102
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654 Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40 URL: http://www.fe.up.pt Correio Electrónico: [email protected] MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM APLICAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS Solange Fernandes dos Santos Orientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) Coorientador: Professor Doutor André Duarte Lucena (Universidade Federal do Semi-ário) Arguente: Professor Doutor Filipe Conceição (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto) Presidente do Júri: Professor Doutor João Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) ___________________________________ 2019

AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL

VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654

Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40

URL: http://www.fe.up.pt Correio Electrónico: [email protected]

MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE

OCUPACIONAIS

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre

Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE

TRABALHO COM APLICAÇÃO DE DIFERENTES

TÉCNICAS

Solange Fernandes dos Santos

Orientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

Coorientador: Professor Doutor André Duarte Lucena (Universidade Federal do Semi-ário)

Arguente: Professor Doutor Filipe Conceição (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto)

Presidente do Júri: Professor Doutor João Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

___________________________________ 2019

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

I

AGRADECIMENTOS

Para celebrar, mais uma conquista nesta aventura que foi largar tudo e viver sozinha em Portugal,

gostaria de expressar o meu profundo agradecimento as pessoas que contribuíram direta ou

indiretamente para a realização desta conquista.

Em primeiro lugar agradeço a DEUS! Sem ele, jamais teria imaginado e conseguido chegar até

aqui.

À minha MÃE, Mísia Fernandes dos Santos, que é mãe e pai, por facultar-me todas as condições

para a realização do mestrado, pelo apoio emocional e pela força que me transmitiu de forma

incondicional.

À minha orientadora Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes e ao meu coorientador

Professor Doutor André Duarte Lucena que sempre se mostraram disponíveis para ajudar e

orientar a estruturar da dissertação, por acreditarem em mim e sempre dar-me força e incentivo

nos momentos mais difíceis.

Ao professor Doutor João Baptista um agradecimento pela atenção e apoio providenciado durante

toda esta etapa.

Às trabalhadoras do setor da limpeza, laboratório e escritório pela disponibilidade para fazer as

medições e responder aos questionários.

Às minhas amigas Ana e Florbela, que sempre me apoiaram e transmitiram força para terminar o

mestrado. Ao meu namorado Marco Gonçalves por todo o amor, apoio, paciência e alegria que me

transmite.

E por fim, mas jamais em último, aquelas pessoas que vou levar deste mestrado no coração Carol,

Beatriz, Ana, Joana Duarte, Raquel, Jaqueline, Alexandre.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

III

RESUMO

A avaliação ergonómica compreende-se em aplicar metodologias e técnicas, para avaliar de forma

quantitativa e qualitativa, os riscos ergonómicos tendo em conta fatores individuais, cognitivos e

organizacionais, para melhor perceção das condições de trabalho.

A dor, desconforto e as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com trabalho (LMERT)

envolvem uma grande parte de problemas de saúde relacionados com o trabalho e constituem-se

como um problema mundial. Estes problemas são diagnosticados e confirmados através da

aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade

dos dados e uso de instrumentos, consegue-se constatações diretas em contexto laboral.

Com o objetivo avaliar a dor, desconforto e o risco à lesão músculo-esquelética na atividade de

limpeza profissional, técnico de laboratório e atividade de escritório ao computador, através da

aplicação de diferentes técnicas.

Realizou-se uma avaliação ergonómica a 32 trabalhadoras com aplicação de dois métodos

convencionais, o Questionário Nórdico (prevalência de sintomas músculo-esqueléticos) e o

método REBA (Rapid Body Assessment), e um método alternativo, a técnica de actigrafia através

do equipamento ActiGraph wGT3X-BT para identificar os riscos ergonómicos a que os

trabalhadores estão expostos.

A análise ergonómica baseou-se nas posturas e movimentos adotados que a participante exercer

nas suas atividades. Como resultados as mesmas relataram dor e desconforto através do

questionário nórdico, e as regiões afetas foram: região lombar, ombros, pernas e pés nas três

atividades.

Recorrendo ao método de observação o REBA, observou-se que as trabalhadoras em todas as

atividades adotam posturas inadequadas com repetibilidade dos movimentos, flexão e torção da

coluna em trabalho dinâmico e estático.

A utilização da técnica de actigrafia com equipamento actigraph, permitiu constatar que há indício

de que a sintomatologia de dor e desconforto e o risco de desenvolvimento de LMERT relatado

pelo questionário nórdico e observado pelo método REBA está relacionada com a movimentação

medida pelo equipamento na zona onde houve maior incidência, na qual foi, região lombar.

A implementação de medidas que visem eliminar ou minimizar a dor e o desconforto, e

posteriormente o risco desenvolver lesões músculo-esqueléticas são cada vez mais importantes no

mundo atual. Tendo em conta a complexidade e a variabilidade das tarefas desenvolvidas, é

recomendável que tais decisões sejam precedida de um estudo mais aprofundado com recurso a

metodologias de avaliação de risco mais precisas, como é, por exemplo, o caso daquelas que

recorrem a instrumentos de monitorização constante dos trabalhadores. Futuros trabalhos de

investigação que permitam dar resposta às questões que foram surgindo ao longo do presente

estudo poderão revelar-se, igualmente, interessantes.

Palavras chave – Avaliação ergonômica, Lesões músculo-esqueléticas, Avaliação postural,

Movimentos repetitivos, Actígrafo.

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ABSTRACT

Ergonomic assessment consists of applying methodologies and techniques to quantitatively and

qualitatively assess ergonomic risks taking into account individual, cognitive and organizational

factors for better understanding of working conditions.

Pain, discomfort, and work-related musculoskeletal injuries (LMERT) involve a large proportion

of work-related health problems and constitute a worldwide problem. These problems are

diagnosed and confirmed through the application of methods and techniques, which can differ in

terms of approach, data complexity and use of instruments. Direct findings can be obtained in the

workplace.

In order to evaluate the pain, discomfort and the risk of musculoskeletal injury in the professional

cleaning activity, laboratory technician and office activity to the computer, through the application

of different techniques.

An ergonomic evaluation was performed on 32 female workers using two conventional methods,

the Nordic Questionnaire (prevalence of musculoskeletal symptoms) and the REBA (Rapid Body

Assessment) method, and an alternative method, the actigraphy technique using the Actigraphy

equipment (GT3X-BT) to identify ergonomic hazards which workers are exposed.

The ergonomic analysis was based on the adopted postures and movements that the participant

exerts in her activities.

As results they reported pain and discomfort through the Nordic questionnaire, and the affected

regions were: lumbar region, shoulders, legs and feet in the three activities.

Using the REBA observation method, it was observed that the workers in all activities adopt

inappropriate postures with repeatability of movements, flexion and twisting of the spine in

dynamic and static work.

The use of actigraphy technique with actigraphy equipment showed that there is evidence that the

symptoms of pain and discomfort and the risk of Musculoskeletal injuries reported by the Nordic

questionnaire and observed by the REBA method are related to the movement measured by the

equipment in the area where there was greater incidence, in which it was, lumbar region.

The implementation of measures to eliminate or minimize pain and discomfort, and subsequently

the risk of developing musculoskeletal injuries, is becoming increasingly important in today's

world. Given the complexity and variability of the tasks undertaken, it is recommended that such

decisions be preceded by further study using more accurate risk assessment methodologies, such

as those using monitoring tools on workers. Future research to address the questions that have

arisen throughout this study may also be of interest.

Keywords: Ergonomic assessment, Musculoskeletal injuries, posture assessment, Repetitive

movements, Actigraphy

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

2 Fundamentação do trabalho ...................................................................................................... 5

2.1 O que é a Ergonomia? ...................................................................................................... 5

2.2 Posturas de trabalho .......................................................................................................... 8

2.2.1 Posição corporal no trabalho ....................................................................................... 8

2.3 Fatores intrínsecos a dor e desconforto ao risco as LMERT .......................................... 10

2.3.1 Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com Trabalho (LMERT) ..................... 12

2.3.2 Exemplos de LMERT ................................................................................................ 12

2.3.3 Método direito técnica de actigrafia .......................................................................... 15

2.4 Enquadramento Legal e Normativo ................................................................................ 18

2.5 Conhecimento Científico ................................................................................................ 20

2.5.1 Estratégia de Pesquisa ............................................................................................... 20

2.5.2 Critérios de Triagem .................................................................................................. 22

2.5.3 Critérios de elegibilidade .......................................................................................... 23

2.5.4 Resultados Gerais ...................................................................................................... 24

2.6 Objetivos da Dissertação ................................................................................................ 30

2.6.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 30

2.6.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 30

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................... 31

3.1 Metodologia geral ........................................................................................................... 31

3.2 Postos de trabalho analisados ......................................................................................... 32

3.2.1 Limpeza profissional ................................................................................................. 32

3.2.2 Técnica de laboratório ............................................................................................... 34

3.2.3 Trabalho de escritório ao computador ....................................................................... 35

3.3 Materiais ......................................................................................................................... 36

3.4 Métodos de análise e avaliação postural ao risco de LMERT ........................................ 36

3.4.1 Questionário nórdico (NMQ) .................................................................................... 37

3.4.2 Método REBA (Rapid entire body assessment) ........................................................ 38

3.4.3 Avaliação da postural através dos acelerómetros Actigraph WGT3X-BT ................. 41

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4 RESULTADOS e DISCUSSÃO ............................................................................................ 44

4.1 Caraterização da amostra................................................................................................ 44

4.2 Aplicação do questionário nórdico ................................................................................. 48

4.2.1 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional ...................... 48

4.2.2 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de Escritório ...................................... 50

4.2.3 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório ................... 52

4.2.4 Sintomas músculo-esqueléticos nas atividades analisadas nos últimos 7 dias ......... 54

4.3 Análise REBA ................................................................................................................ 55

4.4 Técnica de Actigrafia ..................................................................................................... 61

4.4.1 Verificação da Hipótese 1 ......................................................................................... 61

4.4.2 Verificação da Hipótese 2 ......................................................................................... 63

4.4.3 Verificação da Hipótese 3 ......................................................................................... 65

4.5 Conclusões...................................................................................................................... 66

4.6 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 68

4.7 Recomendações .............................................................................................................. 69

5 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 71

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

VII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - O papel da Ergonomia (adaptado de Freitas, 2016) ....................................................... 5

Figura 2 - Objetivos da Ergonomia ................................................................................................. 7

Figura 3 - Principais elementos relativos aos fatores de risco de LMERT (Lesões Músculo-

Esqueléticas relacionadas com Trabalho) ..................................................................................... 10

Figura 4 - Cadeia de eventos originada pelas posturas mantidas (adaptado de Fewster, Gallagher,

& Callaghan, 2017) ....................................................................................................................... 11

Figura 5 - Representação dos eixos do equipamento Actigraph Gt3X+ ....................................... 17

Figura 6 - Primeiro grupo de palavras-chaves .............................................................................. 20

Figura 7 - Segundo grupo de palavras-chaves .............................................................................. 21

Figura 8 - Palavras chaves ............................................................................................................. 21

Figura 9 - Etapas da revisão bibliográfica ..................................................................................... 23

Figura 10 - Metodologia geral ....................................................................................................... 31

Figura 11 - Doze tarefas principais de limpeza nas escolas .......................................................... 32

Figura 12 - Postura adotada ao apanhar o lixo na atividade de limpeza ....................................... 33

Figura 13 - Postura adotada na atividade de laboratório ............................................................... 34

Figura 14 - Posturas adotadas na atividade de escritório .............................................................. 35

Figura 15 - Diagrama de representação das diferentes regiões corporais ..................................... 37

Figura 16- Folha de pontuação REBA [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)] ............... 39

Figura 17 - Representação dos planos e eixos ............................................................................... 42

Figura 18- Percentagem da amostra em cada atividade ................................................................ 44

Figura 19- Percentagem de idade em cada atividade .................................................................... 45

Figura 20- Peso e altura ................................................................................................................. 45

Figura 21 - Índice de massa corporal ............................................................................................ 46

Figura 22 - Escolaridade ............................................................................................................... 46

Figura 23 - Antiguidade na atividade ............................................................................................ 47

Figura 24 - Horas de trabalho ........................................................................................................ 47

Figura 25 - Sintomas nas atividades nos últimos 7 dias ................................................................ 54

Figura 26 – Média das contagens no eixo de Z por períodos de 10 s de cada participante nas suas

atividades . ..................................................................................................................................... 61

Figura 27 – Média das contagens em Z vs intensidade de dor nos últimos 7 dias. ....................... 62

Figura 28 – Mediana das contagens do VM vs intensidade de dor nos últimos 7 dias. ................ 63

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Figura 29 – Média do tempo sentado, por períodos de 10 s, de cada participante nas suas atividades.

....................................................................................................................................................... 64

Figura 30 - Moda do inclinómetro sentado de cada participante nas suas atividades por períodos

de 10 s ........................................................................................................................................... 65

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

IX

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Setores da Ergonomia (International Ergonomics Association) .................................... 7

Tabela 2 - Alguns exemplos de LMERT ...................................................................................... 13

Tabela 3 - Métodos observacionais simples, relacionados com fatores de risco da atividade, para

avaliação de LMERT .................................................................................................................... 14

Tabela 4 - Exemplos de métodos avançados ................................................................................. 14

Tabela 5 - exemplos de métodos direitos ...................................................................................... 15

Tabela 6 - Diplomas da Legislação Portuguesa aplicável á prevenção de LME .......................... 18

Tabela 7 - Diretivas Europeias relativas á prevenção de LMERT ................................................ 19

Tabela 8 - Normas Internacionais ISO relativas aos requisitos ergonómicos ............................... 19

Tabela 9: Síntese da fase de Triagem. ........................................................................................... 24

Tabela 10 - Critérios de Elegibilidade ........................................................................................... 24

Tabela 11 - Resumo dos artigos selecionadas para o estudo ......................................................... 25

Tabela 12 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo A [adaptado de (Hignett & Mc Atamney,

2000)] ............................................................................................................................................ 40

Tabela 13 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo B(adaptado de (Hignett & Mc Atamney,

2000) .............................................................................................................................................. 40

Tabela 14 - Variáveis recolhidas pelo acelerómetro WGT3X-BT ................................................. 41

Tabela 15 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional ....................... 50

Tabela 16 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de escritório ........................................ 52

Tabela 17 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório .................... 53

Tabela 18 - Análise das posturas, método REBA ......................................................................... 57

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

XI

GLOSSÁRIO/SIGLAS/ABREVIATURAS/…

LME – Lesões Músculo-Esqueléticas

LMERT – Lesões Músculo-Esqueléticas Relacionadas com o trabalho

LER – Lesões por Esforços Repetitivos

DGS - Direção Geral da Saúde

NIOSH - Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional

OMS - Organização Mundial da Saúde

REBA – Rapid Entire Body Assessment

SHST- Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

PARTE 1

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

Santos, Solange 3

1 INTRODUÇÃO

A avaliação ergonómica permite a perceção das condições de trabalho, através da aplicação de

vários métodos e técnicas, as quais podem se diferenciar quanto a abordagem, complexidade dos

dados e uso de instrumentos para aferições diretas no local de trabalho.

As atividades que envolvem movimentos repetitivos, adoção de posturas inadequadas,

movimentação manual de carga e alto rendimento de força, são atividades inerentes a

desenvolvimento de problemas de saúde, particularmente lesões músculo-esqueléticas (LME)

(Wang, Chen, & Chiou, 2016).

As lesões músculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho (LMERT) envolvem uma grande parte

de problemas de saúde associados ao trabalho e constituem-se como um problema mundial.

Estes problemas variam desde desconforto, dores e problemas de saúde graves que podem levar á

incapacidade permanente. Todos os anos, milhões de trabalhadores europeus são afetados por

LMERT.

A Organização Mundial da Saúde define doença relacionada com o trabalho as lesões resultantes

da conjunção de fatores inerentes ao ambiente de trabalho, onde a dor, agrava as condições

profissionais de forma considerável para o seu surgimento (Kessler et al., 2013).

Em Portugal, a Direção Geral da Saúde (DGS) descreve que as LME são resultantes de fatores de

riscos profissionais como: movimentos repetitivos, sobrecarga, e/ou a postura adotada no trabalho,

que ocorrem no exercício da atividade profissional, provocando síndromes de dores, por isso

designam-se como “relacionadas com o trabalho”(Uva, Carnide, Serranheira, Miranda, & Lopes,

2008).

O Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH) classifica as LMERT como a

segunda doença mais comum resultante do trabalho, sendo as respiratórias as primeiras (Bernard

& Putz-Anderson, 1997). Estas lesões acarretam consequências sociais, financeiras e políticas

negativas (Eskandari, Norizadeh, Saadati, Mohammadpour, & Gholami, 2012).

As LMERT caracterizam-se como sendo sintomatologia dolorosa localizada ou em várias partes

do corpo, caraterizando-se como doenças inflamatórias e degenerativas do sistema músculo-

esquelético que envolve os nervos, tendões, músculos e a estrutura que suporta o corpo humano.

