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ERMESINDE N.º 898 ANO LII/LIV 30 de novembro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE MAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE FUTEBOL Ermesinde SC sofre a derrota mais pesada da época! DESPORTO “A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ Assembleia Municipal vai discutir reorganização concelhia Pág. 3 Centro Social de Ermesinde aprova Plano e Orçamento Pág. 4 S. Martinho Gastronómico do Centro Social de Ermesinde Pág. 5 Rotary Club de Ermesinde homenageia o professor Fernando Queirós Pág. 6 A delimitação da freguesia de Alfena - 1689/90 Pág. 7 Vasco Graça Moura esteve na Biblioteca Municipal de Valongo Pág.s 8/9 Foi a 15ª edição da Mostra Interna- cional de Teatro do ENTREtanto, mais uma vez o certame de exce- lência a que já nos habituou, pese o modelo adaptado aos constrangi- mentos orçamen- tais. Pág.s 10 e 11 O tea O tea O tea O tea O teatr tr tr tr tro o o a a atento ao tento ao tento ao tento ao tento ao mundo mundo mundo mundo mundo MANUEL VALDREZ

AVE_898

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Jornal "A Voz de Ermesinde" n.º 898, de 30 de novembro de 2012

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Page 1: AVE_898

30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 1

ERMESINDEN.º 898 • ANO LII/LIV 30 de novembro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

A VOZ DEA VOZ DEERMESINDEMAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS M E N S Á R I O

TAXA PAGAPORTUGAL

4440 VALONGO

DESTAQUE

FUTEBOL

Ermesinde SCsofrea derrotamais pesadada época!

DESPORTO

“ A V o z d e E r m e s i n d e ” - p á g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

AssembleiaMunicipalvai discutirreorganizaçãoconcelhia

Pág. 3

Centro Socialde Ermesindeaprova Planoe Orçamento

Pág. 4

S. MartinhoGastronómicodo Centro Socialde Ermesinde

Pág. 5

Rotary Clubde Ermesindehomenageiao professorFernandoQueirós

Pág. 6

A delimitaçãoda freguesiade Alfena- 1689/90

Pág. 7

Vasco GraçaMoura estevena BibliotecaMunicipalde Valongo

Pág.s 8/9Foi a 15ª ediçãoda Mostra Interna-cional de Teatrodo ENTREtanto,mais uma vez ocertame de exce-lência a que já noshabituou, pese omodelo adaptadoaos constrangi-mentos orçamen-tais. Pág.s 10 e 11

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mundomundomundomundomundo

MANUEL VALDREZ

Page 2: AVE_898

2 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Destaque

FERNANDA LAGEDIRETORA

Este paísdo eterno nevoeiro

ED

ITO

RIA

L

brilho sem luz e sem arder,como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.Ninguém conhece que alma tem,Nem o que é mal nem o que é bem.(Que ânsia distante perto chora?)Tudo é incerto e derradeiro.Ó Portugal, hoje tu és nevoeiro…

É a Hora!”. (2)

E é com profunda tristeza que associoeste poema ao momento atual do nos-so país, país a atravessar uma profundacrise: política, de valores e de identida-de.Que país é este em que todos os diassomos bombardeados com diretivas,leis e comunicados que põem em cau-sa a democracia e a vida das pessoascom a maior das ligeirezas?Desta vez o nevoeiro conduziu-me paraoutro mundo, não o da beleza mas paraum mundo de incertezas, de mentiras,de medos profundos. O nevoeiro queesconde a realidade, que encobre o pre-cipício profundo com nuvens que nosdão a sensação de um mar plano, a es-trada que não tem fim, mas que só é vi-sível nos primeiros metros, a procura deuma luz que nos indique o caminho.Sem tiros, sem bombas, vivemos uma

guerra que se abateu sobre nós e cujas consequências sãoainda imprevisíveis.A esperança está a morrer, a fome está aí, não há nevoeiroque a esconda.Resta-me acreditar que o nevoeiro é um acidente de percur-so, que vai e vem, assim a natureza o queira!...

(1) Giovanni Pascoli, Nella nebbia (in “Primi Poemetti”, Bologna,Zanichelli,1905), citado por Umberto Eco no romance “A Misteriosa Cha-ma da Rainha Loana”.(2) Fernando Pessoa, in “Nevoeiro”, último poema da “Mensagem”.

e há fenómeno na natureza que me in-quieta e provoca uma sensação demedo, insegurança, e em simultâneouma admiração e um convite ao imagi-nário, que transforma o real nos cená-rios mais diversos e inspiradores deS

histórias e vivências, é sem dúvida o nevoeiro.Na subida para as Penhas Douradas e na descida paraManteigas, encontro por vezes a serra cercada de ne-voeiro e esta sensação repete-se. Se, por um lado, omedo na condução se intensifica, por outro lado a be-leza de ver os vales transformadosem rios, lagos e mares, e as mon-tanhas e povoações em ilhas, con-vence-me a arriscar.

“E olhei para o vale: tinha desa-parecidotudo! Submerso! Era um grandemar plano,Cinzento, sem ondas, sem praias,unido.E só havia, aqui e além, o estra-nhoVozear de gritos pequenos e sel-vagens:Aves perdidas naquele mundovão,Como que suspensos, e sonhosde ruínasE de silenciosos eremitérios.”. (1)

Foi desta forma que me senti naúltima vez que atravessei a serra, perdida, suspensa.Na minha mente corriam imagens narrando os últimostempos da vida deste país.E porque o nevoeiro é inspirador lembrei-me deFernando Pessoa:

“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,define com perfil e sereste fulgor baço da terraque é Portugal a entristecer -

FOTO ARQUIVO

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

Assembleia Municipal vai discutirrejeição da proposta de agregação das freguesiasde Campo e Sobrado e limites da de Alfena

LC

A próxima sessão da As-sembleia Municipal de Valongo,marcada para o próximo dia 4de dezembro, vai abordar duasquestões que se prendem com aorganização territorial do con-celho, a recusa de qualquer reor-ganização de freguesias, com arejeição da proposta de agrega-ção das freguesias de Campo eSobrado, emitida pela UTRAT(Unidade Técnica para a Reorga-nização Administrativa do Terri-tório) e a confirmação da recusaem agregar qualquer outra à fre-guesia de Valongo, e ainda apro-var uma notificação a entregar àUTRAT sobre os limites históri-cos da freguesia de Alfena, ques-tão essa que deverá ser resolvidaindependentemente da soluçãoque vier a ser adotada em relaçãoà organização territorial do con-celho de Valongo.

Ora, relativamente à ques-tão de Alfena remetemos os nos-sos leitores para o artigo publi-cado na pág. 7 deste número de“A Voz de Ermesinde”, da auto-ria de Arnaldo Mamede, e quevem no seguimento de um outroanterior, da autoria de RicardoRibeiro, publicado no númeroanterior do nosso jornal.

Sobre a reorganização admi-nistrativa do concelho de Va-longo, entendemos útil deixaraqui um pequeno estudo com-parativo, tendo por base a ÁreaMetropolitana do Porto, nosentido de ajudar a demonstrar aarbitrariedade da decisão de in-

tervir seja de que forma for, paraalterar a atual organização doconcelho em cinco freguesias.

Para começar importa sali-entar que este processo é tudomenos pacífico, com as propos-tas a serem definidas na grandemaioria dos casos em completaoposição ao Poder Local e semter em conta as posições expres-sas nas várias Assembleias Mu-nicipais que sobre tal matéria sepronunciaram.

Por exemplo, no caso daÁrea Metropolitana do Porto,com 16 concelhos, apenas em 5deles se chegou a um acordo (comS. João da Madeira, que tem ape-nas uma freguesia, a ignorar aconsulta), sendo em todos os ou-tros a posição da AssembleiaMunicipal negativa (quer pormaioria – como no caso do Por-to –, quer por unanimidade emtodos os outros.

As propostas da UTRAT,obedecendo a um caderno deencargos à partida inquinado,vêm na continuidade de umapolítica que se resume a destruirtodo o papel social do Estadoou, como neste caso, a enfra-quecer ainda mais o Poder Locale os seus vínculos de proximi-dade com a população, o queparece deixar no ar a ideia deuma preferência por um Estadomusculado, uma educação sele-tiva, uma saúde mercantilizada,euma economia sem autonomia esustentabilidade, para suposta-mente por essa via, alcançar oequilíbrio financeiro das contasdo Estado, ignorando sempre

qualquer outra forma de distri-buir o esforço que é pedido narelação Capital-Trabalho.

Mas regressemos à questãoparticular da reorganização doconcelho de Valongo que, comose sabe, desaguou na propostade uma agregação entre as fre-guesias de Campo e Sobrado, namais completa ignorância da gran-de diversidade histórica e socio-lógica entre estas duas freguesi-as, bem expressa aliás, ao longodos anos, em resultados eleito-rais extremados e de sinal con-trário entre si, relativamente aoresto do concelho, a provar deque se trata de entidades clara-mente diferenciadas, com assuas culturas, vivências e tradi-ções muito próprias.

Análisecomparativa

Numa análise comparativacom os outros 15 concelhos daÁrea Metropolitana, por seulado, fica bem claro que o con-celho, já há muito efetuou a suaracionalização administrativa.

Não há motivo que não sejaartificial e arbitrário, para im-por a Valongo seja que reorga-nização de freguesias for.

Numa análise de “economiade eficácia” relativamente aosoutros conecelhos da Área Me-tropolitana, vê-se que Valongoé o terceiro, em termos de ad-ministração de área de territó-rio por freguesia, em média, sig-nificando isso que diminuindoas freguesias, a área por fregue-

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

sia será ainda maior, e este índi-ce ganha ainda maior relevânciase considerarmos que só admi-nistram uma área maior, emmédia, as freguesias dos conce-lhos marcadamente rurais, comoVale de Cambra e Arouca.

Por sua vez, se atendermosantes a uma análise comparativado número de habitantes servi-dos por cada freguesia, veremosque Valongo é o concelho cujasfreguesias servem, em média ummaior número de habitantes, àexceção do caso de particular deS. João da Madeira, constutuídopor uma única freguesia.

Se atribuirmos pontos deeficácia determinados pela or-dem combinada dos dois índicesreferidos, Valongo é, claramen-te, o concelho mais “eficaz” emtermos de organização, na ÁreaMetropolitana, como se podeverificar no quadro abaixo.

A concretizarem-se todas aspropostas da UTRAT, na ÁreaMetropolitana do Porto, o con-celho de Valongo passaria a sero 4º mais “eficaz”, ultrapassa-do por S. João da Madeira,Gondomar e Matosinhos (ogrande perdedor desta reorga-nização administrativa, deixan-do inevitavelmente no ar a ques-tão de se não estará a pagar, em-bora tal seja justificado com cri-térios aparentemente os maisobjetivos, o seu posicionamento“eternamente” crítico das for-ças atualmente no Governo).

Mas o mais interessanteainda é que, ao compararmos osmesmos índices de “eficácia” do

concelho de Valongo tal como éhoje, com os índices que os ou-tros concelhos apresentariam,se fosse concretizada a reorga-nização administrativa, verifica-ríamos que Valongo, ainda as-sim, ficaria entre os primeiros,descendo apenas um lugar, para5º (quer em cada um dos índi-ces, quer no seu combinado).

Isto é, mesmo sem a reor-ganização admimistrativa, Va-longo continuaria mais “eficaz”do que muitos outros concelhos“reorganizados” da Área Me-tropolitana do Porto. Parece as-sim estar a pagar um preço porter, no passado, adotado umageometria frugal, ao contrário deoutros concelhos, mais genero-sos no que respeita à distribui-ção do Poder Local.

Importa todavia aqui escla-recer que não defendemos estescitérios de “eficácia”, apenaspegamos neles de empréstimopara aqui sublinhar e demons-trar o ridículo das decisões queapontam para a necessidade de“reorganizar” o concelho deValongo, suprimindo uma fre-guesia, seja por “união” de duas,ou seja lá como for.

Nesta Assembleia Munici-pal será também muito curiosoescutar, se é que vai estar pre-sente, as justificações do presi-dente da Mesa da Assembleia,Henrique Campos Cunha que,na sua qualidade de membro daUTRAT, apôs a sua assinaturana proposta de agregação dasfreguesias de Sobrado e Cam-po, apesar de ter votado com a

Assembleia Municipal, anteri-ormente, a recusa de qualquerreorganização territorial impos-ta do concelho de Valongo.

Há alguns sinais nesta reor-ganização administrativa quesão preocupantes, aparecendomuitos casos que, por coinci-dência, servem à medida inte-resses políticos da maioria go-vernamental.

Mas noutros casos, como ode Valongo, as próprias forçaspolíticas locais afetas ao Gover-no terão dificuldade em conciliara sua lealdade ideológica com arejeição profunda destas refor-mas infundamentadas, pelas po-pulações que nelas votaram paraas representar.

O volume dos protestos, anível nacional, mas também anível, é uma procissão que ain-da agora vai no adro.

Temos dificuldade em vercomo tudo isto irá acabar – sejapelo cenário mais provável darendição das autarquias locaisconcelhias – sobretudo as afetasà maioria do Governo –, seja porum pequeno recuo de concilia-ção deste (que no caso deValongo passaria por deixar tudocomo está), seja pela posteriorreversão de todo este cenário dereforma administrativa.

A determinação da Assem-bleia Municipal de Valongo emreafirmar a sua recusa em qual-quer reorganização administra-tiva deixa-nos curiosos e comexpetativas, para já no desen-rolar desta sessão marcada paraa noite do próximo dia 4.

CONCELHO

Arouca

Espinho

Gondomar

Maia

Matosinhos

Oliv. de Azeméis

Porto

Póvoa de Varzim

Santa Maria Feira

Santo Tirso

São João Madeira

Trofa

Vale de Cambra

ValongoVila do Conde

Vila Nova de Gaia

N.ºFreg.atual

N.ºFreg.UTRAT

Área(Km2)

327, 99

21,11

133,26

83,14

62,30

163,41

41,66

82,10

213,45

135,31

8,11

71,88

146,21

75,13149,31

168,70

Habit.

20

5

12

17

10

19

15

12

31

24

1

8

9

530

24

16

4

7

10

4

12

7

7

21

14

1

5

7

421

16

22 359

31 786

168 027

135 306

175 478

68 611

237 591

63 408

139 312

71 530

21 713

38 999

22 864

97 85879 533

302 296

Habit.//Km2

68,17

1 505,73

1 260,90

1 694,00

2 816,66

419,87

5 703,10

772,33

652,67

528,64

2 677,31

542,56

156,38

1 302,52532,67

1 791,91

Km2//Freg.atual

16,40

4,22

11,11

4,89

6,23

7,03

2,78

6,84

6,89

5,64

8,11

8,99

16,25

15,034,98

7,03

Habit.//Freg.atualO

RD

EM

1 117,95

6 357,20

14 002,25

7 959,18

17 530,60

3 611,10

15 839,40

5 284,00

4 493,94

2 980,41

21 713,00

4 874,86

2 540,44

19 571,602 651,10

12 595,67

0

14

3

13

10

5

15

9

8

11

6

4

1

212

7

Km2//Freg.UTRAT O

RD

EM

20,50

5,27

19,04

8,31

15,58

13,62

5,95

11,73

10,16

9,67

8,11

14,38

20,89

18,787,11

10,54

1

15

2

11

4

6

14

7

9

10

12

5

0

313

8

OR

DE

M

15

7

4

6

2

11

3

8

10

12

0

9

14

113

5

Habit.//Freg.UTRAT

1 397,44

7 946,50

24 003,86

13 530,60

43 869,50

5 717,58

33 941,57

9 058,29

6 633,90

5 109,29

21 713,00

7 799,80

3 266,29

24 464,503 787,29

18 893,50

OR

DE

M ORDEMATUALCOMBIN.

ORDEMUTRATCOMBIN.

ORDEMATUALVALONGOCOMPAR.ORDEMUTRAT

Km2//Freg.

ORDEMATUALVALONGOCOMPAR.ORDEMUTRAT

Habit.//Freg.

Acordo

Sim

Não/U

Não/U

Sim

Não

Não

Não/M

Não/U

Sim

Não/U

Ignorou

Não/U

Sim

Não/UNão/U

Sim

(2011)

15

8

3

6

0

11

1

7

10

12

4

9

14

213

5

15

21

7 - 3º

19

12

16

18

17

18

23

6 - 2º

13

15

3 - 1º25

12

16

23

5 - 3º

17

4 - 1º

17

15

14

19

22

4 - 1º

14

14

10 - 4º26

13

5º 5º

ORDEMATUALCOMBIN.VALONGOCOMPAR.ORDEMCOMBIN.UTRAT

Reorganização territorial dos concelhos da Área Metropolitana do Porto – Estudo comparativo

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4 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Destaque

Centro Social de Ermesindeaprova por unanimidadeo Plano e Orçamentopara o ano de 2013

MIGUEL BARROS

De forma unânime foi apro-vado no passado dia 15 de no-vembro, em Assembleia Geral,o Plano de Atividades e Orça-mento do Centro Social deErmesinde (CSE) para o ano de2013. Um orçamento que se-gue na linha dos dois exercíciosanteriores, isto é, pautado pelasustentabilidade e pelo equilí-brio financeiro. E tal como nosanos anteriores é notório nestedocumento uma trajetória des-cendente no que concerne aovalor orçamentado. Numerica-mente falando está previsto umvalor global entre gastos e ren-dimentos de 2 522 483 00 eurosem contraposto com os 2 822554 00 euros estimados para ocorrente ano. A atual situaçãode profunda crise social e fi-nanceira em que o país se en-contra a isso obriga, conformefez questão de sublinhar o pre-sidente da Direção do CSE,Henrique Queirós Rodrigues,aquando da apresentação doPlano de Atividades e Orça-mento para 2013 aos associa-dos da instituição.

Um decréscimo orçamentalque se enquadra pois com ostempos difíceis vivenciadosatualmente, e no que às Insti-tuições Particulares de Solida-riedade Social (IPSS) diz res-peito se reflete na diminuiçãodas principais receitas. Neste

ponto Henrique QueirósRodrigues lembrou que umadas principais fontes de recei-ta não só do CSE como de to-das as IPSS’s deriva dos paga-mentos dos seus utentes erespetivas famílias, e estandoestes a sofrer profundos cor-tes nos seus rendimentos emvirtude de situações de desem-prego e/ou de cor-tes salariais é na-tural que essa im-portante fonte dereceita das IPSS’sesteja a diminuir dehá uns tempos aesta parte.

