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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ROSANGELA FERRARI PANDIM BARBOSA MACHADO GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICAÇÕES A INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS Palhoça-SC 2010

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO …

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ROSANGELA FERRARI PANDIM BARBOSA MACHADO

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICAÇÕES A INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

Palhoça-SC

2010

ROSANGELA FERRARI PANDIM BARBOSA MACHADO

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

APLICAÇÕES A INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Gerência de Projetos de Tecnologia da Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista.

Orientador: Prof. Carlos André de Sousa Rocha - MSc

Palhoça-SC

2010

ROSANGELA FERRARI PANDIM BARBOSA MACHADO

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICAÇÕES A INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Gerência de Projetos de Tecnologia da Informação e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 13 de setembro de 2010.

______________________________________________________ Prof. Carlos André de Sousa Rocha - MSc

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Vera Rejane Neidersberg Schuhmacher - MSc

Universidade do Sul de Santa Catarina

Dedico este trabalho aos meus queridos

familiares que muito me incentivaram e

apoiaram na realização deste curso.

AGRADECIMENTOS

Ao meu querido esposo Ricardo.

Aos meus diletos filhos Henrique e Thiago.

À minha inestimável mãe Guilhermina.

À minha estimada nora Anna Paula.

Ao atencioso orientador desta monografia, professor Carlos André de

Sousa Rocha.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer

um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Francisco Cândido Xavier)

RESUMO

Este trabalho busca aplicar o conceito de Governança de Tecnologia da Informação

(TI) em ambientes corporativos e apresentar práticas que visam garantir a melhor

qualidade no serviço prestado, através de levantamentos sobre estruturas de

processos para gerência de serviços (ITIL) e sobre o controle de governança

(CobiT), Para tanto, será realizado um alinhamento entre o CobiT e ITIL.

Palavras-chave: Governança Corporativa. CobiT. ITIL.

ABSTRACT

This monograph seeks to aplly the concept of Information Technology Governance

(IT) as well as presenting practices that intend to ensure the provided service´s best

quality, based on processes estructures for services management (ITIL) and

governance control (CobiT) surveys. In order to do that, an alignment between

CobiT an ITIL will be done.

Key words: Corporation Governance. CobiT. ITIL.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo Conceitual do ITIL ................................................................................................... 21 Figura 2 – Domínios do CobiT .............................................................................................................. 33 Figura 3 – Áreas de atuação do ITIL e CobiT ....................................................................................... 52 Figura 4 – Relacionamento entre ITIL e CobiT ..................................................................................... 53 Figura 5 – Alinhamento no domínio de Aquisição e Implementação.................................................... 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Processos do domínio de Entrega e Suporte ..................................................................... 38 Tabela 2 – Processos do domínio de Monitorar e Evoluir .................................................................... 39

SIGLAS E ABREVIATURAS

CobiT Control Objective for Information and related Technology GC Gerenciamento De Configuração GDM Gerenciamento De Mudança

GDP Gerenciamento De Problema

ITGI Information Technology Governance Institute

ITIL Infrastructure Technology Information Library

RMD Requisição De Mudança TCO Total Cost of Ownership TI Tecnologia da Informação

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................14

2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.........................................................................15

3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................17

4 OBJETIVOS..........................................................................................................18

4.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................ 18 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 18

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................19

5.1 ITIL .................................................................................................................... 19 5.2 PROCESSOS DO ITIL ...................................................................................... 20

5.2.1 Suporte a serviços (Service Support) ........................................................ 21

5.2.1.1 Gerenciamento de configuração (Configuration Management) 21 5.2.1.2 Gerenciamento de incidentes (Incident Management) 22 5.2.1.3 Gerenciamento de Problemas (Problem Management) 25 5.2.1.4 Gerenciamento de Mudança (Change Management) 26

5.2.2 Entrega de Serviços (Service Delivery) ...................................................... 28

5.2.2.1 Gerenciamento de Nível de Serviços (Service Level Management) 28 5.2.2.2 Gerenciamento de Disponibilidade (Availability Management) 29 5.2.2.3 Gerenciamento de Capacidade (Capacity Management) 30 5.2.2.4 Gerenciamento de Continuidade de Serviços (IT Service Continuity Management) 31 5.3 COBIT................................................................................................................ 32

5.3.1 Domínios ....................................................................................................... 33

5.3.2 Planejamento e Organização (Plan and Organise).................................... 34

5.3.3 Aquisição e Implementação ........................................................................ 36

5.3.4 Entrega e Suporte (Deliver and Support) ................................................... 37

5.3.5 Monitorar e Evoluir (Monitor and Evaluate) ............................................... 39

6 METODOLOGIA ..................................................................................................40

7 CASO DE ESTUDO..............................................................................................42

7.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS......................................................................... 42 7.2 BANCO BRADESCO......................................................................................... 42 7.3 O PROBLEMA PROPOSTO ............................................................................. 43 7.4 BENEFÍCIOS..................................................................................................... 46

7.4.1 Benefícios Gerais ......................................................................................... 47

7.4.2 Benefícios específicos do ITIL .................................................................... 48

7.5 RESULTADOS .................................................................................................. 48

8 ALINHAMENTO ITIL/COBIT................................................................................50

8.1 DESCRIÇÕES DO ALINHAMENTO ................................................................. 51 8.2 BENEFÍCIOS.................................................................................................... 55

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................59

14

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho busca aplicar o conceito de Governança de Tecnologia da

Informação (TI) em ambientes corporativos. A partir de levantamentos sobre

estruturas de processos para gerência de serviços (ITIL) e sobre o controle de

governança (CobiT), serão apresentadas práticas que visam a garantir a melhor

qualidade no serviço prestado. Para tanto, será realizado um alinhamento entre

o CobiT e ITIL.

A necessidade por serviços contínuos e com qualidade é algo

indispensável para a atividade corporativa, pois que informações imprecisas e

indisponibilidade dos serviços podem causar prejuízos financeiros e desgastes com

usuários e clientes. O desafio deste trabalho é minimizar os efeitos causados

por falhas neste serviço.

15

2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Na primeira metade dos anos 1990, surgiu a governança corporativa

como forma de superar problemas decorrentes da separação da propriedade e da

gestão empresarial. Desde então, o termo governança cresceu no ambiente

corporativo. Com o sucesso das novas regras aplicadas à gestão, cada vez mais as

empresas estão investindo em formas para extrair o máximo de proveito de seus

ativos.

A governança apóia as corporações a determinar melhores estratégias,

identificando melhores decisões e melhores formas de execução das decisões. Este

apoio se dá através de uma gestão que aborda a corporação como um todo,

utilizando de processos estruturais para tornar isso possível.

Está ocorrendo, no cenário atual, a modernização e a estruturação das

corporações; com isso surgiu uma dependência da tecnologia como forma de apoio

às organizações. Esta importância dentro da corporação fez com que a TI se

tornasse parte do negócio. O alinhamento das estratégias com a prestação de

serviço de TI tornou-se fundamental para atingir os objetivos, sendo assim, viu-se a

necessidade de uma governança especifica para a TI.

Algumas parcelas dos serviços são fundamentais para que

uma corporação consiga atingir seus objetivos, sendo que o impacto causado à

organização em caso de falha desses serviços pode trazer prejuízos financeiros e

à imagem da instituição. Se um cliente ficar impossibilitado de realizar uma

transferência em horário comercial, a ele será causado um transtorno, pelo qual se

responsabilizará a instituição, prejudicando assim a sua imagem com o cliente. Da

mesma forma que esse exemplo, pode-se listar centenas de casos que

tragam prejuízos incalculáveis a instituições.

Outra grande dificuldade é demonstrar para a alta gerência as vantagens

do investimento na TI. Apesar de o sucesso em diversas corporações demonstrar os

16

benefícios provindos das práticas e dos padrões aplicados, a governança não é tão

simples, sendo ainda comum o pensamento segundo o qual os serviços não

deveriam conter falhas, mesmo que seja sabido que isso, por ora, é inerente à

utilização de tecnologia. Assim, a governança de TI precisa comprovar a sua eficácia

para a alta gerência da corporação e melhorar a qualidade, bem como a

disponibilidade dos serviços.

Diante de tudo isso, é um desafio, não só minimizar problemas

decorrentes de falhas nos serviços, mas também auxiliar as corporações a alinhar a

tecnologia ao negócio e comprovar como isso pode trazer benefícios a ela. Este

trabalho baseia-se neste problema para justificar a importância da governança de

tecnologia em ambientes corporativos.

17

3 JUSTIFICATIVA

Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentos

estruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários de TI de uma

organização, com a finalidade de garantir controles efetivos, ampliar os processos

de segurança, minimizar os riscos, ampliar o desempenho, aperfeiçoar a aplicação

de recursos, reduzir os custos, suportar as melhores decisões e consequentemente

alinhar TI aos negócios.

Estudo realizado pelo ITGI (Information Technology Governance Institute,

2010) demonstra a crescente utilização de práticas de governança e uma alta

aceitação dos valores agregados. Com isso, é necessário que problemas comuns de

conceito sobre governança sejam esclarecidos. A governança de TI vai além das

práticas conhecidas e do departamento de tecnologia; para de fato se ter uma

governa eficaz é necessário que toda a organização esteja envolvida no processo.