A localização da lesão músculo-esquelética está relacionada com atividade de risco desenvolvida

pelo trabalhador. Normalmente os sintomas surgem gradualmente na maioria dos casos, e a

gravam-se no final do dia de trabalho ou durante os picos de produção e reduzem nos períodos de

pausas e nas férias (Oliveira, 2018).

Este estudo tem como objetivo avaliar a dor, desconforto e o risco de lesões músculo-esqueléticas

em atividades sedentárias e dinâmicas, através de métodos convencionais e comparar com

indicadores de um sistema alternativo de avaliação, baseado em dados de actigrafia.

Pretende-se utilizar dois métodos convencionais, Questionário Nórdico (prevalência de sintomas

músculo-esqueléticos) (Mesquita, Ribeiro, & Moreira, 2010), método REBA (Rapid Body

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

4 Introdução

Assessment) (Hignett & Mc Atamney, 2000) e evidenciar a possibilidade de uso da técnica de

actigrafia através do método da recolha dos seus parâmetros para prever a dor e o desconforto e o

risco a lesão músculo-esquelética, através de indicadores de posição e atividade

A dissertação está organizada nos seguintes capítulos:

1. Capítulo 1: Introdução

Neste capítulo é feito um enquadramento do tema visado neste trabalho, para melhor perceção dos

assuntos que vão ser abordados. É justificada a necessidade da realização do trabalho, mostrando

a mais valia que este trabalho apresenta. São também definidos de forma direta e resumida, os

objetivos que se pretendem atingir e uma descrição do conteúdo da dissertação.

2. Capítulo 2: Fundamentação do trabalho

O capítulo 2 destina-se a apresentação do estado de arte, contextualizando todos os assuntos

relevantes para o desenvolvimento deste trabalho. A informação recolhida permitiu construir e

desenvolver a metodologia deste trabalho, apresentada neste capítulo.

3. Capítulo 3: Materiais e Métodos

Neste capítulo são descritos quais os passos tomados, bem como a informação, ferramentas e

matérias utilizados para execução deste estudo. São apresentadas todas as etapas, bem como, a

informação recolhida para a construção da metodologia da avaliação de riscos que foi analisada e

extraída. São também estudadas e comparadas as metodologias de avaliação de risco de lesões

músculo-esqueléticas, trabalho estático e trabalho dinâmico. São descritos os estudos realizados,

como se realizaram e como foram aplicados.

4. Capítulo 4: Resultados e Discussão

O capítulo 4 destina-se á apresentação dos resultados obtidos do caso de estudo. São avaliados

postos de trabalho dinâmicos (limpeza profissional e técnica de laboratório) e posto de trabalho

estático (trabalho ao computador). É também realizada uma comparação entre as metodologias e

técnicas de avaliação de risco a LMERT existente/padrão com a metodologia de actigrafia. São

também discutidos de uma forma concreta os resultados obtidos.

5. Capítulo 5: Conclusões e Recomendações futuras

O último capítulo é analisado se os objetivos delineados foram atingidos. São apresentadas as

conclusões relativas aos resultados obtidos bem com as recomendações para as dificuldades

encontradas e aspetos a melhorar.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

Santos, Solange 5

2 FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO

2.1 O que é a Ergonomia?

A Associação Internacional de Ergonomia definiu esta ciência como “A ergonomia é a disciplina

científica preocupada com a perceção das interações entre seres humanos e outros elementos de

um sistema. É a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos ao design, a fim de

melhorar continuamente o bem-estar humano e o desempenho do sistema geral do trabalho. Os

investigadores de ergonomia contribuem constantemente para o design e avaliação de tarefas,

empregos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades,

habilidades e limitações das pessoas.” Com o objetivo de garantir a segurança, a saúde e o bem-

estar do ser humano a Ergonomia prevê e antecipa fatores relacionados com lesões nas mais

variadas atividades profissionais 1 , como descrito na

Figura 1.

Figura 1 - O papel da Ergonomia (adaptado de Freitas, 2016)

1 International Ergonomics Association. Data de acesso 11/03/2019, hora: 16:32https://www.iea.cc/whats/index.html

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

6 Fundamentação do trabalho

Desde 1978 que são produzidos manuscritos relacionados com ergonomia e todo o seu envolvente.

No entanto, a aplicação da ergonomia remonta aos tempos mais longínquos como, por exemplo,

na época da invenção da roda. Assim sendo, o ser humano concentrou-se cada vez mais em tornar

o trabalho mais simples e eficaz. No século XX, a invenção dos computadores e sua utilização

nas empresas, permitiu a interação do homem com várias máquinas. Desde essa altura até à

atualidade, a obrigatoriedade de estar várias horas seguidas perante estes dispositivos dá origem a

várias conquistas mas também origina o desenvolvimento de vários problemas como, por

exemplo, lesões músculo-esqueléticas (Grandjean, 1998).

Até ao presente, a Ergonomia teve uma grande evolução, no entanto, constata-se que em muitos

países não é uma prática generalizada das organizações. Portugal não é exceção, de acordo com a

Base de dados Portugal Contemporâneo (PORDATA) as empresas dependendo da sua dimensão ,

(grandes, médias ou pequenas empresas), adotam uma estratégia diferente quanto a definição de

planos relativamente a Segurança, Higiene e Saúde do trabalho (SHST) (dos Santos, 2009).

A ausência escolaridade, tempo e recursos, e ao mesmo tempo o baixo nível de instrução e

formação dos trabalhadores não promove medidas constantes relacionadas com a SHST.

A informalidade dos procedimentos, falta de esclarecimento, a reduzida comunicação e a reduzida

documentação verifica-se na maioria das pequenas médias empresas. É importante melhorar os

aspetos referidos anteriormente, para que no futuro, haja menos ocorrências negativas relacionadas

com a Ergonomia e também com SHST (Santos, 2009). Contudo, estas empresas revelam aspetos

positivos, tais como, uma boa capacidade de resposta, polivalência dos trabalhadores e redução do

tempo de produção.

As imposições do mundo atual originam muitas exigências ao trabalhador, tanto físicas bem como

psicológicas. É fundamental antecipar e prevenir falhas, imprecisões e defeitos de forma a reduzir

qualquer tipo de risco associado (Pheasant & Haslegrave, 2018).

Por fim, denota-se que um dos grandes objetivos da ergonomia como ciência, é garantir saúde e

segurança através da adaptação dos sistemas ergonómicos (Freitas, 2016).

Uma vez que, a ergonomia interliga vários aspetos de diferentes setores, como caraterísticas

antropométricas das sociedades, e também, os seus aspetos organizacionais, observa-se assim, os

diferentes ramos desta ciência através Tabela 1.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 7

Tabela 1 - Setores da Ergonomia (International Ergonomics Association)

Ao referir estes domínios da ergonomia, esta aplica conhecimentos e técnicas no qual deve abordar

todas as implicações físicas, cognitivas, sociais, organizacionais e ambientais. No sentido de

alcançar os objetivos a que a ergonomia se propõe deve-se aplicar os seguintes princípios como

mostra a Figura 2 (Freitas, 2016):

No início de um projeto, no desenvolvimento do produto, processo ou ambiente de trabalho e sua

análise, todos estes conhecimentos estão interligados com parâmetros mecânica do corpo humano,

antropométricos, legislativos e ambientais (Frota, 2016).

Domínios da Ergonomia

Objetivos Temáticas

Corporal Identifica as caraterísticas anatómicas, fisiológicas,

biomecânicas, antropométricas e humanas relacionadas com as atividades físicas.

Práticas reincidentes Posturas de trabalho

Manuseamento manual de cargas

Psicossocial Qualifica as ações mentais, como perceção, memória, raciocínio e resposta motora como as interações entre seres humanos e os

outros elementos de um sistema.

Exigências/Stress laboral Ausência de autonomia

Interação homem-máquina

Sistema organizacional

Acredita na melhoria de sistemas técnico e social, incluindo estruturas organizacionais, políticas e seus processos.

Organização do trabalho Gestão de recursos humanos

Comunicação

Figura 2 - Objetivos da Ergonomia

Analisar as condições laborais

Identificar as capacidades fisicas

e psíquicas do trabalhador

Avaliar o ambiente e as suas condições

de trabalho

Reconhecer e estimar a

quantidade de trabalho

Compreender a organização do

trabalho

Introduzir medidas corretivas e preventivas.

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8 Fundamentação do trabalho

2.2 Posturas de trabalho

O meio de trabalho pode ser classificado sob diversos pontos de vista. A segurança, a saúde e o

conforto são os fatores essenciais para o profissional apresentar um bom desempenho e cumprir

com os seus deveres e responsabilidades profissionais.

Considera-se assim, dois tipos de trabalho seguintes:

• Estático

Trabalho que exige concentração contínua de alguns músculos para

manter uma determinada posição.

➢ Exemplos: Trabalho de escritório

Trabalho de costureira

• Dinâmico

Trabalho que possibilita contração e relaxamento alternado dos

músculos.

➢ Exemplos: Movimentação e logística de cargas

Trabalho de limpeza

2.2.1 Posição corporal no trabalho

A postura é definida como a posição que corpo adota no espaço relacionando-se com a linha do

centro de gravidade, sendo a mais adequada aquela que exigir menor esforço muscular executando

todas as necessidades mecânicas (Barbosa, 2009).

O estudo da postura corporal engloba conceitos que estão particularmente relacionados com o

sistema do controlo postural.

Incorporado neste sistema há dois parâmetros a serem analisados, um que é a orientação postural

e o equilíbrio postural. A orientação postural representa a posição dos segmentos corporais em

relação às próprias divisões corporais e ao meio envolvente. O equilíbrio postural, é demonstrado

por correspondências entre as forças que atuam ao longo do corpo com a finalidade de uma

estabilidade corporal no decorrer das atividades motoras. Constata-se que orientação postural e o

equilíbrio postural são noções distintas, todavia, evidenciam características e qualidades que as

interligam (Masculo & Vidal, 2013).

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Santos, Solange 9

O estudo da posição postural e a adaptação do posto de trabalho é realizado através do estudo

dimensões antropométricas de cada trabalhador para que este não adote posturas que prejudiquem

a sua estrutura corporal. Esta tem o nome de posturas forçadas ou inadequadas e a sua aplicação

no dia a dia podem provocar desconforto e manifestação de lesões músculo-esqueléticas.

É importante referir que a pose ereta impõe um desequilíbrio hidrostático e cria suscetibilidade de

colapso circulatório periférico e incidência de varizes nos membros inferiores (V. Silva, 2018). O

trabalho em pé por extensos períodos de tempo causa alterações fisiológicas como concentração

de sangue em determinadas zonas do corpo, diminuição da capacidade cardíaca para enviar sangue,

aumento da frequência cardíaca, aumento pressão arterial e redução da capacidade respiratória (V.

Silva, 2018).

De uma forma geral, trabalhar em pé está relacionado com o aparecimento de varizes nos membros

inferiores. A função das veias superficiais das pernas fica comprometida e ocorre acumulação de

sangue e edema. Quando atinge as veias profundas pode ter consequências graves na circulação

sanguínea que resultam em problemas de saúde como edema crónico e úlceras nas pernas (V.

Silva, 2018).

No caso do trabalhador que na maioria do seu tempo laboral está sentado, surge a hipótese de

aparecer atrito entre os tendões, através dos movimentos repetitivos e da posição estática. Os sinais

mais comuns, apresentado por grande percentagem dos seres humanos que realizam tarefas neste

modo estático, são dores nas costas, no pescoço, na cabeça, nos braços, nos ombros, nos punhos e

cotovelos consequência da sobrecarga nos ligamentos e articulações desta região corporal. Estes

movimentos trazem sequelas para as articulações da estrutura músculo-esquelética.

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10 Fundamentação do trabalho

2.3 Fatores intrínsecos a dor e desconforto ao risco as LMERT

São inúmeros os fatores de risco que contribuem, para o desenvolvimento de dor, desconforto e

LMERT, entre os quais destacam-se os fatores individuais, movimentação manual de cargas,

posturas estáticas ou inadequadas, vibrações, pausas insuficientes, movimentos repetitivos,

ambiente térmico, fatores organizacionais e os fatores psicossociais. Onde alguns autores agrupam

estes fatores como pode observar-se na Figura 3 (Serranheira, Uva, & Lopes, 2008). É importante

referir que estes elementos contribuem para o aparecimento das LMERT atuam tanto de forma

isolada ou combinada2 .

2 https://osha.europa.eu/pt/themes/musculoskeletal-disorders. Acessado em 24/07/2019

Figura 3 - Principais elementos relativos aos fatores de risco de LMERT (Lesões Músculo-

Esqueléticas relacionadas com Trabalho)

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Santos, Solange 11

Em todas as profissões existem riscos associados à mecânica do ser humano, tais como a postura,

movimentos repetitivos, forças indevidamente aplicadas e compressão em zonas corporais.

A postura a ser adotada está relacionada com a organização do posto de trabalho, antropometria e

tipo de atividade a desempenhar, esta não pode ser considerada adequada se for forçada ou

demasiado estática.

Por norma, as exigências impostas aos trabalhadores que ultrapassam os limites nos seus postos

de trabalho estão relacionadas com a postura adotada por períodos longos, movimentos repetitivos,

más posturas de trabalho, má movimentação manual de cargas, lesões músculo-esqueléticas,

disposição irregular dos postos de trabalho, segurança e saúde no trabalho.

A postura de pé por longos períodos pode gerar várias ocorrências em cadeia como se apresenta

na Figura 4.

Figura 4 - Cadeia de eventos originada pelas posturas mantidas (adaptado de Fewster, Gallagher, &

Callaghan, 2017)

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12 Fundamentação do trabalho

A repetibilidade dos movimentos pode ser medida de diferentes formas (Frota, 2016). E um

trabalho repetitivo é aquele que têm um tempo de ciclo igual ou inferior a trinta segundos. Onde

implica que ciclicamente os mesmos tecidos e músculos sejam utilizados.

Outros autores referem que, a realização de duas unidades de trabalho por minuto ou quando mais

de cinquenta por cento do ciclo de trabalho envolve um mesmo padrão de movimentos e uma

sequência de etapas que se repete é considerado um trabalho repetitivo (Serranheira et al., 2008).

A força exercida para execução de uma tarefa exerce uma carga mecânica no sistema músculo-

esquelético, principalmente em tarefas de levantar, transportar, empurrar, puxar, e no

manuseamento de objetos.

As características individuais de cada trabalhador, são fatores que devem ser considerados na

avaliação ergonómica, pois são fatores que tem uma grande importância para caraterizar o

trabalhador e enquadrar o mesmo de forma correta. Estas características são: peso, idade, sexo,

altura, características antropométricas, situação de saúde, estilo de vida, doenças, historial clínico,

hábitos de vida não saudáveis (tabagismo, alcoolismo, má alimentação). Para além disso o risco

para o trabalhador é maior quando se verifica a exposição a vários fatores de risco em simultâneo,

como por exemplo, a necessidade de efetuar movimentos manuais repetidos tendo que,

simultaneamente, efetuar força com a mão, gerando LMERT nos membros superiores.

Não obstante, é de mencionar que se encontram reduzidas matérias sobre assuntos

epidemiológicos que concedam a relação das características a avaliar e explorar. (Karwowski &

Marras, 2003).

2.3.1 Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com Trabalho (LMERT)

Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho “as lesões músculo-

esqueléticas são uma das doenças mais comuns relacionadas com o trabalho. Afetam milhões de

trabalhadores europeus, com um custo de milhares de milhões de euros para as entidades

patronais.”

Portanto, as LMERT são lesões que obrigam à paragem do trabalho, causando dor e desconforto

ao mesmo. Esta dor não é só física, mas também psicológica, e estas resultam por posturas adotadas

indevidas, movimentos repetitivos, local de trabalho impróprio e fatores psicossociais como stress

e pressão.

2.3.2 Exemplos de LMERT

As LMERT podem ser agrupadas de acordo a estrutura anatómica afetada. Resumidamente

apresentar-se-ão de seguida alguns exemplos de LMERT, alguns dos quais relacionados com a

temática dos movimentos repetitivos e posturas adotadas nos postos de trabalho, como mostra a

Tabela 2.

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Santos, Solange 13

Tabela 2 - Alguns exemplos de LMERT

LMERT Estrutura afetada Descrição

Tendinite nos ombros Patologias do ombro Atividades que exigem a elevação mantida ou repetida

dos ombros

Síndrome pulso Túnel pelo qual o

nervo passa pela mão Posições de extensão intensa do punho.

Tendinites do punho Tendões Movimentos repetitivos de flexão/extensão do punho e

dedos,

Tendinites no cotovelo Cotovelo e antebraço Gestos repetitivos ou pela manipulação de cargas

excessivas ou mal distribuídas

Raquialgias Cervical, dorsal ou

lombar

Movimentos frequentes de flexão e extensão da coluna

permanência da posição por muito tempo

Os métodos ergonómicos para avaliar a exposição física ao risco a LMERT, são procedimentos

que avaliam de forma qualitativa e quantitativa as circunstâncias de trabalho que promovem as

LMERT. A atividade profissional pode ser avaliada tendo em conta a intensidade, a repetibilidade

e o tempo de cada tarefa. Estes métodos podem ser: questionários de autoavaliação, métodos de

observação, métodos observacionais avançados e métodos diretos(J. F. Silva, 2012).

