Apostila Fotografia Em Geral

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  • 8/14/2019 Apostila Fotografia Em Geral

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    FOTOGRAFIA

    ndice1- Introduo

    2- Princpios bsicos da fotografia

    3- A luz

    4- A cmera

    5- Material sensvel6- Sensibilidade s cores do espectro

    7- A Exposio

    8- Revelao de um filme ou papel fotogrfico

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    9- Ampliador

    10- Papis Fotogrficos

    11- A Qumica na Fotografia

    12- Lavagem

    13- Desenvolvimentos recentes

    14- Fonte de luz artificial

    15- Fotografia cientfica

    16- Tipos de fotografia

    17- Bibliografia

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    Fotografia1- Introduo

    Fotografia a tcnica de imagens permanentes em superfcies por meio da aofotoqumica da luz ou outras formas de radiao.

    A fotografia hoje tem um importante papel na sociedade em particular nos meiosde comunicao. Tambm temos aplicao da fotografia na cincia onde ela usada desde o estudo de galxias at as "fotos" de partculas subatmicas.

    Nas ltimas dcadas a fotografia vem sendo muito desenvolvida passando a nomais ser "privilgios" de profissionais da rea, sendo ento sua manipulaomassificada.

    2- Princpios bsicos da fotografia

    Praticamente todas as formas de fotografia so baseados na sensibilidade a luzdos cristais de prata, quando este (uma emulso, que uma fina camada degelatinosa) posto sobre um papel que ao ser atingido pela luz impressionado,onde este processado quimicamente onde partculas de metal ficam depositadasem reas atingidas pela luz formando assim o negativo( esse nome foi dado pelofato das tonalidades reais serem invertidas neste). Como vemos a fotografia

    baseada em processos qumicos e fsicos, os quais sero vistos com maisdetalhes.

    3- A luz

    A luz a radiao eletromagntica que tem a propriedade de impressionar o olhohumano. A luz somente uma das formas pela qual a radiao eletromagntica seapresenta na natureza. Existem outros tipos de radiao como raios x, raios gama,radiao infravermelha, radiao ultravioleta, ondas de rdio etc... As radiaes

    eletromagnticas so determinadas pela sua frequncia e consequentemente, peloseu comprimento de onda, devido a sua natureza ondulatria.

    A luz caminha com uma velocidade de 3x108 m/s em linha reta. Quando refletidaou refratada, sofre desvio, continuando em seguida o trajeto retilneo.

    3.1- Lei da reflexo

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    O ngulo de incidncia igual ao ngulo de reflexo, consequentemente, os raiosque incidem perpendicularmente superfcie do espelho refletem-se sobre simesmo.

    3.2- Leis da refrao

    A refrao depende dos meios que o raio atravessa. Depende tambm do ngulode incidncia. Raios que incidem perpendicularmente ao meio, no sofremrefrao. Os raios que incidem prximo normal sofrem pequeno desvio, e esteaumenta medida que o ngulo de incidncia aumenta. A maior ou menorrefrao depende do comprimento de onda, os comprimentos de onda maiores(vermelha) sofrem menor desvio que os comprimentos menores, para um mesmongulo de incidncia.

    4- A cmera

    O dispositivo chamado de cmera escura, ao evoluir, veio resultar nas atuaiscmaras fotogrficas. Ela consiste de uma caixa totalmente fechada, possuindoum orifcio em um dos lados, que reproduz a imagem de um objeto que estejacolocado na frente do orifcio, de maneira que esta imagem aparea na paredeoposta ao orifcio, de cabea para baixo. Para haver uma reproduo perfeita daimagem, foram adaptadas lentes no orifcio de entrada de luz.

    A cmara fotogrfica basicamente formada por esses elementos: cmera escura,

    placa com material sensvel luz (filme), e uma lente (objetiva). necessrio umdispositivo que cubra a lente, para que a luz s penetre no momento adequado.

    Nas cmaras modernas, a objetiva composta por mais de uma lente, paramelhorar a qualidade da imagem.

    4.1- Objetiva

    As objetivas so constitudas por uma lente ou um grupo delas. As objetivassimples so compostas por uma nica lente do tipo "menisco" ou do tipo

    "biconvexa", j as objetivas complexas so compostas por um grupo de lentes.

