26
ARANHAS E ESCORPIÕES

AracnideosPt

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AracnideosPt

Aranhas 1

INSTITUTO BUTANTAN

ARANHAS E ESCORPIÕES

Page 2: AracnideosPt

Aranhas 2

INSTITUTO BUTANTAN

INTRODUÇÃO 03ORIGEM E EVOLUÇÃO 04CLASSIFICAÇÃO 05DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 08

CARACTERÍSTICAS 09HABITATANATOMIA EXTERNA

COMPORTAMENTO 11ALIMENTAÇÃOHÁBITOSREPRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO 14FILHOTESDIMORFISMO SEXUALCRESCIMENTO – TROCA DE PELE

SENTIDOS 15VISÃOMECANORECEPTORESQUIMIORECEPTORES

IMPORTÂNCIAS 17ECOLÓGICAMÉDICA

PRINCIPAIS ARACNÍDEOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 18

PREVENÇÃO 23ARANEISMO E ESCORPIONISMOPREVENÇÃO DE ACIDENTESPRIMEIROS SOCORROS

BIBLIOGRAFIA GERAL 25

Page 3: AracnideosPt

Aranhas 3

INSTITUTO BUTANTAN

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Todo mundo, com certeza, já viu uma aranha e nãodeu importância. Aquela pequena aranha preta, porexemplo, que fica dentro de casa correndo atrás demoscas, a “Papa-moscas”, ou no jardim aquela com umaseta no dorso e às vezes carregando uma bolsa cheia deovos, a “Aranha de jardim ou de grama”. Quem não seassustou com uma grande caranguejeira?

Embora algumas aranhas possam atacar os sereshumanos, este não é o seu principal objetivo. A grandemaioria é totalmente inofensiva sendo, na realidade,nossas grandes aliadas no controle de insetosdanosos ao homem.

Existem milhares delas, das minúsculas com algunsmilímetros até as grandes caranguejeiras com até 25centímetros de comprimento. É quase impossívellistarmos as diferenças entre as aranhas porque suasformas, cores e hábitos variam muito.

Uma característica muito interessante das aranhas é aprodução da seda, utilizada de diferentes maneiras pelasvárias espécies. Acredita-se que originalmente a sedatenha sido utilizada para revestir tocas, posteriormentepara proteger os ovos e, só mais tarde, durante sua históriaevolutiva, usada para capturar suas presas. Seja comofor, as aranhas conseguem verdadeiras maravilhasarquitetônicas com seus fios de seda.

Dentro do vasto mundo dos artrópodes, existemalguns animais com características totalmente

diferentes das aranhas e que são consideradosverdadeiros fósseis vivos: os escorpiões. Estesanimais permanecem com a mesmaaparência de seus antepassados, porém como tamanho reduzido. Uma das características

mais marcantes nos escorpiões é o formatode sua cauda terminando num aguilhão

inoculador de veneno.

Page 4: AracnideosPt

Aranhas 4

INSTITUTO BUTANTAN

ORIGEM E EVOLUÇÃOORIGEM E EVOLUÇÃOORIGEM E EVOLUÇÃOORIGEM E EVOLUÇÃOORIGEM E EVOLUÇÃOO escorpião é o mais antigo aracnídeo de toda

classe, datado do período Siluriano (438 milhões deanos = aparecimento dos primeiros artrópodes),através da evolução de espécies aquáticas fósseissimilares aos escorpiões. Os primeiros registros fósseisde aracnídeos terrestres apareceram no períodoCarbonífero (320 milhões de anos = diversidade dafauna artrópoda) representados em todas as ordens.

Page 5: AracnideosPt

Aranhas 5

INSTITUTO BUTANTAN

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOOs aracnídeos pertencem ao Filo Arthropoda, o

qual subdivide-se em dois amplos grupos:Chelicerata, compreendido principalmente pelaclasse Arachnida (aranhas e escorpiões) eMandibulata, compreendida principalmente pelasclasses Insecta (insetos), Chilopoda (centopéias oulacraias) e Diplopoda (piolho de cobra ou gôngulos).A classe Arachnida está representada por 11 ordens,entre as quais pode-se citar: Scorpiones (escorpiões),Araneae (aranhas) e Opiliones (opilião).

ArthropodaArthropodaArthropodaArthropodaArthropoda – do latim Arthro = articulado, Poda =pés, são invertebrados que apresentam comocaracterísticas principais apêndices articulados eesqueleto externo quitinoso (exoesqueleto)necessitando trocar de pele periodicamente, para oseu crescimento.

Chelicerata -Chelicerata -Chelicerata -Chelicerata -Chelicerata - são animais constituídos por um par dequelíceras móveis na região frontal do cefalotórax. Cadagrupo de aracnídeos apresenta na extremidade destasquelíceras, formato, movimentação e função diferentes.

Arachnida - Arachnida - Arachnida - Arachnida - Arachnida - são invertebrados muito confundidoscom os insetos, porém a distinção é fácil: basta observaro número de pernas de cada um: aracnídeos têm quatropares de pernas e insetos, apenas três pares.

Mandibulata -Mandibulata -Mandibulata -Mandibulata -Mandibulata - são animais que apresentammandíbulas.

Insecta -Insecta -Insecta -Insecta -Insecta - é o maior grupo zoológico do mundo. Apresentamo corpo segmentado dividido em cabeça, tórax e abdômendistintos, um par de antenas, aparelho bucal diferenciado,três pares de pernas e dois olhos compostos ou simples.

Page 6: AracnideosPt

Aranhas 6

INSTITUTO BUTANTAN

ChilopodaChilopodaChilopodaChilopodaChilopoda- são artrópodes terrestres queapresentam um par de antenas, um par de forcípulase o corpo segmentado dividido em cabeça e tronco.Em cada segmento do tronco apresentam um par depernas. O formato de seu corpo pode ser achatadoou vermiforme de colorido azul, verde ou variandodo marrom ao roxo. Seu tamanho varia entre asespécies, podendo atingir 25 centímetros decomprimento. No mundo estão registradas 1.100espécies de quilópodes, sendo que 150 ocorrem noBrasil. As lacraias possuem glândulas de venenosituadas internamente na cabeça. Os acidentescausados principalmente pelos gêneros Scolopendra,Otostigmus e Cryptops no Brasil não sãoconsiderados graves. (Fig.1)

Forcípulas Forcípulas Forcípulas Forcípulas Forcípulas - apêndices situados na região frontalda cabeça, com as extremidades transformadasem garras ou ferrões (aparelho inoculador deveneno) util izadas para defesa, captura edilaceração de presas. (Fig.2)

DiplopodaDiplopodaDiplopodaDiplopodaDiplopoda - são invertebrados que apresentam umpar de antenas e o corpo segmentado dividido emcabeça e tronco. Em cada segmento do troncoapresentam dois pares de pernas. O formato de seucorpo pode ser achatado ou cilíndrico de colorido etamanho variando entre as espécies. Os diplópodosestão representados por cerca de 8.000 espéciesexistentes. (Fig.3)Piolho de cobra , Polidesmidae ( Fig.3)

Forcípulas de lacraia, Scolopendraviridicornis ( Fig.2)

Lacraia, Scolopendra viridicornis ( Fig.1)

Page 7: AracnideosPt

Aranhas 7

INSTITUTO BUTANTAN

AraneaeAraneaeAraneaeAraneaeAraneae - A ordem Araneae divide-se em trêssubordens: Mesothelae (caranguejeiras primitivascom abdômen pseudosegmentado), Mygalomorphaee (B9B) Araneomorphae. (Fig.5)