Existem vários questionários de autoavaliação para avaliação de risco a LMERT. Este contém

perguntas, às quais os trabalhadores respondem com descrições relativas à dor e desconforto. Há

outras formas de avaliar os trabalhadores como por exemplo a autoavaliação através de vídeos de

tarefas ou questionários na internet (G. C. David, 2005).

Estes métodos são apelativos uma vez que são acessíveis e de baixo custo, quando comparados,

por exemplo, aos métodos práticos. Tem a vantagem de poder ser utilizado em larga escala, ou

seja, para grandes amostras em curtos períodos. (Bao, Silverstein, Howard, & Spielholz, 2006).

Os questionários de autoavaliação mais referenciados são:

• Questionário Nórdico Estandardizado (Kuorinka et al., 1987)

• Avaliação do desconforto postural (E Nigel Corlett & Bishop, 1976)

A desvantagem destes métodos é a informação prestada pelos colaboradores que não demonstra

muita exatidão e, por vezes não é fiável (G. C. David, 2005)

Os métodos de observação recorrem aos sensores corporais para obter informações sobre a

atividade profissional e o seu ambiente em redor. Estes são observações simples e avançadas, tais

como, recolha de notas em papel e lápis, filmar ou gravar áudio (Bao et al., 2006).

Tabela 3 descreve um resumo de alguns métodos de análise, que são métodos ergonómicos de

avaliação do risco a LMERT, e têm como objetivos avaliar tarefas com movimentos repetitivos e

posturas forçadas ou inadequadas.

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

14 Fundamentação do trabalho

Tabela 3 - Métodos observacionais simples, relacionados com fatores de risco da atividade, para

avaliação de LMERT

Os métodos observacionais avançados avaliam todo o tipo de questões relacionadas com o

profissional e o seu meio envolvente. A Tabela 4 refere e descreve vários exemplos de métodos

avançados.

Tabela 4 - Exemplos de métodos avançados

Método Referências Descrição

Método Autor Descrição Segmento

corporal

RULA (Rapid

Upper Limb

Assessment)

(McAtamney &

Corlett, 1992) Análise do risco através das posturas adotadas.

Membros

superiores

SI (Strain Index) (Moore & Garg,

1995)

Avalia 6 variáveis da tarefa executada: intensidade do esforço,

duração do esforço por ciclo de trabalho, número de esforços

por minuto, postura da mão/pulso, velocidade de execução e

duração da tarefa por dia.

Extremidades

membros

superiores

OCRA

(Occupational

Repetitive

Actions)

(Stanton, Hedge,

Brookhuis, Salas, &

Hendrick, 2004)

Avalia o risco através das posturas adotadas, a repetibilidade, a

frequência, a força a duração do trabalho, as pausas e outros

fatores.

Membros

superiores

OWAS (Ovako

Working Posture

Analysis System)

(Karhu, Kansi, &

Kuorinka, 1977)

Avalia a postura da coluna, membros superiores e inferiores e

da força muscular envolvida.

Coluna,

Membros

superiores e

inferiores

REBA (Rapid

Entire Body

Assessment)

(Hignett & Mc

Atamney, 2000)

Avaliação do risco através da postura do corpo inteiro

desenvolvido para avaliar posturas de trabalho imprevisíveis.

Inclui força envolvida, carga e a pega.

Corpo inteiro

LUBA (Loading

on the Upper

Body Assessment)

(Kee &

Karwowski, 2001)

Avaliação do risco da carga postural dos membros superiores

em posturas sentadas e posturas em pé, face ao tempo de

manutenção e ao desconforto observado.

Tronco e

membros

superiores

HAL (Hand

Activity Level) (Latko et al., 1997)

Avaliação da frequência dos movimentos da mão/pulso, picos

de força e outros fatores, em ciclos de trabalho de 4 ou mais

horas.

Membros

superiores

KILBOM

(Guidelines

for”Practitiones”)

(Kilbom, 1994)

Avaliação do risco aos movimentos repetitivos dos membros

superiores. Para cada região corporal são indicados os limites de

frequência de movimentos repetitivos.

Membros

superiores

OSHA Checklist (Silverstein, 1997) Lista de verificação de fatores de risco para determinação de

problemas que necessitem de avaliação mais específica.

Membros

superiores

HAMA (Christmansson,

1994)

Avaliação de risco postural das mãos e braços em tarefas e

atividades que requerem o uso de membros superiores.

Membros

superiores

Posture

Targetting

(E N Corlett,

MADELEY, &

Manenica, 1979)

Modelo para registo de posturas através da colocação de marcas

em gráficos, em forma de alvo, que descrevem o desvio angular

de cada segmento corporal relativa a postura de referência.

Cabeça,

tronco,

membros

superiores e

inferiores.

Plibel (E N Corlett et al.,

1979)

Lista de verificação que serve para identificar fatores de risco de

LMERT, constituída por questões relacionadas a posturas

inadequadas, movimentos de trabalho extenuantes, aspetos

relacionados com ferramentas, com o posto de trabalho, com

fatores ambientais e organizacionais.

Identificação

de fatores de

risco.

QEC (Quick

Exposure

Checklist)

(G. David, Woods,

Li, & Buckle,

2008)

Lista que avalia a exposição ao risco de LMERT

providenciando informação para intervenções ergonómicas.

Entre outros são avaliadas as posturas e movimentos repetitivos

do posto de trabalho a realizar numa determinada tarefa.

Coluna,

Membros

superiores.

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Santos, Solange 15

ARBAN (Holzmann,

1982)

Este método avalia os fatores de risco inerentes contexto de trabalho, como

posturas adotadas, carga de trabalho, vibrações através de filmagens em

tempo real com recurso a escala de BORG (1985)

VIRA (Armstrong et

al., 1993)

Compara as posturas adotadas na zona do pescoço e dos membros

superiores, em ciclos de trabalho curtos, repetitivos através do controlo

visual

ARMSTRONG (Armstrong et

al., 1993)

Classifica a postura adotada com os ombros, cotovelos, punhos e tipo de

pega através de gravação com auxílio de camaras visuais

THE

OBSERVER (Devereux,

1999),

São sistemas 2-D ou 3-D que registam movimentos do corpo e posturas

adotadas em duas e três dimensões através de filmagem. VICON

Os métodos diretos equipamentos são colocados diretamente no corpo do trabalhador e assim desta

forma recolher variáveis que caraterizam a exposição a LMERT. Estes métodos são de fácil

utilização, baratos e conseguem fazer uma caracterização minuciosa sobre a postura adotada.

Pode-se observar alguns exemplos de métodos diretos na Tabela 5.

Tabela 5 - exemplos de métodos direitos

Método Referências Descrição

Eletromiografia

(EMG)

(Chen & DAVID R

BASSETT, 2005).

Realiza e processa sinais mio elétricos para analisar tensão e

fadiga muscular

Inclinómetros (Armstrong et al.,

1993)

São aplicados no segmento do corpo e a medida angular da

secção do corpo é igualmente referida pelo aparelho.

Acelerómetros (Salvendy, 2012)

Dispositivos que combina tecnologia elétrica e mecânica com o

intuito para medir a aceleração de um corpo aquando de uma

força externa.

2.3.3 Método direito técnica de actigrafia

A técnica de actigrafia é utilizada para registar e avaliar atividade física por um longo período.

Esta técnica tem sido usada em várias áreas científicas como: medicina, saúde ocupacional,

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16 Fundamentação do trabalho

bioquímica, genética e biologia molecular, enfermagem, ciências biológicas e agrícolas,

engenharia, psicologia, ciência ambiental, neurociência, ciências sociais já alguns anos, para

motorização da atividade físicas diárias e quantificação de atividade do corpo inteiro.

No final do seculo XX a técnica de actigrafia tem sido aplicada de forma primordial na medicina

do sono para identificar doenças relacionadas com problemas em dormir (Sadeh & Acebo, 2002).

Os estudos com actigrafia na área da medicina são aplicados em atividade reduzida para doentes

que tiveram (acidente cerebral, alterações cardiorrespiratórias após o bypass gástrico, saúde

cardiometabólica, cancro), avaliação das atividades físicas e seus comportamentos na população

doente, idosos e crianças (Telles, Corrêa, Caversan, Mattos, & Alves, n.d.)(Van Someren, 2011).

Na segurança ocupacional a técnica de actigrafia tem sido utilizada para estimar a capacidade

física, gasto energético, doenças de sono nos trabalhos por turnos durante as suas atividades (Zhu,

Jankay, Pieratt, & Mehta, 2017) (Takahashi et al., 2014).

A técnica de actigrafia determina parâmetros como: movimento do corpo, tempo consumido

durante a atividade (sedentária, ligeira, moderada, vigorosa), consumo energético, períodos de

sono e períodos de tempo acordado, posição sentado e em pé e níveis da luz ambiente (ActiGraph,

2014).

Estes parâmetros são desenvolvidos através do registro de dados em bruto de aceleração, que são

convertidas em variáveis de atividade e medidas de sono, que são processadas pelo software

ActiLife.

Estas variáveis são: aceleração em bruto, contagens nos eixos (x, y e z), gastos energéticos, passos

dados, intensidade da atividade física, tempo sedentário, tempo de atividade, inclinómetro,

períodos de sono e os níveis de luz ambiente.

Uma vez que esta técnica regista acelerações e ângulos de atividade física, sustenta-se assim a

utilização da técnica como ferramenta de apoio de análise ergonómica.

O ActiGraph GT3X é um monitor de atividade (ou seja, acelerómetro) usado para avaliar a

atividade física dos seres humanos, e é um dos equipamentos mais utilizado na técnica de

actigrafia, por ser de baixo custo, de fácil utilização, por fazer a monitorização dos movimentos

até 25 dia, mede através da aceleração em três planos ortogonais individuais (VT, AP e médio-

lateral ML) e fornece a contagem de atividade como uma magnitude vetorial composta desses três

eixos (VM3) (ActiGraph, 2014).

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Santos, Solange 17

Figura 5 - Representação dos eixos do equipamento Actigraph Gt3X+

Este modelo tem sensores triaxial que permitem detetar as acelerações nos planos vertical (X),

horizontal direita-esquerda (Y) e horizontal frente-trás (Z) como mostra a Figura 5, como também

a inclinação. Este dipositivo permite também verificar se o aparelho está a ser usado ou não. É

possível programar a data/hora de início e fim da recolha tornando-se bastante útil quando

queremos analisar a atividade física ao longo de vários dias, diferenciado as alturas do dia em que

o sujeito, por exemplo, está a dormir (ActiGraph, 2014).

Verifica-se que existem cinco métodos de avaliação. A metodologia a adotar é bastante importante.

Na atualidade, os métodos de observação são os mais utilizados para profissionais com tempo e

recursos limitados.

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18 Fundamentação do trabalho

2.4 Enquadramento Legal e Normativo

Existem diversos diplomas na legislação portuguesa relacionados a lesões músculo-esqueléticas,

sendo os de maior relevância os da Tabela 6.

A Lei 102/2009 dita os princípios gerais de prevenção, onde, segundo o artigo 5º: “O trabalhador

tem direito à prestação de trabalho em condições que respeitem a sua segurança e a sua saúde,

asseguradas pelo empregador ou, nas situações identificadas na lei, pela pessoa, individual ou

coletiva, que detenha a gestão das instalações em que a atividade é desenvolvida.”

Existem atualmente diretivas europeias únicas cobertas por várias diretivas relativas a distúrbios

músculo-esqueléticos, onde as diretivas relevantes incluem a «diretiva-quadro» de segurança e

saúde no trabalho (SST) e as diretivas que abrangem os seguintes temas: movimentação de cargas,

equipamentos de trabalho, prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de trabalho e

prescrições mínimas de segurança e de saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados

de visor (computar) que se encontram descritas na Tabela 6

Tabela 6 - Diplomas da Legislação Portuguesa aplicável á prevenção de LME

DIPLOMA DESCRIÇÃO REFERENCIA

Lei nº. 102/2009, de 10 de setembro

Regime jurídico da promoção da

segurança e saúde no trabalho, de

acordo com o previsto no artigo 284 do

código do trabalho.

(Assembleia da República

2009b)

Portaria 53/71 de 3 de fevereiro

Aprovação do Regulamento Geral de

Segurança e Higiene do trabalho em

estabelecimentos industriais.

(Ministérios da Economia

das Corporações e

Previdência social e da

saúde e assistência, 1971)

Decreto-Lei nº. 330/93, de 25 de

setembro

Prescrições mínimas de segurança e

saúde á movimentação manual de

cargas.

(Ministério do trabalho e da

segurança social, 1993)

Decreto Regulamentar nº 6/2001, de

5 de maio

Lista das Doenças profissionais e seus

respetivos índices codificados.

Ministério do trabalho e da

solidariedade, 2001)

Lei nº 7/2009 de 12 de fevereiro Aprovação a revisão do código do

trabalho.

(Assembleia da república,

2009a)

Decreto-Lei nº. 352/2007, de 23

fevereiro

Tabela nacional de incapacidades. Ministério do trabalho e da

solidariedade social,

2007b)

Decreto Regulamentar nº 76/2007

de 17 de julho

Alteração dos capítulos 3º e 4º da lista

das doenças profissionais.

Ministério do trabalho e da

solidariedade social,

2007b)

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 19

Tabela 7 - Diretivas Europeias relativas á prevenção de LMERT

Existem ainda , as ISO normas criadas pela Organização Internacional de Padronização (ISO), que

tem como objetivo melhorar a qualidade dos produtos e serviços das organizações mundiais, as

mesmas são aplicadas em varias áreas como: qualidade , ambiente, segurança e saúde relacionadas

com segurança e saúde no trabalho como mostra Tabela 8.

Tabela 8 - Normas Internacionais ISO relativas aos requisitos ergonómicos

Normas ISO Descrição

ISO 11064-4:2013 Design ergonómico de centros de controlo- parte 4: layout e dimensões de postos de

trabalho.

ISO 11226:2000 Avaliação de posturas de trabalho estático

ISO 11228-1:2003 Movimentação manual- Parte 1: Elevação e Suporte.

ISO 11228-2:2007 Movimentação manual- Parte 2: Impulso e Arrastamento.

ISO 11228-3-2007 Movimentação manual- Parte 3: Manipulação de cargas leves a elevadas frequências.

Diretivas Descrição

2002/44/CE do Parlamento Europeu e do

concelho, de 25 de junho de 2002

Prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos

trabalhos aos riscos devidos aos agentes físicos (vibrações) ou a tarefa

especifica.

90/269/CEE do concelho, de 29 de maio de

1990

Prescrições relativa às condições mínimas de requisitos de segurança para o

manuseamento manual de cargas.

90/270/CEE

Prescrições relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde aplicáveis

ao trabalho com equipamento de ecrã.

89/391/CEE, de 12 junho de 1989

Prescrições relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria

da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho.

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20 Fundamentação do trabalho

2.5 Conhecimento Científico

Avaliação Ergonómica de postos de trabalho com aplicação de diferentes técnicas: seguindo os

tópicos considerados no início do projeto, foi realizada uma revisão bibliográfica para realizar os

objetivos definido.

A revisão foi elaborada segundo as diretrizes para a execução de revisões sistemáticas PRISMA

Statement (Moher, Liberati, Tetzlaff, & Altman, 2009)

Com base nos critérios do PRISMA foi feita uma seleção 28 artigos. O procedimento e os critérios

estabelecidos são descritos nas próximas linhas.

2.5.1 Estratégia de Pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida através de 5 bases de dados: Academic Search Complete, Scopus,

Science Direct, Pubmed, Web of Science, com base nas palavras-chaves estruturadas.

Está revisão bibliográfica foi direcionada na leitura de artigos que abordam conteúdos relacionados

avaliação ergonómica em contexto real de trabalho, aplicação de técnicas ergonómicas para avaliar

dor e desconforto ao risco a LMERT. Assim as palavras-chaves selecionadas foram agrupadas em

dois grupos como mostram as Figura 6 e Figura 7.

Figura 6 - Primeiro grupo de palavras-chaves

1º GrupoAvaliação

Ergonómica

Em mulheres que trabalham em

contexto ocupacional

administrativo e limpeza

profissional

Métodos

Risco Ergonómico

Lesões músculo-esqueleticas

Avaliação postural

Repetitividde de movimentos

Normas

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 21

Figura 7 - Segundo grupo de palavras-chaves

O grupo de palavras-chaves acima de foram agrupadas, com objetivo de formar palavras-chaves

que seriam capazes de fornecer resultados relacionados a avaliação ergonómica com aplicação de

diferentes técnicas, aplicadas no setor de limpeza profissional, administrativo e técnicas de

laboratório. Depois de ter aplicado os grupos de palavras cruzadas, obteve-se um total de 6

combinações conforme mostra a Figura 8.

