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ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Diretriz conceitual O acúmulo técnico-político dos três níveis de gestão do SUS, na implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e da estratégia de Saúde da Família, elementos essenciais para a reorientação do modelo de atenção, tem possibilitado a identificação de um conjunto de questões relativas às bases conceituais e operacionais do que se tem denominado "Atenção Básica à Saúde" no Brasil, e de suas relações com os demais níveis do sistema. Esta discussão fundamenta-se nos eixos transversais da universalidade, integralidade e equidade, em um contexto de descentralização e controle social da gestão, princípios assistenciais e organizativos do SUS, consignados na legislação constitucional e infraconstitucional. A expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela estratégia Saúde da Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas apresentadas pelo Ministério da Saúde e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. Esta concepção supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais assumem responsabilidade. Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, equidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co- responsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade. Seu desafio é o de ampliar suas fronteiras de atuação visando uma maior resolubilidade da atenção, onde a Saúde da Família é compreendida como a estratégia principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o contexto de reorganização do sistema de saúde. Gestão O Departamento de Atenção Básica (DAB), estrutura vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde, no Ministério da Saúde, tem a missão institucional de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do SUS. A execução dessa política é compartilhada

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Page 1: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Diretriz conceitual

O acúmulo técnico-político dos três níveis de gestão do SUS, na implantação do

Programa de Agentes Comunitários de Saúde e da estratégia de Saúde da Família,

elementos essenciais para a reorientação do modelo de atenção, tem possibilitado a

identificação de um conjunto de questões relativas às bases conceituais e operacionais

do que se tem denominado "Atenção Básica à Saúde" no Brasil, e de suas relações com

os demais níveis do sistema. Esta discussão fundamenta-se nos eixos transversais da

universalidade, integralidade e equidade, em um contexto de descentralização e controle

social da gestão, princípios assistenciais e organizativos do SUS, consignados na

legislação constitucional e infraconstitucional.

A expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela estratégia Saúde da

Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas apresentadas pelo

Ministério da Saúde e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. Esta concepção

supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença,

desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e

participativas, sob a forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios

delimitados, pelos quais assumem responsabilidade.

Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade,

equidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da

Família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-

responsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade. Seu desafio é o

de ampliar suas fronteiras de atuação visando uma maior resolubilidade da atenção,

onde a Saúde da Família é compreendida como a estratégia principal para mudança

deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o contexto de reorganização do

sistema de saúde.

Gestão

O Departamento de Atenção Básica (DAB), estrutura vinculada à Secretaria de Atenção

à Saúde, no Ministério da Saúde, tem a missão institucional de operacionalizar essa

política no âmbito da gestão federal do SUS. A execução dessa política é compartilhada

Page 2: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

por estados, Distrito Federal e municípios. Ao DAB cabe, ainda, desenvolver

mecanismos de controle e avaliação, prestar cooperação técnica a estas instâncias de

gestão na implementação e organização da estratégia Saúde da Família e ações de

atendimento básico como o de Saúde Bucal, de Diabetes e Hipertensão, de Alimentação

e Nutrição, de Gestão e Estratégia e de Avaliação e Acompanhamento.

Page 3: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

SAÚDE DA FAMÍLIA

A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo

assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em

unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um

número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As

equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação

de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A

responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da

família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção

básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.

A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela

evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de

expansão da Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais

aos seus princípios. Iniciado em 1994, apresentou um crescimento expressivo nos

últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um

processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no

âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos

indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida.

A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem

provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção

no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem

produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações

assistidas às equipes saúde da família.

Equipes de Saúde

O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca permanente

de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe

e desses com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde. As equipes são

compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de

enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um

Page 4: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.

Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes,

sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área, e estas

passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre

principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da

comunidade, caracterizando-se: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e

regionalizado de saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, sob a

sua responsabilidade; por intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está

exposta; por prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar

atividades de educação e promoção da saúde.

E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a

população; por estimular a organização das comunidades para exercer o controle social

das ações e serviços de saúde; por utilizar sistemas de informação para o monitoramento

e a tomada de decisões; por atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias

estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a intervir em

situações que transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos

determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade.

Agentes Comunitários de Saúde

O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da

Família. Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um

programa de transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes

comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor

lotado em uma unidade básica de saúde.

Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas

em relação à rede do SUS: a) ligados a uma unidade básica de saúde ainda não

organizada na lógica da Saúde da Família;e b) ligados a uma unidade básica de Saúde

da Família como membro da equipe multiprofissional. Atualmente, encontram-se em

atividade no país 204 mil ACS, estando presentes tanto em comunidades rurais e

periferias urbanas quanto em municípios altamente urbanizados e industrializados.

Page 5: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

Valorização Profissional

O Ministério da Saúde reconhece e valoriza a formação dos trabalhadores como um

componente para o processo de qualificação da força de trabalho no sentido de

contribuir decisivamente para a efetivação da política nacional de saúde. Essa

concepção da formação busca caracterizar a necessidade de elevação da escolaridade e

dos perfis de desempenho profissional para possibilitar o aumento da autonomia

intelectual dos trabalhadores, domínio do conhecimento técnico-científico, capacidade

de gerenciar tempo e espaço de trabalho, de exercitar a criatividade, de interagir com os

usuários dos serviços, de ter consciência da qualidade e das implicações éticas de seu

trabalho.

Desafios Institucionais

Como desafios institucionais para expandir e qualificar a atenção básica no contexto

brasileiro destaca-se:

1 - a expansão e estruturação de uma rede unidades básicas de saúde que permitam a

atuação das equipes na proposta da saúde da família;

2 - a contínua revisão dos processos de trabalho das equipes de saúde da família com

reforço as estruturas gerenciais nos municípios e estados;

3 - a elaboração de protocolos assistenciais integrados (promoção, prevenção,

recuperação e reabilitação) dirigidos aos problemas mais frequentes do estado de saúde

da população, com indicação da continuidade da atenção, sob a lógica da

regionalização, flexíveis em função dos contextos estaduais, municipais e locais;

4 - ações que visem o fortalecimento das estruturas gerenciais nos municípios e estados

com vistas a: programação da atenção básica, supervisão das equipes, supervisão dos

municípios, supervisão regional, uso das informações para a tomada de decisão;

5 - revisão dos processos de formação e educação em saúde com ênfase na educação

permanente das equipes, coordenações e gestores;

6 - a definição de mecanismos de financiamento que contribuam para a redução das

desigualdades regionais e para uma melhor proporcionalidade entre os três níveis de

atenção;

Page 6: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

7 - a institucionalização de processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação

da atenção básica;

8 - ações articuladas com as instituições formadoras para promover mudanças na

graduação e pós-graduação dos profissionais de saúde, de modo a responder aos

desafios postos pela expansão e qualificação da atenção básica, incluindo aí a

articulação com os demais níveis de atenção.

Desempenho

Modelo de Atenção à Saúde do Brasil é referência internacional.

Estratégia Saúde da Família como desenhada no caso Brasileiro é destaque e

modelo para outros países.

Atenção Básica em Saúde é a pauta política dos gestores públicos.

A estratégia Saúde da Família está consolidada nos municípios brasileiros.

Estudos acadêmicos em curso demonstram que a Saúde da Família no período

de 1992 a 2002 apresenta indicadores animadores como a redução da

mortalidade infantil.

Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade de

São Paulo e Universidade de Nova York, demonstra que a cada 10% de aumento

de cobertura o índice de mortalidade infantil cai em 4,6%.

Aumento da satisfação dos usuários quanto ao atendimento recebido resultado

das mudanças das práticas das equipes de saúde.

Responsabilidades das Esferas Gestoras em Atenção Básica

Federal

Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica;

Co-financiar o sistema de atenção básica;

Ordenar a formação de recursos humanos;

Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção

básica;

Manter as bases de dados nacionais.

Page 7: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

Estadual

Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu

território;

Regular as relações inter-municipais;

Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu

território;

Co-financiar as ações de atenção básica;

Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu

território.

Municipal

Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território;

Contratualizar o trabalho em atenção básica;

Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência);

Co-financiar as ações de atenção básica;

Alimentar os sistemas de informação;

Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão.

FONTE: http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php

Page 8: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA

Política Nacional de Atenção Básica

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/pactos/pactos_vol4.pdf

O Departamento de Atenção Básica, compõe um dos 5 (cinco) Departamentos da

Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

É composto por 5 (cinco) Coordenações:

Acompanhamento e Avaliação

Alimentação e Nutrição

Gestão da Atenção Básica

Hipertensão e Diabetes

Saúde Bucal

Além de coordenar as ações Nacionais do PROESF (Projeto de Expansão e

Consolidação à Saúde da Família).