Outra impor-tante fonte de re-ceita destas insti-tuições são ascomparticipaçõesda Segurança Soci-al, que ao contrá-rio das receitasprovenientes dosutentes se temmantido estável,apesar dos profun-dos cortes or-çamentais que oGoverno vai apli-cando em diversossetores sociais eeconómicos. O presidente doCSE frisou neste ponto que osprotocolos de cooperação cele-brados anualmente entre o Go-verno e as IPSS’s têm assegura-do uma ligeira atualização, sen-

do que para 2013 essa atualiza-ção será de 0,9 por cento. Umesforço simbólico que na vozdo líder da instituiçãoermesindense representa um si-nal positivo na cooperação en-tre o Governo e as IPSS’s, queolha para estas como um par-ceiro importante nas ações deâmbito social.

Positivas são também algu-mas medidas que vão ser apre-sentadas e debatidas muito embreve na Assembleia da Repú-blica e que visam precisamentebeneficiar, por assim dizer, asinstituições de solidariedadesocial. Uma dessas medidas é aLei de Bases da Economia Soci-al, a qual clarificará a interven-ção das IPSS’s na atividadeeconómica, algo que poderá vira constituir um meio de diversi-

ficar as fontes de financiamen-to de instituições como o CSEpara reforço da sua intervençãosocial. Outra medida prende-secom a Lei do Bom Samaritano,que permitirá satisfazer uma

ambição antiga dasIPSS’s, e que residena autorização esimplificação dosprocedimentos rela-tivos à oferta, trans-porte e consumo dealimentos oferecidospara fins de solidari-edade.

É pois com algu-ma esperança que oCSE encara o próxi-mo ano apesar docenário negro em queele se vislumbra. Co-locado à votação esem qualquer reparo dos asso-ciados o documento seria entãoaprovado por unanimidade –após o parecer positivo dadopelo Conselho Fiscal (CF), quena voz do seu presidente, Artur

Carneiro, aproveitou a oportu-nidade para agradecer publica-mente a todos os colaborado-res do CSE pelo empenho evi-denciado em todas as ações (deangariação de fundos) que a ins-

tituição tem levado a cabo, eum especial agradecimento,pela colaboração e esclareci-mento de questões técnicaspara com o CF, à responsávelpela contabilidade do Centro,Fátima Costa, que se encon-

trava ausente pormotivos de saú-de –, conformeadiantámos noinício.

O ponto se-guinte da Ordemde Trabalhos (OT)aludia à delibera-ção sobre elegibi-lidade de elemen-tos dos corposgerentes para maisum mandato deacordo com o nú-mero 2 do artigo11 dos estatutos.Em jeito de expli-cação para a exis-tência deste pon-to na OT Hen-rique QueirósRodrigues come-çou por explicarque segundo os

estatutos do CSE, bem comoda maioria das IPSS’s, os ele-mentos que fazem parte doscorpos gerentes não podem sereleitos por mais de dois man-datos consecutivos, a não ser

que a Assembleia Geral da insti-tuição delibere que é inconveni-ente a substituição de um ele-mento que esteja em risco, diga-mos assim, de não poder conti-nuar a exercer funções num ter-ceiro mandato seguido. E é nes-ta situação que se encontraAlcina Meireles, membro daatual Direção do CSE, a cumprirprecisamente o seu segundomandato, e que na voz do presi-dente da IPSS ermesindense temsido um elemento importante navida da instituição. HenriqueQueirós Rodrigues teceu elogi-os ao trabalho que vem sendodesenvolvido pela citada dirigen-te, em particular na valência pelaqual esta é responsável, a da edu-cação pré-escolar, uma dasvalências onde o Centro maistem obtido receitas, muito frutodo seu desempenho.

Assim sendo, foi propostaa deliberação da elegibilidadepara um novo mandato de AlcinaMeireles, em caso desta ser no-vamente candidata nas próximaseleições do CSE. Por voto se-creto a proposta seria aprovadapor 19 votos favoráveis, umaabstenção, e um voto em bran-co, ficando assim AlcinaMeireles possibilitada de apre-sentar a sua candidatura aos cor-pos gerentes da instituição nopróximo ato eleitoral.

Foi aprovado no passadodia 15 de novembro, em As-sembleia Geral da instituição,o Plano de Atividades e o Or-çamento do Centro Social deErmesinde (CSE) para o exer-cício de 2013.

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FOTOS ARQUIVO MANUEL VALDREZ

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 5Local

S. Martinho Gastronómicodo Centro Social de Ermesinde

Decorreu nos passadosdias 9 e 10 de novembro (sexta,a partir das 18h00, e sábado,durante todo o dia, até às22h00) o já habitual S. Mar-tinho Gastronómico do CentroSocial de Ermesinde que, maisuma vez, animou durante estesdois dias o largo da feira velhade Ermesinde.

Oportunidade de convívioentre todos, o S. Martinho Gas-tronómico era também uma ini-ciativa dirigida a objetivos so-lidários, e como tal, oportunida-de de angariação de fundos parao Centro Social de Ermesinde.

O S. Martinho Gastronómi-co do Centro Social de Er-mesinde foi uma atividade

polifacetada, com a participa-ção de todas as valências da ins-tituição, onde houve lugar a umafeirinha de produtos dos utentesdo Lar de S. Lourenço, criançasdo infantário e seus familiares,funcionários e amigos (comprodutos de época e doces comogeleia, marmelada e doce de abó-bora). Houve ainda uma peque-na feira do fumeiro. Os pais dealgumas crianças também trou-xeram bolos. E quentinhas eboas, para quem quisesse, belascastanhas para aquecer a tarde ea noite.

Houve também uma tôm-bola de rifas.

Quanto ao serviço de res-taurante, com ofertas da cozi-

nha tradicional portuguesa, nãoeram poucas as iguarias ofere-cidas, mais uma vez em muitogrande parte de responsabilida-de da cozinha do Lar de S. Lou-renço. Havia pratos de feijoa-da, pataniscas com arroz degrelos, entrecosto, rojões, vite-la assada com arroz e batata,bifanas com arroz e no pão e ca-brito assado (só no sábado).Acompanhamentos de salada earroz (com e sem grelos), sopasde creme de legumes, papas desarrabulho e caldo verde, entra-das como salpicão, pão e azeito-nas, rissóis, bolinhos de baca-lhau, pataniscas, chouriço assa-do e alheira, sobremesas comoleite creme, pudim, rabanadas,

vários bolos, fruta e castanhasassadas. Para os leitores que nãovieram e agora, com pena, leemisto, este ano está perdido, masnão desesperem, para o ano hámais... e então, não percam!

Animação

Quanto à animação, ela co-meçou logo ao fim da tarde desexta-feira, com as crianças dojardim (salas dos 5 Anos), muitobem trajadas, a exibir-se no pal-co da feira, interpretando dançase cantares tradicionais. A anima-ção seguiu com música variada.

No sábado, a tarde come-çou, por voltas das 15h00, comaulas de dança ministradas pela

professora Daniela Almeida, queacompanhada por um grupo dealunas do DançArt, demonstroua graça e o ritmo do seu grupo.Mais tarde, e durante uns trêsquartos de hora, foi a vez daprofessora Marta envolver todaa gente que o quisesse nas dan-ças latinas, e foram muitas asfuncionárias do CSE que o fize-ram – o que foi muito animado!

Foi depois a vez do cantorpopular David Navarro animaro palco da feira e todos os pre-sentes.

E a festa prosseguiu, maisuma vez, com música variada.

Como sempre tem sido, oêxito da iniciativa só foi possí-vel graças à generosidade volun-

tária de muitos utentes, amigose colaboradores do Centro So-cial de Ermesinde.

Da parte da organização doevento agradece-se a colabora-ção da Câmara Municipal, Jun-ta de Freguesia, Bombeiros Vo-luntários. E muito em particu-lar agradece-se o trabalho vo-luntário dos escuteiros, maisuma vez presentes, e de todosaqueles que ofereceram pão,castanhas e bolos.

E, agora dizemos nós, maisuma vez tudo isto só foi possí-vel com o empenho das cozi-nheiras do Centro Social e detodos e todas as funcionáriasque ajudaram a servir nos doisdias do evento.

FOTOS URSULA ZANGGER

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6 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Local

• Banho privativo

• Telefone

• TV c/ vários canais

Rua Rodrigues de Freitas, 1572 – 4445 ERMESINDE – Tel. 229 735 571

ABÊ

Confiança

Direcção Técnica:Dr.a Cláudia Raquel Fernandes Freitas

Telefone 229 710 101Rua Rodrigues de Freitas, 1442 4445 ERMESINDE

Farmácia

Café Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-Bar

RestauranteRestauranteRestauranteRestauranteRestauranteR. Padre Avelino Assunção, 59-63Telefone 229 718 406 4445 ERMESINDE

Café Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-BarCafé Snack-Bar

RestauranteRestauranteRestauranteRestauranteRestauranteO Sino

Gaivota

FARMÁCIA ASCENSÃO

Rua dos Combatentes, 41Telefone 22 978 3550 • Fax 22 978 3559 4445-384

DIRECTORA TÉCNICAANA MARIA C. DE ASCENSÃO CARDOSO

Licenciada em Farmácia

Rotary Clube de Ermesinde homenageouprofessor Fernando Almiro Marques Queirós

Em cerimónia realizada nopassado dia 22 de outubro, oRotary Clube de Ermesinde(RCE) levou a cabo a sua ho-menagem a um profissi-onal, cabendo a escolhadesta vez, ao professorFernando Almiro Mar-ques Queirós, persona-lidade ligada pelo seutrajeto de vida à cidadede Ermesinde.

Augusta Moura,presidente do RCE, co-meçou por lembrar olema “Dar de Si Antesde Pensar em Si”, queRotary vem perseguin-do desde 1905, data emque Paul Harris fundouem Chicago o Movimen-to Rotário, movimentoeste, que hoje é consti-tuído por sensivelmenteum milhão e duzentosmil profissionais integra-dos em trinta e dois mil equatrocentos clubes es-palhados por cento esessenta e oito países domundo.

Alocuçãode Augusta Moura

«Rotary, é fundamentalmen-te, uma organização de líderes denegócios e profissionais, que temdentro dos seus princípios ba-silares oferecer os seus conheci-mentos às comunidades, na pers-petiva de proporcionar aos seusjovens oportunidades que lhespossibilitem melhorar a qualidadedas suas vidas, pautadas semprepor elevados padrões de ética,quer moral, quer profissional.

Foi exatamente nesta pers-petiva, e norteado por estesprincípios, que o Rotary Clubde Ermesinde, decidiu este anohomenagear o Professor Fer-nando Almiro Marques deQueirós, o qual eu tenho o gra-to prazer e o privilégio de co-nhecer desde a minha juventude.

Por isso mesmo, foi comparticular satisfação, que eu aco-lhi esta decisão, que não é nadamais, nada menos do que o reco-nhecimento de uma carreira deum profissional que durante mais

de quatro décadas entregou todaa sua sabedoria e conhecimentoa esta comunidade ermesindense,

Fernando Almiro Marques deQueirós, nasceu em Abragão,Penafiel em 19 de junho de 1932e passou a residir em Ermesinde

desde 1940. Casou coma Professora Júlia Quei-rós e o casal tem cincofilhos e três netos.

Concluiu o Curso doMagistério Primário em1952, tendo exercido fun-ções como professor doEnsino Primário durante10 anos.

Em 1963 e 1964 efe-tuou estágio para profes-sor adjunto do EnsinoTécnico nas Escolas Téc-nicas Elementares Go-mes Teixeira e RamalhoOrtigão, tendo efetuadoo Exame de Estado paraProfessor Adjunto do 11ºGrupo. Lecionou depoisnas Escolas Industrial eComercial de Águeda,Industrial e Comercial deGuimarães, Escola Indus-trial de Ovar e a partir de1968, na Escola Prepa-ratória de Ermesindecomo professor do qua-

dro de nomeação definitiva do 4ºgrupo, até agosto de 1992, alturada sua aposentação do EnsinoPúblico com 40 anos de serviço.

Durante este período exerceuvários cargos como:

- Subdiretor da escola, de1970 a 1974:

- Vogal do Conselho Diretivo,de 1974 a 1975;

- Presidente da ComissãoProvisória, de setembro a novem-bro de 1983;

- Diretor de Laboratórios;- Delegado de Disciplina;- Diretor de Turma.Durante mais dez anos exer-

ceu funções como Professor eDiretor Pedagógico do Externatode Santa Joana em Ermesinde.

Este é o percurso profissio-nal, mas que pouco diz da perso-nalidade que marcou muitos jo-vens desta terra.

Para tentar ilustrar este ladohumano recordo, por exemplo:

- O que refere o jornal “A Vozde Ermesinde”, de 30.10.92:

«…No dia 12 de Junho de1992, na Escola Preparatória de

Ermesinde, o Prof. FernandoQueirós deu a sua última lição,como professor do ensino ofici-al, estando presente, na mesmaaula o Corpo Docente que lec-cionava, na parte de manhã, nes-sa Escola, e que, assim, quis acom-panhar este exemplar professorna sua, última hora lectiva e pres-tar-lhe homenagem amiga».

- O Louvor que o Secretá-rio de Estado dos Ensinos Bá-sico e Secundário Joaquim Mo-reira de Azevedo fez publicarem 17 de fevereiro de 1993:

«O professor Fenando AlmiroMarques de Queirós, cessou o de-sempenho das suas funções do-centes por ter passado à situaçãode aposentado.

Ao longo da sua carreira de40 anos, não só assumiu a fun-ção docente com dignidade e de-dicação, como desempenhoucom elevado sentido do dever,cargos de gestão.

É de relevar a sua exemplarassiduidade durante os 24 anos queexerceu na Escola Preparatória de

Ermesinde, onde granjeou orespeito e admiração dos colegas,alunos e de todos que com ele ti-veram o privilégio de privar.

Sob proposta da DirecçãoRegional de Educação do Norte,louvo o professor Fenando AlmiroMarques de Queirós, pela sua de-dicação à causa da educação».

- Extrato de um artigo dojornal “A Voz de Ermesinde”,de 30 de Setembro de 1992:

«…Desde a fundação doCiclo Preparatório em Erme-sinde, que ajudou a criar, até aodia de ontem, manteve-se aoserviço, serviço permanente,tendo quase direito a um subsí-dio de permanência, uma vezque a soma de todas as faltasdadas, durante quarenta anos,podem ser contadas pelos de-dos de uma só mão...».

O Rotary Club de Ermesinde,um clube de profissionais e quetodos os anos distingue um pro-fissional da sua área territorial tema honra e o prazer de homenageareste ano o Professor FernandoAlmiro Marques Queirós.

Muito obrigado Professorpelo seu excelente testemunho

Palavrasde Carlos Faria

O rotário Carlos Faria as-sociou-se à cerimónia do pro-fissional homenageado:

«Se é certo que o estilo é ohomem, é o estilo que marca a per-sonalidade inconfundível do ho-mem que é o professor Queirós.Figura larga e subida, não conse-guiu furtar-se aos pesados efei-tos da gravidade. Cabeça fria (nãofosse a neve que a arrefece), ali-nha-se pelo vinco dos fatos, nãosendoterreno fácil a semeadurade qualquer ideologia perdida. Detrato sério, mas permeável aogracejo do vizinho, fere o rigorda gravata quando semeia garga-lhadas à procura de afinação.Pontífice da manhã, teimava emacordar o sossego da sala dosprofessores, a horas ou desorasde sono. Persistente, feriu deinconstitucionalidade tudo o quefoi cedência de furos para bemda humanidade. Era mesmo re-sistente, de fabrico antiquado,negando ao vírus a gripe o direi-to que lhe assiste. Ensarilhado?Uma só vez. Se errar é humano,as greves também o são. Peni-tente condenado, rende-seconformadamente aos aromasnarcotizantes, da cafeína. Escra-vo da aula, dela não arredou pé

para mimar o currículo de açõesou desações. Já por direito eraseu um nédio escalão que, iro-nia do destino, há-de comprar-se a tostão. Prejudicados, essessim, os alunos para quem o ris-car da pedra, o ferir troante dosares e o rasgar dos gestos amea-çadores, tudo para bem fazer,deram lugar à imagem que, sópor imperdoável pecado, nelesse apagará, tanto por eles fez.Gerações sobre gerações, lança-as à vida e amaduradas por ex-periência tão eloquente comoum autêntico e devotadopedagogo é capaz de atingir.

À Escola, a todos nós, tam-bém ele não pode esquecer eperdoando-nos a irreverenciados ditos ou o apressado dasatitudes. Aqui, junto de nós,cabe-lhe, de direito, o lugar queencheu com 24 anos e que nun-ca mais ficará vazio.

A nossa terra conhece-o, es-tima-o porque, modelo de pai,exemplo de professor, saberámerecê-lo com o respeito e a gra-tidão que lhe são peculiares.

Presente na presença e naausência, não se esqueça, pro-fessor Queirós, de que ainda fi-camos cá.

Seguiu-se a entrega ao Pro-fessor Fernando Queirós dumaplaca comemorativa do evento efoi oferecida pela Vice PresidenteFernanda Pereira um ramo de flo-res à esposa do homenageado».

Augusta Moura fechou acerimónia agradecendo a pre-sença de todos.

na qual estamos inseridos.

Aproveito ainda este mo-mento, para agradecer ao Pro-fessor Fernando Almiro Mar-ques de Queirós, em nome doRotary Club de Ermesinde, ofacto de ter aceite ser homena-geado nesta cidade que não sen-do a sua, pois este é penafide-lense, acredito e estou convictade que Ermesinde tem um lugarmuito especial no seu coração.

É verdade, e costuma-se dizerque por trás de um grande homemestá sempre uma grande mulher,mas neste caso não é só uma gran-de mulher, mas também uma gran-de família, por isso mesmo querotornar extensiva esta homenagemà esposa do Ilustre Homenagea-do, Sra. D. Júlia Queirós e aos seusdescendentes».

Curriculumdo homenageado

O rotário José Neves apre-sentou curriculum do profissi-onal homenageado:

«O profissional que hojehomenageamos, o Professor de vida».

FOTOS RCE

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 7Património

A delimitação da Freguesia de Alfena - 1689/90 (2)

• TEMAS ALFENENSES •

ARNALDOMAMEDE (*)

nomeado por D. João III Pregador da Capela Reale confessor da Rainha D. Catarina. Em 1536 bis-po do Porto e arcebispo de Braga a partir de1550. Teve importante participação no Concíliode Trento em 1546.