Quelíceras de caranguejeira -Quelíceras de caranguejeira -Quelíceras de caranguejeira -Quelíceras de caranguejeira -Quelíceras de caranguejeira - Mygalomorphae(caranguejeiras): quelíceras paraxiais, que semovimentam paralelamente ao eixo do corpo. (Fig.6)

Quelíceras de aranha verdadeira -Quelíceras de aranha verdadeira -Quelíceras de aranha verdadeira -Quelíceras de aranha verdadeira -Quelíceras de aranha verdadeira -Araneomorphae (aranhas verdadeiras): quelícerasdiaxiais, que se movimentam perpendiculamenteao eixo do corpo. (Fig.7)

OpilionesOpilionesOpilionesOpilionesOpiliones - aracnídeos que possuem o prossomaunido ao o opistossoma, um par de olhos centrais eum par de glândulas repugnatórias ou de odoríferasnas laterais do prossoma. Quando molestados exalamsubstâncias repugnantes de forte odor utilizadas parasua defesa. O comprimento do corpo varia de 0,5 a 2centímetros. Estão representados por cerca de 5.500espécies em todo o mundo, sendo que 950 ocorremno Brasil. (Fig.8)

Scorpiones (escorpiões)

Escorpião marromEscorpião marromEscorpião marromEscorpião marromEscorpião marrom, Tityus bahiensis

Quelíceras de caranguejeira (Fig.6)

Quelíceras de aranha verdadeira (Fig.7)

Opilião, Gonyleptidae (Fig.8)

Aranha armadeiraAranha armadeiraAranha armadeiraAranha armadeiraAranha armadeira,Phoneutria nigriventer (Fig.5 )

Page 8: AracnideosPt

Aranhas 8

INSTITUTO BUTANTAN

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

MundoMundoMundoMundoMundoSão conhecidos atualmente cerca de 85.000

espécies de aracnídeos no mundo, distribuídas em1000 famílias aproximadamente. Representantes daclasse Arachnida são encontrados nos cincocontinentes. Entre as 38.000 espécies de aranhasconhecidas no mundo, apenas 20 a 30 sãoconsideradas importantes clinicamente. Osescorpiões estão representados por 1.500 espéciesno mundo, com 25 espécies de interesse médico.

BrasilBrasilBrasilBrasilBrasilOs aracnídeos estão representados em

aproximadamente 500 famílias com cerca de 10.000espécies descritas. Aranhas e escorpiões, estãodistribuídos em todos os ecossistemas brasileiros,estando melhor representados na Floresta Amazônicae Floresta Atlântica.

Aranhas –Aranhas –Aranhas –Aranhas –Aranhas – Existem cerca de 4.000 espécies conhecidasdistribuídas em 106 famílias, entre as Mygalomorphaee Araneomorphae. No Brasil, apenas três famílias dearanhas verdadeiras são consideradas perigosas:- Ctenidae (aranha armadeira)- Sicariidae (aranha marrom)- Theridiidae (viúva negra)

Escorpiões –Escorpiões –Escorpiões –Escorpiões –Escorpiões – São conhecidas aproximadamente 80espécies de escorpiões distribuídas em 4 famílias. NoBrasil, as espécies perigosas pertencem ao gêneroTityus da família Buthidae: T. serrulatus, T. bahiensise T. stygmurus

Aranha armadeira –Phoneutria nigriventer

Aranha marrom – Loxosceles gaucho

Viúva negra – Latrodectus curacaviensis

Escorpiãomarrom –Tityusbahiensis

Escorpiãoamarelo –Tityusserrulatus

Escorpião doNordeste –Tityusstigmurus

AranhasAranhasAranhasAranhasAranhas

EscorpiõesEscorpiõesEscorpiõesEscorpiõesEscorpiões

Page 9: AracnideosPt

Aranhas 9

INSTITUTO BUTANTAN

HABITATHABITATHABITATHABITATHABITATOs aracnídeos vivem em ambientes definidos pelas

limitações de fatores abióticos (condições físicas:temperatura, umidade, vento, intensidade de luz) efatores bióticos (condições bioecológicas) como,tipos de vegetação, suprimento alimentar,competição e inimigos naturais. São estritamenteterrestres, vivendo em todos os ecossistemas (comexceção da Antártida) e ambientes como, desertos,savanas, cerrado, florestas temperadas e tropicais,além de áreas urbanas e rurais.

ANATOMIA EXTERNAANATOMIA EXTERNAANATOMIA EXTERNAANATOMIA EXTERNAANATOMIA EXTERNAOs aracnídeos possuem o corpo dividido em

prossoma e opistossoma, sendo que nas aranhas estasregiões estão unidas pelo pedicélio (estrutura curtacom exoesqueleto flexível, permitindo amplamovimentação do opistossoma em relação aoprossoma). O corpo é recoberto por quitina(substância de consistência sólida e composiçãoproteica) que impede o crescimento do animal,necessitando trocar de pele periodicamente. Algunspossuem glândulas de veneno localizadasinternamente nas quelíceras, pedipalpos ou outraspartes do corpo do animal, utilizadas para defesa ouimobilização de suas presas.

Prossoma -Prossoma -Prossoma -Prossoma -Prossoma - região anterior do corpo. A cabeça e otórax estão fundidos formando o cefalotórax.Dorsalmente apresentam um conjunto de 2 a 8 olhosdispostos em uma elevação -cômoro ocular, encontradosem caranguejeiras e escorpiões (Fig.9) ou em fileiras -fórmula ocular, nas aranhas verdadeiras. (Fig.10)

Estão presentes os seguintes segmentos:- um par de quelíceras- um par de pedipalpos- quatro pares de pernas locomotoras

Cômoro ocular de escorpiãoamarelo, T. serrulatus (Fig.9)

Fórmula ocular, Lycosa erythrognatha(Fig.10)

CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS

Page 10: AracnideosPt

Aranhas 10

INSTITUTO BUTANTAN

Quelíceras -Quelíceras -Quelíceras -Quelíceras -Quelíceras - situados na região frontal, é o primeiropar de apêndices do prossoma constituídos doissegmentos: um basal e uma extremidade diferenciadade acordo com as ordens. Nos escorpiões sãopequenas, constituídas por um segmento basal eextremidade em forma de pinça. Nas aranhas, cadaquelícera é composta por um segmento basal e umferrão inoculador de veneno. O movimento dasquelíceras distingue os dois amplos grupos dearanhas: Mygalomorphae e Araneomorphae

Pedipalpos -Pedipalpos -Pedipalpos -Pedipalpos -Pedipalpos - situados na região anterior doprossoma, é o segundo par de apêndices, auxiliam naapreensão de suas presas e durante o acasalamento.Os escorpiões possuem cinco segmentos nospedipalpos, sendo o último artículo (mão) modificadoem pinças com um dedo fixo e outro móvel. Nasaranhas são compostos por seis segmentos e osmachos apresentam a extremidade dos pedipalpos oupalpos modificados com função copulatória.

Opistossoma (abdômen) -Opistossoma (abdômen) -Opistossoma (abdômen) -Opistossoma (abdômen) -Opistossoma (abdômen) - região posterior docorpo, cujo formato varia entre as espécies dos gruposdos aracnídeos. Está relacionadao com a digestão,absorção, respiração, excreção e reprodução. Na regiãoposterior e ventral do abdômen das aranhas estãosituadas as fiandeiras. Nos escorpiões subdivide-se emduas regiões: mesossoma e metassoma

Fiandeiras -Fiandeiras -Fiandeiras -Fiandeiras -Fiandeiras - Dispõem-se aospares e podem ser compostaspor 2, 4 ou 6, designadas comoanterior, média e posterior.Estas estruturas são utilizadasna construção de teias e bolsade ovos (ooteca) e na apreensãodas presas.