A Atenção Básica

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito

individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de

agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É

desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e

participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios

bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a

dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias

de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde

de maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários

com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da

acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da

integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação

social.

Page 9: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na

integralidade e na inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção

e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam

comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. A Atenção Básica tem a

Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os

preceitos do Sistema Único de Saúde.

A Estratégia Saúde da Família

A Saúde da Família, estratégia priorizada pelo Ministério da Saúde para organizar a

Atenção Básica, tem como principal desafio promover a reorientação das práticas e

ações de saúde de forma integral e contínua, levando-as para mais perto da família e,

com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Incorpora e reafirma os

princípios básicos do SUS - universalização, descentralização, integralidade e

participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.

O atendimento é prestado pelos profissionais das equipes saúde da família (médicos,

enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, dentistas e

auxiliares de consultório dentário) na unidade de saúde ou nos domicílios. Essa equipe e

a população acompanhada criam vínculos de co-responsabilidade, o que facilita a

identificação, o atendimento e o acompanhamento dos agravos à saúde dos indivíduos e

famílias na comunidade.

Veja vídeo

Estratégia Saúde da Família - vídeo institucional - parte 1

http://ms.midias.brasil.bvs.br/mediadetails.php?key=83e2277310ca7c8161bd&title=Estrat%C3

%A9gia+Sa%C3%BAde+da+Fam%C3%ADlia+-+v%C3%ADdeo+institucional+-+parte+1

Estratégia Saúde da Família - vídeo institucional - parte 2

http://ms.midias.brasil.bvs.br/mediadetails.php?key=7f0b8ba935de05a42ebc&title=Estrat%C3

%A9gia+Sa%C3%BAde+da+Fam%C3%ADlia+-+v%C3%ADdeo+institucional+-+parte+2

Page 10: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

PROESF – PROJETO DE EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO À

SAÚDE DA FAMÍLIA

Conheça o PROESF

Com o intuito de contribuir para a implantação e consolidação da Estratégia da Saúde da

Família nos municípios que possuem mais de 100 mil habitantes e incentivar a melhoria

da qualidade dos processos de trabalho e do desempenho dos serviços de saúde no país,

o Ministério da Saúde, com o apoio do Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento - BIRD , vem implementado o Projeto de Expansão e Consolidação à

Saúde da Família - PROESF, com ações diretas em 187 municípios brasileiros e nas 27

Unidades da Federação.

O Projeto tem como objetivos a ampliação, para as populações dos grandes municípios

brasileiros, do acesso aos serviços de Atenção Básica à Saúde, por meio da expansão da

Estratégia Saúde da Família; a interferência no processo de trabalho das Equipes de

Saúde da Família, através de investimentos em atividades de formação e capacitação

dos profissionais; e o aumento da efetividade e melhoria do desempenho dos serviços,

incorporando processos sistemáticos de planejamento, monitoramento e avaliação.

Contempla investimentos para estruturação e organização de serviços, qualificação de

Recursos Humanos e Sistemas de Informação e Avaliação.

O Projeto foi planejado para ser desenvolvido em 3 Fases, sendo o acordo de

empréstimo com o BIRD firmado separadamente em cada Fase, mediante o

cumprimento de metas e indicadores, que estabelecem condição de acesso aos

investimentos para as fases subsequentes. Seu período de implantação foi, previsto para

o período de 2002 a 2009. No entanto, sua 1ª fase sofreu prorrogação e seu término se

deu em 2007, acarretando mudança no tempo previsto. Seu segundo momento terá

início no 2º semestre de 2008, com duração de três anos. Os recursos disponíveis foram

50% financiados pelo BIRD e 50% como contrapartida do governo federal.

fonte: http://dab.saude.gov.br/PROESF/conheca.php

Page 11: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

O Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família – PROESF – é uma

iniciativa do Ministério da Saúde, viabilizada a partir de um Acordo de Empréstimo

celebrado com o BIRD, com o objetivo de apoiar, por meio da transferência de recursos

financeiros fundo-a-fundo, a expansão da cobertura, consolidação e qualificação da

estratégia Saúde da Família, nos municípios brasileiros com população acima de 100

mil habitantes.