    As objetivas de uma s lente apresentam certos inconvenientes em relao sobjetivas complexas. Esses inconvenientes so: aberrao da esfericidade,aberrao cromtica, astigmatismo, curvatura de campo. Esses inconvenientesso corrigidos colocando-se um diafragma ,que evita os raios luminosos das

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    bordas, ou colocando-se objetivas aplainticas Quando o ngulo de incidncia bem aberto, os raios vo ser totalmente refletidos internamente.

    4.1.3- ngulo de campo

    o ngulo dentro do qual os raios luminosos formam a imagem ntida, pois aimagem circular fornecida pela objetiva no pode ser totalmente aproveitada. Issoacontece , porque as imagens vo se tornando pouco ntida e mais escura emdireo aos bordos. Obtm-se ento um quadrado limitado, que vai at o crculode imagem ntida.

    4.1.4- Focalizao

    A focalizao ideal quando os raios convergem sobre o plano do filme,formando a imagem. Se o objeto se encontra muito prximo ou muito distante da

    lente, o objetivo no atingido. Para isso movemos a objetiva para frente ou paratrs.

    4.1.5- Filmes finos na lente

    O coeficiente de reflexo de uma interface ar-vidro tpica para luz em incidncianormal cerca de 5 por cento. Nas lentes fotogrficas complexas, podem haver10 ou at mesmo 20 de tais interfaces. Se fosse arcado com a perda por reflexoem cada superfcie de lente, teria-se uma lente que transmitiria apenas uma

    pequena porcentagem de luz incidente na superfcie frontal. Para uma lente com

    10 superfcies vidro-ar, a transmisso seria de apenas 59,9 por cento, j que 5 porcento foi perdido por reflexo em cada lente. desejvel reduzir esta perda porreflexo ao mximo, para isso usa-se um revestimento tico, no apenas porcausa da prpria perda de luz mas tambm porque a luz acaba no filme ,ou naocular, na forma de magens-fantasma". As imagens-fantasma reduzem ocontraste da imagem e produzem manchas. Portanto muito importante reduzir-se a reflexividade das superfcies ar-vidro ao valor mais baixo possvel, ouelimin-lo completamente. Esses objetivos so geralmente constatados, na

    prtica, aplicando-se uma camada refringente fixa ao vidro de tal que a luzrefletida da sua superfcie do topo e da base interfira destrutivamente, como

    mostra a figura abaixo:

    Supe-se ento que a pelcula tenha um ndice de refrao maior do que do armas menor do que do vidro. Assim os raios de luz refletidos nas superfcies decima e de baixo experimentam uma variao de fase de radianos, j que asreflexes ocorrem de um meio oticamente mais denso para um outro menosdenso. Desta maneira os dois raios de luz ABDEF e ABC tero uma diferena de

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    fase que resulta apenas das suas diferenas de trajetria. Quando a incidncia aproximadamente normal, a diferena de fase ser de (4nd)/ .

    Se esta diferena for , as duas ondas chegam fora de fase. Isso ocorrer se aespessura da pelcula for escolhida como sendo /4n, ou seja , se ela for um quarto

    do comprimento de onda do meio.

    Se as intensidades dos raios refletidos nas superfcies mais acima e mais abaixono forem iguais, suas interferncias destrutivas sero parciais, e no completas,e a intensidade refletida total ser diminuda, mas no inteiramente eliminadas.

    No entanto, se for possvel de algum modo arrum-las para t-las exatamenteiguais em intensidade haver cancelamento destrutivo completo e nenhumaintensidade refletida.

    A reflexividade de uma superfcie de vidro, definida como a razo entre a

    intensidade incidente e a refletida, dada para incidncia normal pelas seguintesequaes:

    Interface ar-vidro: R = ((nr -1)/ (nr + 1))2

    interface filme-vidro: R' = ((nr' -1)/(nr' +1))2

    Para substncias mais transparentes estas reflexividades so relativamentepequenas, e apensas uma porcentagem da luz incidente refletida em cadainterface. Sob estas circunstncias, as intensidades do raio incidente AB e do raio

    transmitido BD so praticamente iguais. Em tal situao, fazendo com que asreflexividades R e R' sejam as mesmas, os raios refletidos BC e DEF queinterferem destrutivamente tero praticamente intensidades iguais, e no haverluz refletida significativa:

    n'= n / n' ou n'= (n)1/2

    A pelcula de revestimento procurada dever ter um ndice de refrao que sejaaproximadamente o mesmo que a raiz quadrada do ndice do vidro. Para vidrotico de ndice de refrao 1,75 procura-se uma pelcula de ndice de refrao

    1,32. No fcil, na prtica, achar materiais que tenham os ndices de refraorequeridos, juntamente com todas as outras caractersticas desejadas detransparncia, durabilidade e de fcil deposio. Fluoreto de Magnsio, cujo ondice de refrao 1,38 quase chega a satisfazer todos os requisitosmencionados, tendo-se ento uma pelcula de um quarto de comprimento de ondareduzir a reflexividade dos vidros abaixo de 1 por cento.

