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8/16/2019 Biografia de Santo Antônio de Padua Por Colasanti http://slidepdf.com/reader/full/biografia-de-santo-antonio-de-padua-por-colasanti 1/53 Biografia de Santo Antônio de Padua por Colasanti, Pecora e Frei Paulo Back Início Santo Antônio nasceu em Portugal, na cidade de Lisboa, no fim do século XII, sendo a data mais mencionada nas biografias a de 15 de agosto de 1195. Seus pais, artim de !ul"#es e $ere%a $a&eira, eram muito religiosos e o educaram com muito carin"o na religi'o crist'. Sobre a casa de seus pais, em Lisboa, foi erguida a Igre(a de Santo Antônio, bem pr)*ima + catedral de Santa ariaSanto Antônio recebeu na pia batismal o nome de -ernando. esde muito pe/ueno acompan"a&a os pais nas celebra0#es religiosas na atedral. Ainda menino foi encamin"ado para a escola dos ônegos 2egulares, onde recebeu boa forma0'o "umana e educa0'o crist' aprimorada. A m'e teria consagrado o menino + Sant3ssima 'e de eus, desde os primeiros anos de &ida. 4 ele foi crescendo em sabedoria e gra0a, ser&indo ao altar de eus como ac)lito.p.9 e p.16. -rei Paulo !ac7 8 o&a $re%ena de Santo Antônio:. Cronologia de Santo Antônio 1195(ou 1190) Em 15 de agosto nasce em Lisboa, Portugal, Fernando de Bulhões(depois Frei  Antônio) 1201(a 1210) Fernando !re"#enta a escola da catedral de Lisboa $eside no mosteiro agostiniano de %anta &ru', em &oimbra, onde inicia seus estudos de Filoso!ia e eologia 1220 Pro*el ano de sua ordena+o sacerdotal Em 1- de .aneiro desse ano, cinco !rades !ranciscanos so martiri'ados em /arrocos e seus despo.os so enerados no /osteiros de %anta &ru' 0o ero, Fernando adere ao moimento !ranciscano e recebe o h*bito de %o Francisco no &onento de lias, em &oimbra, com o nome de Frei Antônio Parte em misso para o /arrocos 1221 2oente, inicia a iagem de retorno a Portugal, mas o naio nau!raga e ele chega 3 ilha de %ic4lia(t*lia), no conento de /essina Entre 67 de maio e 8 de .unho desse ano, participa do &ap4tulo das Esteiras, em Assis(t*lia), e conhece pessoalmente %o Francisco Frei Antônio 9 trans!erido para o &onento de /onte Paulo(Eremit9rio) 1222 &onidado a participar de uma ordena+o sacerdotal em Forli, !a' um sermo de improiso, reelando grande dom de orat:ria e seu pro!undo conhecimento da B4blia; Em setembro 9 nomeado pregador 1223 $eali'a prega+ões mission*rias em $imini 1224 Pro!essor de eologia em Bologna 1224(a 1227)  < mission*rio na Fran+a, em montpellier, oulose e Limonges < nomeado &ust:dio dos !rades em Limonges; !unda o conento de Brie e participa do %4nodo de Bourges $eali'a prega+ões em %aint=>ulien e na Abadia de %olignac, tornando=se guardio dos !rades em Le Pu? 1227 0o !inal do ano retorna 3 t*lia 1228(a1230) &omo /inistro Proincial, isita os conentos do norte da t*lia e ia.a *rias  e'es a /ilo Prega em /arca reignana e termina em P*dua seus %ermões 2ominicais 1230 Ensina eologia para os !rades em P*dua $enuncia ao cargo de Proincial < recebido pelo Papa @reg:rio para interpretar a $egra da rdem Franciscana $etorna a P*dua e compõe os %ermões Festios 1231 2e 5 de !eereiro a 6 de mar+o prega os %ermões da Cuaresma Em 1D de mar+o, por media+o de %anto Antônio, a pre!eitura promulga um decreto "ue torna menos cruel a condi+o dos "ue deem e no conseguem pagar suas d4idas Em meados de maio, aben+oa a cidade de P*dua0a segunda "uin'ena de maio at9 16 de .unho ie no eremit9rio de &ampo %ampiero, em Arcela, nos arredores de P*dua Em 16 de .unho, 3 tarde, morre Frei Antônio  At9 1D de .unho reali'am=se solenes !unerais Em 1 de .unho desse ano inicia=se o processo de sua canoni'a+o

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Biografia de Santo Antônio de Padua porColasanti, Pecora e Frei Paulo BackInícioSanto Antônio nasceu em Portugal, na cidade de Lisboa, no fim do século XII, sendo a data

mais mencionada nas biografias a de 15 de agosto de 1195. Seus pais, artim de !ul"#es e$ere%a $a&eira, eram muito religiosos e o educaram com muito carin"o na religi'o crist'.Sobre a casa de seus pais, em Lisboa, foi erguida a Igre(a de Santo Antônio, bem pr)*ima +catedral de Santa ariaSanto Antônio recebeu na pia batismal o nome de -ernando. esdemuito pe/ueno acompan"a&a os pais nas celebra0#es religiosas na atedral. Ainda meninofoi encamin"ado para a escola dos ônegos 2egulares, onde recebeu boa forma0'o "umanae educa0'o crist' aprimorada. A m'e teria consagrado o menino + Sant3ssima 'e de eus,desde os primeiros anos de &ida. 4 ele foi crescendo em sabedoria e gra0a, ser&indo ao altarde eus como ac)lito.p.9 e p.16. -rei Paulo !ac7 8 o&a $re%ena de Santo Antônio:.

Cronologia de Santo Antônio

1195(ou 1190) Em 15 de agosto nasce em Lisboa, Portugal, Fernando de Bulhões(depois Frei

 Antônio)

1201(a 1210) Fernando !re"#enta a escola da catedral de Lisboa $eside no mosteiro

agostiniano de %anta &ru', em &oimbra, onde inicia seus estudos de Filoso!ia e eologia

1220 Pro*el ano de sua ordena+o sacerdotal Em 1- de .aneiro desse ano, cinco !rades

!ranciscanos so martiri'ados em /arrocos e seus despo.os so enerados no /osteiros de

%anta &ru' 0o ero, Fernando adere ao moimento !ranciscano e recebe o h*bito de %o

Francisco no &onento de lias, em &oimbra, com o nome de Frei Antônio Parte em misso

para o /arrocos

1221 2oente, inicia a iagem de retorno a Portugal, mas o naio nau!raga e ele chega 3 ilha de

%ic4lia(t*lia), no conento de /essina Entre 67 de maio e 8 de .unho desse ano, participa do

&ap4tulo das Esteiras, em Assis(t*lia), e conhece pessoalmente %o Francisco Frei Antônio 9

trans!erido para o &onento de /onte Paulo(Eremit9rio)1222 &onidado a participar de uma ordena+o sacerdotal em Forli, !a' um sermo de

improiso, reelando grande dom de orat:ria e seu pro!undo conhecimento da B4blia;

Em setembro 9 nomeado pregador

1223 $eali'a prega+ões mission*rias em $imini

1224 Pro!essor de eologia em Bologna

1224(a 1227) < mission*rio na Fran+a, em montpellier, oulose e Limonges < nomeado

&ust:dio dos !rades em Limonges; !unda o conento de Brie e participa do %4nodo de Bourges

$eali'a prega+ões em %aint=>ulien e na Abadia de %olignac, tornando=se guardio dos !rades em

Le Pu?

1227 0o !inal do ano retorna 3 t*lia1228(a1230) &omo /inistro Proincial, isita os conentos do norte da t*lia e ia.a *rias

 e'es a /ilo Prega em /arca reignana e termina em P*dua seus %ermões 2ominicais

1230 Ensina eologia para os !rades em P*dua $enuncia ao cargo de Proincial < recebido

pelo Papa @reg:rio para interpretar a $egra da rdem Franciscana $etorna a P*dua e

compõe os %ermões Festios

1231 2e 5 de !eereiro a 6 de mar+o prega os %ermões da Cuaresma Em 1D de mar+o, por

media+o de %anto Antônio, a pre!eitura promulga um decreto "ue torna menos cruel a

condi+o dos "ue deem e no conseguem pagar suas d4idas Em meados de maio, aben+oa a

cidade de P*dua0a segunda "uin'ena de maio at9 16 de .unho ie no eremit9rio de &ampo

%ampiero, em Arcela, nos arredores de P*dua Em 16 de .unho, 3 tarde, morre Frei Antônio

 At9 1D de .unho reali'am=se solenes !unerais Em 1 de .unho desse ano inicia=se o processo desua canoni'a+o

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Cs restos mortais dos -ranciscanos foram &elados na capela do osteiro da Santa ru%.-ernando decide ser franciscano também. 4 em 1>>1 ele é admitido na Crdem -ranciscana,recebendo o nome de -rei Antônio e &estindo o "<bito de S'o -rancisco, com o grande son"ode poder morrer m<rtir também. p.N?. -rei Paulo !ac7 8 o&a $re%ena de Santo Antônio:.

Pregação aos Peixes em Rimini

 D4nt'o eu disse coisas /ue &ocBs n'o /uerem ou&ir,E re&erberou a &o% de Antônio acima damultid'o em dispers'o. C frade le&antou os ol"os para o céu e fe% uma bre&3ssima pausa.4nt'o pulou da roc"a e encamin"ouse para o rio. DCu0am a pala&ra de eus, &ocBs, pei*es do mar..(< /ue os "ereges n'o a /uerem escutareus irm'os pei*es, &ocBs de&em muit3ssimo, na medida em /ue s'o capa%es, agradecer aseu riador por ter l"es dado um elemento t'o nobre no /ual &i&er.<gua salgada. eusdeul"es muitos abrigos contra as tempestades e alimento /ue podem &i&er.E  Deus, seu am<&el e gentil criador, /uando criou &ocBs ordenoul"es /ue crescessem e semultiplicassem. 4le l"es deu sua ben0'o. Muando o grande dil&io engoliu todo o mundo etodos os outros animais foram destru3dos, eus preser&ou somente &ocBs sem dano ou

pre(u3%oA &ocBs, eus deu a ordem de preser&ar ;onas, /ue "a&ia sido (ogado no mar, e, depois detrBs dias, um de &ocBs o lan0ou para a praia s'o e sal&o. Km de &ocBs mante&e em sua bocao tributo de /ue nosso Sen"or ;esus risto necessita&a, o /ual ele, pobre e "umilde, n'opoderia pagar se &ocBs n'o l"e ti&essem dado a moeda. =ocBs foram a comida do 2eieterno, risto ;esus, antes da 2essurrei0'o e, de no&o, depois dela,/uando nosso Sen"orcomeu pei*e na praia com seus ap)stolos. Por todos esses fa&ores, &ocBs de&em lou&ar ebendi%er a eus /ue l"es concedeu tantos benef3cios.E !enedetto n'o sabia para onde ol"ar. Para a praia, onde a multid'o &ol&el esta&acome0ando a se mo&imentar em dire0'o ao sacerdote. Para a <gua, /ue esta&a cintilandocom fileiras de pei*in"osCu para Antônio, cu(o ol"ar passea&a, de um lado para o outro,

sobre as ondas mansas como se esti&esse e*ortando criaturas racionais a lou&ar a eus. D!endito se(a o eus eterno, pois pei*es da <gua "onramno mais do /ue pessoas /uenegam sua doutrina. Cs animais irracionais escutam mais prontamente a pala&ra de eus do/ue a "umanidade sem fé.E in"a gente boa e meus /ueridos pei*es, obrigado por ou&irem com o cora0'o. =oltemagora em pa% para casa.E As <guas mo&imentaramse e borbul"aram. Muando !enedetto en*ugou os ol"os econseguiu en*ergar de no&o, a superf3cie do rio esta&a coberta de c3rculos /ue rapidamentese amplia&am onde mil"ares de pei*es tin"am mergul"ado sob as ondas.-onteH p.11O1>1: adeline Pecora ugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida delu%. 4d.Paulinas.>??@:.

Milagre ucar!stico em Rimini

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Santo Antônio, durante uma prega0'o na cidade de 2imini It<lia:, foi en&ol&ido numadisputa com uns "ereges, /ue nega&am a presen0a real de ;esus na 4ucaristia e /uepretendiam &er uma pro&a irrefut<&el disso.Km dos "ereges, de nome !ono&illo, dissel"eH 'o acredito /ue a Q)stia se(a o orpo de ristoR as /uero desafiarte, ) fradeH se a min"amula se a(oel"ar diante da Q)stia, ent'o acreditarei. Aceito o desafio 8 respondeu SantoAntonio 8 a/ui a trBs dias, trar<s a mula a esta mesma pra0a, diante do po&o. 4u trarei a4ucaristia e o animal a(oel"arse< diante do P'o consagrado. C "erético aceitou, di%endoH 4st< bem. =ou manter a mula fec"ada e em (e(um estes trBs

dias. epois tra%Blaei a/ui, + presen0a de todos os "abitantes, e apresentarl"eei ace&ada.

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4 tu apresentarl"e<s a Q)stia, /ue di%es /ue é o orpo do Qomemeus. Se a mula ignorara ce&ada e se a(oel"ar diante da Q)stia, farmeei cat)lico. Santo Antônio retirouse para ocon&ento e durante a/ueles dias dirigiuse ao Sen"or com a ora0'o e o (e(um. o diaestabelecido, Santo Antônio apresentouse com o Sant3ssimo Sacramento. T &ista do Santo/ue a&an0a&a, um profundo silBncio estendeuse por toda a/uela multid'o. 4nt'o SantoAntônio, em &o% alta ordenou + mulaH 4m nome do teu riador, /ue trago &i&o, &erdadeiro,real e substancial nas min"as m'os, embora indignamente, ordenote, ) mula, /ue &en"as (<a(oel"arte diante dU4le, a fim de /ue estes "ereges recon"e0am /ue toda a cria0'o ésubmissa e obediente ao ordeiro /ue Se imola sobre os nossos altares. C "erético sua&afrio, gritando com a besta e tentandoa com o seu alimento preferido. as o animal,recusando a ce&ada do patr'o, apro*imouse docilmente do religiosoH dobrou as patasanteriores diante da Q)stia e assim ficou. C "erético &eio ent'o lan0arse aos pés de SantoAntônio, confessando publicamente o seu erro e, a partir da/uele dia, tornouse um dos mais%elosos colaboradores do Santo. $oda a sua fam3lia entrou também com ele no seio da&erdadeira Igre(a e ele, no ardor do seu recon"ecimento para com eus, fundou com o seudin"eiro uma igre(a dedicada ao Pr3ncipe dos Ap)stolos, S'o Pedro. p.61.Jio&anni olasanti. Antônio de P<dua. Km santo também para &ocB.. 4d. Paulinas:.