O prazo de execução financeira do Acordo de Empréstimo da Fase 1 findou em 30 de

junho de 2007, sendo que o empréstimo foi finalizado com 99,87% (noventa e nove

vírgula oitenta e sete por cento) de seu montante total desembolsado, o que denota

excelente execução financeira.

A análise da evolução da cobertura da estratégia Saúde da Família, no grupo de 187

municípios participantes da Fase 1 demonstrou um aumento de 43% no número de ESF

implantadas de dezembro de 2003 a junho de 2007, com extensão da cobertura média de

25,7% para 34,4% nesse período. Essa expansão foi mais intensa no 1º ano de

implantação (2004), mas, apesar das dificuldades observadas nos anos seguintes,

manteve-se a tendência de crescimento, ainda que de forma menos acentuada.

Na tabela abaixo demonstra-se o alcance dos principais indicadores de desempenho

pactuados com o BIRD na consecução da Fase 1 do PROESF nos municípios

participantes:

INDICADORES LINHA

DE BASE METAS

RESULTADOS ALCANÇADOS

(média para o conjunto de municípios)

1. Cobertura média da

população pelas equipes SF 26,6% 35% 34,4% Dez/05 Abr/07

Meta substancialmente

alcançada

2. Cobertura vacinal de

menores de 1 em dia em dia

na população acompanhada

pela SF nos municípios

participantes do Componente

I, Fase 1 PROESF, inclusive

a DPT

94,0% 100%

94%

99%

(todas as

vacinas

nas áreas

da SF –

fonte

SIAB)

Dez/05 Abr/07 Meta substancialmente

alcançada

3. Percentual de NV de mães

que realizaram 7 ou mais

consultas de pré-natal.

57% 70% 61% Dez/05 Meta parcialmente

alcançada

4. Percentual de gestantes

acompanhadas pelas ESF e

vacinadas contra tétano

91,0% 100% 94%95% Dez/05 Abr/07 Meta parcialmente

alcançada

Page 12: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

5. Percentual de médicos e

enfermeiros da Saúde da

Família sobre o total de

médicos e enfermeiros da

Atenção Básica

28% 5-25% 41% Dez/05 Meta superada

6. Redução da Taxa de

internação por Infecção

Respiratória Aguda em

menores de 5 anos

35 / 1000 < 35 /

1000

23,4 /

1000 Dez/05 Meta alcançada

7. Taxa de internação por

diarréia em menores de 5

anos.

9,0 / 1000 < 9/1000 7 / 1000 Dez/05 Meta alcançada

8. Média mensal de visitas

domiciliares por família. 1 > 0,75 1 dez/05 Meta alcançada

9. Percentual de ESF

implantadas na Fase I que

desenvolveram planos de

ação e instrumentos para

enfrentamento de questões de

saúde em suas áreas

Informação

não

disponível

50% 74% Fev/06 Meta superada

10. Percentual de ESF

implantadas na Fase I

efetivamente supervisionadas

por Grupo Supervisor de

Referência

Informação

não

disponível

50% 84% Fev/06 Meta superada

O PROESF, na Fase 2, contempla 3 (três) Componentes que agrupam um conjunto de

Subcomponentes e Atividades/Ações, possíveis de serem planejadas e financiadas com

os recursos do Projeto.

1. COMPONENTE I: EXPANSÃO E QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE DA FAMÍLIA

NOS MUNICÍPIOS COM POPULAÇÃO ACIMA DE 100 MIL HABITANTES.

2. COMPONENTE II: FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE TÉCNICA DAS

SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE EM MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO

E EDUCAÇÃO PERMANENTE

3. COMPONENTE III: FORTALECIMENTO DA GESTÃO FEDERAL E APOIO

AO FORTALECIMENTO DAS GESTÕES ESTADUAIS E MUNICIPAIS DA

ABS/SAÚDE DA FAMÍLIA.

Os beneficiários diretos da Fase 2 do PROESF serão as populações dos municípios

Page 13: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

brasileiros que implantaram Equipes Saúde da Família, dentro do período de

desenvolvimento do Projeto na Fase 1. Destaca-se como população-alvo, específica do

Componente I, aquela dos grandes centros urbanos, totalizando mais de 100 mil

habitantes, participantes da Fase 1 e eleitos para a Fase 2 do PROESF . Bem como as

Secretarias de Estado das 27 Unidades da Federação, através do Componente II.