A aplicação de práticas conhecidas como ITIL pode trazer processos

padronizados, consistentes e eficientes, redução de custos a longo prazo,

diminuição do impacto decorrente de falhas nos serviços e auxílio na elaboração

do custo total de propriedade (Total Cost of Ownership – TCO).

O TCO (Gartner Group, 1987) é utilizado por empresas de

diversos países para auxiliar as corporações a conhecer o custo da unidade de

tecnologia. O TCO é o balanço de todo o valor gasto pela corporação para manter a

unidade de tecnologia. Esses dados podem dar uma visão da situação atual da TI

dentro da corporação, o que, por sua, vez fornece base para definição de estratégias

melhor elaboradas e mais próximas da realidade.

Outro grande desafio para as organizações é gerenciar a TI como um

todo. Utilizando práticas descritas no CobiT, conseguir-se-á um controle do ambiente

de TI, a redução dos riscos ao ambiente, o auxílio nas tomadas de decisões

e as formas de alinhar a TI com negócio.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar em que medida a governança de TI traz benefícios para a

execução de tarefas e para a gerência dos ativos da corporação.

Demonstrar como o ITIL e CobiT podem auxiliar o departamento de Tecnologia da

Informação a se alinhar aos negócios de uma corporação financeira do setor privado

como o Banco Bradesco, provendo serviços com as disponibilidade e qualidade

esperadas.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para atingir o objetivo deste trabalho acontecerá uma série de atividades,

que são:

• Demonstração das práticas descritas pela ITIL

• Descrição dos processos de governança do CobiT

• Apresentação do processo de estudo utilizado para aplicar as práticas

citadas acima

• Aplicação das práticas citadas ao estudo de caso

• Avaliação dos possíveis resultados decorrentes da utilização das práticas

utilizadas no estudo de caso

• Realização do alinhamento entre o ITIL e CobiT

19

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 ITIL

No final dos anos 80, o governo britânico catalogou as melhores práticas

aplicadas para suporte e gerenciamento de serviços de tecnologia. Levantamento

junto a indústrias e corporações que já utilizavam estes serviços apontou diversas

práticas comuns para tratamento dos serviços de tecnologia.

Diversos autores descreveram o que é um serviço, dentre essas

definições algumas podem ser aplicadas aos serviços do fornecidos pela TI,

destacando-se:

“Uma atividade colocada à venda que gera benefícios e satisfações, sem

levar a uma mudança física na forma de um bem” (STANTON, 1974).

“Serviço ao cliente significa todos os aspectos, atitudes e informações

que ampliem a capacidade do cliente de compreender o valor potencial de um bem

ou serviço essencial.” (DAVIDOW ;UTTAL;, 1991).

Com estas definições é possível compreender que serviços de TI são

todos os recursos, atividades e conhecimentos fornecidos aos usuários ou clientes

que utilizam de tecnologia como base de realização.

O conjunto de melhores práticas (ITIL) foi descrito em livros e, no início

dos anos 1990, tornou-se efetivamente um padrão, conhecido com ITIL (Information

Technology Infrastructure Library). Hoje é mundialmente usado por organizações de

todos os seguimentos como forma de suporte e gerenciamento de serviços de TI.

O ITIL descreve os processos-base que podem ser utilizados para

organizar a gestão de serviços, bem como mostra atividades gerais, objetivos e

20

resultados atingidos decorrentes da utilização dos processos propostos. O ITIL não

descreve como devem ser os processos de negocio de uma organização, ao invés

disso, ele utiliza práticas para apoiar os processos. Os resultados da utilização

destes processos e práticas podem levar a organização a atingir os resultados

esperados de seus serviços.

Para auxiliar a comunidade na compreensão e consolidação das práticas

descritas, surgiu um fórum destinado aos profissionais de tecnologia conhecido

como itSMF(IT Service Management Forum).

5.2 PROCESSOS DO ITIL

O ITIL descreve 10 (dez) processos que podem auxiliar o suporte e

gerenciamento dos serviços, estando eles estão divididos em processos de suporte

a serviços e processo de entrega de serviços.

Os processos de suporte a serviço são destinados a tratar não

conformidades nos serviços da corporação, e em execuções de tarefas diárias

(Magalhães e Pinheiro - 2007); cada um deles trabalha para apoiar um ou mais

processo. São eles: Gerenciamento de Incidente, Gerenciamento de Problema,

Gerenciamento de Configuração, Gerenciamento de Mudança e Gerenciamento de

Entrega.

Os processos de entrega de serviço têm por objetivo fornecer à

corporação controles gerenciais dos serviços, provendo informações sobre

tendências e riscos ao funcionamento dos mesmos, são baseados em visões em

longo prazo para os serviços (Magalhães e Pinheiro - 2007). São eles:

Gerenciamento de Nível de Serviço, Gerenciamento Financeiro de TI,

Gerenciamento de Disponibilidade, Gerenciamento de Capacidade e Gerenciamento

de Continuidade.

21

Conceitualmente os autores dividem o ITIL de forma a apoiar o negócio

que tem como base a tecnologia (MAGALHÃES e PINHEIRO - 2007). A Figura 1

demonstra como o suporte a serviços e a entrega de serviços realiza este apoio.

Figura 1 – Modelo Conceitual do ITIL Fonte: MAGALHÃES E PINHEIRO (2007, P.64)

5.2.1 Suporte a serviços (Service Support)

5.2.1.1 Gerenciamento de configuração (Configuration Management)

Para ser eficiente e efetiva a organização precisa controlar a infraestrutura e serviços de TI, o Gerenciamento de Configuração prove um modelo lógico de infraestrutura ou serviços identificando, controlando, mantendo e verificando versões dos Itens de configuração (IC) existentes. (ITIL Service Support, 2002, p.121).

O processo de Gerenciamento de Configuração é o responsável pela

criação da base de dados de gerenciamento de configuração (Configuration

Management Database – CMDB), a qual é constituída pelos detalhes dos itens de

22

configuração (Configuration Items – CIs) empregados para o aprovisionamento e o

gerenciamento dos serviços de TI (Magalhães e Pinheiro, 2007). Este é parte

integrante de todos os outros processos descritos pelo ITIL. Ele provê informações

precisas sobre a infraestrutura e os serviços da organização. É comum ver

descrições do Gerenciamento de configuração como uma função e não um

processo, isso se dá devido às características de apoio aos processos.

Itens de configuração são todos os ativos de TI, sendo eles componentes

físicos ou lógicos (Magalhães e Pinheiro, 2007). Cabe ao Gerenciamento de

Configuração determinar quais ativos de TI devem ser descritos, a forma em que se

devem identificar cada um dos ICs e quais serão os relacionamentos descritos entre

cada um. É importante uma análise para identificar o que realmente é necessário

descrever, pois, somente após serem descritas, é que devem ser mantidas as

informações.

O Objetivo do Gerenciamento de Configuração é prover informações

precisas sobre configuração e documentação de suporte de todos os serviços

provenientes da TI, para todos os processos de Gerenciamento de Serviços

(Incidente, Problema, Mudança e Liberação). Essas informações devem ser

mantidas de acordo com a realidade.

O Gerenciamento de Configuração fornece uma base sólida para os

processos de Gerenciamento de Serviço, pois os sucessos desses processos estão

diretamente ligados aos dados concebidos pelo Banco de Dados de Gerenciamento

de Configuração (BGDC) (Magalhães e Pinheiro - 2007), no qual são mantidas as

informações dos ativos de TI. Este banco é de responsabilidade do GC e deve ser

mantido para que as informações sempre estejam de acordo com a realidade.

5.2.1.2 Gerenciamento de incidentes (Incident Management)

Um incidente é qualquer evento que não faça parte do funcionamento-padrão de um serviço de TI e que causa, ou que possa causar uma

23

interrupção no seu nível de desempenho. (ITIL Service Support, 2002, p.71).

Um incidente traz diversas formas de prejuízos a uma organização, eles

podem, por exemplo, parar serviços fundamentais para o negócio da empresa

acarretando assim prejuízos financeiros ou prejuízos à imagem da organização

diante daqueles que utilizam os serviços de TI.

Dentre as melhores práticas para o gerenciamento da TI, foi observado

que diversas corporações utilizavam métodos para diminuir os efeitos desses

incidentes nos serviços. Sendo assim, foi elaborado o Gerenciamento de Incidentes.

O processo de Gerenciamento de Incidente tem por objetivo assegurar

que, depois da ocorrência de um incidente, o serviço de TI afetado tenha restaurada

sua condição original de funcionamento (Magalhães e Pinheiro - 2007).

Dentre os objetivos do gerenciamento de incidentes destacam-se:

resolver o problema de modo mais rápido possível, ou dentro do prazo estabelecido

pelo ANS (Acordo de Nível de Serviço); minimizar adversidade do impacto causado;

manter a comunicação entre a TI e os usuários; determinar se é possível que o

incidente volte a ocorrer.

Um ponto relevante a se mencionar é a prática de soluções de contorno,

que é um método para restabelecer um serviço ao usuário de forma temporária

(Magalhães e Pinheiro - 2007).. A solução de contorno deve ser previamente

definida, para que possa retornar o serviço a um nível mínimo de funcionamento.

Quando não há uma solução de contorno para um incidente, devem-se

buscar possibilidades de retornar o serviço ao nível mínimo de funcionamento.

Essas informações devem ser armazenadas e disponibilizadas para que sejam

utilizadas quando necessário.

