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7/31/2019 APOSTILA ECIN
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1
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO
COMBATE A INCÊNDIO
(CIN-1)
1ª edição
Belém-PA
2011
7/31/2019 APOSTILA ECIN
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2
© 2010 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
Autor: Prof. 1ON Rommel Gomes e Gomes
Revisão pedagógica: Vanessa de Medeiros Gomes Adriano
Revisão gramatical: Esmaelino Neves de Farias
Designer Gráfico: Fernando David de Oliveira
Coordenação geral: CC(T) Glaydson Antônio Corrêa do Nascimento
____________ exemplares
Diretoria de Portos e Costas
Rua Teófilo Otoni, no 4 – Centro
Rio de Janeiro, RJ
20090-070
http://www.dpc.mar.mil.br
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto no 1825, de 20 de dezembro de 1907
IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................... 51 O FOGO. CONCEITOS E APLICAÇÕES.................................................. 6
1.1 Elementos que provocam incêndios (fogo/combustão).............................. 6
1.2 Propriedades dos materiais inflamáveis..................................................... 10
1.3 Riscos de incêndio...................................................................................... 12
1.4 Propagação do fogo................................................................................... 15
1.5 Princípios da prevenção contra incêndios.................................................. 17
1.6 Procedimentos de segurança..................................................................... 24
1.7 Vigilância e patrulhamento......................................................................... 30
1.8 Tipos de incêndio........................................................................................ 32
1.9 Agentes extintores em função do tipo de incêndio..................................... 37
2 ORGANIZAÇÃO DO COMBATE À INCÊNDIO A BORDO....................... 43
2.1 Alarme geral de incêndio........................................................................... 44
2.2 Plano de segurança,lista de postos e incumbências................................. 45
2.3 Meios de comunicação interna de segurança............................................
45
2.4 Procedimentos de segurança pessoal........................................................ 46
2.5 Tipos de treinamentos práticos................................................................... 50
2.6 Planta de construção de embarcações mercante com os arranjosestruturais de prevenção e controle de incêndio........................................ 51
2.7 Sistemas de inspeção e patrulha................................................................ 60
2.8 Sistemas de detecção de fogo e fumaça.................................................... 61
2.9 Tipos de extintores portáteis de acordo com as classes de incêndio......... 62
3 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COMBATEA INCÊNDIO............................................................................................... 72
3.1 Tipos de redes, mangueiras e esguichos................................................... 72
3.2 Características das bombas principais e de emergência........................... 83
3.3 Funcionamento da bomba de incêndio de emergência (moto-bomba)...... 85
3.4 Recomendações para o uso de instalações fixas...................................... 86
3.5 Sistemas fixos com efeitos abafadores :espuma, CO2 e pó seco............. 87
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3.6 Sistemas fixos com efeitos resfriadores: sprinklers e spray de água pressurizada............................................................................... 93
3.7 Equipamentos de proteção individual (EPI)............................................. 95
3.8 Uso dos equipamentos de proteção individual (EPI)............................... 102
3.9 Uso do aparelho de respiração artificial................................................... 103
3.10 Uso do aparelho de ressurreição............................................................. 104
3.11 Emprego das mantas de incêndio............................................................ 106
3.12 Meios e métodos utilizados...................................................................... 107
4 EXERCÍCIOS DE COMBATE A INCÊNDIO............................................ 108
4.1 Combate a pequenos incêndios, das diversas classes empregando
todos os meios disponíveis...................................................................... 108
4.2 Técnicas adequadas de combate a incêndios externos.......................... 109
4.3 Técnicas adequadas de combate a incêndios em compartimentoscom fumaça.............................................................................................. 110
5 REFERÊNCIAS........................................................................................
112
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5
Apresentação
Esta apostila foi escrita com o intuito de fornecer um suporte bibliográfico aosalunos da disciplina Combate a Incêndio do curso de Bacharel em Ciências Náuticas
da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante. Ela não pretende substituir
alguns livros indicados, os quais são mais profundos e mais ricos em detalhes sobre
a disciplina. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos alunos assuntos
encontrados no sumário da DPC, aproximadamente iguais aos que são vivenciados
na vida real. Desta maneira, procura-se ganhar tempo, evitando-se copiar grande
parte da matéria. Evidentemente, durante as aulas, sempre haverá espaço para sepropor exercícios e atividades relacionados com situações reais de combate ao
incêndio. Enfim, esperamos que os conhecimentos aqui adquiridos sejam úteis e
adequados ao bom desempenho profissional de nossos marinheiros.
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1 O Fogo : Conceito e Aplicações
1.1 Elementos que provocam incêndios (fogo/combustão)
Combustão ou queima: é uma reação química exotérmica entre uma
substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para
liberar calor. Em uma combustão completa, um combustível reage com um
comburente e, como resultado se obtém compostos resultantes da união de ambos,
além de energia, sendo que alguns desses compostos são os principais agentes
causadores do efeito estufa.
Figura 1- Combustão
A combustão pode ser de três tipos:
• Reação lenta: ocorre entre algumas substâncias e o oxigênio e requer
algumas semanas ou meses para a sua completa efetivação. As quantidades
de calor liberadas são pouco significativas e num espaço de tempo muito
grande. Podemos dar como exemplo a oxidação dos metais.
• Reação rápida: o calor é gerado a uma taxa de valor superior ao da taxa do
calor dissipado, sendo que as quantidades de calor libertadas são
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significativas e num espaço de tempo muito curto. Podemos dar como
exemplo a combustão da gasolina.
• Reação instantânea (explosão): resulta duma súbita e violenta expansão de
gases, que podem já existir ou ser gerados na altura da explosão. A explosão
é sempre acompanhada de ondas de choque e/ou ruptura de estruturas. A
explosão pode dar-se por deflagração (quando a velocidade de propagação
da frente de chama se desloca a uma velocidade inferior à da propagação do
som no ar) ou por detonação (quando a velocidade de propagação da frente
da chama se desloca a uma velocidade superior à da propagação do som no
ar).1
Produtos da combustão:
• Calor: afeta as pessoas na razão direta da sua intensidade e do tempo de
exposição.
• Chamas: parte visível de um fogo, permitindo-nos ter uma ideia do
combustível presente através da sua cor.
• Fumos : partículas sólidas semiqueimadas que se encontram em suspensão
nos gases. Se o fumo for preto, indicia excesso de combustível, se o fumo for
branco, indicia excesso de comburente.
• Gases: aqui há a destacar o Monóxido de Carbono, que é formado nas
combustões incompletas. Este gás é particularmente perigoso porque éincolor e inodoro, sendo o principal causador de vítimas nos incêndios.
• Fogo: rápida oxidação de um material combustível liberando calor, luz e
produtos de reação, tais como o dióxido de carbono e a água.[1] O fogo é
uma mistura de gases a altas temperaturas, formada em reação exotérmica
1 Fonte : www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-riscos_incendio_0208.pdf
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de oxidação, que emite radiação eletromagnética nas faixas do infravermelho
e visível. Desse modo, o fogo pode ser entendido como uma entidade
gasosa emissora de radiação e decorrente da combustão. Se bastante
quente, os gases podem se tornar ionizados para produzir plasma.
Dependendo das substâncias presentes e de quaisquer impurezas, a cor da
chama e a intensidade do fogo podem variar. O fogo em sua forma mais
comum pode resultar em incêndio, que tem o potencial de causar dano físico
através da queima”. 2
Figura 2- Fogo
“Combustível : tudo que é capaz de entrar em combustão (queimar)
ex. madeira, papel, tinta, pano, alguns metais, etc.
Energia de Ativação: quantidade de energia, normalmente sobre a forma de
calor, que é necessário fornecer ao combustível para elevar a sua temperatura até
ao ponto em que a reacção de combustão se pode iniciar e continuar até que todasas moléculas tenham reagido. Atualmente, também já se pode encarar o fogo como
um tetraedro, acrescentando a Reação em Cadeia aos três anteriores elementos.
O incêndio desenvolve-se normalmente nas seguintes fases:
2 Fonte : wikipédia.org
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• Início: caracteriza-se por baixa temperatura, fumos incipientes e chamas
pouco visíveis;
• Desenvolvimento: caracteriza-se pelo incremento de temperatura, com
desenvolvimento de fumos e chamas;
• Ignição total: caracteriza-se pela inflamação dos materiais combustíveis;
• Propagação do fogo: caracteriza-se por ser uma situação incontrolável;
• Extinção do incêndio: ocorre após o consumo total do combustível”.3
Seg Figura 3 – Combustível
Limites de inflamabilidade
“O Limite Inferior de Inflamabilidade é a concentração máxima de vapores
combustíveis no ar abaixo da qual não existe combustão, em virtude da mistura ser
demasiado pobre em vapores combustíveis.
O Limite Superior de Inflamabilidade, por seu turno, é a concentração mínima
de vapores combustíveis no ar acima da qual não existe combustão, em virtude da
3 Fonte : www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-riscos_incendio_0208.pdf
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mistura ser demasiado rica em vapores combustíveis. Os fatores que influenciam o
domínio da explosividade são:
• Aumento da pressão e/ou temperatura;
• Diminuição da pressão e/ou temperatura;
• Diminuição da percentagem de oxigênio”.
O quadrilátero do fogo
O QUADRILÁTERO DO FOGO é uma complementação do Triângulo do Fogo,
uma vez que os estudos realizados nos últimos anos revelaram um novo elemento
do fogo que é a REAÇÃO EM CADEIA.
1.2 Propriedades dos materiais inflamáveis
1.2.1 Classificação dos combustíveis
Quanto ao estado físico:
COMBURENTE
COMBUSTÍVEL
REAÇÃO EM CADEIA
TEMPERATURA DEIGNIÇÃO
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• sólidos ( carvão, madeira, pólvora)
• líquidos ( gasolina, álcool, éter, óleo de linhaça)
• gasosos ( metano, etano , gás de cozinha)
Quanto à volatilidade:
• voláteis: (na condição normal de temperatura e pressão, desprendem
vapores capazes de se inflamarem): álcool, éter, benzina etc.
• não voláteis: só desprendem vapores ao serem aquecidos acima da
temperatura ambiente: óleo combustível, lubrificantes, etc.
Quanto à presença de comburente:
• com comburente: pólvora, cloratos, nitratos, metais combustíveis (lítio,
zircônio, titânio etc.)
• sem comburente: madeira, papel,tecidos etc.
Comburente : é o elemento químico que se combina com o combustível,
possibilitando a combustão – na grande maioria dos casos é o oxigênio – naatmosfera é de cerca de 21%.
Observação: normalmente abaixo de 16% não há combustão.
Em relação a temperatura:
• Ponto de fulgor: temperatura mínima na qual os combustíveis desprendem
vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor,
mas não em quantidade suficiente para manter a combustão. A chama
aparece, mas logo se extingue, não mantendo a combustão.
• Ponto de combustão: temperatura do combustível acima da qual ele
desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa
de calor e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte.
• Ponto de ignição: temperatura necessária para inflamar os vapores que
estejam desprendendo de um combustível.
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1.2.2 TRIÂNGULO DO FOGO
1.3 Riscos de incêndio
“O risco de incêndio num determinado local depende da quantidade e da
qualidade do combustível aí existente. Está diretamente relacionado com três
fatores:
• Poder Calorífico: (quantidade de calor libertada pela combustão completa de
uma unidade de massa combustível);
• Potencial Calorífico: (quantidade de calor susceptível de ser libertada pela
combustão completa de um corpo);
• Carga de Incêndio: (potencial calorífico da totalidade dos materiais
combustíveis contidos num espaço, compreendendo o revestimento das
paredes, divisórias,soalhos e tetos).
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Para esta equação há também que considerar a Densidade da Carga,
correspondente à carga de incêndios por unidade de área e importante para avaliar
o risco de incêndio e estudar os meios de intervenção”.4
Redução dos riscos de incêndio, classificação e distribuição dos extintores
portáteis, classificação das áreas quanto ao risco de incêndio.
Podemos afirmar, com segurança, que o mais eficiente método de combater
incêndios é evitar que eles tenham início. A grande maioria de ocorrência de fogo a
bordo é derivada de falha humana, pela não observância dos cuidados na utilização
de material, pela manutenção deficiente dos equipamentos e pelo desconhecimento
das precauções de segurança. As principais causas de incêndios à bordo de navios, segundos dados
estatísticos de fontes oficiais, são as seguintes:
• cigarros e fósforos atirados em locais impróprios;
• trapos e estopas embebidos em óleo ou graxa;
• acúmulo de gorduras nas telas e dutos de extração da cozinha;
•
serviço com equipamentos de solda elétrica ou oxiacetilênica;• porão com acúmulo de óleo ou lixo;
• vasilhames destampados contendo combustíveis voláteis;
• uso desnecessário de materiais combustíveis;
• instalações e equipamentos elétricos deficientes;
• materiais inflamáveis ou combustíveis a bordo, tais como: óleos, graxas,
tintas, solventes, etc..., armazenado inadequadamente;
•
presença de vazamentos em sistemas de óleo combustível e lubrificante;• partes aquecidas de máquinas próximas a redes de óleo;
• uso de ferramentas manuais ou elétricas em tanques não devidamente não
desgaseificados;
• fritadores elétricos superaquecidos;
4 Fonte: http://www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-riscos_incendio_0208.pdf
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• descuido com lâmpadas desprotegidas.
Figura 4 – Incêndio à bordo.
Figura 5 – Incêndio a bordo.
1.3.1 Áreas de risco
Para se determinar a quantidade de extintores necessários a cada caso, temos
de considerar o risco existente na área a proteger, bem como a eficácia do extintor
(depende do agente extintor e capacidade). Consideram-se os seguintes três níveis
de riscos:
• RISCOS LIGEIROS: considera-se risco ligeiro quando as quantidades de
combustível ou de líquidos inflamáveis presentes podem contribuir para a
ocorrência de incêndios de pequenas proporções. Estão incluídos nestes
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casos os escritórios, escolas, igrejas, locais de reunião, centrais telefônicas e
outros.
•
RISCOS ORDINÁRIOS: considera-se risco ordinário quando as quantidadesde combustível ou de líquidos inflamáveis presentes podem contribuir para a
ocorrência de incêndios de dimensões normais. Estão incluídos nestes casos
os armazéns, parques de estacionamento, pequenas fábricas, armazéns de
mercadorias não classificadas como perigosas, lojas de artigos escolares e
outros.
• RISCOS GRAVES: considera-se risco grave quando as quantidades de
combustível ou de líquidos inflamáveis presentes podem contribuir para aocorrência de incêndios de grandes proporções. Estão incluídos nestes
casos as serrações, oficinas de automóveis e de manutenção de aviões,
armazéns de combustíveis e processos que envolvem o manuseamento de
líquidos inflamáveis, tintas, de ceras e outros.
1.4 Propagação do fogo
Abordaremos neste item, as principais formas de propagação do calor em um
incêndio. Isso se dá da seguinte forma:
• Condução: é a transmissão de calor de molécula para molécula através de
um corpo ou de um corpo para outro, pelo contato entre eles.
• Convecção: é o método de transmissão característico dos líquidos e gases.
Consiste na formação de correntes ascendentes e descendentes no mesmo
ambiente.
• Irradiação: é a transmissão sem a necessidade de continuidade molecular;
ela se faz através de ondas caloríficas, onde não é necessário qualquer tipo
de contato.
• Combustão espontânea: certos materiais orgânicos, em determinadas
circunstâncias, podem por si só entrar em combustão. Entre as substâncias
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mais suscetíveis de combustão espontânea destacam-se a alfafa, tecidos
impregnados em óleos, o feno, os pós metálicos, a juta, o sisal, a serragem,
etc. Embora seja um fenômeno pouco falado, a combustão espontânea é mais
comum do que se poderia pensar; ocorre frequentemente durante o verão,
quando há grandes períodos sem chuvas e altas temperaturas ambientes.
• Combustão incompleta: é a combustão onde não se verifica a queima total
da massa combustível, pela pouca quantidade de comburente na queima.
Como exemplo citaremos um carro à gasolina que não esteja com a mistura
combustível/comburente proporcionalmente bem regulada.
• Intensidade da combustão: conhecido por intensidade da combustão, é o
volume de chamas que se desprende de um incêndio. Além da quantidade de
combustível, devemos considerar também a área superficial do combustível.
Assim, quanto maior a área superficial, maior será a concentração da mistura
ar/combustível e, em consequência, maior será a intensidade da combustão.
Devemos considerar também a concentração do comburente. Observa-se
quando um incêndio está ocorrendo com pequena intensidade em umambiente confinado, onde a concentração de oxigênio já atingiu níveis
reduzidos, e uma porta é bruscamente aberta; subitamente, sob o impacto do
aumento da concentração de oxigênio ambiente, o fogo se reanima e aumenta
de intensidade.
