170
FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. ” ISAAC FERREIRA DA SILVA ORIENTADOR: PROF. DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2014.

“GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DDIISSSSEERRTTAAÇÇÃÃOO DDEE MMEESSTTRRAADDOO PPRROOFFIISSSSIIOONNAALL EEMM AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO

“GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR. ”

IISSAAAACC FFEERRRREEIIRRAA DDAA SSIILLVVAA

ORIENTADOR: PROF. DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2014.

Page 2: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

“GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NAS ENTIDADES

FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. ”

ISAAC FERREIRA DA SILVA Dissertação apresentada ao curso de Mestrado

Profissionalizante em Administração como

requisito parcial para obtenção do Grau de

Mestre em Administração.

Área de Concentração: Administração Geral

ORIENTADOR: PROF. DR. VALTER DE ASSIS MORENO JUNIOR

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2014.

Page 3: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

..GOVERI{ANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ENTIDADES FECHADASDE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR''

ISAAC FERREIRA DA SILVA

Dissertação apresentada ao curso de MestradoProfissional em Administração como requisitoparcial para obtenção do Grau de Mestre emAdministração.

Avaliação: .\púzc>JAÞO

BANCA EXAMINADORA:

JÚNIOR (Orientador)VPROF. DR.Instituição:

PROF. DR. ROBERTO MARCOS DA SILVA MONTEZANOInstituição: Faculdades Ibmec

. DR. O BOTTECHIA JÚNIORInstituição: do Brasil

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2014.

Page 4: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

S586 Silva, Isaac Ferreira da.

Governança de tecnologia da informação nas entidades fechadas de previdência complementar / Isaac Ferreira da Silva. - Rio de Janeiro: [s.n.], 2014. 155 f.: il.

Dissertação de Mestrado em Administração do IBMEC. Orientador(a): Prof.º Dr. Valter de Assis Moreno Junior.

1. Governança de TI. 2. Alinhamento operacional de TI. 3. Habilidades técnicas de TI. 4. Infraestrutura flexível de TI. 5. Capacidades dinâmicas. 6. Desempenho das EFPCs. I. Título.

CDD 658.4038

Page 5: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

i

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Cecilia Garcez, pelo amor, amizade, paciência, carinho, apoio e incentivo em todos os momentos.

Page 6: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

ii

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Professor Valter Moreno, pelos ensinamentos, apoio, dedicação,

paciência, experiência, críticas e sugestões, os quais foram fundamentais e de grande

importância para a criação, desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

Aos professores do Ibmec pelos ensinamentos e reflexões e aos colegas de mestrado pelo

companheirismo e valorosa troca de experiências.

Aos gestores de administração e de TI das entidades que participaram da pesquisa. A sua

colaboração foi fundamental para a realização desse trabalho, contribuindo para que

pudéssemos conhecer um pouco mais do mercado de previdência privada no Brasil.

A minha família e a todos aqueles que em algum momento me apoiaram e me ajudaram nesta

jornada.

A Deus, por ter me possibilitado iniciar e concluir este trabalho.

Page 7: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

iii

RESUMO

Este estudo avalia a importância da boa governança de Tecnologia da Informação (TI) no

alinhamento entre a TI e os objetivos do negócio das entidades fechadas de previdencia

complementar – EFPCs. O modelo de investigação busca avaliar o alinhamento operacional

da TI com o negócio das entidades e o seu impacto nos resultados financeiros das entidades.

Foram utilizados os constructos de alinhamento operacional, governança de TI, habilidades

técnicas de TI, recursos gerais de TI, infraestrutura flexível de TI e as capacidades dinâmicas

das entidades.

A pesquisa foi exploratória de natureza quantitativa com utilização do método de

levantamento Survey. Foram utilizados dois questionários, o primeiro foi destinado ao pessoal

responsável pela área de TI e o segundo questionário foi destinado aos responsáveis pela área

administrativa. Além disso, outros dados como rentabilidade e despesas administrativas foram

coletados diretamente nos websites das entidades participantes.

Para testar as hipóteses das 29 entidades, utilizamos análises de regressão e concluimos que as

entidades terão um melhor alinhamento operacional entre TI e o negócio se têm implantadas

as boas práticas de governança de TI. Em consequência disto, teremos ganhos de eficácia,

eficiência e redução dos custos administrativos, pois a governança de TI proporciona melhoria

nas habilidades técnicas de TI, nos recursos gerais de TI, nos investimentos em TI e também

nas capacidades dinâmicas das entidades, pois contribuem para o desenvolvimento, adaptação

e redistribuição de recursos e capacidades na organização.

Palavras Chave: Governança de TI – Entidades fechadas de previdência complementar -

Alinhamento Operacional de TI – Recursos gerais de TI – Habilidades técnicas de TI –

Infraestrutura flexível de TI, Capacidades dinâmicas – Desempenho das EFPCs.

Page 8: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

iv

ABSTRACT

This study evaluates the importance of the good Information Technology (IT) governance in

the alignment between IT and business objectives of the Pension Funds. The research model

seeks to assess the IT operational alignment with the business of the Pension Funds and its

impact on their financial results. Constructs of operational alignment, IT governance, IT

technical skills, general IT resources, flexible IT infrastructure and the dynamic capabilities of

the entities were used.

The research was exploratory and quantitative, with the application of the Survey method of

data collection. Two questionnaires were used: the first one was intended to the IT staff and

the second one was intended for those responsible for the administrative area. In addition,

other data as profitability and administrative expenses were collected directly in the websites

of the analyzed Pension Funds.

In order to test the hypothesis of the 29 Pension Funds, it was used regression analysis. The

conclusion was that the Pension Funds will have a better operational alignment between IT

and their business core if they have implemented best practices of IT governance. As a result,

there will be effectiveness gains, efficiency and reduction in administrative costs, because IT

governance provides improvement in IT technical skills, in IT general resources, in IT

investments and also in the dynamic capabilities of the Pension Funds, once those practices

contribute to development, adaptation and redistribution of resources and capabilities in the

organization.

Key words: IT Governance – Pension Funds – IT Operational Alignment – IT General

Resources – IT Technical Skills – IT Flexible Infrastructure – Dynamic Capabilities – Pension

Funds Performance.

Page 9: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Intervenções e liquidações de EFPC’s ................................................................. 09

Figura 2 – Governança de TI e Gestão de TI ......................................................................... 25

Figura 3 – Estrutura de Governança de TI ............................................................................. 33

Figura 4 – Modelo de alinhamento estratégico (Galliers e Leidner) ..................................... 40

Figura 5 – Critérios de maturidade do modelo de alinhamento estratégico ........................... 43

Figura 6 – A relação entre heterogeneidade de recursos e imobilidade ................................. 46

Figura 7 – Modelo de pesquisa .............................................................................................. 50

Figura 8 – Setor de origem das EFPC’s estudadas ................................................................ 69

Figura 9 – Patrimônio das EFPC’s da amostra ...................................................................... 70

Figura 10 – Modelo de pesquisa ajustado .............................................................................. 74

Figura 11 - Coeficientes e resultados das hipóteses – GovFrame ........................................ 117

Figura 12 - Coeficientes e resultados das hipóteses – GovMens ......................................... 117

Figura 13 - Coeficientes e resultados das hipóteses – GovPar ............................................ 118

Figura 14 - Coeficientes e resultados das hipóteses – GovProj ........................................... 118

Page 10: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

vi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – EFPC – Ativos e quantidades de entidades por tipo de patrocínio (2013) ........... 06

Tabela 2 – Distribuição de participantes e assistidos por situação e plano (2013) ................ 07

Tabela 3 – Ativos dos fundos de pensão por região (2006-2011) .......................................... 08

Tabela 4 – Ativos dos fundos de pensão por país (2009-2011) ............................................. 08

Tabela 5 – Correlação entre governança corporativa e governança de TI ............................. 23

Tabela 6 – Diferentes mecanismos de governança de TI ....................................................... 31

Tabela 7 – Principais decisões sobre governança de TI ......................................................... 32

Tabela 8 – Vantagem e desvantagem e o melhor de ambos ................................................... 35

Tabela 9 – Determinantes da governança de TI ..................................................................... 35

Tabela 10 – Arquétipos da governança de TI ........................................................................ 37

Tabela 11 – Modelos de alinhamento estratégico .................................................................. 41

Tabela 12 – Fatores habilitadores e inibidores do alinhamento estratégico ........................... 42

Tabela 13 – Perfil dos respondentes ....................................................................................... 70

Tabela 14 – Estatística descritiva ........................................................................................... 71

Tabela 15 – Análise descritiva e confiabilidade dos constructos reflexivos .......................... 75

Tabela 16 – Análise descritiva dos constructos formativos ................................................... 75

Tabelas 17 a 64 – Regressão das hipóteses 1a a 12 ..................................................... 76 a 114

Tabelas 65 a 71 – Resumo do resultado das hipóteses ............................................... 114 a 116

Page 11: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

vii

LISTA DE ABREVIATURAS

Abrapp Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar

Bacen Banco Central

BSC Balanced Scorecard

CEO Chief Executive Officer

CFO Chief Financial Officer

CIO Chief Information Officer

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CMMI Capability Maturity Model Integration

CNSP Conselho Nacional de Seguros Privados

COBIT Control Objectives for lnformation and Related Technology

COO Chief Operational Officer

CVM Comissão de Valores Mobiliários

EFPC Entidade Fechada de Previdência Complementar

FMI Fundo Monetário Internacional

Funenseg Fundação Escola Nacional de Seguros

GC Governança Corporativa

GTI Governança de TI

IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

INSS Instituto Nacional de Seguro Social

ISACA Information Systems Audit and Control Association’s

ISACF Information Systems Audit and Control Foundation

Page 12: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

viii

ISMS Information Securíty Management System

ITGI IT Governance Institute

ITIL Information Technology Infrastructure Library

MPAS Ministério da Previdência Social

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

OECD The Organisation for Economic Cooperation and Development

PEN Plano Estratégico do Negócio

PETI Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação

PGBL Plano Gerador de Benefício Livre

PIB Produto Interno Bruto

PMBOK Project Management Body of Knowledge

Previc Superintendência de Nacional de Previdência Complementar

Sam Strategic Alignment Model

SI Sistemas de Informação

SIM Society for Information Management

SPC Secretaria de Previdência Complementar (até 12/2009)

SPPC Secretaria de Políticas de Previdência Complementar

Susep Superintendência de Seguros Privados

TI Tecnologia da Informação

VaI-IT IT Value Delívery

VGBL Vida Gerador de Benefício Livre

Page 13: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

ix

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 01

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................... 02

1.1.1 Previdências Social ........................................................................................................ 02

1.1.2 A Previdência Complementar ........................................................................................ 04

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .............................................................................................. 10

1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11

1.4 RELEVÂNCIA ................................................................................................................. 12

2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 13

2.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA .............................................................................. 13

2.1.1 Definições de Governança Corporativa ......................................................................... 13

2.1.2 Origem e Evolução ......................................................................................................... 14

2.1.3 Modelos de Governança Corporativa ............................................................................ 17

2.1.4 Importância da Governança Corporativa ....................................................................... 18

2.1.5 Governança das Entidades Fechadas de Previdência Complementar............................. 20

2.2. GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ..................................... 22

Page 14: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

x

2.2.1 Governança Corporativa (GC) e Governança de TI (GTI) ............................................ 22

2.2.2 Definições de Governança de TI .................................................................................... 24

2.2.3 A importância da Governança de Tecnologia da Informação ........................................ 26

2.2.4 Definição da Estrutura de Governança de TI ................................................................. 29

2.2.5 Alinhamento Estratégico e Operacional ......................................................................... 37

2.3. VISÃO BASEADA EM RECURSOS (RBV) ............................................................... 44

2.3.1 Conceito básico .............................................................................................................. 44

2.3.2 Capacidades Dinâmicas ................................................................................................. 47

2.3.3 Recursos e capacidades de Tecnologia da Informação .................................................. 48

3. HIPÓTESES DA PESQUISA .......................................................................................... 50

3.1 Habilidades Técnicas de TI (HTTI) .................................................................................. 51

3.2 Recursos Gerais de TI (RGTI) .......................................................................................... 53

3.3 Investimentos de TI da EFPC (INVTI) ............................................................................. 54

3.4 Despesas de TI com Terceiros (TERCTI) ......................................................................... 55

3.5 Infraestrutura Flexivel de TI (FLTI) ................................................................................. 56

3.6 Capacidades Dinâmicas (CADI) ....................................................................................... 58

3.7 Governança de TI (GOTI) ................................................................................................. 60

3.8 Alinhamento Operacional (AOTI) .................................................................................... 62

3.9 Desempenho da EFPC (GOTI) ......................................................................................... 63

4. METODO DE PESQUISA ............................................................................................... 65

4.1 Operacionalização dos Constructos .................................................................................. 67

Page 15: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

xi

4.1.1 Características da Amostra ............................................................................................. 69

5. RESULTADOS .................................................................................................................. 72

6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 119

6.1 Limitações e Sugestões para Pesquisas Futuras .............................................................. 122

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 124

ANEXOS .............................................................................................................................. 132

Page 16: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

1

1. INTRODUÇÃO

Em pleno século 21 a tecnologia da informação está cada vez mais presente no dia-a-dia das

pessoas e das empresas. Seja nos smartphones, tabletes, notebooks, redes sociais,

departamento financeiro, contabilidade, recursos humanos ou mesmo nos terminais de

atendimento aos clientes. A informação circula na velocidade da luz e estar fora dessa

evolução não é a melhor opção. Essa revolução tecnológica impõe às organizações impactos

profundos em seus modelos e processos de negócios para se adaptarem a essa nova era.

A partir da década de 1980, com o surgimento da governança corporativa, as empresas foram

pressionadas a se alinhar, se tornar atrativas e desejadas pelos acionistas. As empresas têm

que ampliar seu campo de ação, reforçando a tecnologia, não mais como um sistema

predominantemente operacional, mas sim como um elemento estratégico e de apoio à decisão

de grande relevância para as organizações. Consequentemente, é necessário ser bem

governada e inserida nas discussões da alta direção.

Os conselhos e executivos que delegavam decisões de TI no passado, não podem mais ignorá-

las, pois a TI está em todos os setores e impacta todos os processos da empresa. A governança

de TI nas organizações é fundamental para o alinhamento estratégico entre os negócios e a

tecnologia, na criação de valor, no controle e na minimização dos riscos relacionados ao

negócio.

No Brasil, temos 326 entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs), totalmente

dependentes da tecnologia e em crescente expansão, uma vez que a previdência

governamental além de deficitária, remunera os aposentados apenas com parte do que

recebiam na ativa, daí a necessidade de uma previdência complementar. Essas entidades, além

de movimentarem aproximadamente 677,3 bilhões de reais (14,7% do PIB – 2o trimestre

Page 17: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

2

2013) em recursos, são responsáveis pela aposentadoria de mais de 3,29 milhões de

participantes e assistidos (SPPC, 2013).

Na literatura, observamos que a governança de TI é estudada sempre no contexto do mercado,

como, por exemplo, a indústria, o comércio, as seguradoras e outros. Não foram encontrados

estudos especificamente focados no segmento dos fundos de pensão, e por isso a grande

importância da pesquisa aqui proposta.

Buscamos neste trabalho, através da pesquisa quantitativa, entender a influência da

governança de TI no desempenho das EFPCs, através das capacidades de TI, dos recursos de

TI e dos recursos organizacionais.

Para melhor entendimento, dividimos o trabalho com uma abordagem do mercado

previdenciário, a importância da governança corporativa nos fundos de pensão, o papel e a

influência da governança de TI, a abordagem teórica e, finalmente, a metodologia utilizada.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

1.1.1 Previdência Social

A Previdência Social no Mundo

A previdência social é um seguro administrado pelo governo que promete uma renda na

velhice de aposentadoria para o contribuinte, bem como provê renda para os casos de doença,

acidente, gravidez, prisão e pensão para os familiares no caso de morte, procurando garantir a

tranquilidade no presente em relação ao futuro (MPAS, 2013a).

Esta preocupação com seu amanhã não é recente, vem desde os tempos primórdios com o

homem guardando restos de alimento para o dia seguinte (RUSSELL, 2009). Até o século

XIX, para muitos, a única assistência existente aos doentes e na velhice era dos próprios

familiares. A religião também teve um papel fundamental de assistência e de cobrar das

autoridades ações para minimizar as condições dos mais necessitados, daqueles com idade

avançada e doentes (MACÊDO; VOGADO, 2012).

Mais de dois mil anos atrás, os governantes romanos forneciam pensões àqueles trabalhadores

e militares que ajudavam a perpetuar o império e suas conquistas (CLARK; CRAIG;

Page 18: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

3

WILSON, 2003). Posteriormente, podemos citar a instituição da Lei de Amparo aos pobres

(Poor Relief Act) pela Inglaterra, no século XVII. Depois, outros países da Europa, bem como

das Américas passaram a se preocupar com o assunto (MACÊDO; VOGADO, 2012).

Outro fator importante foi a revolução industrial e o grande êxodo do campo para as cidades,

com o crescimento da demanda por proteção social, o que levou a Inglaterra a reformar as leis

dos pobres, em 1832 e 1834.

Apesar de a Inglaterra e a França aparecerem como protagonistas da previdência social, o

marco da previdência foi a criação do seguro social idealizado pelo Chanceler Otto Von

Bismarck, em 1883, na Alemanha, onde houve a tríplice contribuição do Estado, dos

trabalhadores e das empresas. De 1883 a 1889, foram implantados o seguro doença, a

proteção acidentária e o seguro contra invalidez e velhice e, a partir de então, o sistema

previdenciário se tornou obrigatório em todas as fábricas e a experiência alemã se estendeu

para todos os países (FUNENSEG, 2013).

Conforme a evolução do sistema e a experiência de cada país, a previdência apresenta

características diferenciadas. A Europa, após adotar um sistema para atender às necessidades

oriundas da segunda guerra mundial, passa atualmente por dificuldades devido ao

envelhecimento da população, contando com dois trabalhadores para cada aposentado

(FUNENSEG, 2013).

A Inglaterra mantém um sistema de benefício definido baseado na média salarial da vida

laboral do trabalhador. A Austrália tem um modelo financiado por receita pública de

aposentadoria por idade, que é o mesmo sistema adotado pelo Japão e a pela China

(FUNENSEG, 2013).

Nos Estados Unidos e Canadá, mais da metade da população tem a cultura de poupar para

uma previdência privada. O Chile privatizou sua previdência social, que é administrada pelo

setor privado com supervisão do Estado. Esse sistema foi adotado pelo México, El Salvador,

Bolívia e Nicarágua (FUNENSEG, 2013).

O Uruguai e a Costa Rica adotam o sistema previdenciário misto, onde a iniciativa privada e o

governo atuam de forma complementar. Já a Argentina, que tinha adotado a privatização da

previdência, voltou a estatizá-la em 2009 (FUNENSEG, 2013).

Page 19: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

4

A Previdência Social no Brasil

No Brasil, a introdução da previdência social ocorreu ao longo do Século XIX, com várias

mudanças conceituais e estruturais, envolvendo o grau de cobertura, o elenco de benefícios

oferecidos e a forma de financiamento do sistema (MPAS, 2013b).

Em 1923, surge a Lei Elói Chaves (Decreto n° 4.682, de 24/01/1923) que é considerada o

ponto de partida da previdência social propriamente dita (MPAS, 2013b).

O sistema previdenciário brasileiro é formado pelos Regimes Geral, Próprio e de Previdência

Complementar (MPAS, 2013a). O Regime Geral é público e destinado aos trabalhadores

regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), é operado pelo INSS, sua adesão é

obrigatória e o regime financeiro é de caixa (SPC, 2008). O Regime Próprio também é

público, sua filiação é obrigatória e destina-se aos servidores públicos titulares de cargos

efetivos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O regime financeiro é o de caixa

(SPC, 2008). Já o Regime de Previdência Complementar é privado e de natureza contratual,

sua filiação é facultativa, destina-se aos empregados das sociedades anônimas, fundações e

sociedades civis. O regime financeiro é de capitalização (SPC, 2008).

O Regime Geral de Previdência Social tinha 64,3 milhões de contribuintes, pagou 30,5

milhões de benefícios em 2013 e tem, em 2014, salário de beneficios e salário de contribuição

não inferiores a R$ 724,00 e nem superiores a R$ 4.390,24 (MPAS, 2013a; MF, 2014).

1.1.2 A Previdência Complementar

A previdência complementar é uma forma de poupança de longo prazo para evitar que o

trabalhador, na aposentadoria, sofra uma redução muito grande de sua renda, principalmente

àqueles que percebem rendimentos superiores ao teto de benefício da previdência social

(INSS). É de caráter facultativo e o regime utilizado é o de capitalização, forma de

financiamento em que o pagamento dos benefícios depende também do rendimento do

patrimônio.

A regulamentação da previdência complementar, em 1977, surgiu da necessidade de

organização dos montepios, da canalização da poupança previdenciária ao desenvolvimento

do mercado de capitais no País. O grande impulsionador foi a experiência bem sucedida dos

Page 20: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

5

Estados Unidos com o ERISA1 (Employee Retirement Income Security Act). O então governo

militar Ernesto Geisel, viu no mercado de previdência privada, uma possibilidade de criar

uma poupança interna no Brasil (JARDIM, 2003; PENA, 2008).

Nesta época, o governo militar experimentava o fim do “milagre econômico” representado

pelo crescimento industrial e produtivo, reflexo das boas condições internacionais. As

reservas brasileiras estavam comprometidas e os empréstimos externos estavam escassos

(CANCIAN, 2013). O sistema previdenciário já dava sinais de crise desde 1964, ganhando

vulto de crise financeira em 1980, resultado da extensão dos benefícios como manobra

adotada na tentativa de legitimação do regime militar (JARDIM, 2003).

Ao longo dessas quatro décadas, o sistema de previdência complementar brasileiro, já

maduro, apresenta uma governança corporativa aperfeiçoada e uma gestão financeira bem

regulada (PENA, 2008). O sistema está estruturado em dois segmentos, as entidades abertas e

as entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs).

As entidades abertas são reguladas e fiscalizadas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio

do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP). São entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades

anônimas. Têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário

concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer

pessoas físicas (SUSEP, 2013).

Estas entidades operam os principais planos que são o PGBL (Plano Gerador de Benefício

Livre) que são deduzíveis até o limite de 12% da renda bruta anual no ajuste anual do imposto

de renda da pessoa física (IRPF) e tributados no seu resgate e os planos VGBL (Vida Gerador

de Benefício Livre) que não são deduzíveis do IRPF anual e apenas os rendimentos são

tributados no resgate (SUSEP, 2013). Contavam, em julho de 2013, com 23,3 milhões de

participantes, 250 mil beneficiários, provisões matemáticas de benefícios a conceder nos

planos PGBL de R$ 76,7 bilhões de reais e nos planos VGBL de R$ 227 bilhões de reais

(SUSEP, 2013).

1 Criado em 1974 - Estabelece normas mínimas para a participação, aquisição, acumulação de benefícios e financiamento; requer a responsabilização de administradores de planos, e dá aos participantes o direito de processar por benefícios e violações do dever fiduciário.

Page 21: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

6

Já as entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs), objeto deste estudo, são

fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) e

regulada pela Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC) do Ministério da

Previdência Social (MPAS, 2013a). Foram criadas exclusivamente para administrar planos de

benefícios previdenciários, patrocinados e/ou instituídos. A existência da EFPC está

relacionada à motivação do patrocinador ou instituidor em oferecer aos seus empregados ou

associados planos de benefícios previdenciários.

Dentre esses motivos, temos as estratégias das empresas privadas e estatais que oferecem a

previdência complementar no pacote de benefícios, sendo instrumento da área de recursos

humanos na busca e retenção de talentos. Por outro lado, os empregados percebem que esse

benefício previdenciário é importante por trazer a segurança financeira para o seu futuro.

As entidades fechadas de previdência complementar possuíam, em 2013, ativos na ordem de

677,3 bilhões de reais, em 326 Entidades e com uma população de 3,29 milhões de

participantes e assistidos (Tabela 1). As EFPCs com patrocinadores públicos concentram os

maiores volumes de ativos (435,9 bilhões), as entidades com patrocinadores privados

representam a maioria das Entidades (224), já as entidades patrocinadas por Instituidores, por

serem recentes, têm menor patrimônio e número de entidades.

Tabela 1 – EFPC – Ativos e Quantidades de Entidades por tipo de Patrocínio (2013)

Discriminação Instituidor % Privado % Público % Totais

Ativos Totais

(R$ Bilhões) 1,6 0,2 239,8 35,4 435,9 64,4 677,3

Quantidade

de Entidades 19 5,8 224 68,8 83 25,4 326

Fonte: SPPC (2013)

Os planos de Contribuição Variável tinham, em 2013, a maior população de participantes

(1,32 milhões) e um menor número de aposentados (105 mil) e pensionistas (31 mil) que os

planos de Benefício Definido, com 403 mil e 133 mil, respectivamente. Isso demonstra a

maturidade dos planos de Benefício Definido criados há mais tempo e que já estão fechados

Page 22: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

7

para os novos ingressantes. Estes planos de benefícios concentram as maiores populações de

aposentados e de pensionistas (Tabela 2).

Tabela 2 – Distribuição de Participantes e Assistidos por Situação e Plano (2013)

(x mil)

Discriminação Benefício

Definido %

Contribuição

Definida %

Contribuição

Variável % Totais

Participantes 643,7 25 745,8 29 1.193,1 46 2.582,6

Aposentados 402,7 75 28,8 5 105,0 20 536,5

Pensionistas 132,5 79 3,7 2 31,0 19 167,2

Totais 1.178,9 36 778,3 24 1.329,1 40 3.286,3

Fonte: SPPC (2013)

No cenário mundial (Tabela 3), os ativos acumulados dos fundos de pensão em 2011 bateram

recorde com US$ 20,1 trilhões (OECD, 2012). O Brasil ocupava a 8ª posição no ranking de

maiores ativos com 308,2 bilhões de dólares (Tabela 4). Isso demonstra que o Brasil tem um

espaço muito grande para crescimento da poupança previdenciária, uma vez que os Estados

Unidos com US$ 10,58 trilhões tinha uma poupança privada de previdência 34 vezes maior

que a nossa (OECD, 2012).

A importância dos fundos de pensão nas economias mundiais é apresentada como ativos totais

em relação ao PIB. Os fundos de pensão fechados no Brasil representaram em 2011, 13,8%

do PIB (OCDE, 2012) e 14,7 % do PIB em Junho de 2013 (ABRAPP, 2013). Esta

participação é muito pequena se compararmos com os países com sistemas mais maduros, tais

como Holanda (138,2%), Islândia (128,7%), Suíça (110,8%), Austrália (92,8%), Reino Unido

(88,2%), Finlândia (75,0%), Estados Unidos (70,5%), Canadá (63,7%), Chile (58,5%),

Dinamarca (49,7%), Israel (49,4%) e Irlanda (46%) (OCDE, 2012; ABRAPP, 2013),

indicando que existe um espaço muito grande para crescimento da poupança previdenciária.

Page 23: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

8

Tabela 3 – Ativos dos Fundos de Pensão por Região (2006-2011)

(x US$ bilhões)

Fonte: OCDE (2012)

Tabela 4 – Ativos dos Fundos de Pensão por País (2009-2011)

(Em bilhões de dólares)

Países Membros da OCDE Ano

2009 2010 2011 Estados Unidos 9.591,5 10.585,9 10.584,2Reino Unido 1.753,0 1.990,9 2.129,5Japão 1.342,0 1.385,3 1.470,3Austrália 811,7 1.066,2 1.340,0Holanda 944,2 1.006,8 1.157,3Canadá 806,4 1.017,7 1.106,1Suíça 551,4 595,8 703,9

Brasil 242,9 306,5 308,2

Fonte: OCDE (2012)

Até apresentar estes resultados, o sistema de previdência fechada no Brasil evoluiu e teve de

superar dez intervenções e onze liquidações de planos e entidades até 2013. Apesar de

existirem ainda seis intervenções, o sistema tem adotado mecanismos para garantir uma

correta governança do sistema e responsabilidade na aplicação dos recursos garantidores

(Figura 1).

Dentre os mecanismos utilizados na modernização do sistema, podemos citar a criação da

PREVIC em 2009, autarquia com autonomia administrativa vinculada ao Ministério da

Previdência Social com as funções de fiscalizar e supervisionar os fundos de pensão.

2006 2011 Total Membros OCDE 17.441,3 20.112,7 Total não Membros OCDE 634,0 919,0 Total G20 15.836,9 17.535,7 Area do Euro 1.437,5 1.956,0 BRICS 454,5 680,0 America Latina 484,0 694,1 Asia 1.318,7 1.828,8

Page 24: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

9

Podemos citar ainda a adoção da supervisão baseada em riscos com objetivos de orientar,

instruir, integrar e comprometer as EFPCs e todos os envolvidos, buscando prover o sistema

de maior transparência, segurança e garantia de sustentabilidade dos planos com os

pagamento dos benefícios contratados (PREVIC, 2011).

Figura 1 – Intervenções e Liquidações de EFPCs (2013)

Fonte: Previc 20132 – Base 10/2013

Outros mecanismos foram, a profissionalização do sistema com a exigência da certificação

dos seus profissionais, a evolução da governança corporativa com exigência de melhor

estruturação e representatividade dos participantes e assistidos (PREVIC, 2010), o estímulo à

educação financeira e previdenciária com objetivo de dar maior transparência ao sistema,

estimular a participação e o consequente aumento da cobertura previdenciária.

Dessa forma, podemos concluir que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar têm

uma importância cada vez maior, uma vez que objetivam uma renda complementar para

aposentadorias mais dignas.

A poupança gerada pelas EFPCs, que representava 14,7% do PIB em 2013, são cobiçadas no

Brasil, que está carente de investimentos tanto de iniciativas públicas (infraestrutura e

produção) quanto privadas, como, por exemplo, recursos para financiar empresas e apoiar a

inovação. Essa grande participação no mercado influencia a governança corporativa nas

empresas devido a força da demanda por ética, transparência, práticas sustentáveis, proteção e

2 <Pedido de Informações> - mensagem recebida por e-mail da PREVIC em <21.10.2013>.

Page 25: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

10

preservação do meio ambiente (PUNSUVO; KAYO; BARROS, 2007; VIVÓ; FRANCH,

2009).

Dada a complexidade e a grandiosidade dessa fatia do mercado de mais de meio trilhão de

reais, trataremos da governança corporativa, que além de garantir a finalidade previdenciária,

atrairá investidores profissionais que estarão dispostos a pagar ágios para investir em

empresas com altos padrões de governança (WEILL; ROSS, 2006), bem como da governança

da tecnologia da informação.

A governança de TI que envolve a aplicação de princípios de governança corporativa para

dirigir e controlar a TI de forma estratégica, foca dois assuntos principais. Primeiro, o valor

que a TI proporciona à organização na busca do alinhamento estratégico entre os negócios e a

tecnologia. Segundo, a preocupação com o controle e a diminuição dos riscos relacionados à

TI, definindo os responsáveis por decisões ligadas a estes (LUNARDI; BECKER; MAÇADA,

2010), facilitando a convivência das EFPCs com as regras desse mercado sobremaneira

regulado, proporcionando uma forma mais transparente de governar (BROWN; GRANT,

2005).

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

As entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) representam parte do segmento

previdenciário brasileiro e contam atualmente com uma poupança de aproximadamente 680

bilhões de reais e mais de três milhões de participantes e assistidos (ABRAPP, 2013). Essa

poupança previdenciária, além de fomentar o desenvolvimento do país com investimentos em

infraestrutura, de gerar investimentos em outros segmentos, como na indústria e comércio e

de gerar emprego e renda, tem como finalidade principal complementar os benefícios de

aposentadoria recebidos pelos assistidos da previdência social, utilizando para isso os retornos

desses investimentos.

Por ser um volume substancial e crescente de recursos e estar disponível para investimentos,

essa poupança previdenciária atrai o governo, bancos e outros investidores. Neste contexto, a

governança corporativa tem uma fundamental importância nessas entidades, de forma a

mitigar os riscos e dar maior transparência à gestão.

Page 26: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

11

Essa transparência da gestão tem que utilizar, obrigatoriamente, a tecnologia da informação

para divulgar informações confiáveis e rápidas. Mas, assim como a empresa, a TI deve ser

bem governada, uma vez que tem um papel fundamental para o atingimento dos objetivos da

organização. Surge, na mesma época que a governança corporativa, a governança de TI,

definida por Gremberg & De Haes (2009) como, liderança, estruturas organizacionais e

processos que garantem que a organização de TI sustentará e prolongará a estratégia e os

objetivos da empresa. É definida também como a capacidade organizacional exercida pelo

conselho de administração e de gestão executiva de TI para controlar a formulação e

implementação da estratégia de TI, garantindo, com isso, a fusão de negócios e TI

(Grembergen et al., 2004; Xenos, 2004).

Na bibliografia estudada, verificamos que a boa governança de TI impacta nos resultados das

empresas como um todo (indústrias, comércio, seguradoras etc.). Não foram encontrados

estudos específicos relacionados aos fundos de pensão. Desta forma, seguindo a proposta de

Ali e Sabegh (2012), de estudos futuros que examinem as correlações de fatores com base em

um setor específico, propõe-se o seguinte problema de pesquisa: Como a governança de TI

contribui para os resultados das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs)?

1.3 OBJETIVOS

Objetivo Principal

O objetivo principal é identificar e verificar a influência conjunta da governança de TI e das

habilidades de TI e recursos organizacionais das EFPCs no alinhamento operacional e,

consequentemente, nos resultados das EFPCs.