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    Pelo vidro revestido com um nmero de pelculas cujas espessuras e ndices derefrao so escolhidos apropriadamente possvel reduzir a reflexividade dovidro tico a valores muito pequenos sobre o espectro visvel total.

    Nos processos de reflexo e refrao no h perda de energia luminosa, portanto

    toda luz que no refletida de uma substncia transparente deve ser transmitida.No exemplo mencionado anteriormente de uma lente com 10 superfcies devidro-ar , a aplicao de uma pelcula de um quarto de onda que reduz areflexividade a um por cento em cada interface aumenta a frao da luztransmitida a 0,9910 = 0,9043 . A comparao entre esse nmero com aquele dadoanteriormente para lentes no revestida revela que h um aumento nas

    propriedades de transmisso das lentes.

    4.2- Obturador

    o dispositivo que impede a passagem de luz dentro da cmera, exceto quando ooperador resolva obter a foto. Outra funo tambm regular o tempo durante oqual a luz penetra na cmera, variando a quantidade de luz que chega ao filme.

    4.3- Diafragma

    o dispositivo que controla a entrada de luz que penetra na objetiva. Nascmaras com objetiva simples o diafragma fica anterior a lente, j nas complexasele fica situado entre os elementos. Suas utilidades so: impedir a penetrao deraios marginais, controlar a quantidade de luz que penetra pela objetiva e

    aumentar ou diminuir o campo focal.

    4.3.1- Difrao

    Deve-se evitar ao mximo, as mximas e as mnimas aberturas do diafragma. Nasmximas aberturas, a uma diminuio da nitidez da imagem e nas mnimas, podehaver perda de nitidez por difrao, que a propriedade que a luz tem de sedesviar ao passar tangencialmente pelos corpos opacos. O fenmeno se acentua amedida que a fenda, por onde a luz passa, se torna menor e quanto menor afonte luminosa.

    4.4- Outros Dispositivos

    4.4.1- Fotmetro

    Aparelho destinado a medir a luz que incide na cmera. Posteriormente detalhar-se- melhor o seu funcionamento.

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    4.4.2- Lentes acessrias

    As cmaras modernas possuem lentes que podem ser cambiadas, assim adistncia variada de acordo com a necessidade de uso. So elas:

    a) Normal- Reproduz imagens compreendidas num ngulo de 45 grausaproximadamente.

    b) Teleobjetivas- Objetivas de distncia focal longa e que conseguemtrazer para perto a imagem de um objeto colocado a distncia, aumentam

    bastante a imagem. Possuem um sistema de lentes convergentes frontal eum de lentes divergentes posterior.

    c) Grande-angular- Cobre um ngulo maior de 60 graus.d) Objetivas para macrofotografia- Macrofotografia o processo no

    qual obtemos fotos maior que o natural. A macrofotografia pode ser obtidacom una lente normal, porm esta tem que estar ligada a cmera por um

    tubo rgido e o objeto focalizado tem que estar bem prximo.

    e) Objetivas de distncia focal varivel- So usadas no cinema e emfotojornalismo, em reportagens de ao.

    4.4.3- Filtros

    So lminas de vidro ou gelatina coloridas que so colocadas na frente ou atrsdas objetivas, com a finalidade de modificar a luz que chega at a superfciesensvel (filme). Conforme a cor que apresentam,os filtros detm uma parte da

    luz que chega ao filme mudando a sua cor.

    Entre os diversos tipos de filtro, existem os filtros polarizadores, que so aquelesque giram em torno da objetiva, captando a luz de apenas um plano determinado.So usados para diminuir reflexos indesejveis, servem para fotografar atravs devitrinas ou para eliminar os reflexos das superfcies do mar e dos vidros.