• Explosão: há combustíveis que, por sua alta velocidade de queima e enorme
produção de gases, quando inflamados em espaços confinados, produzem ofenômeno da explosão. Os explosivos tais como o TNT, a nitroglicerina, por
exemplo, apresentam enorme perigo quando ameaçados por um incêndio. A
providência imediata a tomar será sempre afastá-los das proximidades do fogo
ou alagar com água os compartimentos onde se encontram armazenadas.
• Eletricidade estática: é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em
relação a outro, geralmente em relação à terra. Forma-se na maioria dos
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casos, por atrito, sendo praticamente impossível de ser eliminada. A
providência que pode ser tomada é impedir o seu acúmulo, antes que atinjam
potenciais perigosos (capazes de fazer saltar uma faísca), estabelecendo-se
terra nos equipamentos a ela sujeitos, isto é, ligando-se a carcaça do
equipamento à terra por meio de um condutor. A faísca da descarga elétrica,
em si, nada de mau representa, apenas havendo combustíveis ou misturas
explosivas nas proximidades, é que se pode temer um sinistro. Antes de se
iniciar a descarga de líquidos inflamáveis, o chassis de um caminhão é ligado
a terra por um fio metálico.
Importante: as mangueiras que descarregam líquidos e gases combustíveis devem
ser dotadas de bocal metálico que, por sua vez, deve ser conectado eletricamente
ao tanque receptor, antes de ser iniciada a descarga, evitando-se, assim, que a
eletricidade estática gerada pelo atrito do fluido com a mangueira possa originar uma
centelha entre o bocal e o tanque.
1.5 Princípios da prevenção contra incêndios
“Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como
agir corretamente no momento em que eles ocorrem. Início de incêndio e outros
sinistros de menor proporção podem deixar de transformar-se em tragédia, se forem
evitados e controlados com segurança e tranquilidade por pessoas devidamente
treinadas. Na maioria das vezes, o pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas
que o próprio acidente”.5
5Fonte:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/prevencao_de_incendio.html
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Figura 6 – Princípio de Incêndio
1.5.1 Prevenção contra incêndios e explosões acidentais
Para se prevenir contra incêndios e explosões acidentais, deve-se
principalmente manter a segurança e checar periodicamente todos os equipamentos
contra incêndio.
“Todas as áreas de risco sujeitas a ocorrências de explosões ou incêndios
devem ser demarcadas e sinalizadas. Todas as áreas objeto de deposição ou aplicação de material inflamável devem estar sinalizadas como áreas
potencialmente sujeitas a incêndios ou explosões. O estado de funcionamento das
instalações ou dos dispositivos contra incêndios devem ser inspecionados
periodicamente, mantendo-se um registro dessas inspeções. Deve ser realizado um
controle do funcionamento dos equipamentos e do sistema de exaustão ou
purificação com a finalidade de manter as concentrações dentro dos limites
estabelecidos na legislação vigente”
6
.
1.5.2 Princípios de prevenção a incêndios em navios
A evolução do incêndio
6 Fonte: http://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/nrm_08.htm
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Quando um combustível tem sua inflamação iniciada, isto é, quando começa a
queimar, é porque, pelo menos naquela região do combustível, ele já alcançou a
temperatura ideal para que haja a queima. Havendo esse início de fogo, a
temperatura das partes adjacentes também sobe, propiciando a queima dessas
partes.
Imagine se queimarmos a extremidade de uma tocha feita com uma folha de
papel enrolado. O fogo existente nessa extremidade provocará a elevação de
temperatura e a conseqüente queima, gradativa, de todo o resto da tocha. Assim
como as partes do papel-tocha, adjacentes à extremidade onde iniciou o fogo,
tiveram suas temperaturas aumentadas propiciando a expansão do fogo por toda a
tocha, outros materiais, também adjacentes às regiões onde há fogo, podemaquecer e inflamar, mesmo não fazendo parte da tocha. À medida que o fogo
aumenta, a temperatura em torno dele, fogo, também tende a aumentar, propalando
calor por toda a cercania, o que propiciará a inflamação de tudo o que estiver à sua
volta.
Quando vemos uma vela de cera acesa, notamos que a chama situa-se a uma
certa distância da cera e do próprio pavio (distância pouco percebida pelo seu
diminuto tamanho, que é de alguns poucos milímetros). A explicação dessefenômeno é muito simples: o que se inflama não é propriamente o pavio ou a cera,
mas os vapores que ambos desprendem a partir do momento que alcançam uma
certa temperatura. São esses vapores que, misturados adequadamente (em
proporções propícias) com o oxigênio existente no ar, se inflamam.
A temperatura mínima necessária para que uma substância inicie a desprender
continuamente vapor, varia de substância para substância e é conhecida com Ponto
de Fulgor da substância (Boiling Point). O ponto de fulgor do papel, por exemplo, éuma temperatura bem acima da temperatura ambiente. Já o do álcool é abaixo da
temperatura ambiente, o que o caracteriza, exatamente por isso, como uma
substância volátil (desprende vapores à temperatura ambiente).
Uma substância não-volátil necessita ser aquecida para que, à temperatura
ambiente e pressão atmosférica, inicie o desprendimento de vapor que, misturado
ao oxigênio (do ar atmosférico que a circunda, por exemplo) forme uma mistura
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inflamável, que é aquela mistura que necessita apenas de uma fonte de ignição para
entrar em combustão.
Uma substância que desprende vapor inflamável está sempre na iminência
de entrar em combustão.
Uma fonte de ignição pode ser química, como uma chama, já que o fogo é uma
reação química, exotérmica; pode ser física, como uma brasa (qualquer substância a
uma temperatura superior à sua própria temperatura de ignição), ou pode ser
biológica, como qualquer processo biológico de elevação de temperatura.Listaremos alguns princípios básicos de prevenção de incêndios, explicando
seus métodos.
FUMO
• Fumar somente em local permitido pelo Comandante da embarcação.
• Não jogar pontas de cigarro acesas em locais impróprios como cestas de
papéis, pisos de conveses e praças de máquinas.
• Não levar consigo fósforos ou isqueiros em locais impróprios ou quando em
operações de risco de incêndio.
•
Nunca fumar deitado: o sono chega ,as mãos se abrem ,o cigarro aceso cai eo fogo começa .
1.5.3 Equipamentos elétricos portáteis
• Não podem ser usados em compartimentos onde há presença de vapores
inflamáveis, tais como: tanques de carga, bombas de carga, compartimento
de compressores e áreas adjacentes, conforme o tipo de navio.
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• Em atmosferas inflamáveis podemos utilizar lâmpadas de ar comprimido.
Figura 7 –Equipamentos portáteis.
Figura 8 –Lâmpada de ar comprimido.
• As lanternas manuais usadas a bordo devem estar dentro das normas
específicas e aprovadas (à prova de explosão).
• Em atmosferas inflamáveis não podem ser utilizados: rádios portáteis,
calculadoras, gravadores e outros equipamentos eletrônicos.
• Todo e qualquer equipamento elétrico portátil e seus acessórios devem ser
cuidadosamente testados e examinados, para verificação de possíveis
defeitos.
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• Quando atracado, principalmente em terminais de produtos inflamáveis, o
navio poderá estar em uma zona de risco. As precauções com equipamentos
elétricos deverão ser redobradas.
1.5.4 Equipamentos de comunicação
• Quando atracado em áreas de risco, o equipamento normal de comunicação
do navio não deve ser usado sem a aprovação do terminal.
• Durante a operação de carga, não usar o transmissor principal da estação
rádio.
• Antes de utilizarmos terminais do telex, antenas de radar e outros
equipamentos de transmissão ou recepção, devemos sempre consultar o
terminal, principalmente em áreas de risco.
Figura 9 –Equipamentos de comunicação.
1.5.5 Trabalho a quente, marteletes e ferramentas
Antes de executarmos qualquer trabalho a quente, jateamento de areia,
tratamento de ferrugem etc., a área a ser tratada deverá ser examinada pelo oficial
responsável ou por um químico, o qual verificará se o trabalho poderá ser realizado
de forma segura.
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Figura 10 – Corte e solda
1.5.6 Tubulações e equipamentos desgaseficados
Antes de começar a operar nas tubulações e equipamentos desgaseificados é
preciso ter todo cuidado nas suas aberturas, devido ao escapamento de vapor ou
líquido; além disso, toda a área deverá ser examinada.
Figura 11 – Tubulações e equipamentos desgaseificados.
1.5.7 Ligação navio-terra
Mangotes ou braços de carregamento devem ser equipados com um flange
isolante ou um mangote não-condutor, que assegure descontinuidade elétrica entre
o navio e o terminal.
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Figura 12 – Mangote não condutor.
Os metais do lado da terra do flange isolante ou do mangote não-condutor
devem ter continuidade elétrica ao sistema de aterramento do terminal e todos os
metais, do lado do mar, devem ter continuidade elétrica ao navio, ou seja, devem ser
utilizados fios terra para descarregar a eletricidade estática acumulada durante a
operação de carga ou descarga”7.
Figura 13- Instalação do mangote.
1.6 Procedimentos de segurança
De navios comerciais e terminais operando tais navios internacionalmente ,sãoexigidas medidas para aumentar a segurança marítima e estar em conformidade
com os dispositivos do código internacional de segurança para navios e instalações
portuárias (ISPS Code),partes A & B. O código está detalhado com capítulo XI-2 da
7 Fonte: DPC,apostila Ecin. 2.ed.,2008.
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Convenção Internacional para a salvaguarda da vida humana no mar ( International
Convention for the Safety of Life at Sea - SOLAS).
Os terminais devem observar que esta é a primeira ocasião em que a
Convenção SOLAS foi aplicada para instalações baseadas em terra nos estados
que são partícipes da Convenção.
É recomendado que todos os navios e terminais devam possuir um plano de
segurança com procedimentos que tratem todos os aspectos de segurança
identificados em uma avaliação de segurança.Navios e terminais onde não é exigida
a concordância com a SOLAS e o ISPS Code são incitados a considerar seus
dispositivos quando estiverem seus planos de segurança.
1.6.1 Situações gerais de segurança em navios
• Não fumar em áreas perigosas: o ato inconsciente de produzir chama
através de um reflexo condicionado é a maneira insegura de desfazer-se de
uma brasa ao terminar de fumar um cigarro. A possibilidade de acontecer
que a brasa (no todo ou em parte) de um cigarro aceso, independente da
vontade do fumante, seja levada (pelo vento, por exemplo) a um local
contendo material de fácil combustão. Estas são alguns dos motivos que
contra-indicam o vício do fumo a bordo, especialmente dos navios
transportadores de produtos inflamáveis. NÃO FUMAR É UM
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA A BORDO DOS NAVIOS. Não podendo
evitá-lo, fazê-lo com extrema atenção desde o primeiro até o último
momento, que é a certeza de que foi apagada a brasa.
• A limpeza : importante procedimento de segurança contra incêndios a bordohaja vista que ambientes não limpos, têm, na sujeira e no lixo, materiais
propícios a entrarem em combustão a qualquer desatenção.
• A organização administrativa : promover uma programação adequada,
tanto de treinamentos práticos quanto teóricos, que propicie a educação
voltada para a segurança de todos, é de vital importância para eficiência e
presteza das ações voltadas à prevenção e ao combate ao fogo. Cada célula
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da organização deve estar perfeitamente conscientizada da importância do
cumprimento dos deveres para o bem comum.
• Habilidade para prevenir: procedimento essencial contra incêndios. A
melhor das ações é a prevenção. Cada objeto ou substância que nos cerca
a bordo deve ser vista como um potencial foco de incêndio. Uma das
principais responsabilidades do tripulante a bordo, dentre todas aquelas que
cada um possui, de verificar constantemente, as possibilidades de existência
de foco de incêndio, em qualquer circunstância, estando o tripulante de
serviço ou não, durante o dia e principalmente de noite.
• Habilidade para agir: tão importante quanto à de prevenir, deve fazer parte
da lista de deveres de todo tripulante. É extremamente importante que cada
um saiba executar com habilidade e destreza sua(s) tarefa(s), tanto ao
detectar quanto ao combater um incêndio; principalmente levando-se em
consideração que, sob u’a maior ou menor tensão nervosa, como no caso
das situações reais, o raciocínio e as consequentes ações podem ser
prejudicadas pela falta de vivência em treinamentos.
1.6.2 Na Praça de máquinas
• ISOLAMENTOS TÉRMICOS E ELÉTRICOS: proceder a constantes
inspeções e verificações de forma a assegurar-se de que todos os
isolamentos térmicos e elétricos estão em perfeitas condições.
• VAZAMENTOS E ACÚMULOS INCONVENIENTES DE ÓLEOS: tanto
combustíveis quanto lubrificantes podem servir como potenciais focos de
incêndios, especialmente porque, muitas vezes ao menor aquecimento,
favorecido pelo funcionamento de máquinas e motores, desprendem vapores
que podem se tornar perigosos. Vazamentos e acúmulos de óleo devem ser
eliminados sistematicamente como procedimento de segurança.
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• PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARA TRABALHOS COM FOGO: quando
trabalhando com fogo, como no caso de soldagens, cortes de chapas,
incineradores, caldeiras etc., devem ser adotados procedimentos especiais
como rotina. As precauções, nesses casos, devem ser também especiais,
muito especialmente quanto à redobrada atenção com a vigilância voltada à
possibilidade de propagação de calor por condução, irradiação e correntes
de convecção, produção de faísca, centelhamento e deslocamento de
partículas incandescentes pelo ar ou por gravidade.
• COMUNICAÇÕES COM COMPARTIMENTOS DE ARMAZENAMENTO DE
COMBUSTÍVEIS: tais comunicações com o meio ambiente, mesmo quesejam apenas bujões de tubos de sondagem, devem estar permanentemente
fechadas quando não estão sendo utilizadas.
• TRAPOS E ESTOPAS EMBEBIDOS EM ÓLEO: por serem extremamente
perigosos potenciais focos de incêndio, jamais devem ser guardados em
recipientes e ambientes inseguros, e muito menos serem esquecidos ou
jogados em lugares impróprios , com risco de propiciarem princípios deincêndio.
Figura 13-Praça de máquina
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1.6.3 Na cozinha
• DUTOS DE EXTRAÇÃO E CHAMINÉS: devem ser mantidos constantemente
limpos. Eles, com o tempo, acumulam, por aderência, resíduos que
gradativamente transformam-se em uma crosta que, por ser também
combustível, torna-se um potencial foco de incêndio.
• RESPINGOS E RESÍDUOS DE ÓLEO: mesmo aqueles provenientes de
evaporação, comuns principalmente nas frituras, costumam se acumular em
todas as circunvizinhanças mas principalmente nas partes superiores e, por
isso, mais difíceis de serem observadas e tratadas. Além da limpeza diária,
com o indispensável processo de desengordurar, é necessário que seja
criada uma programação, no mínimo mensal, de limpeza geral, com
detergente, de todas as partes de mais difícil limpeza, em um dia em que se
reduza ou se dispense a utilização de todo o setor, programando alimentação
especial e alternativa que requeira pouco ou nenhum trabalho na cozinha.
Nesta faina normalmente podem ser designados, além do cozinheiro e seu
ajudante, outros membros da tripulação para auxiliarem e agilizarem o
serviço.
• FOGÃO, FORNO, PANELAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS: da cozinha
devem merecer atenção especial de limpeza por estarem mais sujeitos a
acúmulo de resíduos de gorduras. Os equipamentos elétricos devem ser
parcialmente desmontados para que seja dado um mínimo de eficiência à
limpeza.
• INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: devem ser mantidas em bom estado, com
periódicas revisões e especial atenção em auxiliar os cozinheiros e habituá-los a proceder à rigorosa rotina de verificações para que sejam procedidas
também rigorosas rotinas de reparos.
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1.6.4 Nas acomodações
• NÃO FUMAR NA CAMA OU BELICHE: à hora de deitar, o sono e o cigarro
combinados, podem ser, como já foram inúmeras vezes, causadores de
grandes incêndios. FUMAR NA CAMA É ATITUDE DE ALTO RISCO.
• GAMBIARRAS: (instalações e dispositivos elétricos não autorizados) podem
vir a ser altamente perniciosas sob muitos aspectos, principalmente os
relativos à transformação de energia elétrica em energia térmica (calor),
chamado “Efeito Joule”. Mantenha todas as instalações elétricas de suas
acomodações em perfeito estado de conservação e conserve as
características originais do projeto elétrico do navio.
• CESTOS DE LIXO: jamais devem ser depósitos de cinzeiros sem a plena
certeza de que não há brasas. Os cestos normalmente contêm papel que
facilmente são queimados por brasas de cigarros transformando-se em
princípio de incêndio.
1.6.5 Nos espaços destinados à carga
• ESCOTILHAS: (inclusive as dos porões de carga, geralmente acionadas por
motores) devem ser mantidas limpas, desobstruídas, sem ferrugem que
possa vir a produzir centelhamento.
