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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
_________________________________________________________________________________
ANÁLISE DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS DISPENSADOS EM UMA
FARMÁCIA REGIONAL DO SUS NO MUNICÍPIO DE SINOP NO ANO DE 2015
CHARLES NATAN DE ASSIS MOHR
Sinop-MT
2018/1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
_________________________________________________________________________________
ANÁLISE DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS DISPENSADOS EM UMA
FARMÁCIA REGIONAL DO SUS NO MUNICÍPIO DE SINOP NO ANO DE 2015
CHARLES NATAN DE ASSIS MOHR
Trabalho de Curso apresentado ao Curso de
Farmácia da Universidade Federal de Mato
Grosso – UFMT, campus de Sinop como
requisito parcial para obtenção do título de
Farmacêutico, sob a orientação da Profª Drª
Regiane de Castro Zarelli Leitzke.
Sinop-MT
2018/1
Dedico à minha família, em especial à minha
mãe, que sempre fez o melhor para que eu
concluísse essa etapa da vida e aos meus
amigos que acreditaram na minha capacidade
em alcançar esse objetivo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pela dádiva da vida, nos proporcionando a
oportunidade de vivenciarmos ao longo da trajetória terrestre, o que há de melhor.
Agradeço à minha família, em especial minha mãe Dirce e minha avó Conceição, que
nas suas dificuldades me ajudaram a superar as minhas.
Aos meus amigos, que sempre me zoavam, por não ter concluído ainda a graduação,
enquanto já estavam , em alguns casos, completando meia década de formados.
Agradeço a minha orientadora Regiane de Castro Zarelli Leitzke pelo apoio, pela disposição
na orientação e por não ter desistido de mim, mesmo quando até eu já havia desistido.
Aos professores, que ao decorrer desses longos anos acreditaram no meu potencial, mesmo
que eu não me esforçasse o suficiente para retribuir tantos incentivos.
A todos que de maneira direta ou indiretamente, fizeram parte desses períodos nas salas
de aula e fora delas.
RESUMO
MOHR, C. N. A. - ANÁLISE DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS DISPENSADOS
EM UMA FARMÁCIA REGIONAL DO SUS NO MUNICÍPIO DE SINOP NO ANO DE
2015. 2018. 25 páginas. Trabalho de Curso de Farmácia – Universidade Federal de Mato
Grosso, Campus de Sinop.
A OMS desenvolveu o protocolo de Indicadores do Uso de Medicamentos para
promoção do Uso Racional de Medicamentos, pois o mesmo descreve o padrão de uso e prática
de prescrição de medicamentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as prescrições médicas de
uma farmácia regional em Sinop-MT, e classifica-las quanto ao Sistema de Classificação
Anatômico-Terapêutico Químico (ATC) e quanto aos indicadores de prescrição. Os resultados
obtidos na análise dos indicadores de prescrição demonstraram que a média de medicamentos
prescritos (2,3%) e a porcentagem de medicamentos prescritos pela denominação genérica
(88,6%), está acima do recomendado pela OMS, enquanto a prescrição de medicamentos
presentes na REMUME ou RENAME (53%) está abaixo do preconizado. Já a percentagem de
receitas em que foram prescritos antibióticos e injetáveis se encontravam dentro do recomendado
pelos indicadores de prescrição da OMS. Em relação ao Sistema de Classificação ATC, os cinco
medicamentos mais prescritos foram os antibacterianos para uso sistêmico, antiinflamatórios e
antireumáticos, agentes antitrombóticos, diuréticos e medicamentos para diabetes. Quanto ao
grupo anatômico principal, os medicamentos pertencentes ao Sistema Cardiovascular estavam
presentes na grande maioria das prescrições. Estudos como este, podem orientar e fornecer
dados importantes quanto ao uso racional de medicamentos e enfatizar sobre a necessidade
frequente de atualização periódica da remume e capacitação profissional para prescrição de
medicamentos para se adequar ao perfil epidemiológico dos pacientes atendidos pela farmácia
regional
Palavras-chaves:; Atenção farmacêutica, , prescrições médicas, dispensação, Indicadores de
uso racional de medicamentos.
LISTA DE ABREVIATURAS
SUS - Sistema Único de Saúde
CF - Constituição Federal
OMS - Organização Mundial da Saúde
ATC - Sistema de Classificação Anatômico Terapêutico
WHO - World Health Organization
DDD - Dose Diária Definida
REMUME - Relação Municipal de Medicamentos Essenciais
DCI - Denominação Comum Internacional
DCB - Denominação Comum Brasileira
RENAME - Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
Sumário
1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 12
2.1 Indicadores de Prescrição ..................................................................................... 12 2.2 Sistema de Classificação Anatômica Terapêutico Química ...................................... 13
3. ARTIGO ................................................................................................................ 14
3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 18 3.2 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 20
3.2.1 Tipo de Estudo a ser realizado ................................................................................. 20 3.2.2 Recrutamento das amostras, caracterização, coleta e análise de dados ................... 20 3.2.3 Considerações Éticas da Pesquisa ........................................................................... 20
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 22
3.3.1. Indicadores de prescrição ................................................................................. 22 3.3.2.Classificação anatômica Terapêutico Química (ATC) ............................................ 24
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 28
3.5 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 30
ANEXO A – Normas Revista Brasileira de Farmacêuticos .......................................... 33
10
1.0 INTRODUÇÃO
No ano de 1998, foi publicada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio
da Portaria GM/MS n. 3916, tendo como finalidades principais de garantir a necessária
segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional dos
medicamentos e o acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais
(BRASIL, 2007.). A PNM possui diretrizes prioritárias, que são a revisão permanente da
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), a reorientação da assistência
farmacêutica, a promoção do uso racional de medicamentos e a organização das atividades de
Vigilância Sanitária de medicamentos (BRASIL, 2007).
A Assistência Farmacêutica tem caráter sistêmico, multidisciplinar e envolve o acesso
a todos os medicamentos considerados essenciais. Indicada e fundamentada nas propostas
aprovadas na I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, foi
aprovada e implantada a Resolução n. 338 de 2004, a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica. Para a efetivação da PNAF devem ser considerados elementos-chave
recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as políticas de medicamentos
que são, a seleção de medicamentos essenciais, disponibilidade de medicamentos,
financiamento dos medicamentos, sistema de suprimento, regulação e garantia da qualidade,
uso racional de medicamentos (URM), pesquisa, desenvolvimento de recursos humanos,
monitoramento e avaliação (CONASS,2008)Existem vários obstáculos para a promoção do Uso
Racional de Medicamentos (URM), como prescrição múltipla, erros de prescrição, número
excessivo de produtos farmacêuticos, prática da automedicação, falta de informações aos
usuários falta de acesso aos medicamentos dentre outros. (BRASIL, 2007),
Com relação a falta de acesso, a Constituição Federal assegura também que cidadão tem
direito de obter, gratuitamente, os medicamentos que necessita. Até porque os cidadãos já
pagaram antes por eles, por meio dos impostos. Portanto, as unidades da rede pública de saúde
devem, obrigatoriamente, fornecer aos pacientes os medicamentos receitados (IDEC, 2006).
Neste contexto, cabe ressaltar a importância da receita médica, que representa a tradução
por escrito da ordem do profissional prescritor, permitindo ao paciente obter o medicamento e
as instruções para o tratamento. (ANDRADE, 2004).