    Ao de alguns filtros:

    Verde- clareia o verde, escurece o vermelho e o alaranjado e tambm,

    um pouco, o azul.Azul- escurece o vermelho e o amarelo e clareia o azul.Amarelo- clareia o amarelo e o alaranjado e escurece o azul. Alaranjado- clareia o alaranjado e o vermelho. Escurece o azul e o

    verde.Vermelho- escurece o azul e o verde e clareia o vermelho.

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    5- Material sensvel

    Tanto os filmes fotogrficos como o papel para ampliao e cpia so

    constitudos basicamente por um sal de prata distribudos em gelatina que aplicada em fina camada sobre plstico (filmes) ou papel.

    Trataremos agora dos filmes. Em quase todas as etapas de fabricao, hnecessidade de manter condies de obscuridade, para que no haja formao devu na emulso.

    Em um recipiente contendo gelatina (esta mesma gelatina usada comosobremesa) mistura-se nitrato de prata e um sal de bromo, cloro ou iodo. Sucedea seguinte reao qumica:

    NO3 Ag + Kbr NO3 K + AgBr ( sensvel luz)

    O brometo de prata apresenta-se sob a forma de pequenos cristais (chamadosgros aps revelados) que permanecem emulsionadas no interior da gelatina. Aseguir esta mistura amadurecida, isto , aquecida em presena de certossolventes, o que vai aumentar sua sensibilidade, aumentando em conseqncia otamanho dos gros . Aps resfriada, a gelatina pulverizada e lavada, paraeliminar o nitrato de potssio resultante da reao. Em seguida a gelatina novamente dissolvida pelo calor e so adicionados substncias com fins vrios:

    corantes sensibilizadores, para que a sensibilidade da emulso s diversas coresdo espectro fique semelhante do olho humano, ou ainda para que fique sensvels radiaes invisveis: estabilizadores, para conservar a emulso: endurecedores,

    para que a gelatina no se arranhe ou descole com facilidade e vrios outrostratamentos.A emulso assim preparada espalhada em fina camada sobre a

    pelcula plstica.

    5.1- Imagem Latente

    Quando o material sensvel, assim preparado, exposto luz, o sal de prata nelecontido se modifica formando-se no gro da emulso um ponto de imagemlatente. Este ponto de imagem latente um pequeno ponto preto, microscpico,cuja origem ainda no est completamente explicada. Quando o filme revelado,todos os pontos formados se desenvolvem e cada gro que os contm torna-senegro.

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    A zona clara do objeto a ser fotografado reflete grande quantidade de raiosluminosos sobre o material sensvel, o negativo. A luz incidindo em grandequantidade escurece a regio correspondente no negativo, formando uma imagemcinza escuro ou negra. Inversamente as regies escuras correspondem s partesclaras do negativo, pois refletem pouca quantidade de luz.

    5.1.1- Gro

    A imagem negra do negativo constituda por um grande nmero de grozinhosde prata includos na emulso. O tamanho destes grozinhos varia segundo umasrie de circunstncias:

    A sensibilidade do filme: Os filmes mais sensveis apresentam granulao maiore mais grosseira, visto que a quantidade de luz necessria para impressionar cadagro a mesma, independe do seu tamanho : consequentemente, a imagem

    revelada ser mais escura para uma mesma exposio, em um filme de gromaior do que em outro de gro menor.

    O revelador: o tipo de revelador usado interfere no tamanho do gro. Osreveladores energticos aumentam o gro.

    6- Sensibilidade s cores do espectro

    Os objetos refletem raios luminosos de diversos comprimentos de onda, que, ao

    impressionarem nossa retina (corpsculo sensvel situado na parede interna eposterior do olho), nos do a sensao das diversas cores. Alm dessa diferenaqualitativa entre as cores, h tambm diferenas de luminosidade entre elas. Asemulses sensveis , diferentemente do olho humano, s so sensveis ao azul , aovioleta, e ao ultravioleta .(No comeo os filmes s eram sensveis parte doespectro visvel de pequeno comprimento de onda.) O vermelho , o verde e oamarelo no impressionam a emulso, aparecendo em branco na emulsesnegativas e em preto nas positivas.

    Parte destes inconvenientes foram suprimidos pela adio de sensibilizadores

    pticos , corantes que so absorvidos pela emulso, tornando-a sensvel adeterminadas cores.