• ESTIVAGEM E VENTILAÇÃO DA CARGA: devem estar adequadamente
seguindo as regras próprias de cada carga. Cada tipo de navio (gaseiro,
químico, containeiro, petroleiro, carga geral etc.) tem regras para estivagem
de suas cargas, mas os de carga geral e os graneleiros (quando
transportando substâncias sujeitas à decomposição por ventilação
inadequada e consequente desprendimento de vapor inflamável) devem
estar com suas cargas sob constante vigilância.
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• DURANTE AS OPERAÇÕES: (com carga) deve ficar proibido o fumo, em
quaisquer dos ambientes do navio, se as operações forem com cargas que
desprendam vapores inflamáveis e particularmente nas imediações das
áreas onde estão sendo as cargas movimentadas caso as mesmas não
sejam inflamáveis.
• “INERTIZAR”: tornar inerte, como requerido pelas normas de transporte,
estivagem e manuseio de carga, a atmosfera dos espaços a elas destinados.
• LUZES E CABOS ELÉTRICOS: após o término de uma operação de carga,
os dispositivos utilizados para iluminação artificial do(s) porão(ões) devem
ser desligados e/ou desconectados, de modo a não permitir qualquer
possibilidade de curto-circuito após o fechamento dos mesmos.
1.7 Vigilância e patrulhamento
A PREVENÇÃO É O MELHOR MÉTODO DE COMBATER UM INCÊNDIO.
As principais ações a serem tomadas para prevenir são:
• CONSTANTE VIGILÂNCIA:.a bordo todos são responsáveis. Todos devem
andar atentos a qualquer princípio de fogo, ameaça ou perigo em potencial.
• PREPARO INDIVIDUAL E COLETIVO: para ações contra o fogo não deve
ser negligenciado. Esse preparo depende da constância de treinamentos e
atividades visando o aperfeiçoamento de cada um e de todos.
• GRUPO DE COMBATE A INCÊNDIO: é boa estratégia manter um Grupo
Permanente de Combate a Incêndio, escolhidos entre os tripulantes que mais
se destacam nos exercícios e treinados com frequência maior do que a dos
demais.
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• VIGILÂNCIA ESPECÍFICA: em qualquer situação e, principalmente, naquelas
em que notoriamente aumentem as possibilidades de incêndio, é
aconselhável que se mantenha um ou mais vigias para, especificamente,
ficar em atentos a qualquer anormalidade que possa vir a provocar um
princípio de incêndio.
• MANUTENÇAO E ARRUMAÇAO DO EQUIPAMENTO: todo equipamento de
combate a incêndio deve ser mantido sempre em boas condições de
funcionamento, arrumado e disposto em locais de fácil acesso, com
informações escritas (cartazes, placas indicativas, rótulos, etc) adequadas
sobre seu uso às suas proximidades. Não esqueça que o combate eficiente
depende também da destreza com que são utilizados os recursos de
combate a incêndio.
1.7.1 Sistema de patrulhamento
Nas embarcações com mais de 36 passageiros é fundamental que seja mantido
um eficiente sistema de patrulhamento de detecção e combate a fogo, considerando
que há um substancial aumento do risco de acontecer principio de incêndio,
acidentalmente provocado por pessoa cujo adestramento para detecção e combate
não é o mesmo de um tripulante.
Entre os deveres de um patrulheiro do sistema supracitado estão a sistemática
informação aos passageiros sobre procedimentos de segurança, a atenção às
atividades dos passageiros consideradas perigosas e informações constantes eoportunas sobre atitudes a serem tomadas quando da observação de qualquer
irregularidade que possa provocar um risco de incêndio.
Esse sistema de patrulhamento é aconselhável que seja criado e mantido
também em outros tipos de navio.
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1.8 Tipos de incêndio
Incêndios de materiais combustíveis
Exemplos: incêndios em colchões, roupas de cama e peças de vestuário,
estopa, madeira, lona, massame e papel.
O resfriamento com fartura de água, ou o uso de agentes extintores que
contenham água em grande proporção, é de importância capital no combate a
incêndios de tais materiais combustíveis. O resfriamento da fonte do incêndio e da
área contígua deve continuar por um tempo suficiente para eliminar qualquer
possibilidade de reignição.
Figura 14 – Incêndio de grande proporção no edifício Joelma.
1.8.1 Incêndios de petróleo
Espuma é um agente eficaz para extinguir a maioria dos incêndios de petróleo
(óleo cru e derivados líquidos). A espuma deve ser aplicada de modo que flua
uniforme e progressivamente sobre a superfície que está queimando, evitando
desnecessária agitação. Isto pode ser conseguido mais facilmente se o jato de
espuma for dirigido de encontro a uma antepara vertical adjacente ao incêndio, tanto
para quebrar a velocidade do jato quanto para produzir uma cobertura de
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abafamento contínua. Se não existir uma antepara vertical, o jato deve avançar a
favor do vento, em varredura oscilante, com o cuidado de evitar que ele mergulhe no
líquido. Jatos de neblina de espuma, embora tenham alcance limitado, são também
eficazes.
Os incêndios de petróleos voláteis de porte limitado podem ser extintos por
neblina d'água (de alta ou de baixa velocidade). Pós químicos e líquidos voláteis
(halons) são, também, eficazes neste tipo de incêndio.
O incêndio de um petróleo não volátil que não esteja queimando por muito
tempo, pode ser extinto por neblina d'água (alta e baixa velocidades), se toda a
superfície que está queimando for acessível. A superfície do líquido transfere
rapidamente seu calor às gotículas da neblina (gotículas que formam uma extensa
superfície resfriadora) e as chamas podem ser extintas por uma varredura de
neblina que avance, cobrindo o incêndio em toda a sua extensão.
Um incêndio de petróleo que esteja queimando há algum tempo é mais difícil de
ser extinto com água, porque o petróleo foi sendo aquecido a uma profundidade
progressivamente maior e não pode ser rapidamente resfriado à temperatura em
que cessa a emanação de gás. Além do que o emprego de um jato d'água pode
espalhar o óleo que está queimando, seja por salpicos ou por transbordamento. O
alastramento do incêndio pode ocorrer, também, devido à agitação do combustível
causada pela ebulição violenta da água. A aplicação de água em incêndios de
petróleo deve ser feita, exclusivamente, sob a forma de neblina (alta ou baixa
velocidades), muito embora jatos de água possam ter papel valioso no resfriamento
de anteparas e paredes de tanques.
A melhor maneira de agir contra incêndios em tanques é usar um agente
abafador, tal como a espuma, o gás carbônico (CO2) ou, em alguns casos, o pó
químico e, se possível, isolar o tanque e resfriar as áreas ou os espaços adjacentes.
O risco de uma reignição de um incêndio de petróleo nunca deve ser esquecido.
Após ter sido extinto um incêndio de petróleo, deve ser mantida vigilância, e o
pessoal e o equipamento de combate a incêndio devem estar prontos para emprego
imediato.
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Figura 15 - Incêndio em plataforma na Austrália.
1.8.2 Incêndios de gás liquefeito de petróleo.
Incêndios envolvendo escapamentos de gás liquefeito de petróleo devem ser
extintos, quando possível, pela interrupção do fluxo de gás. Se o fluxo de gás não
puder ser interrompido, poderá ser mais seguro permitir que o combustível continue
queimando e, ao mesmo tempo, usar neblina d'água para resfriar e controlar os
efeitos da radiação do calor.
Extinguir a chama pode resultar em vasta dispersão do gás não queimado e em
subsequente mais vasto alastramento da chama se houver uma re-ignição.A fim de alcançar e fechar a válvula que controla o fluxo de gás, pode ser
necessário extinguir chamas de pequenos vazamentos nas proximidades. Neste
caso, devem ser usados extintores de pó químico.
Jatos d'água nunca devem ser usados diretamente sobre um incêndio de gás
liquefeito de petróleo. A espuma não extinguirá tais incêndios.
1.8.3 Incêndios em equipamentos elétricos
Os incêndios em equipamentos elétricos podem ser causados por curto-circuito,
superaquecimento ou alastramento de incêndio de qualquer outra fonte. A ação
imediata deve ser desalimentar (desenergizar) o equipamento e, então, para
extinguir o fogo, usar um agente não condutor, tal como o gás carbônico, um halon
ou um pó químico.
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1.8.4 A classificação dos incêndios
Pode ser feita segundo a natureza do seu combustível ou o modo como se
manifestam. E de acordo com a natureza do seu combustível, os fogos podem ser:
• Classe A: os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, queimam em
superfície e profundidade, formam brasas e deixam resíduos sólidos após a
queima (cinzas): madeira, papel, tecidos, borracha e outros.
• Classe B: os que se verificam em líquidos inflamáveis, e a queima se faz
apenas na superfície: óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool, graxas, gases
inflamáveis e outros.
• Classe C: os que se verificam em equipamentos elétricos e instalações,
enquanto a energia elétrica estiver alimenta. Nesta classe de incêndio, após
ser desligada a fonte alimentadora de energia elétrica, os mesmos passam a
pertencer à classe A
• Classe D: os que se verificam em metais inflamáveis. Geralmente são ligas
metálicas combustíveis que necessitam de um agente extintor especifico
para sua extinção, por exemplo : ligas de magnésio, sódio, potássio, zinco,alumínio em pó e outros. Alguns metais queimam mesmo sem a presença de
oxigênio devido já contê-lo na sua estrutura física: lítio, zircônio, titânio e
outros.
1.8.5 Novas classe de incêndios
• “Classe E: incêndios que envolvem materiais radioativos e químicos, cujosriscos acrescem aos do próprio incêndio exigindo do brigadista um maior
conhecimento e um fator maior de proteção.
• Classe K: fogos envolvendo materiais líquidos e sólidos como óleos e
gorduras de substâncias comestíveis tendo como exemplo de ambiente as
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cozinhas industriais. Esta norma passou a vigorar em 1999 pela NFPA e
ainda não é muito conhecida” 8.
Figura 16 – Extintor classe K.
Figura 17 – Classes de incêndio e respectivos extintores.
8 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Extintor
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1.9 Agentes extintores em função do tipo de incêndio.
1.9.1 Água
É o agente extintor de uso mais comum, sendo utilizado sob três formas básicas:jato sólido, neblina de alta velocidade e neblina de baixa velocidade.
O jato sólido consiste em um jorro de água, produzido a alta pressão, por meio
de um esguicho com orifício circular de descarga. Sob esta forma, a água atinge o
material incendiado com violência e penetra fundo em seu interior. É o meio por
excelência para extinção de incêndios classe A, onde o material tem de ser bem
encharcado de água, para garantir a extinção total do fogo e impedir seu
ressurgimento. Em alguns casos, como em colchões e travesseiros, é convenienteque o material seja mergulhado n’água, garantindo-se assim que não permaneçam
brasas no seu interior.
As neblinas, tanto de alta como de baixa velocidade, consistem no borrifamento
da água por meio de pulverizadores especiais. A água assim aplicada sob a forma
de gotículas tem aumentada, em muito, sua superfície de contato com o material
incendiado, proporcionando um rápido decréscimo da temperatura no ambiente em
que ocorre o fogo (extinção por resfriamento). As neblinas podem ser utilizadas paraauxiliar a extinção de incêndios classe A, reduzindo as chamas superficiais, o que
facilitará a extinção definitiva com jato sólido; na ausência de espuma são altamente
eficientes na extinção de incêndios classe B, onde o jato sólido não tem a menor
ação extintora, pois provocará turbilhonamento no líquido inflamado, aumentando a
intensidade do incêndio.
Figura 18 – Apagando com água.
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1.9.2 Espuma
É o agente extintor específico para incêndios classe B, e existem sob duas
formas: química e mecânica.
A espuma química é mais comumente encontrada em extintores portáteis,
enquanto que a mecânica, de uso mais generalizado a bordo, é produzida em
grandes volumes, por equipamentos especiais, que misturam proporcionalmente o
liquido gerador com água e com ar. Os dois tipos de espuma atuam da mesma
forma, flutuando sobre a superfície do liquido inflamado, isolando-o do ar
atmosférico. O incêndio cessará por abafamento. Como a água entra com cerca de
85% (em peso) na composição da espuma, há um efeito secundário de resfriamento,
dizemos então que a espuma extingue o incêndio principalmente por abafamento e,
secundariamente, por resfriamento.
Figura 19 – Apagando com espuma.
1.9.3 Agente CO2
Por ser o CO2 um gás inerte, isto é, um gás que não alimenta a combustão, ele
é empregado como agente extintor por abafamento, criando ao redor do corpo em
chamas uma atmosfera rica em CO2 e, por conseguinte, pobre em oxigênio. Por ser
mau condutor de eletricidade, é especialmente indicado para incêndios classe C,
porém por ser um agente extintor por excelência para extintores portáteis, ele
normalmente é usado em incêndios das classes B e C.
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Figura 20 – Apagando com CO2.
1.9.4 Vapor
O vapor d’água pode ser utilizado como agente extintor, por abafamento.
Evidentemente por sua temperatura normalmente elevada, não tem nenhuma ação
de resfriamento. Usa-se o vapor para extinguir incêndios classe B, principalmente
em porões de praças de caldeiras e praça de máquinas de navios a vapor, quando
estes incêndios se mostram insensíveis a outros métodos. O uso de vapor obriga o
isolamento da praça que fica inoperante.
1.9.5 Pó químico seco.
O agente extintor químico de bicarbonato de potássio (purple K-powder, PKP ),
é um pó químico usado principalmente como agente extintor de incêndios em
líquidos inflamáveis. É também muito eficiente em líquidos inflamáveis na forma
pulverizada ou incêndios em gases inflamáveis. Pode ser utilizado em extintores
portáteis ou em linhas de mangueiras. Quando aplicado uma nuvem opaca se forma
na área da combustão, limitando a quantidade de calor radiante e reduzindo a
quantidade de gases inflamáveis gerados pelo combustível, extinguindo o fogo pelaquebra da reação em cadeia da combustão. Não tem qualquer capacidade de
resfriamento.
O PKP é usado principalmente para apagar incêndios em líquidos combustíveis,
mas também pode ser usado em incêndios da classe C. Nesta classe, porém, ele
deixara resíduos difíceis de se limpar. E usado extensivamente para combater o
fogo nas copas e cozinhas e também nos dutos, fritadeiras e chapas quentes.
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Figura 21 – Apagando com pó químico seco.
1.9.6 Halon
O halon pode ser encontrado em extintores portáteis e sistemas fixos. Quando
liberado, se vaporiza em um gás com aspecto incolor, inodoro e com densidade
cinco vezes maior que a do ar. Extingue o fogo através da quebra da reação em
cadeia. O BCF é o gás halon 1211 e é usado para extinção de incêndios em
módulos de motores e turbinas, é mais tóxico que o halon 1301, e não pode ser
usado com o compartimento ainda guarnecido.
Figura 22 – Apagando com halon.
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1.9.7 NAF
“O NAF é indicado para extinção em áreas ocupadas ou que possuam
equipamentos eletrônicos. É considerado um Agente Limpo, pois não é residual,possui baixa toxicidade e não prejudica a camada de ozônio. Também não conduz
eletricidade e é eficaz, substituindo o uso do Halon” 9 .
1.9.8 Cuidado com os agentes extintores
• Água
a) Quando utilizada em jato sólido, pode avariar equipamentos eletrônicos.
b) Reduz a resistência de isolamento de equipamentos e circuitos,
principalmente em se tratando de água salgada.
c) Pode originar acidentes se, sob forma de jato sólido, for dirigida sobre o
pessoal à curta distância, principalmente se atingir o rosto.
d) Se dirigida sobre equipamentos elétricos energizados, pode causar
choque elétrico ao pessoal que guarnece a mangueira.
• Espuma
a) Como é condutora de eletricidade, pode causar acidentes se utilizada
contra equipamentos elétricos energizados.
b) Reduz a resistência de isolamento de equipamentos e circuitos elétricos
e eletrônicos.
c) Alguns tipos possuem propriedades corrosivas sobre diversos materiais.
d) Produz irritação na pele e principalmente nos olhos.
• CO2
9 Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Extintor
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a) Pode causar acidentes por asfixia quando utilizado em ambientes
fechados e sem ventilação.
b) Pode causar queimaduras na pele, principalmente nos olhos, em face desua baixa temperatura, se dirigido à curta distancia sobre o pessoal.
c) A descarga das ampolas de CO2 pode dar origem à formação de cargas
de eletricidade estática. Não é indicada portanto, a utilização das
ampolas de CO2 para saturação de ambientes onde existam misturas
inflamáveis, mas apenas para combate a incêndios já em evolução.
•
Pó químico
a) Pode causar acidentes por asfixia quando utilizado em compartimentos
fechados e sem ventilação.
b) Pode dar origem a maus contatos e baixas de isolamentos em
equipamentos elétricos e eletrônicos.
• Vapor
a) Requer a retirada de todo o pessoal do compartimento.
Submete todos os equipamentos contidos no compartimento a uma
temperatura elevada.
