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Atividade Elétrica do Atividade Elétrica do Miocárdio Miocárdio

Atividade Elétrica do Miocárdio - fisio.ib.usp.brfisio.ib.usp.br/fisioteorica/artigos/fisio2/Atividade%20El%E9trica... · Origem da excitação elétrica • Corações miogênicos

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Atividade Elétrica do Atividade Elétrica do MiocárdioMiocárdio

Organização da aulaOrganização da aula

• anatomia do coração de mamíferos• tipos de marca-passo• tecido condutor especializado• transmissão do impulso• modulação autonômica• acoplamento excitação-contração

Anatomia Geral do Anatomia Geral do Coração de um Coração de um

MamíferoMamífero

Organização helicoidal das fibrasOrganização helicoidal das fibras

Origem da excitação elétricaOrigem da excitação elétrica

• Corações miogênicos– a excitação tem origem não-nervosa (mas podem

ter componentes modulatórios)– tunicados, moluscos lamelibrânquios e

gastrópodes, alguns insetos, vertebrados• Corações neurogênicos

– dependenm da inervação extrínseca para o início da excitação

– corações linfáticos de peixes e anfíbios, crustáceos, alguns insetos, aranhas

Tecido condutor especializadoTecido condutor especializado(aves e mamíferos)(aves e mamíferos)

• São células do miocárdio que se diferenciam (perdem propriedades contráteis)– geram o impulso elétrico– conduzem o impulso elétrico

• Importância– despolarização ordenada (A-V)– despolarização sincronizada

Localização do Localização do Tecido CondutorTecido Condutor

Cone ventricular(1o mês)Batimentos iniciais

Fusão com os átriosFreqüência mais elevadaAssume o controle

Seio venosoFreqüência ainda mais elevadaAssume o controle

Nó Sino-Atrial(SA)

Nó Átrio-Ventricular(AV)

Feixe de His(HIS)

Ramos DireitoEsquerdo

Fibras de Purkinje(subendocárdicas)

ViasInternodais

potencial de

membrana

limiar

SAAVHISPurkinje

tempo

TODO O SISTEMA CONDUTOR TEM AUTOTODO O SISTEMA CONDUTOR TEM AUTO--DESPOLARIZAÇÃODESPOLARIZAÇÃO

Quem é o Quem é o marcamarca--passo?passo?

AQULE QUE DISPARA MAIS RÁPIDOAQULE QUE DISPARA MAIS RÁPIDOou sejaou seja

ATINJE O LIMIAR PRIMEIROATINJE O LIMIAR PRIMEIRO

A Transmissão do A Transmissão do ImpulsoImpulso

Passo 1:Nó SA dispara

t = 0

Passo 2:Feixes SA-AV de condução

preferencialImpulso chega ao nó AV

∆t = 50ms

Passo 3:Atraso na condução AVContração atrial inicia

∆t = 150ms

Passo 4:O impulso viaja ao

longo do septo, pelos feixes de His∆t = 175ms

Passo 5:O impulso é distribuído pelas fibras de Purkinje

para a musculatura ventricular

Contração atrial terminaContração ventricular inicia

∆t = 225ms

Modulação Autonômica do Modulação Autonômica do CoraçãoCoração

S.N.A. SimpáticoS.N.A. Simpático(catecolaminas: E e NE)(catecolaminas: E e NE)

• Efeitos– ↑ força de contração– ↑ freqüência cardíaca– ↑ velocidade de condução– ↑ “auto-excitabilidade” das fibras de Purkinje– ↓ do tempo do P.A.

• Causas– ↑ condutância ao Ca++ → ↑ [Ca++]i– outras condutâncias iônicas e de retículo

sarcoplasmático ainda não esclarecidas

S.N.A. ParassimpáticoS.N.A. Parassimpático((acetilcolinaacetilcolina))

• Efeitos– ↓ força de contração– ↓ freqüência cardíaca– ↓ velocidade de condução AV

• Causas– ↑ condutância ao K+ → hiperpolarização– ↓ condutância ao Ca++

– outros

AcoplamentoAcoplamentoExcitaçãoExcitação--ContraçãoContração

O PotencialO Potencial--dede--AçãoAção(evento elétrico)(evento elétrico)

• ↑ condutância de Ca++ na membrana• Causa liberação de Ca++ do R.S.

• ⇒ ↑ [Ca++]i livre

Eventos Moleculares da ContraçãoEventos Moleculares da Contração

1. As cabeças de miosina funcionam como uma enzima que quebra ATP. A energia liberada fica armazenada (Ep-mec) na cabeça e zona de dobra, e ADP+P ficam ligados à cabeça;

2. Cálcio se liga à troponina e há alteração conformacional, deslocando a tropomiosina e expondo sítios ativos na actina;

3. Quando os sítios ativos estão expostos, as cabeças de miosina se ligam a eles, formando as pontes cruzadas;

4. Com a união, a energia estocada pela quebra do ATP é liberada e há dobra da zona de dobra e liberação do ADP+P ligados à cabeça;

Eventos Moleculares da ContraçãoEventos Moleculares da Contração

5. Como todas as cabeças na fibra em repouso apontam para a linha Z mais próxima, ao dobrar há o giro em direção à linha M, tracionando os filamentos finos;

6. ATP se liga à cabeça da miosina, o que faz com que essa se desligue do sítio ativo da actina;

7. O ATP é hidrolisado na cabeça, formando ADP+P e liberando energia, que é armazenada na forma de desdobrar a zona de dobra (ou seja, Ep-mec);

8. Isso permite que a cabeça da miosina possa voltar a repetir o ciclo ligada a um sítio ativo antes mais distal.