Objetivos Intermediários

Nossos objetivos intermediários são:

1. Identificar os principais recursos e capacidades de TI que, associadas a outros recursos

e capacidades organizacionais, influenciam o desempenho das EFPCs;

2. Identificar o papel da governança de TI na geração de resultados nas EFPCs; e

Page 27: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

12

3. Propor e avaliar estatisticamente relações de causa e efeito que interconectam tais

constructos.

1.4 RELEVÂNCIA

A pesquisa oferece duas contribuições acadêmicas principais para a comunidade de sistemas

da Informação. A primeira, é conhecer os resultados da relação entre TI e desempenho das

EFPCs, pois não encontramos estudos de governança de TI nesse segmento de mercado.

A segunda, é examinar as interrelações entre capacidades e recursos de TI, capacidades

organizacionais dinâmicas e o alinhamento TI–negócio, sob o efeito da governança de TI. A

revisão da literatura indica que quanto mais madura a governança de TI e o alinhamento TI-

negócio, maior é a percepção de valor no desempenho das empresas pelos executivos.

Como contribuição para as organizações e para os participantes e assistidos, nossa proposta é

dar maior transparência à governança de TI das EFPCs, através do conhecimento dos fatores

relacionados que impactam o desempenho das EFPCs. Estes resultados, observados pelas

EFPCs, serão importantes para que as entidades consigam a perenidade no longo prazo, e que

garantam eficiência e eficácia na gestão de recursos e benefícios.

Page 28: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

13

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA

2.1.1 Definições de Governança Corporativa

Em função da diversidade de aspectos relevantes para a operação de uma empresa, tais como

o seu tamanho, sua estrutura de propriedade, o tipo de conflitos entre acionistas, o regime

legal e origem dos grupos envolvidos, as transformações ocorridas na empresa como fusões e

aquisições, sua abrangência geográfica, sua área de atuação, os traços culturais e marcos

regulatórios estabelecidos em diferentes partes do mundo, há uma diversidade de conceitos

encontrados na literatura técnica sobre o tema Governança Corporativa (ANDRADE;

ROSSETTI, 2006).

Dessa forma, Andrade e Rossetti (2006) propõem a distribuição dos conceitos de governança

corporativa em quatro grupos, cada um com um olhar próprio. São eles:

Guardiã de direitos - Os conceitos são voltados para a guarda dos direitos das partes que

estão com seus interesses em jogo (MONKS; MINOW, 2004; BLAIR, 1999; WILLIAMSON,

1996; OCDE, 2004 apud ANDRADE; ROSSETTI, 2006).

Sistema de Relações - Neste grupo, os conceitos são relacionados à forma pela qual as

sociedades são dirigidas e monitoradas (SHLEIFER; VISHNY, 1997, IBGC, 2003 apud

ANDRADE; ROSSETTI, 2006).

Estrutura de Poder - É observada a estruturação de poder no interior das corporações

(CADBURY, 1992; BABIC, 2003; HITT; IRELAND; HOSKSSON, 2001 apud ANDRADE;

ROSSETTI, 2006).

Page 29: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

14

Sistema Normativo - Os conceitos tendem a um sistema normativo que rege as relações

internas e externas das empresas (MATHIESEN, 2002; CADBURY, 1999; CLAESSENS;

FAN, 1996 apud ANDRADE; ROSSETTI, 2006).

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) considera os seguintes princípios

básicos de Governança Corporativa (IBGC, 2010):

A transparência: relacionado à disponibilização de todas as informações de interesse às

partes interessadas, independente da obrigatoriedade;

A Equidade: trata da justiça no tratamento justo às partes interessadas e aos sócios;

Accountability (Prestação de Contas): diz respeito à prestação de contas dos agentes, sua

total responsabilidade pelas consequências dos atos praticados, a responsabilidade

corporativa com objetivos de proporcionar longevidade às corporações, através do zelo

da sustentabilidade e pela ordem social e ambiental nas suas operações e negócios

(IBGC, 2010).

No contexto dos fundos de pensão, vale destacar a definição do Instituto Brasileiro de

Governança Corporativa (IBGC), que está intimamente ligada ao setor:

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são

dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos

entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de

controle. As boas práticas de governança corporativa convertem

princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a

finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando

seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade. (IBGC,

2013)

2.1.2 Origem e Evolução

As grandes corporações, segundo Andrade e Rossetti (2006), foram alavancadas por duas

forças empreendedoras diferentes quanto a origem e a forma de financiamento dos

empreendimentos: o financiamento interno e o financiamento externo.

Page 30: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

15

O financiamento interno teve sua origem através de empreendedores talentosos que

construíram impérios com os resultados originários de seus próprios negócios. Já os

empreendimentos originários do financiamento externo, surgiram a partir de captação de

recursos para empreendedores com bons projetos, viabilizados a partir do século XX pelo

desenvolvimento do sistema financeiro e do mercado de capitais (ANDRADE; ROSSETTI,

2006).

Nos dois casos, a abertura de capital expandiu e agigantou as corporações, tornando o

controle acionário pulverizado e atraindo o interesse de investidores externos. As empresas

financiadas internamente alongaram o processo de dispersão do controle acionário por duas

ou três gerações, culminando com o desaparecimento dos seus fundadores que acumulavam

os papéis de proprietários e gestores. Já aquelas financiadas externamente, tiveram esse

processo quase de imediato, dado suas próprias características (PUNSUVO; KAYO;

BARROS, 2007).

A dispersão do capital teve como consequência a separação da propriedade e da gestão. A

falta de interesse ou mesmo a aptidão para a função gerencial levou as empresas a buscarem

no mercado de trabalho, gestores profissionais capazes de dar continuidade aos negócios

corporativos (IBGC, 2010).

Os condutores e controladores, agora afastados dos negócios, tornaram parte de um grupo

desorganizado e distante da administração. Eles se tornaram especialistas em avaliar os

resultados comparativos das corporações, aplicando os recursos naquelas empresas com

maiores retornos. Já os gestores, se especializaram nos negócios de forma a maximizar o

retorno total de longo prazo dos investidores (SANTOS; QUINTAIROS; OLIVEIRA, 2012;

IBGC, 2013).

De um lado os acionistas e do outro o gestor, surge daí uma relação de agência. Os gestores

buscam a maximização de retornos para justificar os investimentos dos acionistas. Buscam

também atender seus próprios interesses, tais como o reconhecimento, poder, status, desejo de

realização profissional e outros. Estes interesses trazem à tona posições opostas dos dois

atores, nessa busca da maximização das suas próprias utilidades, surgindo os conflitos de

agência (JENSEN; MECKLING, 1976; PUNSUVO; KAYO; BARROS, 2007). Estes

conflitos, segundo Andrade e Rossetti (2006), poderiam ser minimizados com o

Page 31: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

16

estabelecimento de um contrato que definisse as condições para conciliação permanente dos

interesses e o comportamento que deveria reger a relação.

Porém, os conflitos de agência dificilmente deixarão de existir, uma vez que não existe

contrato completo - axioma criado por Klein (ANDRADE; ROSSETTI, 2006), e não existe

agente perfeito - axioma de Jensen-Meckling (JENSEN; MECKLING, 1976).

Com a repercussão das expropriações dos direitos dos minoritários por ações oportunistas dos

majoritários, bem como o crescente aumento dos conflitos de agência com abusos da diretoria

executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões

das auditorias externas, surgem, entre a segunda metade da década de 1980 e primeira metade

da década de 1990, mobilizações de investidores institucionais, principalmente nos Estados

Unidos, com a finalidade de definir novas regras para o mercado de capitais. Surge, nesta

época, a governança corporativa (SANTOS; QUINTAIROS; OLIVEIRA, 2012;

NASCIMENTO; FILHO; SILVA, 2013; IBGC, 2013), com respostas práticas aos diversos

problemas de relacionamento entre os acionistas e as empresas, bem como a definição dos

papéis e responsabilidades dos conselhos de administração e da diretoria executiva

(PUNSUVO; KAYO; BARROS, 2007).

Nesse sentido, em abril de 1998, a OCDE desenvolve juntamente com governos nacionais,

outras organizações internacionais relevantes e o setor privado, um conjunto de normas e

diretrizes de governança corporativa (IBGC, 2013).

Surge também a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) criada nos EUA em 30 de julho de 2002 em

consequência das fraudes e escândalos contábeis que, na época, atingiram grandes

corporações nos Estados Unidos (Enron, Arthur Andersen, WorldCom, Xerox e outras), e

teve como intuito tentar evitar a fuga dos investidores causada pela insegurança e perda de

confiança em relação às escriturações contábeis e aos princípios de governança nas empresas,

reforçando a governança corporativa, que se torna de vez um tema dominante nos negócios

(WEILL; ROSS, 2006).

No Brasil, em meio a esses acontecimentos, surge um movimento pelas boas práticas,

resultado principalmente da globalização, maior competitividade e da necessidade das

empresas modernizarem a alta gestão e se tornarem atrativas. Surge então os conselheiros

profissionais e independentes (IBGC, 2013).

Page 32: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

17

Todos esses eventos motivaram os estudiosos a investigar sobre o tema “governança

corporativa” e assim disseminar o tema no meio acadêmico (RIBEIRO et al., 2012). Dentre

essas publicações, Nascimento, Filho e Silva (2013) destacam os trabalhos complementares

de Jensen e Meckling, 1976; Mork, Shleifer e Vishny, 1988; Freeman e Reed, 1983;

Eisenhardt, 1989; Stroh et al, 1996; Denis, Denis e Sarin, 1999; Collin e Bengtsson, 2000.

Atualmente, o tema tem sido abordado em várias áreas do conhecimento, tais como

administração, economia, psicologia, finanças e outras, com vários estudos sobre a perenidade

das organizações, a criação de riqueza, reestruturação de processos, estruturas de trabalho e

produtos (NASCIMENTO; FILHO; SILVA, 2013).

2.1.3 Modelos de Governança Corporativa

Segundo Andrade e Rossetti (2006), existem vários modelos de governança que se

diferenciam por: 1) determinantes institucionais, que são traços culturais, fundamentos legais

e formação histórica das economias; 2) pela dimensão dominante das empresas em cada país e

a amplitude dos interesses alcançados pela governança; e, ainda, pela 3) tipologia das

empresas, podendo ser abertas, fechadas, familiares, pulverizadas, privadas ou estatais.

O IBGC (2013), por exemplo, considera os seguintes modelos: Outsider System (acionistas

pulverizados e tipicamente fora do comando diário das operações da companhia), e Insider

System (grandes acionistas tipicamente no comando das operações diárias, diretamente ou via

pessoas de sua indicação).

O sistema Outsider tem origem anglo-saxão (Estados Unidos e Reino Unido) e conta com

estrutura de propriedade dispersa nas grandes empresas. Além disso, apresenta as seguintes

características (IBGC, 2013):

Acionistas pulverizados e tipicamente fora do comando diário das operações da

companhia;

Papel importante do mercado de ações no crescimento e financiamento das empresas;

Ativismo e grande porte dos investidores institucionais;

Mercado com possibilidade real de aquisições hostis do controle;

Page 33: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

18

Foco na maximização do retorno para os acionistas (orientado para o acionista).

O sistema Insider é o modelo de governança que mais se aproxima do brasileiro. Este sistema

típico da Europa Continental e Japão, tem as seguintes características (IBGC, 2013):

Estrutura de propriedade mais concentrada;

Papel importante do mercado de dívida e títulos no crescimento e financiamento das

empresas;

Frequente o controle familiar nas grandes companhias, bem como a presença do

Estado como acionista relevante;

Presença de grandes grupos/conglomerados empresariais, muitas vezes altamente

diversificados;

Baixo ativismo e menor porte dos investidores institucionais;

Reconhecimento mais explícito e sistemático de outros stakeholders não-financeiros,

principalmente funcionários (orientado para as partes interessadas).

2.1.4 Importância da Governança Corporativa

Segundo o IBGC (2013), atualmente a comunidade internacional relaciona o ambiente

institucional equilibrado e a política macroeconômica de boa qualidade à governança

corporativa. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

promove, em diversos países, discussões e avaliações dos princípios de governança

corporativa e, o grupo das nações mais ricas do mundo (G7), considera a Governança

Corporativa um pilar da arquitetura econômica global. O tema governança corporativa com

orientações para as organizações de previdência privada, segundo Stewart e Ermo (2008), é

discutido pela OCDE desde 2000.

Existem instituições dedicadas a promover debates em torno da Governança Corporativa em

praticamente todos os países (IBGC, 2013). O Banco Mundial e o Fundo Monetário

Internacional (FMI) consideram a adoção de boas práticas de Governança Corporativa no

Page 34: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

19

mercado de capitais como um instrumento eficaz na recuperação de sua fragilidade devido a

sucessivas crises (IBGC, 2013).

Como formadores de poupança de longo prazo, os fundos de pensão têm um papel

extremamente importante como investidores institucionais. No mercado de capitais, os fundos

de pensão perceberam a importância de estimular as empresas de capital aberto a adotarem

práticas de governança corporativa. Através de mecanismos de governança, os fundos de

pensão passaram a monitorar as atividades das empresas, e isso possibilitou obter uma melhor

remuneração para seus investimentos, garantindo o compromisso previdenciário a milhares de

participantes (PUNSUVO; KAYO; BARROS, 2007; VIVÓ; FRANCH, 2009; STEWART;

YERMO, 2008).

O estímulo dos investidores que procuravam empresas com boas práticas é reforçado com a

criação, em 2000 pela Bovespa, do Novo Mercado e dos níveis 1 e 2 de governança

corporativa. Esta iniciativa buscava diferenciar as empresas que adotavam condutas mais

responsáveis perante os acionistas e, com isso, ganhavam com a valorização da companhia em

função do aumento do interesse dos investidores, da maior liquidez de suas ações e a melhoria

da sua imagem no mercado (NASCIMENTO; FILHO; SILVA, 2013).

Esta melhoria foi comprovada por Ribeiro et al. (2012), com o aumento de artigos

relacionados à governança corporativa a partir de 2002. As principais motivações foram, o

aperfeiçoamento das regras dos níveis diferenciados de listagem ocorrida em 2006 pela

Bovespa; o crescimento do mercado com muitas empresas negociando suas ações na Bovespa

em 2007; e, também em 2007, surge a Lei no. 11.638/07 que objetivou reformular a Lei

6.404/76 das Sociedades Anônimas (S/A) dando maior transparência e divulgação às ações,

bem como convergindo as normas contábeis brasileiras com os padrões internacionais.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por regulamentar,

desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país, e o Banco

Central do Brasil (BACEN), que é o principal executor das orientações do Conselho

Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, vêm

atuando fortemente na orientação sobre as práticas da governança corporativa. A Bolsa

BM&FBOVESPA e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) buscam

divulgar as boas práticas da governança e destacar as empresas que adotam tais práticas

(NASCIMENTO; FILHO; SILVA, 2013).

Page 35: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

20

Segundo Weill e Ross (2006), os comportamentos empresariais desejáveis variam de empresa

para empresa, e isso é o que gera valor. Esses comportamentos vão além dos aspectos

financeiros, tratam dos aspectos sociais, ambientais, éticos e valores de gestão da empresa.

Nesse sentido, um grande número de gestores estão cientes da importância da

responsabilidade social corporativa, das políticas de sustentabilidade e das estratégias de

governança corporativa (VIVÓ; FRANCH, 2009). Desta forma, os acionistas aceitam manter

relações de negócio com a empresa a partir da percepção desses aspectos que são uma

contrapartida em utilidade (SANCHEZ; ALBERTIN, 2009).

2.1.5 Governança das Entidades Fechadas de Previdência Complementar

Nos Fundos de Pensão, a relação de agência existe através de um contrato onde o agente,

formado pelos órgãos de governança, executam serviços para os seus acionistas (participantes,

assistidos, patrocinador(as) ou instituidor(as)) para agir em seu nome nas tomadas de decisões

(JENSEN; MECKLING, 1976).

Nesta relação, o objetivo básico da governança é minimizar os conflitos de interesse que

surgem entre os stakeholders (por exemplo: participantes e assistidos do fundo de pensão,

patrocinadoras, instituidoras, governo, gestores etc.), comprometendo o contrato

previdenciário, e, consequentemente, o recebimento dos benefícios após a fase laboral

(STEWART; YERMO, 2008).

O conselho deliberativo, como agente principal da governança dos fundos de pensão, é quem

tem a decisão final e a guarda dos recursos previdenciários. Esse agente tem a

responsabilidade de conduzir as decisões estratégicas, alinhar estrategicamente a política de

investimentos, fazer a avaliação atuarial dos planos de benefícios, definir os sistemas

tecnológicos, bem como escolher a diretoria executiva nos processos de representatividade

dos participantes (gestão compartilhada), assistidos e patrocinador (as) ou instituidor (as).

A diretoria executiva deve participar ativamente na condução da entidade, contando para isso

com comitês constituídos pelos órgãos de governança que exercem um papel consultivo ou de

monitoramento (HO; WU; XU, 2011) nos assuntos de investimentos, tecnologia, atuária, entre

outros. A verificação da conformidade financeira e atuarial é realizada por agentes

Page 36: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

21

fiscalizadores das patrocinadoras ou instituidoras, do órgão fiscalizador (Previc) e, ainda, de

auditores independentes.

Além da estrutura existente mencionada anteriormente nas entidades fechadas de previdência

complementar, existe um arcabouço de normas que objetivam regular o setor e que também

contribuem para a governança das EFPCs de modo a minimizar as gestões fraudulentas.

Essas situações de fraudes, ocorridas principalmente nas EFPCs de patrocinadores estatais,

derivam principalmente de interferências políticas, que inviabilizam as entidades de

previdência. Segundo Stewart e Yermo (2008), existem problemas da falta de uma boa

governança nos fundos de pensão, que refletem-se em: conflitos de interesse entre

conselheiros e administradores em detrimento dos participantes e assistidos dos planos de

previdência; poucos administradores com competência, conhecimento adequado, experiência

ou treinamento para compreender e questionar as informações que recebem de consultores,

peritos externos ou especialistas responsáveis pela execução de decisões complexas no âmbito

da entidade; baixo nível de educação dos participantes ativos e assistidos e baixo interesse em

matéria de previdência, facilitam ações imprudentes dos gestores; patrocinadoras procuram

dominar a tomada de decisões dos fundos de pensão; as responsabilidades dos membros do

conselho não são claramente definidas; a seleção dos representantes das partes interessadas,

que muitas vezes são escolhidos em função de pressões de sindicato e do patrocinador e não

em função de conhecimento ou experiência específica em previdência; falta de auto

avaliação, de como as decisões já tomadas afetaram os objetivos do fundo de pensão,

propondo melhorias para os métodos de tomada de decisão.

Apesar desses problemas, a governança corporativa já está cumprindo seu papel com a

implantação nas EFPCs de códigos de ética, comitês consultivos, certificação dos gestores,

educação financeira e previdenciária e outros mecanismos que proporcionam a transparência,

difusão do conhecimento e direcionadores da boa gestão.

Numa pesquisa realizada por Deloitte e Abrapp (2010), em 2009 e 2010, com 68 e 51 fundos

de pensão, respectivamente, que representavam R$ 253 bilhões de ativos em dezembro de

2008 (68 entidades), ou seja, 57% dos ativos totais das entidades fechadas de previdência

complementar, foram identificados três dos principais benefícios da governança corporativa

para essas entidades:

identificar riscos de negócio e propor alternativas para gerenciá-los;

Page 37: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

22

favorecer a aderência às normas internas e às regulamentações;

garantir maior eficiência dos processos internos;

Estrutura Básica de Governança das EFPCs

Segundo a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), a estrutura

mínima da governança das entidades fechadas de previdência complementar deve considerar

os seguintes órgãos (PREVIC, 2010):

Conselho Deliberativo;

Conselho Fiscal;

Diretoria Executiva;

Conselhos consultivos (de investimentos e de riscos, entre outros);

Representatividade em todas as instâncias, representando todos os planos administrados

(patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos);

Auditoria interna e/ou auditoria externa;

Ouvidoria ou canal de comunicação com empregados, patrocinadores, instituidores,

participantes e assistidos.

2.2 GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

2.2.1 Governança Corporativa (GC) e Governança de TI (GTI)

Os grandes escândalos corporativos acontecidos recentemente, como a Enron, WordCom,

HIH e One Tel, mostram que a falta de ética ou de cumprimento dos compromissos afetam

negativamente a existência da empresa (ALI; GREEN, 2009). Nessa época, com o advento da

Sarbanes-Oxley (SOX), reforçou-se a importância da governança corporativa para resolver os

Page 38: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

23

conflitos de agência e perda de confiança. Nessa mesma época, surge também a governança

de TI, como importante instrumento para minimizar as elevadas taxas de fracasso nos projetos

que afetavam as organizações e o cumprimento dos contratos (RIGONI; DWIVEDI;

HOPPEN, 2010; BROWN; GRANT, 2005).

Talvez por terem surgido numa mesma época e por terem objetivos parecidos, a governança

de TI se assemelha à governança corporativa, por envolver a aplicação dos mesmos princípios

de dirigir e controlar a TI de forma estratégica (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010;

MOTA; MARQUES, 2013).

Para Santos, Quintairos e Oliveira (2012), a governança corporativa está relacionada à

geração de valor para os acionistas, enquanto a governança de TI tem papel importante ao

assegurar que os ativos de informação e da tecnologia da informação sejam planejados e

utilizados de maneira alinhada com a estratégia e com os princípios da organização.

A Tabela 5 apresenta uma proposta de correlação entre as Decisões de TI propostas por Weill

e Ross (2006) com os princípios da governança corporativa definidos por alguns autores,

como, por exemplo, IBGC (2009); Xia e King (2002); Santos, Quintairos e Oliveira (2012).

Tabela 5: Correlação entre Governança Corporativa e Governança de TI

Decisão de TI

Princípios de GC

Princípios de TI

Arquitetura de TI

Infraestrutura de TI

Necessidade de Aplicações de Negócios

Investimentos em TI

Proteção aos Acionistas

Alta Média Baixa Alta Alta

Equidade Média Baixa Baixa Baixa Média

Transparência Alta Alta Média

Alta Média

Normas Alta Média Média Alta Alta

Controles Alta Alta Média Alta Alta

Fonte: Santos, Quintairos e Oliveira (2012, p.13)

No levantamento anual realizado por Luftman e Derksen (2012), os itens “segurança” e

“privacidade” tem estado na lista top 10 desde 2003. “Confiabilidade de TI” e “eficiência” são

a maior preocupação dos executivos em 2012 e refere-se à precisão, pontualidade e

Page 39: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

24

confiabilidade dos dados e informações entregues pela TI. Tudo isso gera gastos com

tecnologia, que segundo Andriole (2009), variam de um a dez por cento das receitas brutas

das empresas, sendo que empresas de serviços financeiros gastam muito mais.

Segundo Mota e Marques (2013), no meio acadêmico, os primeiros artigos sobre governança

de TI surgem por volta de 1999 (Sambamurthy e Smud, 1999; Van Grembergen, 2000). Já as

revistas comerciais destacam artigos de governança de TI como uma das principais

prioridades das empresas brasileiras (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010).

2.2.2 Definições de Governança de TI

A gestão da TI se concentra no ambiente interno, fornecendo produtos e serviços de TI e

gerenciando as suas operações. A governança de TI, por sua vez, é mais ampla, e se concentra

na execução e na transformação da TI, buscando atender de forma satisfatória as demandas

presentes e futuras dos negócios (foco interno) e dos clientes desses negócios (foco externo)

(LUNARDI et al., 2010; PETERSON, 2004B; GREMBERGEN, HAES, & GULDENTOPS,

2004; GULDENTOPS 2004). Lunardi et al. (2010) conclui que o conceito de governança de

TI está ligado diretamente às iniciativas relacionadas ao aumento do controle e qualidade dos

serviços prestados pela TI para a empresa. A governança de TI surge da gestão da informação

e não da gestão da TI (PETERSON, 2004b; LUNARDI et al, 2010).

O IT Governance Institute - ITGI (2003) entende que a governança de TI determina não

apenas a prosperidade, mas a sobrevivência, pois trata-se de um recurso competitivo,

necessário e diferenciado. Portanto, gerenciar recursos e avaliar o desempenho são

fundamentais na governança de TI (ALI & SABEGH, 2012).

Peterson (2004b) considera ainda que a governança de TI se concentra no presente, tanto na

oferta eficiente e eficaz de produtos e serviços e na gestão de operações de TI atuais como no

desafio de transformar e se posicionar a fim de atender de forma satisfatória, os clientes e as

demandas futuras do negócio (Figura 2). Segundo o autor, esse posicionamento não diminui a

importância ou a complexidade do gerenciamento de TI, mas indica que a governança de TI é

tanto interna como externamente orientada, abrangendo o presente e o futuro.

Alguns fatos, como, por exemplo, a evolução da governança de TI e a preocupação em

introduzi-la nas empresas sem ter um quadro técnico consistente e conhecedor das habilidades

Page 40: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

25

necessárias, a dispersão das comunidades devido a globalização, diferenciação e dissonância

entre elas, levaram ao surgimento de uma série de definições e modelos de governança de TI

(PETERSON, 2004a).

Figura 2 – Governança de TI e Gestão de TI

Fonte: Adaptação de Peterson (2004b, P.44)

Para Gremberg e De Haes (2009), os vários conceitos de governança de TI derivam de acordo

com a forma que a governança está estruturada, por exemplo: o tamanho da organização, o

tipo de negócios em que a organização está inserida e a estratégia adotada.

De acordo com Weill e Ross (2006), as estruturas de tomadas de decisão são o primeiro passo

na concepção da governança de TI, ou seja, a governança de TI é definida pelos autores como

a especificação dos direitos decisórios e do arranjo de responsabilidades para estimular

comportamentos desejáveis na utilização da TI.

Governança de TI

Orientação de Negócios

Externo

Interno Gerenciamento de TI

Presente Futuro

Orientação Temporal

Page 41: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

26

Ali & Green (2009) conceituam a governança de TI como sendo uma estrutura de

relacionamentos e processos para controlar a organização de modo a atingir os objetivos da

empresa, agregando valor, equilibrando o risco e o retorno sobre a TI e seus processos.

Gremberg & De Haes (2009) definem a governança de TI como liderança, estruturas

organizacionais e processos que garantem que a organização de TI sustentará e prolongará a

estratégia e os objetivos da empresa. É também a capacidade organizacional exercida pelo

conselho de administração e de gestão executiva de TI para controlar a formulação e

implementação da estratégia de TI, garantindo, com isso, a fusão de negócios e TI

(Grembergen et al., 2004; Xenos, 2004).

Peterson (2004a, 2004b) define governança de TI como um sistema pelo qual o portfólio de

TI de uma organização é dirigida e controlada. Segundo ele, a governança de TI descreve a

distribuição de direitos de tomada de decisão de TI e responsabilidades entre as diferentes

partes interessadas na empresa, bem como os procedimentos e mecanismos para a tomada de

decisões estratégicas e monitoramento de TI.

2.2.3 Importância da Governança de Tecnologia da Informação

A governança de tecnologia da informação (TI) surgiu recentemente e tem as mesmas

características da governança corporativa (PETERSON, 2004a). Conforme Lin et al., (2010),

a governança de TI é um dos subconjuntos da governança corporativa, pois utiliza os

princípios da governança para dirigir e controlar a TI de forma estratégica (LUNARDI;

BECKER; MAÇADA, 2010) e sua maturidade depende muito de como a governança

corporativa está inserida na empresa (LIN et al., 2010; WEILL; ROSS, 2006).

De acordo com Weill e Ross (2006), todas as empresas tem uma governança de TI. A questão

é o nível de maturidade dessa governança. As empresas com um grau de maturidade “eficaz”

adotam uma série de mecanismos de governança de TI e têm comportamentos consistentes

com a missão, a estratégia, os valores e a cultura da organização. Já aquelas que não se

estruturam de forma adequada e eficiente, têm um grau “ineficaz” de maturidade e estarão

fadadas ao fracasso.

A governança de TI tem evoluído a partir do reconhecimento pelos executivos de que a TI

não é um mero instrumento operacional, mas um aliado de extrema importância na gestão

Page 42: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

27

estratégica e de apoio à decisão (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010), e que os

investimentos realizados em TI apresentam um efeito positivo e significante no desempenho

das empresas (MALAQUIAS; ALBERTIN, 2011).

A governança de TI permeia toda a organização, situando-se em múltiplas camadas, desde o

nível estratégico, onde o conselho está envolvido, à diretoria e gerência sênior no nível de

gestão, chegando a camada operacional de TI e gestão de negócios (GREMBERG; DE HAES,

2009). Por permear toda empresa e por ter um papel estratégico, a governança de TI garante o

alinhamento entre a TI e os objetivos de negócio (ALI; GREEN, 2009), em função das

estratégias de negócios serem dinâmicas e a tecnologia estar em constante evolução

(LUFTMAN, 2000).

É consenso que a governança de TI, através do alinhamento estratégico, traz melhores

resultados para a organização. Por exemplo, Santos, Quintairos e Oliveira (2012) entendem

que a governança relaciona-se com a geração de valor para os acionistas, assegurando que os

ativos de tecnologia da informação estejam alinhados com a estratégia e princípios da

organização. Para o IT Governance Institute (ITGI, 2003), Ali e Green (2009) e Lin et al.,

(2010), além de agregar valor e de alinhar com as estratégias da organização, mitiga os riscos,

acompanha e avalia o desempenho. Para Jorfi, Md Nor e Najjar (2011), as estratégias de

negócio e TI não podem ser competitivas se não forem alinhados. Já Grembergen (2004),

enfatiza que o objetivo da governança de TI é alcançar o melhor alinhamento entre o negócio

e a TI. Weill e Ross (2006) ressaltam a importância da governança de TI eficaz de modo a

criar valor de TI para os negócios.

A governança de TI cuidadosamente planejada, orienta as decisões de forma clara e

transparente. A alta gerência, melhor informada, terá um comportamento mais consistente e

criativo (WEILL; ROSS, 2006). Por outro lado, organizações com governança de TI

ineficazes sofrem com informações imprecisas, custos operacionais de projetos superiores,

gerando com isso, perda de competitividade (ALI; GREEN, 2009).

A competitividade reflete a boa governança com o aumento da confiança dos investidores no

desempenho da empresa. O aumento do desempenho da TI, através de boas práticas de

governança de TI, também irá contribuir expressivamente nos novos investimentos em TI,

melhorando o relacionamento com os clientes e gerando ganhos de eficiência de processos de

negócio, entre outros (ITGI, 2003).

Page 43: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

28

Para as entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs), a governança de TI deve

proporcionar todos os benefícios apresentados, uma vez que estas entidades têm obrigações de

médio e longo prazos, como auxilio doença, invalidez, empréstimos, aposentadoria e pensão

e têm que manter mecanismos de controles e de planejamento complexos, como: estratégias,

inscrição e acompanhamento do participante até o final da sua vida, recebimento de

contribuições, pagamentos, avaliações atuariais, planejamento e acompanhamento de

investimentos, ações judiciais, folha de pagamento, contratações, fiscalizações, atendimento à

legislação e atendimento ao cliente, entre outros. Tudo isso requer uma TI alinhada

estrategicamente, planejada e muito bem governada.

Os fundos de pensão têm outra grande preocupação, que é manter dentro da empresa sua base

documental e o conhecimento adquirido ao longo das gerações, não só para atender as

demandas futuras, mas também alcançar vantagem competitiva (ALI; SABEGH, 2012).

A vantagem competitiva reflete o “fazer bem feito” e na satisfação do cliente. A competição

neste segmento ainda é velada, mas deverá se tornar acirrada à medida que os planos forem

amadurecendo e as entidades sentirem a necessidade de criar novos planos e buscar novas

patrocinadoras ou instituidoras para conseguir financiar as despesas administrativas.

Outra importante contribuição da governança de TI para as EFPCs, é adequar a estrutura de

processos e controles informatizados para atender os órgão reguladores e fiscalizadores em

relação à conformidade dos seus processos internos, uma vez que as auditorias e cobranças

desses órgãos ocorrem a todo momento (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010). Apesar de

todas essas exigências, vários benefícios são obtidos pela área de TI, como a redução do risco

de fraudes, a revisão de procedimentos, o desenvolvimento de práticas mais eficientes e uma

melhor distribuição de responsabilidades, aspectos anteriormente considerados pela alta

administração como superficiais (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010).

Dessa forma, as EFPCs têm muito a ganhar com a governança de TI. A gestão deve estar a

mais próxima possível do centro de decisões das entidades, pois decisões que a envolvem

possuem consequências de longo prazo e alcançam todas as áreas. As falhas nos serviços de

TI devem ser minimizadas, pois representam ameaças significativas para os negócios. O

gerenciamento de riscos deve ser efetivo nas operações da TI, observando seu impacto e

frequência no comprometimento dessas atividades (RASERA et al., 2010).

Page 44: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

29

De acordo com Weill e ROSS (2006), a boa governança de TI harmoniza as decisões sobre a

administração e a utilização da TI com comportamentos desejáveis e objetivos do negócio.

Ainda, segundo os autores, estas empresas bem governadas têm um retorno maior sobre os

ativos (ROA), melhores oportunidades de negócio, aprendizado organizacional, processos

decisórios claros e transparentes. Outros benefícios elencados são: inovação, autonomia,

flexibilidade da TI, padronização dos processos, sinergia e especialização (PETERSON,

2004; GREMBERGEN; HAES; GULDENTOPS, 2004; CHAN, YOLANDE E., HUFF,

1993).

Para Lin et al., (2010), o objetivo da governança de TI eficaz é a busca de maiores retornos

dos investimentos em TI, bem como garantir que o desempenho de TI atenda aos objetivos

definidos na sua estratégia.

