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Alimentação saudável

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  • Nmero 3 - julho de 2010

    Uma das aes humanas que fala e que se faz. Esta aa e de outros alimentos mais tem impacto sobre a necessidade de coerncia foi um orgnicos nos refeitrios da natureza a alimentao. Em dos destaques da palestra da

    Rede Municipal de Ensino do 2008, o Instituto Akatu divulgou mestre em Educao Elisabeth os resultados de um estudo Foschiera durante o Seminrio Municpio. Com o apoio das acadmico rea l i zado na R e g i o n a l d e E d u c a o merendeiras, a nutricionista do

    Ambiental realizado em abril em Universidade de Chicago (EUA) municpio vem conseguindo Trs Cachoeiras. comprovando que os hbitos

    No mesmo seminrio, o alimentares tm influncia direta promover mudanas nos hbitos engenheiro florestal Julian Perez sobre a produo de gases de alimentares dos estudantes. reforou a fala de Elisabeth, efeito estufa. A pesquisa ia alm

    Em Santa Catar ina as entrando numa questo ainda e recomendava a dieta mais profunda, que a da vegetariana preferencialmente escolas da Rede Estadual j tm a l imentao ser v ida nas orgnica por ser a que menos

    acesso a alimentos orgnicos h escolas. agride o equilbrio climtico. mais tempo. Para te r minar, S id i lon No entanto, o que se v em

    Mendes do Departamento de muitas escolas que se propem E com refeies mais amigas Me io Amb ien te de Trs a f o r m a r c i d a d o s

    do planeta, fica mais fcil discutir C a c h o e i r a s r e l a t o u a ambientalmente responsveis experincia da introduo do e viver a sustentabilidade.um descompasso entre o que se

    Fotos

    : Cs

    ar Vo

    lpatto

    Alimentos puros: um direito de todos.

  • Alguns ingredientes

    chegam a percorrer

    nove mil quilmetros

    para chegar at o

    supermercado.

    Isso tem

    sustentabilidade?

    A substituio de

    florestas, alagados,

    banhados, por reas

    de agricultura tem

    uma contribuio

    bastante importante

    no aquecimento

    global, assim como a

    forma de agricultura

    Educa r - se a s i mesmo, alguns conceitos fundamentais reconhecendo suas fragilidades e para o trabalho com educao limitaes no cotidiano foi o desafio socioambiental: solidariedade, lanado por Elisabeth Maria complexidade ( tudo tem a ver com Foschiera, durante o 2o Seminrio tudo e na Terra tudo est Regional de Educao Ambiental interligado), valorizao do saber Aquecimento Global: A Educao popular e necess idade do Ambiental pode esfriar o planeta? conhecimento acadmico assumir realizado no dia 28 de abril no sua funo social, coerncia entre auditrio da Prefeitura Municipal de o que falamos e que fazemos. Trs Cachoeiras(RS). Sobre este ltimo citou como um

    dos ma io res exemplos de incoerncia nas escolas as aulas

    A mestre em Educao iniciou sobre alimentao saudvel: sua palestra perguntando quem Terminou a aula de alimentao, lembrava do que havia sido falado as crianas vo todas para cantina no primeiro seminrio de Educao da escola comer nada a ver do que Ambiental sobre no dar a foi falado e os professoras vo pra descarga toda hora, carregar sua sala de professores tambm comer canequinha na bolsa para tomar nada a ver com o que foi falado.gua e caf, reduzir o uso de plsticos, reduzir o consumo: Elisabeth finalizou propondo aos uma briga diria, cotidiana, como a participantes a adoo de atitudes gente tem dificuldade de no prt icas como reduo do comprar alguma coisa, destacou, consumo de plstico, gua, luz, r e c o m e n d a n d o q u e o s carne, uso do carro, e aumento do participantes assistissem ao vdeo consumo de orgnicos : Se ns A Histria das Coisas. conseguirmos uma proposta desta

    E l i s a b e t h p r o s s e g u i u como tema gerador estaremos apresentando cinco vdeos nos conseguindo fazer um pedacinho quais poderiam ser identificados do trabalho.