Todavia, há de se pontuar que o SUS, dentro das suas atribuições preconizadas pela
CF/88, enfrenta dificuldades para se manter, especialmente no que diz respeito a cobertura dos
altos custos na manutenção do sistema. A maior parcela dos custos incorridos ao SUS refere-se
11
ao fornecimento de medicamentos que, associado aos baixos investimentos governamentais e a
carência ou ausência de políticas públicas eficientes, podem comprometer o programa como
um todo, afetando diretamente a população no acesso ao seu direito básico (ROMANELLI,
2009).
Diante da preocupação em promover o Uso Racional de Medicamentos, a OMS
desenvolveu o protocolo, de Indicadores do Uso de Medicamentos, método objetivo para ser
usado como instrumento de trabalho nos serviços de saúde e para descrever padrão de uso e
prática de prescrição de medicamento (CARMO, 2003).
Sendo assim, este trabalho tem por objetivo avaliar as prescrições médicas de uma
farmácia municipal em Sinop-MT, conforme preconizado pela OMS, quanto aos indicadores
de prescrição e classificar os medicamentos solicitados, segundo o Sistema de Classificação
Anatômica Terapêutico Química (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System
ATC/DDD).
.
12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Indicadores de Prescrição
O uso de medicamentos é algo que necessita de moderação, devido aos riscos iminentes
à integridade da saúde humana, que deve ser realizado com acompanhamento especializado e
pautado em leis de regulação.
No intuito de racionalizar a utilização de medicamentos, tanto por parte do profissional
que prescreve, quanto para o paciente que utiliza, a Organização Mundial de Saúde (OMS –
World Health Organization, WHO), institucionalizou uma gama de indicadores que asseguram
a qualidade do uso de medicamentos prescritos, oferecendo maior segurança para ambas as
partes. Tais indicadores foram concebidos a partir observações ambulatoriais, tomando por base
registros médicos, históricos de pacientes e incidências de prescrição em um recorte de tempo
no local em que pacientes receberam tratamentos para doenças agudas ou crônicas (WHO,
1993; FRÖHLICH, 2011; ZANIN, 2012)
No Brasil, diversos trabalhos abordam os indicadores de prescrição, servindo de
referência para estudos voltados para as áreas da saúde. Trabalhos como os de Farias et.al.
(2007), Furini et.al. (2009), Albuquerque e Tavares (2011), Frohlich e Mengue (2011) servem
de base para apresentar os indicadores de prescrição, como seguem:
- Média de medicamentos por prescrição médica: pode-se mensurar o grau da
polimedicação a partir de fatores integrados entre os medicamentos e reações, que podem ser
adversas;
- Porcentagem de medicamentos prescritos pelo nome genérico: utiliza-se para que seja
possível a evidenciação e controle dos custos imbuídos ao serviço de saúde decorrente dos
medicamentos prescritos, considerando o maior ônus dos medicamentos de referência
- Porcentagem de medicamentos prescritos da lista de medicamentos essenciais:
objetiva pela garantia do tratamento dos principais problemas patológicos da população, bem
como permite o controle dos custos e a adequação padronizada das prescrições aos
medicamentos
- Porcentagem de antibióticos prescritos por receita: Demonstrativo de uma das grandes
causas de problemas na escolha da melhor terapêutica, devido a possibilidade de
desenvolvimento da resistência bacteriana através do pedido excessivo e irracional dessa classe.
13
- Porcentagem de injetáveis prescritos por receita: garante o controle para a adequada
administração de medicamentos injetáveis, de maneira que possam ser mitigados ou, ao menos,
amenizados problemas decorrentes do uso inadequado e errôneo destes.
Pelo exposto, pode-se visualizar os indicadores de prescrição como alternativas que
possibilitem o desenvolvimento dos serviços de saúde com maior qualidade e eficiência,
considerando o emprego de recursos e a segurança à integridade física da população, bem como
melhor desempenho para os profissionais que os prescrevem.
2.2 Sistema de Classificação Anatômica Terapêutico Química
A ATC é a sigla para a classificação Anatômica Terapêutico Química, que, em conjunto
com a Dose Diária Definida - DDD (Defined Daily Dose) forma o sistema ATC/DDD, que,
desde 1996, passou a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como padrão
internacional para os estudos de utilização de drogas. No sistema de classificação ATC, as
drogas são divididas em diferentes grupos, de acordo com o órgão ou sistema no qual eles atuam
e suas propriedades químicas, farmacológicas e terapêuticas (WHO, 2003).
14
3. ARTIGO
O artigo foi elaborado com as normas da Revista Brasileira de Farmácia da associação
Brasileira de farmacêuticos (ABF) (ANEXO A), à qual será submetido após a defesa e antes de
protocolar na biblioteca.
15
INDICADORES DE PRESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO ATC EM RECEITAS
MÉDICAS DISPENSADAS EM UMA FARMÁCIA REGIONAL DO SUS NO
MUNICÍPIO DE SINOP NO ANO DE 2015.
Charles Natan De Assis Mohr*1, Regiane de Castro Zarelli Leitzke2.
1 Acadêmico do curso de Farmácia. Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus
Universitário de Sinop.
2 Docente do curso de farmácia. Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT), campus Universitário de Sinop.
_________________________
*Charles Natan de Assis Mohr
email: [email protected]
Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de
Sinop, Av. Alexandre Ferronato, 1200, Reserva 35, Setor Industrial, 78550-000 - Sinop, MT –
Brasil.
16
RESUMO
A OMS desenvolveu o protocolo de Indicadores do Uso de Medicamentos para
promoção do Uso Racional de Medicamentos, pois o mesmo descreve o padrão de uso e prática
de prescrição de medicamentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as prescrições médicas de
uma farmácia regional em Sinop-MT, e classifica-las quanto ao Sistema de Classificação
Anatômica Terapêutico Química (ATC) e quanto aos indicadores de prescrição. Os resultados
obtidos na análise dos indicadores de prescrição demonstraram que a média de medicamentos
prescritos (2,3%) e a porcentagem de medicamentos prescritos pela denominação genérica
(88,6%), está acima do recomendado pela OMS, enquanto a prescrição de medicamentos
presentes na REMUME ou RENAME (53%) está abaixo do preconizado. Já a porcentagem de
receitas em que foram prescritos antibióticos (10%) e injetáveis (1,33%) se encontravam dentro
do recomendado pelos indicadores de prescrição da OMS. Em relação ao Sistema de
Classificação ATC, os cinco classes de medicamentos mais prescritos foram os antibacterianos
para uso sistêmico, antiinflamatórios e antireumáticos, agentes antitrombóticos, diuréticos e
medicamentos para diabetes. Quanto ao grupo anatômico principal, os medicamentos
pertencentes ao Sistema Cardiovascular estavam presentes na grande maioria das prescrições.
Estudos como este, são de extrema importância para orientar e fornecer dados quanto ao uso
racional de medicamentos, para enfatizar a necessidade frequente de capacitação profissional
para prescrição de medicamentos presentes na remume e de sua atualização periodica para se
adequar ao perfil epidemiológico do município.
Palavras-chaves: Atenção farmacêutica, prescrições médicas, dispensação, Indicadores de uso
racional de medicamentos.