Mesossoma (pré-abdômen):Mesossoma (pré-abdômen):Mesossoma (pré-abdômen):Mesossoma (pré-abdômen):Mesossoma (pré-abdômen): formado porsete segmentos. Ventralmente, nos quatroprimeiros segmentos, estão situados oesterno, a abertura genital e os pentes,características usadas para a identificação defamílias e espécies e os órgãos respiratórios.

Metassoma (pós-abdômen ou cauda)Metassoma (pós-abdômen ou cauda)Metassoma (pós-abdômen ou cauda)Metassoma (pós-abdômen ou cauda)Metassoma (pós-abdômen ou cauda):formado por cinco segmentos. Em suaextremidade há um artículo terminadoem ferrão, chamado télson ou vesícula,onde estão localizadas as glândulasde veneno.

Glândulas de veneno -Glândulas de veneno -Glândulas de veneno -Glândulas de veneno -Glândulas de veneno - sãogeralmente duas glândulascontendo uma abertura externa,por onde o veneno será liberado,através de estruturas próprias decada grupo aracnídico. NasMygalomorphae, estão locali-zadas dentro do segmento basaldas quelíceras e nas Araneo-morphae no prossoma.

Page 11: AracnideosPt

Aranhas 11

INSTITUTO BUTANTAN

COMPORTAMENTOCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTOCOMPORTAMENTO

Alimentação Alimentação Alimentação Alimentação AlimentaçãoOs aracnídeos são carnívoros, alimentando-se de

animais vivos como: insetos, aranhas e pequenosvertebrados como: répteis (lagartos e serpentes),anfíbios (pererecas, rãs e sapos), peixes, aves emamíferos (roedores). Algumas espécies podemprovocar canibalismo. Os aracnídeos capturam suaspresas com os pedipalpos e as imobilizam inoculandoveneno através dos ferrões. Enzimas digestivas sãoregurgitadas sobre o alimento que será digerido esugado, completando-se a digestão internamente.

HábitosHábitosHábitosHábitosHábitosOs aracnídeos utilizam diferentes substratos,

estratos e estratégias para sua sobrevivência. Habitamsob rochas, cascas de árvores e troncos emdecomposição enterrados no solo, entre o folhiço,na copa de árvores e arbustos, dentro de bromélias eoutras plantas onde possam se refugiar e em cavernas.Podem viver no solo ou ocupar estratos em váriasalturas, baseada nas condições climáticas eabundância de alimento. Sua atividade pode serdiurna, crepuscular ou noturna. Algumas espéciespodem ter hábitos sociais ou solitários. Um grandenúmero de espécies de aranhas da infra-ordemAraneomorphae são tecedeiras, vivendo desdeestratos de 0,5 metro até estratos arbóreos. Cadagrupo ou espécie utilizará estratégias diferentesdurante suas atividades. Podem ser: fossoriais,errantes, arborícolas, ou aquáticas.

Tecedeiras -Tecedeiras -Tecedeiras -Tecedeiras -Tecedeiras - constroem teias com fios de seda dediferentes espessura e composição. Estas teias podemou não ser elaboradas. As dimensões, formato erefúgios são distintos entre as espécies. (Fig.12)

Substrato - Substrato - Substrato - Substrato - Substrato - é o tipo dematerial utilizado como refúgioou defesa.Estrato -Estrato -Estrato -Estrato -Estrato - altura da superfíciedo solo utilizado como refúgioou forrageamento.Estratégia -Estratégia -Estratégia -Estratégia -Estratégia - mecanismosutilizados para garantir asobrevivência da espécie.

Sociais -Sociais -Sociais -Sociais -Sociais - algumas espéciesvivem em hierarquia entremachos, jovens e fêmeas.Aranhas sociais constroem teiasenormes, onde os integrantescompartilham de todas asatividades, inclusive a divisão doalimento respeitando ahierarquia do grupo.

Aranha de teia, Nephila clavipes (Fig.12)

Page 12: AracnideosPt

Aranhas 12

INSTITUTO BUTANTAN

Fossoriais -Fossoriais -Fossoriais -Fossoriais -Fossoriais - constroem galerias subterrâneas,forrando ou não seu interior com fios de seda. Vivemà espera de presas que passam pela abertura da toca.Em algumas espécies o acasalamento ocorre dentrodas galerias.Errantes -Errantes -Errantes -Errantes -Errantes - termo atribuído, principalmente, à aranhase escorpiões. São animais que não possuem sede fixa,não constroem teias e vivem solitários. Suas atividadesgeralmente são noturnas, forrageando os estratos.Arborícolas -Arborícolas -Arborícolas -Arborícolas -Arborícolas - constroem refúgio grudando as folhasou galhos com fios de seda ou produzem uma bolsade seda. Caçam as presas que se aproximarem doseu refúgio.Aquáticas -Aquáticas -Aquáticas -Aquáticas -Aquáticas - adaptada a viver submersa na água,possuem pêlos hidrófobos ao redor do abdômen. Aúnica espécie no mundo, a Argironeta aquática, ocorreno Paleártico. Com a imersão da aranha na água,formam-se bolhas de ar nos pêlos hidrófobos, quesão transferidos para o interior da toca construídana margem ou barranco dentro d'água.

ReproduçãoReproduçãoReproduçãoReproduçãoReproduçãoOs aracnídeos possuem sexo separado e a

fecundação pode ser interna ou externa. Podemser ovíparos, vivíparos ou partenogenéticos. Osmachos de aranhas possuem apare lhocopulatório modificado nos pedipalpos. Osespermatozóides são produzidos por um par detest ícu los loca l izados no abdômen e ostransferem para o apare lho copulador ,utilizando a teia espermática. Após a cópula afêmea guarda o esperma nos reservatórios(espermatecas) e fecunda os óvulos a cadaovipos ição . Nos escorp iões , o mater ia lespermático é armazenado em ovidutos, ondeos óvulos serão fecundados à cada gestação.Teia espermática de caranguejeira (Fig.15)

Page 13: AracnideosPt

Aranhas 13

INSTITUTO BUTANTAN

Ovíparos -Ovíparos -Ovíparos -Ovíparos -Ovíparos - desenvolvem-se indiretamente atravésde estágios larvais até a eclosão dos ovos.Vivíparos -Vivíparos -Vivíparos -Vivíparos -Vivíparos - produzem filhotes vivos que se desenvolvemde ovos contidos no interior do corpo da mãe.Partenogênese -Partenogênese -Partenogênese -Partenogênese -Partenogênese - Fenômeno pelo qual os óvulostransformam-se diretamente em embriões que dãoorigem a novas fêmeas.

Teia espermática -Teia espermática -Teia espermática -Teia espermática -Teia espermática - os machos quando atingem amaturidade tecem uma teia em posição inclinadapresa ao substrato, depositando nela o esperma,através de uma abertura genital situada na regiãoventral do abdômen. O esperma é então transferidopara os reservatórios dos órgãos copuladores, atravésde repetitivos movimentos, bombeando o espermacontido na teia. (Fig.15)

Cópula -Cópula -Cópula -Cópula -Cópula - A cópula ocorre de acordo com os hábitosde cada espécie. Pode levar minutos, horas ou dias.As aranhas necessitam de contato direto e afecundação é interna. Os machos se aproximam dasfêmeas, tocando-as com seus pedipalpos. Após umritual de acasalamento, o macho introduz o órgãocopulatório no epígino da fêmea. Nos escorpiões nãoocorre a cópula propriamente dita. O macho deposita,através da abertura genital, um espermatóforofixando-o num substrato em posição vertical. Então,conduz a fêmea a posicionar a abertura genital sobreo espermatóforo, originando uma pressão que ejetao esperma, fertilizando-a internamente.

