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OSSOS DO CRANIUM CUIDADOS COM O MATERIAL OSTEOLÓGICO. DEFINIÇÃO DE TERMOS. DESCRIÇÃO DOS OSSOS DA CABEÇA E DA FACE. Objectivo: Apresentar um conjunto de terminologia básica para o estudo da osteologia humana. Discussão geral: Os ossos são um material resistente, ao mesmo tempo forte e elástico, mas não indestrutível. Com o tempo este material perde os seus líquidos, torna-se frágil e sujeito a fractura fácil. Estas colecções são tanto dispendiosas como difíceis de obter, pelo que é essencial que o material seja manuseado com cuidado. Há algumas regras de bom senso que devem ser respeitadas: a) Manusear o material com cuidado, mas firmemente com ambas as mãos. b) Manter os crânios bem assentes numa superfície da qual não possam cair. c) Se observar defeitos, tais como fendas ou dentes perdidos, deve informar imediatamente o assistente para que seja providenciada a necessária reparação do material. A. TERMINOLOGIA. Os termos que se seguem são usados nas descrições de osteologia anatómica. ANTERIOR: qualifica um ponto ou região localizados mais perto da superfície frontal do corpo. Nas descrições do homem o termo ventral é algumas vezes usado com o mesmo significado. POSTERIOR: designa um ponto ou região localizados mais perto da superfície traseira do corpo. O termo dorsal é algumas vezes usado como sinónimo. PROXIMAL: indica um ponto ou região mais próximos do ponto de referência. DISTAL: adjectiva um ponto ou região mais afastados em relação a um ponto ou região de referência. MEDIAL: qualifica um ponto ou região situados mais próximos do plano sagital mediano. LATERAL: designa um ponto ou região situados mais afastados do plano sagital mediano. SUPERIOR: refere-se a um ponto ou região localizados sobre outro ponto ou região, considerando a posição anatómica normal.

Apostila ossos do crânio

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O S S O S D O C R A N I UM CUIDADOS COM O MATERIAL OSTEOLÓGICO. DEFINIÇÃO DE TERMOS. DESCRIÇÃO DOS OSSOS DA CABEÇA E DA FACE.

Objectivo:

Apresentar um conjunto de terminologia básica para o estudo da osteologia humana.

Discussão geral:

Os ossos são um material resistente, ao mesmo tempo forte e elástico, mas não indestrutível. Com o tempo este material perde os seus líquidos, torna-se frágil e sujeito a fractura fácil. Estas colecções são tanto dispendiosas como difíceis de obter, pelo que é essencial que o material seja manuseado com cuidado. Há algumas regras de bom senso que devem ser respeitadas:

a) Manusear o material com cuidado, mas firmemente com ambas as mãos. b) Manter os crânios bem assentes numa superfície da qual não possam cair. c) Se observar defeitos, tais como fendas ou dentes perdidos, deve informar

imediatamente o assistente para que seja providenciada a necessária reparação do material.

A. TERMINOLOGIA. Os termos que se seguem são usados nas descrições de osteologia anatómica.

ANTERIOR: qualifica um ponto ou região localizados mais perto da superfície frontal do corpo. Nas descrições do homem o termo ventral é algumas vezes usado com o mesmo significado.

POSTERIOR: designa um ponto ou região localizados mais perto da superfície traseira do corpo. O termo dorsal é algumas vezes usado como sinónimo.

PROXIMAL: indica um ponto ou região mais próximos do ponto de referência.

DISTAL: adjectiva um ponto ou região mais afastados em relação a um ponto ou região de referência.

MEDIAL: qualifica um ponto ou região situados mais próximos do plano sagital mediano.

LATERAL: designa um ponto ou região situados mais afastados do plano sagital mediano.

SUPERIOR: refere-se a um ponto ou região localizados sobre outro ponto ou região, considerando a posição anatómica normal.

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INFERIOR: diz-se de um ponto ou região situados por baixo de outro ponto ou região, considerando a posição anatómica normal.

PLANO SAGITAL: Qualquer plano que passe longitudinalmente através do corpo. O plano que divide o corpo em duas metades iguais chama-se plano sagital mediano.

