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Amebíase ou Disenteria Amebiana
Agente causador: Entamoeba histolytica, que vive no interior do intestino grosso, fagocitando partículas
de alimento digerido e também atacando a própria mucosa intestinal.
Sintomas: dores abdominais, cólicas e disenteria.
Uma pessoa adquire amebíase ao ingerir água ou alimentos contaminados com cistos de E. histolytica. No intestino, o cisto libera amebas, que se multiplicam e causam lesões na mucosa intestinal, acompanhados de dores e diarréia. Os quadros em torno ilustram as principais maneiras de prevenção.
Forma de contágio:
Giardíase Agente causador: flagelado Giardia lamblia, que adquire-se por meio da ingestão de cistos contidos em alimentos contaminados.
Sintomas: o parasita reproduz-se no intestino delgado, causando discreto desarranjo intestinal, com cólicas.
Doença do sonoAgente causador: Trypanossoma gambiensis
Forma de contágio: Picada da mosca tsé-tsé – gênero Glossina .
Sintomas: Os sintomas iniciais e recorrentes são a febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia (ganglios linfáticos aumentados), mal estar, perda de peso, anemia e trombocitopenia. Mais tarde surgem sintomas neurológicos e meningoencefalite, convulsões epilépticas, sonolência e apatia progredindo para o coma. A sonolência e torpor característicos são devidos a lesões no sistema nervoso.
O Mal de Chagas ou tripanosomíase é uma doença
que afeta milhões de pessoas no Brasil.
Homenagem ao cientista brasileiro Carlos Chagas (1879-1934) que descreveu o ciclo de vida do parasita causador da doença: o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi.
O Trypanosoma vive no sangue humano e se instala em diversos órgãos, principalmente na musculatura do tubo digestivo e do coração, destruindo estes tecidos.
A pessoa é contaminada pelas fezes de insetos hematófagos conhecidos como “barbeiros” ou “chupanças”.
Dr. CARLOS CHAGAS
Estes protozoários apresentam seletividade pelo músculo cardíaco: eles penetram nas células cardíacas, perdem o flagelo e tornam-se esféricos. A presença dos parasitas causa lesões que prejudicam o funcionamento do coração, o que leva à morte o doente.
A infestação pode causar também aumento e disfunção de outros órgãos, como o esôfago, o baço, o fígado. Porém, o tratamento adequado do paciente chagásico, iniciado precocemente pode aumentar a expectativa de vida.
O causador da doença: um flagelado
O transmissor da doença: um percevejo
O vetor que transmite o Trypanosoma para o ser humano é um percevejo que pertence geralmente aos gêneros Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius, sendo a espécie transmissora mais comum o Triatoma infestans. Rhodnius prolixus
Triatoma sp Triatoma infestans
O barbeiro adquire os tripanosomos ao sugar sangue de pessoas ou animais silvestres contaminados, como tatús, em cujas tocas o barbeiro costuma se abrigar. Este animais costumam ser reservatórios naturais do protozoário.
O inseto transmissor pode ser encontrado em ninhos de pássaros, cascas de troncos de árvores, montes de lenha e embaixo de pedras. Os barbeiros também costumam se esconder em frestas de casas de pau-a-pique ou de barro.
O triatoma tem hábitos noturnos: sai da toca durante a noite, a procura de alimento (sangue) e geralmente pica as pessoas no rosto.
O T. cruzi e a Doença de Chagas:
1
2
3
1. Trypanosoma aderindo-se à célula muscular.
2. T.cruzi penetrando em célula do miocárdio.
3. Tripanossomos, já sem flagelo, alojados no
músculo cardíaco.
Proteger portas e janelas com telas. Proteger camas com cortinados Usar inseticidas
Profilaxia:Não há ainda um tratamento eficaz para a Doença de Chagas.
São necessárias, portanto, medidas preventidas ( que evitem a penetração do Trypanosoma no organismo humano.
Malária: a febre dos pântanosMau ar: no passado acreditava-se que as pessoas adoeciam
devido à má qualidade do ar fétido próximo aos pântanos.
Brasil: maleita, impaludismo, febre palustre, tremedeira, febre terçã, febre quartã.
A malária é endêmica em muitas regiões do mundo. Note a gravidade da situação do Brasil em relação à ocorrência desta protozoose.Fonte: Organização Mundial da Saúde.
Os causadores da Malária: esporozoários do gênero Plasmodium
Plasmodium vivax: causa a malária terçã benigna, produz ataques de febre a cada 48 horas.
Plasmodium falciparum: causa a febre terçã maligna, mais grave, com picos de febre em intervalos irregulares.
Plasmodium malariae: malária quartã benigna, com febre a cada 72 horas.
Em 1880 o médico Alphonse Leveran descobriu o Plasmodium no sangue de pessoas contaminadas e em 1897 o inglês Ronald Ross identificou o esporozoário no intestino de um mosquito. A
partir daí entendeu-se o ciclo reprodutivo do parasita no mosquito e no homem, o que rendeu o Nobel de Medicina à
Ross em 1902.
