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Assistência de Enfermagem ao cliente
acometido por Meningite, família e
comunidade
Brígida Karla
Vagna Cristina
Meningite
A meningite é uma inflamação das meninges
(as membranas que circundam o cérebro e a
medula espinhal) e é causada por um
microorganismo viral, bacteriano ou fúngico.
Classificação da Meningite
Séptica
Asséptica
Tuberculosa
Dados Epidemiológicos da
meningite
MUNDO BRASIL PARAÍBA
1 MILHÃO DE
CASOS/ANO
171.000 ÓBITOS
30.000
CASOS/ANO
LETALIDADE
DE 20%
NO ANO DE 2000
– 7,8/100.000 Hab.
34% de Meningite
Meningocócica
18 ÓBITOS;
2008 – 126 casos
e 17 óbitos
2009 (Janeiro –
Março) – 27 casos
e 2 óbitos;
Dados do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da Secretaria de Estado da Saúde
Agente Etiológico
Vírus (caxumba, poliomielite, sarampo),
bactérias (Neisseria meningitidis, Mycobacterium
tuberculosis, Haemophilus influenzae, Streptococos,
Estaphylococos aureus, entre outros), protozoários
(Toxoplasma gondi, Trypanossoma cruzy, entre
outros), helmintos (Taenia solium, Cisticercose,
entre outros), e fungos (Cândida albicans, Cândida
tropicalis, etc).
Reservatório
O homem (secreções nasofaringeas dos
indivíduos infectados ou portadores).
Período de Incubação
É variável de 2 a 10 dias, em média de 3 a 4 dias,
dependendo do agente infeccioso, observando-
se a relação com a resistência do indivíduo.
Modo de Transmissão
Dá-se por via direta através de gotículas de saliva
ou secreção nasofaríngea contaminadas pelo
meningococo.
Período de Transmissão
O período de transmissibilidade por via direta
através de secreções infectadas é de até 24 horas
antes do tratamento específico. Após esse
período a literatura não registra casos
transmitidos por essa via, exigindo do
enfermeiro não mais o isolamento respiratório,
apenas precauções com sangue. Há uma grande
concentração de meningococo nas lesões tipo
sufusões hemorrágicas.
Susceptibilidade
É geral, não havendo predominância por faixas
da população. Acredita-se que pela forma de
transmissão, ambientes fechados, comuns em
períodos de inverno e aglomeração favoreçam a
transmissão e disseminação de meningite
meningocócica.
ESCOLAS CRECHES
Imunidade
Não existe vacina contra todos os tipos de
meningite.
Está disponível nos postos de saúde a vacina
tetravalente, uma união da DPT com a vacina
Hib (haemophilus influenzae B) que é aplicada
em três doses a partir do segundo mês de vida.
Imunidade
Vacina Pneumocócica 7 Valente - contra os
pneumococos que freqüentemente causam
otite, pneumonia e meningite no bebê – (doses:
2, 4, 6 meses);
Vacina Meningite C - (doses: 3, 5, 15 meses).
Fiosiopatogenia
O mecanismo e a via de invasão pela qual a
bactéria produz meningite ainda não está
totalmente esclarecido.
Propagação
sanguínea;
Infecção
adjacente as
meninges;
Solução de
continuidade.
Manifestações Clínicas
Síndrome Infecciosa: caracteriza-se por sinais e
sintomas comuns as doenças infecciosas
agudas e graves que são febre alta 39C,
anorexia, mal-estar geral, prostração, mialgias.
Manifestações Clínicas
Síndrome da Hipertensão Craniana: alterações do
líquido cefalorraquidiano, cefaléia, vômitos
geralmente em jato, palidez, hipertensão
arterial, pulso fino e sudorese, podendo
apresentar também transtornos pupilares,
hipoacusia, ptose palpebral e nistágmo.
Rigidez de nuca Vômito em Jato
Manifestações Clínicas
Síndrome do Comprometimento Meníngeo:
Figura 1: sinal de Kerning Figura 2: sinal de Brudzinski
O exantema é um dos aspectos evidentes na meningococemia.
