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8/14/2019 ATENDIMENTO PSICOLGICO NAS ESPECIALIDADES
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ATENDIMENTOPSICOLGICO NAS
ESPECIALIDADES
CRISTINA SCHERBAUM
2007
8/14/2019 ATENDIMENTO PSICOLGICO NAS ESPECIALIDADES
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PEDIATRIA
Os fatores referentes reao dacriana frente doena ehospitalizao dependem do grau decompreenso que esta tem darealidade.
(Lichamele & Goldeberg apud Baptista & Dias, 2003)
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PEDIATRIA
At 3 anos: ansiedade de separao. Ospais devem permanecer junto com acriana.
Dos 3 a 5 anos: j desenvolve um sensode conscincia. Pode atribuir significadose sentimentos de culpa por estar doenteou hospitalizada.
Dos 6 aos 14 anos: sentimento de culpa,mas quanto mais velhas ficam, maisiformadas se tornam.
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PEDIATRIAEstressores externos capazes de gerar comportamentos
desadaptivos e ansiedade nas crianas:
O ambiente hospitalar representa algo ameaador eagressivo: pessoas estranhas, mscaras, sondas, agulhas-
fantasia de ataque Rotina (horrios, procedimentos, manipulaes) eimposies relacionadas a doena e hospitalizao
Estranhamento frente s instalaes e equipamentos Sensao de abandono Hospitalizaes prolongadas e tudo proibido
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PEDIATRIA
Os efeitos do adoecimento e hospitalizaoesto relacionados s seguintes variveis:carter agudo ou crnico da doena,
natureza da patologia, durao dotratamento, fase do desenvolvimentopsicossexual e cognitivo, personalidade,vnculo estabelecido com os pais efamiliares, suporte ambiental.
(Trinca apud Lima, 2006)
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PEDIATRIA
Esclarecimentos pertinentes aos fatos queesto acontecendo com a criana so deextrema importncia, claro que de acordo
com seu nvel de maturidade epossibilidades de compreenso. O aspectodo desconhecido pode favorecer osofrimento psquico (fantasias)
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PEDIATRIA
A qualidade da comunicao estabelecidacom a criana est relacionada com acondio interna de seus pais emadministrar a situao da doena. Eles
podem se sentir culpados e impotentesfrente a doena do filho o que leva aoprejuzo na sua capacidade de oferecercontinncia emocional ao seu filho.
(Lima, 2006)
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UTI
UTI uma unidade destinada aotratamento de enfermidades graves,so pacientes que demandamatendimento mais especializado.
A internao na UTI considerada umdos momentos mais crticos eamedrontadores no processo dehospitalizao.
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UTI
O paciente internado na UTI alm deapresentar um quadro clnico grave,est submetido a ansiedades como ador, sofrimento, solido e morte.
Os pacientes vivenciam perigosinternos e externos, reais ou
fantasiados:
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UTI
Medo da morte Encontra-se despido e sem objetos pessoais Sentimento de irrecuperabilidade Separao da famlia Perda de controle Intimidade com estranhos Insnia Procedimentos dolorosos
Restrio mobilidade: higiene e alimentaoso realizados no prprio leito Sons e rudos especficos
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UTI
Reaes emocionais comuns:
Tristeza
Choro
Medo Desorientao
Euforia
Apatia
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UTIProblemas comportamentais Paciente assustado: comportamento ameaador,
verbalmente agressivo. Pode ser consequncia de delirium,demncia.
Comportamento autodestrutivo: arrancar cateteres, fumar
secretamente, usar lcool trazido por familiares. Isso poderequerer conteno, sedao, limitao de visitas. Comportamento inadequado: rejeitar ajuda, gritar, agir de
forma bizarra. Pode serdelirium, personalidade histrinica,demncia, dor, ansiedade, psicose, psicopatia.
Paciente desesperanoso: paciente deprimido, passivo,
regressivo. M adeso: cuspir medicao, fumar, mentir, recusarmedicaes pode decorrer de uma patologia de carter,psicose, demncia ou retardo mental.
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UTI
Sndrome de UTI: ansiedade, depresso,delirium, prejuzo da memria de curtoprazo, distrbios de ateno, alucinaes,
fala e pensamento desorganizados. reversvel e pode ser amenizado com:implantao de janelas, relgios,calendrios, iluminao individualizada,controle da temperatura ambiente,informaes claras e objetivas (dia, ms,hora)
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PSICLOGO
A atuao do psiclogo visa acolher, darsentido e amenizar, de forma teraputica,os sentimentos, as fantasias e
dificuldades provindas dessa situaoestressante, para permitir o alvio dasangstias e a melhora da qualidade depermanncia na UTI.
Exemplos da funo do psiclogo (p.99).