Natureza de JesusA nature%a di&ina &em do Pai celestial a nature%a "umana de sua m'e terrena.p.1NO. adeline Pecora ugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:.ontra a usura DS'o ateus o di% bem. 4spa0oso é o camin"o /ue le&a a perdi0'o. Muem &ai por estecamin"oV ertamente, n'o os pobres de risto /ue entram pela porta estreita. C camin"opara a destrui0'o é um mar imenso pelo /ual nadam os usur<rios a camin"o do inferno.4ssas pessoas gananciosas abundam em todo o oceano, tendo o mundo em seu poder.ECspobres de !olon"a esta&am na miséria por causa da usura. $rapaceiros empresta&amdin"eiro aos necessitados a trinta cin/Fenta e até oitenta por cento de (uros. omo ospobres defin"ando em miséria, poderiam pag<lo de &oltaV Ws &e%es, em desespero, ostomadores de empréstimo contrata&am assassinos para matar os "omens a /uem de&iam

din"eiroos usur<rios engorda&am e bebiam &in"os finos /ue bem poderiam ter sido feitoscom o suor e sangue dos destitu3dos4ssas pessoas miser<&eis n'o se preocupam nem umpouco com as realidades da &ida. ;amais pensam como entraram neste mundocompletamente nuas, nem pensam /ue &'o sair dele enroladas em alguns trapos. omoentraram na posse de tantas coisasV Antônio fe% uma pausa. DPor meio de roubo e logroPortanto, le&antem os ol"os..n'o temamse le&antarem os ol"os e recon"ecerem seuspecados, certamente &i&er'o e n'o morrer'o. [email protected]. adeline Pecora ugent.Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%. 4d.Paulinas.>??@:.Santo Antônio confessava !endigosAs confiss#es continuariam até /ue o ltimo mendigo foi absol&ido.p.15N. adeline Pecora ugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:."ração pedindo intercessão # Nossa Sen$ora DCramos a ti, ossa Sen"ora, nossa esperan0a. Somos (ogados de um lado para o outro pelatempestade dos mares da &ida. Mue tu, 4streladoar, nos ilumine e condu%a para nossoporto seguro. Assistenos com tua presen0a protetora /uando esti&ermos prestes a partirdesta &ida, para /ue mere0amos dei*ar esta pris'o sem medo e alcan0ar alegremente oreino do (bilo sem fim. 4speramos receber esses fa&ores de ;esus risto, a /uem tucarregaste em teu &entre bendito e alimentaste em teu sant3ssimo seio. A ele se(a dada toda"onra e gl)ria, para todo o sempre. Amém.E p.1G?. adeline Pecora ugent. Antônio,Pala&ras de fogo, &ida de lu%. 4d.Paulinas.>??@:.I!port%ncia de ser verdadeiro'o temas as pessoas, padre. A &erdade n'o de&e ser abandonada por se temer oposi0'o.Por temerem oposi0'o, os pregadores cegos ficaram su(eitos + cegueira da alma. S'o cegos

guiando cegos. Alguns "omens ricos d'o a pregadores o esterco de bens terrenos paraescapar de repreens#es. o entanto, padre, pe0ol"e /ue se(a um pregador autBntico /ue

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n'o d< importncia alguma a prata e ao ouro. p.1G>. adeline Pecora ugent. Antônio,Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:.I!port%ncia de ser af&vel'! pregador deve ser af&vel( tratando as almas arrependidas e "umildes com compai*'oe miseric)rdia. Assim, /uando &ocB pregar a pala&ra de eus, pregue com determina0'o efirme%a para tocar o cora0'o de seus ou&intes.Entretanto( se esses ouvintes proferire!insultos e afrontas contra voc)( per!aneça gentil( cle!ente e a!istoso*  p.1GN.adeline Pecora ugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%. 4d.Paulinas.>??@:.Ap+s a ,enção no lago as rãs fica! silenciosasAntônio tin"a aben0oado a <gua de um lago e pedido +s r's barul"entas /ue esta&am ali /uefi%essem silBncio. epois disso, elas (amais tin"am &oltado a coa*ar. p.1@N. adeline Pecoraugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:.-e!perançaom um irm'o ca3do, precisamos nos mostrar nem demasiadamente af<&eis nemdemasiadamente duros, nem brandos como carne nem duros como osso nele, temos deamar nossa pr)pria nature%a "umana, en/uanto odiamos sua fal"a. p.1@O. adeline Pecoraugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:.

A i!port%ncia do ,o! teste!un$oMuando os dois c"egaram aos subrbios da cidade, Antônio comentouH DAcabamos de pregarum bom serm'o meu rapa%E. C coment<rio surpreendeu o no&i0o. Das n'o dissemos coisaalgumaE. Dossas maneiras pac3ficas e nossa aparBncia modesta foram um serm'o para as pessoas/ue nos &iram. uitas &e%es o ser pode influenciar mais do /ue o falar. p.1@O. adelinePecora ugent. Antônio, Pala&ras de fogo, &ida de lu%.4d.Paulinas.>??@:.

Santa po"re#a

 DY &alor inestim<&el da pobre%aR Muem n'o a tem n'o possui coisa alguma, mesmo /ue

possua tudo. Mue alegria "< em &ocBR Pois, /uando somos pobres e "umildes, es&a%iamos an)s mesmos de tudo /ue possu3mos. 4nt'o ficamos ocos, podendo conter tudo /ue se(aderramado em n)s. 4m n)s, ) eus, derrama uma infus'o de gra0a di&ina atétransbordarmos de alegriaE. Santo Antônio:. DSen"or, fa%e com /ue eu n'o ten"a coisaalguma, para /ue ten"a tudo /ue és tuE, sussurrou o no&i0o. p.19N. adeline Pecoraugent:I!porta .ue eu di!inua e /eus cresça DA Igre(a foi confiada a Pedro por risto, com as pala&rasH Apascenta min"as o&el"as. 'ouma &e%, mas trBs &e%es. em uma &e% se/uer 4le disse a Pedro para tos/ui<las ou tos<las. Z como se ;esus dissesseH Se tu me amas por causa de mim mesmo, apascenta min"aso&el"as, n'o tuas o&el"as, mas as min"as. Procura min"a gl)ria entre elas, n'o a tua meugan"o, e n'o o teu, pois o amor de eus é pro&ado pelo amor ao pr)*imo. p.>?>. adeline

Pecora ugent:"ração DY Lu% do mundo, eus infinito, Pai da eternidade, oador de sabedoria e con"ecimento, einef<&el oncessor de toda gra0a espiritual, tu con"eces todas as coisas antes /ue se(amfeitas. $u, /ue crias as tre&as e a lu%, estende tua m'o e toca min"a boca. $ornaa comouma espada afiada para proferir elo/Fentemente tuas pala&ras. $orna min"a l3ngua, )Sen"or, como uma seta escol"ida para declarar fielmente teus prod3gios. oloca teu 4sp3rito,) Sen"or, em meu cora0'o para /ue eu perceba. olocao em min"a alma para /ue eu oconser&e na mem)ria. olocao na min"a consciBncia para /ue eu medite. Se formaamorosa, santa, misericordiosa, clemente e gentil, inspirame com tua gra0a. p.>?6.adeline Pecora ugent:onsel$o ao $erege sincerouitas &e%es acontece /ue pessoas sinceras est'o sinceramente e/ui&ocadas. p.>1O.adeline Pecora ugent:

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$agas de Jesusristo mostrou suas c"agas para gra&ar em nosso cora0'o os sinais de seus sofrimentos e,/uarto, para e&ocar em n)s compai*'o, de modo /ue n'o o crucific<ssemos de no&o com oscra&os de nossos pecados.risto mostranos as c"agas em suas m'os, seus pés e no seulado e di%H =e(am as m'os /ue criaram e formaram &ocBs &e(am como foram perfuradaspor cra&os DMuando nosso Sen"or mostrou aos ap)stolos as c"agas em suas m'os, seuspés e na lateral de seu corpo, ele repetiuH A pa% este(a con&osco. Somente se manti&ermosem nosso cora0'o a mem)ria das c"agas de risto e ou&irmos suas pala&ras, encontraremosa &erdadeira pa% de cora0'o. p.>>?. adeline Pecora ugent:

Santo Antônio e o menino $esus

C bar'o abriu os ol"os e ergueu a cabe0a. Le&antouse e sacudiu um (oel"o e ent'o o outro,para afastar a rigide% /ue os acometerao corredor /ue le&a&a aos seus aposentos esta&afracamente iluminado com uma nica toc"a no centro. ;unto ao /uarto do bar'o "a&ia um/uarto de ")spedes em /ue Antônio esta&a alo(ado. Cs superiores de Antônio tin"amnoinstru3do a escre&er seus serm#es da P<scoa para /ue outros sacerdotes pudessem us<los

Por isso, o bar'o espera&a &era lu% de &ela sob a porta de Antônio. 4m &e% disso, o /ue elenotou foi um bril"o intenso. Ao mesmo tempo, ou&iu o balbucio de uma crian0a no/uarto.nen"um dos ser&os da casa tin"a crian0a pe/uenaa essa altura, a crian0a esta&adando risadin"aso bar'o inclinouse e espiou pelo buraco da fec"aduraAntônio esta&aban"ado por uma lu%, /ue &in"a de uma criancin"asentada um pouco oscilante sobre oli&ro mais grosso. 4n/uanto o bar'o obser&a&a, o frade segura&a as m'os na frente dacrian0a, seus dois dedos indicadores estendidos para o bebB. A crian0a le&antou as m'os eagarrou um dedo com cada uma das m'o%in"ascom a a(uda do sacerdote, pôsse na pontados pés. As pernas do garotin"o subiam e desciam, en/uanto ele riaC sacerdote &irou orosto para a porta, pois a crian0a subitamente estendeu os bra0os e*atamente na dire0'o dosen"or do castelo. 4n/uanto o garotin"o fa%ia isso, /uase caindo dos bra0os do sacerdote, o

bar'o cur&ou a cabe0a em espanto por uma fra0'o de segundo. Muando ergueu os ol"os deno&o, os bra0os de Antônio esta&am &a%iosC bar'o cur&ou a cabe0a e a(oel"ouse. 4sta&aespantado demais, como&ido demais, com profunda alegria, até para c"orar.Eeu sen"orE,disse o frade sua&emente, Dristo permitiu /ue &ocB o &isse e recebesse sua mensagem.p.>N?>NN. adeline Pecora ugent:C not<rioao dobrar a rua, &iu um frade de tnica cin%a /ue n'o l"e era familiar camin"andoem sua dire0'o. Muando o not<rio c"egou perto, o frade ol"ou para ele, ent'o se a(oel"ou ebai*ou a cabe0a até o c"'o. C not<ri continuou a ca&algar. C no&o frade de&e pensar /ue souum rei, pensou ele. Poucos dias depois, o not<rio &o?ltou a se encontrar com o frade. essa&e%, o not<rio esta&a cambaleando, meio bBbado, saindo da ta&erna local com uma dasprostitutas da cidade pendurada em seu bra0o. e no&o Antônio a(oel"ouse e cur&ou acabe0a até o c"'o.

o dia seguinte, /uando a mente do not<rio ficou lcida, ele pensou no segundo ato dere&erBncia do sacerdote. $al&e% este(a %ombando de mim. ais duas &e%es aconteceu estemesmo tipo de incidente. C not<rio come0ou a se sentir constrangido. Cbser&a&a por ondecamin"a&a ou ca&alga&a e, se &ia algum frade de tnica cin%a na mesma rua, toma&a outrorumo.C not<rio esta&a ca&algando pela pra0a c"eia de gente, /uando, ao contornar a tendade um agricultor, defrontouse com Antônio. e no&o, o padre a(oel"ou?se e cur&ouse.4n/uanto duas (o&ens sen"oras elegantemente sufoca&am o riso, o not<rio falourispidamente DPadre, eu de&eria golpe<lo com a espada para punir a %ombaria.Por /ue secur&a diante de mim e me fa% de bobo publicamenteVAntônio ergueu a cabe0a e ol"ou parao not<rio, mas n'o se le&antou. Y irm'o, &ocB n'o sabe a "onra /ue eus reser&ou a &ocB.$orneime um pobre irm'o menor de -rancisco, por/ue dese(a&a ser um m<rtir para a gl)riade eus4ntretanto, eus re&eloume /ue, um dia, &ocB alcan0ar< o son"o /ue eu tin"apara mim mesmo.C not<rio come0ou a gargal"ar. DMue coisa mais rid3culaE.

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 DMuando sua "ora bema&enturada c"egar, pe0ol"e /ue se lembre de mimE. Padre, &ocBest< enganadoE. C not<rio cuspiu o rosto do frade, /ue esta&a erguido para ele, e esporeouseu ca&alo.p.>6N:. DMue eus o aben0oe e*clamou Antônio. 4 /uando c"egar sua "oralembrese de mim.A con&ers'o &iera lentamente, como o gote(ar incessante de uma <gua produ%indo umamarca em uma pedra.epois do !atismo de -ilipe, o not<rio come0ou a ter dificuldades paradormir imagens perturba&amno. Imagens de sua infncia, de sua fé, de padre AntônioKma man"' /uando os p<ssaros canta&amele parou o ca&alo (unto a um c)rrego cristalinoe re%ou en/uanto o animal bebia sedentamente. Sen"or, se tu realmente e*istes, mostrameo /ue de&o fa%er. $odo dia, durante uma semana, ca&algou para o mesmo lugar e fe% amesma ora0'o. 4nt'o o bispo foi para Pu[em=ela[ e pregou pala&ras de fogo +s pessoas.4*ortou a se unirem a ele em uma cru%ada + $erra Santa para con&erter os sarracenos +&erdadeira fé em ristoAs pessoas /ue morressem l< na causa de risto, di%ia o bispo,podiam ter a certe%a de /ue iriam para o céu. 4sta era sua resposta 8 uma oportunidadepara obter a remiss'o de seus pecados. o fundo de sua alma ele sabia /ue n'o retornariada terra santao camin"o para l<, na missa di<ria e em ora0'o, sua fé cresceu eaprofundouseMuando o grupo de ca&aleiros e crentes crist'os c"egou a ;erusalém, o bispo

come0ou a pregar.falou aos seguidores de aomé sobre sua pr)pria &ida e sua maldade eproclamou a grande%a de risto como &erdadeiro -il"o de eus$odos foram torturados etodos iriam morrerom uma prece pelo sacerdote em seus l<bios, foi lan0ado sobre a areia.Alguém empurrou um 4P de madeira para debai*o de seu pesco0o. Sen"or aben0oa osacerdote. Aben0oa a miss'o dele, orou ele en/uanto ou&ia o mo&imento de uma espadaimpelida em dire0'o ao seu pesco0o. p.>NO>6@. adeline Pecora ugent:Sa,edoria Desmo /ue as tenta0#es da carne e a impure%a se(am fortes, a &erdade de risto é maisforte e &ence todos esses pecados.E risto é &ida para as pessoas sem &ida. p.>[email protected] Pecora ugent:0 !ais f&cil u! ca!elo passar pelo ,uraco da agul$a DQa&ia uma porta 4 ;erusalém c"amada de buraco da agul"a. 4ra t'o estreita /ue um

camelo n'o conseguia passar por ela, pois o camelo é um animal orgul"oso e alti&o. 4le serecusa&a a se abai*ar o suficiente para passar pela porta. 4ssa porta é o risto "umilde. Csorgul"osos e a&arentos, a/ueles /ue carregam falsas pretens#es e ri/ue%as, n'o podementrar por essa porta. Cs /ue dese(am entrar tBm de se "umil"ar cur&andose. $Bm de sea(oel"ar diante de risto, o mais "umilde de todos, e admitir seus pecados. 4nt'o entrar'opela porta e ser'o sal&os, contanto /ue perse&erem.ELou&or a ti, meu Sen"or risto, ocamin"o, a &erdade e a &ida, a porta atra&és da /ual o pecador "umilde pode entrar noreino de eus. Amém.Ep.>G9>O?. adeline Pecora ugent:A co!ida envenenadaAs con&ers#es /ue as prega0#es de Antônio opera&am, um pouco em toda parte, suscita&amrai&a e dese(o de &ingan0a entre os c"efes das seitas "eréticas. os debates pblicos, n'oconseguiam derrub<lo nem fa%Blo calarPensaram ent'o, em matar frei Antônioen&enen<lo erto dia, um pe/ueno grupo de "ereges cultos fingiu pedir esclarecimentos afrei Ant#nio, sobre algumas d&idas a respeito da bondade de eus. omo eram muitoocupados e n'o dispun"am de muito tempo suplicaram a Antônio para /ue &iesse tomar arefei0'o (unto com eles, assim poderiam con&ersarMuando a con&ersa (< esta&a ao auge,ser&iram a Antônio uma perdi%. 4ssa disse o dono da casa 8 mandei preparar s) para &ocB-rei Antônio ol"oua atentamente depois, como se esti&esse sido iluminado do Alto, disseHas por /ue dese(am en&enenarmeVos "ereges empalideceramaté /ue umdeles..disseCl"e, PaiR 'o t3n"amos a inten0'o de fa%erl"e mal. S) /uer3amos saber serealmente ;esus fala&a a &erdade, /uando di%ia /ue, se seus disc3pulos bebessem oucomessem algo en&enenado, n'o l"e faria mal algum. p.6>6N.Jio&anni olasanti.Antônio de P<dua. Km santo também para &ocB.. 4d. Paulinas:.