• Halon
a) Os agentes halogenados apresentam baixa toxidez quando
armazenados em condições normais, ditadas pelo fabricante
b) O halon 1301, numa concentração de 5 e 7%, não possui efeito danoso
a uma exposição de até cinco minutos. Em uma concentração entre 7 e
10%, por um período de um minuto, alguns sintomas se fazem notar,
como perda da coordenação motora e redução da acuidade mental
sem, contudo, incapacitar a pessoa. Para concentração acima de 10%,
durante um minuto de exposição, a pessoa ficará totalmente
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incapacitada. Se o período for maior que um minuto, ocorrerá o desmaio
e possivelmente a morte.
c) Para o halon 1211, em uma concentração de 4%, é aceitável apermanência por cinco minutos no máximo. Em concentração de 4 e
5%, o máximo aceitável é um minuto de permanência. Acima de 5%, é
recomendável evitar qualquer contato ou exposição ao agente. Se
alguma pessoa sofre os efeitos de ter respirado o halon, deve ser
removida para local de ar fresco até que uma pessoa qualificada dê o
devido socorro médico.
d) Quando um incêndio é extinto por um agente qualquer derivado de
hidrocarbonetos halogenados, alguns cuidados devem ser tomados,
pois além dos subprodutos comuns oriundos da combustão, o halon se
decompõe a 500ºC (900ºF) formando diversos elementos tóxicos entre
os quais ácido clorídrico, ácido fluorídrico, ácido bromídrico, ácido
iodídrico. Estes subprodutos são altamente nocivos à vida humana
podendo causar a morte quase que instantaneamente: portanto,
sabendo-se que o halon foi utilizado para extinguir incêndio em umcompartimento, para se efetuar reentrada, será obrigatoriamente
necessário o uso de um equipamento autônomo de respiração,
observando-se um tempo mínimo de 15 minutos, após ter sido
comprovada a extinção do incêndio pela redução da temperatura do
compartimento.
Anotação : Atualmente, o halon é raramente usado nos navios
2. ORGANIZAÇÃO DO COMBATE A INCÊNDIO A BORDO
Para ser ter sucesso em uma faina de combate a incêndio deve ser ter
principalmente organização e empenho do envolvidos na faina .Para isso vamos
passar agora algumas coisas importantes e que não podem ser esquecidas em tal
situação .
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2.1 Alarme geral de incêndio
Propósito
Em caso de incêndio, disparar o alarme geral de emergência. Operado do
passadiço, tem o objetivo de chamar os tripulantes aos seus postos de combate a
incêndio.
Descrição do sinal de emergência
Este sinal consiste de sete ou mais apitos curtos, seguidos de um apito longo ou
sinais sonoros equivalentes no sino, gongo ou qualquer outro equipamento sonoro.
Outras possibilidades para alarmes de incêndio.
Recursos para distinção de outros alarmes relacionados também a incêndio
podem ser criados, tais como:
• alarme de disparo da bateria de CO2;
• alarme de incêndio na Casa de Bombas;
• alarme de incêndio operado manualmente;
• alarme automático de um sistema de detecção de fogo e/ou fumaça. Quando
ouvir o alarme, o tripulante deve:
• evitar o pânico;
• parar imediatamente o que estiver fazendo;
• não perder tempo;
• evitar conversas desnecessárias;
• cumprir as ordens dos encarregados dos setores.
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Figura 23 – Alarme de incêndio.
2.2 Plano de segurança de controle de incêndio e lista de postos e
incumbências
O Plano de Controle de Incêndios constante, na Marinha Mercante Brasileira, da
Tabela de Postos de Emergência, é essencial para o sucesso das atividades
relacionadas ao combate a incêndios. Este plano deve estar sempre atualizado no
que diz respeito aos tripulantes embarcados, com seus respectivos postos e ações
em caso de incêndio.
A Lista de Postos e Incumbências deve conter a perfeita escalação de cada um
dos tripulantes para cada ação a ser tomada quando soar o alarme de incêndio, bem
como o(s) local(is) de reunião.
Como exemplo das ações a serem tomadas por tripulantes estão aquelas
relacionadas com o combate efetivo ao fogo, tal como “acionar a bomba portátil”,
“guarnecer a mangueira de 2,5 polegadas”, "abrir válvula de aguada” e outrasprevistas e treinadas.
2.3 Meios de comunicação interna de segurança
Como meios de comunicações utilizados durante as ações de emergência para
combate ao fogo, podem e devem ser utilizados desde os recursos mais simples e
fáceis, como mensageiros, até os mais sofisticados, como telefones, walkie-talkies,
VHF, fonoclama ou qualquer outro que se mostre eficiente.
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Figura 24 – VHF portátil.
2.4 Procedimentos de segurança pessoal
2.4.1 Seleção da equipe de combate a incêndio
Por mais que durante os treinamentos de combate ao fogo os tripulantes
mostrem-se eficientes, sempre há aqueles que se destacam, seja pela iniciativa,pela coragem, pelo espírito de equipe, pelo conhecimento teórico, pela prática e até
mesmo pela perspicácia. É desse grupo, dos que mais se sobressaem durante os
exercícios, que são selecionados tanto os membros titulares como os membros
reservas. O treinamento para essa equipe também deve ser diferenciado dos
treinamentos gerais para a tripulação, havendo em maior número e com especial
atenção aos detalhes mais difíceis de serem destacados nos treinamentos gerais.
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2.4.2 Entrada em zona de fogo.
A ordem para que seja dada entrada, pela Equipe de Combate, em uma zona de
fogo, é dada pelo Oficial de Serviço e, enquanto ela não for explicitamente dada,
ninguém pode penetrar naquela zona.
2.4.3 Conhecimento da zona de combate e das rotas de escape
A equipe de Combate, individual e coletivamente deve estar familiarizada com a
zona de fogo e muito especialmente com as rotas de escape, que são caminhos
alternativos de fuga da zona de fogo quando o combate assim exigir.
2.4.4 Equipamento de combate
Quando a situação exigir, a equipe de combate deverá estar adequadamente
equipada, ao entrar em uma zona de fogo, além de todo o equipamento normal e
apropriado de combate, com equipamento de proteção individual e outros que se
fizerem necessários, especialmente se a zona de fogo estiver com deficiência de
iluminação ou enfumaçada.
2.4.5 Trajes de combate
A Equipe de Combate, mesmo em exercício, mas muito especialmente em
situação real, deverá estar trajando vestimenta adequada, calçando apropriados
calçados. Se não for imperioso o uso de roupas de amianto e máscaras contra
gases para a entrada na zona de fogo, pelo menos a equipe deverá trajar macacões
de tecidos que dificultem a inflamação, com mangas compridas, luvas, capacete e
calçados que também o protejam do fogo. É sempre aconselhável, também, que
estejam, os membros da equipe de combate, com as vestimentas umedecidas, ao
entrarem na zona de combate.
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Figura 25 – Trajes de combate a incêndio.
2.4.6 Principais acessórios no combate
São considerados acessórios importantes quando da entrada em zona de fogo:
• lanterna portátil;
• equipamento de respiração autônoma;
• machado;
• cinto de segurança com dispositivo de ajuste;
• cabo-guia à prova de fogo.
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Figura 26 – Botas ,luvas,machado,lanterna,fazem parte de acessórios de combate.
Figura 27 - Equipamento de respiração autônoma
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Figura 28 – Cinto de segurança com dispositivo de ajuste.
2.4.7 Uso do cabo-guia e de sinalização (cabo de segurança).
O cabo-guia é de vital importância em certas circunstâncias. Talingado ao cinto
de segurança (com engate e escape rápidos) de cada membro da equipe, ou
apenas a um, esse dispositivo serve ainda para sinalizar, de dentro para fora (para a
equipe de apoio) qualquer necessidade de ação da equipe de apoio. Para que hajaperfeito entrosamento entre a equipe de combate e a equipe de apoio, devem ser
feitos exercícios de simulação, específico para utilização desse importante
equipamento de proteção pessoal.
2.5 Tipos de treinamentos práticos
2.5.1 Finalidade
Os exercícios práticos sistemáticos realizados têm a finalidade de aumentando o
conhecimento mútuo das ações dos companheiros de combate e das suas próprias,
aumentando ainda a familiarização com os equipamentos e acessórios de combate
promover maior eficiência no combate ao fogo; mas, sem que haja o risco, com a
sistematização dos exercícios, de serem banalizados os toques de alerta, reunião e
ação. Para evitar tal banalização, os exercícios deverão ser feitos em instantes
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nunca anunciados, a não ser que seja um exercício específico para treinamento de
alguma ação também específica.
2.5.2 Exercícios típicos de treinamento
Alguns dos exercícios gerais de combate ao fogo devem ser sempre repetidos,
embora não se descarte a necessidade de outros, específicos, que ajudarão no
aumento do rendimento quando dos exercícios gerais e das situações reais. São
eles:
• extinguir o fogo em um tanque;• penetrar em uma sala em chamas (combatendo o fogo);
• extinguir o fogo no convés principal; e
• resgatar uma pessoa inconsciente de um espaço cheio de fumaça.
2.6 Planta de construção de embarcações mercante com os arranjos
estruturais de prevenção e o controle de incêndio
2.6.1 Princípios básicos
Antes de a Convenção SOLAS entrar em vigor ,não havia regras (a não ser
aquelas estabelecidas pelos países mais desenvolvidos e pelas Sociedades
Classificadoras, em nome das Seguradoras) que, cumpridas, garantissem a
segurança das embarcações, suas cargas, seus tripulantes e passageiros. Sendo
assim, as relações comerciais eram muitas vezes prejudicadas pelos desacordosantes existentes entre as diferentes regras de construção de navios e de seus
equipamentos, dado o caráter internacional do transporte marítimo.
Entre outras, as principais funções do SOLAS, além da unificação de regras e
procedimentos, são enumeradas a seguir .
a) Orientar os países e a comunidade marítima internacional para os princípios
básicos internacionais de construção e aparelhamento de navios,
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seguindo os padrões mais evoluídos de segurança, de modo que todos os
signatários, independente de seus estágios de desenvolvimento, possam
ter garantidas as possibilidades de exploração do transporte marítimo, de
modo seguro.
b) Servir de referência para mediação e resolução de questões internacionais no
que se refere à segurança de patrimônio (navio e sua carga) e de vidas
humanas.
c) Promover constante discussão e evolução da segurança do transporte
marítimo como um todo, ao manter constantemente aberto um foro de
debates para tal fim.
d) Garantir um nível mínimo de segurança para todos os usuários edependentes do transporte marítimo.
Na Convenção SOLAS, pela importância que tem para a segurança , a
prevenção e o combate a incêndio encontram-se em um capítulo especial, o
Capítulo II, os seguintes princípios básicos :
• a divisão do navio em zonas principais verticais com separações térmicas e
estruturais;• a separação térmica e estrutural dos compartimentos habitáveis do resto do
navio;
• o uso restrito de materiais combustíveis;
• a detecção de qualquer incêndio em sua zona de origem;
• a contenção e extinção de qualquer incêndio no compartimento de origem;
• a proteção dos meios de escape ou de acesso para o combate a incêndio;
•
a pronta disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio; e• a minimização da possibilidade de ignição de vapores inflamáveis
provenientes da carga.
2.6.2 Materiais combustíveis e não combustíveis
MATERIAL NÃO COMBUSTÍVEL é aquele que NÃO queima nem desprende
vapores inflamáveis em quantidade suficiente para sofrer uma ignição espontânea
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quando aquecido a aproximadamente 750oC; tal condição é determinada de acordo
com o Código de Procedimentos para Testes de Incêndio. Qualquer outro material é
considerado como matéria combustível.
2.6.3 Normas para construção de divisórias do navio
As divisórias, sejam anteparas, conveses, tetos ou forros de um navio, estão
divididas em classes, de acordo com suas capacidades de resistência e proteção.
Desse modo; temos:
• DIVISÓRIAS DA CLASSE A são aquelas constituídas por anteparas e
conveses que, construídas de aço ou material equivalente, são convenientementereforçadas, de tal maneira que impeçam a passagem de fumaça ou chama, até o
término de uma Prova de Fogo, por uma (1) hora. Devem ser isoladas com material
não combustível aprovado, tal que a temperatura média da superfície não exposta
não se eleve mais que 140oC acima da temperatura inicial, nem a temperatura de
qualquer ponto (inclusive em qualquer junta) se eleve mais que 180oC, acima da
temperatura inicial, dentro dos tempos seguintes:
CLASSE “A-60” - 60 minutos
CLASSE “A-30” - 30 minutos
CLASSE “A-15” - 15 minutos
CLASSE “A-0” - 0 minutos
• DIVISÓRIAS DA CLASSE B são aquelas anteparas, conveses, tetos ou
forros, construídas de material não combustível aprovado, de modo a impedir
a passagem de chamas até o término da primeira meia hora de uma prova de
fogo padrão, que tenham grau de isolamento térmico que impeçam a
temperatura média da superfície não exposta não se elevar mais de 140OC
acima da inicial, nem que a temperatura em qualquer ponto, inclusive em
qualquer junta, se eleve mais que 225oC acima da inicial, dentro dos
seguintes tempos:
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CLASSE “B-15” - 15 minutos
CLASSE “B-0” - 0 minutos
• DIVISÓRIAS DA CLASSE C são aquelas construídas de material não
combustível aprovado não necessitam atender nenhuma exigência relativa à
passagem de fumaça ou de chama, nem à limitação de elevação de
temperatura.
2.6.4 Rotas de escape
São as escadas (verticais ou inclinadas), corredores, dutos ou outras vias de
acesso ao (do) convés aberto (e daí para as embarcações e balsas salva-vidas) que
permitam o transito rápido e seguro em caso de fuga ou ação de combate ao fogo.
Existem rotas de escape em todos os compartimentos de acomodações e em
todos os compartimentos que sirvam de locais de trabalho.
As construções das rotas de escape devem atender a todas as prescrições quegarantam a integridade das pessoas que as utilizem, tais como:
• em todos os níveis de acomodações deverá haver, pelo menos, duas vias de
escape amplamente separadas, provenientes de cada compartimento restrito ou de
grupos de compartimentos;
• nenhum corredor, com mais de sete (7) metros, será aceito;
• as escadas atravessando um único convés deverão ser protegidas por
divisórias da Classe “B” e portas de fechamento automático;• escadas e poços de elevadores devem ser circundadas por anteparas “A-0”.
2.6.5 Proteção contra incêndio nos espaços de carga suspiros
Os arranjos e o posicionamento de aberturas no convés de tanques de carga, de
onde possam exalar vapores inflamáveis (suspiros), são tais que propiciam a
minimização de admissão de vapores inflamáveis em compartimentos fechados que
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contêm fonte de ignição. Tais arranjos e posicionamentos também evitam o acúmulo
de vapores inflamáveis às proximidades do convés onde estão localizadas máquinas
e equipamentos que constituem risco de ignição.
Os arranjos relativos aos suspiros são projetados e operados de modo assegurar
que nem a pressão nem o vácuo excedam os parâmetros do projeto.
Purgação/desgaseificação
Os arranjos para purgação e/ou desgaseificação minimizam os riscos da
dispersão de vapores inflamáveis para o ar ambiente e de misturas inflamáveis
dentro de um tanque de carga.Esses arranjos em determinadas circunstâncias são constituídos por um sistema
de gás inerte, cuja finalidade é reduzir a concentração de vapores de
hidrocarbonetos inflamáveis para menos de 2% antes de ser descarregada a
mistura. Em outras circunstâncias, quando não há um sistema de gás inerte, a
descarga é feita por suspiros cujas saídas obedecem a uma altura segura do
convés.
Ventilação
As praças de bombas de carga dispõem de ventilação forçada e as descargas
dos exaustores conduzem a um local seguro do convés aberto.
O sistema de ventilação forçada, tanto da praça de bombas quanto de outros
compartimentos sujeitos a acúmulo de vapores inflamáveis, tem renovação de ar de,
no mínimo, 20 vezes por hora. Seus dutos de ventilação estão dispostos de modo
que todo o compartimento é eficientemente ventilado por sucção, onde os motoressão do tipo anticentelha.
As aspirações e descargas de ventilação da casaria ficam situadas o mais
possível à ré.
Indicadores de gases combustíveis
Todos os navios-tanques são dotados de pelo menos um instrumento portátil
para medir a concentração de vapores inflamáveis, juntamente com um número
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suficiente de sobressalentes. Há, também, meios adequados para calibragem
desses instrumentos.
2.6.6 Inertização de tanques de carga
Um sistema de gás inerte tem o propósito tornar e manter a atmosfera dos
tanques de carga não inflamável durante todo o tempo, exceto quando os tanques
estiverem desgaseificados. O sistema em questão é capaz de:
• inertizar os tanques de carga vazios, reduzindo o teor de oxigênio na
atmosfera de cada tanque a um nível que impossibilite a combustão;
• manter a atmosfera, em qualquer parte do tanque, com um teor de oxigênio
que não exceda 8% do volume e uma pressão positiva, durante o tempo todo, não
só no porto como no mar, exceto quem for fazer a desgaseificação;
• eliminar a necessidade de entrada de ar puro no tanque, exceto quando for
desgaseificá-lo;
• purgar os vapores de hidrocarboneto dos tanques de carga vazios.