Como exemplos de incidentes, destacam-se aqui os que ocorrem em

Aplicações, em Hardware e em Requisição de Serviços. Em Aplicações: aplicações

24

não disponíveis, erro na aplicação que impeça o cliente de trabalhar, limite de

capacidade atingido; em hardware: sistema indisponível, alertas automáticos,

impressora não imprimindo, configurações inacessíveis; em Requisição de Serviço:

requisição de informação ou documentação, perda de senha; dentre outros.

Para que aconteça o Gerenciamento de Serviço necessário se faz que

alguns dados sejam coletados, dentre eles destacam-se: detalhamento do incidente,

rede ou computador; dados que são provenientes da central de serviço; informações

sobre a configuração provenientes do Banco de Dados de Gerenciamento de

Configuração (BDGC); resposta da busca por possíveis problemas ou erros

conhecidos do incidente; detalhamento da possível solução; resposta da possível

Requisição de Mudança (RDM) para a solução do incidente (Magalhães e Pinheiro -

2007)..

O processo de Gerenciamento de Incidentes gera uma série de

resultados e dentre eles destacam-se: RDM para Solução do incidente, atualizada

com registro do incidente (incluindo solução e/ou solução de contorno); incidentes

solucionados; clientes comunicados, informações gerenciais.

As atividades do processo de Gerenciamento de Incidente são: detecção

e registro de incidente; classificação e suporte inicial; investigação e diagnóstico;

resolução e recuperação do nível de serviço; finalização do incidente; e

monitoramento, rastreamento e comunicação do incidente.

Para medir a efetividade e eficácia do processo de Gerenciamento de

Incidentes é proposta uma série de Indicadores Chave de Progresso, que são:

número total de incidentes; tempo útil para encontrar a solução do incidente ou

restauração do nível de serviço ocasionado por um impacto; percentual de

incidentes tratados com tempo acordado no Acordo de nível de serviço; custo médio

por incidente; percentual de incidentes fechados pela central de serviço sem a

necessidade de escalonamento para outros níveis de serviço; incidentes

processados por cada integrante da Central de serviço; número e percentual de

incidentes solucionados remotamente, sem a necessidade de uma visita.

25

5.2.1.3 Gerenciamento de Problemas (Problem Management)

O Gerenciamento de Problema requer um registro preciso e abrangente

dos incidentes a fim de identificar efetiva e eficientemente a causa dos incidentes e

tendências. Gerenciamento de Problema também precisa trabalhar próximo ao

Gerenciamento de Disponibilidade para identificar tendências e propor ações de

prevenção

O Gerenciamento de Problemas tem dois aspectos, o reativo e o proativo. O aspecto reativo é focado em resolver Problemas em resposta a incidentes. O proativo trabalha de forma a resolver ou propor possíveis soluções antes que os incidentes ocorram. (ITIL Service Support, 2002, p.95)

O Objetivo do Gerenciamento de Problema é minimizar os impactos

adversos de Incidentes e Problemas ao negócio, causados por erros na

infraestrutura de TI e prevenir que voltem a ocorrer incidentes relacionados a esses

erros. Para atingir esse objetivo, o Gerenciamento de Problema procura encontrar a

causa raiz dos incidentes e realizar ações para melhorar ou solucionar a situação.

Controle de problemas, controle de erros e gerenciamento proativo fazem

parte do escopo do processo de Gerenciamento de Problema (Magalhães e Pinheiro

- 2007). Controle de problemas e controle de erros se diferem essencialmente no

que se diz respeito aos alvos de cada controle. Problema é um incidente que não

tem a causa raiz identificada, e erros são incidentes que já tiveram a causa raiz

registrada e descrita pelo processo de Gerenciamento de Problemas.

Para que o processo de Gerenciamento de Problema seja implementado

em uma organização é necessário que ele receba algumas informações Os insumos

do processo de Gerenciamento de Problemas são: detalhes do incidente;

informações do Gerenciamento de Configuração;e definições de soluções de

contorno

Com essas informações é possível a realização das atividades do

processo. Os possíveis resultados do processo são: erros conhecidos; requisições

26

de mudança; novas informações sobre o problema; soluções de contorno para

incidentes com as mesmas características; registro de finalização do problema, caso

ele tenha sido solucionado; informações gerenciais.

É importante destacar indicadores chave para demonstrar a efetividade

do processo de Gerenciamento de Problema, esses indicadores serão baseados em

resultados do processo. Os indicadores chave de desempenho são: 1. Numero de

problemas - Quantidade de problemas registrados. Eles devem ser divididos em

categorias; 2. Tempo de solução - Tempo médio para resolução de problemas de

uma mesma categoria; 3. Numero de incidentes por problema - Quantidade média

de incidentes resultantes de um mesmo problema; 4. Tempo de identificação da

causa raiz - Tempo médio para identificar a causa raiz do problema. Este tempo é

calculado pelo tempo existente entre o relato do primeiro incidente até a causa raiz

ser encontrada; 5. Esforço para resolução de problema - média do Tempo X Custo

para realizar todo o escopo do Gerenciamento de problemas (Magalhães e Pinheiro

- 2007).

Os indicadores são fundamentais para conhecer a realidade do processo,

pois somente com essas informações podem-se identificar pontos críticos nele

presentes. Essas informações podem dar à organização confiança e conhecimento

para traçar novas estratégias e oferecer novos serviços. Sendo assim, o

Gerenciamento de TI começa a caminhar para a direção do negócio da organização,

comprovando a efetividade dos serviços oferecidos.

5.2.1.4 Gerenciamento de Mudança (Change Management)

Mudanças são necessidades da TI para disponibilizar o serviço com a

qualidade esperada pela organização. Muitos destes problemas são provenientes de

ações de busca por possíveis benefícios à organização, como redução de custo ou

melhoria nos serviços já existentes. O Gerenciamento de Mudança deve garantir,

através de métodos e processos, a redução do impacto decorrente de mudanças.

27

O processo de Gerenciamento de Problema é o responsável pela

resolução definitiva e prevenção das falhas por trás dos incidentes que afetam o

funcionamento normal dos serviços de TI. Isto inclui assegurar que as falhas serão

corrigidas, prevenir a reincidência das mesmas e realizar uma manutenção

preventiva que reduza a possibilidade de que venham a ocorrer (Magalhães e

Pinheiro - 2007).

O Gerenciamento de Mudança é responsável por controlar as mudanças

nos seguintes ativos de TI: hardware; equipamento de comunicação e Software;

sistemas de software; documentos e procedimentos (Magalhães e Pinheiro - 2007).

O Gerenciamento de Mudança acontece quando é necessária a alteração

da infraestrutura ou de um serviço, para que este possa voltar ao nível de serviço

esperado ou para garantir melhorias futuras ao negócio da organização.

A comunicação entre o Gerenciamento de Problema e o Gerenciamento

de mudança acontece através de Requisições de mudança (RDM), que são

artefatos gerados com o intuito de solicitar mudanças nos serviços ou configurações

da TI. É necessário que essas requisições sejam aprovadas por todos os

responsáveis envolvidos em cada uma das mudanças, para se ter um percentual

menor de problemas decorrentes as mudanças. Tais requisições são descritas pelo

processo de controle de erros.

Faz se necessário a elaboração de um grupo que abranja diversas áreas

da corporação para aprovar mudanças no ambiente de tecnologia, essas mudanças

podem necessitar recursos financeiros ou humanos para serem realizadas, sendo

assim, o envolvimento da corporação é fundamental para aprovar essas mudanças.

Para realizar o processo de mudança, alguns artefatos são requeridos,

dentre eles os principais são as RDM. O BDGC também é altamente necessário,

pois poderão ser levantados todos os impactos gerados por mudanças nos ICs.

28

Dentre as atividades realizadas pelo processo de mudança destacam-se:

filtro de mudanças a serem realizadas, controle das mudanças realizadas, revisão

das mudanças, fechamento das RDMs (Magalhães e Pinheiro - 2007).

É importante destacar que existem situações onde as mudanças precisam

ser realizadas com uma maior agilidade, para esses casos deve ser definida uma

equipe menor de controle de mudanças, para determinar a possibilidade de realizá-

las. Essas mudanças são conhecidas como mudanças emergenciais e acontecem

quando um serviço fundamental ao negócio deixa de atender às necessidades do

negócio, e que deve ser reparado o quanto antes.

5.2.2 Entrega de Serviços (Service Delivery)

A Entrega de Serviço é composta por cinco processos, os quais são

voltados ao gerenciamento dos serviços de forma ampla, trabalhando com

informações coletadas e analisando possibilidades futuras. São justamente estes os

que podem garantir o alinhamento a futuras possibilidades de negócio à corporação.

Os processos de entrega de serviços são serão tratados abaixo,

5.2.2.1 Gerenciamento de Nível de Serviços (Service Level Management)

Gerenciamento de Nível de Serviço é essencial para todas as

organizações que precisam determinar qual é o nível de apoio que precisam de cada

um dos seus serviços. Através do GNS é possível determinar, monitorar e verificar

se os níveis de serviços estão sendo alcançados. (ITIL Service Delivery, 2002, p.48).

O Gerenciamento de Nível de Serviço deve, além de manter, buscar

melhorar constantemente a qualidade do serviço de TI através de um ciclo de

29

melhorias, monitorando e reportando os objetivos atingidos pela TI, criando, assim,

um melhor relacionamento entre o departamento de tecnologia e o cliente.