4nt'o, mantendo sua m'o direita acima do trigo en&enenado, ele fe% o sinal da cru%.Apan"ou sua col"er, mergul"oua na comida e ent'o le&oua a boca.C sacerdote engoliu

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uma col"erada e ent'o outra. D=ocB de&e di%er ao co%in"eiroc"efe para en&enenar mais acomida(amais saboreei algo t'o gostoso.o final, o conde Sil&estro e &<rios outros crentestin"am prometido &oltar + Igre(a at)lica. .Ep.N>N. adeline Pecora ugent:on$eci!ento de si !es!o;amais podemos con"ecer a &erdade sobre risto a n'o ser /ue saibamos a &erdade sobren)s mesmos. osso &alor pro&ém n'o de n)s mesmos, pois somos apenas "umildes animais,mas do fato de , como o asno do omingo de 2amos, estamos carregando risto. Se nos&irmos dessa maneira, um dia risto, nossa &erdade, nos dir< em seu eterno ban/ueteH eu"onesto e "umilde amigo, &en"a mais para cimaE. p.N@@. adeline Pecora ugent:2u!ildadeAssim como todos os &3cios dependem do orgul"o, pois este é o in3cio de todo pecado, a"umildade é a m'e e a rai% de todas as &irtudes. eus resiste ao orgul"oso, mas mostraseao "umilde e usao. p.N@@. adeline Pecora ugent: DA &erdadeira "umildade n'o pode sofrer nem dor por causa de alguma in(usti0a nem rancorpor causa da boa sorte de outra pessoa.E p.N@9. adeline Pecora ugent:onte!plaçãoA ora0'o d<nos a gra0a de agir para eus. Somente das alturas da contempla0'o podemos

descer para instruir e trabal"ar entre os fiéis, para mostrar em nossa pr)pria &ida o camin"oda sal&a0'o. p.N9?. adeline Pecora ugent:Não se preocupar co! os ,ens te!porais DSe o esp3rito colocar de lado o cuidado ansioso com coisas temporais, (amais se apro*imar<de eus. As pessoas /ue est'o presas em infinitas preocupa0#es temporais fa%em com /ueos fardos do pecado e o peso da preocupa0'o com o mundo alcancem sua alma. As coisastemporais s'o como uma nu&em matinal. 'o s'o absolutamente nada, no entanto, comouma nu&em, parecem ser algo. A nu&em matinal impede /ue &e(amos o sol, e o e*cesso debens temporais des&ia a alma dos pensamentos de eus. p.6>N. adeline Pecora ugent:uraKm (o&em c"amado Leonardo tin"a procurado Antônio para se confessaromo fa%ia comtodos os penitentes, Antônio tin"a ou&ido pacientemente, dado consel"os e a absol&i0'o e

en&iado o (o&em para casa. 'o muito tempo depois, disseram a Antônio /ue Leonardo tin"acortado fora seu pé. 4le e Lucas foram +s pressas para a casa do (o&emtomando o rosto deLeonardo em suas m'os, Antônio perguntou com a &o% c"eia de agoniaH DLeonardo por /ue&ocB fe% issoV Padre, c"orou o tremulo rapa%, /uando l"e contei /ue tin"a c"utado min"am'e, &ocB disse /ue DSe o seu pé é ocasi'o de escndalo para &ocB corteo. Z mel"or &ocBentrar para a &ida sem um dos pés, do /ue ter os dois pés e ser (ogado no inferno.E Por /ue &ocB fe% issoV Perguntou o santo 8 'o precisa&a cortar seu pé, basta&a s)controlarse a si mesmo e dominar sua rai&a.Leonardo, o corpo é o templo de eus. unca,nunca o mutile.C" Leonardo, meu sincero penitente. Cnde est< o péVAntônio le&antou a cabe0a, seus ol"os fec"ados abriramse e um profundo suspiro escapoudo seu peito. D=amos re%ar, Leonardo.E urante longos momentos, os /uatro na casa oraramem con(unto. 4nt'o Antônio le&antouse para ir embora. D'o remo&a a atadura durantemuitas semanas. ontinuarei a orar pela cura. uitas semanas mais tarde, /uando Leonardoremo&eu a atadura, o pé permaneceu preso. p.6N966?. adeline Pecora ugent: p.@1@>.Jio&anni olasanti. Antônio de P<dua. Km santo também para &ocB.. 4d. Paulinas:." verdadeiro pregador DC pregador de&e saber primeiro o /uB, a /uem e /uando prega, e depois de&e se perguntarse &i&e segundo a/uilo /ue pregaEDMuem segue &erdadeiramente ;esus dese(a /ue todos osigam.E o&a $re%ena de Santo Antônio. -rei Paulo !ac7, C-. p.6N:.onfissão Donfessome a um "omem, n'o como a um "omem, mas como a eusE. C sacramento dapenitBncia é c"amado asa de eus, por/ue os pecadores se reconciliam com eus, como

fil"o pr)digo se reconcilia com o pai, /ue o acol"e no&amente em casa. Z também c"amado

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de porta do para3so por/ue atra&és da confiss'o o penitente é c"amado a bei(ar os pés, asm'os e a face do Pai celeste.E o&a $re%ena de Santo Antônio. -rei Paulo !ac7, C-. p.6@:.Santo Antônio 3 asa!enteiroKma mo0a /ueria se casar, mas como era muito pobre, n'o tin"a condi0#es de alcan0ar seuob(eti&o. Pôsse a re%ar diante da imagem do santo, pedindo a gra0a. aiu nas m'os damo0a um bil"ete, /ue di%iaH D=< até o comerciante mais rico da cidade e pe0a /ue ele l"e dBem ouro o e/ui&alente ao peso do bil"ete. Muando o comerciante colocou o bil"ete nabalan0a, o bil"ete pesa&a tanto /ue a mo0a conseguiu a /uantia /ue precisa&a para o seucasamento. C certo é /ue, em &ida, Santo Antônio sempre se dedicou a a(udar os casais emcrise a superar os momentos de conflito, a combater a imoralidade e o adultério. o&a$re%ena de Santo Antônio. -rei Paulo !ac7, C-. p.GG:.

Biografia de Santo Antônio pelo %aticano42IYIA LI$\2JIA PC2 CASI]C A C4C2A^]C

C O5?_ AI=42SW2IC A C2$4 4 SA$C A$YIC

HOMILIA DO CARDEAL AGOSTINO CASAROLI Basílica de Pádua

Domingo, 6 de Setembro de 19814n/uanto, na recol"ida grandiosidade desta !as3lica, se apro*imam do fim as celebra0#eslitrgicas comemorati&as do septingentésimo /uin/uagésimo ani&ers<rio da morte da/uele/ue os paduanos, e muitos dos /ue c"egam a/ui peregrinos de todas as partes da terra,c"amam afectuosamente o DSantoE, pareceme /uase &er ` reunidos a/ui "o(e connosco, ecom o Santo Padre ;o'o Paulo II /ue, impossibilitado de &ir nesta ocasi'o a P<dua, nela est<contudo espiritualmente presente ` pareceme /uase &er multid#es de "omens /ue,espal"ados por todos os ontinentes, dirigem o pensamento e a ora0'o para o DSanto domundo inteiroE, como o definiu o grande Pont3fice Le'o XIII.a realidade, bem dif3cil é descobrir cidade ou aldeia do orbe cat)lico onde n'o se encontreum altar, ou ao menos uma imagem, de Ant)nio de P<dua e a sua serena e tran/uili%adoraimagem ilumina, com o sorriso, mil"#es de casas crist's, nas /uais + fé alimenta, por seu

meio, a esperan0a na Pro&idBncia do Pai celeste.Santo da Pro&idBncia na &erdade, sempre pronto e poderoso intercessor (unto dela, éconsiderado e sentido pelos crentes, especialmente pelos mais "umildes e indefesos, masn'o por eles s), este fil"o da generosa terra portuguesa, arribado +s praias da Sic3lia e de l<subindo a camin"o de Assis, radiosa ainda com a presen0a do seu Pobre%in"o, e depois parao norte da It<lia, para fa%er por ltimo, desta ilustre cidade, a sua cidade, indissolu&elmenteligada durante os séculos ao seu nome.4le, /ue o Papa Paulo =I com grandiosa e*press'o c"amou uma &e% Deste /uerido, bom e,digamos ainda, também t'o cortBs, por/ue c"eio de ser&i0os, o /uerido Santo Ant)nioE,continua a e*ercitar a sim e*traordin<ria atrac0'o sobre inmeros fiéis, esperan0ados emencontrar, nele, paciente e bené&ola audi0'o, também nas pe/uenas dificuldades econtrariedades da &ida /uotidiana, e ainda mais nas maiores, /ue impelem o "omem aprocurar /uem apresente, apoie e torne efica% a sua splica a eus.“Si quaeris miracula…”  Se dese(as milagres ` é a antiga "in)dia ` /ue ;uli'o da Spiracompôs pouco depois da canoni%a0'o de Ant)nio, ou se(a pouco mais de um ano a contar dasua morte ` a /ual prossegue caracteri%ando a rela0'o de muitos crist'os com o$aumaturgo de P<dua. 4 esta rela0'o +s &e%es parece empobrecer um pouco a figura doSanto, sen'o mesmo fa&orecer formas pouco iluminadas de religiosidade popular.Longe de mim /uerer perturbar esse clima de confian0a /ue séculos de e*periBncia criaram,dando lugar a/uilo /ue n'o in(ustamente foi c"amado Do fen)meno antonianoE.as, numa circunstancia e*cepcional como esta, e depois de um reflorescimento de estudosapai*onados ter procurado, e conseguido, fa%er dalgum modo redescobrir, na sua (ustaestatura, na sua &erdadeira dimens'o, o Santo de P<dua, é necess<rio perguntarmonos se

ele n'o tem ainda outra, mais &asta, mais ele&ada, mensagem para lan0ar ao mundo,recol"ido este ano, na recorda0'o do long3n/uo 1N de ;un"o de 1>N1, /uando na solid'o do

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ermitério da Arcella, depois do fatigante regresso do seu refgio de amposampiero, ogrande fil"o de S'o -rancisco, a menos de cin/uenta anos do pi3ssimo trnsito do Pai, oseguia na gl)ria do éu, reali%ando em si mesmo /uanto ele escre&era num seu Serm'o paraa 2essurrei0'o do Sen"orH DMuando a alma est< a tal ponto iluminada, a tal ponto ele&ada, éent'o /ue o &igor do corpo falta, o rosto empalidece e a carne se afrou*aE.A sua morte, prematura se calculamos os anos da sua bre&e e*istBncia, c"ega&a coroandouma &ida a tal ponto iluminada, /ue maior luminosidade e maiores alturas nunca poderiaatingir.Cs ltimos de% anos da sua bre&e mas intensa peregrina0'o terrestre, além de nos cuidadosdo ensino e no triénio de go&erno pro&incial, passaraos no e*erc3cio do ministériosacerdotal, e sobretudo na prega0'o. epois do in3cio impre&isto e surpreendente de -orl,eilo, pregoeiro da Pala&ra, a percorrer incans<&el a It<lia do norte e o sul da -ran0a, para&oltar depois + It<lia, até + Muaresma por ele pregada a/ui em P<dua na &ig3lia, agora, dofim da sua &ida, e*tenuado nas for0as, mas arrebatador ainda numa orat)ria feita de ensinoe e*emplo. DA &icia do pregador ` de&e ser /uente e a doutrina luminosaE, dei*ar< escritoele mesmo.4ntre os seus ou&intes contamse também doutos e poderosos ` na prima&era de 1>>@ o

Papa Jreg<rio IX /uis /ue ele fosse pregador dos ardeais e dos Prelados da ria 2omana`, mas o seu pblico "abitual eram as grandes multid#es, compostas sobretudo de gentesimples e pobre.$oda&ia, o ensinamento por ele dado a estes, como aos outros, era o fruto de longa eprofunda prepara0'o. C", os anos serenos da adolescBncia e da (u&entude, gastos no solenesilBncio dos claustros agostinianos de Lisboa e de Santa ru% em oimbra, na ora0'o e noestudo, como atleta preparado misteriosamente pela Jra0a para a e*traordin<ria a&entura/ue o &eria entre os primeiros grandes franciscanos, e*emplo de "umildade, de pobre%a e depenitBncia, mas simultaneamente portador ` na Crdem recémnascida ` da e*igBncia deum &igoroso esfor0o cultural, /ue -rancisco pareceu durante um momento temer, /uasecomo um perigo para Do estudo da ora0'o e o esp3rito de de&o0'oE, /ue ele considera&a sercaracter3stica, primeira e fundamental, dos seus Irm'os.

As antigas figura0#es do Santo apresentamno tendo na m'o o s3mbolo da ciBncia e dasabedoriaH o li&ro. 4 a sabedoria, bem mais /ue a &irtude taumatrgica, é, (untamente com asantidade da &ida, a/uilo /ue celebram os contemporneos de Ant)nio, como caracter3sticasua, pr)pria e e*cepcional.A sua cultura, /ue n'o despre%a&a os con"ecimentos das ciBncias "uman3sticas e nemse/uer as naturais, ent'o para di%er a &erdade: ainda nos princ3pios, centra&ase no Li&roSagrado, a !3blia, Jreg)rio IX, depois de o ou&ir, pôde c"amarl"e DArca do $estamentoE e D4scr3nio das Sagradas 4scriturasE. Z tradi0'o /ue o mesmo Pont3fice, ao proceder + suacanoni%a0'o em 4spoleto, a ele se dirigiu com a in&oca0'o “ Doctor o!time, "cclesiae

sanctae lumen, beato #ntoni…$”  ` outor admir<&el, lu% da santa Igre(a, Santo Ant)nio `recon"ecendoo assim como outor da Igre(a.4ste recon"ecimento foi solenemente ratificado, em 196G, pelo Papa Pio XII. as o /uesobretudo me impressiona é o apelati&o /ue, em rela0'o com os outros luminares da Igre(a` com nomes ilustres e t3tulos sugesti&os ` l"e é atribu3do, /uase como seudistinti&oH Doctor "%angelicus$ ` outor 4&angélico.4 em tal apelati&o pareceme poder descortinar /ual é, na realidade, a mensagem /ueAnt)nio de P<dua tem para en&iar também a n)s, "omens do fim do século XX da era crist'.4sta mensagem bem se en/uadra na/uela ac0'o taumatrgica, na/uela DcortesiaE emescutar e ser&ir, da /ual fala&a o Papa Paulo =I, cortesia /ue, aos ol"os de muitos crist'os,/uase &elou o &erdadeiro rosto de Santo Ant)nioH outor e e&angeli%ador. 4le, de facto,como os Ap)stolos de ;esus en&iados atra&és do mundo, pregou e /uer ainda "o(e pregar o4&angel"o de risto, e f<lo DDomino coo!erante et sermonem con&irmante, sequentibus

signisE ` C Sen"or coopera&a com eles, confirmandol"es a pala&ra com os milagres /ue a

acompan"a&am ` 'c  1G, >?:. emonstra0'o de bondade e de amor, os sinaismara&il"osos, /ue o po&o crist'o continua a atribuir + intercess'o do Santo, para isto s'o

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principalmente destinadosH para confirmar os "omens na &erdade, para refor0ar a fé&acilante ou para a despertar adormecida, para le&ar a /ue se(a acol"ida ` pelos doutos epelos indoutos ` a lu% do 4&angel"o.om muita ra%'o, /ual mote inspirador do ano antoniano em curso, foi escol"ida a afirma0'o/ue atribuiu risto a Si e Ant)nio ele P<dua fe% pr)priaH"%angeli(are !au!eribus misit 

'e )c  6, 1@: ` eus: en&ioue para anunciar a boa no&a aos pobres.isto, do 4&angel"o, é /ue tem necessidade o mundo de "o(e.o 4&angel"oH da Sua doutrina e do Seu esp3rito.4le apareceu no mundo, "< /uase dois milénios, como lu% nas tre&as, como mensagem deesperan0aH anncio de alegria para os incertos, os oprimidos, os desiludidos e osdesesperan0ados fogo de amor tra%ido + terra, para toda ser por ele incendiada.A tantos séculos ` desde /ue a &o% do estre se le&antou num ngulo perdido do grandeImpério de 2oma, difundindose depois por todo o orbe ` de&emos perguntarnos /ue éfeito, "o(e, da/uela lu%, da/uela esperan0a, da/uele incBndioH Muantos ol"os se erguem parao céu, /ue 4le nos abre para mostrarnos o Pai e indicarnos o camin"o /ue a 4le condu%VMuantos cora0#es aceitam &erdadeiramente a Sua lei de amor e de fraternidade, /ue n'ocon"ece barreiras nem confins, nem )dios, nem in(usti0as, nem opress#es, nem guerrasV

4n/uanto o "omem moderno muitas &e%es se interroga, angustiado, sobre o seu ser e o seudestino, en/uanto a "umanidade tem agora de perguntarse se n'o est< para ficarsepultada, de um momento para o outro, debai*o dos seus crescentes triunfos nas ciBncias ena técnica, esta antiga e sempre no&a &o% de&e, com reno&ada insistBncia, ressoar forte naterra.A isto nos con&ida, a n)s sacerdotes, a n)s crist'os todos, o outor 4&angélico. 4 a todoscon&ida ele a n'o fec"armos os ol"os a tanta lu% os ou&idos, o cora0'o, a t'o grandeensagemH /ue é ensagem de sal&a0'o, ensagem de (usti0a, ensagem de amor,ensagem de pa%. es0a a sua !Bn0'o sobre a It<lia e sobre o mundo todo. 4 se(a ela no&aprima&era de esperan0a, na lu% da !oa o&a, para a "umanidade inteiraR-onteH"ttpH.&atican.&aromancuriasecretariatstatecardcasaroli19@1documentsrcsegst19@1?9?Gsantoantoniopo."tml