2.6.7 Dispositivos para combate a incêndio nos espaços de carga
Os compartimentos de carga dos navios com mais de 2000 são protegidos porum sistema fixo de extinção de incêndio por gás, ou por outro que dá proteção
equivalente.
Além do sistema fixo de extinção de incêndio por gás, supracitado, os
compartimentos de carga dos navios empregados no transporte de mercadorias
perigosas no convés, ou nos compartimentos de carga, são dotados de um sistema
fixo de gás ou outro que proporciona proteção equivalente às cargas transportadas.
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2.6.8 Bombas de Incêndio de emergência
Os navios são dotados de bombas de incêndio acionadas independentemente,
como estabelecido a seguir:
• navios de passageiros com arqueação bruta igual ou superior a 4.000 : no
mínimo três (3);
• navio de passageiro com arqueação bruta inferior a 4.000 e navio de carga
com arqueação bruta igual ou superior a 1.000: no mínimo duas (2);
• bombas sanitárias, de lastro, de esgoto ou de serviços gerais podem ser
consideradas como bombas de incêndio desde que não sejam normalmente
utilizadas para bombeamento de óleo;
• em navios de mais de 2.000 toneladas brutas há ainda pelo menos uma
bomba, fixa, acionada por seus próprios meios, com capacidade nunca inferior a 40
% da capacidade total das bombas de incêndio, nunca inferior a 25 m3 /h, chamada
de Bomba de Incêndio de Emergência e deve ser capaz de suprir, no mínimo, dois
jatos;
• o local onde se encontra a Bomba de Incêndio de Emergência não pode ser
contíguo aos limites da praça de máquinas ou a outros compartimentos que
contenham bombas principais de combate a incêndio;
• os limites do compartimento que contém a Bomba de Incêndio de Emergência
são dotados de isolamento de proteção estrutural contra incêndio.
A Bomba de Incêndio de Emergência deve ter seu funcionamento aprendido por
todos os tripulantes, mas principalmente por aqueles, titulares ou reservas, que
fazem parte da Brigada de Incêndio, ou Equipe de Combate do Navio e deve ser
acionada sempre em exercícios (para testar sua manutenção) ou quando for
necessária sua utilização em caso de deficiência do sistema principal.
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2.6.9 Rotas de fuga de emergência
As principais rotas de escape, em situação de emergência, que todo tripulante
deverá conhecer, no seu navio, são:
• da praça de Máquinas para o espaço das acomodações, convés aberto ou
convés das embarcações de salvatagem;
• do espaço das acomodações para o convés aberto ou para o convés das
embarcações de salvatagem;
• da casa de bombas para o espaço das acomodações, para o convés aberto e
daí para o convés das embarcações de salvatagem;
• da área de carga e do convés aberto para o convés das embarcações de
salvatagem;
• todas as rotas de escape devem estar sempre sinalizadas e marcadas, comsetas e símbolos, de maneira a facilitar seu uso e não deixar dúvida, nem quanto
aos significados dos símbolos usados, nem quanto à utilização e destino das rotas;
• tais rotas de fuga devem ser providas com iluminação de emergência, a ser
periodicamente verificada e testada sua eficiência e o seu funcionamento;
• As rotas de escape em emergência são usadas na direção inversa da origemdo fogo.
2.6.10 Propagação do fogo
Na praça de máquinas
O fogo na Praça de Máquinas deve ser contido ao espaço da própria Praça de
Máquinas e não se propagar para outros espaços. Para isso esse espaço é
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projetado e construído com separação estrutural é térmica, com a finalidade de
limitar o fogo a esse espaço, protegendo os demais compartimentos.
Na casa de bombas
Também os limites da Casa de Bombas são projetados e construídos para
conter o fogo ali existente a esses limites, cujas separações estruturais devem
também funcionar como proteções térmicas.
Portas da praça de máquinas e da casa de bombas
Tanto as portas da Praça de Máquinas como da Casa de Bombas devem ser
divisórias da Classe “Ä-60” , como citado no item 2.6.3, que permitam instantâneofechamento em caso de fogo nesses espaços.
Flaps de ventilação
Todos os flaps de ventilação, como quaisquer outras aberturas, tanto da Praça
de Máquinas como da Casa de Bombas, devem ser de fechamento rápido em caso
de fogo naqueles espaços.
Nas acomodações
Fogo nas acomodações devem ser contidos nas próprias acomodações, sem
propagação para Praça de Máquinas ou Casa de Bombas, através de arranjos
similares aos citados nos itens anteriores (a) e (b).
Fogo nas acomodações, originados na cozinha, na lavanderia, em espaços
públicos comuns, salões de estar etc. Devem ficar limitados ao espaço onde o fogo
se originou, com proteção contra a propagação por outros compartimentos das
acomodações pelo uso das divisões estruturais térmicas e dispositivos de
fechamento rápido, como mencionados anteriormente.
Na área de carga
O fogo em qualquer espaço reservado à carga deve ser limitado a esse espaço,
pelo fechamento rápido de todas as aberturas, tais como escotilhas, sistemas de
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ventilação, flaps etc. Seguido de resfriamento imediato dos compartimentos vizinhos
àquele onde o fogo iniciou.
Em compartimentos isolados
O fogo em compartimentos isolados, como no compartimento da Máquina do
Leme, no Camarim de Cartas, Sala de Rádio, Paiol do Mestre, Paiol de Tintas, etc.
deve ser contido no próprio espaço onde o fogo começou, através do fechamento de
portas, flaps e outras vias de comunicação, bem como através de outras aplicações
de combate a incêndio onde existirem, tais como instalações fixas.
2.7. Sistemas de inspeção e patrulha
“No caso da ocorrência de um sinistro a bordo, com o navio em viagem, é tocado
POSTOS DE SEGURANÇA. Este guarnecimento permite uma maior rapidez de
resposta ao sinistro, onde não será necessária a rendição do quarto de serviço.
Toda tripulação que não estiver de serviço no horário deverá formar em local
determinado, a fim de permanecer disponível para uma possível utilização no
combate ao sinistro. Com o navio atracado, o Grupo de Combate a incêndio de
Serviço é acionado para debelar o sinistro. Nesta configuração, será efetuado um
ataque inicial,por meio de uma equipe que roda quarto, formada pela Turma de
Intervenção Imediata, e Controlador de Máscara. O restante é acionado por meio do
alarme, guarnecendo as funções de Turma de Contenção, Turma de Apoio e Equipe
de Alarme” 10 .
10 Fonte : Apostila de Controle de Avarias NAe São Paulo – CAAML
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2.8. Sistemas de detecção de fogo e fumaça
Sistemas Automáticos de Detecção e Alarme são instalados, a bordo,
principalmente nos espaços das acomodações, espaços de serviços, espaços decarga, Praça de Máquinas ou Casa de Bombas, além da proteção térmica estrutural
citada nos itens anteriores.
Os detectores de fogo podem operar segundo diferentes princípios:
• detectores de calor operando a uma temperatura predeterminada;
• detectores de calor que operam quando a temperatura do meio ambiente
alcança um valor limite (set limit);
• detectores de fumaça que operam quando a iluminação, provocada pela
fumaça, obscurece uma célula fotoelétrica que opera como sensor;
• detectores de produtos combustíveis que operam quando um fluxo de
corrente elétrica através de uma atmosfera ionizada é alterado;
• detectores de chama que reagem à radiação emanada de uma chama;
• o sistema de borrifo também incorpora um alarme automático de fogo e
sistema de detecção mas faz parte de um Sistema Fixo de Extinção de Incêndio;
Um sistema automático de detecção de incêndio pode ser de construção
extremamente simples, como o acionado por dois contatos unidos por uma mola
suave, comprimida e presa por uma articulação de metal de baixo ponto de fusão.
Quando a temperatura do ar ambiente alcança o ponto de fusão do metal, a
articulação se rompe e sob ação da mola o alarme soa.
Um detector pode ser projetado para acionar alarmes, ou ações, ou ambos.
Assim, pode haver caso em que o acionamento é apenas de alarmes, que podem
ser tanto sonoros, como visuais, ou ambos. Cada som ou exibição visual
(normalmente luz colorida) pode ter características inerentes a uma determinada
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situação, de modo que ao ouvi-lo ou vê-lo a pessoa faça, com o habito, a distinção
clara da situação que originou aquele alarme. Quando se tratar de acionador de uma
ação, a mesma pode ser, por exemplo combinada com o disparo automático de um
sistema de borrifo de água ou disparo de pó químico, etc. (uma ação). O importante
é que cada tripulante esteja sempre bem familiarizado com cada um dos alarmes e
ações existentes em sua embarcação.
Nos espaços destinados a acomodações de passageiros e tripulantes, um dos
dispositivos mais usados atualmente, que pela eficiência de sua ação tornou-se
importante recurso na prevenção e no combate a incêndio, é o sistema de alarme e
disparo automático de rede de borrifo. Nesse sistema o detector, ao ser acionado,
por elevação demasiada de temperatura (detector de calor), pela presença defumaça num sensor (detector de fumaça), ou por outro tipo qualquer de
acionamento, por sua vez aciona o disparo de uma rede de borrifo (um conjunto de
sprinklers, chamados de “borrifadores”, estrategicamente dispostos em uma seção
de rede pressurizada com água) no local onde foi detectada a anormalidade.
Em qualquer parte onde sejam instalados, os sistemas de detecção e alarme de
incêndio, bem como os de borrifo, se automáticos, são capazes de entrar em
funcionamento a qualquer momento, não sendo necessária qualquer ação por parteda tripulação para colocá-los em funcionamento. Quaisquer seções de rede destes
sistemas, quando sujeitos a congelamento, são termicamente protegidas. São ainda,
tais sistemas, mantidos a uma adequada pressão de serviço e com suprimento
contínuo de água.
2.9 - Tipos de extintores portáteis de acordo com as classes de incêndio.
2.9.1 Extintores portáteis
Extintores portáteis são equipamentos destinados ao combate de princípios de
incêndios. O grau de proteção que oferecem não equivale ao das instalações fixas e
automáticas, mas, se empregados adequadamente, são eficientes em extinguir o
fogo em seus momentos iniciais.
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O emprego de extintores portáteis para debelar princípios de incêndios nunca
deve protelar a convocação de recursos de maior vulto, uma vez que, caso o
combate com equipamento portátil fracassar, já estarão em andamento providências
para chegar ao local recursos de maior porte, permitindo combater o incêndio antes
que ele atinja grandes proporções.
São muitos os tipos de extintores portáteis. As variações que apresentam entre
si prendem-se, principalmente, às diferenças entre os agentes extintores e ao
propelente utilizado. Os agentes extintores, são determinados em função da classe
de incêndio a que se destina o equipamento, enquanto que o propelente diz mais
respeito ao aspecto prático de sua utilização.
Os agentes mais utilizados nos extintores portáteis são:
• água
• espuma
• bióxido de carbono (CO2)
• bicarbonato de sódio
• halon
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Figura 29 – Extintores portáteis.
IMPORTANTE
“A partir de 1999, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, proibiu a
fabricação de extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse espuma
química. Os extintores de espuma química existentes poderão ser recarregados e
vistoriados normalmente. A recomendação é que seja substituído gradativamente
por outros extintores, por sua falta de segurança no manuseio, sua eficiência
duvidosa no combate ao fogo, e seu custo de manutenção alto. Nos Estados Unidos
o uso desse extintor foi abolido há várias décadas. Os extintores de incêndio sãoaparelhos de primeiros socorros que carregam em seu interior um dos tipos de
agente extintor acima citados, que deverá ser usado em princípios de incêndio. O
extintor receberá sempre o nome do agente extintor que transporta e deverá ser
construído conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas)”. Poderá ser:
• portátil - quando seu peso total for igual ou inferior a 25 kg e operado por
uma única pessoa;
• carreta - sobre rodas e quando seu peso total passar de 25 kg ou sua
operação exigir mais de uma pessoa.
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Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para
uso em combate ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e seu
acesso desobstruído.
Extintor de água
Aparelho que carrega em seu interior o agente extintor água. Para que a água
(agente extintor) seja expulsa do recipiente (extintor de incêndio) é necessário a
presença de uma pressão interna, que será conseguida com a ajuda de um gás
propelente não combustível (CO2, Nitrogênio, etc.)
TIPOS:
PressurizadoPressão Injetada
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DO TIPO PRESSURIZADO
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ÁGUA DE PRESSÃO INJETADA (COM
AMPOLA)
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE ÁGUA
•
Não tentar reparar defeitos nos extintores, encaminhá-los a uma firmaespecializada.
• Não recolocar o extintor no suporte sem antes recarregá-lo.
• Não utilizar em equipamentos elétricos com energia elétrica.
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA
Uso indicado: incêndio classes "A" e "B".
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE
ESPUMA QUÍMICA
• Não inverter o extintor foram do local de uso.
• Não usá-lo em instalações elétricas com energia ligada.
• Não dirigir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois haverá risco de
espalhar o fogo.
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• Se após a inversão para o uso, o aparelho não funcionar ,abandone-o em
local afastado, pois o aparelho defeituoso ou entupido apresenta risco de
explosão.
• Não tente reparar defeitos dos aparelhos, encaminhe-os a uma firma
especializada.
• Não recoloque o aparelho no seu local costumeiro, sem antes carregá-lo.
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)
Uso indicado: incêndios das classes "B" e "C".
Nota: o uso de extintor de halon é semelhante ao de CO2.
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE CO2
• Não tentar reparar aparelhos defeituosos; encaminhe-os à uma firma
especializada.
• Não recolocar no suporte os aparelhos usados, sem antes recarregá-los.
•
Não conservar os extintores de Gás Carbônico (CO2) em locais detemperatura elevada (acima de 40º C).
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)
Uso indicado: incêndios das Classes "B" e "C".
•
Aparelho de pressão injetada ou com ampola externa;• Aparelho pressurizado;
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NO USO DE EXTINTORES DE PÓ
QUÍMICO SECO (PQS)
• Não tentar reparar os aparelhos defeituosos; encaminhá-los a uma firma
especializada.
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• Não recolocar o aparelho no seu local costumeiro, sem antes recarregá-lo.
EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA
Adequado para extinção de princípios de incêndio em Classe "A" e "B".
OPERAÇÃO
Para extintores pressurizados:
a) levar o extintor ao local do fogo;
b) colocar-se a uma distância segura;
c) retirar o pino de segurança;d) empunhar a mangueira; acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo.
e) acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo.Em caso de líquido
inflamável, dirigir o jato em anteparo ou indiretamente de forma a evitar a agitação
do
OPERAÇÃO
Para extintores com pressão injetada ( com ampola externa):
a) levar o extintor ao local do fogo;b) colocar-se a uma distância segura;
c) abrir o registro da ampola;
d) aplicar o jato na base do fogo. Em caso de fogo em líquido inflamável, dirigir o
jato em anteparo ou diretamente de forma, a evitar a agitação do líquido; e
e) manter um filme sobre o líquido inflamável, após a aplicação, evitando desta
forma, a reignição.
OBSERVAÇÕES
O extintor de espuma mecânica substitui com vantagem o extintor de espuma
química, tanto pela sua eficiência na extinção do fogo, como pela duração de sua
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carga, de cinco anos. Possui um maior poder de penetração em materiais sólidos
comuns, comparado com a água 11.
APLICABILIDADE DOS AGENTES EXTINTORES
CLASSES DE INC NDIO AGENTES EXTINTORES
11Fonte: www.extinmaster.com.br/imagens/apostila_ incendio.pdf
Fonte: www.extinmaster.com.br/imagens/apostila_ incendio.pdf
ÁGUA
ESPUMAQUÍMICA
OUMECÂNICA
PÓQUÍMICO
GÁSCARBÔNICO
(CO2) HALON
AMADEIRA, PAPEL,
TECIDOS,PLÁSTICOS, CORTINAS,
POLTRONAS, ETC
Sim
Excelente
Sim
Excelente
Não
Só parapequenosincêndios
Não
Só parapequenosincêndios
Não
Só no
Início
BGASOLINA, ÁLCOOL,QUEROSENE, ÓLEO,CERA,TINTA,GRAXA
ETC
NÃO
O líquidoincentiva o
fogo
SIM
excelente
SIM
excelente
SIM
excelente
SIM
CEQUIPAMENTOS EINSTALAÇÕESELÉTRICASENERGIZADAS
N OCondutor
deeletricidade
N OCondutor
deeletricidade
SIM
excelente
SIM
excelente
SIM
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Observação: para incêndio classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio,
magnésio, alumínio em pó etc., os agentes extintores utilizados são: grafite em pó,
areia seca, limalha de ferro fundido.