Para tornar possível a melhoria contínua da qualidade dos serviços, o

Gerenciamento de Nível de Serviço deve estabelecer para cada um dos serviços de

TI um Acordo de Nível de Serviço (ANS) (Magalhães e Pinheiro - 2007). O ANS

descreve qual é nível deve ser atendido, qual a prioridade e qual o esforço deve ser

desprendido para que esse nível seja mantido.

As Informações resultantes deste processo demonstram a que ponto os

serviços de TI estão conseguindo apoiar o negócio. Caso não esteja atingindo os

objetivos, demonstra quais são as falhas e quais pontos precisam de melhorias.

Alguns indicadores-chave de desempenho podem ser utilizados para

demonstrar o sucesso do Gerenciamento de nível de serviço, dentre eles destacam-

se: número ou percentual de serviços cobertos por SLA; eficácia do suporte aos

serviços; número e percentual de incidentes atendidos no tempo determinado.

5.2.2.2 Gerenciamento de Disponibilidade (Availability Management)

As melhorias e as mudanças das tecnologias utilizadas pelo

departamento de TI auxiliaram a melhorar a disponibilidade dos serviços de TI, e

nesse ponto é onde o Gerenciamento de Disponibilidade trabalha, possibilitando,

através das melhorias de software e de hardware, que o serviço esteja com a

disponibilidade requerida pelo negócio da corporação.

O Gerenciamento da Disponibilidade é o processo da ITIL que visa

determinar os níveis de disponibilidade dos diversos serviços de TI a partir dos

requerimentos do negócio (Magalhães e Pinheiro - 2007).  O Gerenciamento de

disponibilidade é fundamental ao negócio, pois é ele que fornece ao negócio a

garantia dos serviços de TI pelo tempo necessário. Muitas organizações

30

precisam dos serviços 24 (vinte e quatro) horas por dia, durante os 7 (sete) dias

da semana, e sem um plano de continuidade é impossível de garantir isso.

O Plano de continuidade é onde se descreve cada um dos serviços com a

disponibilidade esperada para cada um, devendo abranger os serviços, de modo a

fornecer planos de contingência para caso de falhas ou queda no nível de serviço.

Os objetivos do Gerenciamento de serviço são: garantir que os serviços

estão prontos a servirem a disponibilidade que o negócio necessita; prover relatórios

demonstrando que a disponibilidade está sendo realizada; melhorar a

disponibilidade da infraestrutura; reduzir a freqüência e duração dos incidentes que

impactam na disponibilidade do serviço.

5.2.2.3 Gerenciamento de Capacidade (Capacity Management)

Gerenciamento de capacidade é responsável por garantir que a capacidade de funcionamento da TI atenda às necessidades e às demandas do negócio da corporação, garantindo o melhor custo beneficio (ITIL Service Delivery, 2002, p.147 ).

São funções do processo: monitorar o desempenho dos serviços e o

suporte da infraestrutura a esses serviços; realizar atividades de melhoria para obter

um funcionamento mais eficiente dos recursos; garantir que as futuras necessidades

do negócio serão atendidas pelos serviços de TI; produzir um plano de capacidade

para demonstrar a possibilidade da adequação dos serviços de TI ao SLA.

O Gerenciamento de Capacidade (GDC) precisa compreender quais são

as necessidades do negócio e qual deve ser a infraestrutura para apoiá-lo. É

responsabilidade do GDC garantir este apoio, mantendo um custo efetivo da

infraestrutura.

Diversos processos do ITIL precisam de informações do Gerenciamento

de Capacidade para executar suas atividades. O Processo de Gerenciamento de

31

mudança precisa de informações para executar mudanças que devem ser apoiadas

pela capacidade da infraestrutura da corporação.

O plano de negócio deve ser apoiado pela capacidade dos serviços de TI,

isto é, se o aumento da demanda decorrente de uma nova estratégia não for

apoiado pela capacidade de atendimento dos serviços, os prejuízos podem acarretar

problemas à corporação.

Algumas atividades do GDC são reativas, enquanto outras são atividades

proativas. Devem-se diagnosticar futuras necessidades a fim de preparar a

infraestrutura.

5.2.2.4 Gerenciamento de Continuidade de Serviços (IT Service Continuity

Management)

As organizações se tornam mais dependentes da tecnologia sempre que

um novo componente é inserido ao processo do negócio, sendo assim, a

continuidade dos serviços é um fator determinante de sucesso.

Atualmente os ambientes de negócios orientados a serviços são julgados

pela habilidade de continuar operando e provendo serviço todo o tempo. O

Gerenciamento de Continuidade de Serviço foi concebido para prover formas de

gerenciar a continuidade dos serviços.

A continuidade se dá através da redução dos riscos, sistemas resistentes

a falhas e opções para restaurar os serviços. Os serviços devem ser preparados

para suportar diversas formas de interferência na infraestrutura, somente assim

torna-se possível a continuidade necessária.

32

O Gerenciamento de continuidade é responsável por fornecer ao negócio

a continuidade dos serviços necessários ao negócio, descrevendo formas de

retornar os serviços o mais rápido possível em caso de falha.

Um Plano de Continuidade é elaborado, listando possíveis riscos aos

serviços de TI. Este Plano deve conter: lista de serviços, possíveis riscos a cada

serviço e plano de contingência para cada risco listado

Com o gerenciamento de continuidade é possível garantir que a

continuidade esperada pelo serviço será executada. E em caso de falha acontecerá

a recuperação do serviço de forma consciente e em tempo estimado.

5.3 COBIT

O CobiT (Control Objectives for Information and Related Technology) é

um conjunto de padrões internacional de boas práticas para gerenciar o

departamento de tecnologia. É largamente utilizado por gerentes para identificar

riscos e promover auditorias de tecnologia.

Criada pelo (ISACA - Information Systems Audit and Control Association,

2010), a metodologia proposta pelo CobiT trabalha como uma entidade para

estabelecer e padronizar métodos a fim de auxiliar o departamento de tecnologia e

define padrões que auxiliam a governança de TI com a finalidade de garantir

controles efetivos, ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar

o desempenho, otimizar a aplicação de recursos, reduzir os custos, suportar as

melhores decisões e conseqüentemente alinhar TI aos negócios.

Com a governança buscando trabalhar o departamento de TI como mais

que um suporte ao negócio da empresa, o CobiT fornece metodologias para tornar

isso possível.

33

5.3.1 Domínios

A missão do CobiT é

Pesquisar, desenvolver, publicar e promover uma oficial, atualizado e internacionalmente aceito controle de governança de TI para adoção em empresas e usado por gerentes de negócios, profissionais de TI e profissionais de qualidade. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.16).

Para isso, o CobiT se utiliza de domínios e processos a serem

implementados a fim de promover a Governança de TI. A Figura 2 demonstra os

domínios do CobiT e como eles se relacionam.

Figura 2 – Domínios do CobiT Fonte: TRAINNING (2009)

34

5.3.2 Planejamento e Organização (Plan and Organise)

Este domínio abrange estratégias e táticas, e fornece a identificação da melhor maneira para a TI contribuir com obtenção dos objetivos do negócio. A realização da visão estratégica precisa ser planejada, comunicada e gerenciada de diferentes perspectivas. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.12).

É composto por 10 processos, são eles:

Definir Plano estratégico de TI (Define a Strategic IT Plan): ”O

planejamento estratégico é necessário para gerenciar e direcionar todos os recursos

de TI alinhados a estratégia do negócio e suas prioridades.“ (ITGI - Information

Technology Governance Institute, 2007, p.29).

Definir Arquitetura de informação (Define the Information Architecture): O sistema de informação cria e atualiza o modelo de informação do negócio

definindo sistemas apropriados para melhor o uso dessas informações. Isto abrange o desenvolvimento de um dicionário de dados corporativos da organização, regras de sintaxe de dados, esquema de classificação de dados e níveis de segurança. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.33).

Determinar direção tecnológica (Determine Technological Direction): O serviço de informação determina a direção tecnológica para apoiar o

negócio. Isto requer a criação de um plano de infraestrutura tecnológica e uma tabela de arquitetura que determina e gerencia expectativas claras do que a tecnologia pode oferecer. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.37).

Definir Processos de TI, Organização e Relacionamentos (Define the IT

Processes, Organization and Relationships): Uma organização de TI é definida considerando os requerimentos por

equipe, habilidades, funções, responsabilidades, autoridades e regras. A organização é incorporada a um novo processo de TI que garante transparência e controle envolvendo a alta direção e gestão de negócio. (ITGI -Information Technology Governance Institute, 2007, p.41).

Gerenciar investimentos em TI (Manage the IT Investment): Estabelece e mantém gerenciamento que possibilita programas de

investimentos que englobam custos, benefícios e priorização, um processo de orçamentos. Stakeholders são consultados para identificar e controlar o custo total e benefícios dentro de um contexto, iniciando correções preventivas quando necessário. O processo fomenta parcerias entre a TI e

35

os Stakeholders do negócio, possibilitando efetividade e eficiência do uso dos recursos de TI, provendo transparência e responsabilidades dentro do custo total de propriedade (Total Cost of Ownership, TCO), a realização dos benefícios ao negócio e o ROI (Return Of Investment) da TI. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.47).