PLANO CORONAL: Qualquer plano que atravesse lateralmente o corpo perpendicularmente ao plano sagital mediano.

PLANO TRANSVERSAL: Qualquer plano que divida o corpo em duas partes, superior e inferior e seja perpendicular ao plano sagital mediano.

Os termos que se seguem são utilizados na descrição dos ossos. Em si os termos são relativos nas descrições são dados os nomes específicos.

FORAMEN: buraco ou abertura no osso para passagem de ligamentos, vasos sanguíneos e nervos.

FOSSA: cova, depressão ou concavidade dentro ou no osso.

CAVIDADE: área aberta no osso, ou formada por vários ossos.

MEATO: passagem alongada, em forma de tubo. O termo canal é também usado como sinónimo.

APÓFISE: saliência marcada do osso.

TUBEROSIDADE: eminência ou processo volumoso.

TUBÉRCULO: eminência ou processo pequeno.

ESPINHOSO: termo descritivo de uma eminência afiada, eminência ou processo

CÔNDILO: eminência ou processo arredondado.

Os termos que se seguem são utilizados para definir o material craniano:

CRANIUM: crânio completo incluindo o esqueleto da cabeça, da face e da mandíbula. Sinónimo de crânio.

CALVARIUM: crânio sem mandíbula.

CALVARIA: crânio sem região facial e sem mandíbula.

CALVA : a capa craniana. O termo calote é também usado como sinónimo.

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B. OS OSSOS DO CRÂNIO.

O crânio humano, adulto e normal, é composto por 22 ossos e 3 ossículos no interior do ouvido. Com excepção da mandíbula ou maxilar inferior, todos os ossos do crânio unem-se uns aos outros por meio de linhas irregulares de junção, denominadas suturas.

Os ossos do crânio estão dispostos de modo a formar uma cavidade grande e quatro cavidades pequenas. A cavidade grande é a chamada cavidade craniana, que aloja, no vivo, o cérebro. As cavidades pequenas são a cavidade bucal, a cavidade nasal e as duas cavidades orbitárias.

O crânio deve ser segurado por trás, com ambas as mãos: uma agarra a base do crânio e a outra pega firmemente a área imediatamente atrás das órbitas formada pela inflexão dos ossos frontal, parietal, esfenóide e temporal (constrição pós--orbital). Não se deve segurar um crânio pelas órbitas, porque as paredes mediais das órbitas são constituídas por ossos muito frágeis e facilmente danificáveis. Igualmente não se deve segurar um crânio pelas arcadas zigomáticas (finas pontes ósseas situadas lateralmente ao longo do crânio, imediatamente abaixo das têmporas) que também são muito frágeis e se partem com facilidade. Quando se estuda um crânio, este deve estar colocado sobre uma superfície firme.

Descrição dos ossos do crânio.

Cada osso deve ser definido pelas suturas que o rodeiam. É aconselhável, para uma descrição mais completa, consultar um livro de anatomia ou osteologia humana.

FRONTAL: osso impar, formando a testa, o tecto das órbitas, e a porção anterior da abóbada craniana. Na criança, e ocasionalmente no adulto, o frontal é dividido por uma sutura, no plano sagital mediano, a chamada sutura metópica.

a) Cristas frontais: duas cristas situadas lateralmente às órbitas e estendendo-se para cima e para trás dos ossos malares. Estas cristas dividem-se posteriormente nas linhas curvas temporais superiores e inferiores.

b) Torus supra orbital: proeminência em forma de prateleira, imediatamente sobre as órbitas. Nos Hominídeos apresenta diferentes graus de desenvolvimento. No Homem actual as saliências mais ou menos marcadas sobre o bordo superior das órbitas designam-se por arcadas supra orbitárias ou arcadas supra-ciliares.

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PARIETAL: osso par, direito e esquerdo, situa-se posteriormente ao frontal e forma a maior parte da abóbada craniana, e parte das paredes laterais do crânio.

a) Linhas temporais: duas linhas semicirculares que começam anteriormente nas cristas frontais encurvando-se posteriormente até às cristas supra mastóides. A linha superior designa-se por linha temporal superior, e a inferior por linha temporal inferior .

b) Crista sagital: elevação aguçada dos parietais no plano sagital mediano. Esta crista resulta da fusão das linhas temporais. Nos Hominídeos apresenta diferentes graus de desenvolvimento. Não existe no Homem actual.