    Os primeiros sensibilizadores que foram usados tornaram as emulses sensveistambm ao amarelo e ao verde, ficando insensvel apenas ao vermelho. Estasemulses chamam-se ortocromticas.

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    Posteriormente, o aperfeioamento da tcnica permitiu que tambm o vermelhofosse percebido pela emulso. Acrescentou-se tambm aos filmes, um filtroamarelo para compensar o excesso de sensibilidade aos raios azuis, atenuando-sede tal forma, que as curvas de sensibilidade cromtica destes filmes so muitosemelhantes a do olho humano.

    Existem filmes sensveis ao infravermelho, obtidos pela adio de corantesespeciais. O uso de filme infravermelho (Ektachrome IR) limitado a certastcnicas especiais: fotografia policial e de guerra, fotografia mdica e efeitosespeciais em fotografia artstica. Os filmes sensveis ao infravermelho (mais de8000A ) so tambm muito sensveis ao azul e azul-verde. Em consequncia deveser usado filtro amarelo, laranja ou vermelho e mesmo preto quando sinteressam os raios infra vermelhos.

    7- A Exposio

    Escolhido o assunto a ser fotografado, cumpre determinar com a maior precisopossvel, o tempo de exposio e o diafragma que devem ser usados.

    7.1- O fotmetro

    Aparelho destinado a medir a luz . Algumas cmaras possuem fotmetroscolocados por trs da objetiva (cmaras 35mm reflex de caractersticas

    avanadas) o que traz a vantagem de podermos ler a quantidade de luz ao mesmotempo que focalizamos o objeto, tendo-se a certeza que a leitura corresponde luz refletida do objeto focalizado.

    Esse aparelho mede a intensidade luminosa numa dada situao para determinar acombinao apropriada entre a velocidade de obturao e a abertura dediafragma. So usados 4 principais tipos de medio: luz incidente, luz refletida,spot e flash. na luz incidente o fotmetro manual colocado ao lado do objetoapontando para a cmera. Medio spot mede a luz refletida numa rea de 1 grau,enquanto as outras medies cobrem um angulo de 30 a 50 graus na luz refletida

    e 180 graus na luz incidente.

    No campo da fotometria um grupo de conceitos e um sistema de unidadesprprios para o campo da engenharia de iluminao , fotografia e astronomiaforam desenvolvidos.

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    O mais simples fotmetro contm uma clula fotoeltrica que gera uma correnteeltrica quando exposto luz e move um ponteiro por uma escala. equipadocom dial ajustvel da velocidade de filme. Quando o dial est alinhado com o

    ponteiro, o fotmetro mostra as vrias combinaes da velocidade de obturao edimetro que iro produzir a mesma exposio.

    7.1.1- Clula fotoeltrica

    Tambm chamada de fototubo, um tubo de eltrons no qual os eltrons iniciamuma corrente eltrica originada por uma emisso fotoeltrica. Na sua forma maissimples o fototubo composto de um catodo, em conjunto com um materialfotosensvel, e um anodo . Luz incidindo no catodo causa a liberao de eltrons,que so atrados pelo anodo positivamente carregado, resultando numa corrente

    proporcional intensidade de radiao. Fototubos podem ser altamenteevacuados ou podem ser preenchidos com um gs inerte a baixa presso, para

    atingir alta sensibilidade. Numa modificao chamada fotomultiplicador , umasrie de pratos de metal so feitos e arranjados de modo que a emissofotoeltrica seja ampliada por uma diferena de potencial. O fotomultiplicador capaz de detectar radiao em uma intensidade extremamente baixa. umaferramenta essencial para quem trabalha no campo de pesquisa nuclear.

    Em alguns fotmetros uma clula fotocondutora de sulfito de cadmio serve comoo elemento sensitivo luz. Movidos bateria de mercrio, a clula extremamente sensvel, mesmo sob condies de pouca luz. Uma inovao dosanos 80 foi o uso de silicone como receptor de luz. Estes fotmetros tm aindamais sensibilidade luz.

    8- Revelao de um filme ou papel fotogrfico

    A fim de revelarmos um filme necessitamos primeiramente de um ambienteescuro de modo que a vedao a luz seja perfeita. Neste ambiente escuro devehaver uma luz branca comum para quando a cmera no estiver emfuncionamento. Deve haver tambm uma luz para a iluminao durante oexperimento que produzida por uma lmpada inactcia vermelha, pois seu

    comprimento de onda maior do que o da luz visvel. Os materiais necessriospara o experimento so:

    - Balana: serve para medir a quantidade dos compostos qumicos que seroutilizados no experimento.