17
ABSTRACT
The WHO developed a protocol of Indicadores do Uso de Medicamentos para Promoção
do Uso Racional de Medicamentos (Indicators of the Use of Medicines for the Promotion of
Rational Use of Medicines), which describes the usage pattern and the medicines prescription
practice. The aim of this work was to evaluate the medical prescriptions from a regional
drugstore in Sinop-MT, and classify them according to the Sistema de Classificação
Anatômico-Terapêutico Químico (ATC) (Anatomic-therapeutic Chemical Classification
System) and prescription indicators. Results obtained from the prescription indicators analysis
showed that the average of prescribed medicines (2,3%) and the percentage of medicines
prescribed by their generic designations (88,6%) are above the recommended by WHO, while
the prescription of medicines from the REMUME or RENAME (53%) are below the
envisioned. On the other hand, the percentage of prescriptions containing antibiotics (10%) and
injectable drugs (1,33%) are within the recommended by the WHO prescription indicators.
Regarding the ATC Classification System, the five most prescribed classes of medicines were
antibiotics for systemic use, anti-inflammatories and anti-rheumatics, antithrombotic agents,
diuretics and medicines for diabetes. In terms of the main anatomic group, medicines belonging
to the Cardiovascular System were in most of the prescriptions. Studies such as this one are of
extreme importance to guide and provide data related to the rational use of medicines,
emphasizing the need of frequent professional training towards prescription of medicines
present in the remume and its periodic updating to adequate itself in the epidemiologic profile
of the city.
Key words: Pharmaceutical Care, medical prescriptions, dispensing procedure, Indicators of
Rational use of Medicines.
18
3.1 INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Medicamentos, é parte essencial da Política Nacional de Saúde,
constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de
promover a melhoria das condições da assistência à saúde da população (BRASIL, 2001). A
Política Nacional de Assistência Farmacêutica também é parte integrante da Política Nacional
de Saúde, e sua implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde,
efetuando os serviços de Assistência Farmacêutica. Esses serviços tratam-se de um conjunto de
ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo,
tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional
(BRASIL, 2004).
O uso racional de medicamentos consiste, assim, em maximizar os benefícios obtidos
pelo uso dos fármacos, em minimizar os riscos decorrentes de sua utilização (acontecimentos
não desejados) e em reduzir os custos totais da terapia para o indivíduo e a sociedade (MOTA
et al. 2008)
Outro instrumento essencial para o uso racional de medicamentos e para o tratamento é
a prescrição que deve conter as informações necessárias e obrigatórias sobre o medicamento,
como dose, frequência e a duração do tratamento adequados para a problema de saúde do
paciente.
A prescrição é um importante fator para a qualidade e quantidade do consumo de
medicamentos, embora o ato da prescrição sofra influências do conhecimento do prescritor, das
expectativas do paciente e da indústria farmacêutica.
Todavia, há de se pontuar que o SUS, dentro das suas responsabilidades assumidas pela
CF/88, enfrenta dificuldades para cumprir com as diretrizes de integralidade, universalidade e
equidade em saúde, especialmente no que diz respeito a cobertura dos altos custos na
manutenção do sistema. A maior parcela dos custos incorridos ao SUS refere-se ao
fornecimento de medicamentos que, associado aos baixos investimentos governamentais e a
carência ou ausência de políticas públicas eficientes, podem comprometer o programa como
um todo, afetando diretamente a população no acesso ao seu direito básico (ROMANELLI,
2009).
A OMS desenvolveu o protocolo de Indicadores do Uso de Medicamentos para a
promoção do URM, método objetivo para ser usado como instrumento de trabalho nos serviços
de saúde e para descrever padrão de uso e prática de prescrição de medicamento (CARMO,
2003).
19
Este trabalho objetivou avaliar as prescrições de medicamentos de uma farmácia
municipal em Sinop-MT, quanto aos indicadores de prescrição e classificar os medicamentos,
segundo o Sistema de Classificação Anatômica Terapêutico Química (Anatomical Therapeutic
Chemical Classification System ATC/DDD).
20
3.2 MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa de dados foi realizada na cidade de Sinop, que se localiza ao norte do estado
de Mato Grosso. Com uma população de 129.916 habitantes, conforme IBGE (2015), o
município possuía 40 estabelecimentos de saúde que atendem ao SUS, entre eles, 03 Farmácias
Regionais e 14 Unidades Básicas de Saúde (IBGE, 2015)
A coleta de dados para a realização deste trabalho foi feita durante o atendimento de
pacientes que buscavam acesso a medicamentos prescritos em uma farmácia regional, situada
na Avenida André Maggi, em Sinop-MT
3.2.1 Tipo de Estudo a ser realizado
A pesquisa, do tipo transversal, foi desenvolvida durante os meses de maio a dezembro
de 2015, utilizando como base os Indicadores de Prescrição de Medicamentos propostos pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) que recomenda para a amostragem em serviços de saúde
no mínimo 600 observações (WHO, 1993).
3.2.2 Recrutamento das amostras, caracterização, coleta e análise de dados
Foram observadas 1004 prescrições médicas de pacientes atendidos pelo SUS, que
buscaram os medicamentos na farmácia Regional de Sinop, no ano de 2015. Sendo que as
coletas foram realizadas de segunda à sexta-feira, pela manhã, durante o período de maio a
dezembro de 2015.
As informações coletadas foram número de medicamentos prescritos, número de
medicamentos prescritos pela denominação genérica, presença de antibióticos, presença de
medicamentos injetáveis na prescrição e presença de medicamentos prescritos conforme a
REMUME, idade, gênero, posologia, UBS que foi atendido. Os dados foram digitados no
Excel®, que posteriormente serviu de base para as demais tabelas apresentadas neste mesmo
trabalho.
Para definir as classes de medicamentos mais prescritos foi utilizado o sistema de
classificação Anatomica Terapêutico Química (ATC) da OMS, que classifica os medicamentos
de acordo com seu local de ação e suas propriedades terapêuticas, farmacológicas e
químicas.(DUZANSKI, J.;OBRELI NETO, P.R. , 2011)
3.2.3 Considerações Éticas da Pesquisa
21
Este projeto é parte integrante do projeto de extensão intitulado “Caracterização do
atendimento na farmácia regional no município de Sinop MT “que foi submetido ao comitê de
ética Plataforma Brasil tendo o número do parecer 921127.. Não foi utilizado termo de
consentimento, pois a pesquisa realizada, foi feita pela análise da prescrição realizada durante a
dispensação, sendo considerada análise documental.
22
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram analisadas 1004 receitas médicas, durante o ano 2015. Dos pacientes atendidos,
361 (35,95%) eram do gênero masculino e 643 (64,04%) do gênero feminino, sendo que as
mulheres apresentaram maior acesso aos medicamentos, com 68,58% da demanda atendida. Os
homens apresentaram uma demanda atendida de 68,14 %. A idade dos pacientes variou de 0 a
93 anos. A média de idade foi 42,25 anos, com uma mediana de 45 anos.