OCCIPITAL: osso impar, situado atrás dos parietais, e formando a porção póstero-inferior do crânio.

a) Buraco occipital ou foramen magnum : grande buraco na base do occipital para conexão da cavidade craniana com o canal vertebral.

b) Côndilos occipitais: duas superfícies ovóides em forma de rim, rodeando o buraco occipital, e servindo param articulação com a primeira vértebra (atlas).

c) Protuberância occipital externa: saliência pronunciada e frequentemente espinhosa na parte posterior do crânio

d) Torus occipital: prega rugosa no osso estendendo-se horizontalmente na parte posterior do crânio e servindo para ligação dos músculos do pescoço. Nos Hominídeos apresenta diferentes graus de desenvolvimento. No Homem actual o relevo nucal inclui ainda as linhas nucais superiores e inferiores e a protuberância occipital externa

TEMPORAL: osso par, direito e esquerdo, situa-se sob os parietais e acima e em frente do occipital. Forma a maior parte das paredes laterais do crânio.

a) Orifício do canal auditivo externo: abertura externa do ouvido.

b) Apófises mastóides: saliências volumosas dirigidas para baixo e situadas atrás e por baixo do canal auditivo externo. Servem para ligação dos músculos do pescoço.

c) Cristas supra mastóides: cristas para ligação dos músculos da mandíbula; situam-se horizontalmente, imediatamente sobre o buraco auditivo externo e prolongam-se anteriormente com a apófise zigomática do temporal, e posteriormente com as linhas temporais.

d) Apófises estilóides: duas apófises em forma de espinha estendendo-se para baixo e para a frente da superfície inferior do temporal. Servem para ligação dos músculos do osso hióide.

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ESFENÓIDE: osso impar, complexo, localiza-se profundamente no crânio. É visível exteriormente nas seguintes regiões: na porção posterior das paredes das órbitas; na região deprimida imediatamente atrás das órbitas (constrição pós orbitária); nas paredes laterais do crânio anteriormente aos temporais e sob o frontal e parietais; na base do crânio, em frente do occipital e por trás das cavidades nasal e bocal.

MAXILAR: osso par, direito e esquerdo, constituem o maxilar superior, rodeiam a cavidade nasal, formam a porção anterior da abóbada palatina e parte do chão das órbitas.

a) Orifício infra orbital situado na região medial serve de passagem aos vasos sanguíneos e aos nervos infra-orbitais.

b) Canal incisivo constituído pelos maxilares direito e esquerdo. Observa-se no palato, na região anterior, no plano sagital mediano.

c) Processo alveolar, porção do osso que se projecta inferiormente e onde se alojam os dentes superiores.

ZIGOMÁTICO: osso par, direito e esquerdo, constituem as maçãs do rosto. Situam-se na parte lateral da face formando uma porção lateral das paredes das órbitas. Prolongam-se para trás formando a porção anterior das arcadas zigomáticas. MALAR E JUGAL são sinónimos de zigomático.

a) Arcadas zigomáticas: duas pontes ósseas delgadas ao lado do crânio ligando os temporais com os malares. Estas arcadas são formadas pela apófise zigomática do malar e pela apófise zigomática do temporal.

b) Orifício zigomático facial, um ou dois orifícios situados na superfície anterior do osso. Servem de passagem aos nervos e vasos sanguíneos zigomáticofaciais.

LACRIMAL: osso par, direito e esquerdo, pequenos, mais ou menos rectangulares e em forma de placa, visíveis na porção mais anterior das paredes mediais das órbitas, formam a região posterior da goteira lacrimal. UNGUIS é sinónimo de lacrimal.

ETMÓIDE: osso impar, situado imediatamente atrás dos unguis, formando a porção posterior das paredes mediais das órbitas e a região superior e posterior do septo nasal.

a) Placa perpendicular: prolonga-se para baixo da crista de Gali e constitui o terço superior e posterior do septo nasal.