    Antes de sua apresentao no a l imentao esco lar nes te seminrio, Julian Perez respondeu momento?a duas perguntas sobre a Perez - Falando especificamente impor tncia da alimentao da Agricultura Ecolgica na escolar para o trabalho com alimentao escolar, a interface Educao Ambiental. entre agroecologia e educao

    Tendo participado de todo o tem um enorme potencial. Existem processo de discusso da Lei dois lados bem concretos: um deles 11 .947(que regu lamenta a a oferta de alimentao escolar alimentao escolar), o engenheiro de qualidade para as crianas, que florestal apontou os muitos dificilmente teriam aceso a esses benefcios advindos dos alimentos alimentos se no fosse atravs da orgnicos para os estudantes das alimentao escolar.escolas pblicas: ofer ta de Por outro lado, abre um canal de alimentos de qualidade, abertura comercializao estvel para os d e u m c a n a l e s t v e l d e agricultores. Mais do que tudo isso comercializao para agricultores o potencial poltico pedaggico familiares, oportunidade de discutir no sentido de agricultura ecolgica em sala de aula questes como motivar dentro da escola s u s t e n t a b i l i d a d e , h b i t o s discusses sobre sustentabilidade, alimentares e cultura alimentar. hbitos alimentares, origem dos Quais foram as pr inc ipa is alimentos, cultura alimentar. dificuldades enfrentadas durante a Isso traz para termos concretos o discusso do projeto de lei? debate sobre sustentabilidade que Perez - A principal dificuldade que por vezes fica muito genrico existe um certo preconceito, uma dentro das escolas, como salve as imagem pr-estabelecida em baleias, no corte rvores.relao ao potencial de produo Para os agricultores familiares um da agricultura familiar. Muita gente processo importante de construo achando que agricultura familiar de autonomia e valorizao, pois o no tem condies de atender agricultor passa a participar dos demanda. Por outro lado a presso processos da escola como algum da indstr ia que atende a de referncia, contribuindo para o alimentao escolar atravs da desenvolvimento poltico e social Associao Brasileira de Refeies da proposta da Agroecologia.Coletivas (Aberc). Como voc avalia o contexto da

    Em Trs Cachoeiras, as escolas da Rede Municipal j in t roduzi ram f rutas orgnicas produzidas e p r o c e s s a d a s p o r agricultores associados Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas ( Econativa) do Litoral Norte e Serra do Rio Grande do Sul. Entre agosto e dezembro de 2 0 0 9 , a c o o p e r a t i va forneceu um mil e 700 quilos de banana, 62 quilos de polpa de aa e 148 litros de suco de uva pa ra a alimentao escolar do municpio.!Neste ano, a nutricionista do mun ic p io Dan ie le Galeriano, elaborou um cardpio que inclui saladas orgnicas, frutas, sucos orgnicos e batida de aa em dias alternados.!Conforme a merendeira da escola Fernando Ferrari Clareci Viola, as crianas a d o r a m o a a .

    !Em Santa Catarina, desde fevereiro os estudantes das escolas da Rede Estadual j esto consumindo doce de b a n a n a o r g n i c o p r o c e s s a d o p a r a a E c o n a t i v a p e l a Agroindstria Morro Azul a partir da produo de quatro grupos de agr icu l tura ecolgica. !Atravs de licitao, o Governo do Estado de Santa Catarina comprou 14 mil 950 quilos de doce de banana orgnico. a quarta vez que a Econativa fornece o produto certificado pela R e d e E c o v i d a d e Agroecologia para o estado vizinho.

    O seminrio teve a participao de 224 educadoras e educadores

    Estudantes da Escola So Jorge, do Morro do Forno (Morrinhos do Sul)apresentaram uma pea sobre consumismo

    Aa da palmeira juara: super alimento da floresta para a alimentao escolar

    Boletim Informativo da Teia de Educao Ambiental da Mata Atlntica - julho de 2010 Boletim Informativo da Teia de Educao Ambiental da Mata Atlntica - julho de 2010

  • Alguns ingredientes

    chegam a percorrer

    nove mil quilmetros

    para chegar at o

    supermercado.

    Isso tem

    sustentabilidade?

    A substituio de

    florestas, alagados,

    banhados, por reas

    de agricultura tem

    uma contribuio

    bastante importante

    no aquecimento

    global, assim como a

    forma de agricultura

    Educa r - se a s i mesmo, alguns conceitos fundamentais reconhecendo suas fragilidades e para o trabalho com educao limitaes no cotidiano foi o desafio socioambiental: solidariedade, lanado por Elisabeth Maria complexidade ( tudo tem a ver com Foschiera, durante o 2o Seminrio tudo e na Terra tudo est Regional de Educao Ambiental interligado), valorizao do saber Aquecimento Global: A Educao popular e necess idade do Ambiental pode esfriar o planeta? conhecimento acadmico assumir realizado no dia 28 de abril no sua funo social, coerncia entre auditrio da Prefeitura Municipal de o que falamos e que fazemos. Trs Cachoeiras(RS). Sobre este ltimo citou como um

    dos ma io res exemplos de incoerncia nas escolas as aulas

    A mestre em Educao iniciou sobre alimentao saudvel: sua palestra perguntando quem Terminou a aula de alimentao, lembrava do que havia sido falado as crianas vo todas para cantina no primeiro seminrio de Educao da escola comer nada a ver do que Ambiental sobre no dar a foi falado e os professoras vo pra descarga toda hora, carregar sua sala de professores tambm comer canequinha na bolsa para tomar nada a ver com o que foi falado.gua e caf, reduzir o uso de plsticos, reduzir o consumo: Elisabeth finalizou propondo aos uma briga diria, cotidiana, como a participantes a adoo de atitudes gente tem dificuldade de no prt icas como reduo do comprar alguma coisa, destacou, consumo de plstico, gua, luz, r e c o m e n d a n d o q u e o s carne, uso do carro, e aumento do participantes assistissem ao vdeo consumo de orgnicos : Se ns A Histria das Coisas. conseguirmos uma proposta desta