2.2.4 Definição da Estrutura de Governança da TI

As estruturas de tomadas de decisão são o primeiro passo na concepção da governança de TI,

daí a importância da harmonização da administração com a TI, de modo a atingir os objetivos

do negócio (WEILL; ROSS, 2006; LUFTMAN, 2004). Segundo Weill e Ross (2006), essa

harmonização é obtida a partir de técnicas de alinhamento estratégico.

As estruturas relacionam-se aos responsáveis pelas decisões de TI, incluindo diretores,

gestores e os vários comitês. Os processos, segundo Lunardi, Becker e Maçada (2010),

referem-se às técnicas e procedimentos ligados às estratégias e seu monitoramento. Os

mecanismos de relacionamento integram a TI com as demais áreas de negócio, possibilitam a

comunicação adequada sobre a estratégia e o aprendizado.

De acordo com Weill e Ross (2006), são três os mecanismos de tomada de decisões:

estruturas de tomadas de decisões, processos de alinhamento e abordagens de comunicação. A

abordagem de comunicação trata de comunicados, porta-vozes, canais e esforços de educação

que disseminam os princípios e as políticas de governança de TI , bem como os resultados dos

processos decisórios em TI, propagando a integração do negócio com a estratégia de TI dentro

da empresa (WEILL; ROSS, 2006; GREMBERGEN; HAES; GULDENTOPS, 2004;

JEWER; MCKAY, 2012).

Page 45: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

30

De acordo com os estudos de Jewer e Mckay (2012), a estrutura normativa sugere o papel que

o conselho deve desempenhar na governança de TI, enquanto a descritiva, a partir de estudos,

revela o real envolvimento do conselho na governança de TI.

O IT Governance Institute - ITGI (2003), que segue a linha normativa, dispõe que a

governança de TI é de responsabilidade do conselho de administração e da gestão executiva.

Esses órgãos, além de comporem a governança de TI, devem sustentar e estender as

estratégias e objetivos de TI através das estruturas e processos organizacionais de liderança, e

essas atividades devem fluir através dos diversos níveis hierárquicos da empresa.

Devido à complexidade e especialização, os conselhos e gestores devem confiar nas camadas

inferiores (LUFTMAN, 2000; GULDENTOPS, 2004), de forma a compartilhar informações

necessárias às atividades de avaliação e tomada de decisão. Mecanismos de comunicação

devem ser eficientes não somente entre a alta gerência, como por exemplo, conselho, CEO e

CIO, mas tambêm são importantes para informar à organização, como um todo, sobre os

processos e as decisões de governança de TI, bem como para encorajar comportamentos

desejáveis na organização (WATSON, 1990; ANDRIOLE, 2009; BANKER et al., 2011;

WEILL; ROSS, 2006; LIN et al., 2010; ALI; GREEN, 2009; PETERSON, 2004a).

O entendimento de Grembergen, Haes e Guldentops (2004) sobre os mecanismos de

governança de TI é similar ao de Weill e Ross (2006), conforme mostra o Tabela 6. Esses

mecanismos visam diminuir riscos das organizações, gerar maior valor para o negócio e o

alinhamento estratégico (GREMBERGEN; HAES; GULDENTOPS, 2004; PETERSON,

2004; WEILL; ROSS, 2006).

Segundo Weill e Ross (2006), para que haja uma governança de tecnologia da informação

eficaz, toda empresa precisa tomar cinco decisões inter-relacionadas: os princípios de TI, a

arquitetura de TI, a infraestrutura de TI, as necessidades de aplicações do negócio e os

investimentos e a priorização da TI (Tabela 7). De acordo com os autores, todas as decisões

requerem atenção gerencial. A distribuição dessas decisões obedecerá critérios definidos pela

governança de TI, de modo a selecionar àqueles gestores mais bem posicionados para

compreender os requisitos e suas implicações.

Page 46: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

31

Tabela 6 - Diferentes Mecanismos de Governança de TI

Estruturas Processos Mecanismos de Relacionamento

Papéis e responsabilidades Indicadores de desempenho de TIParticipação ativa de principais stakeholders

Comitê de Estratégia de TI Planejamento Estratégico de SIColaboração entre principais stakeholders

Comitê Diretivo de TI COBIT Incentivos e recompensas

Estrutura Organizacional de TI ITIL Colocação de TI e de negócios

CIO no Conselho de Administração Acordos de nível de serviçosCompreensão compartilhada dos objetivos de TI e de negócios

Comitê de projetos de TIMétodos de avaliação de retorno de investimento

Resolução ativa de conflitos

Escritório de projetos Avaliação ex postTreinamento interfuncional entre TI e negócios

Níveis de alinhamento Rotação de tarefas de TI e negócios

Fonte: Adaptação de Peterson (2004a, p.17)

Decisão 1: Princípios de TI - segundo Weill e Ross (2006), os princípios são um conjunto de

declarações (políticas, normas e diretrizes específicas) de como a TI é utilizada no negócio,

ou seja, é o estabelecimento de uma postura empresarial. De acordo com os autores, as

empresas com número menor de princípios de TI, têm maior valor de negócio da TI.

Os princípios podem ser: habilitar o negócio, assegurar a integridade das informações, criar

uma visão comum dos clientes, promover uma arquitetura consistente, utilizar as normas da

indústria, reutilizar antes de comprar, comprar antes de desenvolver e administrar a TI como

um investimento (WEILL; ROSS, 2006).

Decisão 2: Arquitetura de TI - a arquitetura tem como requisito a padronização dos dados de

forma a obter a melhor capacidade da TI com a integração dos processos. Desta forma, apesar

da empresa possuir várias unidades de negócios, os clientes a perceberão como única, pois os

sistemas estarão integrados.

Decisão 3: Infraestrutura de TI – É a capacidade de planejar as necessidades técnicas e

humanas para todo o negócio. O negócio que tem sua infraestrutura adequada consegue, com

rapidez e facilidade, implementar iniciativas com boa relação de custo-benefício. As decisões

sobre infraestrutura impactam componentes como computadores, softwares para sistemas

Page 47: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

32

operacionais, bancos de dados e para serviços como telecomunicações, provisão e

gerenciamento de base de dados (WEILL; ROSS, 2006).

Tabela 7 – Principais Decisões Sobre a Governança de TI

Decisões sobre os princípios de TI

Declarações de alto nível sobre como a TI é utilizada nos negócios

Decisões sobre a arquitetura de TI

Organização lógica de dados, aplicações e infraestrutura, definida a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a padronização e a integração técnica e de negócio desejados.

Decisões sobre a infraestrutura de TI

Serviços de TI coordenados de maneira centralizada e compartilhados, que provêm a base para a capacidade de TI da empresa.

Decisões sobre investimentos e a priorização

da TI

Decisões sobre quanto e onde investir em TI, incluindo a aprovação de projetos e as técnicas de justificação.

Necessidades de aplicações de negócio

Especificação da necessidade de negócio de aplicações de TI adquiridas no mercado ou desenvolvidas internamente.

Fonte: Weill e Ross (2006, p.29)

Decisão 4: As necessidades de aplicações de negócio - Envolve a identificação de

necessidades nos sistemas e processos e as mudanças organizacionais proporcionadas pela TI

que trarão benefícios para a empresa. Estas melhorias são medidas a partir do retorno do

investimento - ROI (return on investment) e também de sua contribuição para a estratégia da

empresa. Essas melhorias podem ser o aprimoramento e diversificação dos processos e o

atendimento às mudanças do mercado (WEILL; ROSS, 2006).

Decisão 5: Investimentos e priorização de TI – Parte do confronto de três dilemas: quanto

gastar, em que gastar e como reconciliar os interesses de diferentes grupos. As empresas

possuem diferentes níveis de investimentos, diferentes portfolios e diferentes indicadores de

sucesso. As decisões de investimentos são baseadas nas reflexões sobre as necessidades

específicas dos negócios e as necessidades corporativas, determinando o melhor nível para

alcançar a estratégia da empresa. Esses níveis são considerados a partir de comparativos com

Page 48: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

33

outras empresas similares (benchmarks), ou em função dos objetivos estratégicos da TI

(WEILL; ROSS, 2006).

A governança de TI está situada em múltiplas camadas da organização (GREMBERG; DE

HAES, 2009) e é classificada pela literatura em duas correntes, conforme a Figura 3: (1ª) o

nível de gestão com estrutura de tomada de decisão ao nível gerencial e (2ª) a estrutura a nível

estratégico onde o conselho está inserido (JEWER; MCKAY, 2012).

Figura 3 – Estrutura da governança de TI

Fonte: Adaptação de Jewer e Mckay (2012, p.584)

Segundo Jewer & Mckay (2012), a corrente que trata do nível gerencial parece ser a mais

predominante em relação às pesquisas. Em uma revisão geral da governança de TI por Brown

e Grant (2005), foram identificados três estruturas de tomada de decisão: as estruturas

organizacionais de TI (centralização versus descentralização e horizontal versus vertical); as

contingências de governança de TI dessas estruturas; e com a estrutura de governança de TI

de Weill e Ross (2006), que é uma extensão das duas outras.

Page 49: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

34

A corrente que foca o papel do conselho de governança de TI, é classificada, segundo Jewer

& Mckay (2012), como normativo ou descritivo. A literatura normativa defende a

importância do papel do conselho de governança de TI (Nolan & McFarlan, 2005; ITGI,

2003), enquanto os estudos descritivos indicam como o conselho é realmente e o que ele

governa.

Ainda segundo Jewer & Mckay (2012), numa pesquisa com 188 diretores de empresas no

Canadá em 2011, poucos estudos revelam o envolvimento do conselho na governaça de TI. O

número de estudos é pequeno, mas revelou que os conselhos não estão cumprindo suas

funções de forma eficaz na governança de TI.

Estrutura Centralizada, Descentralizada e Federalizada

Segundo Peterson (2004b), Brown e Grant (2005), a decisão de centralizar ou descentralizar a

governança de TI depende da perspectiva racional da organização na busca da eficiência

interna e da eficácia. Para o autor, a centralização pressupõe eficiência e padronização,

proporcionando com isso uma maior especialização, consistência, economia de escala e

controles padronizados. Já a descentralização busca a eficácia e flexibilidade, proporcionando

um controle local, um senso de propriedade e maior capacidade de resposta e flexibilidade às

necessidades da empresa (Tabela 8).

A flexibilidade excessiva da descentralização pode levar a padrões variáveis, resultando em

menor flexibilidade, enquanto a especialização em centralização incorre em riscos

estratégicos específicos, devido à racionalidade limitada e sobrecarga de informação

(PETERSON, 2004b; BROWN; GRANT, 2005; MCAFEE; BRYNJOLFSSON, 2008).

Já a estrutura federalizada combina os benefícios dos sistemas Centralizados e

descentralizados (Tabela 9), explicados com mais detalhes à frente.

Para Weill e Ross (2006), as empresas líderes em termos de lucros tinham arranjos de

governança muito mais centralizados. Contudo, segundo o próprio autor, em muitas empresas

a administração centralizada da TI não é mais possível e desejável, dado que as solicitações

de gastos em TI originam-se de todas as áreas da empresa e não apenas de uma. Para Peterson

(2004b), a governança de TI centralizada está associada com as organizações de pequeno

Page 50: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

35

porte com estratégia de custos, baixa informação e negócios intensivos de produtos e serviços.

Essas empresas têm pouca experiência e competência para a gestão de negócios de TI.

Tabela 8 – Vantagem e Desvantagem e o Melhor de Ambos

Governança de TI Centralizada

Governança de TI Descentralizada

Governança de TI Federalizada

Sinergia de TI + - +Padronização de TI + - +Especialização de TI + - +Capacidade de Resposta - + +Propriedade do Negócio - + +Flexibilidade do Negócio - + +

Fonte: Adaptação de Peterson (2004b, p.46)

Tabela 9 – Determinantes da Governança de TI

Determinantes Modelo CentralizadoModelo

FederalizadoModelo

Descentralizado

Estratégia do Negócio Foco em custo Foco em Inovação

Governança da empresa Centralizado Descentralizado

Tamanho da Empresa Pequeno Grande

Intensidade da informação Baixo Alto

Estabilidade ambiental Alto Baixo

Competência Empresarial Baixo Alto

Fonte: Adaptação de Peterson (2004b, p. 48)

As empresas que adotam o modelo descentralizado de governança de TI têm um custo

elevado de propriedade de tecnologia (MCELHERAN, 2012) e estão associadas a grandes e

complexas organizações. Elas são inovadoras, focadas e competitivas, têm volatilidade

ambiental, alta informação e negócios intensivos de produtos, serviços e processos, têm alta

experiência de negócios e competência empresarial na gestão de TI (PETERSON, 2004b).

Page 51: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

36

As organizações com objetivo de atingir o melhor dos dois mundos, a combinação da

governança centralizada e descentralizada de TI, têm adotado a governança federalizada, onde

as decisões de infraestrutura de TI são centralizadas, e as decisões de aplicação de TI são

descentralizadas (PETERSON, 2004b), pressupondo que essas empresas são de alto

desempenho, com múltiplas metas (WEILL; ROSS, 2006) e que maximizam valor

(MCELHERAN, 2012).

Em sequência à revisão das estruturas de tomada de decisão, Weill e Ross (2006) expandem a

visão anterior, e, em vez de considerar os tradicionais modelos centralizados, descentralizados

ou federalizados, eles propõem seis classificações de governaça de TI para as organizações,

baseadas nos arquétipos políticos: monarquia do negócio e de TI, feudalismo, federalismo,

duopólio e anarquia (Tabela 10).

Segundo Weill e Ross (2006), numa Monarquia de negócio, as decisões são, principalmente,

de investimento e de infraestrutura, e são tomadas por altos executivos de negócios (Chief

Executive Officer – CEO; Chief Operational Officer – COO; Chief Financial Officer – CFO).

O Chief Information Officer – CIO pode participar ou não da decisão, mas não tem autonomia

para tomá-la sozinho. Os comitês são formados pelos executivos de alto escalão, incluindo ou

não o CIO.

Numa Monarquia de TI, as decisões de TI são tomadas pelos profissionais de tecnologia da

informação. Essas decisões podem, por exemplo, ter a participação tanto de profissionais de

TI de uma área corporativa quanto de representantes de TI de uma área de negócio.

O Feudalismo é baseado nas tradições da antiga Inglaterra, onde príncipes, princesas ou seus

escolhidos tomavam suas próprias decisões locais (WEILL; ROSS, 2006). Com estas

características, as decisões deste modelo ocorrem por unidades de negócio autônomas

(BROWN; GRANT, 2005), de forma a otimizar as necessidades locais.

O modelo de tomada de decisões coordenadas que envolve tanto representação corporativa

(centro) como local (as unidades de negócio) é chamado de Federalismo (WEILL; ROSS,

2006). Este modelo é hibrido na tomada de decisão (BROWN; GRANT, 2005; PETERSON,

2004).

Page 52: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

37

Tabela 10 – Arquétipos da Governança de TI

Estilo Quem tem direitos decisórios ou de contribuição

Monarquia de negócio

Grupo de executivos de negócios ou executivos individuais (CxOs). Inclui comitês de executivo sêniores de negócios (podendo incluir o CIO). Exclui executivos de TI que atuem independentemente.

Monarquia de TI Indivíduos ou grupos de executivos de TI

Feudalismo Líderes das unidades de negócio, detentores de processos-chave ou seus delegados

Federalismo

Executivos de nível de diretoria (c-level) e grupos de negócio (processos ou unidades de negócio); incluindo executivos de TI como participantes adicionais. Equivalente à atuação conjunta dos governos federal e estadual.

Duopólio de TI Executivos de TI e algum outro grupo (os CxOs ou os líderes de unidades de negócio ou os líderes de processos)

Anarquia Cada usuário individual

Fonte: Weill e Ross (2006, p.61)

No Duopólio de TI, as decisões são tomadas a partir do consenso bilateral entre executivos de

TI e outro grupo de negócios. As decisões são tomadas pela representação corporativa ou pela

representação local, mas nunca ambas, segundo Weill e Ross (2006).

Baseado nas necessidades locais, pequenos grupos ou indivíduos tomam suas próprias

decisões. Este é o modelo chamado de Anarquia (WEILL; ROSS, 2006).

2.2.5 Alinhamento Estratégico e Operacional

A origem do conceito de alinhamento estratégico vem de pesquisas sobre estratégia de

negócios, uma vez que elas buscam alinhar os recursos organizacionais com as ameaças e as

oportunidades do ambiente (SIQUEIRA; CRISPIM, 2012). Alinhamento estratégico

demonstra o grau em que uma organização está combinando seus recursos e capacidades de

Page 53: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

38

TI com as oportunidades do ambiente externo (CHAN, YOLANDE E., HUFF, 1993;

GREMBERGEN; HAES; GULDENTOPS, 2004; ITGI, 2003; ALI; SABEGH, 2012).

Segundo Luftman e Derksen (2012), na sua pesquisa anual (2012) realizada com 195

executivos de empresas membros da Society for Information Management (SIM), das 10

maiores preocupações de gestão elencadas pelos CIOs desde 1980, quatro delas ainda

permanecem na lista. São elas: alinhamento da TI com o negócio, reengenharia de processos,

planejamento estratégico de TI e segurança e privacidade. Os executivos de TI, na mesma

pesquisa, têm suas preocupações voltadas, principalmente, na busca da produtividade dos

negócios e a redução de custos.

A revisão bibliográfica realizada por Mota e Marques (2013), mostra que os assuntos mais

citados na literatura são o alinhamento estratégico entre TI e negócio, o valor entregue pela TI

à organização, o gerenciamento dos riscos relacionados à TI, o gerenciamento dos recursos de

TI, a mensuração do desempenho da TI e a responsabilidade e a imputabilidade pelas decisões

de TI (accountability). À mesma conclusão chegou Rasera et al., (2010), onde o alinhamento

estratégico destaca-se pelo número de referências na literatura brasileira e que a governança

de TI no Brasil está primordialmente associada ao relacionamento da TI com os negócios da

empresa.

Além das citações acima, outros autores destacam que o alinhamento estratégico de TI e de

negócios têm sido uma das principais preocupações dos gestores de TI há quase 30 anos

(LUFTMAN; DERKSEN, 2012; LUFTMAN, 2000). Porém, a implementação de um

programa de governança de TI representa um desafio para as organizações por causa da

relação tradicionalmente difícil entre o departamento de TI e do negócio (ANDRIOLE, 2009;

WEILL; ROSS, 2006) e, também, as dúvidas e medos que geram o processo de mudança

(MALAQUIAS; ALBERTIN, 2011). Além disso, para ser eficaz, é necessário alinhar a

governança de TI com outras estratégias importantes na empresa, tais como, o crescimento e

diversificação, a confiança em sistemas legados de TI e a distribuição de operações críticas

dentro da empresa. (MCELHERAN, 2012; SANTOS; QUINTAIROS; OLIVEIRA, 2012).

Para Moreno, Cavazotte e Valente (2009), o alinhamento estratégico é o grau de integração e

apoio mútuo entre a estratégia das áreas de negócio de uma organização e de sua área de TI,

como percebida pelos agentes organizacionais responsáveis pela execução dessas estratégias.

O alinhamento, segundo os autores, ocorre na medida em que esses agentes percebem que há

Page 54: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

39

um alto nível de compatibilidade e sinergia entre as missões, objetivos, metas, planos e

políticas das áreas de negócio e de TI da organização.

Portanto, o alinhamento estratégico é diferente do alinhamento operacional entre TI e

negócio, no que se refere à compatibilidade e sinergia entre as infraestruturas, processos e

políticas das áreas de negócio e de TI da área, segundo a percepção dos agentes

organizacionais responsáveis pelas operações dessas áreas. Idealmente, o alinhamento

operacional deve ser construído com base no alinhamento entre TI e negócio estratégico

estabelecido, sem uma relação de causalidade recíproca entre eles (MORENO;

CAVAZOTTE; VALENTE, 2009).

Dessa forma, o alinhamento estratégico implica que a sua realização é essencial para o

estabelecimento de alinhamento operacional, ou seja, a integração efetiva e duradoura das

infraestruturas das áreas de negócio e de TI. Embora talvez seja possível encontrar

infraestruturas que estão conectadas sem as estratégias das respectivas áreas que estão sendo

alinhados, tal situação seria provavelmente uma contingência, um resultado não-planejado, e,

por esta razão, instável (MORENO; CAVAZOTTE; VALENTE, 2009). Por isso, os autores

concluem que o alinhamento operacional é uma consequência do alinhamento estratégico.

Modelos de Alinhamento Estratégico

O modelo de alinhamento estratégico de Henderson e Venkatraman (1993), um dos primeiros

a serem criados, cobre os vínculos entre quatro domínios em uma organização: (i) o domínio

da estratégia de negócios, (ii) o domínio de processos de negócio, (iii) o domínio da estratégia

de TI, e (iv) o domínio de processos de TI (Figura 4). Com base nestes domínios, são

destacadas duas principais perspectivas de como o alinhamento entre os domínios acontece.

Na primeira perspectiva, a estratégia de negócios é a força motriz para o processo de negócio

ou estratégia de TI, em última análise, afetando os processos de TI. Na segunda perspectiva, a

estratégia de TI é a força motriz para os processos de TI ou estratégia de negócios, em última

análise, afetando os processos de negócios.

A lista de modelos de alinhamento estratégico existentes na literatura é extensa (CHAN,

YOLANDE E., HUFF, 1993; GREMBERGEN; HAES; GULDENTOPS, 2004; COLEMAN;

PAPP, 2006; SIQUEIRA; CRISPIM, 2012). A Tabela 11, resume modelos com ampla citação

em periódicos acadêmicos.

Page 55: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

40

Figura 4 – Modelo de Alinhamento Estratégico

Estratégia de Negócios

Processos do Negócio

Estratégia de TI

Processos de TI

Fonte: adaptação de Galliers e Leidner (2003, p.66)

Segundo Siqueira e Crispim (2012), o alinhamento estratégico era identificado inicialmente

pelos modelos clássicos, como uma tarefa estática e realizada durante o planejamento

estratégico. A partir do ano 2000, outros modelos surgiram com um enfoque dinâmico ao

longo de todo o planejamento estratégico (diagnóstico, formulação, implementação e

avaliação) e em seus ciclos seguintes, observando a maturidade e as melhores práticas, bem

como os elementos habilitadores e inibidores (LUFTMAN, 2000; GREMBERGEN; HAES;

GULDENTOPS, 2004; LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010; HO; WU; XU, 2011;

KEARNS; SABHERWAL, 2006), explicando o papel da governança de TI que objetiva

alcançar o alinhamento entre a estratégia de negócios e a estratégia de TI (RIGONI;

DWIVEDI; HOPPEN, 2010).

Fatores que Influenciam o Alinhamento

O alinhamento estratégico é uma importante força motriz para alcançar o valor de negócio, e

isto ocorre através de investimentos em TI (ITGI, 2003; GULDENTOPS, 2004; MELVILLE;

KRAEMER; GURBAXANI, 2004; PHAM; NGUYEN, 2013). De acordo com Luftman

(2000), o alinhamento é evolutivo e dinâmico, exigindo além de um forte apoio da gerência

sênior, boas relações de trabalho, uma liderança forte, priorização adequada, confiança e

comunicação eficaz, bem como uma compreensão completa dos ambientes de negócios e

técnicos. Estes fatores, aliados às características próprias e do mercado, irão determinar a

eficácia da governança de TI (ALI; GREEN, 2009).

Page 56: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

41

Tabela 11 - Modelos de Alinhamento Estratégico

Autor Aspectos do modelo

Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996, 2000)

Denominado BSC. Consiste no processo de desdobramento da estratégia existente em um conjunto equilibrado de medidas de desempenho por meio de construção de mapas estratégicos (balanced scorecards). Indicadores balanceados em quatro perspectivas: financeira; clientes; processos; aprendizado e crescimento.

Luftman, Lewis & Oldach (1993) (*)

O sucesso do negócio depende da harmonia entre as estratégias de negócio e de TI, a infraestrutura e processos organizacionais e a infraestrutura e processos de TI. Detalha quatro perspectivas direcionadoras para o alinhamento: Execução da Estratégia; Transformação Tecnológica; Potencial Competitivo; Nível de Serviço.

Broadbent & Weill (1993)Modelo desenvolvido baseado um estudo empírico em quatro bancos australianos. Os quatro quadrantes devem ser endereçados em ordem: o desenvolvimento da estratégia deve ser no nível de toda a empresa; estrutura organizacional e prestação de contas; políticas e responsabilidades da área de TI; Estratégia de TI

Reich & Benbasat (1996) (*)

O alinhamento (chamado de linkage ) é o grau em que a missão, objetivos e planos de TI apoiam e são apoiados pela missão, objetivos e planos de Negócio. O grau de Alinhamento será determinado pela consistência interna do elo (DI-Dimensão Intelectual) e pela compreensão dos executivos sobre o plano de negócio e de SI (DS-Dimensão Social).

Maes et al. (2000) (*)O modelo é um framework multidimensional unificado: Horizontal (DH), Vertical (DV) e Espacial (DE). O DE é definido como um processo dinâmico e contínuo, inter-relacionando todos os componentes da relação negócios e TI. Desbalanceamentos propositais entre os elementos podem gerar inovação organizacional

Sabherwal & Chan (2001) (*)

O modelo apresenta que o alinhamento entre a estratégia de negócio e a de SI implica em desempenho do negócio, levando em conta atributos e tipos de estratégias do negócio (EN) e de Estratégia de SI (ESI). Atributos da EN: defensoras; prospectoras; analisadoras. Atributos de ESI: eficiência; flexibilidade; abrangência.

Brodbeck & Hoppen (2003) (*)

Modelo de Operacionalização do Alinhamento, o qual possui uma visão espacial tridimensional: Horizontal (Formulação), Vertical (Níveis Externo e Interno) e Tempo (Estágios de Implementação). Considera o Alinhamento como um processo dinâmico de promoção de ajuste contínuo entre os itens estabelecidos nos planos de negócio e os itens dos planos de TI que os suportam

Avison et al., 2004(*)Modelo adaptado de Luftman (2000). Utilizou projetos concluídos como unidade de análise em vez da percepção dos executivos em um estudo de caso do setor financeiro da Austrália.

Weiss et al., 2006

O modelo utiliza duas dimensões (integração interna e mercado externo) que fazem distinção de três tipos de alinhamento entre Negócios e TI: 1. Recurso técnico: onde a TI se aplica nas operações administrativas em um ambiente estável; 2. Habilitador de negócios: onde a TI encoraja o negócio para redução de custo, melhora a qualidade e/ou satisfaz o mercado. 3. Necessidades e arma estratégica: onde a TI alinha-se com mudança estratégica para reposicionar a organização ou direcionar o mercado.

Baker et al., 2011Proposta de um modelo de capacidade dinâmica, uma reposta ao modelo estático VBR (Visão Baseada em Recursos).

Guldentops (2003) (**)

O modelo faz uma distinção entre o alinhamento vertical e horizontal. Tem como práticas, reforçar oalinhamento também no nível operacional. O alinhamento vertical é impulsionado principalmente pelacomunicação repetidamente. O alinhamento horizontal é impulsionado principalmente pela cooperação entrenegócios e TI, sobre a integração da estratégia.

Duffy (2002 ) (**)

Modelo composto por quatro níveis de maturidade. O objetivo é fornecer uma ferramenta para o alinhamento entre o negócio e TI . No nivel um existe uma desconexão fundamental entre o executivo de TI e no resto da gestão corporativa . O nível de quatro (nível mais alto) de maturidade, implica que a TI e os negócios estão intimamente entrelaçados e só há uma estratégia única que incorpora tanto para negócios e TI.

IT Governance Institute (ITGI , 2000) (**)

Um dos produtos desenvolvidos pelo ITGI é o padrão aberto CobiT (Objetivos de Controle para TI e tecnologias relacionadas). O framework COBIT identifica 34 processos de TI dentro de um ambiente de TI. Para cada processo, ele fornece uma declaração de controle de alto nível e entre três e trinta objetivos de controle detalhados. Com a terceira edição CobiT, uma camada de gerenciamento foi adicionado, chamado Diretrizes de Gestão, fornecendo fatores críticos de sucesso, indicadores-chave de desempenho e modelos de maturidade para cada um dos processos. O primeiro processo identificado pelo CobiT é definido como um plano estratégico de Tecnologia da Informação. Como este processo "satisfaz o requisito de negócio para encontrar um equilíbrio ideal de oportunidades de Tecnologia da Informação e requisitos de TI das empresas", este processo desempenha um papel muito importante no alinhamento estratégico.

Fonte: Siqueira e Crispim (2012, p.43) com adaptações do autor

Nota: (*) Modelo derivado do de Henderson e Venkatraman (1993)

Nota: (**) Fonte Grembergen, Haes e Guldentops (2004) e ITGI (2003)

Page 57: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

42

Neste sentido, podemos concluir que o envolvimento da alta direção e a utilização de uma

estrutura de comunicação adequada para perseguir iniciativas apropriadas que se alinham com

o posicionamento estratégico da empresa, irão permitir o alinhamento entre TI e negócios e

facilitar a melhoria do desempenho da empresa (BANKER et al.,2011; PETERSON, 2004a;

ALI; GREEN, 2009; WEILL; ROSS, 2006; CHAN, YOLANDE E., HUFF, 1993;

MALAQUIAS; ALBERTIN, 2011).

Para Grembergen, Haes e Guldentops (2004) e Luftman (2000), alcançar e manter o

alinhamento entre TI e o negócio continua a ser um grande desafio. A experiência mostra que

nenhuma atividade única permitirá uma empresa atingir e manter o alinhamento por existirem

muitas variáveis. A tecnologia e os ambientes de negócios são muito dinâmicos, portanto,

identificar a maturidade do alinhamento de uma organização, contribui para a compreensão e

melhoria do relacionamento comercial de TI.

O resultado da pesquisa de Luftman (2000) realizada com 25 empresas da Fortune 500,

representando 15 tipos de indústrias diferentes, identificaram fatores habilitadores e

inibidores. Esses fatores são experimentados pelos executivos diariamente e tanto podem

ajudar como atrapalhar o alinhamento (LUFTMAN, 2000; 2004). Na Tabela 12, são

apresentados os seis mais importantes em ordem de classificação, que podem ser tanto

habilitadores quanto inibidores (suporte executivo, entendimento de negócios, relações entre

negócios e TI/parceria e liderança).

Tabela 12 – Fatores Habilitadores e Inibidores do Alinhamento Estratégico

Fonte: Adaptação de Luftman (2000, p.9)

Page 58: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

43

Cada um dos cinco níveis de maturidade de alinhamento (entendidos como fatores críticos de

sucesso do alinhamento) se concentra, por sua vez, por um conjunto de seis critérios baseados

em prática validada por 25 das empresas listadas no Fortune 500 (LUFTMAN, 2000;

LUFTMAN, 2004), conforme mostra a Figura 5.

1) Maturidade da Comunicação

Este nível de maturidade avalia a efetiva troca de ideias, de conhecimento e informações

entre as diferentes áreas sobre a estratégia da organização, dos ambientes de TI e do

negócio da organização. O objetivo é facilitar a interação, o compartilhamento de risco e as

prioridades dentro da empresa.

2) Maturidade das Medidas de valor/competência

Neste nível, é verificado o valor de TI para os negócios através de indicadores que sejam

entendidos e aceitos pelos gestores. As recompensas e punições são atrelados a estes

indicadores.

Figura 5 – Critérios de Maturidade do Modelo de Alinhamento Estratégico

Fonte: Adaptação de Luftman (2000, p.12)

Page 59: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

44

3) Maturidade das Parcerias

É avaliado o relacionamento entre a TI e as áreas de negócio, a importância da TI na

definição de estratégias, o grau de confiança que se desenvolve entre as áreas, a

distribuição dos riscos e as recompensas entre os parceiros.

4) Maturidade do Escopo e da Arquitetura

Este critério avalia se a TI é capaz de ir além da retaguarda e linha de frente da

organização, se está assumindo um papel de apoio para uma infraestrutura flexível e

transparente para todos os envolvidos (parceiros de negócios e clientes), se aplica de forma

eficaz novas tecnologias, se existe padronização na condução dos processos de negócios e

estratégias e ainda se fornece soluções personalizadas para as necessidades dos clientes.

5) Maturidade das Habilidades

Avalia se as práticas de recursos humanos estão adequadas para contratação, manutenção

do quadro profissional bem treinado, com salários compatíveis, além de verificar fatores

motivacionais, de desempenho e oportunidades de carreira, além do ambiente e cultura da

organização.

2.3 VISÃO BASEADA EM RECURSOS (RBV)

2.3.1. Conceitos Básicos

Segundo Barney (1986), as empresas que procuram maior desempenho econômico, devem

buscar o autoconhecimento e analisar suas capacidades internas, em vez de apenas conhecer o

ambiente externo e competitivo.

Dentro das organizações, de acordo com Barney (1991), encontram-se recursos valiosos e

raros que podem ser uma fonte de vantagem competitiva. Esses recursos, ainda segundo o

autor, podem levar as empresas a serem inovadoras estratégicas, pois elas serão capazes de

conceber, engajar e implantar estratégias que outras empresas não seriam capazes de adotar.

Para Pavão, Sehnem e Hoffmann (2011), esses recursos organizacionais bem combinados

permitem obter uma vantagem competitiva sustentável perante os concorrentes. Os recursos

Page 60: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

45

interagem entre si, de acordo com Barney (1991), e influenciam e são influenciados pelo

conjunto de recursos controlados pela empresa.

Neste sentido, Barney (1991) cria a teoria da Visão Baseada em Recursos (RBV).

Atualmente, pesquisadores têm dependido da teoria, como o principal referencial teórico para

compreender a relação entre a empresa e seu valor comercial (KIM et al., 2011a) e como as

partes específicas da empresa afetam a empresa como um todo (WADE; HULLAND, 2004).