Figura 8 - Palavras chaves

Estas combinações formadas, utilizadas nas bases de dados, obtiveram um total de 68977 registos.

Os primeiros dados sem filtros tiveram os seguintes valores (6718 do Scopus, 7949 da Pubmed,

19116 da Science Direct, 2782 da Web of Science, da Academic Search Complete 32409 e registos

identificados noutras fontes).

2º Grupo Acelerometros Actigraphy

Parametros

Quantificação de movimento

Identificação de Posição

Associação dos parametros ao risco de Lesão músculo-

esqueletica no trabalho

6º Actigraphy

5º Quantification of Movements

4º Repetitive movements

3º Posture assessment

2º Musculoskeletal injuries

1º Ergonomic assessment

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

22 Fundamentação do trabalho

2.5.2 Critérios de Triagem

O critério de triagem foi aplicado em três fases de exclusão. Na primeira fase, foi aplicada através

dos filtros de pesquisa das bases de dados para obtenção de resultados relevantes. O primeiro

critério foi “Date” onde os anos selecionados foram 2014 a 2019. Este período foi definido pois

são interessantes os artigos mais recentes relacionados com as metodologias de análise

ergonómica. O segundo critério foi “Document Type” onde foram selecionados apenas os artigos,

o terceiro critério foi “Source type” onde foram selecionados apenas os jornais e o quarto critério

foi “Language” onde foram escolhidos apenas os artigos em inglês, tendo como resultado 489

artigos. Uma vez que vários destes artigos foram duplicados, foi feita uma segunda exclusão e

obteve-se um total de 189 artigos. A terceira fase de exclusão seguiu as seguintes diretrizes:

a) Foram analisados os títulos e os resumos dos artigos. Caso uma das condições

seguintes não se fizesse cumprir os artigos não eram selecionados.

✓ Estudos que não aplicavam técnicas ergonómicas de autorrelato,

observação e medição de atividade física;

✓ Estudos que não faziam avaliação ergonómica corpo-inteiro;

✓ Estudos que não têm como amostra mulheres;

✓ Estudos que não utilizavam Actígrafo.

b) Os artigos com texto completo foram recorridos, sempre que o título e o resumo

fornecessem informações suficientes.

A partir desta fase, foram selecionados 189 artigos, para determinar se os critérios de seleção foram

cumpridos.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 23

2.5.3 Critérios de elegibilidade

Os artigos foram incluídos se apenas as condições se fizessem cumprir:

1. Avaliação de lesões músculo-esqueléticas em atividades sedentárias e dinâmicas como:

escritórios, limpeza profissional e técnica de laboratório. Foram incluídos (8 artigos);

2. Aplicação do método REBA e o questionário nórdico em mulheres, nas atividades

sedentárias e dinâmicas como: escritórios, limpeza profissional e técnica de laboratório.

Foram incluídos (10 artigos);

3. Aplicação da técnica de actigrafia medida pelo equipamento Actigraph wGT3X-BT para

avaliar atividade física através dos parâmetros no pulso, cintura e tornozelo. Foram

incluídos (10 artigos).

Este processo resultou no total de 28 artigos.

A Figura 9 apresenta o fluxograma das fases da revisão bibliográfica.

Figura 9 - Etapas da revisão bibliográfica

Sel

eção

In

clusã

o

Ele

gib

ilid

ade

Iden

tifi

caçã

o

Total de artigos identificados nas bases de

dados

(n = 68974)

Registos identificados depois dos filtros de

busca (n = 489)

Registros

duplicados

(n = 200)

Registos eleitos para leitura de resumo

(n = 189) Registros excluídos

(n = 98)

Artigos de texto complete avaliados para

elegibilidade (n = 91) Artigos de texto

completo

excluídos com

motivos

Estudos incluídos na síntese qualitativa

(n = 28)

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

24 Fundamentação do trabalho

2.5.4 Resultados Gerais

Seguindo á metodologia PRISMA, obtiveram um total de (68977) artigos identificados pela

primeira vez e foram reduzidos para 28 artigos. Ao longo da fase de triagem obtiveram-se os

seguintes valores conforme mostra a Tabela 9.

Tabela 9: Síntese da fase de Triagem.

Base de dados Artigos coletados

sem filtros

Date Document

type

Source type Language Esquerda

total

Scopus 6718 5272 2477 470 400 289

Pubmed 7949 5630 4530 573 473 36

ScienceDirect 19116 13190 1933 1536 321 22

Web of Science 2782 2091 1553 117 99 100

Academic Search

Utmate

32409 24931 1930 500 450 39

Total 68977 51117 12426 3199 1746 489

Após a conclusão da primeira fase foram identificados 68977 artigos, depois de aplicar a fase de

exclusão obtive um total de 489 artigos destes 200 eram duplicados, depois de excluir os

duplicados obtive um total de 189 artigos que passaram a fase final. Depois de ler os resumos que

estavam dentro do grupo de palavras-chaves selecionadas, após leitura dos resumos e validação

do grupo de palavras chaves escolhidas foram removidos 98 artigos. Assim aplicado os critérios

de elegibilidade como mostra a tabela

Tabela 10.

Tabela 10 - Critérios de Elegibilidade

Critérios Descrição Artigos

filtrados

Resultados

após filtros

1) Avaliação de lesões

músculo-esqueléticas em

atividades sedentárias e

dinâmicas.

Artigo de revisão 10 81

Método REBA e questionário nórdico 10 71

Não aplicados em mulheres 20 51

Não aplicados em atividade de escritório,

limpeza profissional e técnica de laboratório 7 44

2) Aplicação da técnica

de actigrafia

Não utilizam o equipamento actigraph wGT3X-

BT ou utilizam um similar 15 28

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

Santos, Solange 25

Tabela 11 - Resumo dos artigos selecionadas para o estudo

Título Autores Ano País Método/Equipamento Amostra Resumo

Uni-andtriaxial

accelerometric signals agree

during daily routine, but show

differences between sports

Maia P. Smith,

Alexander Horsch,

Marie Standl,

Joachim Heinrich &

Holger Schulz

(2018) Granada ActiGraph GT3X 1402

O objetivo deste estudo foi estabelecemos se os sinais

uniaxiais monitoram adequadamente a atividade de

rotina e se a acelerométrica triaxial pode deteta

variações específicas do exporte no padrão de

movimento.

Estimation Of Energy

Expenditure Using CSA

Accelerometers At Hip And

Wrist Sites

Swartz, Ann M.

Strath, Scott J.

Bassett, David R

Obrien, William L.

King, George A.

Ainsworth, Barbara

E.

O’brien, William L

King, George A.

Ainsworth, Barbara

E.

(2003) EUA Acelerómetros Cosmed

K4b 2

12 O objetivo deste estudo foi desenhado para estabelecer

modelos de previsão que relacionam dados do

acelerômetro de quadril e punho ao gasto de energia

(EE) em cenários de campo e laboratório. Também

procuraram determinar se adição de um acelerômetro de

pulso melhoraria significativamente a previsão de EE

(METs), em comparação com um modelo que usassem

apenas um acelerômetro de quadril.

Physiological, Subjective And

Postural Loads In Passenger

Train Wagon Cleaning Using

A Conventional And

Redesigned Cleaning To

Kumar, Rupesh

Chaikumarn,

Montakarn

Kumar, Shrawan

(2005) Canadá ND

13 Este estudo foi realizado, quando os trabalhadores

realizavam as suas tarefas normais, para obtiver o

consumo de oxigênio, a frequência cardíaca, a avaliação

do esforço quando adotavam as posturas habituais. O

esforço percebido durante a tarefa de limpeza usando a

"ferramenta de limpeza projetada" foi menor do que a

"ferramenta de limpeza convencional"

Estimation Of Resistance

Exercise Energy Expenditure

Using Accelerometry

Eric S. Rawson

And Talia M.

Walsh

(2009) ND acelerômetros

(ActiGraph GT1M) e

(CosMed K4b2)

30 O objetivo estimar a despesa energética do exercício de

resistência utilizando acelerométrica.

Computational Methods For

Estimating Energy

Expenditure In Human

Physical Activities

Shaopeng Liu1,

Robert X. Gao1,

And Patty S.

Freedson

(2011) EUA Acelerómetros e sensores de

pressão dos pés

ND O objetivo deste estudo foi produzir uma metodologia

computacional válida, confiável para estimar o gasto

energético através dos sensores.

PhysicalActivity Monitoring

By Use Of Accelerometer-

Based Body-Worn Sensors In

Older Adults: A Systematic

Literature Review Of Current

Knowledge And

Applications

Kristin Taraldsena,

Sebastien F.M.

Chastinb, Ingrid I.

Riphagenc, Beatrix

Vereijkend,

Jorunn L.

Helbostada.

(2011) Noruega Acelerómetros

ND Este estudo tem como objetivo fazer revisão sistemática

a literatura sobre variáveis de atividade física derivadas

de sensores durante o monitoramento a longo prazo em

idosos saudáveis e em tratamento.

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

26 Fundamentação do trabalho

Individual And Work-Related

Risk Factors For

Musculoskeletal Pain: A

Cross-Sectional Study Among

Estonian Computer Users

Oha, Kristel

Animägi, Liina

Pääsuke, Mati

Coggon, David

Merisalu, Eda

(2014) Estónia Questionário nórdico

(NMQ)

415 Objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de dor

músculo-esquelética (NMQ) por região anatômica

durante os últimos 12 meses e investigar sua associação

com características pessoais e fatores de risco

relacionados ao trabalho entre trabalhadores de

escritório estonianos usando computadores.

An Ergonomic Assessment Of

Sample Preparation Job

Tasks In A Chemical

Laboratory

Mork, Meshel A

Choi, Sang D

(2015)

Bodymap e REBA ND

Este estudo tem como objetivo fazer uma revisão da

literatura ergonômica e de segurança indicou uma falta

de informações de avaliação postural para tarefas de

trabalho dentro de um laboratório químico.

Multi-Instrument Assessment

Of Physical Activity In Female

Office Workers

Sema Can1, Nevin

Gündüz2, Erşan

Arslan3, Elżbieta

Biernat4, Gülfem

Ersöz2, And Bülent

Kilit1

(2015) Turquia Questionário de avaliação

de atividade física (7-d

PAAQ), um multisensor e

um pedômetro

50- Mulheres Este estudo tem como objetivo avaliar atividade física

em trabalhadoras de escritório.

The Influence Of Vessel

Movements On The

Energy Expenditure Of

Fishermen In Relation To

Activities And Occupational

Tasks On Board

Tomas Breidahl1,

Michael

Christensen2,

Jørgen Riis

Jepsen3, Øyvind

Omland1

(2015) Dinamarca SenseWear Pro 3 4 Este estudo tem como objetivo, de explorar a relação

entre a exposição aos movimentos do navio e os gastos

energéticos dos pescadores durante várias atividades

físicas a bordo.

Veronesi Index Of Ergonomic

Risk For Activities Repetitive

Of Members Upper Limbs

Junior, José

Ronaldo Veronesi

Pereira, Rodrigo

Marçal

Da Silv, Rodiney

Pereira

(2015) ND REE-ARMS e OCRA 139 postos de trabalho Avaliar a confiabilidade da ferramenta REE-ARMS em

comparação com a ferramenta OCRA para análise de

risco ergonômico.

An Activity Index For Raw

Accelerometry Data And Its

Comparison With Other

Activity Metrics

Bai, Jiawei

Di, Chongzhi

Xiao, Luo

Evenson, Kelly R

Lacroix, Andrea Z

Crainiceanu,

Ciprian M

Buchner, David M

(2016) ND acelerômetro triaxial

(ActiGraph GT3X

194- Mulheres Este estudo fornece uma proposta inovadora e

transparente para simplificar dados de acelerométrica

em bruto amostrados claramente como pode servir

como uma alternativa para todos os níveis de

intensidade. A atividade sedentária melhorou

amplamente a sensibilidade em sedentarismo e

atividades leves sobre níveis de intensidade e

intensidade sedentária e ativa demonstram ainda mais

sua vantagem em estudos com adultos.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 27

Differential Actigraphy For

Monitoring

Asymmetry In Upper Limb

Motor Activities

M Rabuffetti1,3, P

Meriggi1, C

Pagliari1, P

Bartolomeo2

And M Ferrarin1

(2016) Itália acelerômetros triaxiail

(programáveis

eZ430-Chronos, Texas

Instruments, EUA)

31 Este estudo tem como objetivo apresenta um novo

método para a actigrafia diferencial, que requer as

medições sincronizadas de dois acelerômetros triaxial,

(programáveis eZ430-Chronos, Texas Instrumentes,

EUA) colocados simetricamente em ambos pulsos.

Prevalence And Postural Risk

Factors Associated With

Musculoskeletal Disorders

Among Medical Laboratory

Personnel In Kashan In 2012

Falaki, S H

Akbari, H

Hannani, M

Derakhshan, M

Kashani, M M

(2016) Irão Questionário nordico

(NMQ)

168 Este estudo foi realizado para determinar a prevalência

e os fatores de risco posturais associados a distúrbios

osteomusculares entre o pessoal do laboratório médico

em Kashan em 2012

Redesign The Cleaning Tools

From Analysis Of Working

Postures At A Cleaning Job

Using The Task Analysis And

OWAS Methods

Ming-Hsu Wangbi-

Hui Chenwen-Ko

Chiou

(2016) EUA

OWAS 30 Este estudo fez análise da postura adotadas pelos

trabalhadores através do método OWAS para

redesenhar as ferramentas de limpeza assistente. eles

associam comprimento das ferramentas pelas alturas

dos trabalhadores e o ângulo da ferramenta de limpeza.

Assim a reformulação dos materiais/ferramentas

ajudaria os trabalhadores de limpeza a trabalharem sem

posturas com extensão excessiva, para reduzir a má

postura.

The Importance Of

Ergonomics Analysis In

Prevention Of Msds: A Pilot

Study

Coelho, C.,

Oliveira, P., Maia,

E., Maia, J., &

Dias-Teixeira

(2016) Suíça Checklist OSHA, RULA e

Equação NIOSH

1300 O objetivo deste estudo foi fazer avaliação ergonómica

e implementar condições de trabalho que evitem o

aparecimento de lesões músculo-esqueléticas.

A Study On The Ergonomic

Assessment In The

Workplace.

Tee, Kian Sek

Low, Eugene

Saim, Hashim

Wan Zakaria, Wan

Nurshazwani

Khialdin, Safinaz

Binti Mohd

Isa, Hazlita

Awad, M I

Soon, Chin Fhong

(2017) ND RULA e REBA ND Este artigo pretende revisar as abordagens e

instrumentos utilizados pelos trabalhos anteriores dos

pesquisadores na avaliação da ergonomia

Comparison Of Two

Accelerometers For

Measuring Physical Activity

And Sedentary Behaviour

Pfister, T.,

Matthews, C. E.,

Wang, Q., Kopciuk,

K. A., Courneya,

K., & Friedenreich,

C

(2017) ND acelerômetros ActiGraph

GT3X + e ativPAL3

266 Pesquisa sobre atividade física e comportamento

sedentário é a avaliação precisa da exposição no

contexto dos desfechos da doença. Os objetivos

primários deste estudo foram avaliar a validade

convergente e a confiabilidade dos acelerômetros

ActiGraph GT3X + e ativPAL3.

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

28 Fundamentação do trabalho

Neck And Upper Extremity

Pain In Sonographers –

Associations With

Occupational Factors

Jenny Gremark

Simonsen, Anna

Axmon, Catarina

Nordander,

Ingerarvidsson

(2017) ND Questionário nórdico

(NMQ)

291- Mulheres Este estudo explora as associações entre condições de

trabalho e dor músculo-esquelética com base na

frequência e intensidade da dor no pescoço e nas

extremidades superiores.

The Effect Of Standing

Interventions On Acute Low-

Back Postures And Muscle

Activation Patterns

Fewster, Kayla M.

Gallagher, Kaitlin

M.

Callaghan, Jack P.

(2017) ND EMG 31 Este estudo teve como objetivo avaliar algumas

intervenções em pé comumente implementadas, em

diferentes posições em pé (Nível de Solo (controle),

Inclinado, Elevado e Escalonado) por 5 min cada. O uso

de uma superfície elevada mudou a postura da coluna

lombardos participantes de tal forma que os

participantes ficaram em uma postura mais flexionada

da coluna lombar.

Can Exposure Variation Be

Promoted In The Shoulder

Girdle Muscles By Modifying

Work Pace And Inserting

Pauses During Simulated

Assembly Work?