Cristóvão Alão de Morais nasceu em S. Joãoda Madeira em 1632 e faleceu no Porto em 1693.Jurisconsulto, exerceu diversos cargos, juiz defora em Torres Vedras, desembargador na Rela-ção do Porto e corregedor do Cível. Foi escritor e,sobretudo, genealogista insigne. A sua obra maisimportante a "Pedatura Lusitana", em doze volu-mes, é uma referência da Genealogia Portuguesa.

A delimitaçãode Alfena com Sobrado

Tal como sucede com Valongo, a delimitaçãocom Sobrado enferma de uma enorme discrepân-cia entre os limites corretos, fundamentados naverdade prática, de facto, que é coincidente com averdade histórica e aqueles que são hoje conside-rados os limites oficiais.

Atendamos à descrição original constante no Tombo :«T.º da demarcaçam da frg.ª de Santo André de SobradoAos trinta dias do mês de Junho de mil seis sentos oitemta e

noue annos em a portela do foyo que he em a frg.ª de Alfena sita emo Conc.º da Maya termo e jurisdiçam da muyto nobre e sempre lealsidade do Porto ahi adomde foi uindo o doutor Christouam Alamde Morais juis do Tombo do Coll.º de nossa sr.ª do Carmo daUniuersidade de Cohimbra (...).

Primejramente logo elles louuados foram medimdo peladeuizam de emtre as freiguezias do d.º sitio e portelo do fojo emuolta direito p.ª o nassente the o alto da serra adomde chamam opicoto Crasto iunto à estrada, disseram os louuados era nesessarioleuantar hum marco o que elle juis mandou leuantar e fiqua dedistancia do outro marco a este quinhentas nouenta e coatro u.as

E logo elles louuados foram medimdo pela deuizam de emtreas frg.as dir.to p.ª o nassente em uolta pela estrada the domdechamam o foyo do Aluelo, disseram eles louuados era nesessr.ºleuantar hum marco o que elle juis mandou leuantar e lansarprégam na forma em que os mais atras se declara e fica de distan-cia do outro marco a este duzentas quarenta e coatro u.as

E logo elles louuados foram medimdo na mesma forma atraspela deuizam de emtre as frg.as direito p.ª o nasente adomde cha-mam a portella de ual de grade junto à estrada e ahi disseram osd.os louuados era nesesario outro marco o que elle juis mandouleuantar e lansar prégam na forma dos mais e fiqua de distancia

do outro a este duzentas setemta esete uaras.

E logo elles ditos louuados forammedimdo pela deuizam de emtre asfreiguezias direjto p.ª o nasente the oalto da serra adomde chamamsobrejro uentoso em uolta pela estra-da sempre augas vertentes e ahi porestar hum outejro grande de pedrasadomde finda a deuizam emtre asfrg.as e começa a demarquaçam dafrg.ª de Sam Juliam [N.R.: São Juliãode Água Longa] disseram elleslouuados podia seruir de marco emq. se fes hua Crus o q. elle juis ouuepor bem e fiqua de distancia de outromarco a esta penha coatro cemtas euinte e sinco uaras.

E por este modo disseram elleslouuados tinham feito a dita medição,demarquaçam e deuizam bem euerdadeiramente comforme oemtendiam em suas consiensias semodio nem affeiçam e que na d.ª formadauam suas temsois e por estarprezente o dito procurador doReuerendo abb.e o padre Domingosde Souza por elle foi dito que elle emnome do dito seu Constetuinte dauaesta dita mediçam, demarquaçam edeuizão por bem feita e não duuidauaque nesta forma se lansáce em Tom-bo de que fis este termo que elle d.ºprocurador asignou com os d.ºs

louuados e eu Manoel de Souza Barboza escriuam do d.º Tombo oescreuj, o p.r D.os de Souza, Franc.co da Costa, de Jorge Joamlouuado.

E sendo asim feitas as ditas medissois e demarquasois dasd.as frg.as como dito fiqua logo eu escriuam fis estes autos comcluzosa elle juis do Tombo p.ª os semtensear de que fis este termo, Manuelde Souza Barboza escriuão do d.º Tombo o escreuj.»

Esta delimitação de Alfena com Sobrado é de todas a maissimples de reconhecer. Basta seguir a estrada que liga Valongo aAgrela, pela linha de cumeada, as chamadas “águas vertentes”. Paranoroeste estas correm para a bacia hidrográfica do Leça, é territóriopertencente a Alfena, para sudeste correm para o Ferreira que,fazendo parte da bacia hidrográfica do Douro, é território da Fre-guesia de Sobrado.

Trata-se de uma delimitação absolutamente natural.Com início na Portela do Fojo, fim do limite com Valongo, local

de fácil localização, é, na referida estrada, o ponto mais alto entre oribeiro de Fontelas, afluente do Ferreira e, a uma centena de metrospara nascente, a linha de água que desce para o ribeiro de Tabãos,junto ao acesso a Quintarrei.

Sempre estrada fora, para nascente, 594 varas até ao picotoCrasto, mais 244 varas, pela estrada, até ao Fojo do Alvelo, e,deste, "pela estrada sempre augas vertentes", ao Alto do SobreiroVentoso, onde tem início o limite com Água Longa, são mais 425varas, ao todo 1 263 varas que correspondem a 1 390 metros.

Tem, pois, cerca 1,4 Km de extensão a fronteira de Alfena comSobrado.

Duas pequenas notas para dois locais descritos no Tombo:Fojo do Alvelo e o picoto Crasto.

No primeiro caso, trata-se de uma galeria aberta em solo rochosoque tudo indica fazer parte da mineração de ouro, durante a ocupaçãoromana, em Alfena, "além Leça", que o Prof. C. A. Ferreira de Almeidafaz referência na sua obra "Romanização das Terras da Maia".

No segundo caso, a ignorância ou o desleixo, ou os dois juntos,aliados à força bruta das escavadoras e buldózeres, na plantação deeucaliptos, destruíram o que restava de um lugar com interessehistórico e arqueológico, dos poucos existentes no Concelho noque se refere à Civilização Castreja.

Durante as "Caminhadas pelos Limites", levadas a cabo pela ALHENNA, no troço citado, não foi encontrado qualquer marco descri-to no Tombo, embora, pela minúcia da descrição dos acidentes geo-gráficos, os lugares onde foram implantados sejam de fácil localiza-ção. Há cerca de 20 anos, ou talvez mais, a C. M. de Valongo encetouobras de movimentação de terras para modernizar a estrada quevimos referindo, com a intenção de ligar Valongo à Zona Industrial deSobrado, na extrema com Agrela, projeto que ficou pelo caminho. Éprovável que os marcos, até aí existentes, tenham desaparecido algu-res soterrados nas obras mal começadas e nunca acabadas.

Em 26 de junho de 1874, na sequência da Lei de 28 de Agostode 1869, teve lugar o Auto de Partilha dos montados do lugar deTransleça, pelos moradores deste e dos lugares da Codiceira, Xistoe Outeirinho que, desde tempos remotos, usufruíam em comumdestes maninhos no corte de lenhas, matos, na pastorícia de gadomiúdo e graúdo, etc.. Algumas parcelas (as chamadas sortes) situa-das no Fojo e na Fonte da Prata têm como confrontação do lado sulo limite com Sobrado (“o caminho d’Agrella”).

(*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Patri-mónio de Alfena.

egressemos, uma vez mais, à questão dos limitesda Freguesia de Alfena.Sem grandes discrepâncias, pacíficas, portanto, noque respeita às extremas com Água Longa, S. PedroFins e Ermesinde, verificam-se, porém, erros im-portantes no que diz respeito a Folgosa e um enor-

me erro grosseiro, relativamente a Valongo e a Sobrado.Entre a verdade histórica, fundamentada em provas documen-

tais de verosimilhança incontestável, coincidente com o facto de osterrenos se encontrarem, desde sempre, registados em Alfena, querna Conservatória do Registo Predial, quer na Matriz Predial Rústicae Urbana, e a atual carta da CAOP vai uma diferença de cerca de 5,5Km2, o mesmo que 550 hectares, correspondentes, aproximada-mente, a 550 estádios de futebol, o que representa perto de um terçoda superfície da Freguesia de Alfena, e cerca de três quartos (75%) dasuperfície total da Freguesia de Ermesinde que é de 7,42 Km2.

Urge, pois, que cidadãos responsáveis e decisores políticos,informados e esclarecidos, face à abundante documentação históri-ca, alguma já divulgada por este e outros meios, e à realidade práti-ca, se sentem à volta de uma mesa e, de forma serena, civilizada,sem reservas ou constrangimentos de quaisquer espécies, se ponhatermo a esta questão, repondo a verdade.

Pelo meu amigo Ricardo Ribeiro, jovem responsável máximoda AL HENNA, que comigo alterna nesta página, estudioso entu-siasta das coisas de Alfena, já aqui foi explicado com a profundida-de, rigor e clareza que lhe são características, os factos históricosque estiveram na origem da delimitação de 1689/90.

O detentor do Direito de Padroado, com poderes para nomea-ção do pároco e para cobrar o dízimo, o tributo religioso, passou aser, a partir de 1543, o Colégio do Carmo da Universidade deCoimbra por cedência do Bispo do Porto, D. Frei Baltazar Limpo,sendo pároco de Alfena seu irmão o Padre Melchior Limpo.

Anos depois, já em finais do Séc. XVII, mais precisamente em1689/90, sendo reitor do referido Colégio Frei Roque de Santa Tere-sa, foi o Doutor Cristóvão Alão de Morais nomeado, por ProvisãoReal, para presidir à delimitação de Alfena, incumbência que concre-tizou, juntamente com os representan-tes das freguesias (louvados), escrivãoe porteiro (pregoeiro), com a implan-tação de marcos, em esteios de granito,com a palavra CARMO gravada na facevoltada para o território alfenense, oucom inscrições gravadas em rochas noslocais onde estas não permitiam a im-plantação de marcos.

Interessa recordar que, acordan-do os louvados a necessidade de umnovo marco, o juiz ordenava a sua co-locação, ao mesmo tempo que o "por-teiro", em voz bem alta, lançava o pre-gão : "que sob pena de quatro anos dedegredo para as partes de África e cemmil Reis para as despesas da Reparti-ção ninguém entendesse com o ditomarco". Pregão, pleno de atualidade,nos tempos que correm, que deveriaser ouvido e entendido pelos atuais epróximos futuros decisores políticos,já que, lamentavelmente, o não foi pe-los seus antecessores.

Historicamente ligados a Alfenaestão duas personalidades importan-tes dos Séc. XVI e XVII, referidasacima, D. Frei Baltazar Limpo e oDoutor Cristóvão Alão de Morais que,por direito próprio, deveriam fazerparte da toponímia alfenense.

D. Frei Baltazar Limpo nasceu emMoura em 1478. Foi catedrático deTeologia na Universidade de Lisboa,

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8 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Cultura

Vasco Graça Mourana Biblioteca Municipal de Valongo

FILIPE CERQUEIRA

Decorreu a 18 de Novem-bro uma sessão da iniciativa "OsEscritores Visitam a BibliotecaMunicipal", da responsabilida-de da coordenadora das bibliote-cas de Valongo e de Ermesinde,Isaura Marinho, que agradeceu aVasco Graça Moura (VGM) teraceite o convite para estar pre-sente. Agradecimento recíproco

da parte do escritor à Câmara deValongo e à pessoa do seu presi-dente João Paulo Baltazar, elo-giando-o pelo «excelente equi-pamento cultural» que visitou ecomovendo-se por se lembrarque, enquanto diretor do Servi-ço de Bibliotecas e Apoio à Lei-tura da Fundação Calouste

Gulbenkian (1996-1999), procu-rou promover uma visão de alar-gamento da rede de forma trans-versal, numa altura em que o paísestava deficitário desses equipa-mentos e que o local desta pa-lestra era um dos resultados pal-páveis desse trabalho.

Por sua vez, João PauloBaltazar apresentou, e bem, oautor ,com palavras de admira-ção pelo seu percurso literário e

Oliveira, Cristóvão Pimenta,Cristina Martins, Gilda Neves eFernanda Rodrigues, membrosdo coletivo "O Canto de Alcipe";ouviram-se duas canções em in-glês (aparentemente sem qual-quer ligação com os poemas),com Afonso Alão no canto e JoãoTeodósio na viola. Foi uma for-ma de redescobrir coisas de que,na altura da criação, o escritornão se tinha apercebido, «estan-

do fora de mim o que erameu, chegando-me por ou-tra via».

De seguida, guiou-nospelo seu percurso de muitosanos de escrita, muito esti-mulados ao início por seu paie os livros de casa, determi-nando um interesse que semanteve enquanto estudan-te de Direito. Foi tarde paraa tropa, numa especializaçãode estudos de Direito – Jus-tiça Militar –, escolhendo oPorto para a especializaçãoporque aí tinha os seus fi-lhos. 33 meses de interessan-tes experiências a lidarcom processos em queos arguidos eram milita-res. Um dos seus colegasde tropa foi ManuelAntónio Pina. A propó-sito de uma pergunta de"A Voz de Ermesinde", iráreferir-se a este poeta ecronista como tendo «umtipo de ironia afável, mui-to personalizada», decujas crónicas era apreci-ador, na esteira das deRamalho Ortigão e de Eçade Queiroz, só para daralguns exemplos de como

ainda hoje se mantêm atuaismuitos dos temas retratados.

No início da sua vida li-terária, VGM interessa-sepor uma ideia maissurrealista, que depois lhedeixa de interessar e, por umanecessidade de equilíbrio, li-bertando-se de um certo

CONVIDADO DO CICLO “OS ESCRITORES VISITAM A BIBLIOTECA”

alternatismo das imagens e daescrita, passa a incorporar umabagagem mais bebida nos clás-sicos. Por outro lado, há umapresença importante do senti-mento amoroso e também umaparte de ironia, de sarcasmo eum certo gozo com os ridículosda vida, de usos e costumes,onde se nota que a experiênciaprofissional enquanto advoga-do se refletiu no conteúdo dotexto literário. O facto de ser-mos europeus, que tem um pesoenorme no que somos, escreve-mos, vivemos, que tem os seustempos de crise e os seus tem-pos de vantagens derivadas dasrelações privilegiadas com ou-tros povos, passa deste modo,também, a ser peça chave no en-tendimento do pensamento des-te escritor.

A facilidadeda Poesia

Para VGM a Poesia é a for-ma mais fácil de iniciar uma ati-

vidade literária, pois quem co-meça tem sempre este proble-ma: «Custa menos fazer os 14versos de um soneto do que as200 páginas de um romance».O Ensaio surge já com algummaturidade e será uma formautilizada para abordar, tenta-tivamente, uma determinada re-alidade, não se tratando de umatese mas sim de uma interroga-ção e um avançar de soluçõesde resposta. São da sua predile-ção os temas relacionados comLuís Vaz de Camões, a relaçãocom a música e com as artesplásticas. A música tem um pa-pel fundamental na própriagénese da poesia e tem um pa-pel estruturante no que escre-ve. Para VGM existem trêsmaneiras fundamentais de falarde música na poesia:

– Por metáforas: dando oexemplo de Eugénio de Andrade,que quando fala de música falade equivalentes metafóricos;

– Por aspetos descritivos:Jorge de Sena, em "Arte de

Não se esqueça de pôr em diaa sua assinatura

de “A Voz de Ermesinde”.

ALERTA!Ao tomar conhecimento de que, repetidamente, um indivíduoque se tem apresentado como Carlos Pinto, tem vindo arecolher donativos falsamente destinados ao Centro Socialde Ermesinde, vimos por este meio alertar os ermesindensespara não se deixarem ludibriar nesta quadra natalícia!

Farmácia de SampaioDirecção Técnica - Drª Maria Helena Santos Pires

Rua da Bouça, 58 ou Rua Dr. Nogueira dos Santos, 32Lugar de Sampaio • Ermesinde

Telf.: 229 741 060 • Fax: 229 741 062

Drogaria DAS OLIVEIRAS de Ferreira & Almeida, Lda.

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Acertam-se chaves

Música", onde procura descre-ver uma sinfonia, uma sonata,uma fuga;

– Por equivalentes estrutu-rais: procurar que um texto te-nha semelhanças em relação auma determinada estrutura.

É neste último âmbito quese situa VGM, exemplificandoo próprio com a história da cria-ção de "lá vai uma, lá vão duas,três pombinhas a voar", usandoa forma musical Fuga. Na tradu-ção, o interesse foi incorporar nalíngua materna textos que lhe ti-nham causado impressão nou-tros idiomas e transportar a suaorgânica para a nossa LínguaPortuguesa. Tornou-se numa es-pécie de luta corpo a corpo:

1º – Com um texto feito poroutra pessoa;

2º – Numa língua que nãoera a dele;

3º – Com a sua própria lín-gua, para encontrar os equiva-lentes de expressão;

4º – Consigo mesmo, por-que a tradução é uma forma de

pela defesa da língua contra a li-geireza do Acordo Ortográfico epretensa defesa da globalizaçãoque daí advém, pela defesa daidentidade de geração em geração.

De início realizou-se umaleitura antológica de “Des-mandos da Alma”, de 2011, pelavoz de Celeste Pereira, Clara

FOTOS FILIPE CERQUEIRA

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 9Cultura

autoconhecimento, que é, naverdade, o objetivo primeiro,cimeiro, do contacto com todaa arte e a sua prática.

O interessepelo Fado

Por fim, falou sobre o seuinteresse pelo Fado, tema in-contornável das perguntas.VGM falou de pessoas impor-tantes na escrita para fado,como o seu amigo David-Mourão Ferreira, falou dassuas experiências com a músi-ca de Carlos Paredes, do seuinício de escrita para Fado(1992), em conversas com JoãoBraga e Carlos do Carmo, in-centivando-o a escrever. Comsaudade disse que «hoje ne-nhum poeta cultivado conse-gue esta arte consumada popu-lar, que vem de muitas déca-

das, porque a nossa língua estáa morrer».

Sem querer referir o temapolémico do acordo ortográfi-co, que ainda foi tema da últimaquestão, esclareceu que não háligação com os grandes clássi-cos da literatura, com as técni-cas de expressão próprias por-tuguesas. No seu entender, hojeos jovens com 25 anos começa-ram a ler com José Saramago enão passaram por VitorinoNemésio, Camilo Castelo Bran-co, entre outros, que são o pa-trimónio que exprime a nossaidentidade e que nos ajuda a re-fletir sobre nós próprios, ostestemunhos da nossa línguaque nos ajudam a utilizá-la me-lhor. Presidindo a vários júrisde concursos para jovens escri-tores, nota que é tudo péssimo,de baixíssima qualidade e queoportunidade como estas, de

palestras em bibliotecas comautores importantes, são exce-lentes formas de tentar sensibi-lizar as pessoas para a literatu-ra de excelência. Em nosso en-tender, o facto de pouquíssimosjovens terem assistido a estapalestra, que praticamente en-cheu o auditório, revela poucoentusiasmo para aproveitar estetipo de ensinamentos.