Importante ressaltar, que os Componentes II e III contemplam também ações na esfera

municipal, junto a municípios brasileiros que recebem incentivos ministeriais para

implantação da estratégia Saúde da Família e/ou melhoria de sua qualidade.

Os indicadores de desempenho de municípios e estados, na Fase 2, estão classificados

em três grupos: indicadores com obrigatoriedade de pactuação e vinculados ao

financiamento; indicadores com pactuação opcional e vinculados ao financiamento; e

indicadores com obrigatoriedade de pactuação e não vinculados ao financiamento,

conforme quadro abaixo:

INDICADORES PACTUAÇÃO

DE METAS

VINCULAÇÃO AO

FINANCIAMENTO FONTE DE ATUALIZAÇÃO

Incentivo Obrigatória sim Sistemas de Informação, informação dos

participantes e avaliação in loco

Bônus Opcional sim Sistemas de informação, informação dos

participantes e avaliação in loco

Monitoramento Obrigatória não Sistemas de informação, informação dos

participantes e avaliação in loco

COMPONENTE DO MUNICÍPIO

O Componente I no PROESF – Fase 2, continuará a apoiar, nos grandes centros urbanos

brasileiros, as iniciativas de expansão, consolidação e qualificação da Estratégia Saúde

da Família, como eixo de organização/reorganização da Atenção Básica à Saúde.

O Componente I, aperfeiçoado para essa nova Fase do Projeto, manterá, entretanto, uma

série de atividades e ações financiáveis, com potencialidade para interferirem nos

grandes desafios que ainda interpõem-se para a eficácia da organização dos Sistemas de

Saúde, nos grandes municípios brasileiros. Tais desafios podem ser sintetizados em dois

pontos: de um lado, as características gerais das grandes metrópoles e áreas de maior

Page 14: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

densidade populacional, que favorecem situações de pobreza extrema, populações

marginalizadas e deterioração progressiva das condições de vida, incluindo fenômenos

sociais importantes, como a violência urbana. A desigualdade, no que se refere às

condições sócio-econômicas, propicia reflexo direto no desigual acesso e utilização dos

serviços de saúde. De outro lado, ressaltam-se os problemas históricos, relativos à

estruturação e organização dos serviços de saúde nos grandes municípios. Ao mesmo

tempo em que tais cidades concentram oferta de procedimentos de diferentes níveis de

complexidade e de profissionais especializados, a capacidade de cobertura e resposta

resolutiva para a população tem-se mostrado insuficiente – e desigual –,

consubstanciando sérios entraves nas diferentes dimensões da acessibilidade: má

distribuição espacial das unidades, insuficiência de serviços de suporte, planejamento

inadequado da oferta, fragmentação e desarticulação das ações, inviabilizando a

assistência integral, de acordo com as necessidades da população. Somados a esses,

agregam-se os problemas relacionados à inadequação do perfil profissional, cujas

origens remetem a limitações na formação, capacitação e desenvolvimento de recursos

humanos e a insuficiência ou ausência de acompanhamento e avaliações sistemáticas

dos processos e impacto das ações, especialmente no âmbito da Atenção Básica à

Saúde.

COMPONENTE DO ESTADO

O Componente II, na Fase 2, continuará a apoiar o desenvolvimento, implantação e

execução das ações de Monitoramento e Avaliação (M&A) da Atenção Básica / Saúde

da Família e dos processos de Educação Profissional, visando fortalecer a capacidade

técnica das Secretarias Estaduais de Saúde e dos municípios, nesses dois contextos,

imprescindíveis para qualificação da Atenção Básica/Saúde da Família no Brasil.

Com esse Componente procura-se estabelecer pressupostos conceituais, diretrizes e

critérios técnicos para o financiamento das ações de monitoramento e avaliação da

Atenção Básica e de educação permanente no âmbito estadual e subsidiar a elaboração,

por parte das SES, dos Planos Estaduais para o Fortalecimento das Ações de

Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica e de Educação Permanente.