NASAL: osso par, direito e esquerdo, de pequenas dimensões, situados

sobre a cavidade nasal, formam a cana do nariz e contactam posteriormente com o Etmóide.

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CORNETOS INFERIORES: osso par, direito e esquerdo, em forma de gancho, estendem-se para baixo a partir das paredes laterais da cavidade nasal.

VÓMER: osso impar, constituindo uma fina placa óssea, frequentemente inclinado para um lado quando visto de frente. Divide a cavidade nasal no plano sagital mediano e forma a porção póstero-inferior do septo nasal.

PALATINO: osso par, direito e esquerdo, formando a porção posterior da abóbada palatina. São rodeados, anterior e lateralmente, pelos maxilares. Na parte profunda da face, estes ossos articulam-se com o etmóide e o esfenóide, e com os cornetos inferiores. São visíveis numa pequena região na porção mais posterior do chão das órbitas.

MANDÍBULA: osso impar, constituindo o maxilar inferior. Composto por um corpo de forma parabólica e por dois ramos ascendentes que se articulam com os ossos temporais.

a) Corpo da mandíbula: em forma de ferradura e contendo os dentes inferiores.

b) Ramos ascendentes: duas extensões verticais do corpo da mandíbula, na sua porção posterior. Terminam por duas apófises, apófises coronóides e côndilos da mandíbula, separadas por uma chanfradura. As apófises coronóides, as mais anteriores dos ramos ascendentes constituem áreas de ligação dos músculos temporais. Os côndilos da mandíbula são posteriores e articulam-se com a fossa glenóide do temporal.

c) Tubérculo de geni: saliências pequenas, bífidas, localizadas na face interna da mandíbula no plano sagital mediano. Servem para ligação dos músculos da língua.

d) Orifício mental: situados no corpo da mandíbula sob os segundos premolares e aproximadamente a igual distância dos bordos anterior e posterior da mandíbula.

OSSOS DO OUVIDO: Três pequenas massas ósseas que se encontram dentro do ouvido. O Malleus (martelo) situado na região mais próxima do exterior e ligado à membrana do tímpano. O Inchus (bigorna) ligado ao martelo é constituído por um corpo e dois processos. O Stapes (estribo) localizado internamente articula-se com a bigorna. Os ossos do ouvido só são observáveis em preparações.

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C SUTURAS.

As suturas são linhas finas e irregulares de junção entre os ossos do crânio.

Na maioria dos casos os ossos do crânio são precedidos, no estado fetal e infantil, por moldes cartilaginosos que vão gradualmente ossificando até que ficam apenas as suturas separadas por uma fina camada de tecido fibroso. Durante o estado adulto as suturas continuam a sua ossificação, até que, algumas delas obliteram completamente com o tempo.

A maioria das suturas designa-se pelo nome dos dois ossos adjacentes. Na lista de suturas que se segue, mencionam-se apenas as suturas mais evidentes e as que são utilizadas na determinação da idade de morte.

SUTURA CORONAL: localizada lateralmente no topo do crânio, separando o frontal dos parietais.

SUTURA SAGITAL: separa o parietal esquerdo do parietal direito estende-se longitudinalmente no topo do crânio do frontal ao occipital.

SUTURA LAMBDOIDEIA: sutura em forma de lambda, separando o occipital dos parietais e terminando nos temporais. Também designada por sutura lambdática.

SUTURA ESCAMOSA: linha semicircular, separando os parietais da porção superior do temporal, escama temporal, e estendendo-se anteriormente desde o esfenóide até às cristas supra mastóides. Não se inclui nesta sutura a separação dos parietais da região mastóide do temporal.

SUTURA PARIETO MASTÓIDE: sutura mais ou menos horizontal, continuação posterior da sutura escamosa , que separa os parietais da porção mastóide do temporal.

SUTURA OCCIPITO MASTÓIDE: separa o occipital da porção mastóide do temporal. Notar que na junção dos temporais com o occipital podem existir ossos de sutura ou ossos wormianos, devido a processos de crescimento aberrante. Similarmente, aparece ocasionalmente uma sutura lambdática transversal que isola uma secção triangular do occipital por trás dos parietais.