3.3.1. Indicadores de prescrição
A média de medicamentos por prescrição foi de 2,3 (Tabela 1). A quantidade de
medicamentos prescritos nas receitas variou de 1 medicamento a 10, por prescrição. Um total
de 88,6% dos medicamentos prescritos foram solicitados através de seus nomes genéricos e
foram prescritos 1,33% de medicamentos injetáveis. Foi verificado que 10%, do total de
medicamentos prescritos, estava presente alguma classe de antibiótico. Observou-se que cerca
53% dos 2322 medicamentos prescritos, faziam parte da Relação Municipal de Medicamentos
Essenciais (REMUME).
Tabela 1. Indicadores de prescrição das 1004 receitas de uma farmácia regional no município de Sinop-MT
comparados ao preconizado pela OMS.
Indicadores de prescrição Sinop-MT OMS*
Nº de medicamentos por prescrição (média) 2,3 2,0
Medicamentos pelo nome genérico (%) 88,6 (2322) 100
Antibióticos (%) 10 (232) < 20
Injetáveis (%) 1,33 (31) < 10
Medicamentos da REMUME (%) 53 (1183) ≥ 70
* WHO, 1993
Tabela 2. Comparação entre indicadores de prescrição em diferentes regiões.
Indicadores de
Prescrição
Nº de
amostras
Medicamentos
por prescrição
(média)
Medicamentos
pelo nome
genérico
(%)
Injetáveis
(%)
Anti-
biótico
s
(%)
Medicamentos
da REMUME
(%)
Sinop – MT
2015 1004 2,3 88,6 1,33 10 53
23
Sinop – MT
2013
(Trento, 2016)
1860 2 88,4 2,95 21 40,5
Região Africana
(Ofori,2016)
141.323 3,1 68 46,8 25 88
Muriaé (MG).
(Peres, 2014)
200 2,5 79 - 77,5 85,5
Feliz – RS
(Mortari, 2014)
2744 2,04 77,3 2,9 4,7 89,8
Joaquim
Távora–PR
(Duzanski,Obreli,2011)
1214 2,2 55,86 10,13 34,51 -
Total: 1004 2322 2058 31 232 53%
Ao avaliar os indicadores de prescrição, verificou-se que a média de medicamentos
prescritos a cada receita médica foi de 2,3 sendo superior a recomendada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) podendo indicar uma tendência a polimedicação (WHO, 1993).
Também foi superior quando comparado a Joaquim Távora-PR (2,2%) (DUZANSKI,OBRELI,
2011) e Feliz-RS (2,04%) (MORTARI, 2014 ) , porém foi inferior aos encontrados na região
Africana (3,1%) (OFORI, 2016) e em Muriaé-RS (2,5%) (PERES, 2014) em comparação ao
estudo realizado por Trento (2%) também no município de Sinop, no ano de 2016 é possível
observar um aumento da média de medicamentos por prescrição. A falta de eficácia dos
medicamentos disponíveis à população, somado a pouca confiança que alguns médicos
depositam a estes, podem ser alguns dos motivos para o aumento nesse indicador
(MARCONDES, 2002). Vale ressaltar que prescrições nas quais se observa a presença de
polifarmácia tendem a apresentar um risco maior de interações medicamentosas, causando
prejuízos ao plano terapêutico do paciente.
A porcentagem de medicamentos prescritos pela denominação genérica está acima dos
dados encontrados nos outros estudos utilizados para a comparação, no entanto continuam
abaixo do preconizado pela OMS que deve ser de 100% e tendo em vista que os dados são
oriundos de prescrições provenientes do serviço público, que leva em consideração a RDC nº
16, de 02 de março de 2007 que orienta que "no âmbito do sistema único de saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável deve, obrigatoriamente, ser realizada pela
Denominação Comum Brasileira (DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional
(DCI)" (MS, 2007), tal resultado demonstra o descumprimento da legislação vigente, além de
24
reafirmar a forte influência que as indústrias farmacêuticas possuem sobre os profissionais da
área da saúde.
É possível observar que a porcentagem de antibióticos prescritos se encontra superior
apenas ao encontrado em Feliz-RS (MORTARI, 2014), sendo compatível ao que a OMS
preconiza e também demonstrando uma redução da porcentagem deste indicador no mesmo
município quando comparado ao estudo de Trento em 2016, podendo indicar uma possível
conscientização dos profissionais de saúde referente ao uso excessivo desta classe de fármacos
que pode causar aumentando a resistência bacteriana.
O número de injetáveis prescritos, está de acordo com o recomendado pela OMS, o que
demonstra uma consciência com essa forma de administração de medicamentos, que pode
apresentar muitas complicações. Assim apesar de ser importante nos serviços de saúde essa
forma de administração farmacêutica pode ser considerada como segunda forma de escolha em
administração, visto que a disponibilidade de outras formas que oferecem menores riscos, e que
podem ser mais facilmente administradas pelo usuário.
A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) contempla a maioria
dos medicamentos para o controle e tratamento das patologias prevalecentes no município. A
recomendação da OMS é de que 70% ou mais das prescrições possuam medicamentos
provenientes da REMUME ou RENAME (WHO, 1993). Neste estudo foi possível observar que
apenas 53% dos medicamentos prescritos pertenciam a REMUME, Trento em 2016, achou
valor inferior a esse (40,5%), ambos muito a quem do que o recomendado pela OMS. A não
adequação da prescrição a REMUME dificulta ao paciente o acesso gratuito ao medicamento e
consequentemente afeta a adesão ao tratamento, visto que grande parcela da população não
possui condições de adquirir os medicamentos em farmácias particulares. Também pode-se
verificar, ou uma falta de conhecimento da REMUME por parte dos prescritores, ou a
REMUME está desatualizada e os medicamentos não são compatíveis com o perfil
epidemiológico do município.
3.3.2.Classificação anatômica Terapêutico Química (ATC)
Os 2322 medicamentos prescritos foram classificados de acordo com o grupo anatômico
principal e grupo terapêutico principal, respectivamente nível 1 e 2 da classificação ATC. Foi
possível classificar 11 grupos anatômicos principais e 38 grupos terapêuticos principais (tabela
3).
Dentre os cinco medicamentos mais prescritos estavam os antibacterianos para uso
sistêmico (J01) 231 medicamentos (9,95 %), antiinflamatórios e antireumáticos (M01) 227
25
medicamentos (9,78 %), agentes antitrombóticos (B01A) 205 medicamentos (8,83 %),
diuréticos (C03) 183 medicamentos (7,88 %) e medicamentos para diabetes (A10A) 149
medicamentos (6,42 %).
Tabela 3. Grupos e subgrupos terapêuticos dos medicamentos prescritos, segundo classificação ATC.