Ovoposição -Ovoposição -Ovoposição -Ovoposição -Ovoposição - A fêmea depois de fecundada, teceuma bolsa onde serão depositados os ovos (ooteca).Fêmeas de algumas espécies de aranhas, pregam suasootecas nas teias ou carregam-na presas àsquelíceras ou ainda aderidas às fiandeiras.

Espermatóforo - Espermatóforo - Espermatóforo - Espermatóforo - Espermatóforo - Estruturatubular quitinizada, com 0,6 a 0,7centímetros de comprimento,contendo em sua extremidadeo esperma.

Page 14: AracnideosPt

Aranhas 14

INSTITUTO BUTANTAN

DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

FilhotesFilhotesFilhotesFilhotesFilhotesNos escorpiões, os filhotes nascem através de parto.

À medida que vão nascendo a mãe os recolhe com oauxílio dos pedipalpos e os ajudam subir em suascostas, onde permanecem até a primeira troca depele. Muitas espécies de aranhas cuidam de suasootecas até o nascimento de seus filhotes. Algumasaranhas como, a aranha de grama, têm o mesmocomportamento dos escorpiões. Os filhotes dedeterminadas espécies dispersam-se poraeronatismo, liberando um fio de seda e soltando-seao vento.

Dimorfismo sexualDimorfismo sexualDimorfismo sexualDimorfismo sexualDimorfismo sexualÉ caracterizado por pequenas diferenças na anatomia

externa dos indivíduos, além do tamanho e coloração.Nas aranhas as fêmeas são maiores do que os machos.As fêmeas apresentam epígino (abertura genital)localizado no abdômen e os machos, órgão copuladornos pedipalpos. Os machos de algumas espécies deescorpiões presentam a mão dos pedipalpos maisvolumosa com um pequeno orifício entre os dedos,utilizados para segurar os dedos das fêmeas duranteo ritual de acasalamento.

Aranha de grama - Lycosa erythrognathaCaranguejeira (troca de pele)

Crescimento – troca de peleCrescimento – troca de peleCrescimento – troca de peleCrescimento – troca de peleCrescimento – troca de peleO corpo dos artrópodos é

revestido por quitina, que compõeo exoesqueleto. O crescimento doanimal se deve ao desprendimentodo exoesqueleto periodicamenteaté atingir a maturidade. Uma novapele é formada sob o exoesqueletoe a endocutícula (camada internado exoesqueleto) é digerida eabsorvida. A pressão circulatóriaaumenta, rompendo o exoesque-leto a partir da região frontal doprossoma.

Movimentos de contração doanimal e o líquido existente entreas cutículas, fazem a pele velhadeslizar sobre a nova até a sua totaleliminação. O animal estica a novacutícula enrugada e úmida, sendoeste o período de seu crescimento.Neste momento a coloração estáalterada, bem mais clara que a correal do animal. Seu corpo adquireaparência gelatinosa, estandovulnerável ao ataque de predadores.Após algum tempo, o exoesqueletoenrijece retomando a cor natural.As fêmeas de caranguejeirascontinuam a trocar de pele umaou duas vezes por ano mesmoquando adultas.

Page 15: AracnideosPt

Aranhas 15

INSTITUTO BUTANTAN

SENTIDOSSENTIDOSSENTIDOSSENTIDOSSENTIDOS

Os órgãos dos sentidos podem ser: receptoresvisuais (olhos), mecanoreceptores e quimioreceptores.

VisãoVisãoVisãoVisãoVisãoOlhos: os aracnídeos recentes possuem olhos mais

desenvolvidos. São ocelos simples semelhantes àcâmara fotográfica. Os olhos podem estar dispostosem cômoro ocular ou em fileiras -fórmula ocular.

MecanoreceptoresMecanoreceptoresMecanoreceptoresMecanoreceptoresMecanoreceptoresSão formados por pêlos sensoriais pêlos táteis,

espinhos erécteis e tricobótrias e fendas sensoriais.Os aracnídeos percebem sensações táteis e vibraçõesem superfícies diferentes (água, ar e terra).

Pêlos sensoriais:Pêlos sensoriais:Pêlos sensoriais:Pêlos sensoriais:Pêlos sensoriais: as aranhas possuem pêlos derevestimento por todo corpo, os quais não possuemterminações nervosas. Estes pêlos podem serhidrófobos, pêlos abdominais especiais para auxiliaros filhotes a prenderem-se na mãe logo após onascimento, pêlos urticantes utilizados como defesaescópulas e tufos sub-ungueais, localizados naextremidade dos tarsos, permitindo subir emsuperfícies lisas.

Pêlos táteis:Pêlos táteis:Pêlos táteis:Pêlos táteis:Pêlos táteis: Presentes no corpo inteiro, são hastesque saem da exocutícula e formam "sockets" deformas diferentes.

Espinhos erécteis:Espinhos erécteis:Espinhos erécteis:Espinhos erécteis:Espinhos erécteis: hastes mais espessas daexocutícula, presentes nas pernas, com trêsterminações nervosas. Ficam paralelos à superfíciedo corpo. O animal é estimulado pela ereção doespinho, através do mecanismo hidrostático da

Page 16: AracnideosPt

Aranhas 16

INSTITUTO BUTANTAN

hemolinfa (sangue). São importantes para a defesa ecaptura de presas.

Tricobótrias:Tricobótrias:Tricobótrias:Tricobótrias:Tricobótrias: localizados no tegumento de váriosartrópodes, com origem e distribuição diferente emcada espécie. São receptores de fracas correntes dear e de determinações sonoras em diferentesfrequências (Tityus serrulatus). (Fig.17)

Fendas sensoriais:Fendas sensoriais:Fendas sensoriais:Fendas sensoriais:Fendas sensoriais: órgãos abertos em fendas ousensores em ligadas às terminações nervosas. Sãoresponsáveis pelas transmissões mecânicas geradaspelas vibrações dos substratos, pela gravidade e pelosmovimentos do próprio animal. O conjunto de fendasforma os órgãos liriformes.

QuimioreceptoresQuimioreceptoresQuimioreceptoresQuimioreceptoresQuimioreceptores São constituídos por pêlos olfativos e órgãos

tarsais, ligados a terminações nervosas. Sãoresponsáveis pela percepção de odores e paladar,através de atividades relacionadas as cortes, detecçãode inimigos e presas.

Pêlos olfativos:Pêlos olfativos:Pêlos olfativos:Pêlos olfativos:Pêlos olfativos: Haste de exocutícula com cavidadeinterna que recebe terminações nervosas, parapercepção dos odores.

Órgãos tarsais:Órgãos tarsais:Órgãos tarsais:Órgãos tarsais:Órgãos tarsais: são sensores de umidade e deferormônio sexual, localizados na face dorsal de todosos tarsos.