Ao deixar o dom da palavrapara o público, VGM deixou noar uma pequena “boutade” –«como a primeira pergunta ésempre a mais complicada, omelhor é começar logo com a se-gunda». O público logo desper-tou e a primeira pergunta incidiusobre a diferença entre produzirum dos textos de que deu exem-plo de leitura ao vivo e escreverpara um jornal, com uma perio-dicidade regular, ao que VGMrespondeu que, enquanto escri-

tor, não escreve por obri-gação, escreve quando lheapetece; para o jornal, o va-lor efémero que pode acon-tecer aos seus textos incu-te-lhe a necessidade de tersempre em vista alguémque o vai ler, seja o homemcomum ou um especialistade alguma matéria, não ha-vendo neste caso a neces-sidade de deixar um legadoàs gerações vindouras.

Os novosescritores

À pergunta de "A Vozde Ermesinde" sobre no-vos escritores que sejam

ERMESINDEA VOZ DE

Comunica-se aos Senhores Assinantes de “A Voz

de Ermesinde” que o pagamento da assinatura (12

números = 9 euros) pode ser feito através de uma

das seguintes modalidades, à sua escolha:

• Cheque - Centro Social de Ermesinde

• Vale do correio

• Tesouraria do Centro Social de Ermesinde

• Transferência bancária para o Montepio Geral- NIB 0036 0090 99100069476 62

• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

da sua predileção, VGM deucomo exemplos valter hugo mãe,um excelente ficcionista, RuiLage, da Faculdade de Letras doPorto e Nuno Brito, poeta, tam-bém do Norte. (Da nossa parteimporta referir Miguel Manso,Diogo Vaz Pinto, Jaime Rocha,Margarida Vale do Gato, Béné-cicte Houart, Catarina Nunes deAlmeida e Vasco Gato).

«O momento mais anima-do e acalorado da sessão deu-sequando foi referido o caso devalter hugo mãe, com divergên-cias quanto à ortografia utili-zada, à sintaxe e à forma de ex-pressão por parte de uma daspessoas presentes. Esta ouvin-te defendeu acerrimamente queos leitores «devem estar aber-tos a toda a literatura e a todoo tipo de ideias, porque o queé clássico e os autores clássi-cos explicados nas escolas sãomuito bons, mas se ficarmospresos ao que foi feito há 50,100, 200 anos atrás, não evo-luímos e esse é o nosso pro-blema», insinuando que «umapessoa pode ser um bom es-critor sem conhecer os clássi-cos» e continuando com críti-cas à pessoa e à escrita de valterhugo mãe, «que é reduzido qua-se a nada», depois de se ler JoséSaramago e Gabriel GarcíaMárquez. VGM tentou reba-ter estes argumentos, que pa-reciam mais em defesa de umajovem que conhece e que escre-ve do que propriamente de lei-tora atenta, mas foi sucessiva-mente interrompido pelaespetadora. «Os clássicos são

testemunhos da nossa língua. Senós não os conhecermos fica-mos amputados de uma sériede dimensões da língua». Sóassim poderá haver proficiên-cia na utilização da língua, deacordo com VGM. Sophia deMello Breyner Andersen, quededicou toda a vida aos clássi-cos, foi uma grande escritormoderna, do seu tempo, o queinvalida por completo essa no-ção de que os clássicos só de-vem ser lidos depois de se es-crever, que não devem ser en-sinados na escola desde tenra

idade, como a espetadora defen-deu, e mal.

O momento que mais nosemocionou dividiu-se pelas lei-turas de textos de VGM feitaspelo próprio, que deixaram a salaem suspenso, capaz de captar aatenção e até moldar a própriarespiração dos ouvintes à suaprópria energia. Uma figura afá-vel, de trato simples e que dágosto ouvir, principalmente so-bre música e a sua formaçãoclassicista, e que devemos ouvircom toda a atenção, que encantapor todo o seu conhecimento.

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10 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Cultura

A obra de Shakespeare explicada a ignorantesMIGUEL BARROS

Foi com humor, muito ebom humor, trazido da vizinhaGaliza, que caiu o pano sobre a15ª edição da Mostra Interna-cional de Teatro (MIT) na frianoite de 25 de novembro pas-sado. Noite em que WilliamShakespeare “subiu” ao palcodo Centro Cultura de Campopela “mão” de um trio de con-ceituados atores galegos que ra-pidamente aqueceu o ambientecom a sua humorística visão – einterpretação – de alguns epi-sódios das obras mais emble-máticas do célebre poeta e dra-maturgo inglês.

“Shakespeare para Ignoran-tes” foi então a última ofertateatral deste MIT 2012, umapeça escrita e encenada porQuico Cadaval dirigida a umpúblico… ignorante, isto é,que desconhece a essência daobra de Shakespeare, mas queanseia conhecê-la, até para seuuso pessoal no dia a dia atual.O espetáculo tem início comuma conferência didática mi-nistrada por um aparente pres-tigiado professor (personageminterpretada pelo próprio Qui-co Cadaval), que pretende en-tão com a sua eloquente pa-lestra dissipar a ignorância dopúblico quanto a dados menosdo que básicos sobre a obra de

Ignorância cujo significadopara si não é mais do que a «faltade ciência ou de notícias sobreum assunto particular ou geral»!Neste caso sobre Shakespeare.

Para instruir a “ignorante”assistência recorre à dupla deatores desempregos Mofa &Befa, que colocam em prática deuma forma para lá de cómica res-quícios de obras como “Mac-Beth”, “Romeu e Julieta”, “Pé-ricles, Príncipe de Tiro”, “Ham-let”, “Otelo”, ou “Rei Lear”. Oriso invade a “ignorante” plateiasempre que o prestigiado pro-fessor pede a Mofa & Befa (du-pla interpretada pelos magnífi-cos – na nossa opinião – come-diantes galegos Evaristo Calvoe Víctor Mosqueira) para darvida a assassinos, mendigos,conspiradores, delatores, opor-tunistas, torturadores, que ca-racterizam a(s) obra(s) de Wil-liam Shakespeare.

Aclamada em toda a Es-panha, “Shakespeare para Igno-rantes” tem recolhido diversosprémios no país vizinho, entreoutros o de melhor autor teatralgalego para Quico Cadaval, oPrémio Maria Casares para omelhor texto original, e duas no-meações para o melhor ator pro-tagonista (para Víctor Mos-queira) e para o melhor ator se-cundário (para Quico Cadaval).

Ao sucesso espanhol seguir--se-á o sucesso português, já que

a analisar pelo que vimos, dúvi-das parecem não existir. O MIT2012 terminou em grande!

Cimeiraluso-brasileiraa abrir

O certame teve início na sextafeira, dia 23, com uma verdadeiracimeira luso-brasileira. “QueriaSer…” em estreia oficial, abriu oMIT 2012, e levou ao palco dorecinto cultural de Campo umadupla velha conhecida nestasandanças. Júnior Sampaio – dire-tor artístico do ENTREtanto Te-atro – e Leonardo Brício, dois ato-res brasileiros que contracenaramno MIT de 2003, na altura dandovida à peça “Deus Danado”. Em2012 ergueram “Queria Ser…”,uma obra escrita e encenada porJúnior Sampaio, por esta altura oator brasileiro mais “português dePortugal”, que coloca em palco doisatores unidos pelo sonho de fazerteatro, «unidos pelo mágico, peloinexplicável… separados pela re-alidade… unidos na separação eisolados na união… um jogo devidas… questionamentos… ri-sos… risos com teatro».

No ambiente descontraídodo café-teatro, o MIT 2012 pros-seguiu no dia seguinte com umanova estreia, desta feita “Hoje éo dia”, da autoria de Pedro Mota,e que trouxe à cena um monólo-go interpretado por Rita Lello.

2012 MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO

Shakespeare.

FOTOS MANUEL VALDREZ

FOTO CMV

FOTO MANUEL VALDREZ

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 11Cultura

MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2012FOTOS CMV

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12 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Cultura

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

Wikiterra – uma enciclopédiade como criar e mostrar teatro

LC

Nos passados dias 2,3 e 4de novembro, o público erme-sindense pôde assistir a uma re-posição da peça “Wikiterra” –uma produção conjunta dascompanhias Estaca Zero Teatroe Cabeças no Ar e Pés na Terra,que já tinha estado em cena, comêxito, no Teatro Latino (Sá da

A peça, criação coletiva ori-ginal, pretende fazer uma abor-dagem enciclopédica “digital”crítica e divertida, da históriado mundo (ou do planeta, me-lhor dizendo), abarcando vári-as eras, desde os primórdios deantes da era dos Homens até àatualidade.

Representada por quatroexcelentes atores (na gestuali-dade e na voz), propondo vá-

rios quadros que se vão suce-dendo com leveza e comi-cidade várias – o que permiteleituras de um público muitoamplo (nas idades e nas preo-cupações), a peça surpreendepela sua escolha dos flashesdo mundo e, sobretudo, poralguns artifícios dramáticosmuito bem concebidos e exe-cutados, como quando a cabe-ça decapitada de uma perso-nagem é exibida ao público, oucomo quando a perna de umapersonagem é esticada até maisdo dobro do seu comprimen-to, como se fosse borracha,nesta ou noutra personagem.

A cena dos dinossauros émuito divertida e é um dosexemplos de propostas aceitespor públicos de todas as ida-des, conseguindo ainda a gran-de virtualidade de interagir como público, situação aliás queestá presente em muitos mo-mentos da peça, que tem queser de uma evidente geometriavariável para se encaixar nopúblico presente.

O dinossauro (e outraspersonagens) de muletas é umdos exemplos da comicidadefeliz encontrada pelo EstacaZero Teatro e pela encenaçãode Hugo Sousa. Sem conseguir-mos (ou querermos) deslindar

a quota-parte de uns e outros,há que reconhecer que o resul-tado desta simbiose é inegavel-mente feliz.

Peça criada a partir de umaideia original do Estaca ZeroTeatro, temperada com a inter-venção criativa e integradora doencenador convidado, como ex-plicaram no fim aos espetado-res (mesmo que os maisinquisitivos fossem curiosa-mente os mais jovens), numprocesso de desvendamento te-atral muito enriquecedor parao público e para os protago-nistas da produção, “Wiki-terra” desfia o percurso huma-no, sempre numa dimensão deuniversalidade e de contem-poraneidade muito arguta.

A peça põe em cena o ho-mem primitivo, as lutas entreEgípcios e Gregos e entre es-tes e os Romanos, e depoisentre estes e os Bárbaros, pelamarca civilizacional dominan-te. Convoca Joana d'Arc,Galileu, traz Napoleão fora detempo para a boca de cena, noque é um divertido recursoestilístico dramatúrgico, e se-gue por aí fora, até ao tempoda economia global, com pas-sagem pelos momentos trági-co-dramáticos da peste negra,da Revolução Francesa ou do

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Conceito, texto original, dramaturgia e espaçocénicoCRIAÇÃO COLECTIVAEncenação e desenho de luzHUGO SOUSABanda sonora originalPAULO COELHO DE CASTROFigurinosFILIPA MENDES FERREIRAFigurinos e adereçosFILIPA MENDES FERREIRA, SANDRA SILVAInterpretaçãoÁLVARO JOSÉ, CARLOS GONÇALVES, JORGEBOTELHO, RUI GOMESSonoplastiaQUARTA VAGA PRODUÇÕESFotografia de cenaDUARTE COSTAImagem gráficaE MULTIMEDIAProdução ESTACA ZERO TEATRO / CLÁUDIASOUSA/CABEÇAS NO AR E PÉS NA TERRA

FOTO URSULA ZANGGER

Nazismo (e de passagem, pe-las utopias ou pelas distopiasque estão longe de perecer,

táculos de Ermesinde reverte-ram a favor de várias associa-ções de solidariedade social queacordaram colaborar com a di-vulgação da peça.

Bandeira), no Porto.

umas e outras).Parte da receita dos espe-

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto

AnuncieAqui

Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 898 • 30 de novembro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

Clube Zupper alcançao primeiro título da sua história

A jovem coletividade ermesindense Clube Zupper conquistou neste mês denovembro o primeiro título da sua vida, mais concretamente o de campeão regional dehóquei subaquático, cuja fase final decorreu na Piscina Municipal de Porto de Mós.

Ermesinde SC estácada vez mais isoladono... último lugar!

De derrota... em derrota! Este tem sido o percurso da principal equipa do Ermesindeno campeonato da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, sendo queo último desaire teve contornos bem pesados. 0-4, no reduto do Candal, o resultadonegativo mais expressivo nas 11 jornadas já decorridas da citada competição.

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A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012DesportoII

BILHAR

FOTO VOXX CLUB BILHAR

HÓQUEI EM PATINS

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente).Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto, Márcio Castro e Luís Dias.

Primeira volta da Superliga Bilharsinde chegou ao fim

Terminou na passadanoite de 20 de novembroa 1ª volta da SuperligaBilharsinde (SB) versão2012/13. Foram nove jor-nadas repletas de compe-titividade e emoção entrealgumas das melhores e-quipas nacionais de poolportuguês. Uma dessasequipas é o Clube BilharPedro Grilo, o atual cam-

peão da 1ª Divisão da com-petição rainha organizadapelo Voxx Club Bilhar, quepor esta altura lidera isoladoa Série B, com 22 pontos,mais dois que o segundoposicionado, a turma doABBA. Vantagem pontualdos talentosos bilharistasde Pedro Grilo que até po-dia ser bem maior, caso umasérie menos conseguida de

resultados entre as 2ª e 4ªjornadas – um empate e umaderrota – não tivesse estra-gado uma caminhada que,como seria de esperar, vemsendo vitoriosa.

Com um pé na fase fi-nal da 1ª Divisão está umadas grandes surpresas dacompetição, o Salão Taco aTaco, que sem qualquer der-rota averbada lidera confor-

tavelmente a Série D com 23pontos, mais quatro que ovicelíder, o Paraíso da Cida-de. E mais do que liderar asérie os bilharistas são nes-te momento uma das quatroequipas dos oito gruposque compõem a SB que ain-da não conheceram o amar-go paladar da derrota – asoutras são Totta Academia,Senhor do Padrão, e Gon-divai “A”.

Maior equilíbrio no quetoca à disputa pelos doislugares que dão acesso àfase final do escalão maiorda SB surge nas séries A, F,e G. Na primeira a lideran-ça vai sendo repartida pelosconjuntos do Quinta Ama-rela e do Café Novo Espa-ço/T.E., que no final destaprimeira etapa somam 20pontos, apenas mais doisque o 3º colocado, o SãoBrás “B”, e mais cinco queo 4º Voxx Club Bilhar “A”,

estando por tudo em aber-to quanto ao dois clubesque vão lutar por uma pre-sença entre os grandes daSB 20012/13.

Na Série F apenas doissimples pontos separam o3º classificado (Café PóloNorte) do comandante (A-cademia de Bilhar “O So-nho” “A”) – 20 e 22 pon-tos respetivamente –, en-quanto que na Série G osorganizados da competiçãoveem uma das suas quatroequipas em competição aliderar, neste caso a turmado Voxx Club Bilhar (naimagem), embora somentecom mais um ponto que os2º e 3º classificados, Cen-tro Paroquial e Social deAlfena/1 e Academia Ka-ninhas, e dois pontos que o4º colocado ABBA/Ana A-guiar. Tudo em aberto, por-tanto, para saber quem se-guirá para a 1ª Divisão.

Na Série H Paparuguie Senhor do Padrão – u-ma das tais equipas ain-da invictas – estão mui-to perto de assegurar apresença no escalão mai-or, pois somam por estaaltura 24 e 23 pontos,respetivamente, ao passoque o 3º classificado dasérie, o Clube Bilhar Bo-la 1 soma 17.

E na Série E encon-tra-se a equipa que maispontos somou ao longodesta 1ª volta, o Gondivai“A”. Invicto, este clubesoma por agora 25 pon-tos, fruto de oito triun-fos e apenas um empate,liderando a chave commais quatro pontos queo vicelíder Café Sport.

A SB vai conheceragora a sua habitual pausanatalícia, voltando à açãoapenas no dia 25 de feve-reiro de 2013. MB

Valongo de pedra e cal nos lugares cimeiros da tabelaContinua a “correr sobre rodas” a caminhada do Valongo no Campeonato Nacional da 1ª

Divisão de hóquei em patins. Os valonguenses continuam a praticar um hóquei de elevadaqualidade, batendo-se de igual para igual seja qual for o adversário, e que o diga o FC Porto,que na 6ª ronda teve de se aplicar para impor à equipa do nosso concelho a sua única derrotaem oito encontros disputados.

E na jornada mais recente da competição, disputada no passado dia 24 de novembro, ospupilos de Paulo Pereira conquistaram a sua sexta vitória, desta feita em Cambra, por 3-1.Com este resultado os hoquistas valonguenses recuperaram o 4º lugar da tabela classificativa,somando 17 pontos, menos cinco que a dupla de líderes composta por FC Porto e Benfica.

O jogo de Vale de Cambra foi sucedido da empolgante e memorável vitória obtida no fimde semana anterior pelo Valongo na jornada número 7, em casa diante do Sporting, porexpressivos 9-2. Um resultado que faz transparecer mais uma exibição muito bem conseguidados hoquistas às ordens de Paulo Pereira, que entraram neste encontro dispostos a esque-cer o desaire da ronda anterior ante os portistas. Na receção aos “leões de Alvalade” osvalonguenses cedo chegaram a uma vantagem de… 4-0! Hugo Azevedo, por duas ocasiões,Miguel Viterbo, e João Souto foram os autores dos golos. O Sporting ainda teve armas parareduzir a desvantagem, por intermédio de Carlos Garrancho, mas ainda antes do intervaloJoão Marques dilatava a vantagem da turma da casa. No segundo tempo o Valongo não só selimitou a controlar a sua confortável vantagem como aproveitou o desnorte dos “leões”para aumentar a marca, na sequência de sticadas certeiras de Daniel Oliveira, TelmoPinto, e novamente de João Souto e de Hugo Azevedo. Antes da ocorrência do encontro entreValongo e Sporting a Direção do emblema da sede do nosso concelho homenageou oshoquistas Telmo Pinto e Pedro Mendes, dois jogadores oriundos das camadas de formaçãodo clube que recentemente se sagraram campeões da Europa de sub-20 ao serviço daseleção nacional portuguesa.