MANUTENÇÃO E REVISÃO DE EXTINTORES
EXTINTOR DE ESPUMA
PERÍODO PROCEDIMENTO
Semanal Verificar o acesso ao extintor.
Mensal Verificar se o extintor está com carga e se o bico está desobstruído(usar em estilete).
Anual Descarregar completamente o extintor (usar durante instrução),verificar o estado geral do aparelho. Em caso de qualquer avariamecânica, deve ser submetido ao teste hidrostático. Usar cargasempre nova.
A cada 5anos
Por ocasião da recarga, submeter o extintor ao ensaio previsto pelasnormas EB-14 (espuma química-portáteis), EB-52 (espuma química-carretas) e EB-1002 (espuma mecânica) da ABNT, no própriofabricante autorizado; esse teste revalida o extintor por mais 5 anos.
EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO
PERÍODO PROCEDIMENTO
Semanal Verificar o acesso ao extintor ao lacre e pino de segurança.
Semestral Verificar o peso total do extintor, conferindo com o peso marcado naválvula. Havendo uma diferença de 10% para menos, é preciso fazera inspeção e o recarregamento.
A cada 5
anos
Usar o aparelho para instrução e submete-lo ao teste deconformidade com a norma EB-150-NBR 11716.
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EXTINTOR DE ÁGUA GÁS
PERÍODO PROCEDIMENTO
Semanal Verificar o acesso ao extintor.
Mensal Verificar se o extintor está carregado e se o lacre da ampola está emordem.
Semestral Verificar o peso da ampola lateral e se a diferença for maior que 10%deve ser substituída.
Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submetero extintor ao teste hidrostático.
A cada 5
anos
Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de
conformidade com a norma EB-149-NBR 11715.
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO
PERÍODO PROCEDIMENTO
Semanal Verificar o acesso ao extintor e os lacres.
Semestral Verificar o peso do cilindro de gás: se for constatado um peso de 10%para menos, é necessário recarregá-lo e conferir se o ponteiro domanômetro está na faixa verde.
Anual Examinar o estado do pó químico e,se houver empedramento, oextintor deve ser recarregado.
A cada 3
anos
Descarregar o extintor, usando-o para instrução.
A cada 5
anos
Enviar o extintor à empresa autorizada, para teste hidrostático de
conformidade com a norma EB-148-NBR 10721.
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EXTINTOR DE HALON
PERÍODO PROCEDIMENTO
Semanal Verificar o acesso ao extintor.
Semestral Conferir se o ponteiro do manômetro está na faixa verde.
Anual Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submetero extintor ao teste hidrostático.
A cada 5
anos
Recarga obrigatória e teste hidrostático, norma EB-1232 12.
Figura 30 – Estação disparo halon a bordo de navio mercante.
12 Fonte: www.extinmaster.com.br/imagens/apostila_ incendio.pdf
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3 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO
3.1 Tipos de redes, mangueiras e esguichos
Equipamentos que utilizam a água como agente extintor
REDE DE INCÊNDIO
A rede de incêndio consiste de um sistema de canalizações que alimentam
tomadas de incêndio e sistema de borrifo. Em um navio, costuma, também,
alimentar a rede sanitária e as de resfriamento das máquinas auxiliares.
A fim de assegurar a máxima proteção à rede de incêndio contra avarias de
combate, sempre que possível as suas canalizações e bombas ficam localizadas na
parte mais protegida do navio. No convés principal, procura-se reduzir ao mínimo onúmero de canalizações horizontais.
A pressão da rede de incêndio é da ordem de 150 lb/pol2, sendo que é
necessária uma pressão mínima de 70 lb/pol2 no terminal das mangueiras para
produção satisfatória de neblina, cuja qualidade melhora quando a produção
aumenta.
Figura 31 – Redes de incêndio.
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Figura 32– Caixa fechada da rede de incêndio.
TOMADAS DE INCÊNDIO
As tomadas de incêndio a bordo são instaladas nas canalizações horizontais da
rede de incêndio ou nas extremidades das derivações verticais. Nos navios maiores,
essas tomadas são de 2 ½” de diâmetro, reduzidas quando necessário para 1 ½”.
Nos navios menores, salvo algumas exceções todas as tomadas são de 1 ½polegadas.
A localização das tomadas de incêndio obedece aos seguintes critérios: nos
navios maiores, são posicionadas de modo que qualquer ponto do navio possa ser
alcançado com duas mangueiras de 15,25 m (50 pés). Nos navios menores, são
dispostas,de modo a alcançar qualquer ponto do navio com uma mangueira de
15,25 m (50 pés) de comprimento. As tomadas do convés principal ficam elevadas
de 0,30 m do piso e dispostas horizontalmente.Em alguns navios, as tomadas de incêndio podem ter um ralo especial que
permite sua limpeza automática. Tais ralos têm a descarga com diâmetro igual ao da
tomada onde são instalados.
As vantagens do emprego desses ralos são de fácil compreensão. A rede de
incêndio está sujeita a incrustações diversas e, com a trepidação do navio, esses
corpos soltam-se das redes e vão obstruir os esguichos e pulverizadores, caso não
sejam retirados pelo ralo. Recomenda-se abrir e fechar periodicamente os ralos, com
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a máxima pressão da rede de modo a descarregar as incrustações que estejam em
inicio de formação e, havendo oportunidade, as seções de rede de incêndio devem
ser retiradas para inspeção e limpeza.
Figura 33– Tomada de incêndio de bordo.
VÁLVULAS
As válvulas normalmente instaladas na rede de incêndio são as de
interceptação, redutora e de segurança.
As válvulas de interceptação são encontradas nas próprias redes e nas suas
derivações verticais e horizontais. Tem por finalidade permitir a segregação da rede
em partes independentes e o isolamento de seções avariadas visando o reparo e o
contorno. Algumas dessas válvulas podem ser manobradas a distância.
As válvulas redutoras são instaladas nas derivações da rede de incêndio que
alimentam a rede sanitária. A pressão normal da rede sanitária é de 35 lb/pol.2,
sendo as válvulas redutoras ajustadas para este valor.
As válvulas de segurança instaladas na rede sanitária em geral disparam para
uma pressão 10% acima da prevista.
Observação: atualmente a maioria dos navios já possui rede do sistema
sanitário independente e com uso de água potável.
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MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
As mangueiras adotadas na marinha são de borracha e lona dupla nos diâmetros
de 1 ½”, 2”, 2 ½” e 3 ½”. Na marinha mercante, usa-se somente as de1 ½” e 2 ½”.
As seções são de 15,25 m (50 pés) de comprimento, com união macho em uma
extremidade e fêmea na outra. Ao ser feito a referência a uma seção de mangueira
fica estabelecido que se trata desse comprimento padrão de 15,25 m. O
revestimento interno de borracha é liso, para reduzir ao mínimo as perdas por atrito.
Quando as mangueiras forem aduchadas em cabides especiais ou nos paióis, o
seguinte procedimento deverá ser obedecido: estende-se a mangueira no convés,
dobra-se as mesmas até que a união macho vindo por cima chegue a cerca de
1,20m da extremidade fêmea. Colhe-se então a mangueira enrolando-a a partir daextremidade do seio de modo que ao terminar a aducha, a união fêmea estará por
fora e no fim da segunda volta a união macho estará com a rosca devidamente
protegida.
As mangueiras deverão ser conservadas limpas, não sendo, porém, indicado
lavá-las, a não ser no caso de ficarem sujas de óleo ou graxa que atacam a
borracha. Nesses casos, deverão ser lavadas com água doce, escova macia e
sabão ou detergente neutro. Após a lavagem, as mangueiras deverão ser bemenxaguadas e postas a secar estendidas à temperatura ambiente. Deverão ser
inspecionadas semanalmente a fim de se verificar se contém umidade. Devem ser
retiradas de seus suportes pelo menos uma vez por mês e novamente colhidas, de
modo que as dobras não fiquem no mesmo ponto que se encontravam. A parte
inferior da mangueira, quando no cabide, deve ficar pelo menos a 15 cm do piso.
Figura 34– Mangueira de incêndio de bordo.
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ESGUICHO UNIVERSAL E APLICADORES
Um dos tipos de esguicho adotados na marinha é o esguicho universal que é
fornecido nas dimensões de 1 ½” e 2 ½” ; possui um válvula de três posições
comandada por uma alavanca e dois orifícios de descargas. Mediante manobra da
alavanca, o esguicho poderá produzir um jato sólido pelo orifício superior, ou uma
cortina de neblina pelo orifício inferior, onde se adapta um bico pulverizador.
Os jatos d’água produzidos pelo esguicho universal devem obedecer às
características próprias padronizadas, quanto à forma, consistência e alcance.
Quando tal não acontecer, deve-se verificar se existe alguma coca, dobra ou
amassamento na mangueira ou obstrução no orifício de descarga. Se não for
constatada nenhuma dessas irregularidades, é possível que a pressão na tomada
esteja baixa. Isto pode ser consequência de obstrução no ralo. Se a limpeza do ralo
não melhorar a situação, deve-se passar imediatamente as mangueiras para outra
tomada.
Outro ponto a ser considerado é a queda de pressão causada pela excessiva
extensão da linha de mangueira, ou pelo grande número de mangueiras derivando
de uma só tomada. As tomadas de incêndio são, a bordo, posicionadas de modo
que tais fatos não ocorram.
Com a alavanca na posição avançada, o esguicho estará fechado e, na posição
oposta, para trás, produzirá o jato sólido. Com a alavanca na posição intermediária,
vertical, a descarga será pelo orifício inferior, em forma de neblina em alta ou baixa
velocidade conforme o pulverizador adotado.
Para a produção de neblina de alta velocidade, é utilizado pulverizador de alta
velocidade, que fica normalmente preso ao esguicho por um pequeno fiel decorrente. Para obtenção de neblina de baixa velocidade, retira-se o pulverizador de
alta velocidade e coloca-se em seu lugar um aplicador, onde existe um pulverizador
de baixa velocidade. Qualquer desses acessórios se adapta rapidamente ao
esguicho por acoplamento tipo baioneta.
A neblina, em qualquer dos casos ,é produzida por pequenos orifícios abertos
em direção convergente que, subdividindo o jato, provocam o entrechoque das
partículas d’água. A pressão necessária para produzir neblina em qualquer dos tipos
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de pulverizador é a mesma. Para se obter melhores resultados, porém, a pressão
d’água no esguicho deverá ser próxima de 100 lb/pol 2.
A neblina de baixa velocidade é produzida por orifícios menores de tal maneira
dispostos que a água fica dividida em partículas muito pequenas e com alcance
reduzido. O pulverizador de baixa velocidade não é conectado diretamente ao
esguicho, mas ao tubo aplicador. Existem três tipos de aplicadores:
• 1” de diâmetro, 1,2m (4 pés) de comprimento e ponta curvada de 60°;
• 1” de diâmetro, 3,0m (10 pés) de comprimento e ponta curvada de 90°; e
• 1 ½” de diâmetro, 3,6 m (12 pés) de comprimento e ponta curvada de 90°.
Comparando-se a neblina de alta velocidade com a de baixa, verifica-se que a
de baixa possui menor alcance e maior difusão das partículas d’água: assim, a
neblina de baixa, pela maior difusão, apresenta mais facilidade de absorção de
calor. Em ambos os tipos de neblina, porém, seus efeitos são em maior ou menor
grau, os de resfriamento e abafamento.
Uniões de mangueiras
• “União macho - serve para conectar uma mangueira a um esguicho.
Figura 35– União macho.
• União fêmea - serve para conectar uma mangueira a uma tomada deincêndio.
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Figura 36– União fêmea.
Figura 37– União de redução de 2 ½”para
• União de redução de 2 ½”para 1 ½” - serve para conectar duas mangueirasde diâmetros diferentes, ou para conectar uma mangueira em uma tomada de
incêndio cujo diâmetro seja maior que o seu.
• União duplo fêmea - permite contornar uma seção furada da rede de
incêndio, unindo as mangueiras que estão ligadas às duas tomadas de incêndio,
facilitando a ligação de dois terminais de rosca macho.
Figura 38– União duplo fêmea.
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• União duplo macho - facilita a ligação de dois terminais de rosca fêmea.
Figura 39– União duplo macho.
• União de aumento - é utilizada tanto nas tomadas de incêndio como nasmangueiras, para aumentá-las de diâmetro.
Figura 40– União de aumento. • União de redução em Y - é uma bifurcação em Y com uma entrada de 2
½” e duas saídas de 1 ½”, com uma válvula independente para cada saída.Geralmente é utilizada para conectar duas mangueiras de 1 ½” a uma tomadade incêndio ou uma mangueira de 2 ½”.
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Figura 41– União de redução em “Y”.
• Aparelho divisor – é um equipamento com uniões de engate rápido (storz),
com uma entrada de 2½” e 3 saídas de 1 ½”.
Figura 42– Aparelho divisor.
Observação: as mangueiras utilizadas nas embarcações, em cujas
extremidades possuíam uniões de rosca, são, atualmente, dotadas de uniões de
engate rápido (storz), o que facilita o seu manuseio no combate a incêndios.
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Figura 43– Mangueiras com engate rápido.
As mangueiras adotadas nas embarcações mercantes são do tipo de
borracha e lona dupla, nos diâmetros:
⇒ 1 ½” - ligadas às tomadas de incêndio;
⇒ 2 ½” - utilizadas para dar maior extensão às linhas de
mangueiras, uma vez que a sua manipulação é bastante difícil, quando
pressurizadas; e
⇒ 3 ½” - utilizadas em navios dotados com estações de alta
capacidade de geração de espuma.
ATENÇÃO: as mangueiras devem ser acondicionadas de maneira que
possam ser utilizadas sem perda de tempo.
Neste caso, deverão ser aduchadas para facilitar o transporte, ou seja, deverão
ser dobradas ao meio e enroladas do seio para as extremidades, de tal maneira que
a união venha por cima e fique a cerca de 1,20 m da união da outra extremidade da
mangueira. Desta forma, a união macho estará devidamente protegida, permitindo
um transporte seguro da mangueira e um desenrolar mais prático, bastando para
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isso segurar uma das uniões e lançar a mangueira. Elas devem ser acondicionadas
em caixas de incêndio, junto às tomadas de incêndio, ‘’distribuídas em diversos
compartimentos dos navios” 13 .
Figura 44 - Transporte e aduchamento da mangueira.
13 DPC,apostila Ecin. 2.ed.,2008.
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3.2 Características das bombas principais e de emergência
3.2.1 Sistema de borrifo
Os diversos tipos de sistema de borrifo existentes destinam-se, genericamente, a
proteger áreas contra o fogo e, quando operando automaticamente, possuem a
vantagem de atuar logo no início do incêndio, impedindo assim que o fogo alcance
maiores proporções.
A bordo, o tipo mais antigo do sistema fixo de borrifo consiste em uma derivação
da rede de incêndio e se destina à proteção de paióis. Entre as redes de incêndio e
os compartimentos a proteger, existe uma válvula de interceptação, normalmenteaberta e travada por um cadeado. A seguir, há uma válvula com comando a
distância, pela qual se faz a operação do sistema.
Em alguns navios mais recentes, a rede de borrifo pode ser operada
automaticamente, sendo a válvula de controle atuada por um sistema de servo-
comando, sensível ao aumento da temperatura.
Um sistema muito utilizado, tanto a bordo como em instalações de terra, é o que
utiliza os chuveiros automáticos. A rede de borrifo neste caso é mantida sob pressãono compartimento a proteger, e os chuveiros entram independentemente em ação
quando atuados pelo calor. Assim, somente entram em operação aqueles
pulverizadores próximos ao fogo. No instante em que qualquer chuveiro é acionado,
o fluxo da água na rede faz soar o alarme do sistema. Tal sistema tem como
vantagem, além da pronta ação de combate ao fogo logo em seu início, somente
serem utilizados os pulverizadores necessários, o que evita prejuízos adicionais
gerados pelo alagamento generalizado do compartimento.Os chuveiros automáticos são conhecidos como “SPRINKLERS”. Basicamente
uma válvula que é mantida na posição de fechada com auxílio de um elemento
sensível ao calor. O rompimento desse elemento permite a abertura da válvula, cuja
descarga se faz sob forma de borrifo.
O tipo mais conhecido possui como elemento sensível uma ampola de vidro que
contém um líquido (mercúrio) cuja expansão faz com que ela se rompa ao ser
atingida a temperatura nominal de funcionamento. Outros tipos de chuveiros podem
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utilizar ligas metálicas de baixo ponto de fusão como elemento sensível (fusível). O
rompimento dessa peça por ocasião do calor faz operar o sistema.
Figura 45 – Sprinklers.
3.2.2 Canhões de espuma
“O Canhão Monitor Fixo foi projetado para utilização em sistemas fixos de
combate a incêndios para navios mercantes em conjunto com esguichos de água ou
espuma. Quando em operação com esguichos de água, destina-se na maioria dos
casos ao resfriamento de estruturas expostas ao calor” 14.Quando em operação com
esguichos de espuma destina-se ao combate de incêndios envolvendo líquidos
Inflamáveis .