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    - Bacias: serve para colocar a mistura de alguns compostos qumicos que serodissolvidos em gua.

    - Pinas: usada para pegar o papel nas bacias.

    - Copos graduados

    - Substncias qumicas: metol, hidroquinona, sulfito de sdio, carbonato desdio, borax, brometo de potssio, hipossulfito, cido actico glacial, alumem decromo e metassulfito.

    - Ampliador

    9- Ampliador

    Quando utilizada uma cmera fotogrfica, ao final do filme ter-se-a comoresultado um conjunto de negativos. A fim de visualizar a futura fotografiautiliza-se um ampliador. O primeiro passo focalizar o negativo sobre um papelde mesma espessura que aquele onde vai ser impressa a cpia. A focalizao deveser obtida com o diafragma totalmente aberto, pois assim se obtm o mximo deintensidade luminosa ( o que facilita a focalizao ) e o mnimo de profundidadede foco ( o que permite o foco mais crtico possvel). Aps fazer isso o filtro desegurana interposto, e o diafragma fechado at o ponto desejado. Tem-se emmente a lmpada usada no ampliador, da sensibilidade do papel ou filme de

    cpia, do diafragma escolhido e do tamanho da ampliao. A medida que aampliao maior, o tempo de exposio aumenta proporcionalmente. Valelembrar que a lmpada usada no ampliador deve ser fosca e no pode vir com amarca do fabricante impressa no bojo, pois esta ser projetada no papel. A alturae posio da lmpada devem ser fixadas de modo que a distribuio de luz no

    papel seja homognea.

    10- Papis Fotogrficos

    De maneira geral, os papis fotogrficos so fabricados de maneira idntica aosnegativos, ou seja, sobre uma superfcie de papel, depositada uma fina camadade gelatina que contm, emulsionada em seu interior, um sal de prata usado; o

    papel apresenta maior ou menor sensibilidade dependendo de qual elementoqumico ser adicionado a prata para formar o sal. J a superfcie do papel teminfluncia na sua capacidade de abranger maiores ou menores intensidadesluminosas. As superfcies brilhantes, por exemplo, refletem mais luz do que as

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    superfcies foscas e, portanto, abrangem maiores intensidades luminosas. Ospapis fotogrficos so tambm fabricados com variados graus de contraste demodo a permitir ao fotgrafo o efeito desejado na cpia. Os papis que produzemcpias mais contrastadas chamam-se duros e os outros, suaves. De um modogeral, so fabricados papis nos seguintes graus de contraste: 1- suaves, 2-

    normal, 3- duro e 4- extraduro.

    11- A Qumica na Fotografia

    As substncias qumicas que atuam sobre a camada sensvel para oprocessamento dos negativos ou das cpias fotogrficas, so previamentedissolvidas em gua, para assegurar ao homognea e eficaz sobre a gelatina. Assubstncias so dissolvidas em bacias que contm os compostos qumicosnecessrios para revelao. So eles: os reveladores, os interruptores e os

    fixadores.

    11.1- Reveladores

    Quando o papel sai do ampliador , a emulso no apresenta nenhumamodificao aparente. O que faz aparecer a imagem o revelador ,pela aoqumica redutora de certas substncias sobre a emulso do brometo de prata sedecompe em prata e bromo, devido reao de oxi-reduo. A prata reduzida ,agora com valncia zero, permanece sob a forma de gro negro enquanto o

    brometo se combina com certas substncias do banho. A ao do revelador

    ,portanto, apenas sobre a prata, pois do contrrio, haveria velatura.