FC Porto suou paravencer valonguenses

Foi um Valongo sem medo que na noite do passado dia 14 de novembro entrou no rinquedo Dragão Caixa para defrontar o FC Porto num jogo da 6ª jornada do Campeonato Nacional

da 1ª Divisão de hóquei patins. Uma postura que apesar de louvável acabou por sair cara aospupilos de Paulo Pereira, que acabariam por conhecer a primeira derrota (2-4) da temporada.O Valongo entrou a jogar de igual para igual ante um crónico candidato ao título, que por suavez teve um arranque demolidor. Ainda o cronómetro não marcava 9 minutos de jogo e osportistas já venciam por 3-0 (!), com golos de Jorge Silva, e de Reinaldo Ventura, este últimoa fazer dois tentos em apenas um minuto! Não baixaram os stiques os jogadores do nossoconcelho, colocando em rinque o hóquei aguerrido sempre direcionado para a baliza contráriaque vêm patenteando ao longo desta primeiras jornadas do escalão maior.

Contudo, pela frente tiveram um Porto que fez quiçá a melhor exibição da época, e que aointervalo saia a vencer por 3-0. Vantagem dilatada na etapa final, na sequência de um tento deTiago Losna, quando decorria o minuto 33. A perder por quatro golos de diferença os va-longuenses, sem nada a perder, partiram para cima do adversário, postura que seria recom-pensada com a obtenção de dois golos, um da autoria de Nuno Araújo e outro de DanielOliveira. Até final o FC Porto tremeu com as intenções do Valongo, que sem sorte fez de tudopara trazer da Cidade Invicta um resultado positivo. Não conseguiu, mas fez mais uma exce-lente exibição.

Candelária levou cincona bagagem

A 3 de novembro foi o Candelária que saiu da sede do nosso concelho vergada a umaincontestável derrota por 5-3, num jogo referente à 5ª jornada. Foi mais um grande jogo doValongo, apoiado por uma moldura humana bastante considerável, que viu o capitão valonguenseMiguel Viterbo inaugurar o marcador. Os hoquistas dos Açores ainda chegariam ao empa-te, mas a tarde era do Valongo que ainda antes do intervalo colocou o marcador em 3-1 a seufavor, graças a golos de Hugo Azevedo e Nuno Rodrigues. Este mesmo jogador faria o 4-2 noreatamento, segundo período onde o Candelária chegou a insinuar que poderia contrariar asupremacia mais do que evidente da turma da casa, na sequência de dois golos seguidos dePedro Afonso que encurtavam para apenas um golo a desvantagem no marcador. Contudo, a15 segundos do final Daniel Oliveira acabou com as dúvidas e fez o 5-3 final para os hoquistasde Paulo Pereira.

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto III

HÓQUEI SUBAQUÁTICO

FOTO CPN/BASQUETEBOL

Zuppers são campeões regionaisde hóquei subaquático

Algum dia teria de ha-ver uma primeira vez, e otrabalho que o Clube Zup-per vem desenvolvendodentro da modalidade in-dicava que mais dia menosdia os títulos iam acabarpor surgir. E assim foi. Nopassado fim de semana de10 e 11 de novembro oszuppers alcançaram o pri-meiro ceptro de hóqueisubaquático da sua aindacurta vida, mais precisa-mente as insígnias de cam-peões regionais da épocade 2012/13. Feito alcan-çado em Porto de Mós,local onde decorreram asdecisões dos campeona-tos regionais do norte e dosul, provas que antecedem

o campeonato nacional (cujoinício esta agendado para fe-vereiro próximo) da tempo-rada subaquática que agora dáos primeiros passos. E pre-cisamente tal como no últimocampeonato nacional emque participou o Clube Zupperfez-se representar na compe-tição regional com duas equi-pas, os Zuppers A e os Zup-pers B, as quais se juntaram –no regional do norte – aoscombinados dos Sharks deCoimbra, e do NHS Coimbra.

A maior experiência dosZuppers A acabou por vir aode cima, e logo no primeiroencontro, ante os combativosSharks, a equipa ermesin-dense deu provas disso, viran-do um resultado negativo de

0-1 para um triunfo final de3-1. Motivada por esta impor-tante vitória, a turma principalZupper voltou no encontroseguinte a dar sinais de que-rer finalmente alcançar algode palpável na modalidade, omesmo é dizer, um título, eante o NHS Coimbra, numjogo de raça e emoção, deumais um passo rumo ao so-nho após um triunfo por 3-2.

Sonho esse concretizadono duelo posterior, perante osZuppers B, que mais não fezdo que assistir à consagraçãoda sua congénere principal, nasequência de uma vitóriainquestionável desta por 4-0.E desta forma os Zuppers Asagravam-se campeões regi-onais, ou melhor, o Clube Zup-

per sagrou-se campeão, pois osfestejos estenderam-se às duasequipas do emblema ermesin-dense, já que também os atletasda segunda equipa se sentiramcampeões, uma vez que fazemparte da grande família zupper,conforme frisaram os dirigentesdo clube da nossa cidade.

Orgulho e alegria, um mistode sentimentos bem patente nosrostos da tal família zupper, quepela voz do seu presidente/jo-gador, Nuno Ribeiro, começoupor sublinhar que este é umfeito não só para o jovem clu-be como também para a pró-pria Cidade de Ermesinde.«Criar um clube com uma mo-dalidade praticamente desco-nhecida, fazer dele aquele quemais atletas tem dessa mesma

modalidade em Portugal,juntar à sua volta atletasde várias idades, fez-nossair de Porto de Mós apensar que há muito po-tencial nos jovens da nos-

sa cidade, e apesar da criseque enfrentamos é precisofazê-los sair de casa e co-loca-los a praticar despor-to», acrescentou o dirigen-te zupper. MB

BASQUETEBOL

Cadetes cepeenistas continuama percorrer os caminhosda invencibilidade

AVE/CPN

Ao fim de oito jorna-das as cadetes do CPN(na imagem) continuamsem conhecer o amargosabor da derrota na Sé-ria A da 1ª fase do cam-peonato distrital femini-no da categoria. Oito tri-unfos inquestionáveisque colocam as cepeenis-tas com um pé na fasefinal quando estamos aprecisamente oito en-contros desta fase inici-al. O último triunfo foialcançado no passado

dia 25 de novembro, no pa-vilhão das vizinhas do Nú-cleo Cultural e Recreativode Valongo, por 67-45.

Frente a frente estive-ram os dois primeiros clas-sificados da série, tendo oequilíbrio sido a nota domi-nante durante os dois pri-meiros períodos. Para a se-gunda parte o CPN surgiumandão e determinado, ten-do controlado os ritmos dejogo, defendendo de modomais ativo o portador dabola e fechando as linhas depasse, sendo que no planoofensivo tiveram bons mo-

mentos de basquetebol, sim-ples e cativante, acabandoentão por vencer com justi-ça e naturalidade por 67-45.

Na classificação o CPNcomanda isolado com 16 pon-tos, mais dois que as valon-guenses.

Iniciadas sofremo primeiro desaire

Quem perdeu a invencibi-lidade no último fim de sema-na, mais precisamente no sá-bado (24 de novembro) foi aequipa de iniciadas, que na 9ª,e penúltima, jornada da Série

A do respetivo campeonatodistrital foi derrotada em casapelo Coimbrões por 68-72.Uma derrota que como con-sequência teve apenas o fac-to de o CPN ter sido apanha-do no 1º lugar precisamentepelo Coimbrões, pois a pas-sagem à fase final da compe-tição há muito que estava ma-tematicamente garantida. Equem se deslocou ao PavilhãoGimnodesportivo de Erme-sinde para assistir a este du-elo certamente deu por bemempregue o seu tempo, já quefoi presenciada uma bela par-tida de basquetebol.

Na primeira parte o Co-imbrões foi superior, tendo-seafastado no marcador comnúmeros acima da dezena,tendo havido alturas em quechegou a liderar com mais de20 pontos (!) de diferença.

Na segunda parte o CPNcorrigiu a sua postura emcampo, tendo conseguidoagarrar o jogo e disputá-loaté ao final, acabando porperdê-lo por apenas quatropontos de diferença.

Na classificação CPN eCoimbrões partilham agora o1º lugar, com 17 pontos.

Equipasermesindensesdestacam-se noscampeonatosda Associaçãode Setas do Porto

SETAS

Modalidade bastante apreciada e pratica-da na nossa cidade as setas – também denomi-nadas de dardos – conheceram no fim de se-mana de 10 e 11 de novembro o arranque dasprovas alusivas à temporada de 2012/13 orga-nizadas pela Associação de Setas do Porto.Campeonatos onde participam inúmeras equi-pas ermesindenses, sendo que ao fim de trêsjornadas algumas delas já se encontram emlugares de destaque nas respetivas divisões.Assim, e na 1ª Divisão, o sublinhado vai para aturma do Eleet Team/Cá-Tu-Lá, uma das qua-tro equipas deste escalão que por esta alturacontabiliza por vitórias os três encontros dis-putados, e consequentemente lidera com 9pontos conquistados. Diga-se que como curi-osidade que os três triunfos obtidos pelosdardistas do Eleet Team foram alcançadas so-bre conjuntos de Ermesinde, nomeadamenteos Arrebola Setas (na 1ª jornada por 5-4), osDarts Carneiro (que na ronda número 2 forambatidos por 7-2), e o Estádio Darts/40’s Bar(que na 3ª jornada foi derrotado por 6-3.

Na 2ª Divisão quem “dá cartas” é a turma doPedros Bar X, que ao fim de três jornadas lideraa competição – a par de Inter Claudis Darts e doOrcas/Casablanca – com 9 pontos, fruto de trêstriunfos. O último deles foi alcançado na 3ª jor-nada (ocorrida no dia 24 de novembro) diantedos também ermesindenses Cruzas por 8-1.

FOTO CLUBE ZUPPER

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A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Desporto

FUTEBOL

FOTOS MANUEL VALDREZ

Desaire atrás de… desaire!Está cada vez mais complicada a situação da principal equipa do Ermesinde no escalão maior da Associação de Futebol do Porto.

Neste mês de novembro a turma de Sonhos contabilizou três derrotas e um empate nos quatro encontros disputados, cenário que fazcom que por esta altura ocupe de maneira destacada o último lugar (!) da tabela classificativa, com apenas cinco pontos somados, tantosquanto já leva de avanço o penúltimo classificado (o Alpendorada) na competição!

Nesta revista pelo terrível trajeto ermesindista no mês que agora finda começamos por olhar o último encontro, alusivo à 11ª jornada,saldado pela derrota mais pesada da temporada – até à data –, 0-4, no reduto do Candal.

O Ermesinde visitou oCandal no passado domin-go (25 de novembro) empartida referente à 11ª jor-nada. Num jogo em queainda não se vislumbraramalguns dos novos reforçosrecentemente contrata-dos, o técnico Jorge Abreuoptou por um “onze” com-posto por: Pedro Maga-lhães, Castro, Borges, Di-as, Guedes, Bruno, Ricar-do Leça, Hemery, AndréVale, Flávio e Sousa. Er-mesinde que até foi o pri-meiro conjunto a criar pe-rigo, mas das escassas ve-zes que isso aconteceu du-rante a etapa inicial estavasempre no caminho dabola o guarda-redes ou al-gum outro homem de azul.

Com o avançar do re-lógio a turma da nossa ci-dade foi perdendo fulgor,e disso se aproveitou oCandal para chegar ao golo,por intermédio de PedroSantos, em cima do minu-to 45.

A segunda parte foidominada por completopelo Candal. Domínio essetraduzido na obtenção demais três golos que sela-ram o marcador num ex-pressivo 4-0.

Do lado ermesindistaHemery foi o sempre ele-mento mais inconformado

durante os 90 minutos.A turma da nossa cidade

pode em alguns lances quei-xar-se da arbitragem que be-neficiou – há que dizê-lo – aequipa de Gaia, mas a verdadeé que os jogadores do Er-mesinde nunca tentaram defacto pegar no jogo. Sendo as-sim, a derrota é mais do quejusta. MÁRCIO CASTRO

Eficácia feza diferença

O sétimo desaire da atualtemporada aconteceu no Está-dio de Sonhos, a 18 de novem-bro último, numa partida (naimagem de cima) alusiva à 10ªjornada, e na qual tanto Er-mesinde como S. Pedro daCova entraram bem, ambosempenhados em tentar conse-guir marcar bem cedo. Acaboupor ser mais feliz a equipa vi-sitante que inaugurou o mar-cador através de Leonel, à pas-sagem do minuto 20, atletaeste que recebeu a bola pelolado esquerdo do ataque, ondeo lateral direito ermesindista,Castro, não conseguiu travaro seu oponente, e já na grandeárea o atacante do clube fo-rasteiro rematou sem dificul-dades para o fundo da baliza.

Os da casa ainda tenta-ram reagir à desvantagem, etiveram num remate de Pigoaos 26 minutos, de fácil de-

fesa para o guarda-redescontrário, a melhor situaçãona primeira metade do jogo.

Com o início da segundaparte chegou um dos mo-mentos da partida. O técni-co do Ermesinde, Jorge A-breu, já tinha feito entrar aointervalo os atacantes Mi-guel e Rui Pedro, tendo esteúltimo sido carregado pelascostas dentro da grande áreaquando o cronómetro marca-va 47 minutos. O árbitro dapartida não teve dúvidas eassinalou o castigo máximopara a equipa da casa. Naconversão, o próprio RuiPedro atirou rasteiro e parao centro da baliza e permitiua defesa do guarda-redes doS. Pedro da Cova

Até ao final do jogo asduas equipas ainda esboça-ram alguns remates às res-petivas balizas contráriasmas nada que assustassequalquer um dos dois guar-da-redes.

Acabou por levar os trêspontos a equipa do S. Pedroda Cova, fruto desta magravitória por 1-0, equipa quemostrou estar perfeitamen-te ao alcance do Ermesinde,mas que acabou por ser maiseficaz.

Na partida diante do S.Pedro da Cova a equipa danossa freguesia alinhou com:Pedro Magalhães, Castro,Borges, Dias (Rui Pedro, aos45m), Guedes, Bruno, Leça,Hemery, André Vale (Hugo,aos 63m), Pigo e Sousa (Mi-guel, aos 45m). LUÍS DIAS

Derrota emcasado líder

Depois de dois resultadospositivos – uma vitória fora deportas e um empate caseiro –,a principal equipa do Er-mesinde voltou no passado dia11 de novembro à dura reali-dade… das derrotas. Factoocorrido no reduto do líder daDivisão de Honra da Associa-ção de Futebol do Porto, oPerafita, que em jogo referen-te à 9ª jornada da citada provabateu a turma de Sonhos por2-1. Apesar de bem disputadade parte a parte a primeira me-tade do encontro teve no Pe-rafita a equipa que deteve o“sinal mais”, não sendo de todo

de admirar que no descansoos homens de Matosinhos es-tivessem em vantagem nomarcador por 1-0, graças a umgolo de Cheta apontado quan-do estavam decorridos 18 mi-nutos.

Na segunda parte o Er-mesinde acordou, dandoluta aos líderes do campeo-nato. No entanto seria oPerafita a ampliar a vanta-gem no marcador na sequên-cia de um remate de primei-ra de Hélder Silva à passa-gem do minuto 49.

Assistiu-se posterior-mente a um Ermesinde maisperigoso, na tentativa deremar contra a maré. Po-rém, o golo ermesindistaque daria alguma esperançanuma possível reviravolta nomarcador chegou já bastan-te tarde, ao minuto 87, porintermédio de Miguel.

No final do encontro ojogador do Ermesinde Del-fim dirigiu-se à equipa dearbitragem que se encontra-va no centro do terreno, edurante o cumprimento ha-bitual viu o segundo cartãoamarelo e consequente ver-melho, ficando a ideia queesta admoestação terá sidoconsequência de palavrasmenos próprias proferidaspelo capitão da equipa danossa freguesia.

Neste jogo o conjunto doErmesinde alinhou com:Eriksson, Castro, Borges,Dias, Delfim, André Vale(Hugo, aos 75m), Leça (Mi-guel, aos 47m), Hemery,Bruno, Luís Pigo, e Sousa.MÁRCIO CASTRO

Primeiro pontoem Sonhos

A 4 de novembro passa-do a turma de Jorge Abreusomou o primeiro ponto daatual temporada no Estádiode Sonhos. Facto ocorrido di-ante do Barrosas, em parti-da (na imagem de baixo) alu-siva à jornada número 8 doCampeonato Distrital da Di-visão de Honra da Associa-ção de Futebol do Porto, queterminou empata a uma bola.

Apesar de intenso o en-contro teve poucas oportuni-dades de golo e muitos car-tões.

Na primeira parte o jogofoi equilibrado, mas a espa-ços foi notório algum domí-nio por parte dos visitantes.Cedo o Ermesinde ficou re-duzido a 10 homens, na se-quência de duas faltas come-tidas por Guedes, primeiroao minuto 18 e depois ao mi-nuto 31, que lhe valeram aexpulsão por acumulação deamarelos.

Os golos apareceram sóna segunda parte, tendo oprimeiro sido para a turma dacasa, após grande trabalho deSousa que deixou três adver-sários pelo caminho para emseguida cruzar na linha defundo para Rui Pedro encos-tar e fazer o 1-0, quando de-corria o minuto 67.

Posteriormente a partidaganhou outra vida com a en-trada de Leça para o “onze”da casa, mas foi partir do mi-nuto 70 que o jogo se resol-veu, na sequência de um pu-nhado de decisões discutíveis

por parte da equipa dearbitragem.

Aos 73 minutos o ár-bitro Pedro Barbosa as-sinala um livre a favore-cer o Barrosas após su-posta falta à entrada daárea, castigo que seriabatido com mestria porFaneca para o fundo dabaliza de Eriksson. Aominuto 82, Rui Pedro vêa cartolina amarela, portirar as caneleiras aoperceber a sua substitui-ção, situação que fez comque o juíz do encontrolhe mostrasse o segundoamarelo e respetivo ver-melho.

Já não se consumariaa substituição. Nesse mes-mo minuto 82 o árbitrodirigiu-se para o banco desuplentes da equipa doErmesinde e mostrou ocartão vermelho direto aFlávio, que estava senta-do, por alegadamente esteter enviado uma segundabola para o terreno dejogo com a partida a de-correr.

Neste encontro o Er-mesinde alinhou com:Eriksson; Castro, Borges,André Vale, Delfim, Gue-des, Luís Pigo (Miguel,aos 53m), Hemery, Bruno,Rui Pedro e Sousa.