    E l i s a b e t h p r o s s e g u i u como tema gerador estaremos apresentando cinco vdeos nos conseguindo fazer um pedacinho quais poderiam ser identificados do trabalho.

    Antes de sua apresentao no a l imentao esco lar nes te seminrio, Julian Perez respondeu momento?a duas perguntas sobre a Perez - Falando especificamente impor tncia da alimentao da Agricultura Ecolgica na escolar para o trabalho com alimentao escolar, a interface Educao Ambiental. entre agroecologia e educao

    Tendo participado de todo o tem um enorme potencial. Existem processo de discusso da Lei dois lados bem concretos: um deles 11 .947(que regu lamenta a a oferta de alimentao escolar alimentao escolar), o engenheiro de qualidade para as crianas, que florestal apontou os muitos dificilmente teriam aceso a esses benefcios advindos dos alimentos alimentos se no fosse atravs da orgnicos para os estudantes das alimentao escolar.escolas pblicas: ofer ta de Por outro lado, abre um canal de alimentos de qualidade, abertura comercializao estvel para os d e u m c a n a l e s t v e l d e agricultores. Mais do que tudo isso comercializao para agricultores o potencial poltico pedaggico familiares, oportunidade de discutir no sentido de agricultura ecolgica em sala de aula questes como motivar dentro da escola s u s t e n t a b i l i d a d e , h b i t o s discusses sobre sustentabilidade, alimentares e cultura alimentar. hbitos alimentares, origem dos Quais foram as pr inc ipa is alimentos, cultura alimentar. dificuldades enfrentadas durante a Isso traz para termos concretos o discusso do projeto de lei? debate sobre sustentabilidade que Perez - A principal dificuldade que por vezes fica muito genrico existe um certo preconceito, uma dentro das escolas, como salve as imagem pr-estabelecida em baleias, no corte rvores.relao ao potencial de produo Para os agricultores familiares um da agricultura familiar. Muita gente processo importante de construo achando que agricultura familiar de autonomia e valorizao, pois o no tem condies de atender agricultor passa a participar dos demanda. Por outro lado a presso processos da escola como algum da indstr ia que atende a de referncia, contribuindo para o alimentao escolar atravs da desenvolvimento poltico e social Associao Brasileira de Refeies da proposta da Agroecologia.Coletivas (Aberc). Como voc avalia o contexto da

    Em Trs Cachoeiras, as escolas da Rede Municipal j in t roduzi ram f rutas orgnicas produzidas e p r o c e s s a d a s p o r agricultores associados Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas ( Econativa) do Litoral Norte e Serra do Rio Grande do Sul. Entre agosto e dezembro de 2 0 0 9 , a c o o p e r a t i va forneceu um mil e 700 quilos de banana, 62 quilos de polpa de aa e 148 litros de suco de uva pa ra a alimentao escolar do municpio.!Neste ano, a nutricionista do mun ic p io Dan ie le Galeriano, elaborou um cardpio que inclui saladas orgnicas, frutas, sucos orgnicos e batida de aa em dias alternados.!Conforme a merendeira da escola Fernando Ferrari Clareci Viola, as crianas a d o r a m o a a .

    !Em Santa Catarina, desde fevereiro os estudantes das escolas da Rede Estadual j esto consumindo doce de b a n a n a o r g n i c o p r o c e s s a d o p a r a a E c o n a t i v a p e l a Agroindstria Morro Azul a partir da produo de quatro grupos de agr icu l tura ecolgica. !Atravs de licitao, o Governo do Estado de Santa Catarina comprou 14 mil 950 quilos de doce de banana orgnico. a quarta vez que a Econativa fornece o produto certificado pela R e d e E c o v i d a d e Agroecologia para o estado vizinho.

