, no meu barquinho,

    Eu ponho um grande beijo

    Um abrao e um carinho.

    Maria Mazzetti

    um dia iluminado

    pela ternura de quem ama

    em cada filho o futuro

    como se fosse uma chama

    que no pode apagar,

    seja o vento, seja a chuva,

    seja o tormento do mar.

    um dia carinhoso

    com uma histria para contar

    que s acaba noite

    quando nos vamos deitar,

    ao colo do nosso pai

    com uma cano de embalar.

    Jos Jorge Letria

    Dia do Pai

    s vezes o meu Pai viaja

    Diz adeus e vai embora.

    Ou ento vai para o trabalho

    Eu sei que ele no demora.

    Mas inventei um barquinho

    Todo feito de saudade.

    Navega devagarinho

    E chega a qualquer cidade.

    E, neste dia de alegria,

    Para o Pai, no meu barquinho,

    Eu ponho um grande beijo

    Um abrao e um carinho.

    Maria Mazzetti

    um dia iluminado

    pela ternura de quem ama

    em cada filho o futuro

    como se fosse uma chama

    que no pode apagar,

    seja o vento, seja a chuva,

    seja o tormento do mar.

    um dia carinhoso

    com uma histria para contar

    que s acaba noite

    quando nos vamos deitar,

    ao colo do nosso pai

    com uma cano de embalar.

    Jos Jorge Letria

  • Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Os livros tambm respiram,

    e o ar que lhes enche as pginas

    tem o aroma intenso das viagens

    que eles nos convidam a fazer,

    sempre espera que a magia

    daquilo que nos contam

    possa realmente acontecer.

    Jos Jorge Letria

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Os livros tambm respiram,

    e o ar que lhes enche as pginas

    tem o aroma intenso das viagens

    que eles nos convidam a fazer,

    sempre espera que a magia

    daquilo que nos contam

    possa realmente acontecer.

    Jos Jorge Letria

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Os livros tambm respiram,

    e o ar que lhes enche as pginas

    tem o aroma intenso das viagens

    que eles nos convidam a fazer,

    sempre espera que a magia

    daquilo que nos contam

    possa realmente acontecer.

    Jos Jorge Letria

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Os livros tambm respiram,

    e o ar que lhes enche as pginas

    tem o aroma intenso das viagens

    que eles nos convidam a fazer,

    sempre espera que a magia

    daquilo que nos contam

    possa realmente acontecer.

    Jos Jorge Letria

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Os livros tambm respiram,

    e o ar que lhes enche as pginas

    tem o aroma intenso das viagens

    que eles nos convidam a fazer,

    sempre espera que a magia

    daquilo que nos contam

    possa realmente acontecer.

    Jos Jorge Letria

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

  • Apanha-me tambm um poeta

    Um aluno perguntou-me um dia:

    -Poeta um homem que est a poer?

    ... Que sabia eu responder

    quele olhar jovem e inquieto

    que perguntava?

    Poeta criana adormecida

    que as palavras acordam.

    Poeta pode escrev-las

    ou no as escrever nunca.

    No poer.

    Mas sempre Poeta.

    No sei o que respondi.

    Ele sorriu.

    Eu sorri.

    Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Jos Jorge Letria

    Apanha-me tambm um poeta

    Um aluno perguntou-me um dia:

    -Poeta um homem que est a poer?

    ... Que sabia eu responder

    quele olhar jovem e inquieto

    que perguntava?

    Poeta criana adormecida

    que as palavras acordam.

    Poeta pode escrev-las

    ou no as escrever nunca.

    No poer.

    Mas sempre Poeta.

    No sei o que respondi.

    Ele sorriu.

    Eu sorri.

    Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Jos Jorge Letria

    Apanha-me tambm um poeta

    Um aluno perguntou-me um dia:

    -Poeta um homem que est a poer?

    ... Que sabia eu responder

    quele olhar jovem e inquieto

    que perguntava?

    Poeta criana adormecida

    que as palavras acordam.

    Poeta pode escrev-las

    ou no as escrever nunca.

    No poer.

    Mas sempre Poeta.

    No sei o que respondi.

    Ele sorriu.

    Eu sorri.

    Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Jos Jorge Letria

    Apanha-me tambm um poeta

    Um aluno perguntou-me um dia:

    -Poeta um homem que est a poer?

    ... Que sabia eu responder

    quele olhar jovem e inquieto

    que perguntava?

    Poeta criana adormecida

    que as palavras acordam.

    Poeta pode escrev-las

    ou no as escrever nunca.

    No poer.

    Mas sempre Poeta.

    No sei o que respondi.

    Ele sorriu.

    Eu sorri.

    Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Jos Jorge Letria

    Apanha-me tambm um poeta

    Um aluno perguntou-me um dia:

    -Poeta um homem que est a poer?

    ... Que sabia eu responder

    quele olhar jovem e inquieto

    que perguntava?

    Poeta criana adormecida

    que as palavras acordam.

    Poeta pode escrev-las

    ou no as escrever nunca.

    No poer.

    Mas sempre Poeta.

    No sei o que respondi.

    Ele sorriu.

    Eu sorri.

    Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo

    Ler, doce ler

    Os livros so casas

    com meninos dentro

    e gostam de os ouvir rir,

    de os ver sonhar

    e de abrirem de par em par

    as paisagens e as imagens

    para eles, lendo, poderem sonhar.

    Jos Jorge Letria

  • Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A um caador de borboletas

    Por entre os sonhos da idade

    enquanto a memria voar,

    sabemos que a eternidade

    coisa de ir e voltar.

    Tal e qual como a Poesia,

    diz-me onde apanhas as flores

    e as borboletas que o dia

    recolhe nas suas cores.

    E se entre as papoilas sabes

    correr que nem uma seta,

    no fiques s onde cabes:

    Apanha tambm um poeta!

    Lusa Ducla Soares

    Quase nada

    O amor

    uma ave a tremer

    nas mos de uma criana.

    Serve-se de palavras

    por ignorar

    que as manhs mais limpas

    no tm voz.

    Eugnio de Andrade

    A um caador de borboletas

    Por entre os sonhos da idade

    enquanto a memria voar,

    sabemos que a eternidade

    coisa de ir e voltar.

    Tal e qual como a Poesia,

    diz-me onde apanhas as flores

    e as borboletas que o dia

    recolhe nas suas cores.

    E se entre as papoilas sabes

    correr que nem uma seta,

    no fiques s onde cabes:

    Apanha tambm um poeta!