    Sal de prata + redutor prata metlica + redutor oxidado + cido

    exposto negra

    11.1.1- Redutor

    O redutor composto de substncias reveladoras , aceleradoras, conservadoras eretardadoras. Dentre as substncias reveladoras , as mais usadas so o metol e a

    hidroquinona, que oxidam-se rapidamente ao serem dissolvidos em gua. Osreveladores necessitam ph elevado para desenvolver sua ao. a que entram osaceleradores, que so compostos de lcalis custicos ou carbonatos. No entantoquando o metol ou a hidroquinona so adicionados de sulfito de sdio, tambmagem como aceleradores. Um revelador , simplesmente alcalino, rapidamente seoxida em contato com o ar, tomando colorao inicialmente amarelada, indo aomarrom escuro e perdendo seu poder revelador. Necessita-se ento de um

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    conservador, sulfito de sdio, que combina-se com o oxignio do ar, impedindodesta forma a atuao do oxignio sobre o revelador. Pela ao rpida de umrevelador, possvel que mesmo a prata no exposta acabe sendo reduzida,formando-se assim uma velatura. Para impedir isto, acrescenta-se uma substnciacida em muito pequena quantidade, para no prejudicar a ao reveladora. Esta

    substncia retardadora geralmente o brometo de potssio.

    11.2- Interruptores

    Aps a revelao o material deve ser lavado de modo que o revelador sejaeliminado o quanto seja possvel . Quando se deseja que a revelao cesseimediatamente aps ser retirada do revelador, deve ser adicionado a este banhointermedirio uma substncia cida, geralmente cido actico glacial.

    11.3- Fixadores

    Em seguida, o material sensvel imerso em um banho fixador, que tem comofinalidade eliminar todos os sais de prata restantes. Se um negativo ou papel ,somente revelado, for exposto luz, ele se velar em pouco tempo .Por estemotivo, durante a fixao , os sais de prata insolveis tornam-se solveis por umareao de reduo. O principal elemento que compe o fixador o tiosulfato desdio. Ele o responsvel pela reao qumica que torna solveis os sais de pratainsolveis e possibilita sua eliminao pela lavagem posterior, como a reaoqumica seguinte:

    Na2S2O3 +2AgBr 2NaBr + Ag2S2O3

    Esta reao inicial produz hiposulfito de prata que no ainda solvel em gua.O excesso de hiposulfito de prata transformado em sal duplo de sdio e pratafacilmente solvel.

    Ag2S2O3 +Na2S2O3 Ag2Na2 (S2O3)2

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    12- Lavagem

    Aps a fixao, o filme ou papel deve ser cuidadosamente lavado em gua

    corrente para que os sais de hiposulfito de sdio e prata sejam eliminados e sassim o material no se decompor dentro de um certo prazo.

    13- Desenvolvimentos recentes

    Um novo tipo de mquina vem sendo desenvolvida, esta cmera tem capacidadede guardar em sua memria 92 fotos digitalizadas no necessitando assim denenhum tipo de filme ou revelao, quando o nmero de fotos armazenadaschega ao nmero mximo, simplesmente acopla-se a mquina a um computador

    transferindo as fotos para o micro, onde ento pode-se edita-las e imprimi-lasobtendo-se tambm altas resolues.

    14- Fonte de luz artificial

    Na falta de luz solar adequada as fotografias temos que lanar mo de fontesartificiais de luz, onde o aparato mais comum encontrado o Flash. Antigamenteusava-se uma lmpada que contia uma mistura de gs oxignio e magnsio e

    quando se queimava emitia luz (obviamente este aparato est obsoleto). O flash criado a partir de uma lmpada que contm Halognio onde quando aplicamosuma alta voltagem h uma ionizao do gs que ento emite luz intensa e de curtadurao. Esses flashs tem que serem sincronizados com o obturador para que aluz deste seja aproveitada para sensibilizar o filme.

    Temos tambm flashs automticos que equipados com sensores (fotoclulas)ajustam a durao do flash, esse sensor mede a intensidade da luz onde ento estecorta o flash quando a intensidade de luz adequada alcanada.

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    15- Fotografia cientfica

    A fotografia uma das melhores ferramentas na aquisio de dados

    experimentais, especialmente devido ao fato das emulses fotogrficas seremsensveis na regio do ultravioleta, infravermelho, raio-X e Gama. Como umexemplo da importncia desta para a cincia vemos que a radiao foi descobertaacidentalmente quando um filme foi exposto a uma fonte de radiao natural.

    Temos tambm instrumentos ticos que podem ser usados para se obter fotos(tais como o microscpio e o telescpio), tambm em certos experimentos tem-sea necessidade de se obter resultados rpidos onde para isso usamos cmaras

    polaroide.