O transmissor (vetor) do Plasmodium ao homem:
Mosquitos do gênero Anopheles
O Anopheles é conhecido como “mosquito-prego”, e é a fêmea que pica o homem à procura de sangue, que possui componentes necessários à formação e desenvolvimento dos ovos. O machos se alimentam de seiva vegetal.
Por isso a malária está associada a zonas de mata, pantanosas: os machos necessitam das plantas para sua alimentação e as fêmeas , devidamente abastecidas de sangue, depositam seus ovos na água, onde irão se desenvolver as larvas.
A malária é a doença infecciosa que mais provoca mortes no mundo. Segundo estimativas recentes da OMS, ocorrem, por ano, cerca de 400 milhões de novos casos, que resultam em 2 milhões de mortes. Em aproximadamente 200 países é uma endemia à qual 2 bilhões de pessoas estão expostas: isso equivale a 35% da população mundial.
O Brasil é o país das Américas com o maior número de casos e o terceiro colocado no mundo em número de casos.
Os sintomas costumam aparecer em média 6 a 30 dias após a picada do mosquito.
Ciclo da Malária
Cada trofozoíto que invade uma hemácia passa por um processo assexuado de reprodução, a divisão múltipla, originando de 6 a 36 fromas chamadas merozoítos. As hemácias infestadas arrebentam, liberando os merozoítos na correnete sangüinea.
Os picos de febre alta que caracterizam a malária , coincidem com a liberação dos merozoítos no sangue. Milhares de hemácias infestadas , arrebentando simultaneamente, liberam merozoítos e toxinas no sangue, o que provoca a febre e o mal-estar.
Para evitar a malária as pessoas devem eliminar de suas casas os criadouros das larvas aquáticas dos mosquitos e protejer janelas e portas com telas e camas com cortinados , além de usar inseticidas. Pessoas que viajam para regiões onde há incidência de malária devem tomar quinino preventivamente.
Tratamento da malária:No começo do século, os doentes de malária eram tratados com medicamentos à base de quinino , extraído da casca de algumas espécies da árvore Chinchona.
Aos poucos, porém, percebeu-se que o quinino não tinha mais efeito: foram selecionadas linhagens de Plasmodium resistentes aos efeitos do quinino.Atualmente, novas substâncias estão sendo utilizadas,
entre elas a artemisina, isolada de uma planta chinesa chamada Artemisia.
Leishmaniose cutânea - Úlcera de Baurú
Agente causador: flagelado Leishmania brasiliensis .
Forma de contágio: doença é transmitida pela picada do mosquito-palha (birigúi), um inseto do gênero Phlebotomus e afeta a pele, mucosas e cartilagens, sendo os locais
mais atingidos rosto, braços e pernas
Sintomas: Ulcerações na pele, principalmente no rosto, braços e pernas.
Mosquito-palha ou “birigüí”
Phlebotomus
Ciclo da Leishmaniose cutânea
As feridas decorrentes da picada do mosquito-palha infectado são de difícil cicatrização, provocando lesões graves na pele e mucosas.
A Leishmaniose também afeta animais, especialmente cães.
DOENÇA AGENTE CAUSADOR
SINTOMAS FORMA DE CONTÁGIO
AMEBÍASE OU DISENTERIA AMEBIANA
Entamoeba histolytica
Diarréia com sangue e muco devido à lesões na parede intestinal.
Ingestão de alimentos (frutas, verduras) ou água contaminados por CISTOS do protozoário.
GIARDÍASE Giardia lamblia Diarréia acompanhada de dores abdominais devido à lesões na parede intestinal.
Ingestão de alimentos (frutas, verduras) ou água contaminados por CISTOS do protozoário.
TRICOMONÍASE
Trichomonas vaginalis
Corrimentos e infecções vaginais e uretrais.
Através de relações sexuais com indivíduos portadores ou uso/contato com objetos contaminados.
DOENÇA DO SONO
Trypanosoma gambiensis
Sonolência e torpor, culminando no coma, devido à lesões no SN.
Picada da mosca tsé-tsé (Glossina).
DOENÇA DE CHAGAS
Trypanosoma cruzi
Insuficiência cardíaca devido à lesões no miocárdio.
Fezes do inseto barbeiro (Triatoma) contaminadas.
MALÁRIA Plasmodium vivax
Febres e mal estares cíclicos coincidentes com a destruição de hemácias e a eliminação de toxinas pelo parasita, no sangue.
Picada da fêmea do mosquito-prego, um pernilongo do gênero Anopheles.
LEISHMANIOSE OU ÚLCERA
DE BAURÚ
Leishmania brasiliensis
Feridas graves na pele, geralmente no rosto, braços e pernas.
Picada do mosquito-palha ou birigüí (Phlebotomus).