Comunicar objetivos gerenciais e Direção (Communicate Management

Aims and Direction): Gestão de corporações de TI desenvolve um framework de controle e define as políticas de comunicação. Um programa de comunicação é proposto para articular a missão, os objetivos de serviço, políticas, procedimentos e etc., aprovado e apoiado pela gerencia. A comunicação apóia a realização dos objetivos de TI e garante o conhecimento e a compreensão dos negócios e Riscos de TI, os objetivos e direção. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.51).

Gerenciar recursos humanos de TI (Manage IT Human Resources): Uma força de trabalho competente é adquirido e mantido para a criação e

entrega de serviços de TI para o negócio. Isto é obtido seguindo práticas definidas de recrutamento, formação, desempenho avaliação, promoção e terminação. Este processo é fundamental, pois as pessoas são recursos importantes, e a governança e do ambiente de controle interno são fortemente dependentes sobre a motivação e competência dos recursos humanos. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.55).

Gerenciar Qualidade (Manage Quality): Um MQS (Management Quality System) é desenvolvido e mantido que inclui processos de desenvolvimento e aquisição e padrões. Isto é iniciado por planejamento, implementação e manutenção do MQS, fornecendo os requisitos de qualidade, procedimentos e políticas. Qualidade de requisitos são definidos e comunicados em indicadores quantitativos e de sucesso. A melhoria contínua é alcançada monitorando e analisando desvios. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.59).

Gerenciar riscos de TI (Assess and Manage IT Risks)

Um gerenciamento de riscos é criado e mantido. Documentos padrões são criados e acordados sobre os riscos de TI e estratégias de mitigação. Qualquer potencial impacto sobre os objetivos da organização causado por um evento não planejado é identificado, analisado e avaliado. Estratégias de mitigação de risco são adotadas para minimizar o risco residual a um nível aceitável. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.63).

Gerenciar projetos (Manage Projects)

Estabelece um programa de gerenciamento para todos os projetos de TI A estrutura garante a priorização correta e coordenação de todos os projetos. Incluindo um plano-mestre, a atribuição de recursos, definição de análise resultados de aprovação, por parte dos usuários, uma abordagem gradual para a entrega, QA, um plano de teste formal, e os

36

testes de pós-implementação após a instalação para garantir uma gestão de risco do projeto e entrega de valor para o negócio. Esta abordagem reduz o risco de imprevistos, despesas e cancelamentos de projetos, melhora a comunicação e participação das corporações e usuários finais, garante o valor e qualidade dos produtos do projeto, e maximiza a sua contribuição para programas de investimento. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.67).

5.3.3 Aquisição e Implementação

Define processos de implementação da TI, seguindo estratégia e projeto

pré-definidos pelo Plano estratégico. Possui 7 processos que visam apoiar o Plano

estratégico, identificando formas de Adquirir e Manter soluções para as

necessidades da corporação. Os processos são:

Identificar Soluções automatizadas (Identify Automated Solutions): “A

necessidade de uma nova aplicação requer uma análise antes da aquisição ou a

criação para assegurar que os requisitos de negócio são satisfeito em uma

abordagem eficaz e eficiente.“ (ITGI CobiT 4.1, 2007, p.73).

Adquirir e manter aplicações (Acquire and Maintain Application Software): Os aplicativos são disponibilizados, em conformidade com os requisitos do negócio. Este processo abrange o design das aplicações, o inclusão de controles de aplicação e requisitos de segurança adequados, o desenvolvimento e a configuração de acordo com as normas. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.77).

Adquirir e manter infraestrutura (Acquire and Maintain Technology

Infrastructure): As organizações têm processos de aquisição, implementação e atualização da infraestrutura de tecnologia. Isso requer um abordagem planejada para aquisição, manutenção e proteção da infra-estrutura de acordo com a tecnologia e da prestação de desenvolvimento e ambientes de teste. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.81).

Habilitar Operação e Uso (Enable Operation and Use): “Este processo

requer a produção de documentação e manuais para usuários de TI e fornece

37

treinamento para assegurar a correta utilização e operação de aplicações e

infraestrutura.” (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007 p.85).

Adquirir recursos de TI (Procure IT Resources): Recursos de TI, incluindo as pessoas, hardware, software e serviços, devem ser adquiridos. Isso exige a definição e a execução dos processos de aquisição, a seleção de fornecedores, formação de contratos, bem como a aquisição propriamente dita. Se o fizer, garante que a organização tem todos os recursos de TI necessários de forma oportuna e com melhor custo beneficio. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.89).

Gerenciar mudanças (Manage Changes): Todas as mudanças, incluindo a manutenção de emergência e atualizações, relativos à infraestrutura e aplicações em ambiente de produção são formalmente geridas de uma forma controlada. Mudanças (incluindo as de procedimentos, processos do sistema e serviços parâmetros) são registradas, avaliadas e autorizadas antes da sua execução e revisão de encontro aos resultados previstos a seguir implementação. Isto assegura a mitigação dos riscos que podem causar impactos negativamente a estabilidade e a integridade do ambiente de produção. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.93).

Instalar e Credenciar Soluções e Alterações (Install and Accredit Solutions

and Changes): Os novos sistemas devem ser implantados quando o desenvolvimento é finalizado. Isso requer um teste adequado em um ambiente dedicado com dados pertinentes, a definição de implantação e as instruções de migração, planejamento de liberação e promoção efetiva da produção e uma revisão pós-implementação. Isto assegura que os sistemas operacionais estão em conformidade com a expectativa e resultados acordados. (ITGI - Information Technology Governance Institute, 2007, p.97)

5.3.4 Entrega e Suporte (Deliver and Support)

O domínio de Entrega e Suporte descreve processos operacionais para

atingir um serviço de qualidade para atendimento e entrega de serviços de

tecnologia. Este domínio passa a operar para um determinado serviço, software ou

componente de infraestrutura assim que o mesmo começa a operar dentro do

ambiente corporativo.

38

Os processos nele descritos utilizam da definição de Acordo de Nível de

Serviço (SLA, Service Level Agreement) para determinar o nível de sucesso. Os

processos descritos neste domínio são:

Tabela 1 – Processos do domínio de Entrega e Suporte

Definir e Gerenciar

níveis de serviço

Determina acordos que demonstram quais os

níveis básicos que os serviços devem manter para

atender ao negócio da corporação.

Gerenciar serviços

terceirizados

Gerencia serviços prestados à corporação por

outras entidades.

Gerenciar performance

e capacidade

Monitora e garante performance e capacidade dos

serviços em atender às necessidades atuais e

futuras do negócio.

Garantir continuidade

nos serviços

Assegura a disponibilidade contínua dos serviços a

fim de apoiar as estratégias da corporação.

Garantir segurança

dos serviços

Assegura acesso restrito a serviços e a

informações da corporação, mantendo sigilo sobre

dados e estratégias de negócio da corporação

Identificar e alocar

custos

Informa custo da utilização de serviços, auxiliando

a corporação a definir a possibilidade da utilização

de acordo com o custo beneficio.

Treinar usuários Auxilia usuários a extrair melhores resultados dos

serviços oferecido, através de cursos e

treinamentos sobre os serviços disponíveis.

Gerenciar central de serviços e incidentes

Propõe ponto de contato entre o departamento de tecnologia e os usuários, buscando solucionar possíveis incidentes.

Gerenciar configuração

Registra e relaciona todos os ativos de tecnologia dentro da organização.

Gerenciar problemas Organiza formas de identificar e tratar problemas que diminuam os níveis de operação dos serviços.

Gerenciar informações

Determina requerimentos para informações, biblioteca para armazená-las, bem como seus backups, e formas de recuperar informações.

Gerenciar ambiente físico

Processo de controle da infraestrutura e ambiente em que os equipamentos estão alocados.

Gerenciar operações Gerenciar e determinar prioridades de operações a serem realizadas.

Fonte: Do autor.

39

5.3.5 Monitorar e Evoluir (Monitor and Evaluate)

Define processos para auditoria e acompanhamento dos serviços de TI,

valida a eficiência os demais domínios e a evolução da qualidade dos mesmos.

Ainda, audita os demais domínios criando uma série de relatórios que demonstram a

capacidade dos serviços em atender às necessidades do negócio da corporação.

Seus processos são:

Tabela 2 – Processos do domínio de Monitorar e Evoluir

Monitora e evolui a

performance da TI

Gerencia o desempenho e a evolução da TI como

um todo dentro da corporação. Utiliza de

indicadores para elaborar relatórios de

desempenho.

Monitora e evolui o

controle interno

Estabelece controle efetivo do desempenho

interno, bem como os serviços terceirizados pela

organização.

Assegura a

conformidade com

requisitos externos

Garante a conformidade dos serviços com leis,

contratos e regulamentos que a corporação deve

seguir.

Prove a governança de

TI

Define estruturas organizacionais, lideranças,

regras e responsabilidades a serem seguidas para

garantir o alinhamento da TI com os negócios da

corporação.

Fonte: Do autor.

40

6 METODOLOGIA

Para elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa aplicada com

intuito de levantar formas de possibilitar a realização dos objetivos específicos. Essa

pesquisa demonstrou que a aplicação de conceitos reconhecidos é uma forma de

realizar os objetivos. É conhecida uma enorme gama de possíveis práticas a serem

utilizadas (ITIL, CobiT, PMI, SOX, CMM, etc.), dentre elas foi selecionado o ITIL e o

CobiT.