    Na rea da fsica de partculas tambm se usam filmes e fotos para se obtertrajetrias de partculas carregadas e de suas interaes, onde temos comoexemplo a cmara de bolhas e de nevoeiro. Temos um tipo muito especial defotografia que revolucionou a rea mdica, chama-se radiografia onde se usacomo fonte de "luz" raios-X muito energticos, que so utilizados largamente emdiagnsticos.

    16- Tipos de fotografia

    16.1- Fotografia sub-aqutica

    Este tipo de fotografia requer alguns ajustes especiais. Devido ao fato do ndicede refrao da gua ser maior do que o do ar, faz-se necessria lentes comngulos maiores para compensar o efeito de que qualquer coisa na gua pareceestar 25% mais prxima do que est na realidade( devido a diferena entre osndices de refrao).

    A qualidade deste tipo de fotografia esta ligada diretamente com as condies da

    gua, ou seja, se esta estiver cheia de impurezas ir certamente afetar a qualidadeda foto. Tambm dependendo da profundidade envolvida faz-se necessria aintroduo de luz artificial.

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    16.2- Microfilmagem

    A microfilmagem consiste em reduzir a fotografia a um pequeno tamanho, suaaplicao na dcada de 20 se reduzia a simples controle bancrio. Hoje em dia

    essa tcnica amplamente usada no armazenamento de informao, fazendo-semicrofichas que possuem um tamanho dei aproximadamente 10x15 cm ondeento podemos guardar grandes quantidades de informao em espaos

    pequenos.

    16.3- Fotografia Infravermelho

    Com peguimentos especiais as emulses podem ser feitas para serem sensveis aparte infravermelha do espectro. Objetos que irradiam luz infravermelha podemser fotografados na completa escurido, podemos usar este tipo de fotografia para

    detectarmos pequenas diferenas de temperatura. Tambm temos aplicaesmilitares tais como a deteco de camuflagem, onde a fotografia aparece maisescura que a prxima.

    16.4- Fotografia Ultravioleta

    O filme normal sensvel ao ultravioleta. Temos mtodos de obteno deste tipode fotografia, uma delas iluminar o objeto com luz ultravioleta e colocar umfiltro na lente de modo que s permita a passagem de luz ultravioleta, umsegundo mtodo consiste em usar a fluorescncia causada pela luz ultravioleta,

    onde coloca-se um filtro que s permita a passagem da luz fluorescente, umaaplicao desta na deteco de documentos apagados onde este ainda visvelem ultravioleta.

    16.5- Detetores de partculas

    Atualmente na fsica de partculas faz-se necessria o desenvolvimento deaparatos que permitam a deteco de partculas, contudo alguns destes almdetectarem sua presena conseguem determinar as suas trajetrias, conseguindo

    assim a obteno de "fotos" destas partculas. Vejamos agora alguns tipos dedetetores onde isto possvel.

    16.5.1- Cmara de Nevoeiros

    Consiste em um compartimento onde de um lado tem-se uma janela e de outrolado um pisto, onde este usado para causar uma rpida variao de volume na

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    cmara onde dentro tem-se um vapor de gua. Quando se solta este pistaorapidamente ocorre uma supersaturao de vapor de gua mas esse no secondensa at que se tenha ons por perto, contudo quando temos a passagem deuma partcula carregada esta ioniza o meio onde ento h a condensao do vaporaparecendo ento a trajetria da partcula.

    16.5.2- Cmara de bolhas

    Este tipo de detetor bem parecido com a cmara de nevoeiros, um lquido temmomentaneamente sua temperatura elevada alm de seu ponto de ebulio, ondeeste no entrar em ebulio a menos que haja uma perturbao no meio, uma

    partcula promove este distrbio onde ento vemos pequenas bolhas sendoformada ao longo da passagem desta partcula.

    16.6- Fotografia ultra rpida

    Associado com as cmeres podemos usar flashs que tem uma durao muitorpida para obter fotografias de eventos que ocorrem muito rapidamente, temosque ter cuidado em sincronizar o flash e o objeto em movimento usando-se paraisto um sistema de triggering que consiste em uma fotoclula que tem sobre elaum raio incidente que interrompido quando o objeto entra no campo de viso dacmera.

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    17- Bibliografia

    Bergh & Dean - "Light-emiting Diodes" Morgan - "Introduction to Geometrical and Phisical Optics " Carlos H. de A. Gomide - "A tcnica e a Prtica da Fotografia" Enciclopdia Encarta 95/96 Internet