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UTI
Pacientes em coma* O ltimo rgo afetado a audio. O psiclogo
pode tentar estimular o contato com a realidade,propiciar sentimento de segurana e sensao de
existncia. Instrumento a fala: passarorientaes quanto ao dia da semana, local quese encontra, informaes sobre os aparelhos aele conectados, visitas que recebe. Ele podeestar ouvindo. Pode responder com algum gestoou expresso. Sinais podem alterar.Estimular ocontato da famlia.
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AIDS no contexto hospitalar
A infeco por HIV no provocaalteraes psicolgicas no paciente,s nos casos em que a doenaafetou estruturas neurolgicas. Mas,a experincia comprova que ospacientes apresentam em menor ou
maior grau, algum tipo de transtornopsicolgico.
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AIDS
As reaes frente ao diagnstico dependem dealguns fatores, entre eles destacamos:
Estrutura psicolgica
Modelo cultural Condies socio-econmicas Apoio social e familiar Capacidade de enfrentamento de situaes de risco
Qualidade de vida no momento
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AIDS
Reaes comuns:
Raiva
Apatia
Desespero
Culpa
Depresso
Medo da discriminao e rejeio
Aceitao
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REAES PSICOLGICAS S DIFERENTES FASESDE EVOLUO DA DOENA
(Brasio, 2003)
1) A pessoa suspeita estar infectada: dvida eansiedade. A ansiedade pode vir acompanhadade insnia, cefalia, tenses musculares, entreoutros.
2) Resultado positivo
2.1) Choque emocional: dvidas quanto a quemcontar o diagnstico; preocupao com a famliae companheiro; sensao de morte iminente;ansiedade; depresso; culpa; conflitos nosrelacionamentos inter-pessoais e sociais.
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REAES PSICOLGICAS S DIFERENTES FASESDE EVOLUO DA DOENA
(Brasio, 2003)
2.2) Durante a evoluo da infeco pelo HIV esurgimento das primeiras infecesoportunistas: depresso e ansiedade em relaoa perda de autonomia, ao medo do futuro e damorte.
2.3)Perodo sintomtico final: mudana na imagemcorporal e reduo do auto-conceito. Declnioprogressivo da funes cognitivas e
neurolgicas. Depara-se com o enfrentamento daprpria morte.
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Crenas que influenciam no agravamentodas reaes psicolgicas(Remor apud Brasio, 2003)
Atualmente no existe nenhum tratamento eficaz para a AIDS
As pessoas diagnosticadas com AIDS morrem em poucotempo
Quando eu fizer uma reviso no trabalho me descobriro, medespediro quando souberem e meus colegas noentendero
Vou ficar sozinho, me abandonaro, no posso mais terrelacionamentos sexuais e amorosos
Vai ser uma vergonha para minha famlia
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O PSICLOGO...
O psiclogo deve verificar a relao entre asintomatologia psicolgica apresentada e oquadro orgnico. Tambm deve:
Investigar as informaes que o paciente possui
sobre a transmisso, preveno e tratamento O conhecimento que tem de sua situao clnica Levantar suas principais preocupaes Identificar estratgias de enfrentamento e sua rede
de apoio familiar e social Estimular o vnculo e adeso ao tratamento.
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O PSICLOGO...
Identificar possveis fatoresdesencadeantes e mantenedores dossintomas psicolgicos apresentados
Verificar a relevncia dessessintomas
Propor um plano de intervenoespecfico para o caso apresentado
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Interveno psi pode ter osseguintes objetivos
Reforar capacidades de enfrentamento Estimular a autonomia e participao efetiva no
tratamento e tomada de decises Apoio para que enfrente o estigma AIDS Minimizar as alteraes psicolgicas Fornecer informaes atualizadas sobre a doena e
tratamento Reestruturar e modificar crenas irracionais
apresentadas pelo paciente Orientar e fornecer apoio a famlia
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PACIENTE ONCOLGICO
O cncer uma entre algumasdoenas penosas que atemorizam eafligem as pessoas, pois possuiconotaes muito negativas.Diagnstico de cncer representasentena de morte.
Horror palavra cncer
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PACIENTE ONCOLGICO
Estigma cncer est relacionado: Medo de sofrer (sofrimento prolongado) Dor
Mutilao. O tratamento pode deformar o corpo, ouat mesmo comprometer algumas funes Perda de peso e o tratamento denunciam a doena Perda da auto-estima
Tratamento agressivo, com efeitos colateraisinsuportveis
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PACIENTE ONCOLGICO
Perda do atrativo sexual
Medo de recidivas
Perda da capacidade produtiva
Medo do contgio: alguns amigos se afastam. Tambmpor medo de deparar-se com a prpria morte e medo desofrer
Morte lenta: "se espalha", "toma o corpo todo
Atinge muitas vezes reas embaraosas: nus, vagina,
mama, prstata.