Amplamente aceita, a teoria é objeto de pesquisa em gestão estratégica (JR; HULT; SLATER,

2007; NEWBERT, 2008; WADE; HULLAND, 2004; HENARD; MCFADYEN, 2012;

MELVILLE; KRAEMER; GURBAXANI, 2004; PHAM; NGUYEN, 2013).

A RBV argumenta que a vantagem competitiva surge de uma combinação única de recursos

que são economicamente valiosos, raros e difíceis de imitar, manifestando com um melhor

desempenho no curto prazo (BARNEY, 1991). De acordo com Brahma e Chakraborty

(2011), Barney fez dois pressupostos fundamentais: (1) os recursos são distribuídos de forma

heterogênea entre as empresas, e (2) os recursos e capacidades são imóveis (Figura 6). A

premissa de heterogeneidade entre empresas descreve fatores produtivos em uso como tendo

níveis diferenciais de eficiência e eficácia. Algumas são superiores às outras. Empresas

dotadas de melhores recursos são capazes de produzir com mais economia e melhor atendem

às necessidades dos clientes (PETERAF, 1993; MCAFEE; BRYNJOLFSSON, 2008;

MALAQUIAS; ALBERTIN, 2011).

Os recursos são ativos tangíveis e intangíveis que estão vinculados semipermanentemente e à

disposição da empresa (WERNERFELT, 1984). Os recursos tangíveis podem ser matérias-

primas, equipamentos, contratos e despesas de capital. Os intangíveis são a reputação, o valor

da marca, procedimentos eficientes, conhecimento de tecnologia e as habilidades e

qualificação dos empregados. A utilização de qualquer tipo de recurso pode levar a vantagens

e retornos positivos, sustentados em longos períodos de tempo (HENARD; MCFADYEN,

2012; WERNERFELT, 1984), à medida que a empresa é capaz de proteger contra o recurso

de imitação, transferência ou substituição (WADE; HULLAND, 2004).

A não imitabilidade, segundo Miller e Shamsie (1996), tem duas fundamentações diferentes.

Alguns recursos não podem ser imitados, porque eles são protegidos por direitos de

propriedade, tais como contratos, escrituras de propriedade ou patentes. Outros recursos são

Page 61: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

46

protegidos pela barreira do conhecimento, ou seja, os concorrentes não sabem como imitar

processos ou habilidades de uma empresa.

Figura 6 - A relação entre a heterogeneidade de recursos e imobilidade, o

valor, raridade, imitabilidade imperfeita e substituição, e vantagem

competitiva sustentada.

Fonte: Adaptação de Barney (1991, p.112)

A principal contribuição do RBV aos gestores que o praticam, é que a vantagem competitiva

sustentável não é necessariamente o resultado da operação que envolve uma grande

oportunidade e num ambiente com baixas ameaças, mas depende da existência e exploração

dos recursos da empresa e de suas capacidades (BRAHMA; CHAKRABORTY, 2011; JR;

HULT; SLATER, 2007; JANG, 2013).

De acordo com Jang (2013) e Newbert (2008), cada vez mais estudiosos de estratégia e

organização têm utilizado o RBV para descobrir vários fenômenos gerenciais. Dentre eles, o

autor cita os temas de gestão estratégica geral, aliança estratégica, diversificação corporativa,

o desenvolvimento de novos produtos, cooperação interfirmas, marketing, a gestão

internacional de pequenas empresas, empreendedorismo e inovação da empresa.

A Visão Baseada em Recursos (RBV), além de atrair inúmeros estudiosos, atrai também

críticos. Uma das principais críticas à RBV é que ela é estática por natureza. Já Peteraf (1993)

argumentou que a mera existência de recursos não garante vantagem competitiva, sendo mais

importante os processos pelos quais a empresa explora os seus recursos. Esta reflexão,

segundo Brahma e Chakraborty (2011), orientou Barney, que se preocupou com a

Page 62: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

47

organização estrutural da empresa, nos sistemas de controle e nas políticas de remuneração,

como forma de explorar todo o potencial dos recursos e alcançar a vantagem competitiva.

Connor (2007) apud Jr, Hult, Slater (2007) considera a RBV como tautológica3 e

excessivamente simplista. Priem e Butler (2001) apud Brahma e Chakraborty (2011) também

a consideram paradoxal, contraditória, ambígua e incompatível para a prática gerencial.

2.3.2 Capacidades Dinâmicas

A estrutura de capacidades dinâmicas foi desenvolvida parcialmente em resposta a uma

limitação da Visão Baseada em Recursos (RBV) das empresas (WADE; HULLAND, 2004).

A RBV explica que as empresas concorrentes possuem conjuntos heterogêneos de recursos e

capacidades (WERNERFELT, 1984). Recursos e capacidades que são valiosos, raros, difíceis

de imitar e difícil de substituir são uma fonte potencial de vantagem competitiva (BARNEY,

1991).

No entanto, a RBV é uma teoria estática da empresa, e enquanto ela está bem adequada para

estudos de ambientes estáveis, é limitada na sua aplicabilidade para ambientes dinâmicos

(WADE; HULLAND, 2004).

Para resolver esta limitação, a estrutura de Capacidades Dinâmicas tem sido propostas como

uma extensão para a interpretação da tradicional estática do RBV. As capacidades dinâmicas

baseiam-se na visão de que uma organização pode ser descrita como um conjunto de rotinas

operacionais e administrativas interrelacionadas que evoluem com base no feedback de

desempenho (BAKER et al., 2011). Capacidades dinâmicas são definidas como "a capacidade

da empresa para integrar, construir e reconfigurar competências internas e externas para lidar

com ambientes em rápida mudança"(BAKER et al., 2011). O termo "dinâmico" indica que as

organizações devem continuamente monitorar e renovar as competências funcionais em

resposta ao contexto competitivo em rápida mutação; e o termo "capacidades" destaca a

importância da gestão no desenvolvimento e manutenção dessas competências funcionais

(BAKER et al., 2011)

3 Tautologia, segundo o dicionário Michaelis Moderno 2013, é um vício de linguagem que consiste em repetir o mesmo pensamento com palavras sinônimas. Representa também o progresso de um pensamento, uma repetição em termos diferentes.

Page 63: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

48

As Capacidades dinâmicas permitem a uma empresa se ajustar à sua estratégia de TI e de

recursos para manter e sustentar uma vantagem competitiva (WADE; HULLAND, 2004).

Sem tais capacidades dinâmicas duradouras, a vantagem competitiva pode corroer

rapidamente. Assim, as capacidades organizacionais, potencialmente incluindo a capacidade

de alinhar à estratégia de TI com as estratégias dos negócios, são valiosas porque a vantagem

competitiva pode ser construída a partir delas (BAKER et al., 2011).

Para Lichtenthaler (2009), as Capacidades Dinâmicas são as capacidades de uma organização

para criar propositadamente, estender ou modificar sua base de recursos. Essa capacidade

depende dos processos de aprendizagem subjacentes e é difícil de observar, a menos que seja

posta em prática.

2.3.3 Recursos e Capacidades da Tecnologia da Informação

A literatura sustenta que a tecnologia da informação (TI), quando adequadamente combinada

com outros recursos internos, pode desenvolver características difíceis de serem imitadas pela

concorrência (SANCHEZ; ALBERTIN, 2009). Além de ser um importante recurso, que bem

governado, atuará na integração da empresa, melhorando sua capacidade de transação com o

mercado (MAYER; SALOMON, 2006; HO; WU; XU, 2011). Além disso, em algumas

indústrias, a Governança de TI é um recurso necessário e diferenciado que oferece uma

vantagem competitiva, enquanto em muitos outros mercados ela determina não apenas a

prosperidade, mas a sobrevivência (ITGI, 2003).

Wernerfelt (1995) verificou a grande importância da boa governança na empresa de modo a

alavancar os recursos e gerar valor. A governança corporativa é fundamental para prover o

crescimento das áreas em que a empresa tem capacidade relativamente fraca, bem como para

ter acesso às habilidades e capacidades que lhe faltam, pois é muito difícil, caro e demorado

tentar desenvolver recursos a partir do zero (MAYER; SALOMON, 2006).

Aliado à aquisição e manutenção de recursos, a empresa deve ter uma boa governança na

coordenação do conhecimento dentro da empresa, a fim de alcançar uma vantagem

competitiva (ALI; SABEGH, 2012). Com isso a empresa poderá melhorar, adaptar ou

reconfigurar os processos de negócio melhor do que a concorrência, discernindo as ameaças

eminentes e oportunidades, enquadrando estratégias corretas para aproveitar as oportunidades

Page 64: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

49

de forma sustentável. A flexibilidade das mudanças deve ser em termos de atividades de

integração, redução de custos, aproveitamento da inteligência e aprendizagem de negócios

(KIM et al., 2011; JR; HULT; SLATER, 2007), com a aquisição e retenção de talentos

(JANG, 2013). Mcafee e Brynjolfsson (2008) concluíram que aguçou as diferenças entre as

empresas, em vez de reduzi-los, refletindo o fato de que as empresas apesar de terem sempre

variado muito em sua capacidade de escolher, adotar e explorar inovações, a tecnologia

acelerou e ampliou essas diferenças.

A RBV fornece uma maneira para os pesquisadores de sistemas de informação (SI)

compreenderem o papel dos SI dentro da empresa. Após a exploração e definição do papel

dos recursos de TI, o mesmo pode ser comparado em igualdade de condições com os papéis

desempenhados por outros recursos para, eventualmente, formar uma compreensão integrada

da competitividade da empresa a longo prazo (WADE; HULLAND, 2004). Os recursos de

tecnologia da informação são semelhantes para a maioria das organizações. No entanto, as

organizações que são capazes de implementar a gestão integrada dos recursos poderiam

sustentar uma vantagem competitiva (ALI; SABEGH, 2012). De fato, estudos relatam

associações positivas entre capacidades de TI e o desempenho da empresa (KIM et al., 2011).

Page 65: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

50

3. HIPÓTESES DA PESQUISA

Com base em contribuições de estudos anteriores, propomos um modelo de pesquisa que

mostra a importância da boa governança de TI no alinhamento entre a TI e os objetivos do

negócio das entidades fechadas de previdencia complementar – EFPCs, tendo por base a

Visão Baseada em Recursos (Figura 7).

Figura 7 – Modelo de Pesquisa

O modelo inclui os seguintes constructos: desempenho financeiro, alinhamento operacional,

governança de TI, habilidades técnicas de TI, recursos gerais de TI, infraestrutura flexível de

Page 66: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

51

TI, investimentos de TI da EFPC, despesas de TI com terceiros e capacidades dinâmicas da

EFPC.

A premissa do modelo é que a governança de TI modera os efeitos das habilidades, dos

recursos, da infraestrutura e das despesas de TI com terceiros no nível de alinhamento entre

TI e negócio, que, por sua vez, influencia o desempenho financeiro da EFPC. Vislumbra-se

também que as habilidades e recursos de TI dependem dos investimentos de TI da EFPC e

que as capacidades dinâmicas da EFPC sejam importantes para promover o alinhamento entre

TI e negócio, uma vez que contribuem para o desenvolvimento, adaptação e redistribuição de

recursos e capacidades na organização, quando necessário.

Os componentes e hipóteses do modelo são descritos a seguir:

3.1 Habilidades técnicas de TI (HTTI)

As habilidades técnicas de TI refletem a expertise, competência técnica ou combinação de

conhecimentos que a equipe de TI possui, em conjunto ou individualmente em uma empresa

(KIM et al., 2011; KOLLMANN; HÄSEL; BREUGST, 2009). Segundo Kim et al. (2011), ela

reflete a compreensão dos elementos de TI de uma organização, incluindo sistemas

operacionais, linguagens de programação, sistemas de gerenciamento de banco de dados e

redes. Este conhecimento diz respeito às tecnologias atuais e emergentes que podem ser

valiosas para a organização (KOLLMANN; HÄSEL; BREUGST, 2009); por outro lado, o

conhecimento de gestão é necessário para gerir os recursos de TI que inclui o planejamento,

implantação e operação. Já o conhecimento da função de negócios diz respeito ao

entendimento sobre as unidades de negócios internos e ambientes existentes na empresa,

enquanto o conhecimento relacional (ou interpessoal) reflete a capacidade que a equipe de TI

tem de se comunicar e colaborar com pessoas inseridas nas funções de negócios (KIM et al.,

2011).

A capacidade de gestão de TI tem por foco o gerenciamento dos recursos de TI da empresa,

de forma a transformá-los em valor para o negócio (JORFI; MD NOR; NAJJAR, 2011).

Segundo Weill e Ross (2006), as empresas com uma gestão competente de TI têm processos

internos de transformação mais ágeis que a concorrência e são, assim, mais preparadas para a

mudança. A gestão pode ser centralizada ou descentralizada (PETERSON, 2004b), e se

Page 67: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

52

manifesta nos processos de planejamento, investimento, coordenação e controle dos recursos

de TI, que são questões relevantes da governança de TI e altamente divergentes entre as

empresas (KIM et al., 2011).

No planejamento, a capacidade de gestão envolve os procedimentos e protocolos adotados

para atingir metas estabelecidas, de forma que a TI possa estar alinhada com o negócio e, com

isso, apoiar ou fortalecer, formal ou informalmente, a posição estratégica da empresa (KIM et

al., 2011; JORFI; MD NOR; NAJJAR, 2011; KEARNS; SABHERWAL, 2006). No que tange

aos investimentos, Kim et al., (2011) ressaltam a importância da capacidade de avaliação e

priorização de projetos de TI para apoiar a estratégia da empresa. As atividades de

coordenação tratam da sincronização de esforços entre as unidades de gerenciamento de TI

por meio de vários mecanismos (ex., sistema de relatórios, contato direto, forças-tarefa e

equipes multifuncionais) (KIM et al., 2011). Por fim, atividades de controle caracterizam-se

por orçamentos bem definidos de TI, priorização das funções e definição de papéis e

responsabilidades da equipe de TI, assim como o seu acompanhamento (KIM et al., 2011;

ALI; GREEN, 2009).

No que diz respeito aos esforços de valorização da TI de uma organização, os profissionais de

TI precisam se sentir responsáveis pelos processos gerais e alinhados de forma a se obter

melhores resultados para o negócio (KOLLMANN; HÄSEL; BREUGST, 2009). Bassellier e

Benbasat (2004) concluem que o alinhamento entre os componentes do conhecimento do

negócio, ou seja, o conhecimento específico da organização e do conhecimento interpessoal e

gestão de TI, se mostraram influentes nos resultados da empresa.

Os estudos de Kim et al. (2011) indicam que a influência das habilidades técnicas de TI e a

flexibilidade da infraestrutura de TI são indiretas, ocorrendo através de recursos avançados de

gerenciamento de TI. Assim, existe uma cadeia poderosa de influência entre os tipos de

capacidade de TI, levando a um alinhamento entre TI e negócios e, com isso, um melhor

desempenho financeiro de uma empresa. Ainda na pesquisa dos autores, há indicação de que

as capacidades de gerenciamento de TI atuam como um mediador confiável entre experiência

em TI e flexibilidade da infraestrutura de TI (KIM et al., 2011; RAY; MUHANNA;

BARNEY, 2005). E as capacidades de gerenciamento de TI, estando alinhadas, orientam a

implementação eficaz dos recursos de TI para produzir os resultados pretendidos (KIM et al.,

2011).

Page 68: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

53

Desta forma, propõe-se:

Hipótese 1 – As Habilidades Técnicas de TI de uma EFPC têm um efeito direto e positivo no

nível de Alinhamento Operacional da EFPC.

3.2 Recursos gerais de TI (RGTI)

Xia e King (2002) definem recursos de TI como aqueles relacionados à infraestrutura que são

partilhados por toda a organização. Para Willcocks e Feeny (2006), eles incluem um conjunto

de atividades, profissionais e ativos de TI configurados para definir e suportar os requisitos de

sistemas de informação da organização. Esses recursos, segundo os autores, constituem a base

sobre a qual as aplicações de TI são desenvolvidas e os processos de negócios, suportados.

Eles são compostos não só pela infraestrutura de TI da empresa (por exemplo, software,

hardware e dados, sistemas e seus componentes, rede e telecomunicações, instalações e

aplicações) (KIM et al., 2011; DUNCAN, 1995), como também pelos processos, espaço físico

e recursos humanos associados (WEILL; ROSS, 2006).

Moreno, Cavazotte e Arruda (2014) e Ray, Muhanna e Barney (2005) sugerem que os efeitos

dos recursos de TI no desempenho organizacional são mediados por seu efeito no

desempenho dos processos de negócios que tais recursos suportam. É importante ressaltar que

nesse caso, os recursos avaliados por Moreno, Cavazotte e Arruda (2014) não incluiram

pessoas. Ainda segundo os autores, as mudanças no desempenho dos processos decorreriam,

então, de alterações nos seus fluxos de trabalho e de informações, introduzidas com a adoção

e uso de recursos de TI. Na medida em que tais alterações refletissem as reais necessidades da

operação do processo, haveria um efeito positivo no seu desempenho e, por conseguinte, no

resultado do negócio. Assim, a disponibilidade e aplicação adequada de recursos e

capacidades de TI contribuiriam para a promoção do alinhamento operacional entre TI e

negócio numa organização. Este, por sua vez, na medida em que teria um efeito positivo no

desempenho dos processos de negócio, alavancaria o desempenho da organização como um

todo.

Os resultados de Moreno, Cavazotte e Arruda (2014), comprovam que os recursos e capa-

cidades de TI, por si só, não geram o alinhamento operacional ideal entre TI e negócios. Nos

estudos de Kim et al. (2011), os resultados empíricos enfatizaram a importância dos vários

Page 69: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

54

recursos de TI estarem alinhados e, com isso, afetar positivamente o desempenho financeiro

de uma empresa.

Desta forma, propõe-se:

Hipótese 2 – Os Recursos Gerais de TI de uma EFPC têm um efeito direto e positivo no nível

de Alinhamento Operacional da EFPC.

3.3 Investimentos de TI da EFPC (INVTI)

Os estudos sobre investimentos em TI têm se concentrado em compreender como os

investimentos ao nível da empresa em TI levam ao sucesso do negócio (LUFTMAN, 2000;

LEE; TRAUTH; FARWELL, 1995). Apesar das diferenças sobre a conceituação, parece ser

um consenso entre os acadêmicos, bem como os praticantes (LUFTMAN, 2004), que o

alinhamento entre a estratégia de negócios e estratégia de TI seja um pré-requisito necessário

para que as empresas percebam os benefícios de investimentos em TI (HUNG; CHUNG;

LIEN, 2007; SCHWARZ et al., 2010). No entanto, apesar da grande quantidade de literatura

focada em investimentos, a investigação acadêmica continua sendo incapaz de compreender

totalmente os mecanismos que ligam o investimento em TI ao desempenho organizacional

(SCHWARZ et al., 2010).

Recentemente, variáveis moderadoras e o controle causal ou avaliação orientada para o

processo, foram integrados aos estudos (SCHWARZ et al., 2010). Dessa forma verificou-se

que: (1) o ambiente externo da empresa, a orientação estratégica e o relacionamento da alta

direção influenciam o valor do investimento em TI no negócio; (2) a intensidade da

informação é uma variável moderadora da infraestrutura de TI sobre a eficácia das empresas;

e (3) a interação entre a TI e a gestão estratégica do negócio (considerada como uma variável

moderadora) promovem o alinhamento e contribui para desempenho financeiro da empresa

(SCHWARZ et al., 2010).

Outros estudos também demonstram que os negócios das empresas e o desempenho

financeiro podem ser melhorados quando as organizações são capazes de alinhar a estratégia

de TI à estratégia da empresa por meio de seus processos de negócios (CHAN, YOLANDE

E., HUFF, 1993; BASSELLIER; BENBASAT, 2004). O interesse por este tema, segundo

Baker et al. (2011), continua forte no meio acadêmico.

Page 70: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

55

Desta forma, propõe-se:

Hipótese 3 – Os Investimentos em TI de uma EFPC têm um efeito direto e positivo nas

Habilidades Técnicas de TI da EFPC.

Hipótese 4 – Os Investimentos de TI de uma EFPC têm um efeito direto e positivo nos

Recursos Gerais de TI da EFPC.

3.4 Despesas de TI com terceiros (TERCTI)

Muitos estudos examinaram a razão por trás dos fenômenos de terceirização de TI , tais como

a redução de custos e eficiência, melhoria de desempenho de negócios e acesso às

capacidades dos fornecedores terceirizados (ALI; GREEN, 2012), como, por exemplo, o

gerenciamento de redes, aplicação e manutenção de desenvolvimento, gerenciamento de

dados ou de infraestrutura (WANG et al., 2008). Além disto, a terceirização permite uma

melhoria da qualidade, um maior foco em gestão de outras competências essenciais, uma

maior flexibilidade e alavancagem em relação a recursos, juntamente com a possibilidade de

entrar em novos mercados, mesmo aqueles com uma alta taxa de desenvolvimento

(MICHELA; CARLOTTA, 2011). De acordo com a teoria da economia dos custos de

transação, uma organização terceiriza suas funções de TI se ela tem baixa especificidade de

ativos, problemas de baixa frequência de medição e baixa operação. Assim, as organizações

com elevada dependência de TI (alta intensidade de TI) serão relutantes em dar o controle de

um recurso que é essencial para o sucesso de seus negócios (ALI; GREEN, 2012).

Segundo Wang et al. (2008), as empresas de terceirização têm o potencial para realizar suas

atividades operacionais e gerenciais a custos mais baixos, pelas seguintes razões: (1) grandes

fornecedores podem oferecer serviços às empresas de terceirização com acesso a economias

de escala, devido à sua grande base de clientes; (2) seu tamanho lhes permite negociar preços

mais baixos com fornecedores de hardware e de software; (3) os fornecedores estão muitas

vezes localizados em países e regiões onde existe matéria-prima e é facilmente acessível mão-

de-obra de alta qualidade e baixo custo.

Para Lacity e Willcocks (1998), em função das características do negócio, são três os arranjos,

opções ou tipos de terceirização: (1) terceirização total: refere-se à decisão de transferir mais

de 80% do orçamento de TI, ativos, locações, funcionários e responsabilidades de gestão para

Page 71: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

56

um fornecedor de TI externo; (2) internalização total: é a decisão de manter a gestão de mais

de 80% do orçamento de TI internamente, após avaliar os serviços de TI disponíveis no

mercado e não encontrar potenciais fornecedores devido à baixa qualidade ou falta de

confiança em outras organizações; e (3) terceirização seletiva: é a decisão de terceirizar

funções de TI pré-selecionadas a um ou mais fornecedores externos e manter entre 20% e

80% do orçamento de TI administrado internamente.

Um grande problema que as empresas enfrentam por não tercerizar suas atividades, é

relacionado ao conhecimento técnico dinâmico e a rápida evolução dos equipamentos

(hardware) e da tecnologia (software). Isso deixa as empresas não especialistas em TI com

produtos obsoletos por falta de acompanhamento da tecnologia, além de não capacitar

adequadamente seus profissionais (POWELL; DENT-MICALLEF, 1997; WANG et al.,

2008; MICHELA; CARLOTTA, 2011). Já os prestadores de serviços e especialistas de TI,

buscam sempre acompanhar a tecnologia e estão, portanto, mais preparados para responder

mais rapidamente às mudanças na tecnologia e apreciar a longo prazo a flexibilidade de TI

(WANG et al., 2008; MICHELA; CARLOTTA, 2011).

Os resultados apresentados nos estudos Wang et al. (2008) indicam que os efeitos do

desempenho da terceirização de TI é mais evidente no nível do processo mas não ao nível da

empresa. O efeito incremental significativo de capacidade de TI em ambos os processos e

desempenho ao nível da empresa, indicam que a combinação sinérgica de terceirização de TI

e as capacidades de TI das empresas são importantes na criação de valor para o negócio. Isto

sugere que a terceirização de TI e capacidade de TI reforçam-se mutuamente e melhoram o

desempenho com o alinhamento de TI interno e externo, e com os objetivos de negócios das

empresas (WANG et al., 2008; MICHELA; CARLOTTA, 2011).

Dado o exposto acima, propõe-se:

Hipótese 05 – As Despesas de TI com Terceiros de uma EFPC têm um efeito positivo e direto

no nível de Alinhamento Operacional da EFPC.

3.5 Infraestrutura flexível de TI (FLTI)

Segundo Duncan (1995), a infraestrutura de TI é definida na literatura em dois níveis: (1) em

termos dos componentes tecnológicos básicos de que é composta; e (2) em termos dos fatores

Page 72: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

57

que podem afetar o projeto e as capacidades de infraestrutura, tais como o planejamento e a

gestão de recursos. Ainda segundo a autora, os recursos primários e tangíveis incluem a

tecnologia da plataforma (hardware e sistemas operacionais), as tecnologias de rede e de

telecomunicações, os principais dados e o centro de processamento das aplicações.

Para Moreno, Cavazotte e Arruda (2014), a infraestrutura é constituída pelos ativos

tecnológicos que servem de base para a construção de soluções mais específicas com as quais

os usuários finais têm contato, tais como hardware, redes de comunicação, sistemas

operacionais e aplicativos básicos para processamento de dados. Moreno, Cavazotte e

Valente (2009) citam, como fatores relacionados à infraestrutura de TI que promovem o

alinhamento estratégico, a instrumentação de gerenciamento, a integração funcional da

empresa, a modelagem de regras de negócios no SI, a adequação dos produtos e serviços de

TI, a arquitetura de TI apropriada, o entendimento do negócio pela equipe de TI e a

comunicação da área de TI.

A flexibilidade da infraestrutura de TI de uma organização é função: (1) do nível de

conectividade intra e interorganizacional provida pelos sistemas de informação da empresa;

(2) do seu grau de compatibilidade (possibilidade de troca de informações e dados,

independentemente dos componentes de tecnologia do sistema); e (3) da sua modularidade

(até que ponto os componentes do sistema e o software podem ser facilmente adicionados,

modificados e removidos sob a forma de módulos) (KIM et al., 2011; JEWER; MCKAY,

2012; ALI; SABEGH, 2012; JORFI; MD NOR; NAJJAR, 2011; WEILL; ROSS, 2006). A

flexibilidade da infraestrutura de TI reflete a capacidade de gestão dos recursos pertinentes

utilizados, mais do que apenas um produto final ou as características intrínsecas de seus

componentes (DUNCAN, 1995).

Vários estudos apontam a flexibilidade da infraestrutura de TI como um antecedente do

desempenho organizacional (MORENO; CAVAZOTTE; ARRUDA, 2014; MORENO;

PINHEIRO; JOIA, 2012; KIM et al., 2011). De forma geral, quanto maior a flexibilidade de

um recurso, mais opções a empresa tem para a diversificação em produtos finais menos

relacionados. Assim, a flexibilidade da infraestrutura pode ser medida como o grau em que os

seus recursos são compartilháveis e reutilizáveis (DUNCAN, 1995; WEILL; BROADBENT;

BROADBENT, 2002).

Page 73: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

58

A capacidade de adaptação de recursos organizacionais flexíveis é valiosa, na medida em que

se refere ao aproveitamento dos recursos existentes para concretizar estratégias de negócio

(KIM et al., 2011), bem como apoiar mudanças estruturais necessárias (JORFI; MD NOR;

NAJJAR, 2011; KEARNS; SABHERWAL, 2006), e com isso sustentar uma vantagem

competitiva (KIM et al., 2011). Portanto, a flexibilidade da infraestrutura de TI permite a

adaptação dos ativos de TI da empresa às mudanças estratégicas ou de mercado, permitindo

que a equipe de TI desenvolva, difunda e apoie os componentes dos sistemas para reagir de

forma rápida às demandas que vierem a surgir (por exemplo, no contexto de fusões,

aquisições, alianças estratégicas, parcerias globais, ou pressões econômicas) (WEILL; ROSS,

2006; JEWER; MCKAY, 2012). A infraestrutura de TI flexível capacita uma empresa a

inovar os seus próprios processos de negócios de forma contínua e mais rápida do que a

concorrência, essa capacidade aumenta a capacidade da empresa de reagir rapidamente aos

desafios decorrentes da concorrência e de incertezas do mercado (WEILL; BROADBENT;

BROADBENT, 2002).

Dado o exposto acima, propõe-se:

Hipótese 6: a flexibilidade da infraestrutura de TI de uma EFPC tem um efeito direto e

positivo no nível de alinhamento operacional da EFPC.

3.6 Capacidades dinâmicas (CADI)

Para Pavlou e El Sawy (2011), o grande desafio para os gestores em ambientes turbulentos é

tomar decisões rapidamente. As capacidades dinâmicas têm ajudado os gestores a estender,

modificar e reconfigurar as capacidades operacionais existentes de forma a se adaptarem às

novas demandas do ambiente. Os autores identificaram um conjunto de capacidades

importantes para essa adaptação, associadas a atividades de “sentir”, “perceber” ou “detectar”

o ambiente externo, e aprender e coordenar e integrar os elementos do ambiente interno. Essas

capacidades ajudam a organização a reconfigurar suas capacidades operacionais e recursos

existentes, de forma a gerar um novo conjunto de capacidades e recursos mais adequados às

demandas do ambiente externo (PAVLOU; EL SAWY, 2011).

Elas são descritas a seguir (PAVLOU; EL SAWY, 2011):

Page 74: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

59

Capacidade de detecção (DETC)

Definida como a capacidade de detectar, interpretar e buscar oportunidades no ambiente

externo da organização. As unidades de negócios devem “sentir” o ambiente para reunir

inteligência sobre as necessidades do mercado, movimentos de concorrentes e novas

tecnologias, a fim de que os gestores identifiquem novas oportunidades de lançamento

de produtos e serviços, e decidam se engajar em atividades de pesquisa. Esse processo

se desdobra em três etapas: (1) geração de inteligência do mercado (identificação das

necessidades dos clientes); (2) disseminação dessa inteligência (interpretação e busca de

oportunidades); e (3) definição de respostas baseadas nessa inteligência (criar planos

para capitalizar essa inteligência obtida).

Capacidade de aprendizagem (APRE)

Definida como a capacidade de renovar as capacidades operacionais existentes com

novos conhecimentos. Essa capacidade é composta pelas capacidades de aquisição,

assimilação, transformação e exploração dos conhecimentos.

Capacidade de integração (INTE)

Definida como a capacidade de combinar o conhecimento individual em novas

capacidades operacionais coletivas da unidade de negócio. Essa capacidade envolve três

rotinas essenciais: (1) contribuição, que se refere à divulgação de conhecimentos

individuais dentro da unidade de negócios; (2) representação, que está relacionada com

o entendimento de como as pessoas se ajustam e agem, e como as atividades da unidade

se encaixam; e (3) interrelação, referente à integração de conhecimentos individuais

dentro de uma unidade, de modo a aprimorar as capacidades operacionais

reconfiguradas através da execução de uma atividade coletiva.

Capacidade de coordenação (COOR)

Definida como a capacidade de orquestrar e implementar tarefas, recursos e atividades

em novas capacidades operacionais. As rotinas básicas da capacidade de coordenação

dizem respeito à atribuição de recursos a tarefas, indicando a pessoa certa para a tarefa

certa; à identificação de complementaridades e sinergias entre as tarefas; e atividades

que requerem osquestração entre recursos e atividades coletivas.

Page 75: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

60

Segundo Hung, Chung, Lien (2007), com base em resultados analíticos, as capacidades

dinâmicas estão fortemente associadas com o alinhamento de processos e desempenho

organizacional, e indicam que, embora o alinhamento e as capacidades dinâmicas

compartilhem alguns princípios básicos, as capacidades dinâmicas possuem fatores mais

cruciais do que o alinhamento dos processos organizacionais. Desta forma, concluem Hung,

Chung, Lien (2007), as capacidades dinâmicas são um meio para que o alinhamento melhore

o desempenho organizacional.

Dado o exposto, propõe-se:

Hipótese 07 – As Capacidades Dinâmicas de uma EFPC têm um efeito positivo e direto no

nível de Alinhamento Operacional da EFPC.

3.7 Governança de TI (GOTI)

A governança de TI nas organizações é fundamental para o alinhamento estratégico entre os

negócios e a tecnologia, na criação de valor, no controle e na minimização dos riscos

relacionados ao negócio (WEILL; ROSS, 2006). Uma governança de TI criteriosa, orienta as

decisões relativas à aquisição e alocação de recursos e capacidades de TI de forma clara e

transparente, com a distribuição dos direitos de tomada de decisão e responsabilidades entre

as diferentes partes interessadas na empresa, com a definição de procedimentos e mecanismos

claros para a tomada de decisões estratégicas e o monitoramento de TI (PETERSON, 2004a;

PETERSON, 2004b). A alta gerência melhor informada terá um comportamento mais

consistente e criativo no que tange a investimentos e utilização de sistemas de informação

(WEILL; ROSS, 2006). Peterson (2004b) considera ainda que a governança de TI se

concentra no presente, tanto na oferta eficiente e eficaz de produtos e serviços e na gestão de

operações de TI atuais, quanto no desafio de transformar e se posicionar a fim de atender de

forma satisfatória os clientes e as demandas futuras do negócio.

Uma governança de TI eficaz promove o alinhamento entre a TI e os objetivos do negócio,

gerando benefícios, tais como soluções mais confiáveis, rápidas e seguras, o retorno adequado

sobre os investimentos, e uma melhor eficiência e produtividade organizacional (ITGI, 2003;

ALI; GREEN, 2012; WEILL; ROSS, 2006). Kim et al. (2011) sugerem que a governança de

TI adequada é tambem um precursor para a flexibilidade na infraestrutura de TI. Ali e Green

Page 76: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

61

(2012) argumentam que as organizações com uma governança de TI ineficaz sofrem com o

mau desempenho de seus recursos de TI, enfrentando problemas, tais como a qualidade da

informação imprecisa, altos custos operacionais, perdas em projetos de TI e até mesmo o

desaparecimento de seu departamento de TI. Os mesmos autores identificaram efeitos

positivos significantes no nível global de eficácia da governança de TI, do envolvimento da

alta gerência em TI, da existência de ética ou cultura de cumprimento em TI e sistemas de

comunicação corporativa (ALI; GREEN, 2012).