PAPA !4$C X=I AUDIÊNCIA GERAL

*uarta+&eira, 1 de -e%ereiro de .1

São António de Pádua

*ueridos irm/os e irm/s$

Q< duas semanas apresentei a figura de S'o -rancisco de Assis. 4sta man"' gostaria de falarde outro santo pertencente + primeira gera0'o dos -rades enoresH Ant)nio de P<dua ou,como é também c"amado, de Lisboa, referindose + sua cidade natal. $ratase de um dossantos mais populares de toda a Igre(a at)lica, &enerado n'o s) em P<dua, onde foiconstru3da uma mara&il"osa !as3lica /ue conser&a os seus despo(os mortais, mas em todo omundo. S'o /ueridas aos fiéis as imagens e as imagens /ue o representam com o l3rio,

s3mbolo da sua pure%a, ou com o enino ;esus no colo, em recorda0'o de uma milagrosaapari0'o mencionada por algumas fontes liter<rias.Ant)nio contribuiu de modo significati&o para o desen&ol&imento da espiritualidadefranciscana, com os seus salientes dotes de inteligBncia, e/uil3brio, %elo apost)lico e,principalmente, fer&or m3stico.asceu em Lisboa numa fam3lia nobre, por &olta de 1195, e foi bapti%ado com o nome de-ernando. Kniuse aos c)negos /ue seguiam a regra mon<stica de Santo Agostin"o, primeirono mosteiro de S'o =icente em Lisboa e, sucessi&amente, no da Santa ru% em oimbra,famoso centro cultural de Portugal. edicouse com interesse e solicitude ao estudo da !3bliae dos Padres da Igre(a, ad/uirindo a/uela ciBncia teol)gica /ue fe% frutificar na acti&idade doensino e da prega0'o. Aconteceu em oimbra o epis)dio /ue contribuiu para uma mudan0adecisi&a na sua &idaH ali, em 1>>? foram e*postas as rel3/uias dos primeiros cinco

mission<rios franciscanos, /ue tin"am ido a arrocos, onde encontraram o mart3rio. A sua&icissitude fe% nascer no (o&em -ernando o dese(o de os imitar e de progredir no camin"o da

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perfei0'o crist'H ent'o, pediu para dei*ar os )negos agostinianos e para se tornar -radeenor. C seu pedido foi aceite e, tomando o nome de Ant)nio, partiu também ele paraarrocos, mas a Pro&idBncia di&ina dispôs de outro modo. Ap)s uma doen0a, foi obrigado apartir para a It<lia e, em 1>>1, participou no famoso Dap3tulo das 4steirasE em Assis, ondeencontrou também S'o -rancisco. 4m seguida, &i&eu algum tempo no escondimento totalnum con&ento de -orli, no norte da It<lia, onde o Sen"or o c"amou para outra miss'o.4n&iado, por circunstncias totalmente casuais, a pregar por ocasi'o de uma ordena0'osacerdotal, mostrou ser dotado de ciBncia e elo/uBncia, e os Superiores destinaramno +prega0'o. ome0ou assim na It<lia e na -ran0a, uma acti&idade apost)lica t'o intensa eefica% /ue indu%iu muitas pessoas /ue se tin"am afastado da Igre(a a reconsiderar a suadecis'o. Ant)nio foi também um dos primeiros mestres de teologia dos -rades enores, ouaté o primeiro. Iniciou o seu ensino em !olon"a, com a bBn0'o de S'o -rancisco, o /ual,recon"ecendo as &irtudes de Ant)nio, l"e en&iou uma bre&e carta, /ue inicia&a com estaspala&rasH DAgradame /ue ensines teologia aos fradesE. Ant)nio lan0ou as bases da teologiafranciscana /ue, culti&ada por outras insignes figuras de pensadores, teria con"ecido o seu<pice com S'o !oa&entura de !agnoregio e com o beato uns 4scoto.$ornandose Superior dos -rades enores da It<lia setentrional, continuou o ministério da

prega0'o, alternandoo com as fun0#es de go&erno. onclu3do o cargo de Pro&incial, retirouse para perto de P<dua, aonde (< tin"a ido outras &e%es. Ap)s um ano, faleceu nas portas dacidade, a 1N de ;un"o de 1>N1. P<dua, /ue o tin"a acol"ido com afecto e &enera0'o durantea &ida, tributoul"e para sempre "onra e de&o0'o. C pr)prio Papa Jreg)rio IX, /ue depois deo ter ou&ido pregar o tin"a definido DArca do $estamentoE, canoni%ouo s) um ano depois damorte, em 1>N>, também ap)s os milagres /ue se &erificaram por sua intercess'o.o ltimo per3odo de &ida, Ant)nio pôs por escrito dois ciclos de DSerm#esE, intituladosrespecti&amente DSerm#es dominicaisE e DSerm#es sobre os SantosE, destinados aospregadores e aos professores dos estudos teol)gicos da Crdem franciscana. estes Serm#esele comenta&a os te*tos da 4scritura apresentados pela Liturgia, utili%ando a interpreta0'opatr3sticomedie&al dos /uatro sentidos, o literal ou "ist)rico, o aleg)rico ou cristol)gico, oantropol)gico ou moral, e o anal)gico, /ue orienta para a &ida eterna. Qo(e redescobrese

/ue estes sentidos s'o dimens#es do nico sentido da Sagrada 4scritura e /ue é (ustointerpretar a Sagrada 4scritura procurando as /uatro dimens#es da sua pala&ra. 4stesSerm#es de Santo Ant)nio s'o te*tos teol)gico"omiléticos, /ue reflectem a prega0'ob3blica, na /ual Ant)nio prop#e um &erdadeiro itiner<rio de &ida crist'. Z tanta a ri/ue%a deensinamentos espirituais contida nos DSerm#esE, /ue o =ener<&el Papa Pio XII, em 196G,proclamou Ant)nio outor da Igre(a, atribuindol"e o t3tulo de Doutor e&angélicoE, por/uedesses escritos sobressai o &igor e a bele%a do 4&angel"o ainda "o(e os podemos ler comgrande pro&eito espiritual.estes Serm#es Santo Ant)nio fala da ora0'o como de uma rela0'o de amor, /ue estimula o"omem a dialogar docilmente com o Sen"or, criando uma alegria inef<&el, /ue sua&ementeen&ol&e a alma em ora0'o. Ant)nio recordanos /ue a ora0'o precisa de uma atmosfera desilBncio /ue n'o coincide com o desapego do rumor e*terno, mas é e*periBncia interior, /uetem por finalidade remo&er as distrac0#es causadas pelas preocupa0#es da alma, criando osilBncio na pr)pria alma. Segundo o ensinamento deste insigne outor franciscano, a ora0'oé articulada em /uatro atitudes indispens<&eis /ue, no latim de Ant)nio, s'o assimdefinidasH obsecratio, oratio, !ostulatio, gratiarum actio0 Poder3amos tradu%ilas do seguintemodoH abrir com confian0a o pr)prio cora0'o a eus é este o primeiro passo do re%ar, n'osimplesmente col"er uma pala&ra, mas abrir o cora0'o + presen0a de eus depois, dialogarafectuosamente com 4le, &endoo presente comigo e depois muito natural apresentarl"e asnossas necessidades por fim, lou&<lo e agradecerl"e.este ensinamento de Santo Ant)nio sobre a ora0'o captamos uma das caracter3sticasespec3ficas da teologia franciscana, da /ual ele foi o iniciador, isto é, o papel atribu3do aoamor di&ino, /ue entra na esfera dos afectos, da &ontade, do cora0'o, e /ue é também a

fonte da /ual brota uma consciBncia espiritual, /ue supera /ual/uer con"ecimento. e facto,amando, con"ecemos.

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4scre&e ainda Ant)nioH DA caridade é a alma da fé, tornaa &i&a sem o amor, a féesmoreceE Sermomes Dominicales et -esti%i  II, essaggero, P<dua 19O9, p. NO:.S) uma alma /ue re%a pode reali%ar progressos na &ida espiritualH é este o ob(ectopri&ilegiado da prega0'o de Santo Ant)nio. 4le con"ece bem os defeitos da nature%a"umana, a nossa tendBncia a cair no pecado, e portanto e*orta a continuar a combater ainclina0'o da a&ide%, do orgul"o, da impure%a, e a praticar as &irtudes da pobre%a e dagenerosidade, da "umildade e da obediBncia, da castidade e da pure%a. o in3cio do séculoX=III, no conte*to do renascimento das cidades e do florescer do comércio, crescia o nmerode pessoas insens3&eis +s necessidades dos pobres. Por este moti&o, Ant)nio con&idou &<rias&e%es os fiéis a pensar na &erdadeira ri/ue%a, a da cru%, /ue tornando bons emisericordiosos, fa% acumular tesouros para o éu. DY ricos assim e*orta ele tornai&osamigos dos pobres, acol"eios nas &ossas casasH ser'o depois eles, os pobres, /uem &osacol"er'o nos eternos tabern<culos, onde "< a bele%a da pa%, a confian0a da consciBncia, aopulenta tran/uilidade da eterna saciedadeE 2bid0, p. >9:.'o é por&entura este, /ueridos amigos, um ensinamento muito importante também "o(e,/uando a crise financeira e os gra&es dese/uil3brios econ)micos empobrecem n'o poucaspessoas, e criam condi0#es de misériaV a min"a 4nc3clica 3aritas in %eritate recordoH DA

economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento n'o de uma ética/ual/uer, mas de uma ética amiga da pessoaE n. 65:.Ant)nio, na escola de -rancisco, coloca sempre risto no centro da &ida e do pensamento, daac0'o e da prega0'o. 4sta é outra caracter3stica t3pica da teologia franciscanaH ocristocentrismo. 4la contempla bene&olamente, e con&ida a contemplar, os mistérios da"umanidade do Sen"or, o "omem ;esus, de modo particular, o mistério da ati&idade, eus/ue se fe% enino, se entregou nas nossas m'osH um mistério /ue suscita sentimentos deamor e de gratid'o para com a bondade di&ina.Por um lado a ati&idade, ponto central do amor de risto pela "umanidade, mas também a&is'o do rucifi*o inspira em Ant)nio pensamentos de recon"ecimento para com eus e deestima pela dignidade da pessoa "umana, de modo /ue todos, crentes e n'ocrentes,possam encontrar no rucificado e na sua imagem um significado /ue enri/uece a &ida.

4scre&e Santo Ant)nioH Dristo, /ue é a tua &ida, est< pendurado diante de ti, para /ue tuol"es para a cru% como para um espel"o. ela poder<s con"ecer /uanto mortais foram astuas feridas, /ue nen"um remédio teria podido curar, a n'o ser o do sangue do -il"o deeus. Se ol"ares bem, poder<s darte conta de como s'o grandes a tua dignidade "umana eo teu &alor 4m nen"um outro lugar o "omem pode aperceberse mel"or do seu &alor, a n'oser ol"ando para o espel"o da cru%E Sermones Dominicales et -esti%i  III, pp. >1N>16:.editando estas pala&ras podemos compreender mel"or a importncia da imagem dorucifi*o para a nossa cultura, para o nosso "umanismo nascido da fé crist'. Precisamenteol"ando para o rucifi*o &emos, como di% Santo Ant)nio, como é grande a dignidade"umana e o &alor do "omem. 4m nen"um outro ponto se pode compreender /uanto o"omem &ale, precisamente por/ue eus nos torna t'o importantes, nos &B t'o importantes,/ue somos, para 4le, dignos do seu sofrimento assim, toda a dignidade "umana aparece noespel"o do rucifi*o e ol"ar em sua direc0'o é sempre fonte do recon"ecimento da dignidade"umana.Mueridos amigos, possa Ant)nio de P<dua, t'o &enerado pelos fiéis, interceder pela Igre(ainteira, e sobretudo por a/ueles /ue se dedicam + prega0'o oremos ao Sen"or para /ue nosa(ude a aprender um pouco desta arte de Santo Ant)nio. Cs pregadores, inspirandose noseu e*emplo, ten"am a preocupa0'o de unir doutrina s)lida e s', piedade sincera, incisi&a nacomunica0'o. este Ano sacerdotal, re%emos para /ue os sacerdotes e os di<conosdesempen"em com solicitude este ministério de anncio e de actuali%a0'o da Pala&ra deeus aos fiéis, sobretudo atra&és das "omilias litrgicas. Se(am elas uma apresenta0'oefica% da eterna bele%a de risto, precisamente como Ant)nio recomenda&aH DSe pregas;esus, 4le como&e os cora0#es duros se o in&ocas, ali&ia das tenta0#es amargas se o

pensas, ilumina o teu cora0'o se o lBs, saciate a menteE Sermones Dominicales et -esti%i  III, p. 59:.

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Saudaç4esSado, com fraterna ami%ade, os grupos &indos de S'o Paulo, 2io de ;aneiro, 2ibeir'o Pretoe demais peregrinos de l3ngua portuguesa, dese(ando /ue esta &isita aos lugares santificadospela prega0'o e mart3rio dos Ap)stolos Pedro e Paulo possa confirmar a todos na fé,esperan0a e caridade. A =irgem 'e &os acompan"e e prote(aR-onteH"ttpH.&atican.&a"ol[fat"erbenedict*&iaudiences>?1?documents"fben*&iaud>?1??>1?po."tml

CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II 

CENTENRIO DO NASCIMENTO DE Santo Antonio de Pádua

Aprendi com grande satisfa0'o /ue as /uatro fam3lias franciscanas est'o se preparando paracelebrar com as medidas ade/uadas =III centen<rio de Santo Ant)nio, figura carism<ticauni&ersalmente &enerado e in&ocado.A Crdem -ranciscana inteira est< en&ol&ida na sua prepara0'o para o ;ubileu do modeloe*emplar, (unto com a cidade de P<dua, /ue admite no seu territ)rio o centro da de&o0'o deAnt"on[, e com a de Lisboa, onde o santo nasceuurou apenas NG anos sua e*istBncia terrena. Cs /uator%e primeiros foram gastos na escola

episcopal de sua cidade. Aos /uin%e anos, ele pediu para entrar entre os ônegos 2egularesde Santo Agostin"o, foi ordenado sacerdote aos &inte anosH de% anos de &ida caracteri%adopela busca e rigorosos cuidados de eus, atra&és do estudo intensi&o de teologia eaperfei0oamento interior.as eus continuou a /uestionar o esp3rito do (o&em padre -ernandoH esse era o nome /uerecebeu na fonte batismal. o mosteiro de Santa ru%, em oimbra, con"eceu um grupo defranciscanosde Assis, /ue foi para o arrocos para testemun"ar o 4&angel"o, mesmo +custa do mart3rio. essa ocasi'o, o (o&em -ernando e*periBncias com um no&o dese(oHproclamar o 4&angel"o aos gentios, sem parar, para enfrentar o risco de &ida.o outono de 1>>? ele dei*ou o mosteiro e se tornou um seguidor de -rancisco de Assis,tomando o nome de Antonio. Partiu, em seguida, para arrocos, mas uma gra&e doen0a oobrigou a desistir do seu ideal mission<rio.

Assim come0ou o ltimo per3odo de sua e*istBncia, durante o /ual ele foi guiado por eusnas estradas /ue nunca teria pensado em ir. epois de arrancados de sua terra natal e seuspro(etos no e*terior da e&angeli%a0'o, eus o le&ou a &i&er a forma ideal de &ida e&angélicaem solo italiano. Ant"on[ &i&eu e*periBncia franciscana on%e anos apenas, mas assimilados aponto de, DristoE e o ideal do 4&angel"o, se tornarem para ele uma regra de &ida encarnadano cotidiano.Seguimos &ocB, como a criatura segue o riador, o Pai como fil"os, como a m'e das crian0ascomo o p'o ao faminto, o doente como o médico, o cansa0o da cama, como os e*ilados casa DS. Augustini, Serm4es, 22, p. 6@6:."m 3risto, ele construiu sua %ida

$oda a sua prega0'o foi uma cont3nua e incans<&el proclama0'o do 4&angel"o. Anncio&erdadeiro, cora(oso, claro. A Prega0'o era sua maneira de transformar a fé nas almas, parapurific<los, confort<los, ilumin<los !0 156:.4m risto, ele construiu sua &ida. As &irtudes do 4&angel"o, sobretudo a pobre%a de esp3rito,mansid'o, "umildade, castidade, a miseric)rdia, a coragem da pa% foram os temasconstantes de sua prega0'o.4le usou todos os instrumentos cient3ficos ent'o con"ecido de aprofundar o con"ecimento da&erdade do 4&angel"o e para tornar mais compreens3&el o anncio. C sucesso de seuministério confirmou /ue ou&iu falar a mesma l3ngua dos seus ou&intes, capa%es decomunicar efica%mente os contedos da fé e aceitar os &alores do 4&angel"o na culturapopular de seu tempo.