Figura 46 – Canhão de espuma.
14 Fonte: http://www.kidde.com.br/utcfs/Templates/Pages/Template-
55/0,8064,pageId%3D17820%26siteId%3D638,00.html
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3.3 Funcionamento da bomba de incêndio de emergência (motobomba)
3.3.1 Motobombas diesel
“Motobombas a diesel para combate a incêndio com sistema de arrefecimento
por trocador de calor ou com radiador. Equipamento imprescindível para sistemas de
pequeno, médio e grande porte, seja para aplicações em edifícios comerciais,
indústrias ou até mesmo em áreas classificadas de refinarias navios e plataformas
de petróleo.
Figura 47 - Motobombas diesel.
3.3.2 Motobombas elétricas
O conjunto motobomba elétrico sempre será o primeiro equipamento a entrar em
funcionamento após uma queda brusca de pressão na linha de combate a incêndio.
Nomeada a bomba principal de emergência, esta deve ser operada a partir de uma
fonte de alimentação de emergência”15.
15 Fonte: http://www.germek.com.br/index.php?pg=produtos&pd=1
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Figura 48 - Motobombas elétricas.
3.4 Recomendações para o uso de instalações fixas
Os sistemas fixos de proteção contra incêndio usados a bordo são os seguintes:
• dióxido de carbono;
• sprinkler ou irrigador;
• espuma de baixa expansão;
• espuma de alta expansão;
• hidrantes;
• geradores de emergência e bombas de esgoto;
• spray de água pressurizada em espaços especiais; e• aplicadores de pó químico.
Requisitos gerais de uso:
• o meio usado não pode produzir gases tóxicos;
• a quantidade do produto extintor deve ser adequada ao espaço protegido pelo
sistema;
•
as redes do sistema devem ter válvulas de controle;• quando o produto extintor for gás, não deve haver disparo automático; e
• a ordem para o acionamento deve ser dada pelo comandante ou pelo oficial
que o represente.
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3.5 Sistemas fixos com efeitos abafadores: espuma, CO2 e pó seco
Estes sistemas, com exceção dos sistemas de borrifo com água e de pó químico,
que podem servir de proteção em áreas externas, servem normalmente como
proteção para extinção de incêndios em compartimentos fechados. É comum
encontrar um deles protegendo as partes mais importantes de um navio, como praça
de máquinas, de caldeiras, casa de bombas, compartimentos de compressores de
carga (nos navios gaseiros semirefrigerados),superestruturas etc. Nas circunstancias
de acionamento destes dispositivos em compartimentos fechados é importante que
se tenha em mente a necessidade de evacuação prévia de pessoas dos
compartimentos que devem ser alagados. O acionamento de qualquer destessistemas está condicionado à autorização do comandante ou de um oficial superior
(geralmente o oficial de serviço) em nome do comandante, com prévia autorização
do mesmo. O acionamento de qualquer desses sistemas, portanto, deve ser
precedido de uma alarme (que serve de alerta para a evacuação de pessoal), uma
verificação complementar (imediata e in loco ) sobre a evacuação do pessoal e
dotado de dispositivo para acionamento remoto.
3.5.1 De água
O extintor de uso mais simples no caso de princípio de incêndio em camarotes é
um balde de água. Entretanto, é difícil a aproximação para depositar a água do
balde exatamente no local desejado (pela elevada temperatura). Lançando-a de uma
considerável distância, ainda do balde, teremos a eficiência, pela falta de pressão e
direção, comprometida. Então, os dispositivos portáteis, que projetam um jato de
água com consideráveis precisão e distância, e por um período de tempo maior, são
muito mais eficientes e confiáveis do que baldes de água. São os seguintes:
a) de água pressurizada.
O recipiente do gás propelente é instalado interna ou externamente. Esse tipo de
extintor portátil pode ser usado, verticalmente, tanto na posição direita como na
invertida. Existem extintores de água pressurizada cuja carga pode ser disparada
apenas com o rompimento do selo (circular) do contentor da carga de gás
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propelente, usualmente de 63 gramas de CO2 líquido. O processo de construção e
de descarga desse tipo de extintor é semelhante aos de soda-ácido, os quais
veremos mais adiante.
Figura 49 – Extintor de água pressurizada.
3.5.2 De espuma
Em incêndios superficiais de óleo, o jato d’água não é eficaz já que ele, ao ser
aplicado, causa um distúrbio na superfície, espalhando o óleo. É melhor, então, que
seja aplicada alguma substância que venha a cobrir a superfície em chamas,
restringindo o suprimento de ar comburente que alimenta o fogo. Isto éperfeitamente conseguido através da aplicação de uma camada espuma. São dos
seguintes tipos:
a) Química
É uma adaptação do extintor de soda-ácido, com a adição de uma substância
chamada “espuma concentrada” que dá ao líquido uma consistência sabonosa
capaz de formar bolhas superficiais consistentes. É aplicada geralmente nosespaços de máquinas e outros locais onde poderá ocorrer a combustão de óleo. De
um modo geral tem os mesmos requisitos dos extintores de soda-ácido, mas uma
quantidade maior de um ácido mais fraco é colocada dentro do recipiente, também
selado com uma capa em forma de concha. O interior do recipiente pode ser de
cobre revestido com chumbo mas pode também ser usada porcelana, vidro ou
material sintético. O recipiente é cheio, até um nível considerado correto, com uma
solução de sulfato de alumínio que atua com ácido fraco. Como o sulfato de alumínio
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é encontrado na forma de pó, deve ser cuidadosamente dissolvido em uma
quantidade certa de água morna antes de ser inserido no recipiente. Uma mistura de
bicarbonato de sódio e um estabilizador, ambos em pó, são colocados em um outro
recipiente. Quando a capa selante é rompida pelo acionamento do extintor,
invertendo sua posição vertical, há a mistura e a consequente geração de dióxido de
carbono em forma de gás propelente e a pressão gerada ejeta o conteúdo, seguindo
o mesmo princípio dos extintores de soda-ácido. Para melhorar a ação, pode-se,
após inverter a posição do extintor, tampá-lo com um dedo e sacudi-lo para ajudar
na mistura. Num período de 30 a 90 segundos,será alcançado um jato de 6 metros
de espuma.
Vemos que a reação química é fundamentalmente a mesma do tipo soda-ácido,com o ácido fraco sendo usado principalmente para reduzir a ação e prevenir contra
uma excessiva geração de pressão e dar tempo para a formação das bolhas. A
evolução das bolhas, neste caso referida como “espuma química”, resulta da
espuma concentrada que é adicionada ao bicarbonato de sódio em outro recipiente.
Estas substâncias são chamadas estabilizadores porque elas produzem uma
estável, espessa e consistente massa de bolhas de dióxido de carbono como uma
durável superfície protetora. A razão entre os volumes de espuma e líquido variaentre 8:1 e 12:1. Como desvantagens desse extintor, tanto quanto os de soda-ácido,
estão os fatos de suas ações serem vagarosas no tempo frio, sendo reduzido o jato,
e a tendência de deterioração em tempo quente.
b) De espuma pressurizada (espuma mecânica)
A construção e o método de operação deste tipo de extintor é semelhante ao
de água pressurizada mas sua vazão de descarga é a mesma dos extintores deespuma química. Nestes extintores não há reação química, mas o líquido é
direcionado através de uma mangueira até um bico especial que produz a mistura
pela agitação e introdução de ar durante o fluxo, formando assim uma massa de
pequenas bolhas de ar com características semelhantes àquelas dos extintores de
espuma química. Esse tipo de extintor é conhecido como de espuma mecânica. A
substância estabilizadora, nestes extintores, usualmente é uma proteína composta
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derivada de sangue desidratado. A razão entre a espuma e o líquido é cerca de 8:1,
não tão boa quanto a espuma química.
Figura 50 – Extintor de espuma pressurizada (espuma mecânica).
3.5.3 De pó seco
É um extintor muito usado no combate a incêndios de produtos químicos e aceito
em bases limitadas nas acomodações e espaços de máquinas. Existem
basicamente dois tipos: um em que o pó é expelido através da pressão resultante de
um gás comprimido em um recipiente preso ou instalado ao extintor; e outro, onde o
gás (ou mesmo ar) é comprimido junto com o pó, no corpo do extintor. O corpo
desse extintor é de aço ou alumínio e é projetado com um fator de segurança igual a
4. O tempo da descarga de 4,5 kg de pó deve ficar entre 10 e 15 segundos. Um
extintor de pó seco de 6 kg deve conter cerca de 220 g de CO2 seco. São usados,
como pó, o bicarbonato de sódio, o bicarbonato de potássio ou o fosfato de alumínio,
dependendo da classe de fogo para o qual é destinado. É descarregado usualmente
por uma mangueira com um aspersor controlado em sua extremidade. Um fluido é
sempre adicionado para evitar a compactação do pó. Há, nele, um tubo de gás,
internamente, com a finalidade de produzir um violento movimento, dentro do
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recipiente, para induzir o pó no fluxo de gás. A ação do pó começa com a produção
de uma nuvem que cobre o fogo, excluindo o ar e continua pela quebra da reação
em cadeia que é a queima de molécula a molécula, mas, como a descarga é muito
rápida, sendo completada em cerca de 15 segundos, o sucesso da operação
depende da eficiência da aplicação.
No caso do bicarbonato de sódio, se o fogo tem suficiente temperatura ele
decompõe uma parte para a forma de água e dióxido de carbono. Não há ação
resfriadora neste tipo de extintor. Quando da recarga desses extintores, é essencial
assegurar absoluta drenagem do pó e do recipiente.
Figura 51 – Extintor de pó seco.
3.5.4 Dióxido de carbono (CO2)
O dióxido de carbono utilizado em extintores portáteis é classificado como gás
liquefeito de alta pressão e, no estado líquido e à temperatura ambiente, necessita
de ser acondicionado em cilindros de aço de alta dureza. São construídos
geralmente para uma pressão de trabalho de 136 bar e testados hidraulicamente a
uma pressão superior a 207 bar, dependendo do padrão para o qual eles são
fabricados. Segundo seu princípio de operação, são classificados em dois tipos,
nomeadamente os de “disco perfurado” e os “abertos por válvula”. Cada método de
operação tem suas vantagens e suas desvantagens. A operação do tipo “disco”
quando iniciada não pode ser interrompida e o extintor permite uma descarga
contínua até que fique completamente vazio. O outro tipo, com “válvula”, permite o
esvaziamento parcial mas é imperativo que não retorne à prateleira como “em
condições de ser novamente usado”. Isto pode causar grandes danos a outro
usuário que tenha a convicção de que o está usando pela primeira vez, como
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“totalmente carregado”. Assim, mesmo após o uso parcial, deverá ser marcado para
voltar a ser totalmente carregado para ser dado como “em condições de uso” .
Nestes extintores, o líquido é descarregado através de um mangote curto e flexível
para um cone plástico direcionador, onde o líquido sofre a brusca evaporação e
expulsa o ar que alimenta a combustão, tomando o seu lugar. Um tubo interno é
instalado no extintor para assegurar a rápida descarga do líquido e garantir que não
haverá evaporação no interior da garrafa, o que produziria, pela extração do calor
latente, a formação de gelo seco (CO2 sólido). Cargas de 4 a 5 kg produzem cerca
de 2 a 3 m3 de gás, que tem um bom efeito abafador mas um efeito resfriador
apenas razoável. Suas garrafas de alta pressão não são permitidas nas
acomodações porque há o perigo de vazamento do gás que, em espaço confinado,pode causar asfixia em tripulantes e passageiros. Extintores de CO2 podem ser
substituídos por extintores de espuma nos espaços de máquinas, apesar de o gás
trabalhar com mais limpeza e com maior penetração nos espaços onde outros
agentes extintores não conseguem alcançar. Sendo não-condutor de eletricidade,
ele pode também ser usado em incêndios de equipamentos elétricos energizados.
Como o peso do líquido é pequeno em comparação com o peso total do extintor e
não há como verificar a existência de vazamentos, ele deve ser pesadoconstantemente para a constatação de que se encontra em boa ordem. Além disso,
sua recarga só acontece em terra.
Figura 52 – Extintor de CO2.
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3.6 Sistemas fixos com efeitos resfriadores: “sprinklers” e “spray” de águapressurizada
Um sistema de “sprinklers” ou irrigadores incorpora um certo número dessesdispositivos, constantemente pressurizados com água e distribuídos adequadamente
pelo ambiente a ser protegido.
Figura 53 - Bomba de “sprinkler” ou irrigador.
Cada um deles tem uma proteção de vidro ou bulbo de quartzo que retém um
selo-diafragma na saída da tubulação de água. Esse bulbo é parcialmente enchido
com um fluido especial de tal maneira que a elevação de temperatura no
compartimento causará a expansão do líquido.
Figura 54 – “Sprinkler” jorrando água.
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Quando o líquido se expande e o espaço é completamente preenchido, obulbo, não resistindo à pressão adicional, estoura, a pressão da água fora odiafragma para fora e a água flui pelo sprinkler.
Figura 55 – “Sprinkler” desmontado.
3.7 Equipamentos de proteção individual (EPI)
Todo material que tem como propósito básico de proteger o homem que
combate um incêndio contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua
integridade física, é conhecido como equipamento de proteção. Assim, dentro
desse conceito, inclui-se desde simples capacete de fibra, até complexas mascaras
e roupas de penetração (aluminizada) ou roupas de aproximação.
3.7.1 Proteção básica
Na ausência de roupas especiais, o uso de vestimentas a base de algodão
oferecem proteção significativa contra o calor irradiante de um incêndio. Por estemotivo, adotou-se o macacão como vestimenta padrão a bordo dos navios em
viagem. O uso de roupas de baixo (cuecas, calcinhas, meias, camisetas) em
algodão, também, é recomendável, na medida que tecidos sintéticos poderão
queimar e grudar na pele quando submetidos ao calor.
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Figura 56 – Roupa de proteção Básica.
3.7.2 Roupas de penetração
As roupas de penetração são usadas nas fainas de combate a incêndio, onde o
homem poderá ficar em contato direto com a chama ou altas temperaturas. As
roupas mais encontradas a bordo, para este fim, são as roupas aluminizadas, que
devem ser vestidas sobre o macacão. Constam de calça, paletó, botas, luvas e
capuz com visor. São confeccionadas de modo a permitir a utilização nas fainas de
incêndios. Se a roupa aluminizada ficar molhada, o que é comum acontecer em
fainas de combate a incêndio, deverá ser mantida continuamente molhada por meio
de borrifo, até que seu utilizador se retire da área aquecida, sob pena de ser
escaldado no interir da vestimenta. As roupas de lã de vidro e aluminizadas estão
substituindo as roupas de amianto. A superfície aluminizada reduz a absorção de
calor radiante.
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Figura 57– Roupa de penetração.
3.7.3 Botas
“As botas devem ser de couro, com cano longo, possuindo ainda biqueiras edorso de aço, a fim de resistirem não só ao calor como também ao impacto, além depossuírem um solado antiderrapante.
Figura 58– Botas.
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3.7.4 Luvas
As luvas devem ser confeccionadas com material resistente às altas
temperaturas, geralmente de asbesto ou de amianto, devendo, ainda, ter o canolongo.
Figura 59– Luvas.
3.7.5 Capacete
Equipamento rígido que proporciona proteção eficaz contra impactos no crânio” 16.
Figura 60– Capacete.
16Fonte: DPC,apostila Ecin. 2.ed.,2008.
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3.7.6 Máscaras contra gases
Em todo incêndio é normal a formação de gases irritantes aos olhos e as vias
respiratórias. Dependendo do material em combustão, é possível também a
formação de gases tóxicos. Determinados tipos de mascaras dotadas de filtros
(normalmente de carvão) permitem a expiração em atmosferas assim contaminadas,
desde que essa atmosfera disponha ainda de percentual adequado de oxigênio.
Quando o incêndio ocorre em ambientes confinados, é praticamente certo o acúmulo
desses gases, enquanto que paralelamente se verifica a redução do percentual de
oxigênio. Nesses casos, é necessário que sejam utilizadas máscaras que possam
prover uma atmosfera restrita respirável em seu interior.
As máscaras que dispõem apenas de filtros são impróprias para fainas de
combate a incêndio a bordo e não serão consideradas neste estudo. As máscaras
que podem prover atmosfera restrita são:
• máscara com tambor gerador de oxigênio; e
• máscara com ampola de ar comprimido.
A máscara com tambor gerador de oxigênio, atualmente, caindo em desuso pela
dependência logística em se manter o suprimento de tambores geradores, operam
em circuito fechado, sem qualquer comunicação com o ambiente exterior. O tambor
gerador é o elemento responsável pela revitalização da atmosfera no interior do
equipamento. Funciona por ação química, produzindo oxigênio e retendo CO2 e o
vapor d’água exalados pela respiração.