ATC n Frequência
Relativa
Frequência
Acumulada
A. Aparelho Digestivo e Metabolismo
Distúrbios de acidez (A02A) 13 0,56% 0,56%
Tratamento de úlceras pépticas (A02B) 137 5,90% 6,46%
Antiflatulentos (A02D) 4 0,17% 6,63%
Distúrbios funcionais e gastrointestinais (A03) 49 2,11% 8,74%
Antieméticos e Antinauseantes (A04) 33 1,42% 10,16%
Medicamentos para diabetes (A10A) 149 6,42% 16,58%
Vitaminas (A11) 28 1,21% 17,79%
Suplementos minerais (A12)
1 0,04% 17,83%
B. Sangue e Órgãos Hematopoiéticos
Agentes antitrombóticos (B01A) 205 8,83% 26,66%
Preparações de Ferro (B03A) 48 2,07% 28,73%
Vitaminas B12 e Ácidos Fólicos (B03B)
32 1,38% 30,10%
C. Sistema Cardiovascular
Glicosídeos Cardíacos (C01A) 11 0,47% 30,58%
Antiarrítmicos, Classe I e III (C01B) 14 0,60% 31,18%
Vasodilatadores (C01D) 39 1,68% 32,86%
Agentes Antiadrenérgicos (C02B) 14 0,60% 33,46%
Agentes que agem no musculo liso (C02D) 33 1,42% 34,88%
Diuréticos (C03) 183 7,88% 42,76%
Agentes beta bloqueadores (C07) 92 3,96% 46,73%
Inibidores da ECA (C09A) 100 4,31% 51,03%
Antagonistas da Angiotensina II (C09C) 133 5,73% 56,76%
Agentes Modificadores de Lipídeo (C10)
97 4,18% 60,94%
D. Dermatológicos
Antifúngicos para uso dermatológico (D01) 10 0,43% 61,37%
Anti-sépticos e desinfectantes (D08) 1 0,04% 61,41%
26
Preparativos anti-acne (D10)
7 0,30% 61,71%
G. Sistema Genito urinário e Hormônios Sexuais
Anti-infecciosos e anti-sépticos ginecológicos (G01 49 2,11% 63,82%
Hormônios Sexuais e moduladores dos órgãos genitais
(G03)
43 1,85% 65,68%
H. Medicamentos Hormonais Sistêmicos
Preparativos para Tireóide (H03)
36 1,55% 67,23%
J. Anti-infecciosos para uso Sistêmico
Antibacterianos para uso sistêmico (J01) 231 9,95% 77,17%
Antivirais para uso sistêmico (J05)
2 0,09% 77,26%
M. Sistema Músculo Esquelético
Anti-inflamatórios e anti-reumáticos(M01) 227 9,78% 87,04%
Doenças ósseas (M05) 17 0,73% 87,77%
Antigotosos (M02)
8 0,34% 88,11%
N. Sistema Nervoso
Analgésicos (N02) 140 6,03% 94,14%
Psicolépticos (N05)
3 0,13% 94,27%
P. Produtos Antiparasitários, Inseticidas e Repelentes
Antiprotozoários (P01)
49 2,11% 96,38%
R. Sistema Respiratório
Medicamentos para doenças obstrutivas das vias aéreas
(R03)
39 1,68% 98,06%
Anti-histamínicos para uso sistêmico (R06) 45 1,94% 100,00%
TOTAL 2322
A classificação ATC, possui suas limitações como a ausência de código para
determinadas indicações, para associações de fármacos e classificação limitada ao quarto nível.
27
Além disso, diversas plantas medicinais, produtos naturais, medicamentos homeopáticos e
ortomoleculares não fazem parte da classificação ATC. Porém para Listas de medicamentos
essências como REMUME e RENAME que não apresentam muitas associações foi a
classificação utilizada neste estudo.
Quanto ao grupo anatômico principal, os medicamentos pertencentes ao Sistema
Cardiovascular estavam presentes na grande maioria das prescrições, somando um total de 716
medicamentos prescritos (30,8%), em segundo estavam os medicamentos pertencentes ao
grupo Aparelho Digestivo e Metabolismo, 414 medicamentos (17,8%), seguido pelo grupo
Sangue e Órgãos Hematopoiéticos, 285 medicamentos (12,3%), Sistema músculo esquelético,
252 medicamentos (10,8%), Anti-infecciosos para uso Sistêmico, 232 medicamentos (10%).
Os outros grupos estavam presentes em uma quantidade menor, somando 18% dos
medicamentos prescritos, sendo eles Sistema Nervoso, 143 medicamentos (6,1%), Sistema
Genito urinário e Hormônios Sexuais, 92 medicamentos (4%), Sistema respiratório, 84
medicamentos (3,6%), Produtos Antiparasitários, Inseticidas e Repelentes, 49 medicamentos
(2,1%), Medicamentos Hormonais Sistêmicos, 36 medicamentos (1,5%) e Dermatológicos, 18
medicamentos (0,7%).
A predominância de medicamentos do Sistema Cardiovascular verificada neste estudo
está de acordo com o encontrado por Trento (37,8%) (2016) no mesmo município, e também
reflete a alta incidência de doenças cardiovasculares no país, sendo responsável por 27,4% dos
óbitos em 2003 (BUENO, 2009).
28
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em relação aos indicadores de prescrição foi possível observar que a média de
medicamentos prescritos (2,3), a porcentagem de medicamentos prescritos pela denominação
genérica (88,6%) e a prescrição de medicamentos presentes na REMUME ou RENAME (53%),
não estão de acordo com o recomendado pela OMS, como serviço apropriado. Tais dados
podem indicar uma tendência a polimedicação, visto que a média de medicamentos por receita
se encontra superior ao preconizado, também indica a forte influência que a indústria
farmacêutica ainda exerce sobre os profissionais de saúde, sendo evidenciado pelo alto número
de medicamentos prescritos pelo nome comercial e não genérico além de estar em desacordo
com a legislação vigente, que preconiza a prescrição pela denominação genérica. A prescrição
de medicamentos que não se encontram na Relação de Medicamentos Essenciais dificulta o
acesso gratuito do medicamento na rede pública influenciando diretamente no sucesso do
tratamento. Já os indicadores de antibióticos e injetáveis se encontravam dentro do previsto pela
OMS.
Quanto ao Sistema de Classificação ATC, os cinco medicamentos mais prescritos foram
os antibacterianos para uso sistêmico , antiinflamatórios e antireumáticos, agentes
antitrombóticos, diuréticos e medicamentos para diabetes. Em relação ao grupo anatômico
principal, os medicamentos pertencentes ao Sistema Cardiovascular estavam presentes na
grande maioria das prescrições, em segundo estavam os medicamentos pertencentes ao grupo
Aparelho Digestivo e Metabolismo, seguido pelo grupo Sangue e Órgãos Hematopoiéticos,
Sistema músculo esquelético e Anti-infecciosos para uso Sistêmico. Os outros grupos foram
encontrados em menor proporção.
Os resultados obtidos são de suma importância para demonstrar o perfil de prescrição
médica do município e podem ser utilizados para orientar e propor estratégias para o Uso
Racional de Medicamentos. Além de servir como um alerta aos profissionais de saúde sobre a
incoerência de algumas prescrições como o proposto pela OMS, sendo que tal fato pode
influenciar diretamente no tratamento correto do paciente.
O Uso Racional de Medicamentos vem sendo estimulado pelos profissionais de saúde e
pela OMS de forma contínua e visa o bem-estar do paciente e sucesso do tratamento
medicamentoso para minimizar danos à saúde decorrentes da utilização incorreta dos
medicamentos. Desta forma, estudos de indicadores de prescrição médica se fazem importantes
para auxiliar o trabalho de conscientização, sobretudo aos profissionais de saúde, quanto à
29
importância da prescrição no uso correto das medicações. Além de fornecer o perfil de
prescrições do município, estado ou país em serviços de saúde.