Dados os conceitos e resultados acima descritos, é razoável supor que as organizações que

tenham uma governança de TI mais eficaz tenderão a aproveitar melhor seus recursos e

capacidades de TI, direcionando-os de forma mais eficiente e eficaz ao atendimento das reais

necessidades do negócio. Por conseguinte, elas devem alcançar um nível de alinhamento

operacional mais elevado do que outras empresas que, mesmo dispondo de recursos e

capacidades de TI semelhantes, adotem mecanismos de governança menos eficazes. Em

outras palavras, a adoção de estruturas e mecanismos de governança mais eficazes deve

intensificar o efeito positivo da disponibilidade de recursos e capacidades de TI no grau de

alinhamento operacional de uma organização. Aqui vamos falar dos recursos e capacidades

que testamos. Vamos considerar as hipóteses de moderação e descontar as demais.

Hipótese 8 – a existência de estruturas e mecanismos de Governança de TI eficazes em uma

EFPC modera o efeito das Habilidades Técnicas de sua equipe de TI no nível de Alinhamento

Operacional: quanto mais eficaz a Governança de TI, mais forte será este efeito.

Hipótese 9 – a existência de estruturas e mecanismos de Governança de TI eficazes em uma

EFPC modera o efeito dos Recursos Gerais de TI no nível de Alinhamento Operacional:

quanto mais eficaz a Governança de TI, mais forte será este efeito.

Hipótese 10 – a existência de estruturas e mecanismos de Governança de TI eficazes em uma

EFPC modera o efeito da Flexibilidade da sua Infraestrutura de TI no nível de Alinhamento

Operacional: quanto mais eficaz a Governança de TI, mais forte será este efeito.

Hipótese 11 – a existência de estruturas e mecanismos de Governança de TI eficazes em uma

EFPC modera o efeito das Despesas com a Terceirização de TI no nível de Alinhamento

Operacional: quanto mais eficaz a Governança de TI, mais forte será este efeito.

Page 77: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

62

3.8 Alinhamento operacional (AOTI)

Segundo Ali e Sabegh (2012), o alinhamento reflete o grau em que uma organização está

combinando seus recursos e capacidades de TI na busca do alcance dos objetivos da

organização e de oportunidades do ambiente externo. Portanto, o alinhamento é uma

importante força motriz para gerar valor de negócio por meio de investimentos em TI (ITGI,

2003; GULDENTOPS, 2004; MELVILLE; KRAEMER; GURBAXANI, 2004; PHAM;

NGUYEN, 2013). O alinhamento Operacional está relacionado aos serviços compartilhados

de TI que ligam os componentes de TI aos processos de negócios (XIA; KING, 2002;

BASSELLIER; BENBASAT, 2004).

Para Moreno, Cavazotte e Valente (2009), o alinhamento operacional é uma consequência do

alinhamento estratégico.

O trabalho empírico e estudos de caso têm mostrado repetidamente que os negócios e o

desempenho da TI melhoram quando as empresas experimentam o alinhamento entre eles

(BAKER et al., 2011). Esta relação é explicada pelo fato de que, quando existe o alinhamento,

existe um melhor desempenho organizacional (BAKER et al., 2011).

Outros estudos empíricos que tratam da importância do alinhamento entre TI e negócios para

alcançar a eficácia organizacional têm sido demonstrados. Por exemplo, Xia e King (2002)

constataram que as organizações com planos de negócios e planos de TI integrados

geralmente superaram aqueles com nenhum plano ou planos de negócios e de TI separados, e

que quanto maior o alinhamento entre TI e planejamento de negócios, maior é a contribuição

de TI para o desempenho organizacional. Chan,Yolande e Huff (1993) relataram que esse

alinhamento foi consistentemente relacionado com várias dimensões da eficácia e o

desempenho do negócio (XIA; KING, 2002).

Logo, é possível propor a seguinte hipótese:

Hipótese 12 – Quanto maior o grau de Alinhamento Operacional em uma EFPC, melhor será

o Desempenho da EFPC.

Page 78: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

63

3.9 Desempenho da EFPC

Como uma EFPC não visa lucro, mas objetiva atingir a meta atuarial (rentabilidade mínima

necessária das aplicações financeiras dos investimentos para o cumprimento dos seus

compromissos atuais e futuros) seguindo regras definidas pelo órgão regulador4 e planejada e

acompanhada na EFPC na sua política de investimentos, o desempenho das EFPCs foi

avaliado neste estudo a partir dos resultados do ativo, mensurados pelo resultado dos seus

investimentos e pela despesa administrativa total e “per capita”. Esses dois indicadores,

descritos a seguir, evidenciam a boa gestão dos recursos nos aspectos de resultados e de

gastos administrativos.

1. Resultado dos investimentos: ganhos com renda fixa, renda variável, investimentos

estruturados, investimentos no exterior, imóveis e operações com participantes,

conforme classificação da Resolução CVM 3.792 de 24/09/2009 art. 17.

2. Despesa administrativa total e per capita: despesa administrativa total e divididas pelo

número de participantes e assistidos, respectivamente.

A resolução CGPC Nº 29, de 31 de agosto de 2009, classifica as despesas administrativas

como sendo os gastos realizados pela EFPC na administração de seus planos de benefícios,

por meio do plano de gestão administrativa – PGA, incluídas as despesas de investimentos. O

controle destas despesas ganha cada vez mais importância no sistema previdenciário, como

observado nas citações a seguir:

A eficiência do gerenciamento das despesas administrativas se

apresenta como tema de reconhecida relevância para o sistema de

previdência complementar brasileiro quando se considera a

necessidade de defesa dos interesses de participantes, patrocinadores e

instituidores dos planos de benefícios. Assim, as despesas

administrativas devem ser amplamente difundidas como fonte de

comparabilidade da qualidade e da alocação dos gastos

administrativos, contribuindo para elevação da eficiência operacional

das entidades fechadas de previdência complementar – EFPC

(SNPC/PREVIC, 2010); 4 A meta atuarial dos fundos de pensão, estabelecida pela Resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC no 18 de 28/03/2006 como 6% ao ano (taxa máxima real de juros - retorno dos investimentos deduzida a inflação) será reduzida gradualmente, a partir de 2012 em 0,25 pontos percentuais, conforme a Resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC no 9 de 29/11/2012 até o ano de 2018, quando chegará a 4,5%.

Page 79: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

64

O acompanhamento das despesas administrativas dos planos de

benefícios operados pelas Entidades Fechadas de Previdência

Complementar (EFPC) é essencial para a garantia de equilíbrio

operacional na gestão administrativa dos fundos de pensão e,

consequentemente, para a preservação do sistema de previdência

complementar brasileiro (SNPC/PREVIC, 2012).

Page 80: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

65

4. MÉTODO DE PESQUISA

A presente pesquisa classifica-se como confirmatória de natureza quantitativa com utilização

do método de levantamento Survey. A pesquisa quantitativa objetiva a verificação de

resultados previstos, através de hipóteses, gerando informações generalizáveis e baseadas

numa amostra populacional confiável (FREITAS et al., 2000). Dessa forma, a investigação

proposta neste trabalho apresenta-se adequada.

O universo desta pesquisa inicialmente foi formado por todas as EFPCs, atuantes em todas as

regiões do Brasil, totalizando 326 entidades listadas no site da Superintendência Nacional de

Previdência Complementar - PREVIC em junho de 2014 (http://www.previdencia.gov.br

/previc/entidade-fechada-de-previdncia-complementar-efpc/).

Dois questionários eletrônicos foram criados e disponibilizados no site

http://survey.cmel.com.br/, em julho de 2014. O primeiro questionário (Anexo A), destinado

aos responsáveis pela área administrativa (presidente, diretor, gerente de administração ou

assessor da direção), incluía as escalas referentes aos constructos: capacidades dinâmicas e

alinhamento operacional. O segundo questionário (Anexo B), destinado ao pessoal

responsável pela área de TI (diretor, gerente, coordenador ou analista), era constituído pelas

escalas referentes aos constructos: habilidades técnicas de TI, recursos gerais de TI,

flexibilidade da infraestrutura de TI, despesas de terceiros com TI, investimentos em TI e

governança de TI. Uma cópia de cada questionário foi incluída nos Anexos.

Os instrumentos levantaram também dados demográficos do participante e características de

seu fundo de pensão. Antes de serem aplicados, os dois questionários foram submetidos à

avaliação de especialistas da área de gestão de TI e da área administrativa, para verificar a

adequação e entendimento das questões.

Page 81: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

66

Além dos dados obtidos por meio de questionário eletrônico (survey), foram também

coletados dados do ano de 2013, tais como patrimônio, rentabilidade dos investimentos,

despesas administrativas, número de participantes e assistidos das EFPCs, diretamente nos

websites das entidades participantes e das entidades de classe e do órgão regulador.

Por ser um público reduzido, a abordagem foi feita da seguinte maneira: (1) enviada por e-

mail uma carta de apresentação assinada pelo orientador e pelo pesquisador; (2) contato

telefônico para certificar se tinham recebido a carta e orientação sobre eventuais dúvidas; (3)

envio do questionário eletrônico de Administração e de TI; (4) novo contato telefônico

àqueles que não responderam o questionário após 4 dias de envio. Esta estratégia foi

importante para identificar quem realmente poderia responder os questionários, bem como

identificar àqueles que estavam de férias ou de licença e, desta forma, redirecionar os

questionários a outras pessoas.

O contato inicial por e-mail e envio dos questionários teve duas fases: (1) contato direto com

100 gestores de TI e/ou de administração participantes das comissões de TI e de outras

comissões da Abrapp que representavam 50 EFPCs; (2) contato com 221 presidentes ou

diretores das demais entidades, solicitando que indicassem as pessoas que responderiam os

questionários de Administração e de TI. Não conseguimos nenhuma forma de contato com

cerca de 55 entidades, por serem pequenas e totalmente terceirizadas.

Ao final da etapa de envio da carta de apresentação e ligação, identificamos 75 entidades com

estrutura administrativa e de TI próprias ou parcialmente terceirizadas. As demais entidades

tinham sua TI totalmente terceirizada ou ambas, administração e TI, não sendo, portanto,

objeto do estudo pretendido.

Para cada par de potenciais participantes foram gerados códigos distintos e identificáveis para

o acesso ao questionário eletrônico, de modo a permitir sua posterior associação e garantir a

confidencialidade das respostas. Ao final de 10 dias do período de coleta de dados, do total de

150 participantes (75 de TI e 75 de administração), foram recebidos 46 pares de questionários

completamente preenchidos e 17 parcialmente preenchidos (somente pela administração ou

pela TI).

É importante ressaltar que tentamos junto à Abrapp e à Previc obter os dados de rentabilidade

e de despesas administrativas do ano de 2013. Porém, esses dados nos foram negados por

Page 82: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

67

alegarem que essas informações eram confidenciais. Desta forma, tivemos que acessar os sites

das instituições e obter esses dados a partir do relatório anual de informações.

4.1 Operacionalização dos Constructos

As escalas utilizadas na presente dissertação foram adaptadas a partir de escalas existentes,

conforme exposição a seguir:

Para as Habilidades Técnicas de TI (HTTI), foram utilizadas as escalas de Leitheiser (1992)

e Lee, Trauth, Farwell (1995), adaptada por Ray, Muhanna e Barney (2005). A escala teve os

três itens originais ampliados e atualizados para contemplar competências usualmente

demandadas no mercado de trabalho atual por Moreno, Cavazotte e Arruda (2014), de acordo

com o Anexo A. A seleção das perguntas foi realizada através de entrevistas com dois

especialistas em TI, sendo submetida à validação de face (face validity) por três gestores de TI

de empresas ligadas aos Fundos de Pensão, garantindo que as questões desenvolvidas a

princípio estão relacionadas ao constructo que se quer avaliar.

O constructo Recursos Gerais de TI (RGTI), teve sua escala original de Powell e Dent-

Micallef (1997) adaptada por Ray, Muhanna e Barney (2005) e por Moreno, Cavazotte e

Arruda (2014).

A Infraestrutura Flexível de TI (FLTI), tem seu constructo original da Escala de Duncan

(1995), adaptado por Ray, Muhanna e Barney (2005) e Moreno, Cavazotte e Arruda (2014).

O constructo para as Capacidades Dinâmicas (CADI), apresenta 4 dimensões: (1)

capacidade de detecção (DETC), (2) capacidade de aprendizagem (APRE), (3) capacidade de

integração (INTE) e (4) capacidade de coordenação (COOR), conforme escala adaptada de

Pavlou e El Sawy (2011).

Governança de TI (GOTI) teve sua escala adaptada do estudo de Lunardi, Becker e Maçada

(2010), que identificaram 24 mecanismos de governança de TI, os quais foram

operacionalizados em uma escala de intensidade de cinco pontos (variando de “não

implantado” a “totalmente implantado”).

Page 83: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

68

Para as variáveis “Investimentos de TI da EFPC (INVTI)” e “Despesas de TI com

Terceiros (TERCTI)”, utilizamos a soma dos investimentos em TI no ano de 2013 e as

despesas com empresas terceirizadas no fornecimento de produtos de TI para a EFPC,

respectivamente (valores nominais).

A Despesa Administrativa (CUSTOADMBRUTO / CUSTOADM) foi considerada na

forma total e per capita, respectivamente. Seu custeio é feito pela combinação de recursos de

patrocinadores, participantes e demais fontes listadas no artigo 3º da Resolução CGPC 29 de

2009, não havendo qualquer regra de rateio na cobertura dessas despesas. Utilizado como

indicador (CUSTOADM), permite a realização de comparações sobre a estrutura de custos

das entidades, sempre considerando as diferenças entre os modelos de negócios existentes.

Assim, esta variável permite comparar a qualidade e alocação dos gastos administrativos,

contribuindo para elevação da eficiência operacional das Entidades Fechadas de Previdência

Complementar – EFPCs (SNPC/PREVIC, 2012).

O constructo referente ao Alinhamento operacional (AOTI), tem sua escala derivada de

Ray, Muhanna e Barney (2005), adaptada por Moreno, Cavazotte e Arruda (2014), e foi

utilizado como resultado da relação entre as áreas de TI e de negócios no modelo proposto,

por acreditarmos que a performance dos processos das áreas de negócio seja uma

consequência deste alinhamento, conforme sugerido por Moreno, Cavazotte e Arruda (2014).

Variáveis de controle

Variáveis de controle são aquelas incluídas nas análises multivariadas para identificar

associações espúrias (não verdadeiras) no modelo. Ao avaliar se X é associado com Y, é

importante analisar se a covariação entre eles persiste após a remoção dos efeitos de outras

variáveis sobre esta associação (RITZER; RYAN, 2006). A variável é controlada quando a

sua influência sobre as outras variáveis no modelo é mantida constante. Variáveis de controle

comumente utilizadas para a pesquisa sobre as pessoas incluem sexo, idade, raça, educação e

rendimento. Variáveis de controle comumente utilizadas para a pesquisa em organizações

incluem o tamanho (número de empregados), a estabilidade, a missão, orçamento e região do

país onde se localiza.

Utilizamos as seguintes variáveis de controle no teste de nosso modelo:

Page 84: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

69

1. Participantes e assistidos – número dos associados à EFPC, sendo considerado aqueles

que ainda estão na ativa, os aposentados e pensionistas;

2. O patrimônio – será considerado o total de investimentos atual de cada EFPC;

3. O número de entidades patrocinadoras e/ou instituidoras – cada EFPC é constituída

além de si própria de, no mínimo, outra empresa patrocinadora e/ou instituidora. Essas

empresas participam dos conselhos e diretorias, influenciando na governança das

EFPCs;

4. Empregados da EFPC e empregados de TI – o total de empregados da entidade e o

total de empregados que trabalham na área de TI.

4.1.1 Características da Amostra

Do total de 150 questionários (75 de TI e 75 de Administração), 109 retornaram preenchidos.

Dos questionários que voltaram preenchidos, foram juntados os questionários de TI e da área

administrativa, totalizando 46 pares (Tabela 13). Os questionários sem seus respectivos pares

foram descartados.

As Figuras 8 e 9 apresentam a participação patrimonial das EFPCs que integram a amostra e a

origem setorial de suas patrocinadoras.

Figura 8 – Setor de origem das EFPCs estudadas

Page 85: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

70

Tabela 13 – Perfil dos respondentes

Presidente / Superintendente 8 17,4% Gerente 28 60,9%

Diretor 26 56,5% Coordenador / Assessor 17 37,0%

Gerente 10 21,7% Analista de TI 1 2,2%

Coordenador / Assessor 2 4,3%

46 46

Doutorado 2 4,3% Mestrado 2 4,3%

Mestrado 2 4,3% MBA /Pós Graduação 33 71,7%

MBA /Pós Graduação 36 78,3% Superior 11 23,9%

Superior 6 13,0% Ensino Médio 0,0%

46 46

Homens 28 60,9% Homens 37 80,4%

Mulheres 18 39,1% Mulheres 9 19,6%

46 46

QUESTIONÁRIO DE TI

Cargo Atual na EFPC

Grau de Instrução

Sexo

QUESTIONÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO

Figura 9 – Patrimônio das EFPCs da Amostra (R$)

Dos 46 questionários completos, após a avaliação de pontos discrepantes (outliers), foram

retiradas 17 entidades da amostra inicial, restando 29 amostras. Esta amostra final apresentou

o seguinte perfil (Tabela 14):

Page 86: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

71

Tabela 14 – Estatística Descritiva

Valores R$ (x Mil)

Variável N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Custo Administrativo % (CustoAdm) 29 0,12 6,79 1,71 1,62

Custo administrativo R$ Total (CustoAdmBruto) 29 797,70 216.547,07 23.282,33 45.511,71

Investimento em TI R$ (InvTI) 29 0,00 10.000,00 1.379,86 2.492,15

Gastos com Terceirização de TI R$ (TercTI) 29 5,00 11.000,00 1.369,25 2.563,17

Rentabilidade dos Investimentos R$ (RentInvest) 29 -598.487,00 3.385.493,00 161.546,03 668.499,02

Rentabilidade dos Investimentos % (RentInvestPerc) 29 -12,05 18,00 5,03 6,92

Total de Funcionários da EFPC (FuncAdm) 29 4 600 93 130

Total de Funcionários de TI (FuncTI) 29 1 70 10 17

Total de Patrocinadoras e/ou Instituidoras (NumPatr) 29 2 155 10 28

Total de Participantes Aposentados e Pensionistas (PartApos) 29 45 57.995 6.803 12.174

Total de Participantes Ativos (PartAtivos) 29 148 99.879 13.528 24.898

Total de Participantes da EFPC (PartTot) 29 895,25 157.873,75 20.331,17 36.115,51

Patrimônio da EFPC R$ (Patr) 29 33.539,00 65.398.052,25 6.488.545,91 14.986.090,14

Estatísticas descritivas

A estatística descritiva apresenta uma grande variação no custo administrativo (0,12 e 6,79%)

e média de 1,71%, demonstrando que algumas entidades, com custos menores, utilizam

estruturas de suas patrocinadoras. Já os investimentos em TI e gastos com terceirização

indicam que, apesar da elevada diferença entre o mínimo e máximo, o valor médio destes

gastos fica próximo a R$ 1,3 milhão.

Os valores referentes à rentabilidade apresentam resultados típicos de um ano onde os

investimentos não tiveram bons resultados. Apesar disso, algumas empresas apresentaram

valores positivos em função do seu perfil de investimentos (renda fixa, renda variável,

imóveis etc.) e proporcionais ao patrimônio individual.

Em relação aos dados demográficos relativos a funcionários, participantes e patrocinadoras, a

amostra evidencia as EFPCs com administração própria ou parcialmente terceirizada.

Evidencia também as EFPCs mais “maduras”, ou seja, em fase de pagamento de benefícios

após o acumulo de capital e aquelas que ainda estão em formação de capital. Apresenta ainda

as variações no número de patrocinadoras ou instituidoras existentes no mercado das EFPCs.

Apesar do número reduzido da amostra (29), acreditamos que ela seja representativa da

população estudada (75).

Page 87: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

72

5. RESULTADOS

Ao analisarmos preliminarmente os dados, com base na distância de Mahalabobis (D2)5,

verificamos a presença de outliers. Para essa detecção de outliers, utilizamos alfa de 1%. Com

17 outliers removidos e para evitar multicolinearidade, rodamos uma análise fatorial

exploratória com rotação Varimax não obliqua.

A validade convergente das escalas utilizadas foi avaliada preliminarmente por meio de

análises fatoriais exploratórias. Verificou-se que os constructos Governança de TI (GOVTI),

Habilidades Técnicas em TI (HTTI) e Recursos Gerais de TI (RGTI) apresentavam mais de

uma dimensão. Assim, optou-se por utilizar seus respectivos escores fatoriais, gerados com

rotação Varimax, nas análises subsequentes (Anexo C). A seguir, são apresentados os fatores

(dimensões) obtidos:

Governança de TI:

Fator de framework (GovFrame), ligado a práticas para operação e manutenção de

serviços e infraestrutura de TI (ITIL), boas práticas para gestão de TI (COBIT) e

melhores práticas para o gerenciamento de segurança da informação (BS7799 /

ISO17799 / ISO27001 – British Standard 7799);

Fator de gestão de integração e parcerias (GovPar), referentes a práticas formais de

comunicação de assuntos ligados à TI, incentivo a uma gestão compartilhada de TI, e

compartilhamento de conhecimento;

5 Distância de Mahalabobis - mensura o quanto os valores das variáveis independentes para uma observação divergem da média.

Page 88: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

73

Fator de projetos de TI (GovProj), referente ao gerenciamento de projetos de TI de

cunho estratégico; e

Fator de mensuração de resultados (GovMens), referente a práticas de avaliação e

controle de desempenho em projetos de TI, SLAs e via Balanced Scorecard.

Habilidades Técnicas de TI:

Fator de habilidades de gestão integrada de TI (HabInteg), referente à integração de

sistemas, orientação a serviços/processos, gerenciamento de projetos, governança de

TI, e gerenciamento de contratos de SLA, respectivamente;

Fator de habilidades para serviços básicos de infraestrutura de TI (HabInfra), relativo a

serviços básicos de TI, tecnologia web, configuração e customização de sistemas e

gerenciamento de contratos de terceiros; e

Fator de habilidades de desenvolvimento de sistemas (HabDes), que diz respeito a

linguagens de programação, metodologia de análise/modelagem de sistemas e

gerenciamento de banco de dados.

Recursos Gerais de TI:

Fator de compartilhamento de documentos (RecDoc), referente à digitalização de

documentos, gerenciamento eletrônico de documentos e suporte para colaboração em

grupos;

Fator de produtividade do escritório (RecEsc), que contempla a comunicação

eletrônica, sistemas da web para coletar dados de clientes e parceiros, e ferramentas de

produtividade;

Fator de relacionamento com clientes (RecCrm), relativo ao suporte para colaboração

de grupos, call center, sistemas web para coleta de dados de clientes e parceiros, e

sistema de relacionamento com clientes; e

Fator de sistemas corporativos (RecCorp), referente a sistemas integrados de gestão e

sistema de informação gerencial.

Page 89: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

74

Em função da multidimensionalidade desses constructos, foi necessário desdobrar as

hipóteses anteriormente propostas, conforme representado no modelo da figura 10.

Figura 10 – Modelo de pesquisa ajustado

Na Tabela 15, são apresentados os coeficientes alfa de Cronbach (αc) dos constructos

Alinhamento Operacional, Flexibilidade da Infraestrutura de TI e das Capacidades Dinâmicas

por serem constructos reflexivos. Segundo Hair et al. (2009), o alfa de Cronbach varia de 0 a

1, sendo que os valores baixos não medem adequadamente o constructo utilizado. Já os

valores altos, correlacionam-se adequadamente com os verdadeiros escores das variáveis. O

valor mínimo recomendado pelos pesquisadores é 0,60, mas em pesquisas descritivas e

causais, em que conceitos devem ser bem confiáveis, sugere-se como valor mínimo 0,70.

Page 90: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

75

Tabela 15 – Análise Descritiva e Confiabilidade dos Constructos Reflexivos

VariávelAlfa de

CronbachN de Itens

N Amostra

Mínimo Máximo MédiaDesvio padrão

Capacidade de Aprendizagem (APRE) 0,925 5 29 2,00 4,80 3,93 0,65

Alinhamento Operacional de TI (AOTI) 0,914 9 29 2,56 5,00 4,26 0,67

Capacidade de Coordenação (COOR) 0,911 5 29 2,00 5,00 4,27 0,64

Capacidade de Detecção (DETC) 0,870 4 29 2,00 5,00 3,93 0,75

Capacidades Dinâmicas (CADI) 0,864 2 29 2,00 5,00 4,12 0,66

Capacidade de Integração (INTE) 0,848 5 29 3,00 5,00 4,41 0,52

Flexibilidade da Infraestrutura de TI (FLTI) 0,777 6 29 1,50 5,00 3,78 0,73

Confiabilidade Estatísticas descritivas

Conforme apresenta a Tabela 15, os coeficientes de confiabilidade mostraram-se consistentes,

ficando acima de 0,70.

Os constructos Habilidades Técnicas de TI, Recursos Gerais de TI e Governança de TI, por

serem constructos formativos, não tiveram calculados o alfa de Cronbach. A tabela 16 mostra

as estatísticas descritivas geradas para as suas subdimensões.

Tabela 16 – Análise Descritiva dos Constructos Formativos

Variável N Mínimo Máximo MédiaDesvio padrão

Governança de TI - Frameworks (GovFRAME) 29 -1,75 2,57 0,00 1,00

Governança de TI - Mensuração de Resultados (GovMENS) 29 -1,59 3,12 0,00 1,00

Governança de TI - Gestão Participativa (GovPAR) 29 -1,28 2,42 0,00 1,00

Governança de TI - Projetos (GovPROJ) 29 -1,76 2,80 0,00 1,00

Habilidades em Desenvolvimento de Sistemas (HabDES) 29 -2,04 1,75 0,00 1,00

Habilidade em Infraestrutura Básica de TI (HabINFRA) 29 -2,39 2,18 0,00 1,00

Habilidade de Gestão Integrada de TI (HabINTEGR) 29 -2,20 1,52 0,00 1,00

Recursos Gerais de TI - Sistema Corporativo (RecCORP) 29 -2,28 1,57 0,00 1,00

Recursos Gerais de TI - Relacionamento com Clientes (RecCRM) 29 -2,31 1,57 0,00 1,00

Recursos Gerais de TI - Compartilhamento de Documentos (RecDOC) 29 -1,16 2,05 0,00 1,00

Recursos Gerais de TI - Ferramentas de Produtividade (RecESCR) 29 -2,66 1,10 0,00 1,00

Estatísticas descritivas

É importante ressaltar que a amostra foi reduzida de 46 EFPC para 29, depois da aplicação da

distância de Mahalabobis (D2), e que ao longo das regressões outros outliers foram

Page 91: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

76

identificados. Em função do tamanho reduzido da amostra, não foi possível, portanto,

conduzir análises envolvendo diversas variáveis independentes. Assim, tivemos que testar as

hipóteses individualmente, o que certamente não é o ideal. Além disso, não foi possível

incluir as variáveis de controle nas regressões. Todas as variáveis foram padronizadas devido

à inclusão de termos de interação nas regressões.

Hipótese 1a – Numa única análise testamos H1a e H8a. Para testar as hipóteses 1a e 8a, foi

realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento

operacional (AOTI) e como variáveis independentes a habilidade de integração (HabIntegr) e

a governança de framework (GovFrame). Os resultados indicaram que a hipótese 1a não foi

estatisticamente significante e a habilidade de integração teve sinal negativo. Dessa forma a

hipótese 1a foi rejeitada. A hipótese 8a foi aceita por ter apresentado coeficiente

estatisticamente significante (sig < 0,01) e relação positiva na moderação, apresentando poder

de explicação (R2) de 49%, conforme mostra a Tabela 17.

Tabela 17 – Regressão da hipótese 1a e 8a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .160a ,026 -,013 0,87851 ,026 ,659 1 25 ,425

2 .703b ,494 ,429 0,65976 ,469 10,663 2 23 ,001

a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR

b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, FRA_INT, ZGovFRAME

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,121 ,170 ,714 ,482

ZHabINTEGR -,143 ,177 -,160 -,812 ,425 1,000 1,000

(Constante) ,260 ,131 1,986 ,059

ZHabINTEGR ,147 ,150 ,164 ,974 ,340 ,778 1,286

ZGovFRAME -,715 ,166 -,805 -4,320 ,000 ,633 1,579

FRA_INT ,622 ,182 ,570 3,418 ,002 ,790 1,266

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 1b - Numa única análise testamos H1b e H8e. Foi realizada uma análise de

regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e

Page 92: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

77

como variáveis independentes a habilidade de infraestrutura de TI (HabInfra) e a governança

de framework (GovFrame). Os resultados indicaram que ambas as hipóteses foram aceitas

com coeficientes significantes (sig < 0,05 e sig < 0,01), respectivamente, efeitos positivos da

habilidade de infraestrutura e da moderação da governança de framework e poder de

explicação de 21% e 72%, respectivamente (Tabela 18).

Tabela 18 – Regressão da hipótese 1b e 8e

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .463a ,214 ,177 ,82525 ,214 5,723 1 21 ,026

2 .755b ,570 ,527 ,62578 ,355 16,522 1 20 ,001

3 .848c ,719 ,675 ,51892 ,149 10,085 1 19 ,005

a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA

b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovFRAME

c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovFRAME, FRA_INF

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,025 ,180 ,138 ,892

ZHabINFRA ,500 ,209 ,463 2,392 ,026 1,000 1,000

(Constante) ,039 ,136 ,289 ,775

ZHabINFRA ,623 ,161 ,577 3,863 ,001 ,965 1,037

ZGovFRAME -,528 ,130 -,607 -4,065 ,001 ,965 1,037

(Constante) -,014 ,114 -,121 ,905

ZHabINFRA ,612 ,134 ,566 4,571 ,000 ,964 1,037

ZGovFRAME -,686 ,119 -,789 -5,782 ,000 ,795 1,258

FRA_INF ,388 ,122 ,428 3,176 ,005 ,815 1,227

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Hipótese 1c - Numa única análise testamos H1c e H8i. Foi realizada uma análise de regressão

múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis

independentes a habilidade de desenvolvimento de TI (HabDes) e a governança de framework

(GovFrame). A hipótese 1c não é estatisticamente significante e a H8i, apesar de ser

marginalmente significante (sig < 0,10), ao contrário das nossas hipóteses, apresentou os

Page 93: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

78

efeitos das habilidades técnicas e da moderação sinais negativos. Por isso, as hipóteses H1c e

H8i foram rejeitadas (Tabela 19).

Tabela 19 – Regressão da hipótese 1c e 8i

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .076a ,006 -,031 1,0154 ,006 ,155 1 27 ,697

2 .282b ,079 ,009 0,9957 ,074 2,083 1 26 ,161

3 .440c ,193 ,096 0,9506 ,114 3,526 1 25 ,072

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabDES

b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovFRAME

c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovFRAME, FRA_DES

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,189 ,000 1,000

ZHabDES -,076 ,192 -,076 -,394 ,697 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,185 ,000 1,000

ZHabDES -,033 ,190 -,033 -,172 ,865 ,976 1,025

ZGovFRAME -,275 ,190 -,275 -1,443 ,161 ,976 1,025

(Constante) ,067 ,180 ,374 ,711

ZHabDES -,219 ,207 -,219 -1,057 ,301 ,752 1,329

ZGovFRAME -,217 ,184 -,217 -1,175 ,251 ,948 1,055

FRA_DES -,448 ,239 -,385 -1,878 ,072 ,767 1,304

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 2a - Numa única análise testamos H2a e H9i. Foi realizada uma análise de regressão

múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis

independentes os recursos de suporte para colaboração em grupos e documentos (RecDoc) e a

governança de framework (GovFrame). A hipótese 2a foi aceita por ser marginalmente

significante (sig < 0,10) e ter uma relação positiva. A hipótese 9i também foi aceita pois tem

coeficiente significante (sig < 0,01), efeitos do recurso e da moderação são positivos e R2 de

57% (Tabela 20).

Page 94: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

79

Tabela 20 – Regressão da hipótese 2a e 9i

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .359a ,129 ,091 0,73439 ,129 3,393 1 23 ,078

2 .752b ,566 ,504 0,54234 ,438 10,586 2 21 ,001

a. Preditores: (Constante), ZRecDOC

b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovFRAME, FRA_DOC

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,282 ,148 1,913 ,068

ZRecDOC ,271 ,147 ,359 1,842 ,078 1,000 1,000

(Constante) ,277 ,109 2,532 ,019

ZRecDOC ,309 ,109 ,410 2,841 ,010 ,994 1,006

ZGovFRAME -,225 ,122 -,293 -1,846 ,079 ,818 1,223

FRA_DOC ,467 ,154 ,483 3,031 ,006 ,814 1,228

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 2b - Numa única análise testamos H2b e H9m. Foi realizada uma análise de

regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e

como variáveis independentes os recursos de produtividade dos escritórios (RecEsc) e a

governança de framework (GovFrame). A hipótese 2b foi rejeitada por apresentar-se não

estatisticamente significante e com baixo poder de explicação. A hipótese 9m foi aceita pois

apresentou-se estatisticamente significante (sig < 0,01), sinal positivo da moderação e poder

de explicação de 48% (Tabela 21).