Page 15: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

Os Planos Estaduais para o Fortalecimento das Ações de Monitoramento e Avaliação da

Atenção Básica e Educação Permanente são entendidos como uma ferramenta de

planejamento e gestão, elaborados de maneira integrada, flexível e adaptável às

mudanças requeridas pela realidade, cujo compromisso maior pauta-se na

institucionalização da avaliação da Atenção Básica. São percebidos como parte

integrante do Plano de Saúde do Estado, uma vez que buscam investir no potencial

estruturante da avaliação no âmbito do SUS. Em síntese, os Planos Estaduais abrangem

uma descrição da situação atual da SES, dos seus problemas e potencialidades, dos

fatores causais, e uma proposta de desenho de ações e estratégias para implementar a

avaliação da atenção básica no estado.

O objetivo a ser perseguido pelas SES é o de potencializar ações, projetos, programas,

áreas técnicas, pessoal e recursos financeiros já existentes, articulando-os num processo

de trabalho convergente em objetivos e metas. Neste sentido, cabe prioritariamente aos

estados uma análise dos processos avaliativos e de educação da Atenção Básica

existentes na SES, destacando entraves e perspectivas, com o objetivo de delinear

prioridades e estratégias para superação do cenário descrito.

No planejamento das ações relacionadas ao M&A, o Plano de Ação Estadual, na Fase 2,

deverá incorporar estratégias para consolidar e qualificar os processos iniciados na Fase

1, afeitos à sistematização e integração de ações de M&A, bem como para capacitar os

técnicos para o manuseio de técnicas e instrumentos, vislumbrando a otimização dos

registros e análises, com base em indicadores prioritários e adequados para as diferentes

realidades.

No que se refere ao planejamento dos processos de educação, o Plano de Ação Estadual

deverá considerar que os modelos atuais de desenvolvimento de recursos humanos,

ainda têm deixado lacunas importantes na qualidade da formação dos trabalhadores para

o Sistema Único de Saúde. Tais lacunas englobam deficiências de ordem técnica,

política e gerencial, que precisam ser problematizadas e enfrentadas. No cenário atual, o

alvo de ação prioritário abrangerá os egressos recentes das escolas superiores e todo o

contingente profissional já incorporado ao serviço, incluindo os trabalhadores de nível

técnico.

Page 16: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

COMPONENTE FEDERAL

A execução do Componente III será de responsabilidade do Ministério da Saúde e

incluirá atividades e ações relacionadas com os processos de Educação e de

Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica/Saúde da Família. A partir de um Plano

de Aquisições pré-estabelecido e negociado com o BIRD, a execução desse

Componente ancorar-se-á nas regras emanadas pela Coordenação Geral de Recursos

Logísticos (CGRL), do Ministério da Saúde, e nas emanadas pelo Banco Internacional

para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD).

Page 17: apostila_-_Atenção_Básica_À_Saúde

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA – NASF

A Atenção Primária à Saúde é complexa e demanda uma intervenção ampla em

diversos aspectos para que se possa ter efeito positivo sobre a qualidade de vida da

população, necessita de um conjunto de saberes para ser eficiente, eficaz e resolutiva. É

definida como o primeiro contato na rede assistencial dentro do sistema de saúde,

caracterizando-se, principalmente, pela continuidade e integralidade da atenção, além da

coordenação da assistência dentro do próprio sistema, da atenção centrada na família, da

orientação e participação comunitária e da competência cultural dos profissionais

(STARFIELD, 2004).

Desta forma, são definidos os quatro atributos essenciais da atenção primária à saúde: o

acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, a continuidade e a

integralidade da atenção, e a coordenação da atenção dentro do sistema.

A Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada prioritária de um sistema

hierarquizado, regionalizado de saúde e vem provocando um importante movimento de

reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS. Visando apoiar a inserção da

Estratégia Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das

ações da Atenção Primaria bem como sua resolutividade, além dos processos de

territorialização e regionalização, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à

Saúde da Família - NASF, com a Portaria GM nº 154, de 24 de Janeiro de 2008,

Republicada em 04 de Março de 2008.

O NASF deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes

áreas de conhecimento, para atuarem em conjunto com os profissionais das Equipes

Saúde da Família, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob

responsabilidade das Equipes de SF no qual o NASF está cadastrado.