Letícia

Bergamin Januario,

Pascal Madeleine,

Marina Machado

Cid, Afshin

Samani, Na Beatriz

Oliveira

(2018) ND Analise de variância de

medidas repetidas (RM-

ANOVA)

18- Mulheres Este estudo investigou os efeitos agudos de alterar o

ritmo de trabalho e implementar dois tipos de pausa

durante uma tarefa de montagem. onde os trabalhadores

realizaram uma tarefa simulada em quatro condições

diferentes: 1) lentidão ou 2) ritmo de trabalho rápido

com 3) pausas passivas ou 4) ativas a cada dois minutos.

Comparison Of Work-Related

Musculoskeletal Symptoms

Between Male Cameramen

And Male Office Workers

Jeong, Han-Seur

Suh, Byung-Seong

Kim, Soo-Geun

Kim, Won-Sool

Lee, Won-Cheol

Son, Kyung-Hun

Nam, Min-Woo

(2018) Coreia do Sul Questionário nórdico

(NMQ)

293 Este estudo teve como objetivo comparamos a

frequência sintomatologia dos músculo-esqueléticos e

avaliação de risco ergonômico entre os dois grupos.

Ergonomic Assessment Of

Working Postures In Clothing

Sector With Scientific

Observation Methods

Isler M, Küçük M,

Guner M

(2018) Turquia REBA, OWAS e PLIBEL ND

O objetivo deste estudo é avaliar e comparar os

trabalhadores do setor de vestuário, através de três

métodos diferentes, a fim de determinar as posturas de

trabalho, identificação dos fatores de stress do sistema

músculo-esquelético e as exposições dependendo das

posturas de trabalho.

Long-Term Effects Of Sit-

Stand Workstations On

Workplace Sitting: A Natural

Experiment

Zhu, W

Gutierrez, M

Toledo, M J

Mullane, S

Stella, A P

Diemar, R

Buman, K F

Buman, M P

(2018) China biomarcadores 36 O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo de espera no

local de trabalho, com biomarcadores e a produtividade

do trabalho durante um redesign do local de trabalho,

que incluiu a instalação de estações de trabalho seat-

stand.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 29

Work-Related

Musculoskeletal Disorders In

Iranian Office Workers:

Prevalence And Risk Factors

Mohammadipour,

F., Pourranjbar, M.,

Naderi, S., & Rafie,

F

(2018) Kerman RULA e ROSA 129- Mulheres, 121-

homens

O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de

distúrbios músculo-esqueléticos (DME) e os riscos

ergonômicos para os trabalhadores do escritório da

Universidade de Medicina de Kerman.

Validation of the VitaBit Sit–

Stand Tracker:

DetectingSitting, Standing,

and Activity Patterns

Berninger, Nathalie

ten Hoor, Gill

Plasqui, Guy

(2018) Holanda VitaBIt Sit-Stand Tracker ND O objetivo do estudo foi estudar comportamento

sedentário (SB) e suas consequências prejudiciais e se

pode ser compensado por através de atividade física

moderada a excessiva (AF).

A Comparison Of Physical

Activity From Actigraph

GT3X+ Accelerometers Worn

On The Dominant And Non-

Dominant Wrist

Buchan, D S

Mcseveney, F

Mclellan, G

(2019) Reino Unido ActiGraph GT3X 55 O objetivo deste estudo foi avaliar a concordância entre

várias medidas de atividade usando dados de aceleração

bruta de acelerômetros usados simultaneamente no

pulso dominante e não dominante.

Intra-Rater And Inter-Rater

Reliability Of The Rapid

Entire Body Assessment

(REBA) Tool

Schwartz, Adam H

Albin, Thomas J

Gerberich, Susan G

(2019) EUA REBA ND Esta estudo tem como objetivo comprovar a

confiabilidade dos relatórios da REBA.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

Santos, Solange 30

2.6 Objetivos da Dissertação

2.6.1 Objetivo Geral

Este estudo tem como objetivo avaliar a dor, desconforto e o risco de lesões músculo-esqueléticas

em atividades sedentárias e dinâmicas, através de métodos convencionais e comparar com

indicadores de um sistema alternativo de avaliação, baseado em dados de actigrafia.

2.6.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são derivados do objetivo geral do trabalho e são apresentados como:

• Determinar a prevalência de sintomatologia músculo-esquelética através do questionário

nórdico;

• Avaliar os movimentos e execução de tarefas em contexto real através do método REBA;

• Evidenciar a possibilidade de uso da técnica de actigrafia através da recolha dos seus

parâmetros para prever a dor e o desconforto e o risco de lesão músculo-esquelética, através

de indicadores de posição e atividade.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 31

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Metodologia geral

A análise ergonómica foi realizada em contexto real de trabalho, a 32 trabalhadoras das quais 14

funcionárias de limpeza profissional, 4 técnicas de laboratório e 14 funcionárias de escritório, com

a utilização da metodologia apresentada na

Figura 10. Estes postos de trabalho foram escolhidos, pelo fato das tarefas serem variadas e

apresentarem ciclos temporais longos e normalmente adotarem posturas inadequadas ao longo do

dia de trabalho, fatores estes, que são indutores de dor, desconforto e ao risco de LMERT. Dessa

forma, a pesquisa bibliográfica foi uma constante em quase todas etapas da metodologia.

Dado o ciclo de trabalho de cada atividade escolhida e pelo fato de cada trabalhadora efetuar a

função em permanência, foi aplicado o questionário nórdico músculo-esquelético (ANEXO VIIII)

em versão portuguesa para identificar as principais queixas de dores e desconforto das

trabalhadoras, e identificar os potenciais fatores de risco de LMERT na perspetiva das

trabalhadoras. As respostas a este questionário forneceram um suporte às técnicas utilizadas na

análise ergonómica dos postos de trabalho e na escolha das tarefas mais críticas, que seriam alvo

de análise e orientações para o estudo.

Figura 10 - Metodologia geral

Escolha do tema

Definição dos postos de trabalho a avaliar

Observação dos trabalhadores

Recolha de dados

Definição dos objetivos

Escolha das tarefas a avaliar

Seleção dos métodos a aplicar

Tratamento dos dados

Discussão dos resultados

Conclusão e perspetivas futuras

Revisão bibliográfia

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

32 Fundamentação do trabalho

3.2 Postos de trabalho analisados

Este estudo representa uma investigação que inclui uma declaração amplamente definida da

vontade do participante fazer parte do projeto e em cooperar com o investigador e os outros

participantes no processo.

Na pesquisa qualitativa, foram considerados os seguintes aspetos éticos: explicação detalhada do

ensaio e registos, o esclarecimento sobre finalidade e objetivos específicos do estudo, garantia da

confidencialidade e anonimato das declarações (através da atribuição de um código de conduta a

cada participante).

3.2.1 Limpeza profissional

No presente estudo foram analisadas as tarefas típicas de quatorze trabalhadoras de limpeza

profissional. De acordo com a análise da atividade de limpeza profissional desempenhada em

contexto escolar, foram observadas doze tarefas principais que as trabalhadoras executaram. Nesta

parte do trabalho o foco foi tarefas com movimentos repetitivos e posturas corporais.

A Figura 11 ilustra as tarefas típicas das trabalhadoras neste estudo que são: limpar o chão, varrer

o chão, limpar os armários, limpar casas de banho, recolha de lixo, limpar portas e mesas. Todas

estas tarefas foram filmadas e fotografadas no local de trabalho em contexto escolar para

posteriormente serem analisadas. Foram observadas 14 trabalhadoras e o tempo de observação

para cada uma delas foi de 2 h.

Figura 11 - Doze tarefas principais de limpeza nas escolas

As trabalhadoras trabalham 8 h/dia e 40 h semanais em dois tipos de horários. Um começa às 09

h e termina às 18 h, com uma pausa de 10 min às 10 h e outra pausa para o almoço de 1 h às 12 h,

outro horário tem início às 7 h e finalizam às 16 h, com uma pausa de 10 min às 8 h e tem outra

pausa para o almoço das 12 h às 13 h.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 33

A observação em contexto real de trabalho permitiu constatar fatores que podem influenciar a dor

e desconforto e ao risco de LMERT, na atividade de limpeza profissional que são:

• Movimentos repetitivos ou contínuos;

• Flexão e torção da coluna;

• Posturas inadequadas com os joelhos e braços como mostra a Figura 12;

• Pausas reduzidas;

• Equipamentos de trabalho não ergonómicos;

• Ausência de formação por parte das trabalhadoras.

Figura 12 - Postura adotada ao apanhar o lixo na atividade de limpeza

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

34 Fundamentação do trabalho

3.2.2 Técnica de laboratório

Foram observadas e analisadas as tarefas de quatro trabalhadoras na atividade de laboratório

químico em contexto escolar. O horário de trabalho é das 9 h às 18 h, com uma pausa para o

almoço das 12 h as 13 h e outra no meio da tarde para o lanche. As principais funções das técnicas

de laboratório são no domínio dos princípios das técnicas de análise qualitativa, quantitativa e de

instrumentação. Para além disso, esta profissional realiza ensaios, regista e interpreta os resultados,

selecionando os métodos e as técnicas mais apropriadas para a realização em contexto de

laboratório. As atividades observadas que a técnica realiza são:

• Identificação e realização dos principais ensaios e análises por sector de atividade como

pode-se observar na Figura 13;

• Dar assistência técnica aos utilizadores do laboratório;

• Recolher e preparar amostras de substâncias e produtos a analisar;

• Relacionar métodos e técnicas analíticas a cada processo/atividade;

• Interpretar resultados de ensaios e análises;

• Criticar resultados de ensaios e análises;

• Realizar tratamento e o processo de dados informaticamente;

• Armazenar e classificar produtos químicos tendo em conta a análise de risco do produto;

• Realizar a gestão de stocks;

• Realizar gestão de resíduos tóxicos e/ou perigosos caso se aplique.

Figura 13 - Postura adotada na atividade de laboratório

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Santos, Solange 35

3.2.3 Trabalho de escritório ao computador

Foram observadas e analisadas as tarefas de 14 trabalhadoras na atividade de escritório ao

computador. Estas trabalhadoras permanecem a maior parte do tempo no escritório sentadas, entre

6 a 7 horas, a trabalhar ao computador executando tarefas variadas que vão desde a digitalização,

a escrita e/ou a leitura. O horário é das 9 h às 18 h, com duas pausas uma na hora do almoço de

uma hora e outra no final da tarde de dez minutos para o lanche. Estas tarefas são repetitivas por

um longo período.

Figura 14 - Posturas adotadas na atividade de escritório

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36 Fundamentação do trabalho

3.3 Materiais

Para recolha de dados e tratamento dos mesmos foram utilizados os seguintes materiais:

• Máquina fotográfica Canon 700D;

• 3 acelerómetros Actigraph WGT3X-BT e 3 cabos;

• Software ActiLife6 (versão 6.1.2.1; Cary, NC; USA);

• Software Microsoft Excel 2016.

3.4 Métodos de análise e avaliação postural ao risco de LMERT

As tarefas desenvolvidas em cada atividade evidenciam exigências físicas, organizacionais e

psicossociais distintas. Esta heterogeneidade implica que a escolha do método de avaliação

postural seja adequada às tarefas em estudo.

Os princípios dos métodos existentes para avaliação postural, resultam normalmente de

ocorrências particulares ou específicas, o que direciona a uma área restrita de aplicação dos

mesmos.

Após a observação das tarefas em cada atividade em estudo e revisão bibliográfica, foi feita uma

análise aos métodos disponíveis, e verificou-se que os métodos de avaliação postural que se

adequam ao estudo são o questionário nórdico porque pode ser utilizado com critérios pré-

definidos, em diagnósticos para diferentes grupos ocupacionais, possibilitando conjugar dados

com estudos realizados na área, instituindo-se como base de dados que pode ser usada para

descrever as diferenças entre os diversos postos de trabalho, e por estar validado

internacionalmente tem sido aplicado em estudos de situações reais de trabalho. É um dos

questionários de autoavaliação mais utilizados a nível mundial, no qual se foca no relato de

sintomatologia dor e desconforto dos membros superiores e inferiores, tendo sido atualizado para

uma versão mais recente designada de Nordic Muskuloskeletal Questionnaire (NMQ). Este

questionário está adaptado para ser aplicado a um amplo e diversificado número de postos de

trabalho e pode aplicar-se a um determinado grupo de trabalhadores.

No caso das LMERT, este tipo de questionário, pela natureza das questões que integra,

designadamente os aspetos ligados a relação com o trabalho e os critérios temporais, os sintomas

referidos pelos trabalhadores, possibilitam diagnosticar eventuais dor/desconforto e lesões, tão

precocemente quanto possível, contribuindo para uma interação limitadora de danos (Serranheira

et al., 2008).

E o REBA pois avalia o grau de exposição do trabalhador ao risco de LMERT do corpo inteiro

através das posturas inadequadas e permite avaliar a atividade muscular causada por uma postura

estática, dinâmica ou devido a mudanças bruscas ou inesperadas na postura, determinando o nível

de risco de lesão estabelecendo o nível de ação necessária e a urgência da intervenção (Hignett &

Mc Atamney, 2000). Neste contexto, foi ainda abordada uma nova possibilidade para análise

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Santos, Solange 37

postural com a utilização do equipamento Actigraph WGT3X-BT por ser um equipamento que

avalia a atividade física por um longo período, por ser barato e de fácil utilização.

3.4.1 Questionário NMQ

O questionário NMQ tem como objetivo identificar as regiões afetadas pela sintomatologia de dor,

desconforto e LME.

Foi utilizada a versão traduzida e validada, para a população portuguesa, que contem questões

individuais (demográficas e antropométricas) como: idade, sexo, peso, altura, estado civil, horas

de trabalho, há quantos anos encontra-se a exercer a atividade e três questões relacionadas com

nove regiões anatómicas, sendo elas, o pescoço, ombros, cotovelos, punhos/mãos, região torácica,

região lombar, ancas/coxas, joelhos, tornozelo/pés.

As questões estão relacionadas com cada área anatómica sendo possível constatar se os

trabalhadores tiveram dores nos últimos 12 meses e nos últimos 7 dias e se procuraram ajuda

médica ou tiveram de se ausentar do trabalho. Para o levantamento do nível de dor, foi solicitado

às trabalhadoras que indicassem o grau de intensidade avaliado numa escala de dor de 0 a 10, e

ainda contém um diagrama para identificar todos os segmentos corporais envolvidos e a sua

respetiva escala de dor como mostra a Figura 15 (Kuorinka et al., 1987)

Figura 15 - Diagrama de representação das diferentes regiões corporais

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38 Fundamentação do trabalho

3.4.2 Método REBA (Rapid entire body assessment)

O método REBA (Rapid Body Assessment) analisa as posturas adotadas nos postos de trabalho

(Hignett & Mc Atamney, 2000).

Este método analisa a postura quanto aos riscos músculo-esqueléticos das tarefas executadas,

baseando-se fundamentalmente em seis princípios:

• Desenvolver uma análise postural aos riscos músculo-esqueléticos em diversas tarefas;

• Os segmentos corporais são divididos e codificados individualmente com referência ao

plano referencial;

• A atividade muscular é regida por um sistema de pontuação e classifica as posturas como:

estáticas, dinâmicas, mudança repentina e instável;

• Considerar a pega na manipulação das cargas;

• Implementa um nível de ação e indicação de urgência de medidas corretivas;

• Utiliza equipamento básico (papel e lápis).

O método REBA é aplicado em seis passos: observação da tarefa, seleção das posturas para

avaliação, atribuição de pontuação às posturas, efetuar o tratamento das pontuações, estabelecer

a pontuação final do REBA e, por último confirmar o nível de ação e a urgência das respetivas

medidas (Hignett & Mc Atamney, 2000).

Selecionadas as posturas para avaliação, os critérios a usar podem ser as posturas repetidas com

mais frequência, as posturas mantidas por mais tempo, as que exigem maior força e atividade

muscular, as posturas identificadas como causadoras de desconforto, as extremas, instáveis e as

posturas complexas que exigem aplicação de força.

O método utiliza uma folha de pontuação, onde são classificados os segmentos corporais para

depois pontuar, de acordo as posturas e os níveis de ação como mostra a Figura 16, a pontuação é

feita por dois grupos A e B, em que:

• Grupo A: tronco, pescoço, pernas;

• Grupo B: braços, antebraço, pulsos.

As pontuações das posturas do grupo B são efetuadas de forma separada para o lado direto e

esquerdo, tal como mostra a Figura 16.