A necessidade de um cenário para aplicação desses conceitos

demonstrou que a utilização de corporações não tem a TI como principal foco de

negócios, porém dela dependem como forma de apoiá-los. Este é um cenário ideal

para demonstrar todos os problemas citados acima e suas possibilidades de

soluções.

Dentre todas as possíveis corporações foi selecionado o ramo bancário,

por atender a todos os requisitos de dependência e possuir diversos casos de

chances de aplicações dos conceitos apresentados.

Será apresentada uma pesquisa que visa a obter um cenário ideal para

aplicação dos conceitos apresentados por este trabalho. Este cenário possibilitará a

descrição de como os processos propostos no ITIL podem auxiliar a garantir a

qualidade dos serviços, assim como possibilitará também demonstrar como as

propostas do CobiT podem auxiliar a governança e a mitigação de riscos.

Para demonstrar as possibilidades de práticas e de padrões a serem

aplicados ao caso de estudo, serão descritos separadamente cada um dos conceitos

do ITIL e CobiT, selecionando, assim, os que melhor podem atender às

necessidades do cenário proposto.

41

Será realizado, no final, o alinhamento entre o ITIL e CobiT,

demonstrando a possibilidade e os benefícios em se trabalhar com esses dois

frameworks, e os benefícios decorrentes do alinhamento entre eles.

42

7 CASO DE ESTUDO

7.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Instituições financeiras são organizações estruturadas, com objetivos de

gerir capitais financeiros, sejam estes próprios ou de terceiros (OLIVEIRA, 2000).

Diversos serviços são necessários a fim de gerir este capital, tais como

comunicação entre instituições, disponibilização do capital, consulta ao histórico.

Suprir as necessidades dos serviços das instituições sempre foi um

desafio ao departamento de tecnologia. A tecnologia, desde o princípio, buscou

formas de auxiliá-las a atingir seus objetivos, provendo formas de apoiar as suas

estratégias. Através de técnicas de comunicação e recursos tecnológicos, a TI vem

apoiando as corporações, promovendo inovações e suportando a crescente

demanda. Para que isso seja possível, diversos investimentos já foram realizados e

tantos outros continuam sendo feitos no departamento de tecnologia.

7.2 BANCO BRADESCO

Atualmente investimentos são cada vez maiores para disponibilizar

serviços 100% (cem por cento) do tempo aos clientes.

“Como condição preliminar para seu crescimento contínuo, o Bradesco investiu, no exercício, R$ 3,457 bilhões em infraestrutura e Tecnologia da Informação, com o intuito de sempre revigorar seu ambiente de TI, com as melhores práticas e tecnologias existentes, preparando-o para as próximas décadas.” (BRADESCO, 2009)

Investimentos expressivos exigem de todo o departamento de tecnologia

respostas concretas e serviços eficazes. Para gerir estes serviços e tornar estes

43

investimentos em retorno financeiro, são necessários processos coesos e precisos a

fim de atender as expectativas da corporação.

7.3 O PROBLEMA PROPOSTO

Uma prática utilizada por quase todas as instituições financeiras é a de

disponibilizar seus serviços online aos clientes através de um site, de modo que eles

possam, assim, utilizá-los. Praticamente todos os serviços de uma instituição

financeira são disponibilizados em seu site; transferências, empréstimos, extratos,

investimentos, são exemplos de serviços disponíveis. Este site se torna mais um

serviço da instituição, sendo ele o escolhido como o caso de estudo.

Este serviço tem por propósito disponibilizar ao cliente informações,

serviços e produtos com eficácia e segurança, de qualquer lugar e a qualquer

momento. Para tanto, utiliza-se da Internet, sendo necessário apenas ter acesso a

ela e a um browser. Alguns serviços requerem senhas especiais, que são fornecidas

pela própria instituição.

Para a instituição financeira, este serviço representa um forte aliado no

alcance de seus objetivos. A redução de custo para operar seus serviços, a

disponibilização das informações ao cliente e a satisfação do mesmo com a

instituição são fatores consideráveis para a estratégia da corporação. Seria inviável

disponibilizar ao cliente, de forma presencial, acesso aos serviços e produtos 24

(vinte e quatro) horas por dia, durante os 7 (sete) dias da semana, opção esta

fornecida com esta solução.

Diversos fatores contribuíram para este serviço ser extremamente

utilizado e bem aceito pelos clientes. A praticidade, facilidade em se utilizar e a

disponibilidade deste serviço são exemplos de suas vantagens. A segurança sempre

foi um fator critico, porém, os investimentos em cartões de seguranças, senhas

44

alternativas, criptografia dos dados e campanhas de orientação aos usuários

mitigaram este problema.

Todas as práticas descritas no capitulo 5, de ITIL e CobiT, auxiliam este

serviço a atingir seu propósito. Através de planos, processos e monitoração, a TI

fornece à organização a disponibilidade e a qualidade requeridas pela mesma.

Um fator ponderável deste serviço é sua capacidade de atender à

demanda de acessos ao site, transferências, consultas, alteração de informações e

outras. Para isso ser possível, tanto o CobiT quanto o ITIL descrevem processos

para gerenciamento desta capacidade. Por intermédio de monitoria da utilização

deste serviço, identificam-se necessidades futuras que devem ser tratadas para

manter esta capacidade do serviço quanto ao atendimento aos clientes. Quando

necessário, para atingir o fim desejado, a infraestrutura é alterada. Tal processo é de

responsabilidade do CobiT, pois este tem por objetivo administrar os serviços e

monitorá-los, contudo, processos como mudança, liberação e problema do ITIL

fornecem importantes informações sobre alterações na capacidade de cada um dos

serviços.

Como a organização Bradesco sempre está buscando agregar mais valor

ao seu negócio, e, em muitas vezes, são necessários novos produtos para isto. Para

inserir novos produtos ao ambiente de TI, é proposto pelo CobiT um domínio de

Planejamento e Organização que descreve processos para auxiliar o planejamento e

os investimentos necessários para este novo produto. Desta forma, todo novo

serviço ou produto disponibilizado no site, é planejado, seus riscos são detalhados e

seu investimento justificado.

Ao finalizar o planejamento do novo serviço para o site, o domínio de

Aquisição e Implementação (item 5.3.3) propõe atividades para executar

organizadamente a disponibilização do novo serviço. Por meio de verificações e de

monitoria do processo de disponibilização, com atividades coesas que abrangem

mudanças na infraestrutura, este processo garante a disponibilização de novos

serviços com redução de riscos ao site. Assim sendo, configura-se o apoio da TI à

organização quando há necessidade de novos serviços ou produtos.

45

Sempre que um novo serviço for planejado, deve-se consultar o

Gerenciamento de Capacidade para analisar a possibilidade de inseri-lo. Caso a

infraestrutura não tenha capacidade de atendê-lo, haverá uma mudança que o torne

viável. Dessa forma, o Gerenciamento de Capacidade descrito no item 5.2.2.3 ou o

Domínio de Entrega e Suporte apresentado no item 5.3.3 auxiliam este serviço a

atingir seu objetivo.

Como mencionado anteriormente, o site é disponibilizado continuamente,

entretanto, ressalta-se que, por ser um serviço que se dispõe a atender ao cliente

em quaisquer lugar e momento, é vital que este não sofra interrupções. Para tornar

isto possível, o ITIL e o CobiT trabalham com um plano de continuidade para

estabelecer atividades que mantenham o serviço disponível. Servidores divididos,

com informações espelhadas, plano de contingência abrangente tornam os serviços

quase invulneráveis a problemas.

Incidentes que possam ocorrer nos serviços são tratados por Processo de

Controle de Incidentes e Problemas, apresentado nos itens 5.2.1.2, 5.2.1.3, 5.2.1.4.

O ITIL aborda este tratamento mais operacional, descrevendo atividades a serem

realizadas para catalogar, identificar e solucionar os incidentes. Todo evento que

ocasione uma queda no nível de serviço é considerado um incidente, sendo este

tratado pelos Processos de Gerenciamento de Incidente, Problemas, Mudança e

Liberação.

Quando alterações são necessárias, o Gerenciamento de Mudança deve

controlar a atividade de mudança, seja uma ela para correção de um problema ou

uma para inserção de novo serviço. Quando novos serviços são adicionados ao site,

devem-se: estabelecer níveis de serviço; verificar a capacidade de atendimento da

infraestrutura a ele; realizar um plano de continuidade de acordo com a necessidade

do serviço; e executar o Processo de Liberação.

O Processo de Liberação coordena toda a execução de inserir novos

componentes à infraestrutura e de disponibilização de serviços ou produtos. Isto

prova um controle de possíveis impactos mitigando problemas decorrentes desta

mudança. Este processo elabora plano de liberação, com a descrição de cada uma

46

das atividades e recebe do Gerenciamento de Configuração informações sobre os

itens de configuração afetados pela mudança. Assim sendo, este processo provê à

organização a possibilidade de inserir novos produtos e serviços que atendam ao

negócio e a estratégia.

7.4 BENEFÍCIOS

A aplicação de práticas como ITIL e CobiT para gerenciar a TI

proporciona diversos benefícios à organização e ao departamento de tecnologia.

Alguns não são possíveis de se demonstrar com gráficos, números ou índices.