SUTURA ESFENO TEMPORAL: separa o esfenóide do temporal.

SUTURA ESFENO PARIETAL: separa o esfenóide dos parietais.

SUTURA ESFENO FRONTAL: separa o esfenóide do frontal.

SUTURA FRONTO NASAL: separa o frontal dos ossos do nariz.

SUTURA INTER NASAL: separa os ossos nasais um do outro, no plano sagital mediano.

SUTURA FRONTO MALAR: separa o frontal dos malares.

SUTURA INTER MAXILAR: separa os ossos maxilares um do outro, no plano sagital mediano.

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SUTURA PALATINA TRANSVERSAL: separa os maxilares dos palatinos e atravessa o céu da boca perpendicularmente ao plano sagital mediano.

SUTURA PALATINA MEDIAL: separa anteriormente os maxilares direito e esquerdo, e posteriormente os palatinos direito e esquerdo, no plano sagital mediano.

SUTURA METÓPICA: divide o frontal no plano sagital mediano. Existe sempre na altura do nascimento, e nalguns casos persiste no estado adulto.

D. PONTOS.

Nos primórdios da Antropologia Física foi dada grande importância às medições, descrições e comparações do material osteológico. A definição de grande número de pontos era por isso muito importante.

O significado biológico de diversas mensurações foi entretanto posto em causa e muitos dos pontos caíram em desuso.

Na curta lista de pontos que se segue, apenas referimos os pontos craniométricos que serão referidos nas próximas lições.

Asterion: ponto de junção das suturas lambdática, parieto-mastóide e occipto-mastóide.

Basion: ponto mais anterior da margem do buraco occipital, no plano sagital mediano .

Bregma: ponto de encontro das suturas coronal e sagital.

Eurion: ponto mais lateral das paredes do crânio.

Glabela: ponto mais proeminente da bossa frontal média, no plano sagital mediano e por cima da sutura fronto- nasal.

Gnation: ponto mediano do bordo inferior da mandíbula, no plano sagital mediano.

Gonion: ponto do bordo inferior da mandíbula, no vértice do ângulo goníaco.

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Inion: ponto mediano inferior da protuberância occipital externa, no plano sagital mediano.

Lambda: ponto de junção da sutura sagital com a sutura lambdática.

Mastoidale: ponto mais inferior dos processos mastóides.

Nasion: ponto de junção das suturas fronto-nasal e inter-nasal.

Nasospinale ou acantion: ponto mais inferior da margem inferior da abertura nasal no plano sagital mediano.

Obelion: ponto da sutura sagital na intercepção de uma linha perpendicular ao plano sagital mediano que una os dois buracos parietais.

Opistocranion: ponto do occipital mais afastado da glabela no plano sagital mediano.

Porion: ponto mais superior da margem superior do orifício do canal auditivo externo.

Prosthion: ponto mais inferior dos maxilares entre os dois incisivos centrais superiores.

Zigion: ponto mais lateral da arcada zigomática.

E. EXERCÍCIOS.

1. Localiza e identifique no crânio todos os ossos, suturas e pontos acima descritos.

2. Legenda os diagramas do crânio, indicando todos os aspectos visíveis nas várias posições de observação do crânio ali representadas.

3. Regista no caderno todos os ossos que se articulam com cada um dos seguintes:

a. frontal d. maxilar g. nasal b. parietais e. zigomáticos h. esfenóide c. temporais f. lacrimais i. occipital

D. BIBLIOGRAFIA. MENDES, J. C. (1985). As Origens do Homem. Bases Anatómicas da Hominização. Fundação Calouste

Gulbenkian, Lisboa.

SPALTEHOLZ, W. (1978). Atlas de Anatomia Humana, Vol. 1. Ed. Labor S.A., Barcelona.

TESTUT, L. (1928). Traité D’Anatomie Humaine. Tomo 1, 18ª ed. Doin, Paris.

WHITE, T.D. (2000). Human Osteology. (2ª ed) Academic Press, NY.

INTERNET: http://www.csuchico.edu/anth/Module/skull.html Anthropology Department, CSU, Chico.