Tricobótrias, escorpião amarelo (Fig.17)

Page 17: AracnideosPt

Aranhas 17

INSTITUTO BUTANTAN

IMPORTÂNCIASIMPORTÂNCIASIMPORTÂNCIASIMPORTÂNCIASIMPORTÂNCIAS

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICAIMPORTÂNCIA ECOLÓGICAIMPORTÂNCIA ECOLÓGICAIMPORTÂNCIA ECOLÓGICAIMPORTÂNCIA ECOLÓGICAOs aracnídeos fazem parte da cadeia alimentar de

muitos vertebrados e invertebrados. Entre osvertebrados, alimentam-se de aranhas e escorpiões,os anfíbios, os répteis, alguns mamíferos (roedores,gambás, quatis e macacos) e muitas aves, comocorujas e seriemas. Aranhas e escorpiões tambémpredam aracnídeos, muitas vezes de sua própriaespécie. Alguns são utilizados como hospedeiros pormuitos insetos. Espécies de vespa dependem dearanhas para completar o seu desenvolvimento.Caçam aranhas e as paralisam com seu veneno,depositando um ovo sobre seu abdômen. Quando oovo eclode, surge uma larva que se alimentará daaranha. Alguns índios da Amazônia e da África comemcaranguejeiras e escorpiões assados ou cozidos. Apreparação de soluções terapêutica também éamplamente difundida pelas comunidades indígenae regionais.

IMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAA ampla classe compreende principalmente animais

terrestres, considerados importantes do ponto de vistahumano, pois muitos deles possuem veneno comtoxidade relevante, ou, são parasitas do homem, deanimais e plantas causando-lhes doenças. Osaracnídeos de interesse médico estão representadospor aranhas e escorpiões que possuem veneno tóxicopara o homem.

Page 18: AracnideosPt

Aranhas 18

INSTITUTO BUTANTAN

PRINCIPAIS ARACNÍDEOS DEPRINCIPAIS ARACNÍDEOS DEPRINCIPAIS ARACNÍDEOS DEPRINCIPAIS ARACNÍDEOS DEPRINCIPAIS ARACNÍDEOS DEIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICAIMPORTÂNCIA MÉDICA

AranhasAranhasAranhasAranhasAranhasAranha armadeira - Phoneutria nigriventer*Aranha de grama - Lycosa erythrognatha *Aranha marrom - Loxosceles gaúcho*Flamenguinha - Latrodectus curacaviensis *Aranha caranguejeira - Pachistopelma rufonigrum* Aranha de teia - Nephila clavipes*

EscorpiõesEscorpiõesEscorpiõesEscorpiõesEscorpiõesEscorpião marrom - Tityus bahiensis*Escorpião amarelo - Tityus serrulatus*Escorpião do Nordeste - Tityus stigmurus*

*Em exposição no Museu

Page 19: AracnideosPt

Aranhas 19

INSTITUTO BUTANTAN

Aranha armadeira Aranha armadeira Aranha armadeira Aranha armadeira Aranha armadeira – – – – – Phoneutria nigriventerPhoneutria nigriventerPhoneutria nigriventerPhoneutria nigriventerPhoneutria nigriventerNome popular: Aranha armadeira, aranha das bananas

(banana spyder)Nome científico: Phoneutria nigriventerFamília: CtenidaeDisposição ocular: 2 – 4 - 2Alimentação básica: insetos, aranhas e pequenas lagartixasReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 4 a 5 centímetrosEnvergadura: 15 a 18 centímetrosHabitat: Mata AtlânticaAtividade: noturna

Aranha de hábitos errantes. Habita em áreas florestadas, procurando refúgio sob troncos e rochas.Comum em plantio de bananas, abrigando-se entre as folhas e os cachos da bananeira. Está adaptadaà área urbana em ambientes domiciliar e peridomiciliar. Assume comportamento de defesa armando-se, levantando os dois primeiros pares de pernas e posicionando-se verticalmente.

Aranha de grama - Lycosa erythrognathaAranha de grama - Lycosa erythrognathaAranha de grama - Lycosa erythrognathaAranha de grama - Lycosa erythrognathaAranha de grama - Lycosa erythrognathaNome popular: Aranha de grama, aranha de jardim,

aranha lobo ou tarântulaNome científico: Lycosa erythrognathaFamília: LycosidaeDisposição ocular: 4 – 2 - 2Alimentação básica: insetos e aranhasReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 2 a 3 centímetrosEnvergadura das pernas: 6 a 8 centímetrosHabitat: Mata AtânticaAtividade: diurna e noturna

Aranha de hábitos errantes, abrigam-se entre o folhiço acumulado na superfície de sub bosques ouáreas florestadas, construindo sua toca unindo as folhas secas com fios de seda. Muito comum naregião urbana, sendo frequentemente encontrada em gramados ou jardins. Pode adotar o mesmocomportamento defensivo da aranha armadeira. É amplamente distribuída pelo Brasil. Seu veneno épouco tóxico não causando problema de saúde pública, porém, a grande frequência em que provocaacidentes a posiciona entre os aracnídeos de interesse médico.

ARANHASARANHASARANHASARANHASARANHAS

Page 20: AracnideosPt

Aranhas 20

INSTITUTO BUTANTAN

Aranha marrom - Aranha marrom - Aranha marrom - Aranha marrom - Aranha marrom - Loxosceles gauchoLoxosceles gauchoLoxosceles gauchoLoxosceles gauchoLoxosceles gauchoNome popular: Aranha marromNome científico: Loxosceles gauchoFamília: SicariidaeDisposição ocular: 2 – 2 - 2Alimentação básica: insetos e aranhasReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 1 a 1,5 centímetrosEnvergadura: 3 a 4 centímetrosHabitat: Mata AtlânticaAtividade: noturnaMais: Aranha de hábitos sedentários.

Habita em áreas florestadas, construindo teias irregulares de revestimento com fios adesivos,semelhante a um lençol, sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras, em fendas derochas e barrancos.

Flamenguinha – Flamenguinha – Flamenguinha – Flamenguinha – Flamenguinha – Latrodectus curacaviensisLatrodectus curacaviensisLatrodectus curacaviensisLatrodectus curacaviensisLatrodectus curacaviensisNome popular: Flamenguinha, aranha barriga

vermelha e viúva negraNome científico: Latrodectus curacaviensisFamília: TheridiidaeDisposição ocular: 4 - 4Alimentação básica: larvas de insetosReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 1 a 1,5 centímetrosEnvergadura: 3 centímetrosHabitat: cosmotropicalAtividade: diurna e noturna

São aranhas de hábitos gregários e constroem teias tridimensionais. Habitam em vegetaçãorasteira, arbustos, sauveiros, cupinzeiros, fendas de barrancos e mourões de madeira.Adaptam-se em área rural nas plantações de trigo e linho e em área urbana em ambientesperidomiciliar e domiciliar, abrigando-se em beiral de telhados, portas, janelas e no interiordas moradias, principalmente, sob móveis.

ARANHAS ARANHAS ARANHAS ARANHAS ARANHAS

Page 21: AracnideosPt

Aranhas 21

INSTITUTO BUTANTAN

Aranha caranguejeira - Aranha caranguejeira - Aranha caranguejeira - Aranha caranguejeira - Aranha caranguejeira - Pachistopelma rufonigrumPachistopelma rufonigrumPachistopelma rufonigrumPachistopelma rufonigrumPachistopelma rufonigrumNome popular: Caranguejeira, caranguejosNome científico: Pachistopelma rufonigrumAlimentação básica: insetos, aves, anfíbios, pequenos répteis

e mamíferosReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 6 centímetrosEnvergadura: 15 centímetrosHabitat: Mata AtlânticaAtividade: noturna

Aranha de hábitos terrestres, semi-fossoriais. Constróem tocas para refúgio. Possuem pêlos urticantesno abdômen.