Dentre estes, destaca-se a confiança transmitida da TI para os demais

departamentos, fazendo com que o ambiente fique propício a novas ideias e os

integrantes passem a trabalhar de forma organizada e clara. Planos, procedimentos

e processos descrevem como reagir, com respostas ágeis e precisas, a falhas nos

serviços, garantindo que se assegurem serviços eficazes.

Diversos benefícios são provenientes da adoção do ITIL: redução de

falhas, mitigação de impactos negativos, estabilidade dos serviços são exemplos de

benefícios que podem ser comprovados através de dados estatísticos catalogados

dentro dos processos. Outros benefícios podem ser vistos no dia a dia da

corporação, dentre eles destacam-se: melhoria da qualidade e disponibilidade dos

serviços de TI (serviços estáveis e com baixo downtime); e o aumento da

confiabilidade dos usuários e clientes nos serviços. Satisfação com a minimização

de falhas e propostas de melhorias proativas; suporte a execução de estratégias de

negócio. Dados sobre a possibilidade de utilizar novas tecnologias ou cortar gastos

desnecessários dentro da organização.

Vale ainda ressaltar: a diminuição de impacto decorrente de falhas nos

serviços (isto se dá através da utilização de soluções de contorno apresentado no

item 5.2.1.2 e conhecimento prévio da possibilidade de falhas em serviços); em

conhecimento da capacidade em apoiar o negócio da organização (conhecimento do

47

custo de um aumento dos níveis e serviço ou na elaboração de contratos com

possíveis parceiros); em descrição dos serviços prestados à corporação

(possibilidade de medir os serviços que estão sendo prestados a corporação torna

possível propor melhorias a estratégia da corporação); em possibilidade de

propostas de melhorias nos processos já existentes (o conhecimento dos processo

existentes e das necessidades do negócio da corporação torna possível a análise de

tendências de mercado que possam ser adotadas dentro da organização);

Porém, não se pode deixar de citar: a maior satisfação dos usuários e

clientes da organização (clientes e usuários que confiam nos serviços da

organização tendem a estarem satisfeitos com a organização como um todo); o

controle de custos do departamento de tecnologia (com o conhecimento de custo de

cada serviço da TI torna viável controlar possíveis desvios de gastos ou propor

diminuição de custos caso a infraestrutura não seja necessária ao negócio); e a

priorização de ações de melhorias (descrição de possíveis impactos na falha de

serviços demonstra a TI quais devem ser suas prioridades dentre os serviços).

Dentre os benefícios apresentados, alguns dependem de outros, como

etapas para um objetivo. Muitos desses podem ter importância diferente

dependendo da organização e do contexto em que estiverem inseridos. O foco da

organização, quando adotado o ITIL, deve ser a busca contínua de melhorias em

serviços, em infraestrutura e em organização. Somente assim poderá atingir o

beneficio proposto pelo ITIL.

7.4.1 Benefícios Gerais

Apresentam-se, pois, como benefícios gerais: a redução das chamadas a

central de serviço: 8% a 14%, a redução no custo total de suporte da TI: 16% a 32%

e a redução do número de falhas decorrentes de mudanças: 15% a 27%.

48

7.4.2 Benefícios específicos do ITIL

Quanto aos benefícios específicos do ITL, têm-se: Gerenciamento de

Configuração, que busca a redução do tempo gasto para identificar incidentes,

resultados de causa raiz e relação entre usuários, itens de configuração e incidentes

de 25% a 38%; Gerenciamento de Problemas, que visa à redução do número

recorrente de incidentes de 7% a 13% e à redução do tempo médio gasto para

gerenciamento de problemas em 9.4%; Gerenciamento de Incidentes, que espera a

diminuição do tempo de interrupção de serviço de 10% a 28%; Gerenciamento de

Mudanças, que busca a redução do número de clientes perdidos devido a mudanças

causados por um gerenciamento ineficiente: 40%.

Há também, nesta listagem de benefícios, os Serviços/Gerenciamento de

Incidentes, que tem por escopo a redução do tempo médio de solução para

incidentes de 28% a 48%; e o gerenciamento de Continuidade de serviços de TI,

que almeja o aumento no tempo de recuperação do serviço após incidente de 40% a

74%.

Este estudo foi realizado com mais de 55 corporações e

aproximadamente 54% das empresas européias e 37% da America do Norte e Sul

estão gerenciando o departamento de tecnologia utilizando o ITIL

Através de dados como os apresentados, é possível demonstrar a

eficiência e eficácia do ITIL para o gerenciamento de TI, sendo este o motivo de se

ter escolhido estas práticas como fundamentação do trabalho.

7.5 RESULTADOS

Os resultados obtidos da utilização do ITIL podem ser diversos e parte

deles significativos. Diversas empresas atingiram resultados como redução de

49

custos operacionais, aumento da eficiência, elevação da produtividade da equipe de

TI, incremento na efetividade para o negócio da área, entre outros.

Algumas empresas divulgam os resultados obtidos decorrentes da

adoção, dentre elas Caterpillar, Corte de Justiça de Ontário e Procter & Gamble. A

primeira obteve um aumento de 60% para mais de 90% no índice de atendimento de

incidentes realizado nos acordos de nível de serviço firmados com as unidades de

negócio da organização, após 18 meses da implementação. A segunda

implementou e ativou um Service Desk Virtual, reduzindo os custos com suporte

técnico em 40%, após dois anos e meio da implementação. A terceira, por sua vez,

depois de três anos da implementação, obteve uma redução entre 6 e 8% nos

custos operacionais da infra-estrutura de TI e redução entre 15 e 20% do pessoal

alocado. No caso específico do Service Desk, foi obtida uma redução de 10% no

volume total de chamadas recebidas.

Estudo realizado (Glomark-Governan, 2008) demonstra resultados

provenientes da utilização do ITIL. As empresas que fizeram parte do estudo já

haviam implementado a versão 2 do ITIL, sendo todas da América do Norte, Europa

ou América do Sul.

50

8 ALINHAMENTO ITIL/COBIT

Inicialmente a TI era vista como uma fonte de suporte ao negócio das

instituições, todavia, a partir da década de 1990, começou-se a perceber a

importância da TI como parte integrante do negócio. Por meio de propostas de

novos serviços e produtos como parte da estratégia, a TI passou a ser parte

fundamental ao negócio, em virtude do alinhamento entre TI e negócio.

O modelo para alinhamento estratégico (Henderson-Venkatraman, 1993),

descreve a importância da TI nas estratégias das organizações e a influência

competitiva para organização.

Diversos conjuntos de práticas e metodologias, conhecidas como

frameworks, são utilizados para promover este alinhamento. Entre os quais se

destacam o ITIL e CobiT pela forma em que ambos abordam cada área do

gerenciamento e governança. O ITIL fornece um coeso processo para tratamento de

incidentes, já o CobiT descreve formas de mitigar riscos e planejar melhorias podem

ser trabalhados de forma a se completarem.

Para utilização desse modelo de alinhamento estratégico, existem

algumas abordagens, no entanto, muitos autores defendem a abordagem de análise

do contexto no qual a corporação está inserida. Fatores externos são a base dessa

abordagem, utilizando da corporação o posicionamento no mercado e suas

necessidades.

Esta abordagem é defendida por corporações que precisam conquistar

novos mercados. A proposta é agregar valor à corporação através de serviços

inovadores e produtos diferenciados. Muitas vezes a TI se aproxima do negócio da

corporação através de produtos que utilizam de tecnologia. Serviços inteligentes,

disponíveis em qualquer lugar, facilmente integráveis e simples de usar são

características destes produtos.

51

Uma segunda abordagem comum entre autores, como Weil e Ross

(2006) é a baseada em fatores internos para alinhamento TI x Negócio. Este

alinhamento visa a tornar os serviços e produtos mais eficientes e eficazes.

Descreve processos para melhoria e redução de custos e busca por aumento da

produtividade da equipe através de treinamentos e especializações.

Corporações com uma grande quantidade de produtos e serviços buscam

essa abordagem. A posição consolidada no mercado garante um retorno de

investimento (ROI – Return Of Investment). Sendo essa uma abordagem

conservadora, é utilizada para obter retornos fundamentados em reconhecimento do

mercado.

Ambas as abordagens aplicam a Governança de TI para atingir seus

propósitos, assim como unir frameworks para auxiliar na Governança, também é

descrita por autores, como Teixeira (2004), a utilização das duas abordagens.

Para descrevê-la, será feito o alinhamento entre o ITIL e o CobiT.

8.1 DESCRIÇÕES DO ALINHAMENTO

No estudo descrito no sétimo capítulo deste trabalho, é destaque a

necessidade de se trabalhar as falhas e seus impactos de forma planejada, segura e

consistente. Os processos do ITIL demonstrados neste trabalho abrangem todas as

atividades necessárias para garantir a redução dos impactos. Com isso é possível

alinhar a parte funcional dos serviços ao negócio da empresa, com serviços

constantes e seguros.

Baseado no modelo proposto (Henderson-Venkatraman, 1993), será

apresentada a divisão das atividades do departamento de tecnologia, para que de

forma organizada e unificada os dois frameworks possam trabalhar a fim de prover o

serviço com a qualidade e disponibilidade esperada.f

52

A abordagem escolhida para realizar o alinhamento entre os dois

framework é baseada na divisão das responsabilidades e das áreas de atuação. O

CobiT é responsável por gerenciar a definição da estratégia e do apoio tático aos

serviços e infraestrutura, enquanto o ITIL descreve a parte operacional dos

processos. A Figura 3 demonstra, utilizando-se de uma pirâmide organizacional,

como ocorre essa divisão de responsabilidades.