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Pedindo ao Sen"or, Pastor e estre de todas as almas, por intercess'o de Santo Ant)nio, umpregador eminente e padroeiro dos pobres, ser< dada a todos com generosidade e seguirfielmente os ensinamentos do 4&angel"o, eu concedo uma especial !Bn0'o Apost)lica para&ocB, a fam3lia franciscana inteira e todos os de&otos do grande santo.3idade do 5aticano, em 1 de 7uno de 199, o d:cimo se;to do meu Ponti&icado0

I"ANNES A'6'S * J"2N A'6 * II II-onteH"ttpH.&atican.&a"ol[fat"er(o"npauliiletters199Gdocuments"f(piilet199G?11Gstant"on[doctorit."tml4scre&e Santo Antônio de P<duaH Dristo, /ue é a tua &ida, est< suspenso diante de ti, para/ue tu ol"es para a cru% como num espel"o se ol"ares para 4le, poder<s perceber comos'o grandes a tua dignidade e o teu &alor. 4m nen"um outro lugar, o "omem podeperceber mel"or /uanto ele &ale do /ue contemplandose no espel"o da cru%E Sermones

Dominicales et -esti%i 222 , pp. >1N>16:."ttpH.&atican.&anesser&icesliturg[>?1?documentsnslitdoc>?1??6?>&iacrucispresentpo."tmlSerm#es de Santo Antônio

SRM&S ' SA()* A()+(* ' P-'.ANa solidão encontrar&s o Sen$or1. a/uele tempo disse ;esus a PedroH DSeguemeE ;o >1,19:. este passo do 4&angel"o,podemse obser&ar duas coisasH a imita0'o de risto e seu amor para com seu fiel disc3pulo.I 3 A I!itação de risto*>. A imita0'o de risto est< e*pressa nas pala&rasH DSeguemeE. Sim, isso ele o di% a Pedro,mas também a todo crist'oH Dsegueme, tu também, nu como nu o sou, li&re de todo apegocomo li&re o souE. Por isso é /ue ;eremias afirmaH D "amarme<s de Pai e n'o te cansar<sde andar atr<s de mimE N,19:. Segueme, portanto, e (oga fora o peso /ue le&as, pois,carregado como est<s, n'o podes andar atr<s de mim /ue corro. Dorri, di% o salmista, tendosedeE Sal G1,5: sede, entendese, de sal&ar a "umanidade. 4 para onde ele correV adire0'o da cru%. Por isso, corre também tu atr<s de risto para /ue assim como ele tomou

sua cru% por ti, tu também tomes a tua cru% por ti. LBse no e&angel"o de LucasH DSe alguém/uer &ir ap)s mim, renegue a si mesmoE 9,>N:, /uer di%er, sacrifi/ue a pr)pria &ontade,tome sua cru% mortificando a carne, todos os dias, isto é, continuamente, e assim sigame.PortantoH seguemeR Cu ent'o, se /uiseres &ir a mim e encontrarme, segueme, isto é,procurame + parte. 4le di% aos disc3pulosH D=inde + parte a um lugar deserto e descansai umpouco. om efeito, t'o grande era a multid'o /ue ia e &in"a /ue ele n'o tin"a nem mesmo otempo para comerE c G,N1:. Mue coisaR Muantas pai*#es da carne, /ue multid'o depensamentos &'o e &Bm pelo nosso cora0'oR 4 assim n'o temos nem o tempo de nosalimentar com o alimento da eterna do0ura, nem de sentir o sabor da contempla0'o interior.4is por/ue o bondoso estre di% aindaH D=inde + parte, para longe da multid'o, &inde a umlugar apartado, isto é, + solid'o interior, da mente e do corpo, e descansai um pouco.Sim, Dum poucoE, por/ue como di% o ApocalipseH D-e%se silBncio no céu por mais ou menos

uma meia "oraE @,1: e o Salmo 56,OH DMuem me dar< asas de pomba para &oar e encontrarrepousoVE. 4 o profeta Cséias também di%H D4is /ue eu a amamentarei e condu%ilaei aodeserto e l"e falarei ao cora0'oE >,1G:. estas trBs e*press#es amamentareicondu%ireifalarei ao cora0'o: podemse notar também trBs situa0#esH a/uela de /uem est< no come0o,a/uela de /uem est< progredindo e a/uela de /uem (< est< na perfei0'o. Z a gra0a /ueamamenta /uem est< no come0o e o ilumina para /ue cres0a e progrida de &irtude em&irtude e por isso o condu% do barul"o dos &3cios, do tumulto dos pensamentos + solid'o,isto é, + /uietude interior da mente. A3 ent'o, tornao perfeito, falal"e ao cora0'o e elesente a do0ura da inspira0'o di&ina e pode ele&arse de corpo e alma + alegria do esp3rito. 4ent'o, como é grande em seu cora0'o a de&o0'oR 4 como s'o grandes também acontempla0'o e o B*taseR Atra&és da grande%a da de&o0'o, a pessoa ele&ase acima de simesma.Atra&és da sublime contempla0'o ela se sente como /ue transportada ainda acima de simesma e, atra&és do B*tase, ela é le&ada como para fora de si mesma. Por issoH Dsegue

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meE. C Sen"or fala como uma m'e carin"osa /ue /uando est< ensinando seu nenB acamin"ar, mostral"e o p'o ou uma ma0' e l"e di%H D=em, &em, eu &ou te darRE 4 /uando acrian0a est< pertin"o, pronta para pegar, a m'e, de&agarin"o.. &ai se afastando e di%endol"e, mostrando o p'o e a ma0'H D=em, &em, pegaRE 4*istem também p<ssaros /ue tiram donin"o seus fil"otes e, &oando, os ensina a &oar e seguilos. Assim fa% ristoH ele mesmo secoloca como e*emplo para /ue o sigamos e promete o prBmio no 2eino dos éus.N. Segueme, portanto, por/ue eu con"e0o o bom camin"o pelo /ual condu%irte. o Li&rodos Pro&érbios encontrase escrito a este prop)sitoH Dostrarteei o camin"o da sabedoria.ondu%irteei pelos camin"os da retid'o. Muando neles entrares, teus passos n'o ser'otrôpegos e, se correres, n'o "a&er<s detrope0arE 6,111>:. C camin"o da sabedoria é o camin"o da "umildade. !em diferente é ocamin"o da estult3cia, por/ue é o camin"o do orgul"o. ;esus mesmo nolo mostrou /uandodisseH DAprendei de mim /ue sou manso e "umilde de cora0'o e encontrareis descanso para&ossas almasE t 11,>9:. C camin"o é estreito, d< apenas para dois pés, de tal modo /uenen"um outro possa passar. i%se em latim semita, isto é, Dmeia estradaE,semis iter,pois DsemisE /uer di%er metade e iter /uer di%er camin"o. amin"os da retid'os'o os da pobre%a e da obediBncia. Por eles é /ue risto te condu% com seu e*emplo, ele

mesmo pobre e obediente. esses camin"os n'o e*iste estrada tortuosa tudo é bem plaino,bem retoR as o /ue causa mara&il"a é o fato /ue, mesmo sendo assim t'o estreitos, ospassos dados neles n'o s'o indecisos, sem (eito. C camin"o do mundo, ao contr<rio, é largoe espa0oso. 4, no entanto, os seculares, a/ueles /ue &i&em segundo o mundo, ac"am /ueele nunca é suficientemente largoH s'o como bBbados /ue ac"am sempre estreito /ual/uercamin"o, mesmo o largo. om efeito, a maldade tem uma estreite%a conatural. A pobre%a ea obediBncia, ao contr<rio, contBm, é claro, uma restri0'o, mas por isso mesmo doamtambém liberdade, por/ue a pobre%a torna rico e a obediBncia li&re. Muem percorrer essescamin"os seguindo a ;esus, (amais encontrar< o trope0o das ri/ue%as ou o trope0o dapr)pria &ontade. Segueme, portanto, e mostrarteei Da/uilo /ue ol"o n'o &iu, ou&ido n'oou&iu nem penetrou em cora0'o de "omemE 1or >,9:. DSegueme e darteei, di% Isa3as,tesouros escondidos e ri/ue%as ocultasE 65,N:. 4 o mesmoH D &ista disso ficar<s radiante de

alegria e teu cora0'o estremecer< e se dilatar<E G?,5:. Qa&er<s de &er a eus face a face,assim como ele é e te enc"er<s de del3cias e ri/ue%as na dupla estola da alma e do corpo.$eu cora0'o admirar< as ordens dos an(os e a moradia dos bema&enturados e, por causa daimensa felicidade, se dilatar< na e*ulta0'o e no lou&or. PortantoH seguemeR II 8 C Amor deristo para com o seu disc3pulo fiel.6. C amor de risto para com a pessoa /ue l"e é fiel é bem demonstrado, por e*emplo, naseguinte passagemH DPedro, ent'o, tendose &oltado, &iu /ue o esta&a seguindo o disc3pulo/ue ;esus ama&a, a/uele /ue na ceia tin"a se inclinado sobre o seu peitoE ;o >1,>?:. Muemrealmente segue a risto, dese(a /ue todos sigam o Sen"or. 4is por/ue se dirige ao pr)*imocom carin"o, com ora0'o de&ota e com a prega0'o. C &oltarse de Pedro significae*atamente isto e concorda com o final do Apocalipse 8 DC esposo e a esposa, isto é, ristoe a Igre(a, di%emH =emR 4 /uem escuta diga por sua &e%H =emR >>,1O:. risto, por meio dainspira0'o celeste, e a Igre(a, por meio da prega0'o, di%em ao "omem e + mul"erH =emR 4/uem ou&e essas pala&ras, diga por sua &e% ao pr)*imoH =emR 'o /ueres seguir a ;esusVPortantoH tendose &oltado, Pedro &iu /ue o esta&a seguindo a/uele disc3pulo /ue ;esusama&a. 4 ;esus ama /uem o segue. o li&ro dos meros di%se o seguinteH DC meu ser&oaleb, /ue me seguiu fielmente, eu o introdu%irei na terra /ue ele percorreu. 4 a suagera0'o dela tomar< posseE 16,>6:. A Jlossa, sem di%er o nome, mas com as pala&ras D/ue;esus ama&aE est< indicado o disc3pulo ;o'o e ele se distingue dos outros n'o por/ue ;esusamasse somente a ele, mas por/ue ama&a mais a ele do /ue aos outros. Ama&a também osoutros, mas a este o ama&a com Dmaior afei0'oE. 4 ;esus gratificouo com uma ternuramaior de seu amor, pois o "a&ia c"amado /uando era ainda &irgem e &irgem elepermaneceu por isso a ele ;esus confiou sua pr)pria m'e. 4ste foi um gesto imenso de

amorR Somente ;o'o repousou a cabe0a no peito de ;esusE no /ual est'o encerrados todosos tesouros da sabedoria e da ciBnciaE ol >,N:. esse mesmo gesto esta&a como /ue

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prefigurado o fato dos inumer<&eis segredos di&inos /ue ele "a&eria de escre&er, a diferen0ados demais e&angelistas.5. Podese obser&ar também /ue ;ac) descansou sobre uma pedra e ;o'o sobre o peito de;esus. A/uele durante a camin"ada, este durante a ceia. 4m ;ac) s'o representados osperegrinos sobre a terra, em ;o'o os bema&enturados. A/ueles, durante a camin"adaterrena, estes, (< c"egados + p<tria celeste. o li&ro do JBnesis, se di%H D;ac) partiu de!ersabéia e dirigiase a Qaran. Muerendo descansar, pegou uma pedra, colocoua sob acabe0a e dormiu. 4, em son"o, &iu uma escada em pé e an(os subindo e descendo por ela eo Sen"or no topo da escada.E >@,1?1N:. ;ac) é o (usto ainda peregrino sobre esta terraonde tem muito /ue lutar. 4le sai de !ersabéia /ue significa Dsétimo po0oE e representa opo0o sem fundo da cobi0a "umana, e*atamente como o sétimo dia do /ual se lB n'o ter fim.irigese rumo a Qaran /ue significa DaltoE e representa por isso a ;erusalém celeste. Cprofeta Qabacuc o di%H DSubirei e me unirei ao nosso po&o (< em pa%E, o nosso po&o /uetriunfou sobre a maldade do século. 4, por dese(ar ali&iar o cansa0o de sua peregrina0'o, o (usto coloca sob a cabe0a uma pedra e adormece. A cabe0a é a mente. A pedra é a firme%ada fé. A escada em pé representa o duplo amor a eus e ao pr)*imo. Cs an(os s'o os"omens (ustos /ue sobem até eus ele&andose com suas mentes, mas abai*andose até o

pr)*imo atra&és da compai*'o. Apessoa (usta, ent'o, durante a peregrina0'o terrena, coloca a mente na firme%a da fé paradescansar. 4is por/ue est< escrito nos Pro&érbiosH DC argana%, uma espécie de marmota, porsua nature%a, é fraco e fa% seu esconderi(o na pedraE N?,>G:. C argana%, animal t3mido,representa /uem é fraco no esp3rito e por isso n'o sabe oporse com for0a aos ata/ues de/ual/uer espécie e coloca na pedra da fé o tra&esseiro da sua esperan0a para a3 poderdescansar e dormir e &er ele&arse em si mesmo a escada do amor. Cbser&ese /ue oSen"or est< no topo da escada por dois moti&osH para sustent<la e para acol"er os /ue nelasobem. a realidade ele sustenta o peso da nossa fragilidade de modo a estarmos em graude subir a escada atra&és das obras do amor. 4 ele acol"e a/ueles /ue sobem para /uepossamos também n)s tornarnos eternos e bem a&enturados com ele /ue é eterno e bema&enturado. 4 ent'o, na/uela ceia /ue nos saciar< para sempre, descansaremos, com ;o'o,

sobre o peito de ;esus. C cora0'o no peito é o amor no cora0'o.escansaremos em seu amor, por/ue "a&eremos de am<lo com todo o cora0'o e com todaa alma e encontraremos nele todos os tesouros da sabedoria e da ciBncia. C amor de ;esusRMue tesouro colocado no amorR Mue sabedoria de inestim<&el saborR Mue ciBncia ele nos fa%con"ecerR DSerei saciado, di% o salmista, /uando aparecer a tua gl)riaE 1G,15: e D4sta é a&ida eternaH con"ecer a $i, o nico &erdadeiro eus e a/uele /ue en&iaste, ;esus ristoE ;o1O,N:. A 4le se(am dados lou&or e gl)ria pelos séculos eternos. Amém.a -esta de S'o ;o'o4&angelista, III,pg.N1N5:$radu%ido diretamente dos originais em latim por frei Jeraldo onteiro, conforme a edi0'ocr3ticaH DSerm#es ominicais e -esti&os, III &olume, P<dua, 19O9, 4d. essaggero Pado&aE./eixe!os a vaidade do !undo7 D;esus, tendo sa3do da/uele lugar, retirouse para a regi'o de $iro e SidôniaEt 15,>1:. D;esus, tendo sa3doEetc. A sa3da de ;esus representa a sa3da de toda pessoa "umana /ue secon&erte e sai da &aidade do mundo. Sobre isto, se lB e se canta na "ist)ria deste domingo>_ da Muaresma:H D$endo ;ac) sa3do de !ersabéia partiu para Qar' Jn >@,1?:. 4is comoconcordam os dois $estamentosH D;esus, tendo sa3do da/uele lugar, retirouse para a regi'ode $iro e SidôniaE, di% ateus. D;ac), tendo sa3do de !ersabéia, partiu para Qar'E, di% oisésno JBnesis. D;ac) é interpretado como suplantador e representa o pecador con&ertido /ue,sob a planta do pé: da ra%'o pisa, esmaga a sensualidade da carne. 4le sai de !ersabéia,/ue se interpreta sétimo po0o, indicati&o da insaci<&el cobi0a deste mundo /ue é a rai% detodos os males. este po0o fala ;o'o no seu e&angel"o, colocando as pala&ras daSamaritana na con&ersa com ;esusH DSen"orR em se/uer tens uma &asil"a e o po0o é profundoE. 4 ;esus respondeH D$odos

a/ueles /ue beberem desta <gua, ainda ter'o sedeE ;o 6,11.1N:. Y SamaritanaR issestecom toda ra%'o e &erdade /ue o po0o é profundo. om efeito, a cobi0a do mundo é