30
3.5 REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, V. M. T.; TAVARES, C. A. Avaliação de indicadores de
medicamentos: importância para a qualidade na prescrição médica. Revista Brasileira de
Farmácia Hospitalar. Serv. Saúde São Paulo vol.2, n.3, pág. 31 -35 set./dez. 2011. Disponível
em: <http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/RBFHSSV2N3%20artigo06.pdf>
BUENO, C. S.; OLIVEIRA, K. R.; BERLEZI, E. M.; EICKHOFF, H. M.; DALLEPIANE, L.
B.; GIRARDON-PERLINI, N. M. O.; MAFALDA, A. Utilização de medicamentos e risco
de interações medicamentosas em idosos atendidos pelo Programa de Atenção ao Idoso
da Unijuí. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, vol.30, pág. 331-338, 2009.
DUZANSKI, J.; OBRELI NETO, P.R. Indicadores de prescrição médica na unidade
básica de saúde central no município de Joaquim Távora, estado do Paraná. 2011
FARIAS, A. D.; CARDOSO, M. A. A.; MEDEIROS, A. C. D.; BELÉM, L.F.; SIMÕES, M.
O. S. Indicadores de prescrição médica nas unidades básicas de Saúde da Família no
município de Campina Grande, PB. Revista Brasileira de Epidemiologia, vol. 10, n. 2, pág.
149, 2007 Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rbepid/v10n2/02.pdf>
FRÖHLICH, S. E.; MENGUE, S. S. Os indicadores de qualidade da prescrição de
medicamentos da Organização Mundial da Saúde ainda são válidos. Ciência & Saúde
Coletiva, vol.16 n.4, 2011. Disponível em:
< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000400028>
FURINI, A. A. C.; GOMES, A. M.; SILVA, C. O.; VIEIRA, J. K. G.; SILVA, V. P.;
ATIQUE, T. S. C. Estudo de indicadores de prescrição, interações medicamentosas e
classificação de risco ao feto em prescrições de gestantes da cidade de Mirassol – São
Paulo. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, vol. 30, n.2, pág. 211-216,
2009. Disponível em:
<http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/1073/827>
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Panorama da
cidade de Sinop-MT. 2017. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mt/sinop/panorama>
MARCONDES, N. S. P. A Assistência farmacêutica básica e o uso de medicamentos na
zona urbana do município de Ponta Grossa Paraná: estudo de caso. Dissertação
(Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Estadual de Ponta Grossa / Fundação Oswaldo
Cruz, Rio de Janeiro, 2002.
MORTARI, C.; HENN, R. L.; PANIZ, V. M. V. Avaliação dos indicadores de prescrição e
dispensação de medicamentos no município de Feliz/RS. Revista Brasileira de
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MOTA, D.M; SILVA, M.G.C.; SUDO, E.C.; ORTÚN, V. Uso racional de medicamentos:
uma abordagem econômica para tomada de decisões. Ciência e Saúde coletiva, 2008.
Disponível em:
31
<https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S141381232008000700008&script=sci_arttext&tl
ng=pt >
OFORI-ASENSO R.; BRHLIKOVA P.; POLLOCK, A. M.
Prescribing indicators atprimary health care centers withinthe WHO Africanregion:
a systematicanalysis. BMC Public Health, vol. 16, 2016. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27545670>
PERES, V. R. S.; SILVA, J. L. O.; CRESPO, J. M. R. S.; SOARES, A. C. Qualidade das
prescrições médicas dos serviços públicos de saúde de um município da Zona da Mata
mineira. Revista Científica da Faminas, vol. 10, n. 2, 2014.
TRENTO, T, C. Avaliação das receitas médicas atendidas em uma farmácia regional de
Sinop - MT. 2016. Trabalho de Curso de Farmácia – Universidade Federal de Mato
Grosso, Campus de Sinop.
WHO – World Health Organization. How to Investigate Drug Use in Health Facilities:
Selected Drug Use Indicators (Prescribing indicators). 1993. Disponível em:
<http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Js2289e/3.1.html>
WHO – World Health Organization. The Anatomical Therapeutic Chemical Classification
System with Defined Daily Doses (ATC/DDD). 2003. Disponível em:
<http://www.who.int/classifications/atcddd>
32
REFERÊNCIAS
ANDRADE M. F; ANDRADE R. C. G.; SANTOS, V. Prescrição de psicotrópicos:
avaliação das informações contidas em receitas e notificações. Revista Brasileira
de Ciências Farmacêuticas, vol. 40, n.3, 2004.
CARMO T. A.; FARHAT F. C. L. G.; ALVES J. M. Indicadores de Prescrição
Medicamentosa: Ferramentas para Intervenção. Saúde em Revista. vol. 5, n. 11, pág. 49-
5, 2003.
CONASS , Conselho Nacional de Secretários de Saúde - Assistência Farmacêutica no SUS .
–Brasília,2007. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro7.pdf>
IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA AO CONSUMIDOR. Medicamento: um
direito essencial. 2006. Disponível em: <https://idec.org.br/publicacao/medicamento-um-
direito-essencial-2006>
ROMANELLI, P. R. S. Medicamentos de alto custo: quem paga a conta? –
2009.Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoAudienciaPublicaSaude/anexo/Medicamentos_de
_Alto_Custo__Quem_paga_a_conta_.pdf>
WHO – World Health Organization. The Anatomical Therapeutic Chemical Classification
System with Defined Daily Doses (ATC/DDD). 2003. Disponível em:
<http://www.who.int/classifications/atcddd>
ZANIN, F. H. C.; SIMON, T. F. P. Indicadores de prescrição médica em serviço de
urgência de um hospital público, Belo Horizonte – MG. Revista Brasileira de Farmácia
Hospitalar e Serviços de Saúde. São Paulo vol.3, n.1, pág. 42-45, 2012. Disponível em:
< http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/201205030109BR.pdf>
33
ANEXO A – Normas Revista Brasileira de Farmacêuticos
Guia para Autores
INSTRUÇÕES GERAIS
Todos os manuscritos devem ser originais e não publicados anteriormente. Cabe salientar que
submissão simultânea implicará em sua recusa nesse periódico. As publicações em inglês e
espanhol devem ser revisadas por um profissional de edição de língua estrangeira e não
garantem o aceite do artigo. O custo da revisão do texto em inglês ou espanhol é de
responsabilidade dos autores que são encorajados a buscar profissionais ou empresas
qualificadas.
A RBF reserva os direitos de submeter todos os manuscritos para revisores ad hoc, cujos nomes
serão confidenciais e com autoridade para decidir a aceitação ou declínio da submissão. Nos
casos de conflito de avaliações entre os pares, não se compromete a seguir com uma terceira
avaliação, a decisão contará com avaliação dos pareceres pelo Conselho Editorial.
FORMA E APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS
A RBF aceita artigos para as seguintes seções:
Artigos originais ou de revisão (até 7.000 palavras, incluindo notas e referências, e exclui o
Resumo/Abstract. Máximo de 5 figuras, quadro/gráfico ou tabela): textos inéditos
provenientes de pesquisa ou análise/revisão bibliográfica. A publicação é decidida pelo
Conselho Editorial, com base em pareceres - respeitando-se o anonimato tanto do autor quanto
do parecerista (double-blind peer review) - e conforme disponibilidade de espaço.