    O seminrio teve a participao de 224 educadoras e educadores

    Estudantes da Escola So Jorge, do Morro do Forno (Morrinhos do Sul)apresentaram uma pea sobre consumismo

    Aa da palmeira juara: super alimento da floresta para a alimentao escolar

    Boletim Informativo da Teia de Educao Ambiental da Mata Atlntica - julho de 2010 Boletim Informativo da Teia de Educao Ambiental da Mata Atlntica - julho de 2010

  • Quando vemos notcias e nmero de reas de pastagem e onde todos tentam encontrar uma denncias sobre o desmatamento maiores os desmatamentos em sada para a fome, onde um tero da Floresta Amaznica, ficamos reas adjacentes Floresta da populao (conforme recente tristes e, s vezes, revoltados com Amaznica. No estou nem pesquisa do IBGE) miservel, tamanha barbaridade. Todavia, c o m e n t a n d o s o b r e o pouco se faz para se resolver, poucos sabem que todos temos desmatamento em menor escala verdadeiramente, o problema da uma parcela de culpa por esta que ocorre em outras regies fome. Sabe-se que em um hectare situao. Madeireiros ou mesmo fitogeogrficas do Brasil, como por de terra usado para criao de os mega-fazendeiros no so os exemplo, na Mata do Cerrado ou na gado fornece apenas um quilo de verdadeiros culpados. Eles so Mata Atlntica. protena. No entanto, essa mesma apenas o resultado de hbitos Neste momento, estou tratando rea, se fosse utilizada para o c u l t u r a i s e a l i m e n t a r e s a p e n a s a q u e s t o d o plantio de soja, produziria 17 vezes incorporados atravs de muitas desmatamento, mas se atentarmos mais! A soja plantada no para geraes que pregam o consumo questo da qualidade da carne, alimentar a populao, mas sim, na de carne para precisarmos veremos que a situao pior que a sua grande maioria, para alimentar sobreviver. anter ior. Na rev is ta Super animais de corte, como o gado, por

    Como j se sabe, a Floresta Interessante de maro de 2009 a e x e m p l o , e p i o r a i n d a , Amazn ica concen t ra uma reportagem intitulada O preo da frequentemente animais do diversidade biolgica elevada, com carne relata os malefcios do Hemisfrio Norte. Isso bom? milhares de espcies de plantas e c o n s u m o j c o n h e c i d o s Talvez sim, para enriquecer alguns animais s vezes endmicos que cientificamente. A reportagem poucos fazendeiros e para o d e s e m p e n h a m u m p a p e l tambm comenta sobre doenas governo que ir aumentar seu importante para o equilbrio como a vaca-louca que pode supervit e arrecadao de ecolgico. ocorrer no gado e a febre asitica impostos. Mas a que custo isto

    Em estados como Mato Grosso que pode ocorrer no frango. Outra continuar acontecendo? e Par, por exemplo, so m a t r i a a p r e s e n t a d a n o At quando iremos fomentar desmatadas ilegalmente dentro Fantstico mostrou que a carne esta cultura de carnificina com os das propriedades de grileiros e de peixe obtida em gua doce e em animais domsticos, pelo simples mega-fazendeiros, imensas reas g u a s a l g a d a r a s a e s t prazer de experimentarmos um p a r a v e n d a d e m a d e i r a . frequentemente contaminada pela pedao de carne? A fome e a Posteriormente tais reas viram poluio. misria continuaro aumentando, campos de pastagem para No Rio Grande do Sul, um dos as doenas advindas do consumo criao de gado de corte. Existem motivos que o desmatamento no da carne, cada vez sero mais inmeras fazendas com milhares ocorre em grandes propores perigosas enquanto as matas de cabea de gado sendo criados devido ao fato de termos grandes ficaro cada vez menores. Chegar nestas regies para exportao ou reas de pastagens nativas dentro o dia em que no poderemos mais consumo interno. do nosso estado que so utilizadas responsabilizar ou outros e sim,

    Ora, o raciocnio lgico, para criao do gado para corte. ns mesmos como coadjuvantes principalmente para ns, gachos, Mas o que poucos sabem a deste triste cenrio.que temos o maior consumo de situao da soja. Nosso estado c a r n e d e g a d o d o p a s apresenta uma enorme quantidade (coincidncia ou no, o maior ndice de soja plantada em quase todas as de doenas cardacas e de cncer regies, e muita gente v isso de intestino). Quanto maior o como um progresso. Todavia, este consumo de carne de gado, maior o sucesso relativo, pois em um pas

    Por Christian Linck da Luz - bilogo e professor - [email protected]

    Cr

    dito

    Com tanta diversidade de alimentos saudveis, ser mesmo que no d para viver sem carnes?

    Boletim publicado pelo Centro Ecolgico - Ncleo Litoral Norte

    Redao: Teilor Topanotti e Mriam H. SperbAcadmicos do Curso de Jornalismo da Satc - Cricima (SC)

    Fone: 51 3664-0220litoral@centroecologico.org.brwww.centroecologico.org.br

    Boletim Informativo da Teia de Educao Ambiental da Mata Atlntica - julho 2010

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