MÁRCIO CASTRO

Nota: Todos os resul-tados e classificações des-ta competição podem serconsultados na nossa edi-ção on line.

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 13Emprego

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14 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012História

A importância da comemoraçãodo 1º de Dezembro

defeitos teve o mérito de tra-zer a política ao povo, o mes-mo é dizer, politizar o povo,de acordo com os princípiosdemocráticos, segundo os quaiso povo deve, de forma instruí-da e consciente, eleger os seusrepresentantes para todos osórgãos do poder).

Mas a data que agora fes-tejamos é o 1º de dezembro, queeste ano até calha ao sábado.Celebra-se o 372º aniversárioda Restauração da Independên-cia. Nesse dia de 1640, meiacentena de pessoas da mais altaqualidade do Reino (nobres,eclesiásticos e militares), detodo o território continental ecolonial, insubordinaram-secontra o domínio filipino e en-cetaram uma longa guerra con-tra a poderosa Espanha, queduraria quase três dezenas deanos (metade do tempo em queestivemos submetidos aos Fi-lipes). Mas a vitória, permitiuacalentar a existência de Portu-gal como reino autónomo atéhoje. É em memória de todosesses homens que se bateram,brilhante e honrosamente, pelamanutenção da portugalidade,

EFEMÉRIDESO 1º DE DEZEMBRO DE 1940 EM ERMESINDE

como símbolo maior de umanação que deu “novos mundosao mundo”, que esquadrinhouoceanos e terras desconhecidase pelejou por todos os conti-nentes, que vale a pena recor-dar, hoje e sempre, o Glorioso1.º de dezembro de 1640.

E quanto à memória do 1ºde Dezembro, os republicanos

5 de Outubro éa data da im-plantação daRepública, atu-al regime portu-guês, cuja pre-

sença está muito vincada até porterem sido os republicanos quenos transmitiram os maioressímbolos da nacionalidade por-tuguesa, que são o Hino Nacio-nal e a atual Bandeira Portugue-sa. Mas 5 de Outubro é tam-bém a data que tem sido atribu-ída ao Tratado de Zamora (1143)que marca o início da nacionali-dade portuguesa, com a sua se-paração definitiva do Reino deLeão e Castela, pelo entendimen-to entre D. Afonso Henriques eseu primo, D. Afonso VII, quemais tarde o Papa ratificaria tam-bém (Bula Manifestis Proba-tum). Este feriado, curiosamen-te, mereceria a unanimidade devontades, quer dos monárquicos(5 de outubro de 1143 marca oinício da Monarquia Portugue-sa), quer dos republicanos (5 deoutubro de 1910 é o início daPrimeira República em Portu-gal. Apesar de todos os seus

foram verdadeiramente exem-plares – há precisamente 102anos – resolveram imortalizaresse dia com a Festa da Inaugu-ração da Bandeira Nacional.

Efetivamente, o GovernoProvisório da República, atra-vés do seu Decreto de 24 denovembro de 1910, determinouque o dia 1 de dezembro desse

Parte dos portugueses já se insurgiu, e a nosso ver com razão, contra o facto dogoverno português terminar, ainda que temporariamente, com a celebração de algunsferiados profundamente ligados à História da nossa Pátria. Estão neste caso os feria-dos do 5 de Outubro e do 1 de Dezembro.

Situado no largo ajardinado, na confluên-cia da rua Dr. João Rangel com a rua Rodriguesde Freitas, este Cruzeiro é um dos mais boni-tos da cidade. Assente numa base redonda,de dois degraus circulares sobrepostos, nas-ce em pedestal de forma paralelepipedal, decujas faces se salientam os símbolos da vitó-ria no tempo da Reconquista – altura em quese fundou Portugal como Reino Independen-te, donde se ergue uma elegante coluna torsa,de gosto neo-manuelino, ao cimo da qual umcubo de granítico, ostenta os símbolos nacio-nais da vitória e do prestígio português nassuas faces exteriores (a cruz, a espada, a esfe-ra armilar e as quinas), e serve de suporte auma Cruz de Cristo.

Foi construído no âmbito das Comemora-ções dos Centenários (1140 – Fundação dePortugal; 1640 – Restauração da Independên-cia), e o seu nome, na altura da edificação(1940), foi “Padrão Comemorativo do AmploCentenário de Portugal”. Foi inaugurado nodia 1 de Dezembro de 1940, e no seu “Autode Inauguração” escreveu-se o seguinte:

«Ermezinde, Concelho de Valongo, Dis-trito do Porto, pelas 10 horas, compareceram:Serafim Ferreira dos Santos, Adelino da Cos-ta Freitas e Agostinho Marques d’Assunção,o primeiro Presidente e, os restantes, membrosda Junta de Freguesia de Ermesinde, DoutorAntónio Correia da Costa e Almeida e Alberto

Inauguração do Cruzeiro dos CentenáriosDias Taborda, Presidente, o primeiro da Comis-são Concelhia e o segundo da Comissão Paro-quial da União Nacional, e pôvo. E, logo, êlePresidente da Junta indo junto do Padrão alierigido em terrêno do município, expargiu flôresno sopé do monumento e terrêno em roda, de-clarando em voz alta e de fórma a sêr ouvidopor todos os presentes que, de modo tam simplesinaugurava o Padrão Comemorativo do DuploCentenário e Independência de Portugal. Esteacto, que foi revestido de grande fé patriótica edo maior respeito e singeleza, está em obediên-cia a ordens da autoridade superiôr, terminouacto continuo. E, para a todo o tempo constar,mandou, êle, Presidente da junta, lavrar o pre-sente auto em duplicado, afim de que um exem-plar fique constando do arquivo da Junta daFreguesia e, outro, seja enviado à Câmara Mu-nicipal, para os efeitos legais, depois de assina-dos por êle, Presidente da Junta e seus colegasnela, Presidentes da Comissão Concelhia e Pa-roquial da União Nacional e bem assim dos de-mais cidadãos que mostraram vontade de os hon-rarem com as suas assinaturas e comigo, AlbertoDelgado, escrivão da Junta de Freguesia deErmesinde, que o dactilografei, subscrevi e tam-bém assino, juntamente com a Junta de Er-mesinde, um de Dezembro de mil novecentos equarenta».

Mas na noite de 12 para 13 de dezembroalguém derrubou a Cruz, deste monumento

MANUELAUGUSTO DIAS

mandado erigir pela Junta de Freguesia. NoLivro n.º 11 de Atas da Junta da Freguesia,escreve-se, a certa altura (fl. 1v.), o seguinte,referindo-se ao seu Presidente: «Já apresen-tou queixa às autoridades competentes, a fimde que se descubram os verdadeiros autores.Não são êstes por enquanto conhecidos, massingular é que se fôsse apênas derrubar umacruz que encimava o monumento. Ora, conca-tenando factos, é-se levado a perguntar se nãohaverá correlação, – como entre causa e efei-to –, entre aquêle acto de vandalismo sem nômee certas arengas ao Público feitas em lugaressagrados, dizendo-se-lhe que o movimento ti-nha um carácter laico, que não poderia mere-cer, portanto, a aprovação dos católicos, porisso mêsmo se deviam abstêr de assistir às fes-tas da inauguração e mais tarde se apresenta-ram às autoridades do nosso concelho protes-tando contra a inauguração dêsse Padrão,nêsse momento já anunciado por esta Juntapara o dia um. A policia, a quem o caso foientregue, se encarregará por certo de tudosabêr; mas esta Junta deve deixar aqui lança-do o seu protesto e a sua revolta por seme-lhante feito, indigno de um homem de sã mo-ral. Os seus colegas associaram-se unanime-mente a êste voto de protesto».

O caso passou pelos jornais diários,designadamente por “O Primeiro de Janei-ro”, mas, passado algum tempo, lá foi re-construída a Cruz que ficou até hoje.

ano fosse solenizado com a Fes-ta da Bandeira Nacional (“Diá-rio do Governo”, n.º 43, 24 denovembro de 1910).

Dez dias após o triunfo daRevolução Republicana, a 15 deoutubro de 1910, constituir-se--ia uma Comissão com o objeti-vo de estudar uma proposta paraa nova bandeira, composta, en-tre outros, por Columbano Bor-dalo Pinheiro, João Chagas, AbelBotelho e Ladislau Pereira. Hou-ve grandes debates em torno des-ta problemática, que se generali-zaram a quase todo o país.

Contudo, no dia 1 de de-zembro de 1910, instituído pe-los republicanos como o Dia daFesta da Bandeira, ela estava de-finida. Para a apresentar à capi-tal, organizou-se um Cortejo quetinha como figura principal pre-cisamente a nova Bandeira. Odesfile partiu da Câmara Muni-cipal de Lisboa, onde, quasedois meses antes, havia sidoproclamada a República porJosé Relvas (desde a varanda dosPaços do Concelho), e seguiu atéao Monumento aos Restaurado-res (solenemente evocados nes-te dia), onde a nova Bandeira

Nacional foi hasteada. Seguir-se--ia um recital poético em honrada Bandeira no Teatro Nacional.Esse dia foi aproveitado, ainda,para homenagear Cândido dosReis e inaugurar as placas daAvenida da República e da Ave-nida Cinco de Outubro.

A nova Bandeira de Portu-gal só seria formalizada, em ter-mos legais, mais de meio anodepois, ou seja no decurso dejunho de 1911.

Para tentar que a popula-ção portuguesa aceitasse o novosímbolo nacional, o Ministériodo Interior decidiu enviar a to-das as escolas do país uma Ban-deira Nacional, os manuais es-colares passaram a exibir essenovo símbolo, os professorespassaram a ter a incumbênciade explicar aos alunos o signifi-cado das partes constituintes danova Bandeira.

O 1º de Dezembro é o diada Restauração da nossa inde-pendência e o dia da atual Ban-deira Nacional. É um crime delesa pátria aboli-lo da nossa me-mória coletiva, passando aconsiderá-lo um dia igual a to-dos os outros.

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 15Crónicas

O imprevisto acontece – com a realidade jogamos ao faz de conta

ral determinava muito mais do que a separa-ção entre o dia e a noite, o trabalho e o re-pouso, a certeza e a dúvida, o movimento e aimobilidade, o balanço do dia que termina ea projeção do dia seguinte. O dia era associ-ado à vida, a noite era o fechar dos olhos dodia, a ausência de luz natural, em resumo: amorte. Receava-se a noite quase como setemia a morte, o sono era umaespécie de vida suspensa en-tregue nas mãos de Deus, amorte era o descanso eterno, onão retorno. A convicção de quehaveria esse retorno, eis o quejustifica o quase, o que alenta-va quem vivo era e confiava noSupremo Juiz que tinha o poderdecisório sobre a nossa existên-cia. O receio era fortalecido pelafraca iluminação que permitia aatividade no período entre o re-gresso a casa e a disposição doscorpos para o descanso.Candeias, candeeiros de mesae lampiões, alimentados a petró-leo (querosene para os brasilei-ros) bruxuleavam a guiar os pas-sos nesse lapso de tempo.Quando surgiram os “petro-max”, que projetavam uma luz muito mais in-tensa e clara, o ambiente transformava-se,mudava a disposição das pessoas nos es-paços por eles abrangidos. «Parece que édia!», exclamavam. A eletrificação das casastambém contribuiu para minorar a distinçãoentre o dia e a noite além da comodidade quetrouxe, bastava carregar no garabito (1) comodizia o Bébé, um pobre de espírito que faziamandiletes (2), transportava cargas e só pe-dia como retribuição que o deixassem “darao garabito”, pressionar o interruptor, pra-zer supremo, que outro não conhecia. Bempode dizer-se que, ao terminar a primeirametade do século XX, a vida era, ainda, apreto e branco. Na cidade, mas sobretudona aldeia, os homens vestiam pardo (3) ouroupa exterior a propender para tonalidadesbaças, o luto obrigava homens e mulheres atrajar de negro durante um ano ou mais, asviúvas traziam a morte com elas para o restodos seus dias, o que distinguia os eclesiás-ticos era o negro da batina que vestiam nodia a dia e nos atos religiosos, a liturgia de-terminava paramentos negros nas missas derequiem e nos ofícios fúnebres, o escuro erasinónimo de castigo para as tolices das cri-anças: «Se continuas a fazer perrice (4) vaispara o quarto escuro!». Em contrapartida,brancos eram os lençóis em camas de genteremediada; as toalhas que revestiam mesasde praticamente todas as famílias em dias defesta até para famílias de menores recursos eeram de uso diário para as mais abastadas;

as roupas do batismo e a toalha que limpavaa cabecinha dos neófitos após o derrama-mento da água sacramental; as camisas paraos domingos e dias de festa; meias e agasa-lhos para todos, no tempo frio de outono e deinverno, o que pressupunha cultivo de linhoou posse de ovelhas, porque dinheiro nemsempre havia para comprar novelos de lã.

e súbito, uma forte venta-nia, como surgida do nada,abateu-se nos plátanosque margeiam, pela es-querda, a via pública, feztombar no asfalto milhões

de folhas que resistiam à morte previstae, com elas, encetou algo como um bai-lado, em círculos, que foi progredindoaté se perder de vista bem lá no extremoda rua. Em simultâneo, o céu, até entãode um cinzento pacífico, tornou-se es-curo, antecipando a noite e prenunci-ando temporal. Caíram as primeiras go-tas de chuva, finas e espaçadas antes,mais constantes a seguir, obrigando ostranseuntes a protegerem-se com guar-da-chuvas ou a correrem em busca deum abrigo. Só então me apercebi de quenão trouxera qualquer resguardo e teriaque vencer aqueles dois hectómetros emeio com a minha neta de sete anos emcorrida ao faz de conta. Duzentos e cin-quenta metros para lá, outros tantos noregresso. «E se, entretanto, a chuva ti-ver virado temporal?», questão recor-rente que me acicata nessa hora e meiade permanência no recinto. Quem vaichegando não parece estar muito inco-modado com o que acontece no exteri-or. Bom sinal! Mesmo sem sombreiro –curioso como, na aldeia, as pessoas re-sumiam com essa designação o objetoque podia resguardá-las da chuva comodo sol, embora não seja adequado noprimeiro caso, preferindo o nome deri-vado ao composto talvez a pensar que,com ele cobertos, de certa maneira, fica-mos a uma sombra protetora – estamosà vontade, a minha neta leva um casacoque, depois de entrar no automóvel, lheretiro, sem que da sua falta advenha des-conforto, basta ligar o ar condicionado.

Agora é noite fechada, conjugaram--se os humores do tempo e a precisãoda meteorologia. Boa noite! Desapare-ceu o motivo da ansiedade que precedeesses momentos de indefinição carac-terísticos do lusco-fusco. Aí pode co-meçar o mistério que sempre associa-mos ao período de treva. Em tempo nãomuito distante, a ausência de luz natu-

NUNOAFONSO

va: tocar na morte era correr um risco (…)Hoje ainda, no séc. XXI, a lógica, a medicinae a racionalidade podem dizer-nos que não,que é absurdo, mas o inconsciente aliestá…».

Na minha aldeia, o cemitério ficavaao lado da igreja, dentro dos mesmosmuros. À noite, as pessoas transitavam

pelos caminhos contíguosde coração apertado tentan-do desviar os olhos desselado, ainda que a moradadivina devesse merecer-nostoda a confiança e do cam-po santo nada tivéssemos arecear porque os mortosnão regressam. AntónioLobo Antunes, numa entre-vista concedida à rádio TSFpor ocasião da “Escritaria”,em outubro passado, refe-ria-se a alguém que nunca iaao cemitério «porque, nesseslugares, não está ninguém».

- Então, onde estão osmortos? – perguntavam-lhe .

- Andam por aí – explica-va essa pessoa. Falam con-nosco, dão-nos as suas opi-

niões, fazem-nos companhia, sentimo-las aonosso lado.

E acrescentava Lobo Antunes:«Tinha razão. Eu ouço-os, distingo-lhes

as vozes, compreendo o que me dizem…».Houve uma pessoa que nunca mani-

festou receio de dirigir-se à igreja a qual-quer hora da noite como do dia. Foi zeladorado Santíssimo Sacramento durante algunsanos. Uma lâmpada, suspensa do teto e per-manentemente acesa, simbolizava a eterni-dade de Deus e da sua presença entre oshomens. O depósito de azeite alimentavauma torcida cujo pavio teria que ser substi-tuído de quando em quando, presumo que,de quatro em quatro horas. Essa era a princi-pal tarefa da zeladora. No outono e no inver-no, às 17 horas é noite cerrada. Não me lem-bro a que horas ela procedia a esse trabalho,sei que não falhava uma só vez, porque achama não poderia extinguir-se, representa-va a fé das pessoas da comunidade e a suahomenagem a Jesus Sacramentado. Essamulher, a pessoa mais corajosa que conheci,era a minha mãe.(1) Garabito – interruptor, botão que se comprimepara ligar ou desligar a luz.(2) Mandiletes – recados, mensagens que se man-da alguém dizer ou levar a outra pessoa.(3) Pardo – tecido rústico de lã, também chamadoburel, de cor negra.(4) Perrice – choradeira de criança por discordânciaou teimosia.(5) Encomendação – ritual religioso (orações ecerimónias) seguido pelo sacerdote antes de sepul-tar o morto.

FOTO ARQUIVO

O toque dos sinos às Ave-Marias, quan-do clareava, era um grito de alegria e agra-decimento a Deus por mais um dia de vida, otoque às Trindades, tão logo o sol fazia asdespedidas e as primeiras sombras jáadormentavam a Natureza, conquanto repre-sentasse alívio da labuta diária e chamadaao reagrupamento familiar, vinha marcadopor uma indefinível emoção, entre o regozi-jo da convivência e a pena da despedida. Osimbolismo da noite em relação à morte tra-zia consigo o desejo de distanciamento detudo quanto lembrasse o momento fatal: naigreja, enquanto lugar onde eram celebra-das as exéquias, se expunham os mortos an-tes da encomendação (5) e, durante séculos,se enterraram os que partiam deste mundo; ocemitério, espaço onde todos os moradorestinham familiares sepultados e destino certodos que ainda conservavam o precioso domda vida; a igreja e o cemitério em conjunto,por isso duplamente atemorizante, a presen-ça, materialmente silenciosa, de Deus na suamorada, e a ausência dos que nos pertence-ram e se tornaram pó, a perspetiva para nóstão certa quanto aterrorizadora, a certeza damorte e o temor, que não gostamos de admi-tir, de, um dia, ela nos vir buscar.