Muitos pacientes apresentam lesões cutâneas, variando desde um
exantema petequial até áreas de grandes equimoses.
Petéquias Equimoses
Classificação da Doença
Meningocócica
Meningite Meningocócica
Meningococemia
Meningite Meningocócica com
Meningococemia
Meningite Meningocócica
O paciente apresenta sinais e sintomas de
meningite associados a sinais de irritação
meníngea, mas sem presença de petéquias e/ou
sufusões hemorrágicas.
Vômito em jato,
rigidez de nuca e
Sinal de Kerning
e Brudzinsk +
Meningococemia
Paciente apresenta mal-estar súbito, febre alta
calafrios, prostração, irritabilidade ou agitação,
vômitos, convulsão, acompanhada de
manifestações hemorrágicas na pele, mas sem
sinais e sintomas de meningite.
EquimosesEquimoses
Petéquias
Meningite Meningocócica com
Meningococemia
Paciente apresenta sinais e sintomas de
meningite, acompanhado de petéquias e/ou
sufusões hemorrágicas. A doença pode
desenvolver de forma fulminante, podendo
evoluir para óbito em poucas horas.
Grave
Diagnóstico
Clínico
Laboratorial
Tratamento
Meningites bacterianas sem etiologiadeterminada:ampicilina+gentamicina/ampicilina+clorafenicol; penicilina Gcristalina+ampicilina;
Meningite por neisseria meningitidis(Meningococo): penicilina g cristalina;
Meningite por Haemophilus influenzae:clorafenicol
Tratamento
Meningite por outras bactérias como
staphilococus áureos: oxaciclina;
Enterobactérias: ceftriaxone; Pseudomonas:
cefalexina+amicacina;
MENINGITE TUBERCULOSA: o
tratamento é feito com o esquema II,
padronizado pelo Programa Nacional de
Controle a Tuberculose.
Assistência de enfermagem ao
cliente com Meningite
Acomodar confortavelmente o indivíduoem ambiente arejado com pouca luz;
Administrar medicação analgésica;
Auxiliar no diagnóstico laboratorial(coleta do LCR);
Observar sinais de complicações(aumento da dor, alteração no nível deconsciência);
Assistência de enfermagem ao
cliente com Meningite
Instalar hidratação venosa e atentar para o
gotejamento;
Monitorizar os SSVV;
Realizar banhos de aspersão e/ou
compressas frias caso o cliente suporte;
Oferecer bastante líquido, logo possa o
cliente aceitar, nos intervalos das refeições;
Providenciar camas com grades;
Conter o cliente no leito;
Auxiliar nas atividades de autocuidado;
Realizar controle hídrico;
Observar sinais de desidratação;
Manter pele hidratada podendo fazer usode cremes hidratantes;
Observar precauções com as lesões;
Assistência de enfermagem ao
cliente com Meningite
Orientar a família quanto a patologia
(transmissão, tratamento, profilaxia);
Informar o estado geral do cliente, orientando
como a família pode participar na recuperação
do mesmo;
Administrar a quimioprofilaxia aos
comunicantes com rifampicina.
Assistência de enfermagem a
família do cliente com Meningite
Fazer notificação compulsória as autoridades
sanitárias;
Participar de programas de controle
epidemiológico da meningite;
Realizar educação para a saúde através de
palestras a comunidade.
Assistência de enfermagem a
comunidade para Meningite
Referências
Figueiredo, N. M. A. Ensinando a cuidar em saúde
pública. São Paulo: Difusão enfermagem, 2004.
VERONESI, R; FOCACCIA, R. Tratado de
infectologia. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
WALTER, R; KOCH, R. M; BARRA, C. R. B. Saúde
coletiva. 1 ed. Curitiba: Século XXI, 2002.
Até a próxima aula!!!
“ Alunos brilhantes se preparam para receber um
diploma, alunos fascinantes se preparam para vida”
(Augusto Cury)