Aranha de teia – Aranha de teia – Aranha de teia – Aranha de teia – Aranha de teia – Nephila clavipesNephila clavipesNephila clavipesNephila clavipesNephila clavipesNome popular: Aranha de teiaNome científico: Nephila clavipesDisposição ocular: 4 - 4Alimentação básica: insetosReprodução: ovíparaTamanho do corpo: 3 a 5 centímetrosEnvergadura: centímetrosHabitat: Mata AtlânticaAtividade: diurna e noturna

São aranhas tecedeiras, construindo teias grandes circulares de coloração amarelada. Os fios altamenteresistentes são entrelaçados com fios de reforço na área central da teia em forma de zig-zag. Devido a altaresistência dos fios, são capazes de armadilhas pequenas aves, como o beija-flor. Ocupam os espaçosentre a vegetação, ao longo de áreas de vôo dos insetos em áreas de florestas nas margens de rios,preferindo locais sombreados. São também sinantrópicas, abrigando-se nas áreas externas das moradias,construindo refúgio junto às paredes próximo de luminárias, facilitando a captura de presas.

ARANHASARANHASARANHASARANHASARANHAS

Page 22: AracnideosPt

Aranhas 22

INSTITUTO BUTANTAN

Escorpião marrom – Escorpião marrom – Escorpião marrom – Escorpião marrom – Escorpião marrom – Tityus bahiensisTityus bahiensisTityus bahiensisTityus bahiensisTityus bahiensisNome popular: Escorpião marrom ou escorpião pretoNome científico: Tityus bahiensisFamília: ButhidaeAlimentação básica: insetos e aranhasReprodução: vivíparaTamanho do corpo: 6 a 7 centímetrosHabitat: Mata Atlântica e Floresta de AraucáriaAtividade: noturna

São animais errantes de hábitos solitários. Habitam em locais úmidos, sob pedras, troncos. Constroemgalerias em barrancos ou solo, principalmente as fêmeas em gestação. São espécies sinantrópicas(domiciliares e peridomiciliares) encontradas em porões, sótãos, sob móveis e em terrenos baldioscom acúmulo de lixo doméstico.

Escorpião amarelo – Escorpião amarelo – Escorpião amarelo – Escorpião amarelo – Escorpião amarelo – Tityus serrulatusTityus serrulatusTityus serrulatusTityus serrulatusTityus serrulatusNome popular: Escorpião amareloNome científico: Tityus serrulatusFamília: ButhidaeAlimentação básica: insetos e aranhasReprodução: partenogênese, vivíparaTamanho do corpo: 6 a 7 centímetrosHabitat: CerradoAtividade: noturna

São animais errantes de hábitos solitários. Habitam em regiões quentes e secas, abrigando-se sobcasca de árvores e cupinzeiros. Adaptam-se em áreas urbanas (sinantrópicos) em ambientes domiciliarese peridomiciliares, encontradas em porões, sótãos, sob móveis e material acumulado nos quintais.Única espécie no Brasil que se reproduz por partenogênese.

Escorpião do Nordeste – Escorpião do Nordeste – Escorpião do Nordeste – Escorpião do Nordeste – Escorpião do Nordeste – Tityus stigmurusTityus stigmurusTityus stigmurusTityus stigmurusTityus stigmurusNome popular: Escorpião do NordesteNome científico: Tityus stigmurusFamília: ButhidaeAlimentação básica: insetos e aranhasReprodução: vivíparaTamanho do corpo: 6 a 7 centímetrosHabitat: CerradoAtividade: noturna

São escorpiões errantes de hábitos solitários. Habitam em áreas quentes e secas, abrigando-seprincipalmente em cupinzeiros.

ESCORPIÕESESCORPIÕESESCORPIÕESESCORPIÕESESCORPIÕES

Page 23: AracnideosPt

Aranhas 23

INSTITUTO BUTANTAN

PREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃOPREVENÇÃO

ARANEISMO E ESCORPIONISMOARANEISMO E ESCORPIONISMOARANEISMO E ESCORPIONISMOARANEISMO E ESCORPIONISMOARANEISMO E ESCORPIONISMOAraneismo e Escorpionismo são os conjuntos de

acidentes causados por aranhas e escorpiões ou asintoxicações causadas pelos seus venenos.

Estes acidentes passaram a ter importância médicaem virtude de sua grande freqüência e gravidade.Diante desta realidade brasileira, o Ministério daSaúde, através da Fundação Nacional de Saúde editouo "Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentespor Animais Peçonhentos" que objetiva apadronização de condutas de diagnóstico etratamento dos acidentados, por animaispeçonhentos, entre eles as aranhas e escorpiões.

PREVENÇÃO DE ACIDENTESPREVENÇÃO DE ACIDENTESPREVENÇÃO DE ACIDENTESPREVENÇÃO DE ACIDENTESPREVENÇÃO DE ACIDENTES1. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixodoméstico, material de construção nas proximidadesdas casas. Manter jardins e quintais limpos;2. Evitar folhagens densas, plantas ornamentais,trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras, junto aparedes e muros das casas. Manter a grama aparada;3. Limpar periodicamente os terrenos baldiosvizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metrosjunto das casas;4. Sacudir roupas e sapatos antes de usa-los, pois asaranhas e escorpiões podem se esconder neles epicam ao serem comprimidos contra o corpo;5. Não por as mãos em buracos, sob pedras e troncospodres. É comum a presença de escorpiões sobdormentes da linha férrea;6. O uso de calçados e de luvas de raspa de couropode evitar acidentes;7. Como muitos destes animais apresentam hábitosnoturnos, a entrada nas casas pode ser evitada

Page 24: AracnideosPt

Aranhas 24

INSTITUTO BUTANTAN

vedando-se as soleiras das portas e janelas quandocomeçar a anoitecer;8. Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;alimentam, entre eles as baratas;9. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos evão entre o forro e paredes, consertar rodapésdespregados, colocar saquinhos de areia nas portas,colocar telas nas janelas;10. Afastar as camas e berços das paredes. Evitar queroupas de cama e mosquiteiros encostem-se ao chão.Não pendurar roupas nas paredes; examinar roupasprincipalmente camisas, blusas e calças antes devestir. Inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los;11. Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticosou outros recipientes que possam ser mantidosfechados, para evitar baratas e moscas;12. Preservar os predadores naturais de aranhas eescorpiões: aves de hábitos noturnos (corujas, João-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos,coatis, entre outros.

PRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROS1. Lavar o local da picada;2. Usar compressas mornas ajuda no alívio da dor;3. Procurar o serviço médico mais próximo4. Se possível, levar o animal para identificação, vivoou morto.