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Santos, Solange 39

As atribuições das pontuações dependem da posição, e deve ser feito o ajuste adicionado ou

subtraindo pontos nos diferentes segmentos corporais dos grupos A e B, utilizados as Tabela 12

e Tabela 13

Figura 16- Folha de pontuação REBA [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)]

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40 Fundamentação do trabalho

Tabela 12 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo A [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)]

Tabela 13 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo B(adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)

Braço Posição Pontuação Alterações à pontuação

Extensão 20º a flexão

20º

1 +1 de houver adução ou rotação de

braço

+1 se elevar o ombro

-1 se apoiado suportando o peso do

braço

Extensão > 20º Flexão

20º-45º

2

Flexão 45º-90º 3

Flexão >90º 4

Antebraço Movimento Pontuação Alterações à pontuação

Flexão 60º-100º

1

Flexão < 60 Flexão >

100º

2

Pulso Movimento Pontuação Alterações à pontuação

Flexão/extensão 0º -

15º

1

+1 se houver desvio ou rotação do

pulso Flexão/extensão

>15º

2

Tronco Movimento Pontuação Alterações à pontuação

Ereto 1 +1 se houver rotação ou

flexão lateral do tronco Flexão 0º-20º Extensão 0º-

20º

2

Flexão 20º-60º Extensão

>20º

3

Flexão >60º 4

Pescoço Movimento Pontuação Alterações à pontuação

Flexão 0º-20º 1 +1 se houver rotação ou

flexão lateral do

pescoço >20º Flexão ou Extensão 2

Pernas Posição Pontuação Alterações à pontuação

Peso bilateral, andando ou

sentado

1 +1 se a flexão dos

joelhos entre 30º e 60º

+2 se a flexão dos

joelhos

>60º (apenas em pé)

Peso unilateral ou postura

instável

2

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 41

Depois de determinadas as pontuações dos diferentes segmentos corporais dos grupos A e B,

pontuou-se a carga e o tipo de pega. Em seguida determinou-se a pontuação C que é o a juste de

acordo o tipo de atividade, assim obtendo-se a pontuação final REBA, está que é caraterizada de

acordo ao nível de risco e as ações a serem tomadas.

3.4.3 Avaliação da postural através dos acelerómetros Actigraph WGT3X-BT

Neste estudo o equipamento ActiGraph GT3X foi utilizado como uma nova possibilidade para

avaliação ergonómica das posturas adotadas no trabalho ao risco de LMERT.

Foram utilizados os 3 acelerómetros triaxial ActiGraph WGT3X-BT que foi colocado, firmemente

na cintura, sobre a anca (espinal ântero-superior) no lado direto do corpo, no pulso direito e no

tornozelo esquerdo de acordo com as especificações do fabricante.

Os acelerómetros foram previamente programados de acordo com o horário de trabalho, para

efetuarem medições de uma hora e por precaução, foram programados para iniciar cinco minutos

antes e terminar depois do tempo destinado a fazer a medição. Posteriormente, no software

ActiLife, foram selecionados os dados referentes o tempo útil de medição.

A frequência de amostragem deste monitor foi estabelecida em períodos de 30 Hz e 10 épocas para

coletar contagens de atividades do estudo.

O intervalo de recolha (épocas), foi recolhido tendo em conta as caraterísticas das atividades típicas

das trabalhadoras, permitindo num curto espaço de tempo analisar as acelerações realizadas, ou

seja, épocas de 10 segundos. Sendo assim, foram recolhidos, por trabalhadora, 360 momentos de

avaliação (Berninger, ten Hoor, & Plasqui, 2018).

Os dados apurados e armazenados no actigraph foram exportados para o software da actiLife

permite a exportação dos dados para Excel, onde podem ser analisados os parâmetros descritos na

Tabela 14. Para análise destes parâmetros foram exportados para Microsoft Excel, a fim de realizar

testes estatísticos, com o suplemento de análise estatística do Excel.

Tabela 14 - Variáveis recolhidas pelo acelerómetro WGT3X-BT

Variáveis Código do acelerómetro usado

Eixos x, y e z Número de contagens totais por eixo

Media contagens por eixo

Número máximo de contagens numa única ocorrência

Contagens por minuto por eixo

Magnitude do vetor Número de contagens

Media contagens

Número máximo de contagens numa única ocorrência

Contagens por minuto

Número de Passos Número de contagens

Médias contagens

Número máximo de contagens numa única ocorrência

Contagens por minuto

Épocas Número de épocas registados

Tempo Tempo de utilização

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42 Fundamentação do trabalho

Os dados depois de exportados para o Excel foram tratados estatisticamente, foi efetuada uma

análise exploratória dos dados com o intuito de relacionar a sintomatologia de dor e o desconforto

através da atividade física ao risco de LMERT.

Os parâmetros extraídos do equipamento para serem analisados foram:

▪ contagens no plano sagital do eixo transversal (Z) - pois é o eixo que representa a flexão,

extensão e hiperextensão da coluna, como mostra a Figura 17 ;

▪ o inclinómetro sentado - para verificar a prevalência de posição do sistema músculo-

esquelético;

▪ o vetor de magnitude VM - para verificar a magnitude vetorial através da soma dos 3

eixos x, y e z - com estes parâmetros realizou-se uma análise descritiva utilizando os

valores da média, mediana, moda, desvio padrão, variância.

Figura 17 - Representação dos planos e eixos

Com os valores extraídos do actigraph para o tronco, manifestaram-se as hipóteses que:

Hipótese 1 – “A dor e desconforto na zona lombar está relacionada aos movimentos efetuados

nesta região e podem ser explicados através das contagens por períodos de 10 segundos no eixo

transversal (z).”;

Hipótese 2 – “A dor e desconforto na zona lombar está relacionada aos movimentos efetuados

nesta região e podem ser explicados através do VM (vetor de magnitude).”;

Hipótese 3 – “A dor e desconforto na zona lombar está relacionada com os movimentos efetuados

nesta região e podem ser explicados através do tempo em que os indivíduos permanecem

sentados.”.

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Santos, Solange 43

PARTE 2

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

44 Fundamentação do trabalho

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O foco principal desta dissertação foi a avaliação ergonómica com aplicação de diferentes técnicas.

As avaliações ergonómicas foram realizadas, em contexto real de trabalho. Estas as análises e

observações efetuadas incidiram nos movimentos musculares e nas posturas adotadas, pois

representam a sintomatologia de dor e desconforto e um elevado risco de desenvolver lesões

músculo-esqueléticas.

As técnicas aplicadas foram:

• O NMQ - avalia a prevalência e identificar as regiões afetadas pela sintomatologia de dor,

desconforto e lesões músculo-esqueléticas;

• O método REBA - avalia as posturas imprevisíveis nos postos de trabalho e analisa os

riscos músculo-esqueléticos nas mais variadas tarefas.

• Evidenciou-se estes métodos tradicionais com uma nova possibilidade para análise

postural utilizando os equipamentos Actigraph WGT3X-BT.

Os resultados deste estudo são apresentados em forma de gráficos e figuras com intuito de

sistematizar toda informação obtida.

4.1 Caraterização da amostra

A amostra em estudo representa um total de 32 trabalhadoras, no qual 44% é atividade de limpeza,

44% é atividade de escritório e 12% é atividade de laboratório como é possível observar na Tabela

18

Figura 18- Percentagem da amostra em cada atividade

44%

12%

44%

Distribuição das atividades

Limpeza Profissional Tec.de laboratorio Escritorio

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 45

Neste estudo todos indivíduos são do sexo feminino e são destras, isto é, a mão dominante é a

direita.

A amostra é caraterizada com o mínimo de 22 anos e máximo superior a 50 anos de idade, onde

cerca de 9 voluntárias, representando 31% da amostra tem mais de 50 anos e 25% representam a

atividade de limpeza profissional e a amostra restante é atividade de escritório como mostra Figura

19.

Figura 19- Percentagem de idade em cada atividade

O peso das participantes na atividade de limpeza teve uma média de 73,6 kg, laboratório 75,3 kg

e escritório 59,5 kg. A altura teve como máxima na limpeza 1,61 m, laboratório 1,70 m e escritório

1,59 m como mostra Figura 20.

Figura 20- Peso e altura

O índice de Massa Corporal (IMC) de cada participante permitiu relacionar o peso com altura de

cada participante, de forma a classificar, como sendo, baixo do peso quando o IMC estiver na faixa

9% 9%13%

6% 6%

16%

3% 6%6%

25%

Escritorio Limpeza Profissional Tec.de laboratorio

Percentagem de idade em cada posto de trabalho

20-29 30-39 40-49 50 +

59,5

159,0

73,6

161,0

75,3

1,7

Média de Peso (kg)

Máximo de Altura (cm)

Tec.de laboratorio Limpeza Profissional Escritorio

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

46 Fundamentação do trabalho

(0 -18.5), saudável (18.6 - 24.9), peso em excesso (25 - 29.9), obesidade do grau 1 (30 - 34.9),

obesidade de grau 2 (35 - 39.9), e obesidade de grau 3 (+ 40). O IMC é calculado através da divisão

do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).

De acordo com a Tabela 17, verificou-se que na atividade de limpeza há 9% com obesidade de

grau 1, 3% com obesidade de grau 2, 20% com excesso de peso. Na atividade de laboratório 22%

da amostra está com excesso de peso e 3% está com obesidade de grau 2. Na atividade de escritório

13% está em excesso de peso.

Relativamente à escolaridade os dados apontam que na atividade de limpeza profissional a maior

parte tem apenas a 4º classe. Na atividade de escritório e técnica de laboratório a maior parte são

licenciadas como mostra Figura 22.

Figura 22 - Escolaridade

0-18,5 18,6-24,9 25-29,9 30-34,9 35-39,9 40+

Abaixo Saudável Peso emexcesso

Obesidade 1 Obesidade 2 obesidade 3

0%

6%

22%

9%6%

0%0%3%

6%

0%3%

0%3%

28%

13%

0% 0% 0%

Indice de Massa CorporalLimpeza Profissional Tec.de laboratorio Escritorio

4º ano 6º ano 9º ano 12º ano licenciada Mestre doutorada

9

1

3

0 0 0 00 0 0 0

2

1

00 0 0 0

7

3 3

0 0 0 0

1

0 0

Limpeza Profissional Tec.de laboratorio Escritorio Escritorio/ arquivo

Figura 21 - Índice de massa corporal

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 47

Relativamente à amostra avaliada 56% trabalha na atividade entre 1 a 18 anos, 28% trabalha na

atividade à mais de 20 ou 27 anos e 16% trabalha na atividade pelo menos entre 2 a 8 meses como

mostra Figura 23.

Figura 23 - Antiguidade na atividade

Relativamente ao horário semanal, 28 dos participantes (88%) trabalha 40 horas semanais e apenas

4 na atividade da limpeza (13%) trabalha 35 horas semanais como mostra a Figura 24.

Figura 24 - Horas de trabalho

6%

0%

9%

0%

22%

9%

25%

0%

16%

3%

9%

0%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Tec.de laboratorio

Limpeza Profissional

Escritorio

Escritorio/ arquivo

20 anos- 27 anos 1 ano- 18 anos 2 meses-8meses

4

14

10

4

Escritorio

Limpeza Profissional

Tec.de laboratorio

40

35

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48 Fundamentação do trabalho

4.2 Aplicação do questionário nórdico

O questionário NMQ permitiu fazer análise das prevalências da sintomatologia músculo-

esquelética nos diferentes segmentos corporais nos últimos 7 dias e ao longo dos 12 meses aponta

a possibilidade de a dor aparecer de forma intermitente, o que poderá, provavelmente, indicar a

presença de casos sintomáticos (Carrolo, 2011).

4.2.1 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional

De acordo com o questionário nórdico houve diferenças nos relatos de sintomatologia de dor e

desconforto músculo-esqueléticos das participantes que trabalham na atividade de limpeza

profissional. Relativo a dor e desconforto dos participantes nas diferentes regiões anatómicas nos

últimos 12 meses, foi comum o relato de dor na região lombar (86%), região tornozelo e pés (64%),

ombros (57%). Foi também frequente o relato de sintomas nas regiões das ancas e coxas, joelhos,

punhos e mãos, como mostra a Tabela 15

A prevalência de sintomatologia na região lombar, ombros, punhos e mãos está relacionada com

as posturas inadequadas adotadas pelas trabalhadoras, mau manuseio de cargas e pelo facto de a

maior parte das trabalhadoras nesta atividade terem mais de 50 anos. Segundo a declaração da

OMS sobre o envelhecimento e a capacidade de trabalho, a atividade de limpeza é conjunto de

tarefas que atrai mulheres mais velhas e com pouca qualificação literária, pois partem sempre do

pressuposto que o trabalho de limpeza é uma ocupação de caracter físico.

No entanto, estudos de apontam que trabalhadores mais velhos, que praticam atividade muscular

estática prolongada, uso excessivo de capacidade muscular, movimentos repetitivos, elevação,

transporte, flexão e torção são posturas comuns no trabalho de limpeza, o qual apresenta maior

risco para desenvolver distúrbios músculo-esqueléticos. Comparando este estudo com o presente

trabalho, os trabalhadores relataram desconforto músculo-esquelético em pelo menos uma parte

do corpo devido ao trabalho sendo que, 90% dos participantes deste eram trabalhadores de

limpeza. Das nove partes do corpo questionadas, as mais relatadas foram: mão e punho (41,7%),

ombros (41,1%), região lombar (37,88%) e cotovelo (33,3%).

Neste estudo associa-se também a prevalência de dor no tornozelo e pés, ancas e coxas devido ao

facto de permanecerem em pé ao longo das 8 horas de trabalho com apenas 10 minutos de pausa

para o lanche na parte da manhã e uma hora de almoço na parte da tarde. Apesar de ser uma

atividade dinâmica, a postura em pé determina uma sobrecarga estática sobre os músculos que

pode contribuir para a ocorrência de dores nos membros inferiores (Chang, Wu, Liu, & Hsu

(2012)).

Referente ao relato dos participantes no questionário nórdico, se as mesmas foram impedidas ou

evitaram as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12

meses por causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas, as mesmas relataram sentir dor,

mas a maioria diz que faz o trabalho mesmo com dor, pois evitam situações de baixa médica devido

á redução de salário, e por medo de serem dispensadas do trabalho devido a idade e a escolaridade,

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 49

e ao facto de ter maior probabilidade de não encontrar outro emprego. Os valores apresentados no

questionário nórdico são referentes apenas quando as mesmas tiveram de baixa, ou hospitalizadas,

devido a sintomatologia nas seguintes regiões lombar (21%), ancas e coxas (14%), joelhos (21%)

e tornozelo e pés (7%) como mostra a Tabela 20.

Regista-se que no geral a trabalhadora de limpeza tem várias sintomatologias em diferentes zonas

do corpo. Implementando pequenas ações como formação durante a atividade profissional e

utilização correta dos equipamentos estas podem melhorar a longo prazo a sua saúde, de forma a

que no futuro a percentagem referente a dor e desconforto tenha uma redução acentuada.

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50 Fundamentação do trabalho

Tabela 15 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional

4.2.2 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de Escritório

De acordo com o questionário nórdico os sintomas músculo-esqueléticos dos participantes que

trabalham na atividade de escritório, houve diferenças relativo á dor e desconforto dos

participantes nas diferentes regiões anatómicas nos últimos 12 meses. Os participantes tiveram

mais dor na região lombar (57%), joelho (43%), pescoço (29%), tornozelo e pé (29%), e foi

também mais frequentemente reportado sintomas nas regiões do tornozelo e pé, pescoço, ombros,

punho e mão direita como a

Sintomas nas: últimos 12 meses

teve algum

problema tal

como dor,

desconforto ou

dormência

últimos 12 meses

teve que evitar as

atividades normais

(trabalho, serviço

doméstico ou passa

tempo)

Últimos

7 dias

Partes do corpo N % N % N %

Pescoço 3 29 0 0 1 7

Ombro direito 2 21 0 0 0 0

Ombro esquerdo 0 0 0 0 0 0

Ombro- ambos 8 21 0 0 5 36

Cotovelo direito

0 0 0 0 0 0

Cotovelo

esquerdo

0 0 0 0 0 0

Cotovelo-ambos 0 0 0 0 0 0

Punhos/mão

direto

5 21 0 0 3 21

Punhos/mão

esquerdo

0 0 0 0 0 0

Punhos/mão-

ambos

0 0 0 0 0 0

Região lombar 0 0 0 0 1 7

Ancas/coxas 12 86 3 21 14 10

Joelhos 7 50 2 14 9 64

Tornozelos/pés 7 50 3 21 7 50

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 51

Tabela 16. Estes resultados demostram que o trabalhador tem sintomas músculo-esqueléticos pelo

menos num dos membros. Estes sintomas são devidos à posição estática por longos períodos,

repetição contínua dos mesmos movimentos, condições de trabalho e os trabalhadores não terem

noção das técnicas ergonómicas que podem adotar e, assim tornar o seu trabalho mais confortável.

Comparando com o estudo de Choobineh et al. (2011), o mesmo também encontrou o problema

lombar como o mais comum entre os trabalhadores de escritórios, e também prevalência de

sintomatologia músculo-esqueléticas em outras regiões como ombros, pés e tornozelos.

Já o estudo de Oha et,al, (2014) tem resultados semelhantes ao presente estudo , onde registou

prevalência de dor nas regiões do pescoço (51%), lombar (42%), punho e mão (35%) e dor no

ombro (30%). O mesmo associa a prevalência de sintomatogia à idade avançada, exaustão

emocional, pelo trabalho em si e a baixa segurança no trabalho.