Page 95: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

80

Tabela 21 – Regressão da hipótese 2b e 9m

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .299a ,090 ,054 0,86137 ,090 2,556 1 26 ,122

2 .692b ,479 ,414 0,67835 ,389 8,961 2 24 ,001

a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovFRAME, FRA_ESC

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,092 ,163 ,563 ,578

ZRecESCR ,260 ,163 ,299 1,599 ,122 1,000 1,000

(Constante) ,156 ,129 1,206 ,240

ZRecESCR ,153 ,131 ,176 1,169 ,254 ,961 1,040

ZGovFRAME -,515 ,143 -,590 -3,605 ,001 ,811 1,233

FRA_ESC ,727 ,205 ,584 3,551 ,002 ,802 1,247

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 2c - Numa única análise testamos H2c e H9e. Foi realizada uma análise de

regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e

como variáveis independentes os recursos de relacionamento com os participantes (RecCrm) e

a governança de framework (GovFrame). A hipótese 2c foi rejeitada por apresentar-se não

estatisticamente significante e com baixo poder de explicação. A hipótese 9e foi aceita pois

apresentou-se estatisticamente significante (sig < 0,01), sinal positivo da moderação e poder

de explicação de 36% (Tabela 22).

Tabela 22 – Regressão da hipótese 2c e 9e

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .041a ,002 -,042 0,91457 ,002 ,039 1 23 ,844

2 .601b ,362 ,270 0,76536 ,360 5,921 2 21 ,009

a. Preditores: (Constante), ZRecCRM

b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovFRAME, FRA_CRM

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Page 96: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

81

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,097 ,183 ,530 ,601

ZRecCRM -,040 ,201 -,041 -,199 ,844 1,000 1,000

(Constante) -,019 ,158 -,123 ,904

ZRecCRM ,157 ,178 ,163 ,883 ,387 ,896 1,116

ZGovFRAME -,476 ,175 -,522 -2,722 ,013 ,826 1,211

FRA_CRM ,804 ,269 ,575 2,988 ,007 ,821 1,217

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 2d - Numa única análise testamos H2d e H9a. Foi realizada uma análise de

regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e

como variáveis independentes os recursos compostos por sistemas integrados de gestão

(RecCorp) e a governança de framework (GovFrame). A hipótese 2d foi aceita por apresentar-

se estatisticamente significante (sig < 0,01), relação positiva e o R2 de 32%. Já a hipótese 9a

não apresentou-se estatisticamente significante (sig > 0,10), portanto a hipótese foi rejeitada

(Tabela 23).

Tabela 23 – Regressão da hipótese 2d e 9a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .568a ,323 ,294 0,65103 ,323 10,973 1 23 ,003

2 .666b ,444 ,364 0,61757 ,121 2,280 2 21 ,127

a. Preditores: (Constante), ZRecCORP

b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovFRAME, FRA_COR

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,188 ,130 1,446 ,162

ZRecCORP ,436 ,132 ,568 3,313 ,003 1,000 1,000

(Constante) ,175 ,125 1,402 ,175

ZRecCORP ,580 ,146 ,756 3,968 ,001 ,730 1,369

ZGovFRAME -,067 ,143 -,079 -,467 ,645 ,936 1,068

FRA_COR ,249 ,131 ,370 1,898 ,072 ,696 1,437

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 97: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

82

Hipótese 3a - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

a habilidade de integração (HabIntegr) e como variável independente os investimentos em TI

(InvTI). O coeficiente é marginalmente significante (sig < 0,10), positivo e explicou um

pouco a influência dos investimentos sobre as habilidades de integração. Por isso, a hipótese

foi aceita. (Tabela 24).

Tabela 24 – Regressão da hipótese 3a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .384a ,147 ,112 ,9670 ,147 4,139 1 24 ,053

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZHabINTEGR

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,062 ,195 ,319 ,752

ZInvTI ,548 ,269 ,384 2,034 ,053 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZHabINTEGR

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 3b - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

a habilidade de infraestrutura (HabInfra) e como variável independente os investimentos em

TI (InvTI). O coeficiente é marginalmente significante (sig < 0,10), positivo e explicou um

pouco a influência dos investimentos sobre as habilidades de infraestrutura. Por isso, a

hipótese foi aceita. (Tabela 25).

Tabela 25 – Regressão da hipótese 3b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .357a ,127 ,088 ,8645 ,127 3,209 1 22 ,087

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZHabINFRA

Page 98: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

83

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,099 ,180 -,550 ,588

ZInvTI ,435 ,243 ,357 1,791 ,087 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZHabINFRA

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 3c - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

a habilidade de desenvolvimento de sistemas (HabDes) e como variável independente os

investimentos em TI (InvTI). O coeficiente é estatisticamente significante (sig < 0,05),

positivo e explicou um pouco a influência dos investimentos sobre as habilidades de

desenvolvimento. Por isso, a hipótese foi aceita. (Tabela 26).

Tabela 26 – Regressão da hipótese 3c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .399a ,159 ,122 ,9409 ,159 4,346 1 23 ,048

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZHabDES

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,040 ,189 -,210 ,835

ZInvTI ,429 ,206 ,399 2,085 ,048 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZHabDES

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 4a – Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável

dependente os recursos de suporte para colaboração em grupos e documentos (RecDoc) e

como variável independente os investimentos em TI (InvTI). O coeficiente é estatisticamente

significante (sig < 0,05), é positivo e explicou um pouco a influência dos investimentos sobre

os recursos de suporte para colaboração. Por isso, a hipótese foi aceita. (Tabela 27).

Page 99: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

84

Tabela 27 – Regressão da hipótese 4a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .400a ,160 ,123 ,8896 ,160 4,374 1 23 ,048

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZRecDOC

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,170 ,191 ,891 ,382

ZInvTI ,605 ,289 ,400 2,091 ,048 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRecDOC

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 4b - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

os recursos de produtividade dos escritórios (RecEsc) e como variável independente os

investimentos em TI (InvTI). O coeficiente não é estatisticamente significante e tem um baixo

poder de explicação. Por isso, a hipótese foi rejeitada. (Tabela 28).

Tabela 28 – Regressão da hipótese 4b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .182a ,033 -,004 ,9087 ,033 ,886 1 26 ,355

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZRecESCR

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,093 ,172 ,542 ,592

ZInvTI ,168 ,179 ,182 ,941 ,355 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRecESCR

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 100: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

85

Hipótese 4c - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

os recursos de relacionamento com os participantes (RecCrm) e como variável independente

os investimentos em TI (InvTI). O coeficiente é estatisticamente significante (sig < 0,05),

positivo e explicou um pouco a influência dos investimentos sobre os recursos de

relacionamento com os participantes. Por isso, a hipótese foi aceita. (Tabela 29).

Tabela 29 – Regressão da hipótese 4c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .408a ,167 ,131 ,9832 ,167 4,607 1 23 ,043

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZRecCRM

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,322 ,260 1,239 ,228

ZInvTI 1,055 ,492 ,408 2,146 ,043 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRecCRM

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 4d - Foi realizada uma análise de regressão simples tendo como variável dependente

os recursos compostos por sistemas integrados de gestão (RecCorp) e como variável

independente os investimentos em TI (InvTI). O coeficiente é estatisticamente significante

(sig < 0,05), positivo e explicou um pouco a influência dos investimentos sobre os recursos

integrados de gestão. Por isso, a hipótese foi aceita. (Tabela 30).

Page 101: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

86

Tabela 30 – Regressão da hipótese 4d

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .428a ,183 ,148 ,8697 ,183 5,163 1 23 ,033

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZRecCORP

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,151 ,174 -,867 ,395

ZInvTI ,413 ,182 ,428 2,272 ,033 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRecCORP

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 5 – Numa única análise, testamos H5 e H11a. Foi realizada uma análise de

regressão múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e

como variáveis independentes a terceirização de TI (TercTI) e a governança de framework

(GovFrame). A hipótese 5 apresentou-se não significante (sig >0,10) e negativa. A Hipótese

11a, apesar de ser significante (sig <0,05), e ao contrário da nossa hipótese, os efeitos do

recurso e a moderação têm sinais negativos. Por isso, as hipóteses H5 e H11a foram

rejeitadas. (Tabela 31).

Tabela 31 – Regressão da hipótese 5 e 11a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .314a ,098 ,064 ,9492 ,098 2,835 1 26 ,104

2 .548b ,301 ,213 ,8701 ,202 3,471 2 24 ,047

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZTercTI

b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovFRAME, FRA_Ter

c. Variável dependente: ZAOTI

Page 102: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

87

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,039 ,179 ,215 ,831

ZTercTI -,308 ,183 -,314 -1,684 ,104 1,000 1,000

(Constante) -,139 ,180 -,774 ,446

ZTercTI -,793 ,261 -,807 -3,034 ,006 ,412 2,427

FRA_Ter -,551 ,261 -,542 -2,107 ,046 ,441 2,266

ZGovFRAME -,387 ,200 -,350 -1,939 ,064 ,897 1,115

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 6 - Numa única análise, testamos H6 e H10a. Foi realizada uma análise de regressão

múltipla tendo como variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis

independentes a flexibilidade da infraestrutura de TI (FLTI) e a governança de framework

(GovFrame). Os coeficientes das hipóteses foram significantes (sig < 0,05) e não significante

(sig >0,10) para as hipóteses 6 e 10a, respectivamente. Apesar da pouca influência do R2

(15%), a hipótese 6 foi aceita e a hipótese 10a foi rejeitada. (Tabela 32).

Tabela 32 – Regressão da hipótese 6 e 10a

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .385a ,148 ,117 ,9399 ,148 4,694 1 27 ,039

2 .472b ,223 ,163 ,9149 ,075 2,497 1 26 ,126

3 .473c ,224 ,130 ,9325 ,001 ,027 1 25 ,871

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZFLTI

b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovFRAME

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovFRAME, FRA_FLT

d. Variável dependente: ZAOTI

Page 103: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

88

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,175 ,000 1,000

ZFLTI ,385 ,178 ,385 2,166 ,039 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,170 ,000 1,000

ZFLTI ,380 ,173 ,380 2,197 ,037 1,000 1,000

ZGovFRAME -,273 ,173 -,273 -1,580 ,126 1,000 1,000

(Constante) ,001 ,173 ,004 ,997

ZFLTI ,387 ,181 ,387 2,136 ,043 ,947 1,056

ZGovFRAME -,286 ,192 -,286 -1,491 ,149 ,846 1,182

FRA_FLT ,040 ,243 ,032 ,165 ,871 ,805 1,242

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 07 – Foi realizada regressão das 4 dimensões das capacidades dinâmicas,

aprendizagem (APRE) coordenação (COOR) detecção (DETC) e integração (INTE) como

variáveis independentes e o alinhamento operacional (AOTI) como variável dependente. Foi

observado que não é possível separá-las por estarem muito conectadas e isto é percebido pela

multicolinearidade existente. Juntas, elas são estatisticamente significantes (sig < 0,01) e têm

efeito direto no alinhamento operacional (AOTI) com explicação de 46% (Tabela 33).

Tabela 33 – Regressão da hipótese 7 (4 dimensões)

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .684a ,467 ,379 ,7882 ,467 5,267 4 24 ,003

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZINTE, ZAPRE, ZDETC, ZCOOR

b. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,146 ,000 1,000

ZAPRE ,017 ,252 ,017 ,067 ,947 ,348 2,873

ZCOOR ,229 ,311 ,229 ,736 ,469 ,230 4,354

ZDETC ,299 ,269 ,299 1,111 ,278 ,306 3,273

ZINTE ,201 ,274 ,201 ,734 ,470 ,295 3,395

1

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 104: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

89

Na regressão das capacidades dinâmicas (CADI) como variável independente, diretamente no

alinhamento operacional (AOTI) que é a variável dependente, obtivemos um resultado

estatisticamente significante (sig < 0,05) com poder de explicação de 20% (Tabela 34). Desta

forma, concluímos que as capacidades dinâmicas (CADI) de uma EFPC têm um efeito

positivo e direto no nível de alinhamento operacional (AOTI) e a hipótese foi aceita.

Tabela 34 – Regressão da hipótese 7 (CADI)

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .455a ,207 ,178 ,9069 ,207 7,043 1 27 ,013

a. Preditores: (Constante), ZCADI

b. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,168 ,000 1,000

ZCADI ,455 ,171 ,455 2,654 ,013 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 8a – A hipótese foi aceita por ter apresentado coeficiente estatisticamente

significante (sig < 0,01), relação positiva na moderação e poder de explicação (R2) de 49%,

conforme detalhado na hipótese 1a (Tabela 17).

Hipótese 8b – Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de integração (HabIntegr) e a governança de projetos (GovPar). O coeficiente apresentou-se

estatisticamente significante (sig < 0,05), sinal positivo da interação das habilidades de

Integração (HabIntegr) com a governança de integração e parcerias (GovPar) e poder de

explicação (R2) de 30%. Portanto a hipótese foi aceita (Tabela 35).

Page 105: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

90

Tabela 35 – Regressão da hipótese 8b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .264a ,070 ,034 0,98456 ,070 1,946 1 26 ,175

2 .546b ,298 ,210 0,89036 ,228 3,896 2 24 ,034

a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR

b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, PAR_INT, ZGovPAR

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,019 ,186 -,105 ,917

ZHabINTEGR -,270 ,194 -,264 -1,395 ,175 1,000 1,000

(Constante) -,064 ,169 -,380 ,707

ZHabINTEGR -,229 ,187 -,223 -1,224 ,233 ,879 1,138

ZGovPAR ,229 ,180 ,226 1,272 ,215 ,928 1,078

PAR_INT ,315 ,128 ,432 2,456 ,022 ,945 1,058

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 8c - Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de integração (HabIntegr) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente não é

estatisticamente significante e ao contrário da nossa hipótese, o efeito da moderação tem sinal

negativo. Portanto a hipótese foi rejeitada (Tabela 36).

Tabela 36 – Regressão da hipótese 8c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .300a ,090 ,056 0,97160 ,090 2,661 1 27 ,114

2 .386b ,149 ,047 0,97640 ,059 ,868 2 25 ,432

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR

b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, PRO_INT, ZGovPROJ

c. Variável dependente: ZAOTI

Page 106: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

91

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,180 ,000 1,000

ZHabINTEGR -,300 ,184 -,300 -1,631 ,114 1,000 1,000

(Constante) -,021 ,182 -,116 ,909

ZHabINTEGR -,364 ,201 -,364 -1,815 ,082 ,845 1,183

ZGovPROJ ,163 ,201 ,163 ,813 ,424 ,845 1,183

PRO_INT -,256 ,248 -,191 -1,035 ,311 1,000 1,000

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 8d - Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de integração (HabIntegr) e a governança de mensuração (GovMens). O coeficiente de

moderação apresentou-se marginalmente significante (sig <0,10) com impacto positivo e R2

de 27%. Desta forma concluímos que a hipótese foi aceita (Tabela 37).

Tabela 37 – Regressão da hipótese 8d

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .196a ,038 -,005 0,93007 ,038 ,878 1 22 ,359

2 .516b ,267 ,157 0,85181 ,228 3,114 2 20 ,066

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR

b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, MEN_INT, ZGovMENS

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,059 ,191 ,310 ,760

ZHabINTEGR -,187 ,199 -,196 -,937 ,359 1,000 1,000

(Constante) -,029 ,180 -,161 ,874

ZHabINTEGR -,188 ,185 -,197 -1,016 ,322 ,974 1,026

ZGovMENS -,032 ,227 -,028 -,142 ,888 ,960 1,041

MEN_INT ,822 ,330 ,480 2,490 ,022 ,985 1,015

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 107: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

92

Hipótese 8e – Hipótese testada juntamente com a hipótese 1b. Hipótese aceita (Tabela 18).

Hipótese 8f – Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de infraestrutura de TI (HabInfra) e a governança de parceria (GovPar). O coeficiente de

moderação não foi estatisticamente significante. Desta forma concluímos que a hipótese foi

rejeitada (Tabela 38).

Tabela 38 – Regressão da hipótese 8f

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .584a ,341 ,312 0,72703 ,341 11,901 1 23 ,002

2 .603b ,364 ,306 0,73052 ,023 ,781 1 22 ,386

3 .603c ,364 ,273 0,74756 ,000 ,009 1 21 ,926

a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA

b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPAR, PAR_INF

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,089 ,146 ,609 ,549

ZHabINFRA ,551 ,160 ,584 3,450 ,002 1,000 1,000

(Constante) ,118 ,150 ,783 ,442

ZHabINFRA ,492 ,174 ,521 2,826 ,010 ,851 1,175

ZGovPAR ,172 ,194 ,163 ,884 ,386 ,851 1,175

(Constante) ,110 ,174 ,632 ,534

ZHabINFRA ,497 ,186 ,526 2,673 ,014 ,781 1,280

ZGovPAR ,164 ,217 ,155 ,756 ,458 ,717 1,394

PAR_INF ,022 ,236 ,018 ,094 ,926 ,829 1,207

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Hipótese 8g – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades de

infraestrutura de TI (HabInfra) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente de

moderação apresentou-se estatisticamente significante (sig <0,01) com impacto positivo e

Page 108: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

93

poder de explicação do R2 de 56%. Desta forma concluímos que a hipótese foi aceita (Tabela

39).

Tabela 39 – Regressão da hipótese 8g

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .482a ,233 ,196 0,77303 ,233 6,364 1 21 ,020

2 .603b ,363 ,299 0,72161 ,131 4,100 1 20 ,056

3 .750c ,563 ,494 0,61320 ,200 8,697 1 19 ,008

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA

b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPROJ

c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPROJ, PRO_INF

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,119 ,161 ,738 ,469

ZHabINFRA ,450 ,178 ,482 2,523 ,020 1,000 1,000

(Constante) ,113 ,151 ,750 ,462

ZHabINFRA ,548 ,173 ,588 3,162 ,005 ,921 1,086

ZGovPROJ -,405 ,200 -,376 -2,025 ,056 ,921 1,086

(Constante) -,008 ,134 -,061 ,952

ZHabINFRA ,787 ,168 ,844 4,682 ,000 ,707 1,414

ZGovPROJ -,624 ,186 -,579 -3,361 ,003 ,775 1,291

PRO_INF ,622 ,211 ,527 2,949 ,008 ,721 1,388

Coeficientesa

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 8h – Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de infraestrutura de TI (HabInfra) e a governança de mensuração (GovMens). O coeficiente

de moderação apresentou-se estatisticamente significante (sig <0,01) com impacto positivo e

poder de explicação do R2 de 54%. Desta forma concluímos que a hipótese foi aceita (Tabela

40).

Page 109: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

94

Tabela 40 – Regressão da hipótese 8h

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .530a ,281 ,247 0,68416 ,281 8,211 1 21 ,009

2 .541b ,293 ,222 0,69526 ,012 ,335 1 20 ,569

3 .733c ,537 ,464 0,57732 ,244 10,006 1 19 ,005

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA

b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovMENS

c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovMENS, MEN_INF

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,222 ,143 1,557 ,134

ZHabINFRA ,404 ,141 ,530 2,865 ,009 1,000 1,000

(Constante) ,221 ,145 1,522 ,144

ZHabINFRA ,413 ,144 ,543 2,868 ,010 ,987 1,013

ZGovMENS -,085 ,146 -,110 -,579 ,569 ,987 1,013

(Constante) ,144 ,123 1,174 ,255

ZHabINFRA ,568 ,129 ,745 4,392 ,000 ,846 1,182

ZGovMENS -,278 ,136 -,360 -2,045 ,055 ,787 1,270

MEN_INF ,695 ,220 ,580 3,163 ,005 ,726 1,378

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Hipótese 8i – Hipótese rejeitada conforme detalhes apresentados na hipótese 1c (Tabela 19).

Hipótese 8j – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades de

desenvolvimento de sistemas (HabDes) e a governança de parceria (GovPar). O coeficiente de

moderação apresentou-se estatisticamente significante (sig <0,05) com impacto positivo e

poder de explicação do R2 de 21%. Desta forma concluímos que a hipótese foi aceita (Tabela

41).

Page 110: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

95

Tabela 41 – Regressão da hipótese 8j

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .031a ,001 -,039 1,0465 ,001 ,024 1 25 ,879

2 .067b ,004 -,078 1,0662 ,004 ,085 1 24 ,773

3 .458c ,209 ,106 0,9706 ,205 5,958 1 23 ,023

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZHabDES

b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPAR, PAR_DES

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,035 ,202 -,175 ,862

ZHabDES -,033 ,214 -,031 -,154 ,879 1,000 1,000

(Constante) -,029 ,207 -,140 ,890

ZHabDES -,045 ,222 -,042 -,202 ,842 ,967 1,034

ZGovPAR ,064 ,218 ,061 ,292 ,773 ,967 1,034

(Constante) -,182 ,199 -,917 ,369

ZHabDES ,287 ,244 ,267 1,177 ,251 ,666 1,501

ZGovPAR -,069 ,206 -,065 -,334 ,742 ,900 1,112

PAR_DES ,712 ,292 ,550 2,441 ,023 ,678 1,475

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 8k – Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades

de desenvolvimento de sistemas (HabDes) e a governança de projetos (GovProj). O

coeficiente de moderação apresentou-se marginalmente significante (sig <0,10) com impacto

positivo e poder de explicação do R2 de 20%. Desta forma concluímos que a hipótese foi

aceita (Tabela 42).

Page 111: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

96

Tabela 42 – Regressão da hipótese 8k

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .073a ,005 -,044 1,1162 ,005 ,106 1 20 ,748

2 .145b ,021 -,082 1,1362 ,016 ,304 1 19 ,588

3 .452c ,204 ,072 1,0523 ,183 4,150 1 18 ,057

a. Preditores: (Constante), ZHabDES

b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPROJ

c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPROJ, PRO_DES

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,123 ,239 -,516 ,611

ZHabDES -,086 ,263 -,073 -,326 ,748 1,000 1,000

(Constante) -,129 ,243 -,530 ,602

ZHabDES -,132 ,281 -,112 -,471 ,643 ,909 1,100

ZGovPROJ ,157 ,286 ,131 ,551 ,588 ,909 1,100

(Constante) -,372 ,255 -1,458 ,162

ZHabDES -,305 ,273 -,258 -1,114 ,280 ,822 1,216

ZGovPROJ ,040 ,271 ,033 ,146 ,886 ,868 1,153

PRO_DES ,954 ,468 ,472 2,037 ,057 ,822 1,216

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 8l – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes as habilidades de

desenvolvimento de sistemas (HabDes) e a governança de mensuração (GovMens). O

coeficiente de moderação não apresentou significância estatística e ao contrário da hipótese, o

efeito da moderação tem sinal negativo. Desta forma concluímos que a hipótese foi rejeitada

(Tabela 43).

Page 112: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

97

Tabela 43 – Regressão da hipótese 8l

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .076a ,006 -,031 1,0154 ,006 ,155 1 27 ,697

2 .185b ,034 -,040 1,0198 ,028 ,767 1 26 ,389

3 .189c ,036 -,080 1,0392 ,001 ,039 1 25 ,846

a. Preditores: (Constante), ZHabDES

b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovMENS

c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovMENS, MEN_DES

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,189 ,000 1,000

ZHabDES -,076 ,192 -,076 -,394 ,697 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,189 ,000 1,000

ZHabDES -,094 ,194 -,094 -,486 ,631 ,988 1,012

ZGovMENS ,170 ,194 ,170 ,876 ,389 ,988 1,012

(Constante) ,004 ,194 ,019 ,985

ZHabDES -,095 ,198 -,095 -,479 ,636 ,988 1,012

ZGovMENS ,157 ,208 ,157 ,752 ,459 ,888 1,126

MEN_DES -,036 ,181 -,041 -,197 ,846 ,897 1,115

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 9a – Hipótese rejeitada conforme detalhes na hipótese 2d (Tabela 23).

Hipótese 9b – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de sistemas

integrados de gestão (RecCorp) e a governança de mensuração (GovMens). O coeficiente de

moderação não apresentou significância estatística e ao contrário da hipótese, o efeito da

moderação tem sinal negativo. Desta forma concluímos que a hipótese foi rejeitada (Tabela

44).

Page 113: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

98

Tabela 44 – Regressão da hipótese 9b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .500a ,250 ,219 0,67416 ,250 8,009 1 24 ,009

2 .546b ,299 ,203 0,68106 ,048 ,758 2 22 ,480

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecCORP

b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovMENS, MEN_COR

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,232 ,132 1,754 ,092

ZRecCORP ,364 ,129 ,500 2,830 ,009 1,000 1,000

(Constante) ,232 ,134 1,738 ,096

ZRecCORP ,367 ,130 ,504 2,814 ,010 ,995 1,005

ZGovMENS ,134 ,147 ,185 ,909 ,373 ,774 1,292

MEN_COR -,033 ,111 -,061 -,298 ,768 ,771 1,297

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9c – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de sistemas

integrados de gestão (RecCorp) e a governança de parceria (GovPar). O coeficiente de

moderação apresentou-se significante (sig <0,01) com impacto positivo e poder de explicação

do R2 de 45%. Desta forma concluímos que hipótese foi aceita (Tabela 45).

Tabela 45 – Regressão da hipótese 9c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .386a ,149 ,115 0,96149 ,149 4,381 1 25 ,047

2 .673b ,453 ,382 0,80338 ,304 6,404 2 23 ,006

a. Preditores: (Constante), ZRecCORP

b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovPAR, PAR_COR

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Page 114: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

99

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,066 ,185 -,355 ,725

ZRecCORP ,389 ,186 ,386 2,093 ,047 1,000 1,000

(Constante) -,472 ,192 -2,455 ,022

ZRecCORP ,893 ,216 ,886 4,139 ,000 ,518 1,930

ZGovPAR -,319 ,180 -,321 -1,767 ,090 ,721 1,387

PAR_COR ,832 ,237 ,675 3,515 ,002 ,644 1,553

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9d – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de sistemas

integrados de gestão (RecCorp) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente de

moderação apresentou-se significante (sig <0,05) com impacto positivo e poder de explicação

do R2 de 61%. Desta forma concluímos que hipótese foi aceita (Tabela 46).

Tabela 46 – Regressão da hipótese 9d

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .637a ,406 ,379 0,60770 ,406 15,037 1 22 ,001

2 .779b ,607 ,549 0,51816 ,201 5,130 2 20 ,016

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecCORP

b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, PRO_COR, ZGovPROJ

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,138 ,124 1,111 ,279

ZRecCORP ,480 ,124 ,637 3,878 ,001 1,000 1,000

(Constante) ,181 ,109 1,665 ,111

ZRecCORP ,444 ,108 ,589 4,100 ,001 ,951 1,051

ZGovPROJ -,412 ,146 -,458 -2,817 ,011 ,744 1,345

PRO_COR ,389 ,146 ,426 2,665 ,015 ,769 1,300

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 115: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

100

Hipótese 9e – Hipótese aceita conforme detalhes na hipótese 2c (Tabela 22).

Hipótese 9f – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte e

colaboração (RecCrm) e a governança de mensuração (GovMens). O coeficiente de

moderação foi estatisticamente significante (sig < 0,05) e positivo. Desta forma concluímos

que hipótese foi aceita (Tabela 47).

Tabela 47 – Regressão da hipótese 9f

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .285a ,081 ,033 0,63117 ,081 1,684 1 19 ,210

2 .612b ,374 ,264 0,55070 ,293 3,979 2 17 ,038

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecCRM

b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovMENS, MEN_CRM

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,402 ,138 2,910 ,009

ZRecCRM -,194 ,150 -,285 -1,298 ,210 1,000 1,000

(Constante) ,371 ,121 3,058 ,007

ZRecCRM -,177 ,133 -,260 -1,331 ,201 ,962 1,040

ZGovMENS ,153 ,144 ,255 1,067 ,301 ,647 1,546

MEN_CRM ,376 ,255 ,353 1,472 ,159 ,641 1,561

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9g – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte e

colaboração (RecCrm) e a governança de parceria (GovPar). A moderação foi

estatisticamente significante (sig < 0,05). Desta forma concluímos que hipótese foi aceita

(Tabela 48).

Page 116: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

101

Tabela 48 – Regressão da hipótese 9g

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .286a ,082 ,040 0,65690 ,082 1,963 1 22 ,175

2 .612b ,375 ,281 0,56868 ,293 4,678 2 20 ,022

a. Preditores: (Constante), ZRecCRM

b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovPAR, PAR_CRM

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,351 ,134 2,612 ,016

ZRecCRM -,180 ,129 -,286 -1,401 ,175 1,000 1,000

(Constante) ,357 ,117 3,054 ,006

ZRecCRM -,231 ,115 -,367 -2,014 ,058 ,942 1,061

ZGovPAR ,246 ,142 ,361 1,723 ,100 ,711 1,406

PAR_CRM ,176 ,145 ,261 1,213 ,239 ,677 1,478

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9h – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte e

colaboração (RecCrm) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente de moderação não

foi estatisticamente significante. Desta forma concluímos que hipótese foi rejeitada (Tabela

49).

Tabela 49 – Regressão da hipótese 9h

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .122a ,015 -,024 0,82045 ,015 ,379 1 25 ,544

2 .123b ,015 -,113 0,85535 ,000 ,001 2 23 ,999

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecCRM

b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, PRO_CRM, ZGovPROJ

c. Variável dependente: ZAOTI

Page 117: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

102

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,165 ,158 1,047 ,305

ZRecCRM -,096 ,155 -,122 -,616 ,544 1,000 1,000

(Constante) ,165 ,196 ,840 ,409

ZRecCRM -,091 ,190 -,117 -,482 ,634 ,730 1,369

ZGovPROJ -,009 ,195 -,011 -,044 ,965 ,701 1,426

PRO_CRM ,001 ,211 ,001 ,007 ,995 ,932 1,072

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9i – Hipótese aceita conforme apresentado na hipótese 2a (Tabela 20).

Hipótese 9j – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte para

colaboração e documentos (RecDoc) e a governança de mensuração (GovMens). O

coeficiente de moderação não foi estatisticamente significante. Desta forma concluímos que

hipótese foi rejeitada (Tabela 50).

Tabela 50 – Regressão da hipótese 9j

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .404a ,163 ,127 0,76153 ,163 4,476 1 23 ,045

2 .442b ,195 ,080 0,78145 ,032 ,421 2 21 ,662

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecDOC

b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovMENS, MEN_DOC

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,105 ,152 ,687 ,499

ZRecDOC ,336 ,159 ,404 2,116 ,045 1,000 1,000

(Constante) ,090 ,160 ,564 ,578

ZRecDOC ,336 ,168 ,405 1,997 ,059 ,934 1,071

ZGovMENS ,077 ,174 ,101 ,442 ,663 ,734 1,362

MEN_DOC ,114 ,241 ,108 ,473 ,641 ,734 1,362

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 118: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

103

Hipótese 9k – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte para

colaboração e documentos (RecDoc) e a governança de parceria (GovPar). A moderação foi

significante (sig < 0,05), mas ao contrário da hipótese, o efeito da moderação foi negativo.

Desta forma concluímos que hipótese foi rejeitada (Tabela 51).

Tabela 51 – Regressão da hipótese 9k

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .293a ,086 ,049 0,79041 ,086 2,345 1 25 ,138

2 .562b ,315 ,226 0,71314 ,230 3,856 2 23 ,036

a. Preditores: (Constante), ZRecDOC

b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovPAR, PAR_DOC

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,182 ,153 1,194 ,244

ZRecDOC ,239 ,156 ,293 1,531 ,138 1,000 1,000

(Constante) ,221 ,138 1,598 ,124

ZRecDOC ,167 ,146 ,205 1,146 ,263 ,932 1,074

ZGovPAR ,355 ,148 ,416 2,408 ,024 ,996 1,004

PAR_DOC -,237 ,174 -,243 -1,362 ,187 ,935 1,070

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9l – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de suporte para

colaboração e documentos (RecDoc) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente de

moderação foi estatisticamente significante (sig < 0,05) com efeito positivo e poder de

explicação de 41%. Desta forma concluímos que hipótese foi aceita (Tabela 52).

Page 119: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

104

Tabela 52 – Regressão da hipótese 9l

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .331a ,110 ,067 0,74424 ,110 2,585 1 21 ,123

2 .641b ,411 ,318 0,63617 ,302 4,870 2 19 ,020

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecDOC

b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovPROJ, PRO_DOC

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,174 ,156 1,116 ,277

ZRecDOC ,252 ,157 ,331 1,608 ,123 1,000 1,000

(Constante) ,055 ,138 ,397 ,696

ZRecDOC ,616 ,181 ,807 3,409 ,003 ,552 1,811

ZGovPROJ -,165 ,140 -,209 -1,177 ,254 ,979 1,021

PRO_DOC ,670 ,236 ,671 2,838 ,011 ,554 1,804

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9m – A hipótese foi aceita conforme detalhado na hipótese 2b (Tabela 21).

Hipótese 9n – Foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como variável

dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de

produtividade dos escritórios (RecEscr) e a governança de mensuração (GovMens). O

coeficiente de moderação não foi estatisticamente significante (sig > 0,10). Desta forma

concluímos que hipótese foi rejeitada (Tabela 53).

Tabela 53 – Regressão da hipótese 9n

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .299a ,090 ,054 0,86137 ,090 2,556 1 26 ,122

2 .449b ,202 ,102 0,83944 ,112 1,688 2 24 ,206

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovMENS, MEN_ESC

c. Variável dependente: ZAOTI

Page 120: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

105

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,092 ,163 ,563 ,578

ZRecESCR ,260 ,163 ,299 1,599 ,122 1,000 1,000

(Constante) ,125 ,160 ,778 ,444

ZRecESCR ,225 ,162 ,258 1,384 ,179 ,956 1,046

ZGovMENS ,129 ,160 ,147 ,802 ,430 ,987 1,013

MEN_ESC ,379 ,238 ,296 1,593 ,124 ,961 1,040

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 9o – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de

produtividade dos escritórios (RecEscr) e a governança de parceria (GovPar). O coeficiente de

moderação foi estatisticamente significante (sig < 0,05), efeito positivo e poder de explicação

de 34%. Desta forma concluímos que hipótese foi aceita (Tabela 54).