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profunda, e*atamente por/ue n'o tem o fundo da suficiBncia, da saciedade. Por isso, /uem/uer /ue se(a /ue beber da <gua deste po0o, entendida como ri/ue%as e pra%eres temporais,ter< sede de no&o. 4 é &erdade mesmo, de&emos repet3lo, por/ue até Salom'o o di% naspar<bolasH DA sanguessuga tem duas fil"as /ue di%emH Muero mais, /uero maisE P& N?,15:.A sanguessuga é o diabo /ue tem sede da nossa alma e dese(a bebBla. Suas s'o a duasfil"as, isto é, as ri/ue%as e os pra%eres /ue sempre di%emH DMuero mais, /uero maisE enunca D!astaRE i% também o ApocalipseH Do po0o subiu uma fuma0a como a fuma0a deuma grande fornal"a, de modo /ue o sol e o ar ficaram escuros por causa da fuma0a dopo0o. 4 da fuma0a se espal"aram gafan"otos pela terraE 9,>N:. A fuma0a /ue cega osol"os da ra%'o sobe do po0o da cobi0a mundana /ue é a grande fornal"a da !abilônia. Porcausa dessa fuma0a é /ue se obscureceram o sol e o ar. C sol e o ar simboli%am osreligiosos. DSolE, por/ue os religiosos de&em ser sempre puros, c"eios de afei0'o e lcidosHpuros pela castidade, c"eios de afei0'o pelo amor e lcidos pela pobre%a. DArE, por/ue elesde&em ser DaéreosE, /uer di%er, contemplati&os. Infeli%mente, por causa de nossos pecados,saiu a fuma0a do po0o da cobi0a e (< defumou a todos. Z por isso /ue ;eremias deplora nasLamenta0#esH DAiR omo se escureceu o ouro, como mudou sua mais esplBndida corRE Lm6,1:.

ol e ouro, ar e cor esplBndida significam a mesma coisa. C esplendor do sol e do ouro seobscureceu, o ar e a cor mudaram. 4 obser&ese bem a e*atid'o com /ue ;eremias disseH Descureceu e mudouE. om efeito, a fuma0a da cobi0a escurece o esplendor da &ida religiosae obscurece a esplBndida cor da contempla0'o celeste, na /ual o &ulto da alma tornasemisticamente in&adido por uma esplBndida cor, isto é, tornase cndido e &ermel"oH cndidopela encarna0'o do Sen"or, &ermel"o pela sua pai*'o, cndido pelo branco marfim dacastidade, &ermel"o pelo ardente dese(o do esposo celeste. Lamenta&elmente, estaesplBndida cor, "o(e em dia, est< bastante deteriorada por/ue foi defumada pela fuma0a dacobi0a, sobre a /ual ainda est< escritoH D4 da fuma0a do po0o sa3ram gafan"otos pela terraE.Cs gafan"otos, pelos saltos /ue d'o, representam todos os religiosos, os /uais, com ambosos pés da pobre%a e da obediBncia, de&em saltar para a altura da &ida eterna. Infeli%mente,porém, com um salto para tr<s, da fuma0a do po0o, eles sa3ram pela terra e, como se di% no

h*odo, Dcobriram a superf3cie da terraE 1?,5:. Qo(e n'o se &Bem mercados, n'o se fa%emreuni#es ci&is ou eclesi<sticas nas /uais n'o se encontrem monges e religiosos. ompram ere&endem, Dconstroem e destroem, tornam redondo o /ue era /uadradoE Qor<cio, 4pist.:,isto é, torcem e retorcem /ual/uer coisa. os processos con&ocam as partes, brigam diantedos (ui%es, pagam legistas e ad&ogados, indu%em testemun"as a (urarem (unto com eles porcoisas transit)rias, fr3&olas e &'s. i%eime, ) religiosos insensatos, se nos profetas ou nose&angel"os de risto ou nas cartas de Paulo, se na regra de S'o !ento ou de SantoAgostin"o &)s encontrastes essas brigas, essas distra0#es, esses clamores e essasdeclara0#es nos processos por coisas efBmeras e caducas. Cu pelo contr<rio, n'o é o pr)prioSen"or /ue di% aos Ap)stolos, aos monges, a todos os religiosos e n'o a modo de consel"o,mas de ordem mesmo, (< /ue escol"eram o camin"o da perfei0'oH D4u &os digoH amai os&ossos inimigos, fa%ei o bem +/ueles /ue &os odeiam aben0oai a/ueles /ue &osamaldi0oam, orai por a/ueles /ue &os caluniam. 4 a /uem te bate numa face, apresental"etambém a outra. 4 a /uem te le&a o manto, n'o recuses a tnica. < a /uem te pede e n'oreclames de /uem toma o /ue é teu. omo /uereis /ue os outros &os fa0am, fa%ei também aeles. 4 se amais apenas os /ue &os amam, /ue méritos tereisV Cs pecadores também amama/ueles /ue os amam. 4 se fa%eis o bem aos /ue &olo fa%em, /ue méritos tereisV Atémesmo os pecadores agem assimE Lc G,>ONN:.4sta é a regra de ;esus risto /ue de&e ser preferida a todas as regras, institui0#es,tradi0#es, in&en0#es, por/ue Dn'o "< ser&o maior /ue seu patr'o, nem ap)stolo maior /uea/uele /ue o en&iouE ;o 1N,1G:.Cbser&ai, escutai e &ede, ) po&os todos, se e*iste bobeira,se e*iste presun0'o igual + deles. 4m suas regras e constitui0#es est< escrito /ue cadamonge ou cônego ten"a duas ou trBs tnicas e dois pares de cal0ados, de acordo com o

in&erno ou o &er'o. Se por acaso acontece de n'o terem essas coisas no tempo e no lugar

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/ue /uerem, di%em /ue n'o se est< obser&ando o /ue é mandado e isso &aimes/uin"amente contra a regra.Cl"ai com /ue escrpulo /uerem obser&ar a regra na/uilo /ue é prescrito em &antagem docorpo, mas a regra de ;esus risto, sem a /ual n'o podem sal&arse, obser&am pouco ounada. 4 o /ue direi do clero e dos prelados da Igre(aV Se um bispo ou um prelado da Igre(afi%er algo contra um decreto do Papa Ale*andre, Papa InocBncio ou de /ual/uer outro papa,imediatamente é acusado, o acusado é con&ocado, o con&ocado é (ulgado por seu crime e,depois de (ulgado, é deposto. Ao contr<rio, se ele cometer algo de gra&e contra o 4&angel"ode ;esus risto, /ue ele tem por obriga0'o de &ida obser&ar, n'o "< ninguém /ue o acuse,ninguém /ue o repreeenda. Dom efeito, todos amam o /ue é seu e n'o o /ue é de ;esusristoE cfr. -il >,>1:. C pr)prio risto, com rela0'o a essas coisas, tanto aos religiosos comoao clero, di%H DIn&alidastes a Pala&ra de eus por causa da &ossa tradi0'o. Qip)critasR !emprofeti%ou Isa3as a &osso respeito, /uando disseH 4ste po&o me "onra com os l<bios, mas ocora0'o est< longe de mim. 4m &'o me prestam culto, pois o /ue ensinam s'omandamentos "umanos t 15,G9:. 4 de no&oH DAi de &)s, fariseus, /ue pagais o d3%imo da"ortel', da arruda e de todas as "ortali0as, mas dei*ais de lado a (usti0a e o amor de eusRImporta&a praticar estas coisas sem dei*ar de lado a/uelas. Ai de &)s, fariseus, /ue apreciais

o primeiro lugar nas sinagogas e as sauda0#es nas pra0as pblicasAi de &)s, doutores da lei, /ue impondes aos "omens fardos insuport<&eis e &)s mesmos n'otocais esses fardos com um dedo se/uer Ai de &)s, doutores da lei, por/ue tomastes asc"a&es da ciBnciaR =)s mesmos n'o entrastes e impedistes os /ue /ueriam entrarR Lc11,6>6N.6G.5>:. Portanto, bem se di% no Apocalipse /ue Dsaiu a fuma0a do po0o como afuma0a de uma grande fornal"a /ue escureceu o sol e o ar e, da fuma0a do po0o, seespal"aram sobre a terra os gafan"otosE. 4 obser&ese ainda /ue o po0o da cobi0a "umana éc"amado Dsétimo po0oE e isso por dois moti&osH ou por/ueé o li*o e a fossa de sete crimes pois a cobi0a, como di% o Ap)stolo, é a rai% de todos osmales $m.G,1?:, ou por/ue a cobi0a n'o tem o fundo da saciedade tal /ual se lB no JBnesis/ue o Dsétimo dia n'o te&e tardeE Jn >,>:. Z deste infeli% po0o, pois, /ue o pecadorarrependido consegue sair. A ele se aplicam as pala&rasH

 D;ac), tendo sa3do de !ersabéia, partiu para Qar'E. D;esus, tendo sa3do dali, partiu para aregi'o de $iro e SidôniaE. =e(amos o /ue significam esses trBs nomesH $iro, Sidônia e Qar'.$iro é interpretado como DangstiaE, Sidônia Dca0a da triste%aE, Qar' De*celsa ou indigna0'oE.A pessoa arrependida, /ue sai da cobi0a do mundo, &ai para as regi#es de $iro, isto é, daangstia. Cbser&ese bem /ue a pessoa &erdadeiramente arrependida tem duas angstiasH aprimeira é a/uela /ue ela sente pelos pecados cometidos, a segunda é a/uela /ue ela tem/ue agFentar por causa das trBs tenta0#es, a do diabo, do mundo e a da carne. Sobre aprimeira di% ;)H DAs coisas /ue antes a min"a alma n'o /ueria tocar, agora na min"aangstia, tornaramse o meu alimentoE G,O:. om efeito, para a pessoa arrependida, porcausa da angstia do arrependimento /ue ela sente pelos pecados, /uais alimentossaborosos s'o as &ig3lias intensas, as l<grimas abundantes, os fre/Fentes (e(uns. $udo isso aalma, isto é, a sua sensualidade saciada de coisas temporais, aborrecia até tocar, antes de&oltar + penitBncia. Z por isso /ue di% Salom'o nas Par<bolasH DA alma saciada pisa o fa&o demel, mas a alma faminta toma até o amargo como se fosse doceE Pr >O,O:. Cbser&esecomo cal"am bem $iro e Qar', isto é, a angstia e o e*celso, pois /uem /uiser c"egar +scoisas e*celsas, sublimes, n'o poder< fa%Blo sem passar pela angstia. Assim também, apessoa arrependida /ue /uer subir + plenitude da &ida eterna, de&e antes passar por $iro. Zo pr)prio Sen"or /ue o di% em LucasH D'o era necess<rio /ue o ristosofresse 8 eis a3 $iro 8 para entrar assim em sua gl)ria 8 eis a3 Qar' 8 V >6,>G:.-rei Jeraldo onteiro,$radu0'o do latim DSerm#es ominicais e -esti&osE, &ol. I,pp.1?51?9 84d.essaggero 8 P<dua 8 19O9.'! novo !odo de pensar e de viverC tentador apro*imouse de ;esus e dissel"eH DSe és -il"o de eus, manda /ue estas

pedras se transformem em p'esE t 6,N:. C diabo em circunstncias semel"antes procede

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de maneira semel"ante. om a mesma t<tica com /ue tentou Ad'o no para3so terrestre,tentou também a risto no deserto e continuatentando /ual/uer crist'o neste mundo. $entou o primeiro Ad'o pela gula, pela &angl)ria epela a&are%a e, tentandoo, &enceuo. Ao segundo Ad'o, isto é, risto, ele tentou de maneirasemel"ante, mas no foi &encido no seu intento por/ue /uem ele tenta&a ent'o n'o erasomente um "omem, mas era também eusR )s, /ue somos participantes de ambos, do"omem segundo a carne e de eus segundo o esp3rito, despo(emonos do "omem &el"o comsuas obras /ue s'o a gula, a &angl)ria e a a&are%a e &istamonos do "omem no&o,reno&ados pela confiss'o, para frearmos, com o (e(um, o desenfreado ardor da gula, paraabatermos, com a "umildade da confiss'o, a altura da &angl)ria, para pisarmos, com acontri0'o do cora0'o, o denso lodo da a&are%a. D!em a&enturados, di% o Sen"or, os pobresem esp3ritoE, isto é, os /ue tBm o esp3rito dolorido e o cora0'o contrito, Dpor/ue deles é oreino dos céusE t 5,N:.Procure ainda obser&ar /ue, assim como o diabo tentou de gula o Sen"or no deserto, de&angl)ria no templo, de a&are%a no cimo do monte, assim também fa% conosco todos osdiasH tentanos de gula no deserto do (e(um, de &angl)ria no templo da ora0'o e do of3cio, detantas formas de a&are%a no monte dos nossos cargos. 4n/uanto fa%emos (e(um, ele nos

sugere a gula, com a /ual pecamos em cinco maneiras, como di% o &ersoH Dantes do tempo,abundantemente, demais, com &oracidade e com delicade%a e*ageradaE S'o Jreg)rio:.A$4S C $4PC, isto é, /uando se come antes da "ora A!KA$44$4, /uando see*cita a gulosice da l3ngua e se /uer aumentar um apetite fraco com temperos, especiarias etoda espécie de comida 4AIS, /uando se come mais comida do /ue o corpo necessitapois di%em alguns gulososH temos /ue fa%er (e(um, ent'o &amos comer para suprir de umas) &e% tanto o almo0o /uanto a (anta. 4stes s'o como o bic"odaseda /ue n'o sai da <r&oreem /ue est< até n'o de&or<la completamente. C DbrucoE bic"odaseda: é c"amado assimpor/ue é feito /uase s) de boca e simboli%a muito bem os gulosos /ue s'o tudo, gula ebarriga, e assaltam o prato como se fosse uma fortale%a e n'o o dei*am se antes n'o ode&oraram todoH ou se estoura a barriga ou se es&a%ia o pratoR C =C2AIA4 /uando o"omem se (oga sobre /ual/uer comida como se fosse assaltar uma fortale%a, abre os bra0os,

estica as m'os, come com todo seu corpo + mesa é como um c'o /ue, na comida, n'o /uerter ri&ais. C 4LIA4A 4XAJ42AA /uando se procura s) comidas deliciosas epreparadas com grande esmero.omo se lB no primeiro li&ro dos 2eis, sobre os fil"os de Qeli, /ue n'o /ueriam aceitar acarne co%ida, mas s) a crua, para poderem prepar<la com mais temperos e outras iguarias.Semel"antemente, o diabo nos tenta de &angl)ria no templo. om efeito, en/uanto estamosem ora0'o, en/uanto recitamos o of3cio e estamos ocupados na prega0'o, somos assaltadospelo diabo com os dardos da &angl)ria e, infeli%mente, muitas &e%es feridos. 4*istemefeti&amente alguns /ue, en/uanto oram e dobram os (oel"os e soltam suspiros, /uerem ser&istos. 4 "< outros /ue, /uando cantam em coro, modulam a &o%, fa%em falsetes e dese(amser ou&idos. 4nfim, "< também os /ue, /uando pregam, ele&am a &o% como tro&'o,multiplicam as cita0#es, interpretamnas a seu modo, giramse pra c< e pra l< e dese(am serlou&ados. $odos esses mercen<rios 8 acreditemme 8 D(< receberam sua recompensaE tG,>: e colocaram sua fil"a no prost3bulo. i% oisés no Le&3ticoH D'o profanes a tua fil"a,fa%endoa prostituirseE 19,>9:. -il"a min"a é a min"a obra e eu a prostituo, /uer di%er, acoloco no prost3bulo /uando a &endo pelo din"eiro da &angl)ria. Por isso é /ue o Sen"or nosaconsel"aH D$u, porém, /uando orares, entra no teu /uarto e, fec"ando tua porta, ora ao teuPai /ue est< l< no segredoE t G,G:. $u, /uando /uiseres re%ar ou fa%er alguma coisa debom 8 e é nisto /ue consiste o Dorar sem cessarE 8 entra em teu /uarto, isto é, no segredodo teu cora0'o, e fec"a a porta dos cinco sentidos para n'o dese(ar nem ser &isto nem serescutado nem ser lou&ado. om efeito, di% Lucas 1,9:/ue acarias entrou no templo do Sen"or na "ora do incenso. o tempo da ora0'o /ue seele&a + presen0a do Sen"or como o incenso Salmo 16?,>:. $u de&es entrar no templo do

teu cora0'o e orar ao teu Pai e Do teu Pai, /ue &B no segredo, te recompensar<E t G,G:.