Cito Gonçalo Manuel Tavares em crónicapublicada no número 1025 da revista Visão:«O medo da morte e o medo dos mortos. Osrelatos sobre esse tremor diante do cadáver,esse não querer tocar. Talvez uma herança in-consciente da peste negra. Aí, o morto mata-

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16 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012

GLÓRIALEITÃO

Outra vez Natal!

o Natal do ano passado fa-zia uma reflexão sobre anossa “pobreza” como se-res humanos, porque mui-tas vezes não dispensamosaos outros uma simples

saudação de bom dia. Dá a ideia que estapalavra estará a entrar em desuso e dou-meconta disto a cada dia que passa porque,volvidos quase 365 dias desde esse apon-tamento, eu continuo a reparar que sendo omotorista do autocarro a primeira pessoacom quem, se calhar, começamos a contactarlogo pela manhã (se formos utilizadores destemeio de transporte público), praticamenteninguém os saúda quando entram. Numacontagem feita de forma “rasa” dá cerca de5% de pessoas a fazê-lo.Antigamente dizia-se que isso era falta deeducação e ensinávamos os filhos a cumpri-mentar quando passávamos por alguma pes-soa conhecida, vizinha e às vezes nem isso –era um ser humano, o que por si só já mere-cia a nossa saudação. Claro que poderemosdizer que isso se deve à preocupação daspessoas em relação à conjuntura atual, por-que andamos todos preocupados com as in-certezas do futuro, etc. etc., mas isso não

será motivo suficiente para nos alhearmos ou abrir-mos mão das regras de boa educação, que porarrasto também estão a ficar em crise?.As primeiras “mestras” dos nossos meninos edos meninos de muita gente que frequentam aquio nosso Centro de Animação estão conscientesdo papel que desempenham ao educá-los no cum-primento deste princípios. Apesar de não subs-tituírem a responsabilidade dos pais – quedo logo a partir do berço serão os nossosprimeiros educadores, tornam-se funda-mentais porque ajudam a lançar umassementinhas nos princípios da cidadaniadestes pequenos rebentos, o legado que sedeixa a um país. Acreditando que atitudegera atitude, se a saudação não for um há-bito das suas casas, pode ser que assim,estas regras se interiorizem e se enraízemdentro delas, e valha o ditado popular: “Depequenino se torce o pepino”.Agora, voltando à reflexão em que tenhopor hábito registar a imagem que paramim simboliza o espírito de Natal, o meusentir deste ano fixa-se num menina de26 anos, com uma franja no cabelo pin-tada de cor-de-rosa. Tornou-se minhacompanheira de viagem assim como umaoutra senhora, empregada num restau-rante. Certo é que depois das 22h30, porhábito lá está o trio, à espera do autocarro. Énormal que com o tempo nos vamos conhecendoe falando entre nós do que é trivial e faz parte doquotidiano de cada uma, e esta mulher, com ros-to traquina de menina, vai desfiando pedacinhosde vida, difícil e dura – órfã de pai muito nova,começou a trabalhar aos 14 anos em regime depart time e férias. Aos dezassete anos abraçou atempo completo a sua profissão, que aprendeude forma disciplinada e exigente: a respeitar as

hierarquias, a ter brio no trabalho bem feito, aresponsabilizar-se perante as tarefas que executae acima de tudo a aprender com os erros e a con-tinuar a lutar, recusando-se a cruzar os braços.Abandonada na sua primeira gravidez pela suaprimeira paixão, voltaria a tentar ser feliz, mas olegado que lhe deixaram foi de novo, um filho.Assim, é com orgulho e um brilho forte nos olhosque fala nos seus rebentos de 6 e 4 anos, que sãocriados com o apoio da mãe dela, a única retaguar-da com quem sabe poder contar. Mas aqui, é jus-

to registar a outra colega de autocarro, numa par-tilha que faz com ela e quando lhe é permitido –trazer do restaurante um tupperware com baca-lhau com natas que a delicia, ali mesmo, na para-gem porque neste gesto nem o talher é esquecido.É gratificante ver o seu sorriso de orelha a orelhae a forma como se deleita com este mimo. Contu-do, o seu amor de mãe lá está, no cuidado deguardar uma pequena reserva para os seus meni-nos – «adoram esta comida e vão ficar tão conten-

Crónicas

tes quando virem o que lhes levo». O mesmoacontece também com a mousse de chocolateou outros pedacinhos de generosidade, trans-formados em surpresas que vêm dentro da-quelas pequenas embalagens.Esta menina da franja dizia-nos que já fez oseu pinheirinho de Natal, a surpresa para osfilhos. Num esforço grande que ela faz parasomar euros e cêntimos, que ganha à comissãono seu trabalho, em que aproveita tudo, estoucerta vai conseguir colocar lá debaixo uma

prendinha para eles, que lhes ilumina-rá os olhos e o sorriso. Mas o coraçãodesta jovem mãe também guarda paraela mesma a prenda envenenada pelacrise, pelo desalento e pela falta dealternativas – um bilhete de ida paraInglaterra, em janeiro, o país onde estáa tentar abrir portas para a receber eonde chegará com o nó apertado poruma saudade que já lhe ensombra ocoração pela falta que os filhos lhevão fazer. Diz que tem que dar a voltaà sua vida e assegurar acima de tudo aeducação dos seus filhos, preparan-do-os para um futuro melhor quandoeles se lhes puderem juntar, num paísque os há-de ver crescer e se calhar,multiplicarem-se lá, e por esse mun-do fora. E eu acredito que o amor deuma mãe move montanhas e ela vaiconseguir.

«Podemos ter chegado em diferentes navios,mas hoje estamos todos no mesmo barco» –disse Martin Luther King, e será por isso que,numa verdade cada vez mais insofismável nes-te Natal, o coração de muitos pais, familiares eamigos passará apertadinho de saudade portantos que tiveram e terão que partir em buscade um novo porto mais seguro.

Feliz Natal!

GILMONTEIRO (*)

Empirismo

m tempos de crise algo temde mudar mesmo. Pode umaempresa comercial manter,por muitos anos, os mes-mos resultados? Não. Por asua sociedade de garagens

não dar lucro ou perda é que o Zeferino des-cobriu que o cunhado o andava a tramar.

Estamos em fase de regressar aos cam-pos, e voltar “a tratar da vida”, como seaprendeu com os pais e avós; ainda quetenhamos eletricidade e computador! Masperdeu-se a venda (taberna) do Pirolito, ea solenidade da missa dominical, por faltade sacerdote, substituído pela Ana do viú-vo, a fazer as rezas na capela. As leiras elameiros vão deixar de ter silvas, voltandoa produzir milho e feno para os animais,pelo menos para um burrito simpático, li-vre da extinção! Nas “novas” hortas daRichave, iremos encontrar couves, nabose feijão, com fartura. O trator do Jorge não

vai impedir o uso do gravano, para a rega dasplantas aromáticas de estimação, junto ao ri-beiro da Senhora da Veiga!

Os citadinos estão a aprender,por experiência, que é preciso mu-dar de hábitos e reciclar o mais pos-sível os objetos usados. A MariaFernanda tem caprichado nos guisa-dos, graças à utilização de ervas aro-máticas, criadas na varanda emarquise do andar virado a nascen-te. A pequena horta até já produziufavas miúdas! A última inovação foio cultivo de alfaces, no interior degarrafões de água, rasgados numaface e com as tampas. Como a pra-teleira tem vários “vasos” de cáp-sulas de cores diferentes e as alfa-ces de tons e crescimentos diver-sos, o efeito visual é lindo! Enquan-to os regressos aos campos vão tar-dando, as habitações citadinas vãopassando a rurais, com telhados (ter-raços) transformados em jardins,como já se vê na cidade do Porto.Sim, pois nas cidades frias, comoToronto, no Canadá, encontramosgrandes e bonitos jardins nas caves.

Mas a força da crise está a levar àreutilização das vestimentas guarda-das nas arcas! Passaram a estar mes-mo na moda, agora o que éestapafúrdio é chique! Os adolescen-tes até as botas de atanado do avôlevaram para a faculdade. E, talvez por saturação,metem na mochila umas sandes caseiras, e pou-

pam uns cêntimos na cantina. “No poupar está oganho!”, disse o Joaquim para os filhos.

Ouvi um ilustre capitalista dizer numa entre-vista:

– Os meus filhos sabiam bem o valor do tos-tão, quando foram para a escola.

FOTO ARQUIVO

O conhecimento empírico é útil, quandobem utilizado e sem discordar das ideias ina-tas. Nem todos os atos podem ser científi-cos. A educação e o ensino têm muito de

imitação, mas o mundo é feitode mudanças.

Se a formação dos jovensfoi, é e será o maior atributo deuma comunidade, estamos acaminho, numa sociedade en-velhecida, duma formaçãoefetiva dos seniores – voltar àescola é preciso!

Os idosos são, constante-mente, bombardeados:

– Ativa o cérebro, mexe aspernas, passeia, vai a espetá-culos, lê, faz palavras cruzadas,resolve problemas de sudoku...

As cidades estão a ser dota-das de parques recreativos, e asmarginais marítimas apresentamboas e bonitas pistas pedestres ede bicicletas, mas a plena mobili-dade só numa aldeia pacata, ondea febre de andar motorizado nãochegou, resulta em pleno.

Jean-Bastiste Lamarckenunciou, empiricamente:

– O uso dos órgãos desen-volve-os, o não uso atrofia-os;...

É necessário combater aatrofia!

(*) [email protected]

FOTO ARQUIVO

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

a sua habitual página nosemanário “Expresso” dopassado dia nove de No-vembro, com o título queplagiamos neste nossoescrito, Miguel Sousa

Tavares relata uma conversa que mante-ve como uma senhora que pela segundaou terceira vez protestava porque lhe bai-xaram a pensão de reforma, argumentan-do que o dinheiro que lhe pagam não édeles, é seu, em resultado de descontosde quarenta anos. Acalmados os ânimos,MST entabulou com a exaltada senhoraum diálogo com o objetivo de lhe fazer verque a afirmação de que o dinheiro era seue não deles não seria exata.

Vai daí, fez-lhe as contas. Há quantotempo está reformada? Há catorze anos,ouviu da reformada. Muito bem, con-cluiu o autor, acrescentando que entãoterá descontado durante quarenta anosa uma média de 10% do seu ordenado,recebendo há catorze anos uma pensãode reforma. E, feitas as contas, concluiupara a sua interlocutora que, mesmo ad-mitindo que durante os quarenta anosnunca a reformada tenha custado umeuro ao Estado, o dinheiro que descon-tou apenas daria para quatro anos de

A. ÁLVAROSOUSA (*)

pensão, pelo que nos últimos dez anos opagamento já foi à custa “deles”, esclare-cendo que “eles” eram o Estado.

Afigura-se-nos, no entanto, que a conclu-são enferma de perigoso, grave e enganoso erro.

Como é do conhecimento geral, as pres-tações para a Segurança Social são financia-

das por descontos resultantes do trabalhodos cidadãos, na proporção de 1/3 retido pelaentidade patronal nas remunerações e 2/3 su-portados pela tesouraria patronal, não deven-do ser esquecido que a totalidade das contri-buições recolhidas pela segurança social éretribuição do trabalho, como se lê a páginasvinte e quatro da publicação “Quem Paga oEstado Social em Portugal?”, sítio onde tam-

bém se pode recolher o entendimento de que“as contribuições sociais são uma adjudica-ção, isto é, criam um devedor e um credor”.

Com efeito, a provar o que RenatoGuedes e Rui Viana Pereira defendem na ci-tada obra coordenada por Raquel Varela, estáo facto de que quando não há trabalho pres-

tado não se gera riqueza e, consequente-mente, não há qualquer contribuição para asegurança social. Isto para salientar que ascontas feitas pelo autor do artigo deveriamter por base uma média de 30% e não apenasos 10% que considerou.

Há, porém, uma outra componente e nãomenos importante para se apreciar com rigorquem paga o quê e a quem, esquecida no cál-

Contra argumentos não há factos

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culo dos quatro anos encontrados porMST, qual seja, uma de duas variáveis porque se opte: a atualização dos coeficientesde desvalorização da moeda, ou os jurosacumulados que as entregas durante qua-renta anos gerou nos “livros” da entidadegestora do fundo que é chamado a cumpriras suas obrigações contratuais.

Considerando que a senhora terá ini-ciado a sua atividade no ano de 1958, re-formando-se em 1998; ficcionando-se queas remunerações auferidas terão evoluí-do ao longo de tão grande período, co-meçando em valores reduzidos e termi-nado na ordem dos 500 euros mensais,poderemos encontrar saldos que dariampara pagar uma reforma da ordem dos 400euros durante praticamente toda a vidada senhora exaltada, sem necessidade dechamar os “Outros” para ajudar no pa-gamento da pensão, bastando que tenhahavido rigor e saber nas aplicações fi-nanceiras e que o produto destas tenha,na sua diversidade e totalidade, entradonos cofres da Segurança Social. É opor-tuno recordar que foram os fundos depensões das antigas Caixas de Previdên-cia quem financiou marcadamente aimplementação da fileira energéticahídrica, pelo que parte do produto danacionalização da REN e da EDP é devi-da à Segurança Social.

Do exposto concluir-se-á, com nãomenor segurança, que os reformadoscontributivos não devem as suas pen-sões aos atuais ou futuros trabalhado-res, porque são a devolução de parte sig-nificativa do produto do seu trabalho,entregue ao Estado durante várias deze-nas de anos na forma de contribuiçõespara a Segurança Social.

(*) [email protected]

FOTO WIKIPEDIA

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18 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012

• 2 chávena de macar-rão tubinho;

• 4 chávenas de água;• 1 cebola picada;• 2 colheres de sopa de

azeite;• 3 chávenas de molho

de tomate caseiro;• 3 colheres de chá de

pimenta chili;• sal a gosto;• 1 chávena de milho ver-

de cozido;• 2 chávena de feijão

azuki cozido.

Coze-se o macarrão naágua até ficar macio e de-pois escorre-se. Num tacho grande doura-se a cebola no azeite e adicionam-se todosos ingredientes, inclusive o macarrão. Mexe-se bem e aquece-se cerca de 15 minu-tos. Serve-se quente.

Lazer

13 DEZEMBRO 1912 – Nasce Luiz Gonzaga, grande músico popular brasileiro,conhecido como "rei do baião" (morreu em 1989).

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: SERIAL.

Rua das Leiras.Anagrama

01 - Médico francês, Prémio Nobel da Paz em 1952.02 - Povo germânico que criou reino ibérico entre 409 e 585 d.C.03 - Dupla de realizadores, autores de “César Deve Morrer” (2012).04 - Rio que desagua na cidade de Leiria, na margem esquerda do Lis.05 - A que classe de animais pertence a rola?06 - A que continente pertence a Síria?07 - Em que país fica a cidade de Cagliari?08 - Qual é a capital de San Marino?09 - A abreviatura Hyi corresponde a qual constelação?10 - Elemento metálico radioativo, n.º 98 da Tabela Periódica (Cf).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – Albert Schweitzer.02 – Suevos.03 – Irmãos Taviani.04 – Rio Lena.05 – Aves.06 – Ásia.07 – Itália.08 – Hidra Macho.09 – Forno.10 – Califórnio.

Dezembro frio, calor no estio. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Contração de preposição eartigo; enredar. 2. Guindo-me;pavimento subterrâneo. 3.Cobre a casa; antes de Cris-to. 4. Tia (inf.); lindo. 5. Suavi-zas. 6. Lubrificar; nome deletra. 7. Galhofa; bebida alco-ólica. 8. Unidade; Organizaçãoparamilitar nazi; cidade rome-na. 9. Progenitora; satélite deJúpiter; artigo indefinido. 10.adiantar.

1. Ação; névoa. 2. Porta lógicade disjunção; tântalo (s. q.);magnete. 3. Após o sexto; ex-tra-terrestre. 4. O seu con-junto forma a corola. 5. Par-voíce; tal e qual. 6. Partias;saudação (br.). 7. Terminar. 8.Pérfida; pertences; guin-daste. 9. Autorização; Inter-pretavam a escrita. 10. Acon-selhar.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. Ato; bruma. 2. Or; ta; imne.3. Setimo; ET. 4. Petalas. 5.Tolice; sic. 6. Ias: oi. 7. Acabar.8. Ma; es; grua. 9. Aval; liam.10. Recomendar.

Sudoku (soluções)

Sudoku

156 156 156 156 156

15

61

56

15

61

56

15

6

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Botão de punho.02. Botão de punho.03. Gravata.04. Lápis.05. Gota de suor.06. Orelha.07. Olho.08. Sobrancelha.09. Boca.10. Folha.

Macarrão nutritivo

1. Aos; tramar. 2. Trepo; cave.3. Telha; aC. 4. Titi; belo. 5.Amacias. 6. Olear; le. 7. Ri;gin. 8. Um; SS; Arad. 9. Mae;Io; uma. 10. Antecipa.

FOTO ARQUIVO

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

ADAUTO SILVAPensamentosSe fiz alguma coisa boa em toda a minha vida, dela me arrependo do fundo do

coração.William Shakespeare

IMAGEM HTTP://WWW.PDCLIPART.ORG

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 19Tecnologias

Portal e-Democraciano Brasil:Participação virtual,cidadania real

A Câmara dos Deputados brasileira dis-ponibilizou uma versão beta do Portal e-De-mocracia, uma ferramenta aberta para aparticipação da sociedade civil em debatessobre temas de importância nacional. Este foidesenvolvido sobre a plataforma colaborativae livre Noosfero, desenvolvido pela coopera-tiva de tecnologias livres Colivre (http://co-livre.coop.br). Qualquer pessoa pode aí ca-dastrar-se e participar nos debates.

A proposta do e-Democracia é, por meioda Internet, incentivar a participação da soci-edade no debate de temas importantes para opaís. Está dividido em dois grandes espaçosde participação: as Comunidades Legislativase o Espaço Livre. No primeiro, os cidadãosbrasileiros podem participar em debates so-bre temas específicos, normalmente relacio-nados com projetos de lei já existentes. EssasComunidades oferecem diferentes instrumen-tos de participação e, ainda, orientações quan-to ao andamento da matéria no CongressoNacional. Já no Espaço Livre, os cidadãospodem definir o tema da discussão e ser ogrande motivador dela. O debate será acom-panhado pela equipe e-Democracia e podevir a tornar-se uma Comunidade Legislativa.

Fonte: http://edemocracia.camara.gov.br/o-que-e

Lançado Mono 3.0

A comunidade mundial do projeto Monoestá a comemorar o lançamento do Mono 3.0.O Mono está mais ativo do que nunca, com asua presença em tablets, smartphones e noseu uso intenso dentro da indústria de jogos,com o MonoGame. Entre as novidades des-taque para C# 5.0, suporte ao .NET 4.5,MVC4, Razor, etc..