Tabela 54 – Regressão da hipótese 9o

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .341a ,116 ,078 0,84220 ,116 3,028 1 23 ,095

2 .584b ,341 ,247 0,76102 ,225 3,584 2 21 ,046

a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovPAR, PAR_ESC

c. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,113 ,168 ,673 ,508

ZRecESCR ,289 ,166 ,341 1,740 ,095 1,000 1,000

(Constante) -,016 ,165 -,094 ,926

ZRecESCR ,143 ,160 ,168 ,891 ,383 ,878 1,139

ZGovPAR -,123 ,242 -,134 -,508 ,617 ,452 2,213

PAR_ESC ,916 ,424 ,595 2,159 ,043 ,414 2,418

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Page 121: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

106

Hipótese 9p – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes os recursos de

produtividade dos escritórios (RecEscr) e a governança de projetos (GovProj). O coeficiente

de moderação apresentou-se contrário à nossa hipótese, com efeito negativo e sem

significância estatística. Desta forma concluímos que hipótese foi rejeitada (Tabela 55).

Tabela 55 – Regressão da hipótese 9p

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .344a ,118 ,083 0,81613 ,118 3,358 1 25 ,079

2 .419b ,175 ,068 0,82291 ,057 ,795 2 23 ,464

Resumo do modeloc

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, PRO_ESC, ZGovPROJ

c. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,151 ,157 ,961 ,346

ZRecESCR ,283 ,155 ,344 1,832 ,079 1,000 1,000

(Constante) ,132 ,160 ,825 ,418

ZRecESCR ,283 ,157 ,344 1,802 ,085 ,984 1,016

ZGovPROJ -,144 ,169 -,169 -,856 ,401 ,918 1,089

PRO_ESC -,256 ,229 -,221 -1,119 ,275 ,923 1,083

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

1

2

a. Variável dependente: ZAOTI

Hipótese 10a - A moderação foi rejeitada conforme detalhes apresentados na hipótese 6

(Tabela 32).

Hipótese 10b - Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a flexibilidade da

infraestrutura de TI (FLTI) e a governança de parceria (GovPar). O coeficiente de moderação

apresentou-se estatisticamente significante (sig < 0,05) com efeito positivo e grau de

explicação (R2) de 31%. Portanto a hipótese foi aceita (Tabela 56).

Page 122: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

107

Tabela 56 – Regressão da hipótese 10b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .385a ,148 ,117 ,9399 ,148 4,694 1 27 ,039

2 .426b ,181 ,118 ,9389 ,033 1,057 1 26 ,313

3 .557c ,310 ,228 ,8788 ,129 4,677 1 25 ,040

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZFLTI

b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPAR, PAR_FLT

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,175 ,000 1,000

ZFLTI ,385 ,178 ,385 2,166 ,039 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,174 ,000 1,000

ZFLTI ,424 ,182 ,424 2,337 ,027 ,955 1,047

ZGovPAR ,187 ,182 ,187 1,028 ,313 ,955 1,047

(Constante) ,075 ,167 ,450 ,657

ZFLTI ,484 ,172 ,484 2,810 ,009 ,931 1,074

ZGovPAR ,275 ,175 ,275 1,573 ,128 ,903 1,107

PAR_FLT ,367 ,170 ,372 2,163 ,040 ,934 1,071

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 10c – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a flexibilidade da

infraestrutura de TI (FLTI) e a governança de projetos (GovProj). A hipótese não foi

confirmada pois a interação não foi significante e, contrário à hipótese, o efeito foi negativo.

Portanto a hipótese foi rejeitada (Tabela 57).

Page 123: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

108

Tabela 57 – Regressão da hipótese 10c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .385a ,148 ,117 ,9399 ,148 4,694 1 27 ,039

2 .385b ,148 ,083 ,9578 ,000 ,003 1 26 ,956

3 .452c ,205 ,109 ,9438 ,056 1,773 1 25 ,195

a. Preditores: (Constante), ZFLTI

b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPROJ

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPROJ, PRO_FLT

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,175 ,000 1,000

ZFLTI ,385 ,178 ,385 2,166 ,039 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,178 ,000 1,000

ZFLTI ,386 ,182 ,386 2,124 ,043 ,994 1,006

ZGovPROJ -,010 ,182 -,010 -,055 ,956 ,994 1,006

(Constante) ,021 ,176 ,121 ,905

ZFLTI ,362 ,180 ,362 2,010 ,055 ,984 1,017

ZGovPROJ ,115 ,202 ,115 ,570 ,574 ,779 1,284

PRO_FLT -,278 ,209 -,269 -1,331 ,195 ,781 1,280

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 10d - Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a flexibilidade da

infraestrutura de TI (FLTI) e a governança de mensuração (GovMens). A hipótese não foi

confirmada pois a moderação não foi significante (sig > 0,10). Portanto a hipótese foi

rejeitada (Tabela 58).

Page 124: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

109

Tabela 58 – Regressão da hipótese 10d

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .385a ,148 ,117 ,9399 ,148 4,694 1 27 ,039

2 .391b ,153 ,088 ,9550 ,005 ,153 1 26 ,698

3 .408c ,167 ,067 ,9661 ,014 ,408 1 25 ,529

a. Preditores: (Constante), ZFLTI

b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovMENS

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovMENS, MEN_FLT

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,175 ,000 1,000

ZFLTI ,385 ,178 ,385 2,166 ,039 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,177 ,000 1,000

ZFLTI ,368 ,186 ,368 1,980 ,058 ,944 1,059

ZGovMENS ,073 ,186 ,073 ,392 ,698 ,944 1,059

(Constante) -,028 ,185 -,153 ,880

ZFLTI ,386 ,190 ,386 2,032 ,053 ,922 1,085

ZGovMENS -,017 ,235 -,017 -,072 ,943 ,605 1,652

MEN_FLT ,124 ,195 ,146 ,638 ,529 ,641 1,560

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 11a – A explicação da hipótese 11a está junto com a da hipótese 5. As duas

hipóteses foram rejeitadas (Tabela 31).

Hipótese 11b – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a terceirização de TI

(TercTI) e a governança de parceria (GovPar). A hipótese não foi confirmada pois a

moderação não foi significante e, contrário à hipótese, o efeito foi negativo. Portanto a

hipótese foi rejeitada (Tabela 59).

Page 125: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

110

Tabela 59 – Regressão da hipótese 11b

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .349a ,122 ,089 ,9543 ,122 3,748 1 27 ,063

2 .513b ,263 ,207 ,8907 ,141 4,991 1 26 ,034

3 .513c ,264 ,175 ,9082 ,000 ,009 1 25 ,926

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZTercTI

b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPAR, PAR_Ter

d. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,177 ,000 1,000

ZTercTI -,349 ,180 -,349 -1,936 ,063 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,165 ,000 1,000

ZTercTI -,625 ,209 -,625 -2,994 ,006 ,650 1,537

ZGovPAR ,466 ,209 ,466 2,234 ,034 ,650 1,537

(Constante) ,011 ,202 ,052 ,959

ZTercTI -,595 ,380 -,595 -1,564 ,130 ,204 4,913

ZGovPAR ,466 ,213 ,466 2,190 ,038 ,650 1,538

PAR_Ter -,018 ,196 -,034 -,094 ,926 ,230 4,353

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 11c – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a terceirização de TI

(TercTI) e a governança de projetos (GovProj). A hipótese foi confirmada pois a moderação

apresentou-se significante (sig < 0,05), teve sinal positivo e teve um poder de explicação de

29 %. Portanto a hipótese foi aceita (Tabela 60).

Page 126: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

111

Tabela 60 – Regressão da hipótese 11c

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .349a ,122 ,089 ,9543 ,122 3,748 1 27 ,063

2 .350b ,122 ,055 ,9723 ,000 ,008 1 26 ,929

3 .535c ,287 ,201 ,8938 ,165 5,766 1 25 ,024

a. Preditores: (Constante), ZTercTI

b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPROJ

c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPROJ, PRO_Ter

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,177 ,000 1,000

ZTercTI -,349 ,180 -,349 -1,936 ,063 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,181 ,000 1,000

ZTercTI -,351 ,185 -,351 -1,899 ,069 ,989 1,011

ZGovPROJ -,017 ,185 -,017 -,090 ,929 ,989 1,011

(Constante) ,062 ,168 ,372 ,713

ZTercTI -,132 ,193 -,132 -,686 ,499 ,768 1,302

ZGovPROJ ,103 ,177 ,103 ,583 ,565 ,910 1,099

PRO_Ter ,611 ,254 ,470 2,401 ,024 ,744 1,344

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Coeficientesa

Hipótese 11d – Foi realizada análise de regressão múltipla tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variáveis independentes a terceirização de TI

(TercTI) e a governança de mensuração (GovMens). A hipótese foi confirmada pois a

moderação apresentou-se marginalmente significante (sig < 0,10), teve relação positiva e

poder de explicação de 27%. Portanto a hipótese foi aceita (Tabela 61).

Page 127: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

112

Tabela 61 – Regressão da hipótese 11d

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .349a ,122 ,089 ,9543 ,122 3,748 1 27 ,063

2 .397b ,158 ,093 ,9525 ,036 1,101 1 26 ,304

3 .515c ,266 ,177 ,9070 ,108 3,674 1 25 ,067

a. Preditores: (Constante), ZTercTI

b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovMENS

c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovMENS, MEN_Ter

d. Variável dependente: ZAOTI

Resumo do modelod

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,177 ,000 1,000

ZTercTI -,349 ,180 -,349 -1,936 ,063 1,000 1,000

(Constante) ,000 ,177 ,000 1,000

ZTercTI -,365 ,181 -,365 -2,019 ,054 ,993 1,007

ZGovMENS ,190 ,181 ,190 1,049 ,304 ,993 1,007

(Constante) -,037 ,170 -,220 ,827

ZTercTI -,402 ,173 -,402 -2,321 ,029 ,981 1,019

ZGovMENS ,273 ,177 ,273 1,537 ,137 ,934 1,071

MEN_Ter ,470 ,245 ,340 1,917 ,067 ,933 1,072

1

2

3

a. Variável dependente: ZAOTI

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Hipótese 12 – O desempenho foi considerado no modelo como sendo resultado da

rentabilidade dos investimentos (RentInvest e RentInvestPerc) e o valor das despesas

administrativas (CustoAdmBruto).

Foram realizadas análises de regressão simples tendo como variável dependente o

alinhamento operacional (AOTI) e como variável independente a rentabilidade dos

investimentos da entidade (RentInvest) na primeira análise e rentabilidade dos investimentos

em percentual (RentInvestPerc) na segunda análise. Nas duas análises o coeficiente não foi

estatisticamente significante. Dessa forma, a hipótese referente à rentabilidade dos

investimentos foi rejeitada (Tabelas 62 e 63).

Page 128: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

113

Tabela 62 – Regressão da hipótese 12 (RentInvest)

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .095a ,009 -,029 ,386093 ,009 ,238 1 26 ,630

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZAOTI

b. Variável dependente: ZRentInvest

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,176 ,073 -2,399 ,024

ZAOTI ,041 ,084 ,095 ,488 ,630 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRentInvest

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Tabela 63 – Regressão da hipótese 12 (RentInvestPerc)

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .086a ,007 -,029 1,01456 ,007 ,202 1 27 ,657

a. Preditores: (Constante), ZAOTI

b. Variável dependente: ZRentInvestPerc

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) ,000 ,188 ,000 1,000

ZAOTI ,086 ,192 ,086 ,450 ,657 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZRentInvestPerc

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Para a segunda variável também foi realizada uma análise de regressão múltipla tendo como

variável dependente o alinhamento operacional (AOTI) e como variável independente o valor

das despesas administrativas (CustoAdmBruto). O coeficiente foi negativo conforme previsto,

foi estatisticamente significante (sig < 0,05) e houve um poder de explicação do R2 de 20%.

Desta forma concluímos que a hipótese foi aceita, ou seja, a boa governança reduz os custos

administrativos (Tabela 64).

Page 129: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

114

Tabela 64 – Regressão da hipótese 12 (CustoAdmBruto)

Alteração de R

quadrado

Alteração F

df1 df2Sig.

Alteração F

1 .449a ,201 ,165 ,15962 ,201 5,549 1 22 ,028

Resumo do modelob

Modelo RR

quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Estatísticas de mudança

a. Preditores: (Constante), ZAOTI

b. Variável dependente: ZCustoAdmBruto

Coeficientes padronizados

BModelo padrão Beta Tolerância VIF

(Constante) -,249 ,033 -7,449 ,000

ZAOTI -,101 ,043 -,449 -2,356 ,028 1,000 1,000

1

a. Variável dependente: ZCustoAdmBruto

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

Baseado nas análises dos resultados das regressões, elaboramos as tabelas a seguir,

sintetizando os resultados obtidos (Tabelas 65 a 71):

Tabela 65: Habilidades Técnicas de TI (Hipóteses 1a a 1c e 8a a 8l)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H1a HabIntegr AOTI - Rejeitada > 0,10 2,60

H1b HabInfra AOTI - Aceita < 0,05 21,40

H1c HabDes AOTI - Rejeitada > 0,10 0,60

H8a HabIntegr AOTI GovFrame Aceita < 0,01 49,40

H8b HabIntegr AOTI GovPar Aceita < 0,05 29,80

H8c HabIntegr AOTI GovProj Rejeitada > 0,10 14,90

H8d HabIntegr AOTI GovMens Aceita < 0,10 26,70

H8e HabInfra AOTI GovFrame Aceita < 0,01 71,90

H8f HabInfra AOTI GovPar Rejeitada > 0,10 36,40

H8g HabInfra AOTI GovProj Aceita < 0,01 56,30

H8h HabInfra AOTI GovMens Aceita < 0,01 53,70

H8i HabDes AOTI GovFrame Rejeitada < 0,10 19,30

H8j HabDes AOTI GovPar Aceita < 0,05 20,90

H8k HabDes AOTI GovProj Aceita < 0,10 20,40

H8l HabDes AOTI GovMens Rejeitada > 0,10 3,60

Page 130: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

115

Tabela 66: Recursos Gerais de TI (Hipóteses 2a a 2d e 9a a 9p)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H2a RecDoc AOTI - Aceita < 0,10 12,90

H2b RecEsc AOTI - Rejeitada > 0,10 9,00

H2c RecCrm AOTI - Rejeitada > 0,10 0,20

H2d RecCorp AOTI - Aceita < 0,01 32,30

H9a RecCorp AOTI GovFrame Rejeitada > 0,10 44,40

H9b RecCorp AOTI GovMens Rejeitada > 0,10 29,90

H9c RecCorp AOTI GovPar Aceita < 0,01 45,30

H9d RecCorp AOTI GovProj Aceita < 0,05 60,70

H9e RecCrm AOTI GovFrame Aceita < 0,01 36,20

H9f RecCrm AOTI GovMens Aceita < 0,05 37,40

H9g RecCrm AOTI GovPar Aceita < 0,05 37,50

H9h RecCrm AOTI GovProj Rejeitada > 0,10 1,50

H9i RecDoc AOTI GovFrame Aceita < 0,01 56,60

H9j RecDoc AOTI GovMens Rejeitada > 0,10 19,50

H9k RecDoc AOTI GovPar Rejeitada < 0,05 31,50

H9l RecDoc AOTI GovProj Aceita < 0,05 41,10

H9m RecEsc AOTI GovFrame Aceita < 0,01 47,90

H9n RecEscr AOTI GovMens Rejeitada > 0,10 20,20

H9o RecEscr AOTI GovPar Aceita < 0,05 34,10

H9p RecEscr AOTI GovProj Rejeitada > 0,10 17,50

Tabela 67: Investimentos de TI (Hipóteses 3a a 3c e 4a a 4d)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H3a InvTI HabIntegr - Aceita < 0,10 14,70

H3b InvTI HabInfra - Aceita < 0,10 12,70

H3c InvTI HabDes - Aceita < 0,05 15,90

H4a InvTI RecDoc - Aceita < 0,05 16,00

H4b InvTI RecEsc - Rejeitada > 0,10 3,30

H4c InvTI RecCrm - Aceita < 0,05 16,70

H4d InvTI RecCorp - Aceita < 0,05 18,30

Page 131: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

116

Tabela 68: Despesas com Terceirização de TI (Hipóteses 5 e 11a a 11d)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H5 TercTI AOTI - Rejeitada > 0,10 9,80

H11a TercTI AOTI GovFrame Rejeitada < 0,05 30,10

H11b TercTI AOTI GovPar Rejeitada > 0,10 26,40

H11c TercTI AOTI GovProj Aceita < 0,05 28,70

H11d TercTI AOTI GovMens Aceita < 0,10 26,60

Tabela 69: Infraestrutura Flexível de TI (Hipóteses 6 e 10a a 11d)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H6 FLTI AOTI - Aceita < 0,05 14,80

H10a FLTI AOTI GovFrame Rejeitada > 0,10 22,40

H10b FLTI AOTI GovPar Aceita < 0,05 31,00

H10c FLTI AOTI GovProj Rejeitada > 0,10 20,50

H10d FLTI AOTI GovMens Rejeitada > 0,10 16,70

Tabela 70: Capacidades Dinâmicas (Hipótese 7)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H7 CADI AOTI - Aceita < 0,05 20,70

Tabela 71: Desempenho da EFPC (Hipótese 12)

Hipótese Var.

Independente Var.

Dependente Moderação Resultado Sig.

R2 %

H12 RentInvest AOTI - Rejeitada > 0,10 20,10

H12 RentInvestPerc AOTI - Rejeitada > 0,10 20,10

H12 CustoAdmBruto AOTI - Confirmada < 0,05 20,10

Os coeficientes e resultados das hipóteses citados nas análises das hipóteses podem ser

verificados nas Figuras 11 a 14.

Page 132: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

117

Figura 11: Coeficientes e resultados das hipóteses - GovFrame

Figura 12: Coeficientes e resultados das hipóteses – GovMens

Page 133: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

118

Figura 13: Coeficientes e resultados das hipóteses – GovPar

Figura 14: Coeficientes e resultados das hipóteses – GovProj

Page 134: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

119

6. CONCLUSÕES

O objetivo desta pesquisa foi identificar e verificar a influência da governança de TI nas

habilidades de TI, nos recursos de TI, na infraestrutura de TI, nas despesas e investimentos

em TI das EFPCs, seu impacto no alinhamento operacional e, consequentemente, nos

resultados das EFPCs. Objetivamos também, verificar o impacto das capacidades dinâmicas

no alinhamento operacional.

Devido ao tamanho reduzido da amostra, tivemos que testar as hipóteses individualmente e

não com diversas varíaveis independentes como era previsto. Além disto, não pudemos incluir

as variáveis de controles (participantes, funcionários, patrimônio, entidades patrocinadas).

Mesmo com estas restrições, obtivemos resultados interessantes e que eram esperados.

Das habilidades técnicas de TI, a de infraestrutura (HabInfra) é a única que tem impacto

direto no alinhamento operacional (AOTI). Ao adicionarmos a moderação da governança de

framework (GovFrame), existe um ganho maior do poder de explicação do R2. Além disto,

como o coeficiente foi positivo, podemos concluir que, quanto mais a GovFrame estiver

implantada com maiores valores e melhores práticas dentro da EFPC, melhor será o

alinhamento operacional de TI (AOTI) com o mesmo investimento em habilidades de

Infraestrutura (HabInfra). Ou seja, a moderação das boas práticas de infraestrutura, da gestão

e manutenção de serviços e segurança de TI sobre os serviços básicos de TI, impacta

positivamente o alinhamento operacional de TI.

A habilidade de infraestrutura (HabInfra) apresentou também resultados significantes e

positivos com a moderação das governanças de projetos (GovProj) e governança de

mensuração (GovMens), nos levando a concluir que quanto maior forem essas governanças,

Page 135: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

120

maior será o ganho em investimentos e desenvolvimento dessas habilidades. Os serviços

básicos de TI moderados por uma estrutura onde são discutidos e planejados os projetos de TI

e, ainda, por práticas de acompanhamento e medição dos serviços, impacta positivamente o

alinhamento operacional de TI.

Já a habilidade de integração (HabInteg), por si só, não tem efeito sobre o alinhamento

operacional, mas foi influenciada positivamente pela governança de framework (GovFrame),

pela governança de integração e parcerias (GovPar) e pela governança de mensuração

(GovMens), indicando que, quanto maiores essas governanças na EFPC, mais intensos serão

os efeitos dos ganhos das habilidades de integração (HabInteg) no alinhamento operacional

(AOTI). A habilidade de integração dos sistemas moderado por boas práticas de

infraestrutura, de gestão, de manutenção de serviços, de segurança de TI, de práticas formais

de comunicação, de mensuração e de controle, serão percebidos positivamente no

alinhamento operacional de TI (AOTI).

A habilidade de desenvolvimento de sistemas (HabDes), moderado por práticas formais de

comunicação (GovPar) e por uma estrutura onde são discutidos e planejados os projetos de TI

(GovProj), resultam em ganhos maiores no alinhamento operacional de TI e negócios (AOTI).

A Governança de integração e parcerias (GovPar), moderou os recursos compostos por

sistemas integrados de gestão (RecCorp) e os recursos de documentos (RecDoc). Além disso,

demonstrou efeito positivo no alinhamento operacional (AOTI) ao moderar os recursos de

relacionamento com os participantes (RecCrm) e os recursos de produtividade dos escritórios

(RecEscr).

No caso das EFPCs que têm a governança de projetos (GovProj) implantada e com uma

estrutura de comitês e planejamento de TI, a moderação nos recursos de sistemas integrados

(RecCorp) e nos recursos de suporte para colaboração em grupos e documentos (RecDoc) são

fortes e positivos no alinhamento operacional de TI (AOTI).

Os recursos de escritório (RecEscr), recursos de documentos (RecDoc) e recursos de suporte e

colaboração (RecCrm) são moderados pela governança de framework (GovFrame), ou seja,

quanto maior a governança de framework (GovFrame), mais intensos, fortes e positivos serão

os impactos desses recursos no alinhamento operacional (AOTI).

Page 136: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

121

A Governança de Mensuração (GovMens) modera apenas os recursos de suporte e

colaboração (RecCrm) com efeitos positivos no alinhamento operacional (AOTI).

Os investimentos em TI das EFPCs (InvTI) apresentaram uma relação positiva e explicou um

pouco a sua influência e moderação dos recursos de documentos (RecDoc), dos recursos de

colaboração (RecCrm) e dos recursos compostos por sistemas integrados de gestão (RecCorp)

com o alinhamento operacional de TI (AOTI). Em relação às habilidades técnicas, a

influência dos investimentos ocorreu nas habilidades de integração (HabIntegr), de

infraestrutura (HadInfra) e de desenvolvimento (HabDes). Apesar dos resultados, podem ter

havido influências pelo não amadurecimento dos investimentos de TI nas EFPCs, o que pode

demorar em torno de um ano para ser percebido.

Em relação aos gastos comprometidos das EFPCs com serviços terceirizados de TI, foi

comprovada a moderação positiva e forte da governança de projetos (GovProj) e da

governança de mensuração (GovMens) no alinhamento operacional (AOTI). Podemos

concluir que a governança de projetos (GovProj) ajuda a terceirização de TI (TercTI) a gerar e

ter um efeito positivo e mais forte no alinhamento operacional (AOTI) e a interação da

governança de mensuração (GovMens) também tem efeito positivo. Quando a TI é

terceirizada, deve haver um acompanhamento dos contratos e verificação se os serviços estão

adequados ou não, ou seja, terceirizar sem o devido acompanhamento e medição, prejudica o

alinhamento.

A flexibilidade da infraestrutura de TI (FLTI), como era esperado, teve um efeito positivo e

direto sobre o alinhamento operacional da EFPC (AOTI). Em relação à moderação, a única

governança que teve influência foi a governança de integração e parcerias (GovPar),

impactando positivamente o alinhamento operacional (AOTI). As EFPCs que têm

mecanismos de governança de integração e parcerias (GovPar) efetivos ou mais implantados,

tendem a ganhar um grau de alinhamento operacional (AOTI) maior quando têm uma

variação na flexibilidade da infraestruturade TI (FLTI) do que as outras entidades que não têm

governança de participação (GovPar).

No caso das capacidades dinâmicas, foi observado que as 4 dimensões de aprendizado

(APRE), coordenação (COOR), detecção (DETC) e integração (INTE) apresentam

multicolinearidade e não é possível separá-las por estarem muito conectadas. Juntas, elas têm

um grande poder de explicação das capacidades dinâmicas (CADI). Na regressão das

Page 137: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

122

capacidades dinâmicas (CADI) diretamente no alinhamento operacional (AOTI), ficou

provado que as capacidades dinâmicas (CADI) de uma EFPC têm um efeito positivo e direto

no nível de alinhamento operacional de TI (AOTI).

A primeira métrica de desempenho da EFPC, representada pela rentabilidade dos

investimentos (RentInvest e RentInvestPerc), não demonstrou nenhum efeito sobre o

alinhamento operacional de TI (AOTI). A justificativa deve-se ao fato de que na maioria das

EFPCs não exista uma relação entre rentabilidade e governança de TI, devido à gestão dos

investimentos ser totalmente, ou em grande parte, feita por agentes externos. Além disso, o

ano de 2013 foi um ano atípico onde grande parte das entidades tiveram rentabilidades

negativas.

A segunda métrica de desempenho da EFPC, que é o custo administrativo (CustoAdmBruto),

apresenta 20% de poder de explicação da variação e seu impacto é negativo no alinhamento

operacional (AOTI). Dessa forma, podemos concluir que as entidades que têm implantadas as

boas práticas de governança de TI, terão ganhos nas habilidades técnicas, nos recursos gerais

e nos investimentos de TI. Como consequência, terão um melhor alinhamento operacional

entre TI (AOTI) e negócios, representado por ganhos de eficácia e eficiência e pela redução

dos custos administrativos (CustoAdmBruto).

O presente trabalho contribui para outros pesquisadores e gestores de EFPC que buscam

melhores resultados na utilização da governança de TI como um dinamizador dos recursos,

capacidades, flexibilidade e investimentos de TI, visando maior alinhamento operacional

entre TI e Negócio e uma melhor performance de seus processos de negócio.

6.1 - Limitações e Sugestões para Pesquisas Futuras

Apesar do número de entidades ser superior a 300, apenas 75 reuniam as condições para

participar da pesquisa, quais sejam, ter um quadro administrativo e de TI, mesmo que parte

fosse terceirizado. Desse universo conseguimos apenas 46 pares de respostas, número ainda

reduzido para 29 com o teste de distância de Mahalabobis. Esta quantidade reduzida de

amostras foi um grande limitador, pois não foi possível conduzir análises envolvendo diversas

variáveis independentes. Assim, tivemos que testar as hipóteses individualmente, o que

Page 138: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

123

certamente não é o ideal. Além disso, não foi possível incluir as variáveis de controle nas

regressões.

Existe uma grande dificuldade de obter dados junto à Abrapp e à Previc, pois tais instituições

consideram os dados das EFPCs confidenciais e não disponibilizam para pesquisa.

Outro limitador observado foi a medição do alinhamento operacional de TI (AOTI) ter sido

realizada pelos gestores de administração, e isto pode ter influenciado as respostas,

principalmente naquelas entidades onde a TI não é percebida por estes agentes, uma vez que

desconhecem a sua importância e utilizam no dia-a-dia apenas serviços básicos e rotineiros de

TI.

Não encontramos resultados importantes na variável investimentos em TI (InvTI), talvez em

função de a pesquisa ter sido realizada de forma transversal, com os dados sobre

investimentos e resultados da TI coletados no mesmo ano. Pode ser que exista um lag entre

investimentos e retorno do resultado dos mesmos. Entidades que investem mais hoje, podem

só obter o retorno esperado daqui a alguns anos. Pesquisas futuras poderiam ser feitas com

uma visão longitudinal e com o acompanhamento dos investimentos e resultados ao longo do

tempo previsto (atraso de 1 ou 2 anos). Normalmente, os grandes projetos dão retorno depois

de 1 ano de investimento (ROWLAND, 2009).

Da mesma forma, podemos ter um atraso entre a realização e a efetiva implantação na

empresa dos recursos e habilidades técnicas da equipe de TI. Um treinamento realizado e não

praticado na entidade ou um software comprado e não implantado, podem gerar uma perda de

relações nas pesquisas. Dados obtidos por semestres poderiam diminuir esse lag nas

informações, uma vez que poderíamos capturar os efeitos do semestre anterior.

Outros estudos futuros poderiam focar a terceirização da TI e assim obter uma amostra maior

e mais consistente, uma vez que grande parte das EFPCs tem sua administração e gestão de TI

executados por terceiros.

Page 139: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

124

REFERÊNCIAS

ABRAPP. Consolidado Estatistico Jun/2013. Fundos de Pensão, p. 157–167, 2013.

ALI, M.; SABEGH, J. The role and relevance of IT governance and IT capability in Business - IT alignment in medium and large companies. Business and Management Review, v. 2, n. 6, p. 16–23, 2012.

ALI, S.; GREEN, P. Effective information technology (IT) governance mechanisms: An IT outsourcing perspective. Information Systems Frontiers, v. 14, n. 2, p. 179–193, 19 jun. 2009.

ALI, S.; GREEN, P. Effective information technology (IT) governance mechanisms: An IT outsourcing perspective. Information Systems Frontiers, v. 14, n. 2, p. 179–193, abr. 2012.

ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança Corporativa Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências. 2a. ed. São Paulo, SP: Editora Atlas S.A, 2006. p. 584

ANDRIOLE, S. J. Boards of Directors and Technology Governance : The Surprising State of the Practice. the Association for Information Systems, v. 24, n. March, p. 373–394, 2009.

BAKER, J. et al. Conceptualizing the Dynamic Strategic Alignment Competency. Journal of the Association for Information Systems, v. 12, n. 4, p. 299–322, 2011.

BANKER, R. D. et al. CIO Reporting Structure, Strategic Positioning and Firm Performance. MIS Quarterly, v. 35 No. 2, p. 487–504, 2011.

BARNEY, J. B. Strategic Factor Markets: Expectations, Luck, and Business Strategy. Management Science, v. 32, n. 10, p. 1231–1241, 1986.

BARNEY, J. B. Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, v. 17, n. No 1, p. 99–120, 1991.

BASSELLIER, G.; BENBASAT, I. Business Competence of Information Technology Professionals: Conceptual Development and Influence on IT-Business Partnerships. MIS Quarterly, v. 28, n. 4, p. 673–694, dez. 2004.

Page 140: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

125

BRAHMA, S. S.; CHAKRABORTY, H. The IUP Journal of Business Strategy. The IUP Journal of Business Strategy, v. VIII, n. 2, p. 7–21, 2011.

BROWN, A. E.; GRANT, G. G. Framing the Frameworks : A Review of IT Governance Research. Communications of the Association for Information Systems, v. 15, p. 696–712, 2005.

CANCIAN, R. Governo Geisel (1974-1979): “Distensão”, oposições e crise econômica. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-geisel-1974-1979-distensao-oposicoes-e-crise-economica.htm>. Acesso em: 22 set. 2013.

CHAN, YOLANDE E., HUFF, S. L. Strategic information systems alignment. Business Quarterly, 1993.

CLARK, R. L.; CRAIG, L. A.; WILSON, J. W. A History of Public Sector Pensions in the United States. Philadelphia, Pennsylvania: University of Pennsylvania Press, 2003. p. 1–10

COLEMAN, P.; PAPP, R. Strategic Alignment: Analysis of PerspectivesSouthern Association for Information Systems Conference. Anais...2006

DELOITTE; ABRAPP. Nos caminhos da Governança. São Paulo, SP: Deloitte, 2010.

DUNCAN, N. B. Capturing Flexibility of Information Technology Infrastructure : A Study of Resource Characteristics and their Measure. Journal of Management Information System, v. 12, n. 2, p. 37–57, 1995.

FREITAS, H. et al. O método de pesquisa survey. Revista de Administração, p. 105–112, 2000.

FUNENSEG. Previdência complementar aberta e fechada. Disponível em: <http://www.tudosobreseguros.org.br/sws/portal/pagina.php?l=191>. Acesso em: 21 set. 2013.

GALLIERS, R. D.; LEIDNER, D. E. Strategic Information Management - Challenges and strategies in managing information systems. 3. ed. MA: Butterworth-Heinemann, 2003. p. 1–635

GREMBERG, W. VAN; DE HAES, S. An Exploratory Study into IT Governance Implementations and its Impact on Business/IT Alignment. Information Systems Management, v. 26, n. 2, p. 123–137, 14 abr. 2009.

GREMBERGEN, W. VAN; HAES, S. DE; GULDENTOPS, E. Structures, Processes and Relational Mechanisms for IT Governance. In: VAN GREMBERGEN, W. (Ed.). Strategies for Information Technology Governance. Hershey PA: IGI Global, 2004. p. 1–36.

GULDENTOPS, E. Governing Information Technology through COBIT. In: Strategies for Information Technology Governance. Hershey, PA: Idea Group Publishing, 2004. p. 269–309.

Page 141: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

126

HAIR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 6a. ed. São Paulo, SP: Bookman, 2009. p. 688

HENARD, D. H.; MCFADYEN, M. A. Resource Dedication and New Product Performance: A Resource-Based View. J Prod Innov Manag, p. 193–204, 2012.