Figura 3 – Áreas de atuação do ITIL e CobiT Fonte: Do autor

Outra grande necessidade para realizar o alinhamento Negócio x TI é

uma visão macro dos serviços, uma visão gerencial. Neste ponto, os domínios do

CobiT abordam os serviços como um conjunto integrado de funcionalidades. Os

domínios do CobiT fornecem processos que descrever como gerenciar os serviços

atuais e os que estão sendo implantados. A aplicação do domínio de Monitoração

fornece dados gerenciais sobre o desempenho da TI.

Utilizando o ITIL para gerenciar a parte funcional dos serviços e o CobiT

para novas implantações e obtenção de dados, acontecerá um alinhamento entre os

53

dois frameworks que trabalharam em conjunto para garantir o apoio que o negócio

precisa da TI. A Figura 4 exemplifica em quais domínios do CobiT o ITIL é aplicado

neste alinhamento. Demonstra que o Planejamento e Organização é contemplado

unicamente pelo CobiT, e a AI(Aquisição e Implementação), DS (Entrega e Suporte,

Delivery and Support) e MO (Monitoração) são trabalhados também pelo ITIL.

Figura 4 – Relacionamento entre ITIL e CobiT Fonte: Do autor

O CobiT descreve 10 processos para Planejamento e Organização dos

serviços. Este domínio abrange todas as fases do gerenciamento, desde a

estratégia até a execução. Para isso o ITIL não fornece um modelo estruturado para

execução destas tarefas, ficando, assim, esta parte sendo completamente

executada seguindo os processos do CobiT.

As demais atividades são trabalhadas compartilhando práticas de ambos

os frameworks. Os papéis de cada um dos serão divididos e descritos para cada das

atividades.

Aquisição e Implementação é composta por sete processos no CobiT.

Estes fornecem um modelo para tratamento de aquisições de novos produtos,

implementação de serviços, mudanças e análise para novos produtos. Por

54

compartilharem práticas de objetivos semelhantes, é proposta a divisão das

atividades. A Figura 5 apresenta como será dividido o processo de Aquisição e

Implementação para realizar o alinhamento entre os dois frameworks. À esquerda da

imagem o CobiT sendo utilizado para Implantação e Aquisição, e o encaixe com as

mudanças e novos produtos que usam de práticas do ITIL. Assim, os dois

frameworks se completam para atingir o propósito.

Figura 5 – Alinhamento no domínio de Aquisição e Implementação Fonte: Do autor

As orientações do CobiT para Aquisição de novos produtos e

Implementação serão seguidas, pois estas atividades não são abordadas pelo ITIL.

O CobiT estabelece processos baseados em dados provenientes da monitoração

para reconhecer a necessidade de novos produtos, e descreve práticas para realizar

a implantação de novos serviços.

As mudanças e as análises para novos produtos hão de ser baseadas

nas práticas do ITIL. São descritas como resultado de um processo coeso e

completo, sendo resultado da necessidade do gerenciamento de problemas por

alterações em serviço ou infraestrutura, isto é, um processo com fundamentação

para executar mudanças com baixo impacto decorrente de falhas.

55

No domínio de Entrega e Suporte são descritos processos de suporte

para os outros domínios, gerenciamento de incidentes, treinamento de equipe, nível

de serviço, continuidade de serviços, capacidade, operações e infraestrutura. O ITIL

abrange o Gerenciamento de Incidentes como uma atividade composta por quatro

processos (Incidente, Problema, Mudança e Liberação), apoiada por duas funções

(Central de serviço, Configuração). Por se tratar de uma sequência de atividades

composta por processos, o ITIL fornece uma visão mais detalhada, desse modo,

esta atividade segue as suas práticas.

Os processos de continuidade e capacidade também são citados pelo

CobiT, porém o este fica responsável pela estratégia e pelo apoio tático aos

processos, descrevendo as atividades de controle de capacidade e continuidade dos

serviços. Também serão seguidos os processos do CobiT para realizar o

treinamento das equipes.

O último domínio do CobiT é o de Monitoração, que descreve práticas

para prever situações adversas e possíveis melhorias aos serviços e infraestrutra. A

abordagem do CobiT para estas atividades é extremamente superior ao que o ITIL

propõe, visto que este apoiará estas atividades fornecendo relatórios do

Gerenciamento de problemas e mudanças, apontando necessidades para atender o

nível de serviço estipulado, enquanto que aquele descreve as atividades a serem

executadas.

8.2 BENEFÍCIOS

O alinhamento de dois frameworks como ITIL e CobiT, que trabalham

com visões diferentes, auxiliam a organização a elaborar sua própria visão de

governança. A organização utiliza as melhores práticas, buscam, pois, atender às

suas necessidades, estabelecendo assim um conjunto de práticas próprias.

56

Para realizar este alinhamento, deve-se conhecer a fundo os dois

conjuntos de práticas. A análise de cada um demonstra diversas necessidades da

organização, como controle de incidente, plano de continuidade, SLA (Service Level

Agreement), contratos de apoio, planejamento e organização, gerenciamento de

configuração, etc.

Cada necessidade recebe uma prioridade, auxiliando a escolha de cada

uma das práticas a serem adotas. Selecionando as melhores práticas de cada

framework, a organização consegue obter o melhor custo-benefício, pois utiliza

processos com propósito de suprir suas necessidades.

Com as necessidades sendo supridas através de uma abordagem

gerencial, processos como Monitoração, SLA, dentre outros, trazem aos gerentes

informações sobre custos, ROI e desempenho. Estas informações demonstram a

capacidade da TI em apoiar o negócio, e possibilita a organização a investir com

segurança.

Diversos benefícios que são provenientes de serviços e infraestrutura

organizada decorrem desta governança. Usuários satisfeitos, confiança nos

serviços, tranqüilidade para inovações e produtos da organização com qualidade

diferenciada no mercado são apenas alguns dos diversos benefícios.

Aplicando este alinhamento ao caso de estudo descrito no capitulo 7

deste trabalho, pode-se oferecer a organização um serviço que recebe diversas

formas de controle de erros, melhorias e futuros incidentes. Informações gerencias,

estatísticas de uso e métricas sobre este serviço provenientes das praticas descritas

no alinhamento fornece aos stakeholders, dados para identificar necessidades dos

usuários e melhorias no serviço.

O grande diferencial ao serviço proveniente do alinhamento é a utilização

das práticas mais adequadas de cada um dos framework para o caso de estudo,

aplicando de forma maleável cada um dos conjuntos de práticas.

57

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A constante imperícia no gerenciamento de equipes de tecnologia e a

falta de capacidade de preparar o ambiente para possíveis falhas me desafiaram a

buscar formas de proporcionar a este departamento, uma melhor visão de serviços e

controle. O conhecimento adquirido no decorrer do curso motivou a autora desta

proposta a buscar práticas para descrever como possíveis soluções para estes

problemas.

Para realizar este trabalho, diversos foram os desafios na busca das

melhores práticas, pois a quantidade de práticas apresentadas hoje torna a decisão

por uma prática algo complexo. Outro grande desafio é apresentar aos interessados

a viabilidade da aplicação destas práticas.

Para que os benefícios da adoção das práticas abordadas pelo CobiT e

ITIL é necessário o comprometimento da corporação com os processos. O

envolvimento de toda equipe é fundamental para o sucesso do processo utilizado. A

compreensão de quais são os benefícios buscados auxilia a demonstrar aos

interessados a verdadeira possibilidade de sucesso, evitando assim estimativas

elevadas de benefícios.

Através deste trabalho foi possível perceber a importância da governança

de TI para as organizações. Ainda que seja complexa a sua implementação, pois na

maioria dos casos requer uma mudança cultural no dia-a-dia da organização,

envolvendo o nível operacional mais baixo até a gerência, uma Governança de TI

eficaz pode trazer vários benefícios.

Como auxílio para a implementação da governança de TI encontra-se

cada vez mais no mercado frameworks criados por organizações e profissionais de

TI para as mais diversas áreas de TI, e também para a TI de uma forma geral.

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Esta pesquisa apresentou que os frameworks ITIL e CobiT não concorrem

entre si para gerenciar serviços. O fato é que ambos descrevem atividades com a

mesma finalidade, porem os conjuntos de práticas se complementam. Neste

trabalho é demonstrado como um serviço (site de uma instituição financeira) pode

ser auxiliado pelas práticas descritas.

Conclui-se finalmente que através das práticas apresentadas por este

trabalho, juntamente com as estáticas coletadas e relatas em organizações do

mundo inteiro, é possível através da governança de TI oferecer a corporação

serviços estáveis, contínuos e alinhados aos negócios da mesma.

Com a realização deste trabalho, muitas oportunidades de estudos

abriram para novos trabalhos. Cada uma das atividades descritas aqui pode ser

explorada para proporcionar ao caso de estudo aplicação mais coerente.

Como intenção futura de trabalho fica relatar em um trabalho sobre as

dificuldades encontradas no processo de execução das teorias apresentadas, com

detalhes sobre quais foram as soluções tomadas para esses obstáculos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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