Page 25: AracnideosPt

Aranhas 25

INSTITUTO BUTANTAN

BIBLIOGRAFIA GERAL DOS CONTEÚDOSBIBLIOGRAFIA GERAL DOS CONTEÚDOSBIBLIOGRAFIA GERAL DOS CONTEÚDOSBIBLIOGRAFIA GERAL DOS CONTEÚDOSBIBLIOGRAFIA GERAL DOS CONTEÚDOSDO CD-ROM MUSEU BUTANTANDO CD-ROM MUSEU BUTANTANDO CD-ROM MUSEU BUTANTANDO CD-ROM MUSEU BUTANTANDO CD-ROM MUSEU BUTANTAN

1. AMARAL, A. DO (1978) Serpentes do Brasil. Iconografia (1978) Serpentes do Brasil. Iconografia (1978) Serpentes do Brasil. Iconografia (1978) Serpentes do Brasil. Iconografia (1978) Serpentes do Brasil. Iconografiacolorida.colorida.colorida.colorida.colorida. 2ª ed., Ed. da Universidade de São Paulo, 246 p.2. APPLEGATE, R. (1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenanceof Milk Snakes.of Milk Snakes.of Milk Snakes.of Milk Snakes.of Milk Snakes. Advanced Vivarium Systems, Lakeside , USA, 71 p.3. AVILA-PIRES, T.C.S.DE. (1995) Lizards of brazilian amazonia(1995) Lizards of brazilian amazonia(1995) Lizards of brazilian amazonia(1995) Lizards of brazilian amazonia(1995) Lizards of brazilian amazonia(Reptilia: Squamata).(Reptilia: Squamata).(Reptilia: Squamata).(Reptilia: Squamata).(Reptilia: Squamata). Nationaal Natuurhistorisch Museum, Leiden, 706 p.4. BARTLETT, R.D. AND BARTLETT, P.P. (1996) Corn snakes and(1996) Corn snakes and(1996) Corn snakes and(1996) Corn snakes and(1996) Corn snakes andother rat snakes.other rat snakes.other rat snakes.other rat snakes.other rat snakes. Barron’s Educational Series, 104 p.5. BAUCHOT, R. (1965) La placentation chez les reptiles.(1965) La placentation chez les reptiles.(1965) La placentation chez les reptiles.(1965) La placentation chez les reptiles.(1965) La placentation chez les reptiles. Ann.Biol., Paris, 4, nº 9, pp. 547-756. BERTANI, R. (2001) Revision, cladistic analysis, and(2001) Revision, cladistic analysis, and(2001) Revision, cladistic analysis, and(2001) Revision, cladistic analysis, and(2001) Revision, cladistic analysis, andzoogeography of zoogeography of zoogeography of zoogeography of zoogeography of Vitalius, Nhandu, Vitalius, Nhandu, Vitalius, Nhandu, Vitalius, Nhandu, Vitalius, Nhandu, and and and and and ProshapalopusProshapalopusProshapalopusProshapalopusProshapalopus ;;;;;with notes on other therphosine gehera (Araneae,with notes on other therphosine gehera (Araneae,with notes on other therphosine gehera (Araneae,with notes on other therphosine gehera (Araneae,with notes on other therphosine gehera (Araneae,Theraphosidae).Theraphosidae).Theraphosidae).Theraphosidae).Theraphosidae). Arquivos de Zoologia , V.36, 3, 356 pp.7. BRANDÃO, C.R.F. & CANCELLO, E.M. (Eds); JOLY, C.A. & BICUDO,C.E.M. (Orgs). (1999)(1999)(1999)(1999)(1999) Biodiversidade do Estado de São Paulo,Biodiversidade do Estado de São Paulo,Biodiversidade do Estado de São Paulo,Biodiversidade do Estado de São Paulo,Biodiversidade do Estado de São Paulo,Brasil. 5 Invertebrados terrestres.Brasil. 5 Invertebrados terrestres.Brasil. 5 Invertebrados terrestres.Brasil. 5 Invertebrados terrestres.Brasil. 5 Invertebrados terrestres. FAPESP, 279 p.8. BÜCHERL, W. & BUCKLEY, E.E. (eds) (1971) Venomous animals(1971) Venomous animals(1971) Venomous animals(1971) Venomous animals(1971) Venomous animalsand their venomous.and their venomous.and their venomous.and their venomous.and their venomous. Vol. 2, Venomous Vertebrate, N.Y. AcademyPress, 687 p.9. BÜCHERL, W. (1980) Acúleos que matam. (1980) Acúleos que matam. (1980) Acúleos que matam. (1980) Acúleos que matam. (1980) Acúleos que matam. Liv.Kosmos., 3ª ed.,Rio de Janeiro, 152 p.10. CAMPBELL, J. A. & LAMAR, W.W. (1989) The venomous reptiles (1989) The venomous reptiles (1989) The venomous reptiles (1989) The venomous reptiles (1989) The venomous reptilesof latin america. of latin america. of latin america. of latin america. of latin america. Comstock / Cornell Univ. Press, Ithaca, 425 p.11. CAMPBELL, J.A. & BRODIE JR., E.D. (1992) Biology of pitvipers:(1992) Biology of pitvipers:(1992) Biology of pitvipers:(1992) Biology of pitvipers:(1992) Biology of pitvipers:Selva.Selva.Selva.Selva.Selva. Publi. Tyler, Texas, 467 p.12. CANTER, H. M. (2000) 100 Anos de Butantan.(2000) 100 Anos de Butantan.(2000) 100 Anos de Butantan.(2000) 100 Anos de Butantan.(2000) 100 Anos de Butantan. Instituto Butantan/ Gabarito de Marketing Editorial, 73 pp.13. CANTER, H.M.; PUORTO, G. e SANTOS, M.F. (1996) O Butantan e(1996) O Butantan e(1996) O Butantan e(1996) O Butantan e(1996) O Butantan eas serpentes do Brasil. as serpentes do Brasil. as serpentes do Brasil. as serpentes do Brasil. as serpentes do Brasil. Cd-Roon, Instituto Butantan e ItautecPhilco S.A.14. CUNHA, O.R. do & NASCIMENTO, F. P. do (1993) Ofídios da (1993) Ofídios da (1993) Ofídios da (1993) Ofídios da (1993) Ofídios daamazônia. As cobras da região leste do Pará. amazônia. As cobras da região leste do Pará. amazônia. As cobras da região leste do Pará. amazônia. As cobras da região leste do Pará. amazônia. As cobras da região leste do Pará. Bol. Mus. Par.Emilio Goeldi, série Zoologia, 9 (1), Belém, pp. 1-191.15. DE BIASI, PÉRSIO (1986) Estudo sobre mecanismos de (1986) Estudo sobre mecanismos de (1986) Estudo sobre mecanismos de (1986) Estudo sobre mecanismos de (1986) Estudo sobre mecanismos detransmissão transplacentária “in vivo” de transmissão transplacentária “in vivo” de transmissão transplacentária “in vivo” de transmissão transplacentária “in vivo” de transmissão transplacentária “in vivo” de HepatozoonHepatozoonHepatozoonHepatozoonHepatozoon Miller. Miller. Miller. Miller. Miller.1908 em serpentes vivíparas Crotalinae (1908 em serpentes vivíparas Crotalinae (1908 em serpentes vivíparas Crotalinae (1908 em serpentes vivíparas Crotalinae (1908 em serpentes vivíparas Crotalinae (CrotalusCrotalusCrotalusCrotalusCrotalus L., 1758 e L., 1758 e L., 1758 e L., 1758 e L., 1758 eBothropsBothropsBothropsBothropsBothrops Wagler, 1824) e algumas observações Wagler, 1824) e algumas observações Wagler, 1824) e algumas observações Wagler, 1824) e algumas observações Wagler, 1824) e algumas observaçõesnomenclaturais sobre hospedeiro e parasita.nomenclaturais sobre hospedeiro e parasita.nomenclaturais sobre hospedeiro e parasita.nomenclaturais sobre hospedeiro e parasita.nomenclaturais sobre hospedeiro e parasita. Tese de doutoradoapresentada ao Instituto de Ciências Biomédicas, USP, São Paulo, 67 pp.16. FOELIX, R.F. (1996) Biology of spiders.(1996) Biology of spiders.(1996) Biology of spiders.(1996) Biology of spiders.(1996) Biology of spiders. Oxford University PressGeorg Thieme Verlag, New York, 330 pp.17. FONSECA, F. da (1949) Animais peçonhentos. (1949) Animais peçonhentos. (1949) Animais peçonhentos. (1949) Animais peçonhentos. (1949) Animais peçonhentos. InstitutoButantan, São Paulo, 376 p.18. GANS, C. (1969) Biology of the reptiles. (1969) Biology of the reptiles. (1969) Biology of the reptiles. (1969) Biology of the reptiles. (1969) Biology of the reptiles. New York AcademicPress.19. GOMES, N. & PUORTO, G. (1993) Atlas anatômico de (1993) Atlas anatômico de (1993) Atlas anatômico de (1993) Atlas anatômico de (1993) Atlas anatômico deBothrops jararacaBothrops jararacaBothrops jararacaBothrops jararacaBothrops jararaca Wied, 1824. (Serpentes, Viperidae). Wied, 1824. (Serpentes, Viperidae). Wied, 1824. (Serpentes, Viperidae). Wied, 1824. (Serpentes, Viperidae). Wied, 1824. (Serpentes, Viperidae). Mem.Inst. Butantan, V. 55, supl. 1, pp. 69-100.20. GOMES, N. & PUORTO, G.; BUONONATO, M. A.; RIBEIRO, M. de F. M.