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Além disso, do alto dos nossos encargos, da nossa passageira dignidade, somos tentados acometer muitos pecados de a&are%a.'o e*iste s) a a&are%a do din"eiro, mas também a/uela do /uerer ser mais do /ue osoutros. Cs a&arentos, mais tBm mais dese(am possuir. A/ueles /ue ocupam altos postos,/uanto mais sobem mais /uerem subir e assim acontece /ue caem com numa /ueda muitomais ruidosa, (< /ue Dos &entos sopram mais nos lugares altosE C&3dio: e Daos 3dolos é /ues'o oferecidos sacrif3cios nas alturasE 6 2eis 1>,N:. i% Salom'o a prop)sitoH DC fogo n'odi% nuncaH bastaRE Pro& N?,1G:. C fogo, /uer di%er, a a&are%a do din"eiro e das "onrariasn'o di% nuncaH bastaR as o /ue é /ue di% ent'oV Dais, maisRE j Sen"or ;esus, tirai, tiraiestes dois Dmais, maisE dos prelados de &ossa Igre(a, /ue se pa&oneiam no alto de suasdignidades eclesi<sticas e gastam o &osso patrimônio, por =)s con/uistado com os tapas,com as flagela0#es, com as cusparadas, com a cru%, com os cra&os, com o &inagre, com o fele a lan0a. )s, portanto, /ue somos c"amados crist'os por causa do nome de risto,imploramos todos (untos, com a de&o0'o da alma e ao mesmo ;esus risto, e pedimosinsistentemente /ue ele, do esp3rito de contri0'o, nos fa0a c"egar ao deserto da confiss'o, afim de /ue, nesta Muaresma, mere0amos receber o perd'o de todas as nossas maldades e,reno&ados e purificados, nos tornemos dignos de go%ar da alegria da sua santa 2essurrei0'o

e ser colocados na gl)ria da felicidade eterna. olo conceda A/uele a /uem se de&e toda"onra e toda gl)ria por todos os séculos dos séculos. Amém. $radu0'oH -rei Jeraldoonteiro, C- on&. Serm#es ominicais e -esti&os 1_ omingo de Muaresma, pp. @1@6N+s deixa!os tudoa/uele tempo disse Sim'o Pedro a ;esusH D4is /ue n)s dei*amos tudo e te seguimosE t19,>O:. este e&angel"o podemse notar duas coisasH a grande%a dos ap)stolos no (u3%ofinal e a recompensa da/ueles /ue dei*am as coisas passageiras deste mundo. A Jrande%ados Ap)stolos no ;u3%o -inal Agrande%a apost)lica pro&ém das pala&ras D4is /ue n)s dei*amos tudoE. Pedro Dcorredor <gil,/ue fa% a sua corridaE ;eremias >,>N: di%H D4is /ue n)s dei*amos tudoRE Pedro, fi%este bem,pois, carregado de peso, n'o poderias acompan"ar A/uele /ue corre, ristoR Km poucoantes, ele tin"a ou&ido o Sen"or di%erH D4m &erdade eu &os digo, dificilmente um rico entrar<

no 2eino dos éusE t 19,>N:. Por isso, para entrar com facilidade, tudo dei*ou. as, o /uesignifica DtudoEV As coisas e*teriores e e as interiores, isto é, a/uilo /ue possu3amos etambém a &ontade de possuir, de tal modo /ue n'o nos restou absolutamente nada. Sobreisso di% o Sen"or pela boca do Profeta Isa3asH Destruirei até o nome de !abilônia, seu resto,a sua descendBncia e a sua posteridadeE 16,>>:.C nome !abilônia significa DpropriedadeE, como se disséssemosH Dmeu, teuE. risto destruiunos ap)stolos n'o s) este nome, mas até Do restoE da propriedade e n'o s) isso, mastambém a descendBncia, /uer di%er, a tenta0'o de ter, e a posteridade, isto é, a &ontade depossuir. -eli%es os religiosos em /ue essas coisas foram destru3das, por/ue s) assim poder'odi%er &erdadeiramenteH 4is /ue n)s dei*amos tudoR Cl"ai os ap)stolos D/ue &oamE. Pelo /ue,di% Isa3asH DMuem s'o estes /ue &Bm desli%ando como nu&ens, como pombas de &olta aosseus pombaisVE As nu&ens s'o le&es. Cs ap)stolos, dei*ando o peso do mundo, &oam ligeirosnas asas do amor seguindo a ;esus. i% ;)H Don"eces por acaso os grandes camin"os dasnu&ens e a ciBncia perfeitaVE NO,1G:. Jrande camin"o é dei*ar tudo. amin"oestreito durante a peregrina0'o desta &ida, mas largo e grande no momento da recompensa.iBncia perfeita é amar a ;esus e seguiLo. 4ste foi o camin"o e esta foi a ciBncia dosap)stolos /ue, como pombas, &oaram a seus pombais. Pombais em latim se di% D-enestraeE e é como di%er D/ue se le&a para foraE ferentes e*tra:. Cs ap)stolos e os "omensapost)licos, inocentes e simples como pombas, &oaram bem para longe das coisas terrenas atal ponto /ue guardaram as (anelas dos sentidos para /ue n'o &oltassem, saindo atra&ésdelas, a/uelas coisas e*teriores /ue tin"am abandonado. Por essas (anelas saiu a/uelapomba sem cora0'o /ue se dei*ou sedu%ir. onta o li&ro do JBnesis /ue Dina fil"a de ;ac):saiu para &er as mo0as da/uela regi'o. as

Si/uém pr3ncipe: raptoua e &iolou a sua &irgindadeE cf.N6,1>:. Assim também a almades&enturada é le&ada para fora atra&és dos sentidos do corpo para &er as bele%as

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mundanas e, en/uanto &agueia pra c< e pra l<, é raptada com seu consentimento pelo diaboe o resultado é a sua ru3na. Mue diferen0a entre os dois &ôosR Cs ap)stolos, das coisasterrenas &oam rumo +s celestes, a pessoa pecadora, das coisas celestes desce para asterrenas. 4la &oa pra o diabo, eles para ristoR D4is /ue te seguimosE t 19,>O:. Por $i,;esus, dei*amos tudo, nos tornamos pobres. 4 pois /ue és rico, n)s $e seguimos para /uenos fa0a ricos também.S'o os mais miser<&eis entre todos os "omens a/ueles religiosos /ue dei*am tudo e noentanto n'o seguem a risto. 4sses tBm um duplo pre(u3%oH s'o pri&ados de /ual/uerconsola0'o e*terna e n'o possuem nem a interior. Cs mundanos, mesmo n'o tendo asconsola0#es interiores, pelo menos tBm a/uelas e*teriores. D)s te seguimosE. )s,criaturas, seguimos o riador n)s, fil"os, seguimos o pai n)s, crian0as, seguimos a m'en)s, famintos, seguimos o p'o n)s, com sede, seguimos a fonte n)s, doentes, seguimos omédico n)s, cansados, seguimos o leito n)s, e*ilados, seguimos o para3soR D)s $eseguimosEH n)s corremos atr<s da fragrncia dos teus perfumes t 1,N:, por/ue a fragrnciade teus perfumes supera a de todos os demais aromas t 6,1?:. LBse na Qist)ria atural/ue a pantera é uma fera de bele%a mara&il"osa, cu(o c"eiro é de tanta sua&idade /uesupera /ual/uer outro perfume. Por isso, /uando os outros animais pressentem sua

presen0a, imediatamente se a&i%in"am e seguemna, por/ue se sentem refor0ados de modoadmir<&el pela sua &is'o e pelo seu perfume Arist)teles e Pl3nio:. Mu'o grande se(a a bele%ae a sua&idade de osso Sen"or ;esus risto, os bem a&enturados o e*perimentam na p<triaceleste, mas também as pessoas (ustas,de algum modo, o e*perimentam nesta &ida. 4 os ap)stolos, logo /ue e*perimentaram asua&idade de ;esus, tendo dei*ado tudo, imediatamente C seguiram. D4is /ue n)s teseguimosH /ue recompensa teremosVE t 19,>O: Domo a/ueles /ue procuram um tesouroHalegramse sobremaneira /uando encontram um sepulcroE;) N,>1>>:. C tesouro nosepulcro é o s3mbolo de eus no corpo, assumido da =irgem aria. Ap)stolos, (<encontrastes o tesouro, (< o tendes totalmente. C /ue procurais a maisV DMue recompensateremosEV C /ue /uereis ter ainda maisV onser&ai a/uilo /ue encontrastes, por/ue 4le étudo o /ue procurais. ele, di% !aruc, e*iste a sabedoria, a prudBncia, a fortale%a, a

inteligBncia, a longe&idade e o alimento, a lu% dos ol"os e a pa%E N,1>16:. 4*iste asabedoria /ue tudo cria a prudBncia com /ue go&erna todas as coisas criadas a fortale%acom /ue freia o diabo a inteligBncia com /ue tudo penetra a longe&idade com /ue perpetuaos seus o alimento com /ue sacia a lu% com /ue ilumina a pa% com /ue conforta e doaserenidade. D4 ;esus l"es disseH em &erdade eu &os digo, &)s /ue me seguistesE t 19,>@:.C Sen"or n'o respondeH D=)s /ue dei*astes tudoE, mas D&)s /ue me seguistesE 8 isso épr)prio dos ap)stolos e dos perfeitos. uitos dei*am suas coisas e no entanto n'o seguem aristo por/ue, por assim di%er, se agarram a si mesmos. Se /uiseres seguir e alcan0ar, épreciso /ue dei*es a ti mesmo.Muem segue alguém pelo camin"o, n'o ol"a para si, mas para o outro, /ue constituiu comoguia para seu camin"o. ei*arse a si mesmo significa n'o confiar em si em nen"um caso,considerarse intil mesmo /uando se fe% tudo o /ue tin"a sido mandado, despre%arse a simesmo como um c'o morto ou uma pulga 1Sm >6,15:, no pr)prio cora0'o n'o anteporse aninguém, (ulgarse inferior a todos, até aos maiores pecadores, considerar todas as pr)priasobras boas como panos su(os de uma mul"er menstruada, colocarse diante de si mesmo ec"orar como diante de um morto, "umil"arse profundamente em /ual/uer ocasi'o e lan0arse totalmente nos bra0os de eus. Cu0amos o /ue é prometido +/ueles /ue assim Cseguem. Da no&a cria0'oH in regeneratione: a primeira regenera0'o acontece na almaatra&és do batismo, a segunda acontecer< no corpo no dia do (u3%o, /uando os mortosressurgir'o incorruptosE 1or 15,5>:, /uando Do -il"o do "omemE, isto é ;esus, na condi0'ode ser&o, submetido a (u3%o a/ui na terra, Dsentarse<E, isto é, e*ercitar< o seu poder de (ui% Dsobre o trono da sua gl)riaE, isto é, a Igre(a, onde se manifestar< o seu poder, Dsentareis também &)s sobre os do%e tronosE t19,>@:.

Se somente os do%e ap)stolos, sentados sobre do%e tronos, ser'o (u3%es com risto no diado (u3%o, onde se sentar< Paulo, D&aso de elei0'oE At 9,15:, /ue "o(e de lobo se transformou

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em cordeiro, /ue trabal"ou mais do /ue todos 1or 15,1?:, /ue Dfoi arrebatado até oterceiro céu e ou&iu segredos /ue n'o é l3cito ao "omem re&elarE >or 1>,>:V Cnde sesentar<, repito, um "omem t'o grande assim, se no tribunal e*istem para os (u3%es somentedo%e tronos, do momento /ue ele afirmaH D'o sabeis /ue (ulgaremos os an(osE 1or G,N:,isto é, os an(os mausV Por isso é preciso saber /ue o nmero do%e é usado para indicar aplenitude do poder e /ue com as do%e tribos de Israel entendemse todos a/ueles /uede&er'o ser (ulgados. 4is, portanto, /ue os pobres, (unto com ;esus pobre, fil"o da =irgempobre%in"a, (ulgar'o com (usti0a o mundo inteiro Sl 9,9:. ;) também di%H Deus n'o sal&aos 3mpios, mas dei*ar< aos pobres o (u3%oE NG,G:. i% Daos pobresE e n'o aos ricosE cu(agl)ria ser< a sua confus'oE -l N,19:. om efeito, os ricos ficar'o confusos /uando &iremsentados em (u3%o com risto e com risto (ulgar, Da/ueles /ue um dia despre%aram eultra(aramE Sab 5,N:. $radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on& 8 on&ers'o de S.Paulo,=ol.III, pp. @N@O Serm#es ominicais e -esti&os 4d.ess. Pado&a 8 19O9Anunciação da 8e!9aventurada :irge! ;ariaI:* <eflexão*1?. DC an(o Jabriel foi en&iadoE etc. Acabamos de ou&ir de /ue maneira a =irgem ariaconcebeu o -il"o de eus Pai. =amos &er agora, bre&emente, de /ue (eito a alma concebe o

esp3rito da sal&a0'o. a =irgem aria &emos representada a alma fielH D&irgemE pelaintegridade da fé. om efeito, di% o Ap)stoloH D4u &os prometi a um nico esposo, paraapresentar&os como &irgem casta a ristoE >or 11,>:. DariaE, isto é, estrela do mar, pelaprofiss'o da pr)pria fé. DrBse com o cora0'o para obter a (usti0aE, eis a &irgem. Dom aboca fa%se a profiss'o de fé para obter a sal&a0'oE 2m 1?,1?:H eis a estrela /ue daamargura do mundo guia ao porto da sal&a0'o eterna. 4ssa &irgem mora em a%aré daJaliléia, /uer di%er, Dna flor da emigra0'oE.A flor é a esperan0a do fruto. om efeito, a alma fiel espera DemigrarE, passar da fé + &is'o,da sombra + &erdade, da promessa + realidade, da flor ao fruto, do &is3&el ao in&is3&el. i%emos pastoresH D=amos até !elém, por/ue ali encontraremos bons pastos, o p'o dos an(os, o=erbo 4ncarnado. Lemos em Isa3asH DAlegria dos burros sel&agens, pastagem dos reban"osE N>,16:. os burros sel&agens est'o simboli%ados os (ustos, cu(a alegria ser< a pastagem

dos reban"os, /uer di%er, o esplendor e a felicidade dos an(os, por/ue (unto com os an(ospastar'o, isto é, go%ar'o da &is'o do =erbo 4ncarnado. A essa &irgem é en&iado o an(oJabriel, cu(o nome significa Deus me confortouE. ele é indicada a infus'o da gra0a di&ina esem o seu conforto a alma desfalece.Por isso di% ;uditeH Daime for0as, ) Sen"or, eus de Israel, nesta "oraE. 4, com o pun"al,golpeou duas &e%es o pesco0o de Qolofernes e cortoul"e a cabe0aE 1N,91?:. Qolofernessignifica Denfra/uece o boi%in"o engordadoE. ele é representado o pecador /ue, engordadocom a gordura das coisas temporais, é despo(ado pelo diabo das &irtudes e assim seenfra/uece e fica doente. A cabe0a de Qolofernes é a soberba do diabo. i% JBnesisH D4la teesmagar< a cabe0a e tu l"e ferir<s o calcan"arE N,15:. o calcan"ar é indicado o fim da&ida. A =irgem aria esmigal"ou a soberba do diabo por meio da "umildade, mas ele atentou, no calcan"ar, durante a pai*'o de seu -il"o. Muem /uiser arrancar de si mesmo asoberba do diabo, de&e golpe<lo duas &e%es. 4sse duplo golpe é a lembran0a do nossonascimento e o pensamento da nossa morte. Muem medita assiduamente sobre esses doismomentos da sua &ida arranca de si a soberba do diabo, mas antes é preciso /ue implore osustento da gra0a di&ina. DAgi &irilmente e o &osso cora0'o ser< confortadoE SlN?,>5:. 11. D4ntrando o an(o onde ela esta&aE. A/ui é colocada em e&idBncia a solid'o daalma /ue mora em si mesma, lendo no li&ro da pr)pria miséria e indo + busca da do0uradi&inaH por isso ela merece ou&ir di%erH DA&eRE C nome de 4&a /ue /uer di%er DaiE ou desgra0a. Lido ao contr<rio fica A&e. A alma /uese encontra no pecado mortal é 4&a, ou se(a, DaiE e desgra0a, mas se ela se con&erte +penitBncia e ou&e di%erl"e A&e, /uer di%er Dsem aiE. D"eia de gra0aE. Muem derrama aindaalguma coisa numa &asil"a c"eia perde tudo a/uilo /ue nela coloca. Assim também na alma,

se ela for c"eia de gra0a, n'o pode entrar nela a su(eira do pecado. A gra0a penetra todos osespa0os e n'o dei*a nen"um pedacin"o &a%io em /ue possa entrar e ficar a/uilo /ue l"e é