Existem duas modalidades de NASF: o NASF 1 que deverá ser composto por no

mínimo cinco das profissões de nível superior (Psicólogo; Assistente Social;

Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Profissional da Educação Física;

Nutricionista; Terapeuta Ocupacional; Médico Ginecologista; Médico Homeopata;

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Médico Acupunturista; Médico Pediatra; e Médico Psiquiatra) vinculado de 08 a 20

Equipes Saúde da Família e o NASF 2 que deverá ser composto por no mínimo três

profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes (Assistente Social;

Profissional de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo;

Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional), vinculado a no mínimo 03 Equipes

Saúde da Família, fica vedada a implantação das duas modalidades de forma

concomitante nos Municípios e no Distrito Federal.

Excepcionalmente, nos Municípios com menos de 100.000 habitantes dos Estados da

Região Norte, cada NASF 1 poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 5

(cinco) equipes de Saúde da Família, e a, no máximo, a 20 (vinte) equipes de Saúde da

Família. A definição dos profissionais que irão compor os núcleos é de

responsabilidade dos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade

identificados a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de

cada uma das diferentes ocupações.

Tem como responsabilidade central atuar e reforçar 9 diretrizes na atenção à saúde: a

interdisciplinaridade, a intersetorialidade, a educação popular, o território, a

integralidade, o controle social, a educação permanente em saúde, a promoção da saúde

e a humanização.

A equipe do NASF e as equipes da saúde da família criarão espaços de discussões para

gestão do cuidado. Como, por exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos constituindo

processo de aprendizado coletivo. Desta maneira, o NASF não se constitui porta de

entrada do sistema para os usuários, mas apoio às equipes de saúde da família e tem

como eixos a responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do

cuidado, que se pretende, pela saúde da família.

O NASF está dividido em nove áreas estratégicas sendo elas: atividade física/práticas

corporais; práticas integrativas e complementares; reabilitação; alimentação e nutrição;

saúde mental; serviço social; saúde da criança/ do adolescente e do jovem; saúde da

mulher e assistência farmacêutica.

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Organização do processo de trabalho dos NASF, nos territórios de sua

responsabilidade, deve ser estruturada priorizando:

a) Atendimento compartilhado para uma intervenção interdisciplinar, com troca de

saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência para

ambos os profissionais envolvidos. Com ênfase em estudo e discussão de casos e

situações, realização de projeto terapêutico, orientações, bem como atendimento

conjunto; (criando espaços de reuniões, atendimento, apoio por telefone, e-mail,

etc).

b) Intervenções especificas do NASF com usuários e famílias encaminhados pela

equipe de SF, com discussões e negociação a priori entre os profissionais

responsáveis pelo caso, de forma que o atendimento individualizado pelo NASF

se dê apenas em situações extremamente necessária;

c) Ações comuns nos territórios de sua responsabilidade, desenvolvidas de forma

articulada com as equipes de SF e outros setores. Como por exemplo o

desenvolvimento do projeto de saúde no território, planejamentos, apoio aos

grupos, trabalhos educativos, de inclusão social, enfrentamento da violência,

ações junto aos equipamentos públicos (escolas, creches, igrejas, pastorais, etc).

Dentro de tal perspectiva, implantar NASF implica, portanto, na necessidade de

estabelecer espaços rotineiros de reunião de planejamentos, o que incluiria discussão de

casos, estabelecimentos de contratos, definição de objetivos, critérios de prioridade,

critérios de encaminhamento ou compartilhamento de casos, critérios de avaliação,

resolução de conflitos etc. Tudo isso não acontece automaticamente, tornando-se assim

necessário que os profissionais assumam sua responsabilidade na co-gestão e os

gestores coordenem estes processos, em constante construção.

fonte: http://dab.saude.gov.br/nasf.php

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Verificar a seguinte Legislação:

Portaria Nº 154/GM, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 04 de março de 2008.

http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/portaria154_04_03_08_re.pdf

Portaria Nº 198/SAS/MS, de 28 de março de 2008.

http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/portaria198_28_03_08.pdf

Portaria Nº 409/SAS/MS, de 23 de julho de 2008.

http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/portaria409_23_07_08.pdf

Portaria Nº 847/GM, de 30 de abril de 2009

http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/portaria_847_30_04_09.pdf

Portaria Nº 2.281/GM, de 1º de outubro de 2009.

http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/portaria2281_01_10_09.pdf