Page 26: AracnideosPt

Aranhas 26

INSTITUTO BUTANTAN

(1989) Atlas anatômico de (1989) Atlas anatômico de (1989) Atlas anatômico de (1989) Atlas anatômico de (1989) Atlas anatômico de Boa constrictorBoa constrictorBoa constrictorBoa constrictorBoa constrictor L., 1758 L., 1758 L., 1758 L., 1758 L., 1758(Serpentes, Boidae).(Serpentes, Boidae).(Serpentes, Boidae).(Serpentes, Boidae).(Serpentes, Boidae). Monografias Inst. Butantan, nº 2, pp. 1-59.21. GRIEHL, K. (1984) Snakes . Giant snakes and non-venomous(1984) Snakes . Giant snakes and non-venomous(1984) Snakes . Giant snakes and non-venomous(1984) Snakes . Giant snakes and non-venomous(1984) Snakes . Giant snakes and non-venomoussnakes in the terrarium.snakes in the terrarium.snakes in the terrarium.snakes in the terrarium.snakes in the terrarium. Barron’s Educational Series. 80 p.22. HOGE, A.R. & ROMANO-HOGE, S.A.R.W.L. (1978-79) Sinopse(1978-79) Sinopse(1978-79) Sinopse(1978-79) Sinopse(1978-79) Sinopsedas serpentes peçonhentas do Brasil.das serpentes peçonhentas do Brasil.das serpentes peçonhentas do Brasil.das serpentes peçonhentas do Brasil.das serpentes peçonhentas do Brasil. 2ª ed., Mem. Inst. Butantan,V. 42/43, pp.373-496.23. INSTITUTO BUTANTAN (2000) Série Didática . (2000) Série Didática . (2000) Série Didática . (2000) Série Didática . (2000) Série Didática . Ns 1 a 524. JORGE DA SILVA, JR., N. AND SITES,J.W.,JR. (1999) Revision of(1999) Revision of(1999) Revision of(1999) Revision of(1999) Revision ofthe the the the the Micrurus frontalis Micrurus frontalis Micrurus frontalis Micrurus frontalis Micrurus frontalis complex (Serpentes: Elapidae).complex (Serpentes: Elapidae).complex (Serpentes: Elapidae).complex (Serpentes: Elapidae).complex (Serpentes: Elapidae).Herpetological Monographs, 13, pp. 142-194.25. KUNDERT, V.F. (1974) Fascination: snakes and lizards. (1974) Fascination: snakes and lizards. (1974) Fascination: snakes and lizards. (1974) Fascination: snakes and lizards. (1974) Fascination: snakes and lizards. By F.Kundert, Spreitenbach, Switzerland, 200 p.26. MARQUES, O.A.V.; ETEROVIC, A. E SAZIMA, I. (2001) Serpentes (2001) Serpentes (2001) Serpentes (2001) Serpentes (2001) Serpentesda mata atlântica. Guia ilustrado para a Serra do Mar.da mata atlântica. Guia ilustrado para a Serra do Mar.da mata atlântica. Guia ilustrado para a Serra do Mar.da mata atlântica. Guia ilustrado para a Serra do Mar.da mata atlântica. Guia ilustrado para a Serra do Mar.Holos, Ed. Ltda. – ME, 184 pp.27. MATTISON, C. (1995) The enciclopedia of snakes. (1995) The enciclopedia of snakes. (1995) The enciclopedia of snakes. (1995) The enciclopedia of snakes. (1995) The enciclopedia of snakes. Facts onFile, New York, 256 p.28. MINISTÉRIO DA SAÚDE. (1999) Manual de diagnóstico e(1999) Manual de diagnóstico e(1999) Manual de diagnóstico e(1999) Manual de diagnóstico e(1999) Manual de diagnóstico etratamento de acidentes por animais peçonhentos.tratamento de acidentes por animais peçonhentos.tratamento de acidentes por animais peçonhentos.tratamento de acidentes por animais peçonhentos.tratamento de acidentes por animais peçonhentos. FUNASA,Brasília, 131 p.29. PERLOWIN, D. (1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenance(1992) The general care and maintenanceof common kingsnakes. of common kingsnakes. of common kingsnakes. of common kingsnakes. of common kingsnakes. Advanced Vivarium Systems, Lakeside,USA, 71 p.30. PETERS, J. A. & OREJAS-MIRANDA, B.; VANZOLINI, P.E. (1986)(1986)(1986)(1986)(1986)Catalogue of the neotropical squamata: Part I Snakes.Catalogue of the neotropical squamata: Part I Snakes.Catalogue of the neotropical squamata: Part I Snakes.Catalogue of the neotropical squamata: Part I Snakes.Catalogue of the neotropical squamata: Part I Snakes.Smithsonian Institution Press, Washington D.C. and London, pp. 1-347.31. SCHVARTSMAN, S. (ed.); LUCA, S.M. & ISMAEL, da S. Jr. (1992) (1992) (1992) (1992) (1992)Plantas venenosas e animais peçonhento: Acidentes porPlantas venenosas e animais peçonhento: Acidentes porPlantas venenosas e animais peçonhento: Acidentes porPlantas venenosas e animais peçonhento: Acidentes porPlantas venenosas e animais peçonhento: Acidentes poraranhas (Araneismo).aranhas (Araneismo).aranhas (Araneismo).aranhas (Araneismo).aranhas (Araneismo). pp. 189-210. Acidentes por escorpiões. Acidentes por escorpiões. Acidentes por escorpiões. Acidentes por escorpiões. Acidentes por escorpiões.Sarvier, 211-215 pp.32. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. (1994)(1994)(1994)(1994)(1994)Manual de diretrizes para atividades de controle deManual de diretrizes para atividades de controle deManual de diretrizes para atividades de controle deManual de diretrizes para atividades de controle deManual de diretrizes para atividades de controle deescorpiões. escorpiões. escorpiões. escorpiões. escorpiões. 48 p.33. STANISZEWSKI, M. (1990) The manual of lizards e snakes.(1990) The manual of lizards e snakes.(1990) The manual of lizards e snakes.(1990) The manual of lizards e snakes.(1990) The manual of lizards e snakes.Salamander books Ltd. / Tetra Press. 156 p.34. VANZOLINI, P.E.; RAMOS-COSTA, A.M.M. & VITT, L.J. (1980)(1980)(1980)(1980)(1980)Répteis das caatingas.Répteis das caatingas.Répteis das caatingas.Répteis das caatingas.Répteis das caatingas. Acad. Bras. Ciências, Rio de janeiro, 161 p.