Artigos originais por convite (até 8.000 palavras, incluindo notas e referências, e exclui o
Resumo/abstract. Máximo de 5 figuras, quadro/gráfico ou tabela): textos inéditos de temas
previamente solicitados pelo editor (a) Chefe ou Conselho Editorial a autores/pesquisadores de
reconhecida experiência no campo das Ciências Farmacêuticas, que poderão resultar em artigos
resultado de pesquisa ou de revisão. Os artigos originais serão publicados com base em
pareceres (double-blind peer review). Apenas artigos que, devido a seu caráter autoral, não
podem ser submetidos anonimamente a um parecerista, serão analisados, com ciência do autor,
com base em pareceres em que só o parecerista é anônimo (single-blind peer review).
Resumo de Tese de Doutorado ou Dissertações de Mestrado (até 1500 palavras, incluindo
notas e referencias. Máximo de 3 figuras, tabela ou quadro/gráfico): Trata-se de
um Resumo ampliado de estudos acadêmicos que tenham relevância no campo das Ciências
farmacêuticas. Serão aceitos os Resumos de pesquisas que tenham sido defendidas até dois anos
antes da publicação da RBF. O número de Resumos não poderá ultrapassar 15% do total de
artigos apresentados por edição, e deverá contemplar as seções Introdução, Metodologia,
Resultados e Discussão e Conclusão de forma resumida.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
Deverá ser adotado o Sistema Internacional (SI) de medidas.
As equações necessárias a compreensão do texto deverão ser editadas
34
utilizando software compatível com o editor de texto. As variáveis deverão ser identificadas
após a equação.
Recomenda-se que os autores realizem a análise de regressão ou outro teste estatístico aplicável
para fatores quantitativos, mas que a utilização de programas específicos para o tratamento dos
dados estatísticos deve constar da seção de Metodologia.
ATENÇÃO: QUADROS/ TABELAS, GRÁFICOS E FIGURAS devem ter largura de no
máximo 18,25 cm, com alta resolução e enviados em arquivo separado. Nesse caso, sua
posição deve ser identificada no texto. CASO CONTRÁRIO, O MANUSCRITO SERÁ
DEVOLVIDO AOS AUTORES, que acarretará em nova submissão.
A RBF recomenda a utilização de Referencias Bibliográficas atualizada, salvo aquelas
consagradas em trabalhos de autores seminais de cada área específica, ou ainda em textos que
necessitam de informações históricas relevantes na compreensão da argumentação apresentada.
Consideraremos atualizadas aquelas com data de publicação em periódicos indexados a pelo
menos 5 anos da data de envio do manuscrito.
TODAS as correções sugeridas durante o processo de submissão deverão ser destacadas
em VERMELHO, e devolvida a comissão editorial pelo
endereço: [email protected].
FORMATAÇÃO DO TEXTO
Os manuscritos deverão utilizar aplicativos compatíveis com o Microsoft Word. Devem ser
escritos em página formato A4 com margens de 2 cm, espaçamento duplo, fonte Times New
Roman, tamanho 12, justificado. As linhas e páginas devem ser numeradas a partir do Título
até a página final.
Deve-se adotar no texto apenas as abreviações padronizadas. Por exemplo: Kg (quilograma)
A primeira citação da abreviatura entre parênteses deve ser precedida da expressão
correspondente por extenso. Por exemplo: Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
O recurso de itálico deverá ser adotado apenas para realmente destacar partes importantes do
texto, como por exemplo, citações ipsis literis de autores consultados, partes de depoimentos,
entrevistas transcritas, nomes científicos de organismos vivos e termos estrangeiros.
As ilustrações, figuras, esquemas, tabelas e gráficos deverão ser identificadas no texto,
conforme apresentação desejada pelo autor, e apresentadas em arquivo separado.
Os manuscritos deverão seguir a seguinte estrutura:
Título: deverá ser conciso e não ultrapassar 30 palavras, informativo, digitado em negrito com
letras minúsculas utilizando a fonteTimes New Roman (tamanho 14), com exceção da primeira
letra, dos nomes próprios e/ou científicos.
Autores: deverão ser adicionados a um espaço abaixo do título, centralizados, separados por
vírgula. O símbolo "&" deve ser adicionado antes do último autor (Ex.: Paulo da Paz, João de
35
Deus & Pedro Bondoso). Inserir os nomes completos dos autores, por extenso, com letras
minúsculas com exceção da primeira letra de cada nome.
Afiliação do autor: cada nome de autor deverá receber um número arábico sobrescrito
indicando a instituição na qual ele é afiliado. A lista de instituições deverá aparecer
imediatamente abaixo da lista de autores. O nome do autor correspondente deverá ser
identificado com um asterisco sobrescrito. O e-mail institucional, endereço completo, CEP,
telefone e fax do autor correspondente deverão ser escritos no final da primeira página.
Resumo (Abstract): deverá ser escrito na segunda página do manuscrito, não deverá exceder
200 palavras, deverá conter informações sucintas que descrevam objetivo da pesquisa,
metodologia, discussão/resultados e a conclusão. Os manuscritos escritos em português ou
em espanhol devem ter um Resumo traduzido para o inglês (Abstract). O Abstract deve ser
digitado naterceira página do manuscrito e deve ser revisado por um profissional de edição de
língua inglesa. Os manuscritos em inglês deverão apresentar um Resumo em português.
Palavras-chave (Keywords): são fundamentais para a classificação da temática abordada no
manuscrito em bancos de dados nacionais e internacionais. Serão aceitas entre 3 e 5 palavras-
chave. Após a seleção, sua existência em português e inglês deve ser confirmada pelo(s) autor
(es) do manuscrito no endereço eletrônico http://decs.bvs.br (Descritores em Ciências da Saúde
- Bireme). As palavras-chave (Keywords) deverão ser separadas por vírgula e a primeira
letra de cada palavra-chave deverá maiúscula.
Introdução: Situa o leitor quanto ao tema que será abordado e apresenta o problema de estudo,
destaca sua importância e lacunas de conhecimento (justificativa da investigação), e inclui ainda
os objetivos (geral e específico) a que se destina discutir.
Metodologia ou Percurso Metodológico: Nessa seção o autor (es) deve (m) apresentar o
percurso metodológico utilizado que apresente o tipo de estudo (se qualitativo ou quantitativo),
de base empírica, experimental ou de revisão de forma que identifique a natureza/tipo do estudo.
São fundamentais os dados sobre o local onde foi realizada a pesquisa; população/sujeitos do
estudo e seus critérios de seleção (inclusão e exclusão) e cálculo amostral. Nos casos de
pesquisa experimental cabe a identificação do material, métodos, equipamentos, procedimentos
técnicos e métodos adotados para a coleta de dados.
Na apresentação do tratamento estatístico/categorização dos dados cabe informar a técnica ou
programa utilizado no tratamento e análise. Nos casos de investigação com humanos ou animais
cabe informar a data e o número do protocolo da aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Quanto ao estudo de espécies vegetais deve ter a indicação do seu local de coleta (dados de
GPS), o país de origem, o responsável pela identificação da espécie e o depósito da exsicata.
Resultados e Discussão: devem ser apresentados de maneira clara, objetiva e em sequência
lógica, utilizando ilustrações (figuras, quadros e tabelas) quando necessário. Deve-se comparar
com informações da literatura sobre o tema ressaltando-se aspectos novos e/ou fundamentais,
as limitações do estudo e a indicação de novas pesquisas. Nessa seção cabe a análise e discussão
crítica da pesquisa.