As queixas músculo-esqueléticas envolvendo pescoço e membros superiores são comuns entre

trabalhadores ao computador (Wærsted, Hanvold, & Veiersted, 2010). A prevalência de dor

músculo-esquelética nestes trabalhadores varia entre 55% e 69% com dores nas costas (pescoço e

região lombar), 31% a 59% em membros superiores. A dor mais prevalente nestes trabalhadores é

a dor lombar e é mais relatada pelas mulheres (Bragatto, Bevilaqua-Grossi, Regalo, Sousa, &

Chaves, 2016).

Referente ao relato anotado no questionário nórdico se as mesmas foram impedidas ou evitaram

as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12 meses por

causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas, as mesmas relataram que tiveram dor, mas

fazem o trabalho mesmo com dor. Por isso, os valores apresentados são apenas quando as mesmas

tiveram de baixa ou hospitalizadas devido a sintomatologia na região lombar (21%), joelho (14%),

tornozelo e pés (7%) e pescoço e ombros (7%) como Tabela 16

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

52 Fundamentação do trabalho

Tabela 16 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de escritório Sintomas

nos:

últimos 12 meses

teve algum problema

tal como dor,

desconforto ou

dormência

últimos 12 meses teve

que evitar as

atividades normais

(trabalho, serviço

doméstico ou passa

tempo)

Últimos

7 dias

Partes do corpo N % N % N %

Pescoço 4 29 1 7 3 21

Ombro direito 3 21 1 7 0 0

Ombro

esquerdo

1 7 0 0 6 43

Ombro- ambos 0 0 0 0 0 0

Cotovelo direito

0 0 0 0 0 0

Cotovelo esquerdo

0 0 0 0 0 0

Cotovelo-ambos 0 0 0 0 0 0

Punhos/mão

direto

3 21 1 7 0 0

Punhos/mão esquerdo

1 7 0 0 0 0

Punhos/mão- ambos

0 0 0 0 0 0

Região Torácica

0 0 0 0 0 0

Região lombar 8 57 3 21 9 64

Ancas/coxas 2 14 0 0 0 0

Joelhos 6 43 2 14 3 21

Tornozelos/pés 4 49 1 7 1 7

4.2.3 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório

Os participantes que trabalham na atividade de laboratório relataram, mais dor na região lombar

(75%), pescoço (75%) e na região do tornozelo e pés (50%). E foi também frequentemente

reportado sintomas nas regiões do ombro direto, cotovelo direito, punhos e mãos, ancas e coxas e

joelho, com mostra a Tabela 17.

Esta prevalência de dor é generalizada possivelmente ao fato das tarefas típicas como pipetar,

preparação de amostras de frascos para análise e processamento de dados em computador, incluído

trabalho com computador que exigem precisão no controle motor e podem resultar em longos

períodos em posições estáticas, bem como a posição em pé por muito tempo.

Comparando ao estudo de Maulik (2014) que indica que 66,9% dos técnicos sofre algum tipo de

sintoma músculo-esquelético nos últimos 12 meses , e teve como resultado de maior prevalência

relatada na região lombar (44%), joelhos (20,7%), este associa a dor aos fatores de risco e às

posturas inadequadas.

Referente ao relato registado no questionário nórdico, se as mesmas foram impedidas ou evitaram

as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12 meses por

causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas as mesmas relataram que tiveram dor, mas

fizeram o trabalho mesmo com dor. Por isso os valores apresentados são apenas quando as mesmas

tiveram de baixa ou hospitalizadas devido a sintomatologia na região (25%), ancas/coxas (25%),

tornozelo/pés (25%) e ombro direto (25%).

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Santos, Solange 53

Tabela 17 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório

Sintomas nas: últimos 12 meses teve algum

problema tal como dor, desconforto

ou dormência

últimos 12 meses teve que evitar as

atividades normais (trabalho, serviço

doméstico ou passa tempo)

Últimos 7 dias

Partes do corpo N % N % N %

Pescoço 3 75 0 0 0 0

Ombro direito 1 25 1 25 1 25

Ombro

esquerdo

0 0 0 0 0 0

Ombro- ambos 0 0 0 0 1 25

Cotovelo direito

1 25 0 0 0 0

Cotovelo esquerdo

0 0 0 0 0 0

Cotovelo-ambos 0 0 0 0 0 0

Punhos/mão

direto

1 25 0 0 0 0

Punhos/mão

esquerdo

0 0 0 0 0 0

Punhos/mão- ambos

0 0 0 0 0 0

Região Torácica

Região lombar 3 75 1 25 3 75

Ancas/coxas 2 50 1 25 1 25

Joelhos 1 25 0 0 0 0

Tornozelos/pés 2 50 1 25 2 50

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54 Fundamentação do trabalho

4.2.4 Sintomas músculo-esqueléticos nas atividades analisadas nos últimos 7 dias

Os sintomas músculo-esqueléticos nos últimos 7 dias relatados nas atividades como mostra a

Erro! A origem da referência não foi encontrada., foram comuns na região lombar e na região d

os ombros nas atividades analisadas.

A região com maior prevalência de sintomatologia em ambas as atividades foi a região lombar,

onde a atividade de limpeza registou 100% e a atividade de técnica de laboratório 75%. Esta

prevalência permite afirmar que é devido a ambas atividades trabalharem em pé durante as 8 horas

de trabalho e normalmente adotam posturas inadequadas. A atividade de escritório teve 64%,

pode-se associar esta sintomatologia devido o mau design do posto de trabalho e o não empregue

as noções ergonómicas. Também foi comum a sintomatologia na região das ancas e coxas,

tornozelos e pés na atividade de limpeza profissional e técnica de laboratório devido ambas

trabalharem em pé o tempo todo.

Figura 25 - Sintomas nas atividades nos últimos 7 dias

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 55

4.3 Análise REBA

Com a seleção das posturas mais significativas tendo em conta a duração da tarefa e a carga

postural procedeu-se á analise REBA para cada postura selecionada. Através do preenchimento do

formulário se a exposição das posturas adotadas nas atividades em estudo.

A atividade de limpeza profissional e técnica de laboratório são trabalhos dinâmicos que requerem

muita atividade muscular, com movimentos repetitivos e com adoção de más posturas mantidas

por muito tempo (Löfqvist, Osvalder, Bligård, & Pinzke, 2015) e a atividade de escritório ao

computador é uma atividade estática que maioria das vezes a permanecesse por longos períodos

na posição sentada.

Esta posição exige um esforço muscular dorsal para manter essa posição do peso do corpo que é

suportado pela a anca junto ao quadril (Dul & Weerdmeester, 2000). As posturas adotadas na

atividade de limpeza, laboratório e escritório ao computador são posturas representativas devido

ao tempo e a frequência com que estas são adotadas.

É por esta razão que análise REBA foi feita em dois grupos: A (tronco, pescoço, pernas) e B

(braços, antebraço, pulsos), sendo a pontuação atribuída consoante a posição descrita com os dados

obtidos, e através do software REBA (Employee Assessment Worksheet). Assim sendo, procedeu-

se a análise REBA para as tarefas selecionadas e através do preenchimento do formulário avaliou-

se a exposição das trabalhadoras ao risco de lesões músculo-esqueléticas.

Análise REBA foi feita para o score A e para score B e por fim o score total. Nota-se pelas imagens

da Tabela 18 que as trabalhadoras em todas as atividades adotam más posturas com a região

lombar, as mesmas relataram dor através do questionário nórdico nesta região. Vários estudos

mostram que a região mais afetada é a região lombar (Mohammadipour, Pourranjbar, Naderi, &

Rafie, 2018).

A aplicação do método REBA permitiu constatar que as trabalhadoras adotam posturas menos

corretas nas suas atividades, na maioria das posturas o tronco apresentou inclinação e em alguns

casos, com rotação ou flexão lateral do mesmo, o pescoço também apresentou flexão. Na maioria

das posturas adotadas na atividade de limpeza, as posturas foram superiores a 60º e com rotação

ou flexão lateral e nas pernas verificou-se que o peso sobre as mesmas se encontrava distribuído

unilateralmente.

A prevalência de queixas nos ombros no ensaios realizados pode estar associada com o nível de

exigência imposto na atividade, nomeadamente : manipulação de objetos no segmentos proximal

do membro superior, dado que numa jornada de trabalho, quando elevam os braços para limpar os

vidros, limpar o chão , a espremer a esfregona, a limpara a sanita, no escritório a digitar , a trabalhar

com o rato, no laboratório a pipetar e a limpar a loiça do laboratório.

Por observação, durante a execução de movimento nas atividades, o tempo de ciclo da atividade

de limpeza era inferior a 30 segundos, o que sustenta o fator repetibilidade. Segundo este fator

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56 Fundamentação do trabalho

específico, é expectável um nível de risco mais elevado na atividade de limpeza. Os resultados,

permitem encontrar afinidades entres os fatores de risco individuais, na atividade de trabalho e a

prevalência de sintomas nos membros superiores e coluna vertebral, o que constitui um indicador

importante para definição de prioridade de aplicação de medidas na evolução do trabalho.

A idade poderá revelar-se como um fator de risco, dado que vários estudos têm encontrado

evidências que a idade é responsável pelo aumento das lesões na região cervical e ombros (Bruce

& Bernard, 1997; Buckle et al., 2002).

Esta relação é também reforçada por uma investigação realizados por (Riihimaki et al., 1989 citado por

BRUCE, 1997), que suporta a ideia de que a idade é um fator de risco para sintomatologia na coluna cervical

e ombros em carpinteiros, operadores de máquinas e trabalhadores sedentários.

O tempo no posto de trabalho poderá revelar-se como um fator. Vários estudos têm encontrado

evidencias sobre o efeito de exposição prolongada à mesma atividade na ocorrência de problemas

músculo-esqueléticos (Anderson & Gaardboe, 1993; Viikari Junkara et al., 2001 citado por

Brandão, 2003). Ohlsson et al., (1995) citado por Brandrâo (2003). Os conteúdos destes estudos

registaram um risco elevado de dor na coluna cervical e nos ombros em operadores relativamente

jovens, devido ao longo tempo de exposição.

No que toca ao peso, 63% das pessoas que participaram no estudo apresentam peso elevado. Tendo

em conta o IMC, podemos considerar os trabalhadores da limpeza como uma classe profissional

com problema de excesso peso (OMS, 2004). É importante, em trabalho futuros, investigar as

causas.

Em suma, a saúde ocupacional nessa classe profissional depende da interligação de diversos

fatores, nomeadamente: individuais (incluindo comportamento), organizacionais (condições de

trabalho) e estruturais (situação socioeconómica na relação trabalho e saúde).

Os resultados obtidos por meio do REBA como mostra a Tabela 18 mostram que nenhuma postura

assumida nas atividades estudadas obteve pontuação de 1 ou 2, ou seja, não houve nenhuma

postura que fosse plenamente aceitável caso fosse mantida por longos períodos. Desta forma, todas

as posturas relataram resultados que merecem investigação. As intervenções que serão propostas

visam, assim, minimizar as inadequações correspondentes às más posturas e ao posto de trabalho.

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Santos, Solange 57

Tabela 18 - Análise das posturas, método REBA

Código de da

postura

Posturas adotadas na atividade de limpeza Pontuação

REBA

Nível de Risco Nível de Ação Observações sobre a posição

P1

13 Muito alto 4 Nota-se que o tronco tem uma ligeira inclinação de 20º-60º quando

analisado pelo método. O pescoço tem uma inclinação de 20º,

pernas tem uma postura instável, joelhos tem uma inclinação de

30º-60º.

P2

12 Muito alto 4 Flexão e torção das costas 60º+

Movimentos braços e mãos instáveis

Alto rendimento de força ao espremer a esfregona

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58 Fundamentação do trabalho

P3

12 Muito alto 4 Flexão e torção das costas e pescoço mais de 60º

Pernas fletidas +60º

Rotação de braços e mãos

P4

13 Muito alto 4 Elevação de braços e mãos e com rotação dos mesmos de 40-90º

Antebraço esta a 100º

Posição instáveis

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Santos, Solange 59

P5

13 Muito alto 4 Flexão e torção das costas mais de 60º

Movimentos braços e mãos instáveis

Posição de pernas instáveis e joelhos torcido mais de 60º.

P6

13 Muito alto 4 Flexão e torção das costas e pescoço mais de 60º.

Pernas torcidas mais de 60º

Movimentos braços e mãos

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

60 Fundamentação do trabalho

P7

9 Alta 3 Movimento braços e mãos instáveis.

Pescoço com um angulo de 0-20º

Pernas estável.

P8

10 Muito alta 4 Nota-se que o tronco tem uma ligeira inclinação de 20º-60º quando

analisado pelo método. O pescoço tem uma inclinação de 0-20º,

pernas tem uma postura instável, joelhos tem uma inclinação de

30º-60º devido a cadeira ser maior que a trabalhadora, a mesma

não consegue por os pés ao chão.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas

Santos, Solange 33

4.4 Técnica de Actigrafia

A técnica de actigrafia foi utilizada para verificar a intensidade dos movimentos realizados pelas

participantes e quantificá-los de forma a relacionar estes resultados com avaliação do questionário

nórdico e com o método REBA. Através do questionário nórdico houve relato de dor e desconforto

na região lombar nas três atividades. As atividades observadas e avaliação das posturas de acordo

ao método REBA, permitiram verificar que há posturas inadequadas nas 3 atividades: limpeza

profissional (LP), técnica de laboratório (TL), escritório (ES).

Sendo que a dor e o desconforto esta relacionado com os movimentos bruscos e posturas

inadequadas executadas pelo sistema músculo-esquelético, foi colocado na zona do tronco um

actigracph em todas as participantes para monitorizar e quantificar os movimentos na região

lombar.

4.4.1 Verificação da Hipótese 1

Em estatística, a média é definida como o valor onde se encontra o ponto central da amostra.

Foi calculada a média das contagens em 30 Hz de 10 em 10 s numa hora no eixo de z para cada

participante na zona do tronco, para saber em média quantas contagens cada participante faz na

sua atividade e se há diferenças significativas entre elas.

Figura 26 – Média das contagens no eixo de Z por períodos de 10 s de cada participante nas suas

atividades .

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62 Conclusões e perspetivas futuras

Pode-se observar na Figura 27 que existe diferenças significativas nos movimentos reproduzidos

em cada atividade.

A Figura 27 mostra a associação das médias dos movimentos executados no eixo z em relação ao

relato feito através do questionário nórdico. Pode-se constatar que as trabalhadoras da limpeza que

relataram intensidade de dor elevada, com valor máximo (10), na região lombar em média os

movimentos no eixo de z são excessivos. Estes movimentos elevados também foram observados

pelo método REBA e verificou-se frequência constante de mudança de posição com a região

lombar com flexão e torção lombar mais de 60º. Constata-se que há indício de que esta

sintomatologia de dor e desconforto na zona lombar está relacionada com a movimentação do

eixo transversal devido aos valores representados nesta região através do equipamento, mas esta

sintomatologia de dor pode estar relacionada ao estilo de vida de cada trabalhadora, historial

clínico, medidas antropométricas e o design do posto de trabalho.

Figura 27 – Média das contagens em Z vs intensidade de dor nos últimos 7 dias.

A Figura 27 mostra que as trabalhadoras de escritório não apresentam sintoma são as que

apresentam menos movimentos. Mesmo assim, existiu nesta atividade intensidade de dor e

desconforto elevadas com médias de contagem no eixo de z baixas. Esta sintomatologia de dor e

desconforto pode estar relacionada com os elementos observados que representam posturas menos

adequadas, elementos estes como: cadeiras não reguláveis, pois, o cuidado com a sintomatologia

da dor e desconforto começa na hora de escolher o equipamento de design ergonómico escritório.

Por exemplo, a cadeira ideal deve ter opções para regular o assento, braços e encosto. Assim é

possível que ela se adapte a diversos usuários, de acordo com as medidas antropométricas de cada

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Santos, Solange 63

um. Além disso, deve-se levar em consideração o conforto ao sentar-se, pois é nela que se passa a

maior parte do dia. Outra das causas que leva à dor e desconforto é o monitor mal posicionado,

rato longe, pés não apoiados no chão, posição estática que as mesmas adotam e pelo design do

posto de trabalho, ao estilo de vida de cada trabalhadora, historial clínico, medidas

antropométricas.

4.4.2 Verificação da Hipótese 2

A mediana é o valor que se encontra no centro da amostra.

O interesse de calcular a mediana foi com o intuito de obter o registo dos valores representativos,

de forma que os dados não estejam desorganizados, por valores máximos e mínimos. Esta variável

estatística foi calculada para encontrar o valor mais relevante das contagens do vetor de magnitude

em 30 Hz de 10 em 10 s em uma hora para cada participante na zona do tronco.

Com o valor da mediana do VM de cada participante, relacionou-se a intensidade de dor e

desconforto relatada pelos participantes através questionário nórdico e a observação feita através

do método REBA, para constatar o indício de relação com a movimentação se o participante tiver

valores de medianas altas e se têm relatos de dor e desconfortos altos ou posturas inadequadas.