HO, J. L. Y.; WU, A.; XU, S. X. I. N. Corporate Governance and Returns on Information Technology Investment: Evidence From an Emerging Market. Strategic Management Journal, v. 623, n. September 2008, p. 595–623, 2011.

HUNG, R. Y.-Y.; CHUNG, T.; LIEN, B. Y.-H. Organizational Process Alignment and Dynamic Capabilities in High-Tech Industry. Total Quality Management, v. 18, n. 9, p. 1023–1034, nov. 2007.

IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. 4a. ed. São Paulo, SP: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 2010. p. 1–74

IBGC. IBGC. Disponível em: <www.ibgc.org.br>. Acesso em: 16 set. 2013.

ITGI. Board Briefing on IT Governance - 2nd Edition. IT Governance Institute, p. 1–66, 2003.

JANG, D. S. H. The Offensive Framework of Resource Based View (RBV): Inhibiting Others from Pursuing Their Own Values. Journal of Management and Strategy, v. 4, n. 1, p. 62–69, 2013.

JARDIM, M. A. C. Passagem da previdência social para previdência privada: Papel da imprensa e diálogo com a classe média (UNICAMP, Ed.)XI Congresso Brasileiro de Sociologia. Anais...Campinas: UNICAMP, 2003

JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, v. 3, p. 305–360, 1976.

JEWER, J.; MCKAY, K. N. Antecedents and Consequences of Board IT Governance : Institutional and Strategic Choice Perspectives. Journal of the Association for Information, v. 13, n. 7, p. 581–617, 2012.

JORFI, S.; MD NOR, K.; NAJJAR, L. Assessing the Impact of IT Connectivity and IT Capability on IT-Business Strategic Alignment: An Empirical Study. Computer and Information Science, v. 4, n. 3, p. 76–87, 28 abr. 2011.

JR, D. J. K.; HULT, G. T. M.; SLATER, S. F. Toward greater understanding of market orientation and the resource-based view. Strategic Management Journal, v. 28, n. 10.1002/smj.620, p. 961–964, 2007.

KEARNS, G. S.; SABHERWAL, R. Strategic Alignment Between Business and Information Technology: A Knowledge-Based View of Behaviors, Outcome, and Consequences. Journal of Management Information Systems, v. 23, n. 0742–1222 / 2007, p. 129–162, 2006.

Page 142: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

127

KIM, G. et al. IT Capabilities, Process-Oriented Dynamic Capabilities, and Firm Financial Performance. Journal of the Association for Information Systems, v. 12, n. 7, p. 487–517, 2011.

KOLLMANN, T.; HÄSEL, M.; BREUGST, N. Competence of IT Professionals in E-Business Venture Teams: The Effect of Experience and Expertise on Preference Structure. Journal of Management Information Systems, v. 25, n. 4, p. 51–80, 2009.

LACITY, B. M. C.; WILLCOCKS, L. P. An empirical investigation of information technology sourcing practices : lessons from experience. MiS Quarterly, v. 1, n. September, p. 363–408, 1998.

LEE, D. M. S.; TRAUTH, E. M.; FARWELL, D. Critical Skills and Knowledge Requirements of IS Professionals: A Joint Academic/Industry Investigation. MIS Quarterly, v. 19, n. 3, p. 313–340, 1995.

LEITHEISER, R. L. MIS Skills for the 1990s : A Survey of MIS Managers ’ Perceptions. Journal of Management Information Systems, v. 9, n. 1, p. 69–91, 1992.

LICHTENTHALER, U. Absorptive capacity, environmental turbulence, and the complementarity of organizational learning processes. Academy of Management Journal, v. 52, n. 4, p. 822–846, 2009.

LIN, Y. M. et al. IT Governance Awareness and Practices : an Insight from Malaysian Senior Management Perspective. Journal of Business Systems, Governance and Ethics, v. 5, n. 1, p. 43–58, 2010.

LUFTMAN, J. Assessing Business IT Alignment Maturity. Communications of Association for Information System, v. Volume 4,, n. 1529-3181, p. 1–49, 2000.

LUFTMAN, J. Assessing Business-IT Alignment Maturity. In: Strategies for Information Technology Governance. Hershey, PA: Idea Group Publishing, 2004. p. 99–128.

LUFTMAN, J.; DERKSEN, B. Key Issues for IT Executives 2012: Doing More with Less. MIS Quarterly Executive, p. 207–218, 2012.

LUNARDI, G. L.; BECKER, J. L.; MAÇADA, A. C. G. Impacto da adoção de mecanismos de governança de Tecnologia de Informação no desempenho da gestão da TI: uma análise baseada na percepção dos executivos. Revista de Ciências da Administração, v. 12, n. 28, p. 11–39, 6 set. 2010.

MACÊDO, M. A. DE; VOGADO, L. M. R. Aid-Incarceration: Unconstitutionality of Requirement “Low Income.”Revista Jurídica Justa Pena, p. 93–102, 2012.

MALAQUIAS, R. F.; ALBERTIN, A. L. Por que os Gestores Postergam Investimentos em Tecnologia da Informação? Um Estudo de Caso. RAC - ANPAD, p. 1120–1136, 2011.

MAYER, K. J.; SALOMON, R. M. Capabilities, Contractual Hazards, and Governance: Integrating Resource-Based and Transaction Cost Perspectives. Academy of Management Journal, v. 49, n. 5, p. 942–959, 1 out. 2006.

Page 143: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

128

MCAFEE, A.; BRYNJOLFSSON, E. That Makes a Competitive Difference. Harvard Business Review, p. 98–107, 2008.

MCELHERAN, K. Decentralization versus centralization in IT governance. Communications of the ACM, v. 55, n. 11, p. 28, 1 nov. 2012.

MELVILLE, N.; KRAEMER, K.; GURBAXANI, V. Review: IT and Organizational Performance: An Integrative Model of IT Business Value. MIS Quarterly, v. 28, p. 283–322, 2004.

MF. Receita Federal. Disponível em: <www.receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 26 out. 2014.

MICHELA, P.; CARLOTTA, M. Outsourcing strategies. How to formalize and negotiate the outsourcing contract. Academic Journal, v. 20, n. 1, p. 276–288, 2011.

MILLER, D.; SHAMSIE, J. the Resource-Based View of the Firm in Two Environments: the Hollywood Film Studios From 1936 To 1965. Academy of Management Journal, v. 39, n. 3, p. 519–543, 1 jun. 1996.

MORENO, V. A.; CAVAZOTTE, F. DE S. C. N.; ARRUDA, R. R. Conhecimento compartilhado, recursos de TI e desempenho de processos de negócios. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 54, n. 2, p. 170–186, 2014.

MORENO, V. DE A.; CAVAZOTTE, F. DE S. C. N.; VALENTE, D. DE O. Strategic Alignment and Its Antecedents : A Critical Analysis of Constructs and Relations in the International and Brazilian Literature. Journal of Global Information Technology Management, v. 12, n. 2, p. 33–61, 2009.

MORENO, V.; PINHEIRO, J. R. M.; JOIA, L. A. Resource-Based View, Knowledge-Based View and the Performance of Software Development Companies. Journal of Global Information Management, v. 20, n. 4, p. 27–53, jan. 2012.

MOTA, A. F.; MARQUES, E. V. Governança da Tecnologia da Informação: Um estudo bibliométrico no período de 2007 a 2012. IV Encontro de Administração da Informação, p. 1–16, maio 2013.

MPAS. Previdencia Social. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/>. Acesso em: 31 ago. 2013a.

MPAS. Histórico da Previdência. Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=443>. Acesso em: 21 set. 2013b.

NASCIMENTO, J. P. DE B.; FILHO, G. A. L.; SILVA, I. C. DA. Governança Corporativa em Foco: Uma Análise na Produção Científica dos Anais e Periódicos da Universidade de São PauloSEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Anais...Rio de Janeiro - Brasil: 2013

Page 144: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

129

NEWBERT, S. L. Value, rareness, competitive advantage, and performance: a conceptual-level empirical investigation of the resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, v. 29, n. 10.1002/smj.686, p. 745–768, 2008.

NOLAN, R.; MCFARLAN, W. Information Technology and the Board of Directors. Harvard Business Review, 2005.

OECD. Pension Markets in Focus. Pension Markets in Focus, p. 1–28, 2012.

OECD. OECD. Disponível em: <http://www.oecd.org/>. Acesso em: 5 out. 2013.

PAVÃO, Y. M. P.; SEHNEM, S.; HOFFMANN, V. E. Análise dos recursos organizacionais que sustentam a vantagem competitiva. Revista de Administração, p. 228–242, 2011.

PAVLOU, P. A.; EL SAWY, O. A. Understanding the Elusive Black Box of Dynamic Capabilities. Decision Sciences, v. 42, n. 1, p. 239–273, 2011.

PENA, R. Previdência Complementar no Brasil: história, evolução e desafios. Revista Fundos de Pensão - Abrapp, p. 13–15, maio 2008.

PETERAF, M. A. The cornerstones of competitive advantage: a resource-based view. Strategic Management Journal, v. 14, n. 0143-2095/93/03O179-13$l1.50, p. 179–191, 1993.

PETERSON, R. Integration Strategies and Tactics for Information Technology Governance (b). In: Strategies for Information Technology Governance. Hershey, PA: Idea Group Publishing, 2004a. p. 37–80.

PETERSON, R. Crafting Information Technology Governance (a). Information Systems Management, v. 21, n. 4, p. 7–22, set. 2004b.

PHAM, H.; NGUYEN, K. IT and Business Value–a Missing gap: A SME Case StudyEuropean Conference on Information Management & Evaluation. Anais...Ho Chi Minh, Vietnam: 2013

POWELL, T. C.; DENT-MICALLEF, A. Information technology as competitive advantage: the role of human, business, and technology resources. Strategic Management Joumal, v. 18, n. 5, p. 375–405, 1997.

PREVIC. Melhores Práticas em Fundos de Pensão. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 1–36

PREVIC. Guia de Melhores Práticas em Investimentos. 1a. ed. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 1–28

PUNSUVO, F. RIBERI; KAYO, E. KAZUO; BARROS, L. AYRES BARREIRA DE CAMPOS. O ativismo dos fundos de pensão e a qualidade da governança corporativa. Revista de Contabilidade e Finanças - USP, p. 63–72, 2007.

Page 145: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

130

RASERA, M. et al. Governança de Tecnologia de Informação: um Estudo Bibliométrico e Sociométrico da Produção Científica Brasileira no EnNPAD de 2004-2009. XIII SemeAD - Seminários de Administração, p. 1–16, 2010.

RAY, G.; MUHANNA, W. A.; BARNEY, J. B. Information technology and the performance of the customer service process: a resource based analysis. MIS Quarterly, v. 29, n. 4, p. 625–652, 2005.

RIBEIRO, H. C. M. et al. Governança Corporativa: Um Estudo Bibliométrico da Produção Científica das Dissertações e Teses Brasileiras. Contabilidade, Gestão e Governança, p. 52–70, 2012.

RIGONI, E. H.; DWIVEDI, R.; HOPPEN, N. IT Governance and Business - IT Strategic Alignment Commitment : A Study of Brazilian Firms. International Journal of Global Management Studies Professional, v. 2, n. 1, p. 1, 2010.

RITZER, G.; RYAN, J. M. variables, control. 2006. ed. MA - USA: Blackwell, 2006. p. 5179–5180

ROWLAND, C. When push comes to crunch. Engineering & Technology, n. November, p. 59–61, 2009.

RUSSELL, B. A conquista da felicidade. [s.l: s.n.]. p. 236

SANCHEZ, O. P.; ALBERTIN, A. L. Limited Rationality in Information Technology Investment Decisions. Revista de Administração de Empresas, v. v.49 - n.1, p. 86–107, 2009.

SANTOS, M. F. N. F.; QUINTAIROS, P. C. R.; OLIVEIRA, E. A. A. Q. Um estudo exploratório da produção acadêmica sobre a relação entre governança de TI e governança corporativa.The 4th International Congress on University-Industry Cooperation. Anais...Taubate, SP - Brazil: Unindu, 2012

SCHWARZ, A. et al. A Dynamic Capabilities Approach to Understanding the Impact of IT-Enabled Businesses Processes and IT-Business Alignment on the Strategic and Operational Performance of the Firm. Communications of the Association for Information Systems, v. 26, n. 4, p. 57–84, 2010.

SIQUEIRA, L. D.; CRISPIM, S. F. Alinhamento de Projetos de TI ao Modelo de Negócio das Organizações. XXVII Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, p. 1–16, 18 nov. 2012.

SNPC/PREVIC. Despesas Administrativas - 01Brasilia - DFCartilha Previc, , 2010.

SNPC/PREVIC. Despesas Administrativas - 04Brasilia - DFCartilha Previc, , 2012.

SPC. Cartilha do Participante. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 1–52

SPPC. Consolidando avanços e inovando para o futuro. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 1–48

Page 146: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

131

STEWART, F.; YERMO, J. Pension Fund Governance: Challenges and Potential Solutions. Financial Market Trends, p. 223–264, 2008.

SUSEP. Superintendência de Seguros Privados. Disponível em: <http://www.susep.gov.br/>. Acesso em: 21 set. 2013.

VIVÓ, L. ALBAREDA; FRANCH, M. ROSARIO BALAGUER. The Challenges of Socially Responsible Investment Among Institutional Investors: Exploring the Links Between Corporate Pension Funds and Corporate Governance. Business and Society Review, p. 31–57, 2009.

WADE, M.; HULLAND, J. Review: the resource-based view and information systems research: review, extension, and suggestions for future research. MIS Quarterly, v. 28, n. 1, p. 107–142, 2004.

WANG, L. et al. The Aftermath of Information Technology Outsourcing: An Empirical Study of Firm Performance Following Outsourcing Decisions. Journal of Information Systems, v. 22, n. 1, p. 125–159, 2008.

WATSON, R. T. Influences on the IS Manager’s Perceptions of Key Issues: Information Scanning and the Relationship With the CEO. MIS Quarterly, v. 14, n. 2, p. 217–231, 1990.

WEILL, P.; BROADBENT, M. S.; BROADBENT, M. IT Infrastructure for Strategic Agility: 4235-02. Cambridge - MA: [s.n.]. Disponível em: <http://ssrn.com/abstract_id=317307>.

WEILL, P.; ROSS, J. W. Governança de TI - Tecnologia da Informação. São Paulo, SP: Books, M., 2006. p. 1–276

WERNERFELT, B. A Resource-Based View of the Firm. Strategic Management Journal, v. 5, n. 2, p. 171–180, 1984.

WERNERFELT, B. The Resource-Based View of the Firm: Ten Years After. Strategic Management Journal, v. 16, n. 3, p. 171–174, 1995.

WILLCOCKS, L. P.; FEENY, D. IT Outsourcing and Core is Capabilities: Challenges and Lessons at Dupont. Information Systems Management, p. 49–56, 2006.

XENOS, M. Technical Issues Related to IT Governance Tactics: Product Metrics, Measurements and Process Control. In: Strategies for Information Technology Governance. Hershey, PA: Idea Group Publishing, 2004. p. 216–245.

XIA, W.; KING, W. R. Determinants of Organizational IT Infrastructure Capabilities : An Empirical Study. Minneapolis: [s.n.].

Page 147: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

132

ANEXOS

Anexo A – Questionário da Administração

Qual foi a quantidade média de funcionários da sua EFPC em 2013?

(Informe o número médio de postos de trabalho existentes na entidade no ano de 2013. Não

considerar funcionários terceirizados nem temporários, mesmo que trabalhando no mesmo

ambiente.)

Qual foi o modelo de gestão adotado e utilizado ao longo do ano de 2013 na sua EFPC?

- Administração totalmente executada pela Patrocinadora/Instituidora

- Terceirização total: mais de 80% das atividades administrativas foram realizadas por um

fornecedor externo.

- Internalização total: mais de 80% das atividades administrativas foram realizadas

internamente pela EFPC.

- Terceirização seletiva: uma ou mais empresas terceirizadas foram selecionadas e executaram

de 20% a 80% das atividades administrativas em 2013.

(Informe qual das 4 opções mais se assemelha à gestão da sua EFPC. Considere como

administração todas as áreas envolvidas no passivo da EFPC (RH, Previdência, Financeiro

etc.)

A sua entidade é constituída de quantas empresas patrocinadoras / instituidoras?

(Informe a quantidade total de empresas patrocinadoras e instituidoras que formam a sua

EFPC. Considere a sua propria EFPC se a mesma for patrocinadora. Ano base 2013)

Page 148: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

133

Por favor, use a escala abaixo para indicar o seu grau de concordância com as

afirmações que se seguem:

Discordo totalmente / Discordo parcialmente / Neutro / Concordo parcialmente / Concordo

totalmente

(aoti1) A área de TI disponibiliza produtos e serviços apropriados à estratégia da entidade.

(aoti2) Os sistemas de informação disponibilizados são plenamente aderentes aos processos

de negócios da entidade.

(aoti3) A área de TI sugere soluções tecnológicas adequadas às necessidades da entidade.

(aoti4) Os colaboradores da entidade tem ao seu dispor sistemas de informação com as

funcionalidades necessárias para desempenharem suas atividades adequadamente.

(aoti5) A área de TI entrega seus produtos e serviços nos prazos que a entidade necessita.

(aoti6) Os sistemas de informação estão sempre disponíveis ("no ar") quando a entidade

necessita utilizá-los.

(aoti7) A área de TI responde rapidamente às demandas das diversas áreas da entidade.

(aoti8) Os sistemas de informação utilizados pelas áreas incorporam as regras de negócio da

entidade.

(aoti9) Os funcionários da área de TI entendem do negócio da entidade.

(detc1) Frequentemente analisamos o ambiente para identificar novas oportunidades.

(detc2) Periodicamente verificamos o efeito de prováveis mudanças no nosso ambiente de

negócios e as consequências sobre nossos clientes (participantes ativos e aposentados).

(detc3) Frequentemente avaliamos o desenvolvimento de produtos/serviços, num esforço de

garantir que estamos alinhados com o que os clientes querem.

(detc4) Dedicamos bastante tempo implementando ideias para novos produtos/serviços e na

melhoria dos já existentes.

Page 149: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

134

(cadi1) Conseguimos adaptar com sucesso nossos recursos de forma a melhorar a eficiência e

eficácia das nossas operações internas.

(cadi2) Combinamos frequentemente nossos recursos de forma a nos adaptarmos ao ambiente

externo da entidade.

(apre1) Temos rotinas eficazes para identificar, valorizar e buscar novas informações e

conhecimentos.

(apre2) Temos rotinas adequadas para assimilar novas informações e conhecimentos.

(apre3) Transformamos, de forma eficaz, as informações existentes em novos

conhecimentos.

(apre4) Não temos problemas para aplicar nossos conhecimentos na criação de novos

produtos/serviços.

(apre5) Desenvolvemos, com eficácia, novos conhecimentos que sejam úteis para o

desenvolvimento de produtos/serviços.

(inte1) Contribuimos individualmente para a integração das diversas áreas da EFPC.

(inte2) Temos compreensão geral das tarefas e responsabilidades de cada um.

(inte3) Estamos plenamente cientes das habilidades e conhecimentos específicos de outras

áreas que sejam relevantes.

(inte4) Coordenamos cuidadosamente nossas ações para satisfazer novas demandas.

(inte5) Os membros das áreas da EFPC conseguem interligar com êxito as suas atividades.

(coor1) Asseguramos que os resultados do trabalho desempenhado por cada um estejam em

sincronia.

(coor2) Garantimos uma alocação adequada de recursos (ex.: informação, tempo, relatórios)

nas várias áreas.

(coor3) As tarefas atribuídas aos membros das áreas são relevantes e proporcionais aos seus

conhecimentos e habilidades.

Page 150: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

135

(coor4) Asseguramos que exista compatibilidade entre a experiência dos membros das áreas e

os processos de trabalho que executam.

(coor5) No geral, as nossas áreas são bem coordenadas.

ANEXO B - Questionário de TI

Qual foi a quantidade média de funcionários da área de TI da entidade no ano de 2013?

(Informe o número médio de postos de trabalho existentes na área de TI no ano de 2013.

Não considerar funcionários terceirizados nem temporários, mesmo que trabalhando no

mesmo ambiente.)

Qual foi o modelo de gestão de TI adotado e utilizado ao longo do ano de 2013 na sua

EFPC?

- TI foi totalmente executada pela Patrocinadora/Instituidora.

- Terceirização total de TI: mais de 80% do orçamento de TI, ativos, locações, funcionários e

a responsabilidade de gestão foi realizada por um fornecedor de TI externo.

- Internalização total de TI: mais de 80% do orçamento de TI foi gerido internamente pela

EFPC.

- Terceirização seletiva de TI: uma ou mais empresas terceirizadas foram selecionadas,

executaram serviços e consumiram de 20% a 80% do orçamento de TI em 2013. Tanto a

administração financeira quando os serviços foram administrados internamente pela EFPC.

(Informe qual das 4 opções mais se assemelha à gestão de TI da sua empresa.)

Page 151: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

136

Por favor, informe os principais serviços de TI terceirizados por sua EFPC no ano de 2013

(exemplo: suporte, desenvolvimento, etc. Se não houve nenhum serviço terceirizado no ano

de 2013, informe no campo "NÃO HOUVE".)

Qual o valor aproximado (em reais) dos investimentos da área de TI em 2013?

(Informar o total de investimentos da área de TI em 2013 (Ex.: Hardware, software

etc.). Se não houve investimentos em 2013 na área de TI, informe "0".)

Qual o valor aproximado (em reais), destinado ao pagamento de empresas terceirizadas que

prestaram serviços de TI à EFPC em 2013?

Por favor, use a escala abaixo para indicar o nível de conhecimento de sua equipe de

TI nos seguintes assuntos:

Ruim / Regular / Bom / Muito Bom / Excelente

(htti1) Linguagens de programação (Ex.: Java, C++, .NET, etc.);

(htti2) Metodologias de análise / modelagem de sistemas (Ex.:: RUP, UML, CASE);

(htti3) Serviços básicos de TI (servidores, redes, segurança da informação);

(htti4) Tecnologia web (Ex.: intranet, web sites, portais, web services);

(htti5) Gerenciamento de bancos de dados (Ex.: Oracle, DB2, MySQL, SQLServer);

(htti6) Integração de sistemas (Ex.: middleware, EAI, EDI, XML, SOAP);

(htti7) Orientação a serviços / processos (Ex.: SOA, BPEL, BPM);

(htti8) Configuração e customização de sistemas corporativos (Ex.: ERP, CRM, DW e BI,

SCM, GED, Workflow);

Page 152: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

137

(htti9) Gerenciamento de projetos (Ex.: PMBOK, CMMI, IPMA);

(htti10) Governança de TI (Ex.: ITIL, COBIT, SOX);

(htti11) Gerenciamento de contratos / SLAs de terceiros.

Por favor, use a escala abaixo para indicar o grau em que as seguintes tecnologias estão

implantadas e disponíveis para as áreas da sua EFPC:

Não implantado / Pouca parte implantada / Médiamente implantado / Grande parte

implantado / Totalmente implantado

(rgti1) Digitalização de documentos. Gerenciamento eletrônico de documentos ou Workflow -

elimina o papel e acompanha o andamento de aprovações e transferências de documentos

entre áreas ou funções.

(rgti2) Comunicação eletrônica institucionalizada (Ex.: e-mails, messenger, web-chat, wikis,

blogs, Whatsaap, Twiter) - Atenção: avalie apenas as tecnologias utilizadas pela EFPC.

(rgti3) Suporte para a colaboração em grupos - permite que grupos comuniquem-se em tempo

real, trabalhem em arquivos simultaneamente e façam votações.

(rgti4) Call center, atendimento telefônico ou eletrônico para as ligações dos clientes.

(rgti5) Sistemas baseados na Web que permitam disponibilizar e coletar informações de

clientes e parceiros (Ex.: portais, websites).

(rgti6) Sistema de Gestão de Relacionamento com clientes (CRM - customer Relationship

Management).

(rgti7) Ferramentas de produtividade (planilhas eletrônicas, editores de textos, elaboração de

apresentações).

(rgti8) Sistemas integrados de gestão ou ERP - integram e controlam os procedimentos e as

informações de várias áreas da empresa de forma integrada (Ex.: SAP, Oracle e-Business

Suite, Peoplesoft, Datasul, Microsiga ou outro sistema corporativo).

Page 153: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

138

(rgti9) Sistemas de informação gerencial - centralizam e disponibilizam, de modo agregado e

padronizado, informações gerenciais de várias áreas ou unidades da empresa.

Por favor, use a escala abaixo para indicar o seu grau de concordância com as

afirmações que se seguem:

Discordo totalmente / Discordo parcialmente / Neutro / Concordo parcialmente / Concordo

totalmente

(flti1) A infraestrutura de TI da entidade (hardware, software, redes, políticas, procedimentos

e pessoas) é flexível;

(flti2) É possível ajustar a infraestrutura de TI da entidade rapidamente;

(flti3) A infraestrutura de TI da entidade tem dificultado a implantação de novas

funcionalidades e sistemas de informação;

(flti4) A infraestrutura de TI da entidade é escalável (suporta o crescimento continuado sem

impacto nos serviços);

(flti5) A atualização e alteração da infraestrutura de TI da entidade exigem recursos

financeiros excessivamente altos;

(flti6) É fácil manter e atualizar a infraestrutura de TI da entidade.

Por favor, use a escala abaixo para indicar a que ponto os mecanismos de governança a

seguir estavam implantados na sua EFPC em 2013:

Não Implantado / Iniciando a Implantação / Parcialmente Implantado / Grande Parte

Implantado / Totalmente Implantado

Page 154: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

139

(goti1) Participação da Alta Direção na definição das estratégias e objetivos corporativos de

TI;

(goti2) Comitê de TI (Ex.: Comitê Diretivo de TI, Comitê de Estratégia de TI, Comitê de

Governança de TI, etc.);

(goti3) Comitê de projetos específicos de TI (Ex.: implantação de ERP, disaster recovery -

DR, etc.);

(goti4) Escritório de projetos (PMO - Project Management Office);

(goti5) Planejamento Estratégico de TI;

(goti6) Praticas de análise de viabilidade de projetos de TI (Ex.: ROI, VLP, TIR, Análise de

custo benefício, etc.);

(goti7) Práticas de SLA/SLM - (Service Level Agreement/Management);

(goti8) Práticas de avaliação pós implementação (Ex.: Satisfação de usuários, indicadores de

desempenho, etc.);

(goti9) Praticas de Compliance (aderência à Sarbanes-Oxley, CVM, Acordo Basiléia, etc.);

(goti10) PMI / PMBOK - Project Management Institute / Project Management Body of

Knowledge (práticas em gestão de projetos);

(goti11) ITIL - Information Technology Infrastructure Library (boas práticas para

infraestrutura, operação e manutenção de serviços de TI);

(goti12) COBIT - Control Objectives for Information and related Technology (boas praticas

para gestão de TI);

(goti13) BS7799 / ISO17799 / ISO27001 - British Standard 7799 (melhores práticas para o

Gerenciamento de Segurança da Informação);

(goti14) BS15000 / ISO20000 (Gerenciamento de serviços de TI);

(goti15) Balanced Scorecard de TI - BSC;

(goti16) ISO 9000 (gestão da qualidade); BPM - Business Process

Page 155: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

140

(goti17) Management (gerenciamento de processos de negócio);

(goti18) SOA - Service-Oriented Architecture (arquitetura orientada a serviços);

(goti19) CMM - Capability Maturity Model (Modelo de Maturidade em Capacitação) CMMi;

(goti20) COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission

(controles internos);

(goti21) Six Sigma (6 Sigma - melhorar processos e eliminar defeitos);

(goti22) Práticas FORMAIS de comunicação de assuntos ligados à TI (Ex.: anúncios da alta

gerência, catálogo de serviços de TI, uso da Intranet ou portais eletrônicos, etc.);

(goti23) Práticas FORMAIS para incentivar uma gestão compartilhada de TI (Ex.:

participação de diferentes gestores nos projetos de TI, TI e demais áreas dando sugestões de

projetos, etc.);

(goti24) Praticas FORMAIS de compartilhamento de aprendizagem (Ex.: banco de projetos,

rotação de cargos e funções, treinamento interfuncional entre TI e outras áreas, etc.).

ANEXO C – Fatores utilizados:

Governança de TI

- GovFrame – questões goti 11, 12 e 13;

- GovPar – questões goti 23, 24 e 25;

- GovProj – questões 3, 4 e 5;

- GovMens – questões 6, 7 e 15.

Page 156: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

141

Habilidades Técnicas de TI

- HabInteg – questões htti 6, 7, 9, 10 e 11;

- HabInfra – questões htti 3, 4, 8 e 11;

- HabDes – questões htti 1, 2 e 5.

Recursos Gerais de TI

- RecDoc – questões 1, 2 e 4;

- RecEsc – questões 3, 6 e 8;

- RecCrm – questões 4, 5, 6 e 7;

- RecCorp – questões 9 e 10.

Page 157: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

142

ANEXO D - Correlação de Pearson

Page 158: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

143

ANEXO E – Gráficos das Regressões

a. Preditores: (Constante), ZAOTI a. Preditores: (Constante), ZAOTI a. Preditores: (Constante), ZAOTI

b. Variável dependente: ZRentInvest b. Variável dependente: ZRentInvestPerc b. Variável dependente: ZCustoAdmBruto

Page 159: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

144

a. Preditores: (Constante), ZCADI a. Preditores: (Constante), ZINTE, ZAPRE, ZDETC, ZCOOR a. Preditores: (Constante), ZInvTI a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZAOTI b. Variável dependente: ZAOTI b. Variável dependente: ZHabDES b. Variável dependente: ZHabINFRA

Page 160: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

145

a. Preditores: (Constante), ZInvTI a. Preditores: (Constante), ZInvTI a. Preditores: (Constante), ZInvTI a. Preditores: (Constante), ZInvTI

b. Variável dependente: ZHabINTEGR b. Variável dependente: ZRecCORP b. Variável dependente: ZRecCRM b. Variável dependente: ZRecDOC

Page 161: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

146

a. Preditores: (Constante), ZInvTI a. Preditores: (Constante), ZFLTI a. Preditores: (Constante), ZFLTI a. Preditores: (Constante), ZFLTI

b. Variável dependente: ZRecESCR b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovFRAME b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovMENS b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovFRAME, FRA_FLT c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovMENS, MEN_FLT c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPAR, PAR_FLT

d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI

Page 162: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

147

a. Preditores: (Constante), ZFLTI a. Preditores: (Constante), ZTercTI a. Preditores: (Constante), ZTercTI a. Preditores: (Constante), ZTercTI

b. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovFRAME, FRA_Ter b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovMENS b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZFLTI, ZGovPROJ, PRO_FLT c. Variável dependente: ZAOTI c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovMENS, MEN_Ter c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPAR, PAR_Ter

d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI

Page 163: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

148

a. Preditores: (Constante), ZTercTI a. Preditores: (Constante), ZHabDES a. Preditores: (Constante), ZHabDES a. Preditores: (Constante), ZHabDES

b. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovFRAME b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovMENS b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZTercTI, ZGovPROJ, PRO_Ter c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovFRAME, FRA_DES c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovMENS, MEN_DES c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPAR, PAR_DES

d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI

Page 164: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

149

a. Preditores: (Constante), ZHabDES a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA

b. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovFRAME b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovMENS b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZHabDES, ZGovPROJ, PRO_DES c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovFRAME, FRA_INF c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovMENS, MEN_INF c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPAR, PAR_INF

d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI d. Variável dependente: ZAOTI

Page 165: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

150

a. Preditores: (Constante), ZHabINFRA a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR

b. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, FRA_INT, ZGovFRAME b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, MEN_INT, ZGovMENS b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, PAR_INT, ZGovPAR

c. Preditores: (Constante), ZHabINFRA, ZGovPROJ, PRO_INF c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI

d. Variável dependente: ZAOTI

Page 166: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

151

a. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR a. Preditores: (Constante), ZRecCORP a. Preditores: (Constante), ZRecCORP a. Preditores: (Constante), ZRecCORP

b. Preditores: (Constante), ZHabINTEGR, PRO_INT, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovFRAME, FRA_COR b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovMENS, MEN_COR b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, ZGovPAR, PAR_COR

c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI

Page 167: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

152

a. Preditores: (Constante), ZRecCORP a. Preditores: (Constante), ZRecCRM a. Preditores: (Constante), ZRecCRM a. Preditores: (Constante), ZRecCRM

b. Preditores: (Constante), ZRecCORP, PRO_COR, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovFRAME, FRA_CRM b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovMENS, MEN_CRM b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, ZGovPAR, PAR_CRM

c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI

Page 168: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

153

a. Preditores: (Constante), ZRecCRM a. Preditores: (Constante), ZRecDOC a. Preditores: (Constante), ZRecDOC a. Preditores: (Constante), ZRecDOC

b. Preditores: (Constante), ZRecCRM, PRO_CRM, ZGovPROJ b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovFRAME, FRA_DOC b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovMENS, MEN_DOC b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovPAR, PAR_DOC

c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI

Page 169: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

154

a. Preditores: (Constante), ZRecDOC a. Preditores: (Constante), ZRecESCR a. Preditores: (Constante), ZRecESCR a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecDOC, ZGovPROJ, PRO_DOC b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovFRAME, FRA_ESC b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovMENS, MEN_ESC b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, ZGovPAR, PAR_ESC

c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI c. Variável dependente: ZAOTI

Page 170: “GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS …s3.amazonaws.com/public-cdn.ibmec.br/portalibmec... · Silva, Isaac Ferreira da. Governança de tecnologia da informação nas

155

a. Preditores: (Constante), ZRecESCR

b. Preditores: (Constante), ZRecESCR, PRO_ESC, ZGovPROJ

c. Variável dependente: ZAOTI