Conclusões: apresentar considerações significativas fundamentadas nos resultados
encontrados e vinculadas aos objetivos do estudo.
36
Agradecimentos: opcional e deverá aparecer antes das referências.
Figuras, Quadro/Tabelas ou Gráficos: Todas as ilustrações devem apresentar um título breve
na parte superior e numerada consecutivamente com algarismos arábicos, conforme a ordem
em que forem citadas no manuscrito e a legenda com fonte em Times New Roman, tamanho
12, justificado e com largura máxima de 18,25 cm.
As Tabelas devem apresentar dados numéricos como informação central, e não utilizar traços
internos horizontais ou verticais. As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé da
tabela, com os seus respectivos símbolos. Se houver ilustração extraída de outra fonte,
publicada ou não, a fonte original deve ser mencionada abaixo da tabela. Não é permitida
a utilização de Figura, gráfico, quadro/tabela publicada em outro periódico sem antes pedir
autorização prévia dos autores e/ou da revista.
Qualquer uma dessas ilustrações com baixa resolução poderá ser excluída durante o
processo de diagramação da RBF, ou ainda comprometer o aceite do manuscrito.
As fotos deverão garantir o anonimato de qualquer indivíduo que nela constar. Caso os autores
queiram apresentar fotos com identificação pessoal, deverão apresentar permissão específica e
escrita para a publicação das mesmas.
Referências:
As citações bibliográficas deverão ser adotadas de acordo com as exigências da RBF. Citação
no texto, usar o sobrenome e ano: Lopes (2005) ou (Lopes, 2005); para dois autores (Souza &
Scapim, 2005); três autores (Lima, Pereira & Silva, 2008), para mais do que quatro autores,
utilizar o primeiro autor seguido por et al. (Wayner et al., 2007), porém na lista de referências
deverão aparecer ordenadas alfabeticamente pelo sobrenome do primeiro autor. A citação de
mais que uma referência por parágrafo requer a ordenação em ordem decrescente cronológica
e cada grupo de autores separados por "ponto e vírgula". Por exemplo: ( Gomes & Souza, 2012;
Mendez, 2010; Lima, Pereira & Silva, 2008).
A veracidade das referências é de responsabilidade dos autores. Os exemplos de referências
citados abaixo foram adaptados, em sua maioria, do documento original da ABNT (NBR 6023,
agosto de 2002).
a) Artigos de periódicos:
A abreviatura do periódico deverá ser utilizada, em itálico, definida no Chemical Abstracts
Service Source Index (http://www.cas.org/sent.html) ou na Base de dados PubMed, da US
National Library of Medicine (http://www.pubmed.gov), selecionando Journals Database.
Caso a abreviatura autorizada de um determinado periódico não puder ser localizada, deve-se
citar o título completo.
Autor (es)*. Título do periódico em itálico, volume (a indicação do fascículo é entre
parênteses): páginas inicial - final do artigo, ano de publicação.
Galato D & Angeloni L. A farmácia como estabelecimento de saúde sob o ponto de vista do
usuário de medicamentos. Rev. Bras. Farm.90(1): 14 – 18, 2009.
37
Fonseca VM, Longobuco P, Guimarães EF, Moreira DL, Kaplan MAC. Um teste do formato
de nome. Rev. Bras. Farm. 90(1): 14 – 18, 2009.
b) Livros:
Com 1 autor
Autor. Título. Edição (a partir da 2 a). Cidade: Editora, ano de publicação. Número total de
páginas.
Casciato DA. Manual de oncologia clínica. São Paulo: Tecmed, 2008. 1136 p.
Com 2 autores
Lakatos EM & Marconi MA. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 231 p.
Com autoria corporativa
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. I Fórum
Nacional de Educação Farmacêutica: O farmacêutico de que o Brasil necessita (Relatório
Final). Brasília, DF, 2008. 68p.
Capítulos de livros (o autor do capítulo citado é também autor da obra):
Autor (es) da obra. Título do capítulo. In: ________. Título da obra. Cidade: Editora, Ano de
publicação. Capítulo. Paginação da parte referenciada.
Rang HP, Dale MM & Ritter JM. In: Quimioterapia do câncer. Farmacologia. 5. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004. cap. 50, p. 789-809.
Capítulos de livros (o autor do capítulo citado não é o autor da obra):
Autor (es) do capítulo. Título da parte referenciada. In: Autor (es) da obra (ou editor) Título da
obra. Cidade: Editora, Ano de publicação. Capítulo. Paginação da parte referenciada.
Schenkel EP, Gosmann G & Petrovick PR. Produtos de origem vegetal e o desenvolvimento de
medicamentos. In: Simões CMO. (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed.
Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da UFSC, 2003. cap. 15, p. 371-400.
Citação indireta
Utiliza-se apud (citado por) nas citações que foram transcritas de uma obra de um determinado
autor, mas que na verdade pertence a outro autor.
Helper CD & Strant LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am. J.
Hosp. Pharm. 47: 533-543, 1990. Apud Bisson MP. Farmácia Clínica & Atenção
Farmacêutica. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 3-9.
c) Teses, Dissertações e demais trabalhos acadêmicos:
Autor. Título (inclui subtítulo se houver). Ano. Cidade. Total de páginas. Tipo (Grau),
Instituição (Faculdade e Universidade) onde foi defendida.
Sampaio IR. Etnofarmacologia e toxicologia de espécies das famílias Araceae e
38
Euphorbiaceae. 2008. Rio de Janeiro. 45 p. Monografia (Especialização em Farmacologia),
Associação Brasileira de Farmacêuticos. Rio de Janeiro.
d) Eventos científicos (Congressos, Seminários, Simpósios e outros):
Autor (es). Título do trabalho. Nome do evento, nº do evento. Página. Cidade. País. Ano.
Marchioretto CT, Junqueira MER & Almeida ACP. Eficácia anestésica da neocaína (cloridrato
de bupivacaína associada a epinefrina) na duração e intensidade da anestesia local em dorso de
cobaio. Reunião anual da SBPC, 54, Goiânia, Brasil, 2002.
e) Patentes: Devem ser identificadas conforme modelo abaixo e na medida do possível o
número do Chemical Abstracts deve ser informado.
Ichikawa M, Ogura M & Lijima T. 1986. Antiallergic flavone glycoside from Kalanchoe
pinnatum. Jpn. Kokai Tokkyo Koho JP 61,118,396,apud Chemical Abstracts 105: 178423q.
f) Leis, Resoluções e demais documentos
Conforme o modelo:
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria
Colegiada (RDC) n o 44, de 17 de agosto de 2009.
g) Banco/Base de Dados
Conforme o modelo
BIREME. Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. Lilacs
- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Acesso em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&base=LILACS
&lang=p>. Acesso em: 27 ago. 2009.
h) Homepage/Website
Conforme o modelo:
WHO Guidelines for Pharmacological Management of Pandemic (H1N1) 2009 Influenza and
other Influenza Viruses. 91 p. Disponível em:
<http://www.who.int/csr/resources/publications/swineflu/h1n1_guidelines_pharmaceutical_m
ngt.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2009.
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