Fonte: http://www.mono-project.com/Re-lease_Notes_Mono_3.0

NASA utiliza OpenSource paragerir dados vindos de Marte

Em notícia divulgada pelo site Opensour-ce.com informa-se que a NASA disponibilizaconteúdos obtidos pelo rover Curiosity que pou-sou em Marte em agosto passado.

O grande desafio da NASA é deixar dispo-nível a qualquer momento e a partir de qualquerlugar os dados da exploração do rover Curiosity.Trata-se de um volume de tráfego de centenasde gigabits/segundo gerado por centenas de mi-lhares de visualizações concorrentes.

A plataforma desenvolvida foi toda base-ada em open source.

Fonte: http://www.madeira.eng.br/blogs/view_post.php?content_id=602

Lançado Git 1.8.0

O mantenedor do Git, Junio C Hamano,anunciou o lançamento de uma nova versãodo sistema de controlo de versão livre. O Git1.8.0 inclui diversas novas funcionalidades,sintaxe de comandos refinadas e um grandenúmero de correções desde a versão 1.7.12,que foi o último lançamento contendo novasfuncionalidades em 19 de agosto.

Git agora tem um novo suporte a funcio-nalidades de credenciais e autenticação quepermitem acesso ao keychain em sistemasWindows e ao GNOME Keyring no Linux. Ainterface gráfica do Git também foi atualizada.

Fonte: http://marcelo.juntadados.org/texts/git-1-8-0A

A informática no reino de Liliput– a moda dos minicomputadores (5)

Aproveitando uma conjugação de fatores muitointeressante – a miniaturização eletrónica dasboards, o surgimento de processadores de muitobaixo consumo de energia, a disponibilidade depequenos discos muito rápidos SSD, os acessíveisrecursos da net e a disponibilidade de sistemasoperativos livres e gratuitos –, uma geração de no-vos minicomputadores tem vindo a fazer o seu apa-recimento com uma cada vez maior frequência.

Este é o quinto de alguns artigos que apontamexemplos desta nova tendência na informática pessoal.

LC (*)

Green Computer Eco S 7

Um dos exemplos de microcomputadorescom processador de muito baix consumo, é oEco S 7 da Green Computer, mais um dos pe-quenos PCs baseados no Mini-ITX com IntelAtom dual core, neste caso com placa gráfi-ca NVidia Ion.

Dispõe de 2GB de RAM DDR3 (suficientepara qualquer distribuição Linux), expansívela 4Gb. Tem ainda duas portas USB 3.0, umaHdmi, uma Dvi, e a possibilidade de vir a in-cluir um gravador CD, DVD ou Blueray.

Como disco rígido, uma unidade de 2,5”de 250 ou 350GBNo último número de “A Vozde Ermesinde”, entre os microcomputadoresque apresentámos, achava-se o VIAAPC8750. Pois, deste mesmo fabricante,falmos hoje do VIA Artigo 1200, comprocessador VIA Eden X2 dual core de 1 GHz,chip multim´dia VX900, 4GB de RAM DDR3,uma porta HDMI, uma VGA, duas Ethernet,e quatro USB 2.0, entre outras ligações.

Traz uma porta para ligação Ethernet ecomo opção pode aceitar um módulo wifi USB.

O preço, sem o gravador de CD, DVD ouBlueray, é de 500 euros.

Odroid-X

Uma solução na linha da que foi apre-sentada pelo Raspberry Pi, isto é, na formade uma simples placa, é a oferecida peloOdroid-X, um micocomputador construído àvolta do processador Samsung Exynos4412Cortex-A9 Quad Core a 1,4Ghz e 1MB L2cache (o mesmo utilizado no tão bem sucedi-do smartphone Samsung Galaxy S3), com umprocessador gráfico Mali-400 Quad Core e1GB de Ram.

Esta placa/computador vem com seisporta USB 2.0 e uma porta Ethernet, entradaspara jack e microfone, e leitor de memória SD,no qual teremos o sistema operativo.

De raiz, este será o Android 4.0, mesmo

se é perfeitamente possível pôr o Odroid-Xa correr o Ubuntu.

O Odroid-X é oferecido ao preço de 129dólares (cerca de 105 euros).

Intel NUC

Uma outra solução do género do Ras-pberry Pi ou do Odroid-X é o Intel NUC, umaoutra carta de dimensões reduzidas (10cm delado), que traz como processador o SandyBridge Core i3 / i5 e uma GPU Intel GMA HD3000. O Intel NUC vem com dois slots paraDDR3 SODIMM e duas PCI Express, além deduas portas USB, Hdmi, Thunderbolt, módulopara conexão wifi e saída audio multicanal.

Embora sem dados definitivos, o IntelNUC deveria ser comercializado a cerca de100 euros (só a carta mãe).

Gooseberry

Mais uma solução semelhante às anteri-ores, com o computador numa pequena pla-ca de dimensões muito reduzidas e baixoconsumo, é a apresentada pelo Gooseberry,fornecido com um processador ARM A10 a1GHz, embora permita explorar um overclockpara 1,5GHz.

Vem com 512MB de RAM (de origem odobro do Raspberry Pi que, todavia, tambémse oferece agora, depois de a isso os fabri-cantes terem sido instados, com o dobro daRAM inicial). Como sistema operativo traz oAndroid 4.0 ICS, embora esteja prevista umacompleta compatibilidade com Ubuntu e Arch.

O Gooseberry é proposto a 65 dólares.

Avatar APC 8750

Ainda uma solução semelhante às ante-riores, e fabricado pela Via Technologies, oAvatar APC 8750 é um miniPC baseado noprocessador ARM WonderMedia WM8750(ARMv6), de 800MHz, built-in 3D como GPUe 512 MB de RAM DDR3. Vem com disco de2GB expansível atrav´s de microSD, quatroportas USB 2.0, uma porta Hdmi para liga-ção a um televisor de nova geração e umaporta VGA para ligação a um monitor. Pre-sentes também saídas para jack e microfonee uma porta Ethernet.

Como sistema operativo instalado, vemcom o Android 2.3 (que provavelmente seráatualizado para o 4.0). O preço proposto é de59 dólares (isto é, cerca de 46 euros).

Num outro campeonato,o VIA EPIA-M920

Finalmente, por hoje, apresentamos o VIAEPIA-M920, outra placa-mãe, como as anteri-ores, mas de características muito superio-res, de 17 cm de largo, que é proposta emduas variações alternativas, uma com proces-sador Quad-Core Via de 1,2GHz, e outra como Via Dual-Core Eden X2, de 1GHz, amboscom sistema de ventilação sem ventoinha.

Como processador gráfico, vem com oVia Chrome 640/645, o que permite acelera-ção gráfica para video MPEG-2, MPEG-4,WMV9, VC-1 e H.264. O VIA EPIA-M920admite até 16GB de RAM DDR3!

Vem com duas saídas Hdmi e duasEthernet, duas portas USB 3.0 duas 2.0, duasSATA, uma PCI e suporte para cartões dememória SD (SDXC/SDHC), drivers paraWindows 7, XP e para Linux, mas desconhe-ce-se o preço.

(*) Com base em informações recolhidas so-bretudo no site http://www.lffl.org´e nos sites dosrespetivos fabricantes.

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20 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Arte Nona

Pranchas de “Pessoa & CIA”expostas em Barcelona

Com o apoio do Instituto Camões -Instituto da Cooperação e da Língua,foi inaugurado no passado dia 22 denovembro, no Reial Cercle Artistic deBarcelona, uma exposição de váriaspranchas da obra “Pessoa & CIA”, daautora espanhola Laura Pérez Ver-netti, autora da novela gráfica tendopor tema o genial poeta português.

Recorde-se que esta obra foi re-centemente, em meados de outubro,apresentada em Portugal, quer naLivraria Leya na Buchholz, quer naprópria Casa Fernando Pessoa. Nes-ta última houve também lugar a umaexposição de pranchas, que foicomplementada por uma mesa re-donda em que participaram AntónioJorge Gonçalves, Filipe Abranchese Golghona Anghel, sob moderaçãode Sara Figueiredo Costa.

Fonte: http://www.divulgandobd.blog-spot.pt

Tornado – Digital ZeroInternational Artshow

Desde 9 de novembro e até 7 dedezembro a Galeria da BibliotecaMunicipal Rocha Peixoto, na Póvoade Varzim, tem em exposição “Tor-nado – Digital Zero InternationalArtshow”, uma mostra com a parti-cipação de 70 autores, comissa-riada por Esgar Acelerado.

O denominador comum das obrasexpostas é que sejam trabalho “ nãodigital” – num regresso ao objeto úni-co e irrepetível (com exceção das téc-nicas tradicionais como a serigrafiaou a gravura). É uma exposição dedesenho, ilustração e pintura em to-das as suas vertentes e técnicas não-digitais. ou gravura).

A mostra conta com a presençade alguns autores estrangeiros.

A inspiração do nome veio daideia de movimento devastador e adeixar marcas (… e também porqueé o nome do cavalo do Zorro).

De notar que a mostra estava ini-cialmente destinada a terminar no dia30 de novembro mas, dado o afluxodo público, foi posteriormente esten-dida até ao dia 7 de dezembro.

Fonte: https://www.facebook.com/e v e n t s / 2 9 1 6 9 9 5 3 7 6 0 7 7 0 1 /permalink/300825703361751/ O

Entretanto 340º Encontroda Tertúlia BD de Lisboa

Realizou-se no passado dia 6 de novem-bro 2012, primeira 3ª feira do mês, o 340º En-contro da Tertúlia BD de Lisboa, que tevelugar no único restaurante (atualmente) exis-tente no Parque Mayer.

O Convidado Especial foi Fil – Luís Fili-pe Vieira da Silva Lopes, nascido no Portoa15 de novembro de 1977.

Conforme relata Geraldes Lino no seublogue “Divulgando banda Desenhada”,Luís Filipe Lopes possui um doutoramentoem Ciências Biomédicas. Teve uma intro-dução à Pintura sob orientação do artistaplástico Dagoberto Silva, e foi orientado naárea da Ilustração Científica pelo ilustradorPedro Salgado.

Embora na Banda Desenhada seja auto-didata, Fil tem desenvolvido uma constante

atividade na BD nos seus tempos livres,umas vezes como autor completo, outras sim-plesmente no papel de desenhador, fazendodupla com argumentistas.

Além disso, lançou um dos mais impor-tantes fanzines portugueses de banda dese-nhada da atualidade, tanto no conteúdocomo no aspeto gráfico, o “Zona”, (a que

mais tarde se associou André Oliveira naequipa editorial). O “Zona” desdobra-se emdiversos temas (indicados no subtítulo), eonde Fil tem publicado a maior parte da suaprodução em BD:

Zona Zero - maio 2009 - Fez a ilustraçãoda capa, uma ilustração interior, e uma bd detrês pranchas, a cores, intitulada "Anomalia";

Zona Negra - setembro 2009 - Uma ilustra-ção, e a bd a preto e branco,"Rotina", em quatropranchas, sob argumento de Gustavo Carreira;

Zona Fantástica - março 2010 - Uma bd acores, de quatro pranchas, com o título"Dador Universal";

Zona Gráfica (Vol.1) - maio 2010 - Criou abd "A Noite" em quatro pranchas, a cores, maspublicada no fanzine a preto e branco; fez, emparceria com André Oliveira, a bd "3ª directa";

Zona Gráfica (Vol.2) - maio 2010 - Uma bda cores de quatro pranchas, intitulada"Married Style", sob argumento de GeoffSebesta e Justin Humphries;

Zona Negra 2 - novembro 2010 - A bd"Nocturna", de três pranchas, com argumen-to de André Oliveira;

Zona Monstra - março 2011 - Uma bd de

quatro pranchas com argumento de AndréOliveira, e uma bd de duas pranchas, a co-res, intitulada "Cabaret Monstra", sob argu-mento de Gabriel Martins;

Zona Gráfica 2 - maio 2011 - A bd "San-gue", de quatro pranchas, com argumentode André Oliveira;

Zona Nippon - maio 2012 - A bd "Samurai- Aquele Que Serve", cinco pranchas sobargumento de Gabriel Martins;

Zona Desenha - outubro 2012 - Uma bdsem título, feita com o filho David, de cincoanos, na altura da colaboração.

Fil faz parte da Direção da AssociaçãoTentáculo, que tem publicado diversas obrasde BD, Ilustração, Poesia e ficção. Visível em:

http://atentaculo.weebly.com.É fundador, editor e designer gráfico do

“Zona” (ver em www.zonabd.blogspot.pt).Tem participado em exposições individu-

ais de Pintura e Desenho, e já foi formadornum workshop de BD intitulado "Do Esbo-ço à Arte Final", integrado no evento "BDao Forte" (Lisboa, 2012).

Além dos anteriores indicados, tem acti-vos mais dois espaços internéticos:

http://filbd.blogspot.pthttp://fil-art.blogspot.pt

Presençasna 340ª Tertúlia

É ainda Geraldes Lino que, no seublogue, dá conta da lista de presenças neste340º Encontro da TBDL, sujeita a uma ououtra confirmação:

1.Adelina Menais2.Álvaro3.Ana Saúde4.Ana Vidazinha5.André Oliveira6.António Isidro7.Carlos Páscoa8.Cristina Amaral9.Falcato10.Fil (Convidado Especial)11.Filipe Bravo12.Filipe Duarte13.Francisco Cunha14.Frederico Carvalho15.Geraldes Lino16.Helder Jotta17.Horácio18.Hugo Teixeira19.Inês Ramos20.João Amaral21.João Figueiredo22.José Pinto Carneiro23.Manuel Valente24.Miguel Ferreira25.Miguel Gabriel26.Miguel Sousa Ferreira27.Moreno28.Nuno Amado29.Nuno Duarte "Outro Nuno"30.Nuno Neves31.Paulo Costa32.Pedro Bouça33.Rui Domingues32.Sá-Chaves, João Paulo33.Simões dos Santos

PRANCHA FIL

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 21Arte Nona

autor:PA

ULO

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ajudante de cangalheiro (17/18)•

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22 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Serviços

A VOZ DE

ERMESINDEJORNAL MENSAL

Jan 2013Jan 2013Jan 2013Jan 2013Jan 2013 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 2727272727; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 44444;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 111 11 11 11 1 ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 1919191919.....

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 288888; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 66666;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 1313131313; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 2020202020.....

Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaDez 20Dez 20Dez 20Dez 20Dez 201111122222

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cân-dida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Fariade Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, GlóriaLeitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gon-çalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, JoanaViterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gon-çalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias,Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nu-no Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, RuiLaiginha, Rui Sousa, Sara Amaral.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosNIB 0036 0090 99100069476 62R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

Dias Farmácias de ServiçoMarques Santos

VilardellMarques Cunha

Outeiro LinhoSobradoBessaCentralVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

SobradoBessaCentral

Marques SantosMarques CunhaOuteiro Linho

SobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Outeiro LinhoSobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Marques CunhaSobradoBessaCentral

010203040506070808091011121314151617181920212223242525262728293031

AlfenaAscensãoConfiançaFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheira

Sousa TorresSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensãoConfiançaFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensãoConfiança

Sousa TorresFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoSábado

DomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaTerça

QuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

De 01/12/12 a 31/12/12

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30 de novembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 Dez - 31 Dez01 Dez - 31 Dez01 Dez - 31 Dez01 Dez - 31 Dez01 Dez - 31 Dez

1, 2, 7, 8 E 9 DE DEZEMBROLargo do CentenárioLargo do CentenárioLargo do CentenárioLargo do CentenárioLargo do Centenário“FEST“FEST“FEST“FEST“FESTA DO PA DO PA DO PA DO PA DO PAI NAI NAI NAI NAI NAAAAATTTTTALALALALAL”””””Muita animação e várias surpresas previstas.(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

23 DE NOVEMBRO A 31 DE JANEIROMuseu Municipal de Museu Municipal de Museu Municipal de Museu Municipal de Museu Municipal de VVVVValongalongalongalongalongooooo“PRESÉPIOS” - “PRESÉPIOS” - “PRESÉPIOS” - “PRESÉPIOS” - “PRESÉPIOS” - EEEEEXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃOXPOSIÇÃO/////VENDAVENDAVENDAVENDAVENDA

Exposição de Presépios do mundo e uma mostra/venda detrabalhos de artesãos concelhios e alunos da Escola BásicaVallis Longus. A exposição, cuja inauguração decorrerá no dia23 de novembro, pelas 21h30, estará patente no Museu Mu-nicipal de Valongo até ao dia 31 de janeiro.(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

Desporto

FUTEBOL16 DE DEZEMBRO, 15H00Estádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de Sonhos– – – – – ERMESINDE SC- SC RIO TINTOERMESINDE SC- SC RIO TINTOERMESINDE SC- SC RIO TINTOERMESINDE SC- SC RIO TINTOERMESINDE SC- SC RIO TINTOJogo a contar para a décima-quarta jornada do CampeonatoDistrital – Divisão de Honra, da Associação de Futebol doPorto.(Agenda Associação de Futebol do Porto).

ExposiçõesFeiras, festase romarias

9 DE NOVEMBRO A 31 DE DEZEMBROFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de Ermesinde“PRONTO A HABITAR”“PRONTO A HABITAR”“PRONTO A HABITAR”“PRONTO A HABITAR”“PRONTO A HABITAR”----- FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA(DE HÉLDER SOUSA)(DE HÉLDER SOUSA)(DE HÉLDER SOUSA)(DE HÉLDER SOUSA)(DE HÉLDER SOUSA)Resultado da sua tese de mestrado, Hélder Sousa apre-senta aqui uma série de fotografias de edifícios habi-tacionais inacabados decorrentes da falência das constru-toras civis e empresas promotoras por falta de financia-mento das instituições bancárias. Estes “esqueletos debetão” constituem a nova paisagem urbana.(Agenda da Área Metropolitana do Porto).

Exposições

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24 A Voz de Ermesinde • 30 de novembro de 2012Última

Feira de S. MartinhoGastronómico 2012

FOTOS URSULA ZANGGER

Espaço de convívio e solidariedade que muito deve ao trabalho voluntário de amigos, dirigentes,funcionários e utentes do Centro Social de Ermesinde (CSE), a Feira do S. Martinho Gastronómico2012, além de encontro com a cozinha tradicional portuguesa, fez mais uma vez reviver a animaçãodo antigo largo da feira velha de Ermesinde, paredes meias, agora, com o nosso jornal. LC