As máscaras com ampola de ar comprimido funcionam debitando
automaticamente a quantidade de ar necessária para cada inalação. Existem váriosfabricantes, porém todas operam dentro de um mesmo princípio de funcionamento.
São compostas de um conjunto de máscara facial contra gases, suporte básico e de
formato anatômico, cilindro de ar comprimido, válvula de demanda automática, sinal
acústico de alarme e manômetro.
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3.7.7 Drager Lubeca PA 54
O cilindro trabalha com a pressão de 200 bar, que é reduzida para pressão
média e constante de 5 bar. O seu volume é de 1400 litros de ar. Quando o cilindro
atinge 50 bar, soa um alarme. Autonomia de 30 min.
É possível se adaptar um dispositivo de comutação para respiração através de
mangueira de ar comprimido, abastecendo por longo tempo o usuário da máscara.
Figura 61 – Máscara e cilindro drager Lubeca PA 54.
3.7.8 BASCCA (Breathing apparatus, self contained, compressed air)
O cilindro trabalha com uma pressão de 207 bar e possui volume de 1400 litrosde ar num modelo padrão. Quando totalmente carregada, no modelo padrão, dá
uma autonomia de 27 minutos até o disparo do apito alarme. Após o alarme, ainda
permanece 7 minutos de ar para a utilização.
3.7.9 Máscaras autônomas MSA mod. 401
O cilindro trabalha com a pressão de 150 bar e possui volume de 1270 litros de
ar. Quando totalmente carregada, dá uma autonomia de 30 minutos.
Figura 62 – Máscara e cilindro MSA mod.401.
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3.7.10 Lanterna portátil (lâmpada elétrica de segurança)
“Equipamento de iluminação do tipo aprovado, que deve ter período mínimo de 3
horas de iluminação.
3.7.11 Machado
Deve ser do tipo aprovado, e é utilizado nos trabalhos de arrombamento em
geral” 17.
Figura 63 – Machado.
3.7.12 Organização e faina de combate a incêndio
As estatísticas mostram que cerca de 90% dos incêndios são extintos nos
primeiros dois minutos; 5% nos primeiros dez minutos e os 5% restantes
ultrapassam cinco a dez horas. O combate a incêndio é uma faina de equipe, cujo
desenvolvimento se faz sob tensões físicas e emocionais. Qualquer trabalho assim
executado necessita, para ser bem sucedido, que determinados requisitos básicos
sejam rigorosamente satisfeitos, a saber:
17Fonte : DPC,apostila Ecin. 2.ed.,2008.
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101
• planejamento e organização;
• instrução;
• adestramento;
• manutenção do material e equipamentos .
Planejamento e organização: planejar instruções e adestramentos e dar aos
componentes de um grupo de combate a incêndio, as condições materiais
necessárias ao fim a que elas se destinam.Essas condições são:
• cada componente de um grupo deve saber, com segurança, quais seus
deveres e suas atividades;
• todos devem saber o que fazer de cada componente do grupo; e
• as ordens e informações devem circular, sem interferência, através dos
canais adequados e entre o componente que chefia o grupo e o executor das
tarefas.
Instrução: é o conhecimento técnico individual da função para qual está
designado o componente do grupo pela organização.
Adestramento: é a execução de uma função por um componente do grupo,
para a qual já foi instruído durante um certo número de vezes para fazer parte de um
trabalho em conjunto.
O grupo pode estar organizado, as instruções dadas claramente, os homens
bens treinados, mas se não contarem com material adequado e em boas condições
de utilização, não terão meios para o desempenho de suas tarefas. O material de
controle de avarias, em geral, e o de combate a incêndio, em particular, são demanutenção relativamente simples. A não observância de pequenos detalhes de
manutenção poderá ser a causa de falha de todo o conjunto complexo.
As situações de emergência não admitem falhas sem cobrar um alto preço. O
limite entre se ter uma faina organizada, pessoal instruído estar-se devidamente
adestrado e não termos esses cuidados , pode ser a diferença entre a vida e a
morte.
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3.8 Uso dos equipamentos de proteção individual (EPI)
“As recomendações hoje existentes para o uso de EPI são bastante genéricas epadronizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento
utilizado na operação, os níveis reais de exposição e, até mesmo, as características
ambientais e da cultura onde o produto será aplicado. Estas variáveis acarretam
muitas vezes gastos desnecessários, recomendações inadequadas e podem
aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo” 18.
Deve-se usar o EPI completo para qualquer faina de combate a incêndio, pois se
não for usado devidamente, podem ocorrer acidentes graves e até fatais com a
pessoa envolvida na faina de combate a incêndio.
3.8.1 Observações sobre como usar roupas de proteção em fainas de
combate ao incêndio .
• As roupas devem ser sempre usadas sobre o macacão, provendo assim
maior proteção ao homem.
• As roupas devem ter sua parte superior fechada apenas na hora que ohomem for empregado na faina, de modo a mantê-lo o maior tempo possível
“refrescado”.
• As roupas devem ter as golas viradas para cima, os velcros passados e
zíperes fechados.
• As luvas a serem utilizadas devem ser apropriadas para CBINC. As luvas de
raspa, por exemplo, podem dificultar o manuseio de esguichos quando molhados.
• As luvas devem ser colocadas por cima das mangas das roupas, se possível,e serem de tamanho ligeiramente maior, a fim de permitir ao homem movimentar os
dedos, evitando queimaduras por vapor.
• O capuz anti-flash deve ser colocado por sobre a peça facial da máscara,
cobrindo todas as partes expostas da pele do homem e a parte superior da máscara,
e por dentro da roupa de proteção.
18Fonte: http://
www.den.ufla.br/Professores/Jair/uso_epi.doc
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• As máscaras de combate a incêndio devem ter todas as cintas passadas e
corretamente ajustadas ao corpo do homem; e
• A utilização de capacetes é obrigatória (deve ser colocado bem preso à
cabeça do homem, à altura da jugular).
3.9 Uso do aparelho de respiração artificial
Assim como é verdade do ditado popular “onde há fumaça há fogo”, o seu
inverso também é verdadeiro: “onde há fogo, há fumaça”. O volume de fumaça varia
com o tipo de combustível; mas em incêndios envolvendo óleos, a quantidade de
fumaça é frequentemente fator de preocupação pelas consequências que ela
estatisticamente envolve. Igualmente quando acontece um incêndio em espaço
fechado ou confinado, o suprimento de ar fica restringido e o teor de CO2 é
subitamente reduzido a um nível que não permite a sobrevivência humana. É
principalmente nestas condições a principal aplicação dos equipamentos de
respiração artificial.
O constante treinamento com o CABA (Compressed Air Breathing Apparatus),
sua operação e uso da máscara é importante para todo tripulante.
Figura 64 - Aparelho de respiração artificial.
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3.10 Uso do aparelho de ressurreição
É um aparelho que realiza respiração artificial em vítimas com insuficiência ou
parada respiratória, insuflando-lhes oxigênio com alto teor de pureza, quase 100%.
É utilizado em vítimas com asfixia causada por choque elétrico, afogamento,
estrangulamento, intoxicação por gases ou fumaça de incêndios e outros causas.
3.10.1 Constituição
• mala para acondicionamento do aparelho;
• cilindro;
• válvula de controle com manômetro;
• aspirador com cateteres;
• válvula do cilindro;
• máscaras do cilindro;
• conjunto regulador de pressão com botão “over ride”;
• mangueiras;
• balão de teste do regulador de pressão; e
• cânula.
Figura 65 – Ressuscitador.
3.10.2 Funcionamento
O equipamento funciona como ressuscitador, inalador, aspirador e
coadjuvante à massagem cardíaca.
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Ressuscitador - utilizado quando a vítima encontra-se impossibilitada de
respirar espontaneamente.
Procedimentos
• abrir válvula do cilindro de oxigênio;
• operar o controle da máscara e fixá-la na face da vítima (verificar se sua
garganta permite a passagem do ar);
• abrir a válvula de controle graduando-a no sentido “OFF”, até 15
respirações por minuto; e
• se a vítima começar a respirar espontaneamente, erguer a máscara de sua
face, ligeiramente, pressionando o botão “over ride”, iniciando o processo de
inalação de oxigênio.
Inalador - utilizado quando a vítima encontra-se com deficiência respiratória.
Procedimentos:
• proceder conforme o uso do equipamento como ressuscitador;
• segurar a máscara, ligeiramente afastada da face da vítima; e
• pressionar o botão “over ride” nos momentos de sua aspiração.
Aspirador - utilizado quando a vítima encontra-se com as vias respiratórias
obstruídas.
Procedimentos:
• pressionar o botão do aspirador e, prosseguindo na aspiração, pressionar e
girar no sentido horário; e
• introduzir o cateter na boca da vítima, usando a cânula sobre e atrás da
língua, removendo o excesso de líquido da boca.
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3.10.4 Coadjuvante na massagem cardíaca
Como auxílio à massagem cardíaca, após as compressões no peito, administrar
o oxigênio, apertando o botão “over ride”. Continuar a massagem,consecutivamente, até a recuperação da vítima.
3.11 Emprego das mantas de incêndio
Fabricadas de amianto, as mantas de incêndio tem a finalidade de cobrir as
vítimas de queimaduras, num incêndio.Estas mantas, perfeitamente flexíveis , impedem a progressão da queimadura e
aliviam a dor, resfriando a pele. Além disso, protegem contra a contaminação
bacteriana aerotransportada. Tudo isso através da simples medida de cobrir a
vítima, de modo rápido e seguro. Elas também podem ser usadas para extinguir
pequenas chamas ou proteger pessoas do intenso calor de um incêndio.
As mantas de incêndio são acondicionadas, dobradas, em pacotes, caixas,
latas, etc., guardadas em locais de fácil acesso, próximas aos postos de incêndio.
Figura 66 – Manta de incêndio.
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3.12 Meios e métodos de combate a incêndio
Para que uma operação de combate a incêndio venha a ser eficiente é
necessário que seja tecnicamente correta. Assim, de maneira rápida, deve haveruma análise das circunstâncias do incêndio para que seja tomada a decisão do
método de combate a ser aplicado.
São principalmente os seguintes fatores a serem considerados para a escolha
do método de combate:
• acessibilidade do local do incêndio;
• pessoal disponível para executar a operação de combate;
•
reações produzidas pelo tipo de material que está incendiando; e• equipamento e agentes de combate apropriados à ação.
Durante o curto período em que são feitas tais análises é de extrema relevância
que seja mantida a calma, o que só é possível se constantes treinamentos, sob as
mais diferentes situações, forem simuladas em treinamentos sistemáticos.
Os métodos de combate a incêndio estão diretamente relacionados com os tipos
e formas de agentes extintores usados na faina. São as seguintes as formas de
aplicação dos agentes extintores:
a) Água
• jato sólido
• borrifo
• vapor
• névoa ou
• alagamento
b) Espuma
• de alta expansão
• de média expansão
• de baixa expansão
c) CO2
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d) Pó químico seco
4 EXERCÍCIOS DE COMBATE A INCÊNDIO
4.1 Combate a pequenos incêndios, das diversas classes, empregando todos
os meios disponíveis
Em primeiro lugar toda ação de combate ao incêndio, mesmo em pequenas
proporções, deve ser imediatamente comunicada aos demais membros da
tripulação.
Informe com precisão o local a intensidade e todas as demais informações quevocê puder colher; esse procedimento evita que, com sua imobilização por qualquer
motivo, a informação do incêndio não seja repassada , e dessa forma, ele aumente
de extensão e seja tarde demais para tomar as providências iniciais seriam mais
simples ,nas decisivas.
O combate inicial ao foco de incêndio deve ser feito respeitando-se a classe do
mesmo e, sempre que possível, não utilizar meios improvisados que possam colocar
em risco a sua vida, como o uso de água em quadros energizados, por exemplo:
Figura 67 - Quadro energizado
Usa-se sempre o método adequado de combate ao incêndio, evitando-se, por
exemplo, o uso da água em situações inadequadas. O improviso pode ser
extremamente perigoso.
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Não subestimar pequenos incêndios, o tempo entre um pequeno e um médio
incêndio, pode ser extremamente curto e avalie com precisão o entorno da área
sinistrada e informe para que os demais membros da tripulação a fim de que possa-
se tomar o procedimento de isolar a área e afastar do foco inicial material
potencialmente combustível ou que alimente de alguma forma a combustão.
Procurar não mobilizar o objeto sinistrado, a nossa tendência natural é afastar um
pequeno foco de incêndio mobilizando o objeto sinistrado, podemos dessa forma
espalhar esse foco de incêndio tornando o mesmo mais volumoso e os focos podem
ser deslocar para uma área maior agravando a situação do sinistro.
4.2 Técnicas adequadas de combate a incêndios externos
A primeira coisa a se fazer em um incêndio externo é localizar os recursos de
combate ao fogo mais próximos possíveis, saber onde se encontram o hidrante, a
mangueira e demais acessórios; trazer para o local de combate ao incêndio recursos
imprescindíveis que certamente não estão disponíveis para uso imediato; por
exemplo:
Figura 68 – Fluído gerador de espuma.
Acercar-se das medidas de proteção individuais, não esquecendo que nas áreas
abertas em convés, a tripulação estará exposta às intempéries, e que acidentes
correlatos podem e devem ser evitados.
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Outro ponto é a distância entre os membros da tripulação envolvidos na faina e
que o uso do rádio é de grande importância; porém, o rádio mal utilizado pode ser
um estorvo: todos falando ao mesmo tempo pode tornar um recurso precioso como
o rádio em uma barreira.
4.3 Técnicas adequadas de combate a incêndios em compartimentos com
fumaça.
Em primeiro lugar usar o EPI adequado ,ressaltar o uso de máscaras, “cumpre
esclarecer que os EPI's (equipamentos de proteção individual) foram concebidos
única e exclusivamente para serem adotados apenas em situações bem específicas
e legalmente previstas, como o caso em que medidas de proteção coletiva são
inviáveis - casos de emergência - ou enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implementadas. O empregador brasileiro, contrariando a própria
essência do EPI, faz uso deste como primeira opção, quando na verdade deveria ser
a última, partindo, inclusive, do pressuposto que o EPI é remédio para todos os
males em matéria de segurança do trabalho”19.
Não tentar entrar no ambiente com fumaça sem apoio. Os ambientes de bordo
devem possuir detectores de fumaça ,utilizados para detectar incêndios em seu
estágio inicial. “Quando alguma coisa começa a queimar e emitir fumaça, o detector
de fumaça dispara um alarme visual e sonoro a 85 dB”20.
Figura 69 – Detectores de fumaça.
19Fonte: http://www.viaseg.com.br/artigos/epi.htm
20Fonte: www.siemens.com.br/templates/produto.aspx
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• Não abrir subitamente portas ,escotilhas e espaços confinados.
• Isolar a energia elétrica do local.
• Fechar válvulas de interseções a fim de que a fumaça e o ar aquecido não se
espalhem aos demais locais no navio.
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REFERÊNCIAS:
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Profissional Marítimo,2008.
DNPM, Departamento Nacional de Produção Mineral. Disponível em :<http://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/nrm_08.htm> Acesso em : 29 set.2010.
Extinmaster, Segurança contra Incêndios . Disponível em :<www.extinmaster.com.br/imagens/apostila_ incendio.pdf> Acesso em : 11set.2010.
Germek Equipamentos . Disponível em :<http://www.germek.com.br/index.php?pg=produtos&pd=1> Acesso em : 07set.2010.
GRA-BRETANHA, Departament of Trade, Inglaterra Code of Safe
Working Practices for Merchant Seamen,2.ed.Inglaterra ,1991.
Instruções Básicas de Combate a Incêndio. Disponível em :
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/prevencao_de_incendio.html> Acesso em : 22 ago.2010.
KIDDE, A UTC Fire and Security Company . Disponível em :<http://www.kidde.com.br/utcfs/Templates/Pages/Template-
55/0,8064,pageId%3D17820%26siteId%3D638,00.html >. Acesso em : 15 set.2010.
MORAES,Jair Campos . Uso do EPI. Disponível em:<http://www.den.ufla.br/Professores/Jair/uso_epi.doc> Acesso em : 08
set.2010.
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O Portal da Construção. Disponível em :<www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-riscos_incendio_0208.pdf> Acesso
em : 10 ago.2010.
PETROBRAS.Guia Internacional de segurança para Navios e
Terminais Petroleiros. ISGOOT.5.ed.Rio de Janeiro;
TRANSPETRO,2008..
VENDRAME , Antônio Carlos . EPI: Não basta fornecer, tem de cumprir a
legislação . Disponível em: <http://www.viaseg.com.br/artigos/epi.htm>.
Acesso em : 05 set.2010.
WIKIPEDIA,A Enciclopédia Livre.Disponível em: .
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Extintor> acesso em : 21 ago.2010.