Figura 28 – Mediana das contagens do VM vs intensidade de dor nos últimos 7 dias.

A Figura 28 mostra a interseção, da intensidade da dor e desconforto nos últimos 7 dias com a

mediana do vetor de magnitude (VM) de cada participante nas suas diferentes atividades. Denota-

se, que são as senhoras de limpeza que exercem mais atividade. Existe uma correlação, que é, aos

valores do vetor magnitude entre 100 e 500, a intensidade de dor está entre valores de 7 e 10.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

0 , 0 5 0 , 0 1 0 0 , 0 1 5 0 , 0 2 0 0 , 0 2 5 0 , 0 3 0 0 , 0 3 5 0 , 0 4 0 0 , 0 4 5 0 , 0 5 0 0 , 0INTE

NSI

AD

E D

E D

OR

NO

S U

LTIM

OS

7 D

IAS)

MEDIANA DAS CONTAGENS DO VM (30 HZ)

MEDIANA DE (VM) DE C ADA PAR T IC IPAN T E N AS SUAS AT IV IDADES

ES LP TL

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64 Conclusões e perspetivas futuras

Perante valores de magnitude entre 50 e 100 registados pelas técnicas de laboratório, estas revelam

o mesmo valor de intensidade de dor, sendo este 5.

Relativamente às trabalhadoras de escritório esta tem um VM de 0, no entanto, os valores de

intensidade de dor nos últimos 7 dias são os que mais apresentam variação pois o fator individual

tem uma elevada incidência na resposta destes profissionais, bem como, o seu estilo de vida e

historial de saúde. Ao observar esta figura constata-se que existem diferenças significativas nos

movimentos reproduzidos em cada atividade.

Figura 29 – Média do tempo sentado, por períodos de 10 s, de cada participante nas suas atividades.

0

2

4

6

8

10

12

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

INTE

NSI

AD

E D

E D

OR

NO

S U

LTIM

OS

7 D

IAS

MÉDIA DAS CONTAGENS DO INCLINOMETRO (30 HZ)

MÉDIA DO INCLINÓMETRO SENTADO DE CADA PARTICIPANTE

NAS SUAS ATIVIDADES

LP TL ES

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 65

4.4.3 Verificação da Hipótese 3

Em cada participante foi recolhido o valor médio do inclinómetro.

Através da Figura 29, verifica-se que as trabalhadoras da atividade de escritório em média estão

sentadas o tempo todo. As que não relatam intensidade de dor e desconforto poucas em média

estão sentadas e, a maior parte que relatam intensidades elevadas de dor tem uma média de 9 s. A

posição sentada é um estado que permanecendo muito tempo pode levar à sobrecarga na região

lombar, perda de irrigação sanguínea em certas áreas do corpo devido a movimentação reduzida.

Estes profissionais tem os problemas referidos anteriormente devido à postura inadequada, falta

de equipamentos de trabalho agronomicamente preparados para as atividades e pouca alternância

de

posição. A não alternância de posição verifica-se pela Figura 30 que mostra a intersecção da moda

com a intensidade de dor.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

INTE

NSI

AD

E D

E D

OR

NO

S U

LTIM

OS

7 D

IAS

MODA DAS CONTAGENS DO INCLINOMETRO

MODA DO INCLINOMETRO SENTADO DE CADA PARTIC IPANTE NAS SUAS ATIVIDADES

LP TL ES

Figura 30 - Moda do inclinómetro sentado de cada participante nas suas atividades por

períodos de 10 s

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66 Conclusões e perspetivas futuras

4.5 Conclusões

O presente estudo constituiu uma avaliação ergonómica com aplicação de diferentes técnicas a 32

trabalhadoras no contexto da limpeza profissional, técnica de laboratório e serviço de escritório ao

computador. Constitui também na caraterização da amostra e prevalência de sintomas músculo-

esqueléticos.

De acordo com a revisão da literatura, os objetivos propostos e a metodologia adotada neste estudo,

conclui-se que há uma elevada prevalência de sintomas músculo-esqueléticos nas três atividades

avaliadas, sendo as principais zonas afetadas as costas, os ombros, pernas e pés.

A amostra utilizada neste estudo evidenciou uma elevada exposição à carga física de trabalho que

inclui posições desconfortáveis do tronco, posição elevada dos braços, permanência na posição

sentado e em pé.

A exposição a elevada carga física pode ser reflexo das más posições adotadas nas três atividades

desempenhadas na profissão na limpeza profissional, quando as trabalhadoras de limpeza estão a

apanhar o lixo, a lavar a casa de banho ou a limpar os vidros. Já a técnica de laboratório quando

está a pipetar, a lavar a loiça do laboratório na máquina, e a trabalhadora de escritório quando está

na posição estática por longos períodos ao computador e tenta arranjar posição para se sentir

confortável.

As características destes trabalhos por si só implicam fator de risco para LMERT em trabalhadores

destas áreas.

Constatou-se que as profissionais da limpeza relataram mais queixas em comparação com o resto

da amostra.

Os dados obtidos revelaram que os participantes reportaram mais sintomas músculo-esqueléticos

nos últimos 7 dias. Conclui-se que a posição dos braços, pescoço e das ancas constitui menor risco

de LMERT para estas zonas corporais.

Torna-se evidente que a postura irracional adotada pelos participantes nas suas atividades, por

longos períodos, acentuada flexão anterior do tronco, posição elevada dos braços sem suporte,

elevada carga estática e dinâmica muscular e articular, repetibilidade de movimentos, são fatores

que podem causar desconforto, dor e lesões no sistema músculo-esquelético e nervoso.

É necessário consciencializar os participantes a racionalizar os movimentos de acordo com os

princípios de ergonomia para providenciar uma elevada performance e diminuir o risco de lesão.

Após este estudo é possível perceber o impacto de dor e desconforto ao risco que as LMERT

podem ter na saúde ocupacional e a importância de identificar os fatores de risco a que a profissão

está exposta.

Por outro lado, os fatores de risco para LMERT não são apenas biomecânicos razão pela qual seria

também interessante explorar os fatores psicossociais e organizacionais implicados nestas

atividades de forma a identificar os vários riscos envolvidos e criar estratégias para melhorar a

saúde ocupacional.

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Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 67

Este estudo recomenda uma intervenção ergonómica, complementada com a formação adequada

para as trabalhadoras quanto à educação em saúde ocupacional sobre mudanças posturais mais

adequadas, implementação e atualização dos padrões para recomendar e reduzir o risco de lesões

músculo-esqueléticas.

Com a técnica de actigrafia foi possível monitorizar e quantificar os movimentos que não são

registados e avaliados através de fotografias e vídeos, associando com a avaliação de

sintomatologia de dor através do questionário NMQ e o método REBA para prever o risco de lesão

músculo-esquelética e recuperação física durante um período de atividade contínua.

A combinação dos métodos tradicionais, com a técnica de actigrafia consegue-se obter uma maior

precisão de dados e redução de erros. No sentido de obter uma informação mais fidedigna.

Com este estudo explorativo conclui-se que há indícios que a técnica de actigrafia no futuro poderá

vir a ser utilizada na gestão e prevenção de dor e desconforto dos profissionais de trabalho de

forma a reduzir o risco de lesões músculo-esqueléticas obtendo dados destes profissionais em

tempo real.

Page 82: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

68 Conclusões e perspetivas futuras

4.6 Perspetivas Futuras

No que diz respeito a perspetivas futuras seriam:

1. Estudos com uma amostra de maior dimensão e inclusão do género masculino;

2. Estudos com atividades padronizadas;

3. Comparação com outro tipo de equipamento, para técnica de actigrafia;

4. Fazer uma avaliação ergonómica tendo em conta fatores individuais, organizacionais e

psicossociais;

5. Aplicação do questionário ao longo do tempo;

6. Aplicação deste estudo em contexto de trabalho Angolano, e comparar com amostra

Portuguesa;

7. Realização de workshop sobre avaliação ergonómica e suas metodologias e técnicas

através da associação (AAPSST- associação angolana de profissionais de segurança e

saúde no trabalho).

Outra perspetiva seria fazer uma avaliação com uma amostra de pelo menos 150 trabalhadoras da

atividade de limpeza, pois ao fazer os questionários constatou-se que todos fatores apontados pelos

autores, como os fatores individuais (situação de saúde, Patologias, Hábito de vida não saudáveis

(tabagismo, alcoolismo, má alimentação) e fatores organizacionais e psicossociais (ritmo intenso

de trabalho, monotonia das atividades e ausência de controlo, pressão temporal e ausência de

repouso, relação entre colegas, avaliação de desempenho, exigências de produtividade, trabalhos

por objetivos e insatisfação profissional), para melhorar as condições de trabalho.

Relativamente a técnica de actigrafia, seria importante fazer medições mais curtas e com outro

tipo de métodos diretos, para comparar a quantificação dos movimentos e das posturas adotadas

através de ângulos, incluindo também ensaios clínicos padronizados para explorar o uso do tempo

de permanência em pé ou sentado na composição corporal, bem como, estratégias de prevenção

da obesidade visto que uma parte da amostra deste estudo tem o índice de massa corporal elevado.

Page 83: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica

Santos, Solange 69

4.7 Recomendações

Mesmo que não seja possível alcançar soluções ideais relativamente à dor e desconforto e ao risco

das LMERT, poder-se-á atuar de forma mais eficaz do que se realiza atualmente.

Diante dos fatos, algumas recomendações são oportunas de serem sugeridas, visando o bem-estar

dos funcionários entre elas:

✓ Implementar um programa de reeducação postural para que as trabalhadoras saibam como

dispor de suas ferramentas e mobiliários e também como evitar vícios posturais;

✓ Reajustar o tempo de pausas de acordo com as cargas de trabalho;

✓ Realizar alternância das tarefas, para não causar ritmos intensos e stress;

✓ Capacitar as trabalhadoras para uso de produtos e ferramentas utilizadas para a realização

da tarefa;

✓ Implementar um sistema de gestão ergonómica.

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Page 85: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

Santos, Solange 33

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1

APÊNDICES

APÊNDICE I- Prevalência de sintomatologia na atividade de escritório ao computador

Não Sim

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxas Joelho Tornozelo/pé 0 1

ES 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 3 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0

ES 4 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1

ES 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

ES 6 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1

ES 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

ES 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

ES 9 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0

ES 10 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

ES 11 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1

ES 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 13 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1

ES 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 3 1 3 0 0 0 3 1 0 0 8 2 6 4

% 29% 21% 7% 21% 21% 7% 57% 14% 43% 29%

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxas Joelho Tornozelo/pé

ES 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 3 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0

ES 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

ES 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

ES 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

ES 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 2 1

% 7% 7% 7% 21% 14% 7%

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxas Joelho Tornozelo/pé sem dor 0

ES 1 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 media 5

ES 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 maxima 10

ES 3 1 0 0 5 0 0 0 3 0 0 0 5 0 3 0

ES 4 8 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0

ES 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0

ES 8 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0

ES 9 7 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0

ES 10 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0

ES 11 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 10 0 8 7

ES 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ES 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0

ES 14 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0

3 1 0 6 0 0 0 2 0 0 0 9 0 3 1

21% 7% 43% 14% 64% 21% 7%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões Intensidade

29%21%

7%

21%

0% 0% 0%

21%

7%0% 0%

57%

14%

43%

29%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões

7% 7%

0% 0% 0% 0% 0%

7%

0% 0% 0%

21%

0%

14%

7%

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de

problemas nas seguintes regiões

21%

7%

0%

43%

0% 0% 0%

14%

0% 0% 0%

64%

0%

21%

7%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões

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2

APÊNDICE II- Prevalência de sintomatologia na atividade de limpeza profissional

Não Sim

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pés 0 1

LP1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1

LP2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1

LP3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

LP4 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0

LP5 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0

LP6 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1

LP7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP8 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP9 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

LP10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1

LP11 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1

LP12 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1

LP13 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1

LP14 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1

3 2 0 8 2 0 0 5 0 0 0 12 7 7 9

% 21% 14% 57% 14% 36% 86% 50% 50% 64%

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pés

LP1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0

LP12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1

LP14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 3 1

% 21% 14% 21% 7%

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pés

LP1 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 7 0 8 0 sem dor 0

LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 8 10 10 8 media 5

LP3 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 8 10 0 0 maxima 10

LP4 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0

LP5 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0

LP6 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 10 0 8 10

LP7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 8

LP8 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 7

LP9 5 0 0 5 5 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0

LP10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 9 5 8

LP11 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 10 10 10 9

LP12 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 9 5 0 10

LP13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 5 7 5

LP14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 5 6 9

1 0 0 5 2 0 0 3 0 0 1 14 9 7 9

7% 36% 14% 21% 7% 100% 64% 50% 64%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões

Intensidade

21%14%

0%

57%

14%

0% 0%

36%

0% 0% 0%

86%

50% 50%

64%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

21%

14%

21%

7%

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo)

por causa de problemas nas seguintes regiões

7%0% 0%

36%

14%

0% 0%

21%

0% 0%7%

100%

64%

50%

64%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões

3 2 0

8

2 0 0

5

0 0 0

12

7 7

9

Quantas pessoas sentem dores nas determinandas partes do corpo

Page 91: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

3

APÊNDICE II- Prevalência de sintomatologia na atividade de laboratório

Não Sim

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pé 0 1

LP1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1

LP2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

LP3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP4 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1

3 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 3 1 1 2

% 75% 25% 25% 25% 75% 25% 25% 50%

4

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pé

LP1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1

LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LP4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1

25% 25% 25% 25%

4

ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pé sem dor 0

LP1 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 6 media 5

LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 maxima 10

LP3 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0

LP4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 5

0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 2

25% 25% 75% 25% 50%

4

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões Intensidade

75%

25%

0% 0%

25%

0% 0% 0%

25%

0% 0%

75%

25% 25%

50%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes

regiões

0%

25%

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

25% 25%

0%

25%

Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de

problemas nas seguintes regiões

0%

25%

0%

25%

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

75%

25%

0%

50%

Prevalência de sintomatologia nos últimos 7 dias nas seguintes regiões

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1

ANEXOS I- Avaliação da postura segundo o REBA para P1

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

13

310 +

5

0

58

3

8

0

2

2

5

33

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 94: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

2

ANEXO II- Avaliação da postura segundo o REBA para P2

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

12

39 +

5

1

67

3

6

1

2

2

3

33

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 95: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

3

ANEXO III- Avaliação da postura segundo o REBA para P3

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

12

39 +

3

0

39

1

9

0

2

3

5

43

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 96: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

4

ANEXO IV- Avaliação da postura segundo o REBA para P4

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

13

310 +

9

0

96

6

6

0

2

2

4

22

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 97: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

5

ANEXO V- Avaliação da postura segundo o REBA para P5

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

13

310 +

9

0

96

6

6

0

2

2

4

22

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 98: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

6

ANEXO VI- Avaliação da postura segundo o REBA para P6

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Limpeza Profissional Reviewer Solange dos Santos Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

Table A 321

Neck

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

9

4

9

0

2

3

4

43

Table C

18/03/2019

13

211 +

7

1

8

Page 99: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

7

ANEXO VII- Avaliação da postura segundo o REBA para P7

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

dd/mm/yy

9

27 +

9

0

93

6

3

0

2

2

2

13

Table C

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Table A 321

Neck

Page 100: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

8

ANEXO VIII- Avaliação da postura segundo o REBA para P8

REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.

A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist AnalysisStep 1: Locate Neck Position Step 7: Locate Upper Arm Position:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6

2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7

Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8

If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….

If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1

If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score

Step 2: Locate Trunk Position If arm is supported or leaning: -1

1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:

1 1 2 2 1 2 3

2 1 2 3 2 3 4

Step 2a: Adjust…. 3 3 4 5 4 5 5

If trunk is twisted: +1 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score

If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8

6 7 8 8 8 9 9

Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score

Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……

2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1

3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B:

Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B

Using values from steps 1-3 above, locate score in 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0

+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling

Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score

If Load < 5kgs: +0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2

If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3

Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C

Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain

Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B

Find row in Table C. Score A row from step 6 to obtain Table C score.

Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score

Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)

1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)

2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base

4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon8 to 10 = high risk, investigate & implement change

11+ = very high risk, implement change Final REBA Score

Task Name Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Reviewer Xxxxxx Xxxxxx Date:

This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .

Table A 321

Neck

Trunk Posture

Score

Legs

Upper Arm

Score

Wrist

Lower Arm

Table B

Score B, (table B value + coupling score)

Score A (score

form table A

+load/force

score)

1 2

3

6

3

0

2

2

2

13

Table C

dd/mm/yy

10

37 +

9

0

9

Page 101: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

Último Nome, Primeiro Nome 1

ANEXO VIIII- Questionário nórdico

Page 102: AVALIAÇÃO ERGONÓMICA DE POSTOS DE TRABALHO COM …aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade dos dados e uso de instrumentos,

2