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contr<rio. Muem tudo compra, tudo /uer possuir. 4 a alma é t'o grande /ue ninguém podepreenc"Bla a n'o ser somente eus /ue, como di% S'o ;o'o, Dé infinitamente maior /ue onosso cora0'o e con"ece todas as coisasE 1;o N,>?:.Kma &asil"a bem c"eia derrama em todas as partes. a plenitude da alma recebem todos ossentidos por/ue, como di% o profeta Isa3as, Dser< de s<bado a s<badoE GG:, /uer di%er, dapa% interior &ir< a pa% dos sentidos e dos membros. DC Sen"or é contigoE. Ao contr<rio,lemos no h*odoH D'o irei contigo, por/ue tu és um po&o de cabe0a duraE NN,N:, isto é,desobediente e soberbo. Z como se dissesseH D4u iria contigo se fosses "umildeRE Por isso ao"umilde ele prometeH D$u és o meu ser&oH mesmo /ue ti&eres /ue atra&essar as <guas euestarei contigo e os rios n'o te submergir'o. Se ti&eres /ue atra&essar o fogo, n'o te/ueimar<s, a c"ama n'o poder< te /ueimarE Is 6N,>:. as <guas é simboli%ada a sugest'odo diabo, nos rios a gula e a lu*ria no fogo, o din"eiro e a abundncia das coisasmateriais na c"ama, a &angl)ria. C ser&o, isto é, a pessoa "umilde com /uem est< oSen"or, passa ileso atra&és das sugest#es do diabo, por/ue nem a gula nem a lu*ria ocobrem. Muem est< com a cabe0a totalmente coberta n'o pode &er, c"eirar, falar e ou&irdistintamente. Assim, também /uem esti&er totalmente coberto pela gula e pela lu*ria ficapri&ado da faculdade de contemplar, discernir, recon"ecer o seu pecado e obedecer. C

"umilde, mesmo /ue camin"e atra&és do fogo das coisas temporais, n'o se /ueima com aa&are%a ou com a &angl)ria. 1>. D$u és bendita entre as mul"eresE.LBse na Qist)ria atural /ue as mul"eres sentem compai*'o bem mais intensamente do /ueos "omens, derramam l<grimas bem mais do /ue os "omens e possuem uma mem)ria muitomais duradoura do /ue os "omens Arist)teles:. essas trBs /ualidades s'o indicadas apiedade com o pr)*imo, a de&o0'o das l<grimas, a lembran0a da pai*'o do Sen"or. Lemosno ntico dos nticosH Dolocame como um selo em teu cora0'o, uma tatuagem em teubra0o, por/ue forte como a morte é o amorRE @,G:H o teu amor pelo /ual morresteR !ema&enturadas a/uelas almas /ue possuem essas trBs /ualidades. 4ntre elas é bendita, com opri&ilégio de uma bBn0'o especial, a alma fiel e "umilde, rica de obras de caridade. 4 emmérito a essa bBn0'o, continuaH D4is /ue conceber<s e dar<s + lu% um fil"o e l"e por<s onome de ;esusE. Lemos ainda na Qist)ria atural /ue as mul"eres gr<&idas sentem dores,

perdem o apetite, a &ista fica anu&iada. Cutras mul"eres gr<&idas n'o gostam de &in"o,por/ue bebendoo perdem as for0as. Isso acontece também com a alma. Muando, sob aa0'o do 4sp3rito Santo, concebe o esp3rito da sal&a0'oH come0a a arrependerse de seuspecados, sente repugnncia pelas coisas temporais, desagradase a si mesma, este é osignificado do anu&iamento da &ista: acostumada a admirarse com gosto, n'o gosta do&in"o da lu*ria. Por estes sinais poder<s (ulgar se a alma concebeu o esp3rito da sal&a0'o/ue em seguida dar< + lu% /uando der fruto na lu% das obras boas. 4 a esse fruto dar< onome de Dsal&a0'oE ;esus:, por/ue tudo o /ue fa% é em &ista da sal&a0'o. Z a inten0'o 8 foidito 8 /ue /ualifica a obra. A alma fiel age para agradar a eus, para obter o perd'o dospecados, edificar o pr)*imo e alcan0ar a sal&a0'o. ignese conceder a sal&a0'o também an)s A/uele /ue é bendito pelos séculos dos séculos. Amém. $radu0'oH -rei Jeraldo onteiro,C- on& Serm#es de Santo Antônio 4d. essaggero 8 Pado&a,19O9 8 =olume III, pp15@1G1aixão de Jesus e a =or!ação da nossa :ida1. a/uele tempo disse ;esus aos seus disc3pulosH Dinguém pode ser&ir a dois sen"oresE t G,>6:. )s lemos no li&ro de $obias /ue o an(o 2afael l"e disseH DAbre o pei*e, pega ocora0'o, o fel e o f3gado e colocaos de lado para ti s'o remédios necess<rios e teisE G,5:.=amos &er /ue significado tBm o pei*e, seu cora0'o, o fel e f3gado. C pei*e é a figura deristo /ue di% a PedroH D=ai mais para o fundo do mar, (oga o an%ol e o primeiro pei*e /ue&ier, pegao, abrel"e a boca e encontrar<s uma moeda de prata estatere:H pegaa eentregal"es por mim e por tiE t 1O,>G:. C pei*e, portanto, é figura de risto /ue morouneste mar grande e espa0oso primeiro, ele foi mais para o fundo, isto é, ele se ofereceu +morte pela nossa reden0'o, para /ue a/uilo /ue se encontrou em sua boca, /uer di%er, em

seu testemun"o, fosse dado por Pedro e pelo Sen"or. -oi pago e*atamente um nico pre0o,mas di&idido, por/ue foi dado por Pedro como pecador, en/uanto, /ue o Sen"or n'o tin"a

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cometido pecado algum. A moeda é o estatere, /ue &ale /uatro dracmas, para /ue fossemanifestada a semel"an0a na carne, en/uanto o Patr'o o Sen"or: e o ser&o s'o libertadoscom o mesmo pre0o. Cu ent'o, o estatere na boca de risto é figura da sua miseric)rdia eda sua (usti0a. iseric)rdia, /uando disseH D=inde a mim &)s todos /ue estais cansados eoprimidosE t 11,>@: . ;usti0a /uando dir<H DIde, malditos, para o fogo eternoE t >5,N1:.Abre, portanto, o pei*e, isto é, medita profundamente sobre a &ida de risto e aliencontrar<s o seu cora0'o, o fel e o f3gado. om o cora0'o n)s compreendemos, com o feln)s nos enrai&ecemos e com o f3gado n)s amamos. o cora0'o é simboli%ada a sabedoria,no fel a amargura e no f3gado o amor de ;esus risto. om o sabor da sabedoria /ue seestende de um confim a outro e go&erna com bondade e*celente todas as coisas Sab @,1:,tempera a tua insipiBncia mistura a amargura da sua pai*'o aos teus pra%eres coloca o seuamor acima de /ual/uer outro amor, pois sem o seu amor de&ese di%er dor e n'o amor.4stes s'o os remédios teis + tua alma e se tu os guardares para ti, ser<s ser&o n'o dodiabo mas de eus, n'o da carne mas do esp3rito, n'o do mundo, mas do céuR A sabedoriade risto /uebra o poder do diabo. i% ;)H DA sua sabedoria abateu o soberboE >G,>:. Cantigo ad&ers<rio foi derrotado n'o pela for0a mas pela sabedoria, por/ue /uando se arro(outemerariamente contra risto, em /uem n'o "a&ia nada /ue l"e dissesse respeito, com ra%'o

l"e escapou das m'os o "omem sobre o /ual /uase tin"a o direito de dominar. A amargurada pai*'o de risto consegue sufocar até os apetites da carne. isse alguémH DA lembran0ado rucificado crucifica os &3ciosRE 4 sobre isso, ol"a o serm'o do omingo deMuin/uagésima, no 4&angel"oH DKm cego esta&a sentado + beira do camin"oE.Semel"antemente o contra&eneno do seu amor elimina o &eneno das ri/ue%as. om efeito,est< escrito no li&ro de $obias /ueH Da sua fuma0aE, isto é, a efic<cia do seu amor, De*pulsa/ual/uer espécie de demônioEG,@:, isto é, toda ganncia de ri/ue%as /ue, como demônios,despeda0am e fa%em sofrer os "omens. $odos os ricos deste mundo s'o como /ueendemoniados, se mo&em de um lado para outro, feitos ser&os n'o do &erdadeiro mas dofalso patr'o. Z propriamente deles /ue o 4&angel"o di%H Dinguém pode ser&ir a doissen"oresE. >. onsidera /ue /ueremos di&idir o 4&angel"o de "o(e em trBs partes. AprimeiraH Dinguém pode ser&ir a dois sen"oresE. A segundaH D4u &os digoH n'o &os

preocupeisRE A terceiraH DProcurai em primeiro lugar o 2eino de eusR A primeira trata dosdois sen"ores, a segunda nos ensina a eliminar /ual/uer preocupa0'o, a terceira nos mandaprocurar antes de tudo o 2eino de eus. Cbser&a também /ue neste omingo se lB na igre(ao li&ro de $obias do /ual tomaremos alguns passos para &er sua concordncia com as trBspartes do 4&angel"o. o intr)ito da missa cantase o salmoH DPiedade de mim, Sen"or, a =)seu grito o dia inteiroE@5,N:. LBse depois na arta de S'o Paulo ap)stolo aos J<latasH DSe&i&emos do 4sp3rito, camin"emos também segundo o 4sp3ritoE5,>5:. =amos di&id3la emtrBs partes para &er a sua concordnciacom as trBs partes do 4&angel"o. A primeira parteH DSe &i&emos no 4sp3ritoE. A segundaparteH DLe&ai o peso uns dos outrosE. A terceira parteH DMuem semeia no 4sp3ritoE. Prestamuita aten0'o por/ue esta arta é lida (unto com o 4&angel"o pelo fato /ue o Sen"or, no4&angel"o, pro3be as preocupa0#es da alma, isto é, da animalidade ensina a procurar o2eino de eus. 4 Paulo, na carta, ensina a &i&er segundo o 4sp3rito, ensina a semear n'o nacarne mas no esp3rito, por/ue /uem semeia no esp3rito "< de recol"er a &ida eterna. I. Csdois sen"ores.N. Dinguém pode ser&ir a dois sen"oresH ou odiar< a um e amar< o outro, ou preferir< um edespre%ar< o outro. 'o podeis ser&ir a eus e + 2i/ue%aRE t G,>:. Pensa /ue a alma temduas potBnciasH a ra%'o e a sensualidade /ue s'o como /ue dois sen"ores. o dom3nio dara%'o, Isaac di% no li&ro do JBnesisH D4u o constitu3 teu sen"or e colo/uei sob seu ser&i0otodos os seus irm'osE >O,NO:. 4 isto acontece /uando a pr)pria &ontade e os sentidos docorpo s'o colocados sob o dom3nio da ra%'o. om efeito, no mesmo li&ro, ;ac) di% de ;ud<H D4le amarra + &ideira o seu burrin"o, e + parreira, meu fil"o, a sua burraE. Jn 69,11:. ;ud<é a figura do penitente, a &ideira é a ra%'o, a parreira o arrependimento, a burra a

sensualidade, o burrin"o os seus impulsos. Por isso ;ud< amarra a burra + &ideira e o

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burrin"o + parreira, /uando o penitente domina a sensualidade do cora0'o com oarrependimento e coloca sob o (ugo da ra%'o os est3mulos da sensualidade.4m JBnesis tratase ainda disso na parte em /ue ;osé di% aos seus irm'osH DPareciame /ueesti&éssemos amarrando os fei*es de trigo no meio do campo, /uando eis /ue o meu fei*ese le&antou e ficou em pé e os &ossos fei*es se colocaram a seu redor e se prostraram diantedo meu. isseraml"e os seus irm'osH DPor acaso te tornar<s nosso reiV Cu nossubmeteremos + tua autoridadeVE Jn NO,O@:. C fei*e, em latim man3pulus, man3pulo,por/ue se pega com as m'os, é um fei*e de ramos de trigo. ;osé é a figura do (usto, cu(o man3pulo é a ra%'o /ue, /uando se ergue em pé por meio do despre%o das coisas temporaise permanece im)&el nas alturas da contempla0'o, os outros fei*es, isto é, os sentidos docorpo, se submetem a seu comando. Por isso Isaac di%H DSB sen"or de teus irm'os eprostremse diante de ti os fil"os de tua m'eE Jn >O,>9:. 4 Isa3asH D=ir'o a ti, de cabe0a bai*a, os fil"os de teus opressores D, isto é, dedese(os da carne De adorar'o as pegadas dos teus pés a/ueles /ue te insultaramE G?,16:. 4sobre o dom3nio da sensualidade di% oisésH DPois /ue n'o ser&iste o Sen"or teu eus com aalegria e a felicidade do cora0'o no meio da abundncia de todas as coisas, ser&ir<s a teuinimigo /ue te colocar< sobre o pesco0o um (ugo de ferro,até /ue te ti&er destru3doE t

>@,6O.6@:. Pois /ue Ad'o n'o /uis submeterse T/uele /ue l"e esta&a acima, n'o sesubmeteu a ele a/uele /ue l"e esta&a abai*o. Ali<s, o pr)prio Ad'o foi obrigado a ser&ir aoseu inimigo, isto é, ao diabo, ou + sua carne, de /uem nen"um inimigo é mais aguerrido empre(udicar seu (ugo férreo, isto é, a sensualidade ou a carnalidade, foi colocado sobre opesco0o da ra%'o. i% o 4clesi<sticoH Domo (ugo pesado pesa sobre os fil"os de Ad'o desdeo dia de seu nascimentoRE 6?,1:. C (ugo pesado sobre os fil"os de Ad'o desde o dia de seunascimento é o pecado original, ou se(a, a fome do pecado ou a concupiscBncia + /ual, di%Agostin"o, n'o se de&e permitir mandar. 4 e*istem os seus dese(os, isto é, asconcupiscBncias de cada dia /ue s'o as armas nas m'os do diabo /ue pro&Bm da fra/ue%ada nature%a. 4sta fra/ue%a é o tirano /ue d< origem aos maus dese(os. Mueres ou&ir como épesado o (ugo dos fil"os de Ad'oV4scuta o /ue est< escrito nos Dogmas da Igre(aE. $em como certo, sem nen"uma sombra de

d&ida, /ue todos os "omens, concebidos da uni'o do "omem e da mul"er, nascem com opecado original, su(eitos + impiedade, destinados + morte, portanto, por nature%a Dfil"os dairaE 4f >,N:, Dda /ual ninguém pode se li&rar sen'o por meio da fé no ediador entre eus eos "omensE risto Sen"orR $radu0'oH frei Jeraldo onteiro Serm#es ominicais e -esti&os,&olume II, P<dua, 19O9, 4di0#es ensageiro, pp. >>1>>5:As tr)s saudaç4es de az D=eio ;esus e, pondose no meio deles, l"es disseH A pa% este(a con&oscoE. $endo dito isso,mostroul"es as m'os e o lado. C disc3pulos se alegraram ao &er o Sen"or. 4 ;esus l"es dissede no&oH A pa% este(a con&osco. omo o Pai me en&iou, assim também eu &os en&io E ;o>?,19>?:. Z preciso notar, antes de tudo, /ue neste trec"o do 4&angel"o é dito por trBs&e%es DA pa% este(a con&oscoE por causa das trBs pa%es /ue risto restabeleceuH 8 entreeus e o "omem, reconciliando este ltimo com o Pai por meio de seu sangue 8 entre oan(o e o "omem, assumindo a nature%a "umana e ele&andoa acima dos coros dos an(os 8entre "omem e "omem, reunindo em si como pedra angular, o po&o dos ;udeus e o dosJentios pag'os:. Cbser&ese também /ue na pala&ra PA PAX em latim: "< trBs letras /ueformam uma s) s3laba. om isso é simboli%ada a Knidade e a $rindade de eus. o DPE éindicado o Pai, no DAE, /ue é a primeira das &ogais, é indicado o -il"o /ue é a &o% o &ogal:do Pai. o DXE /ue é consoante dupla, é indicado o 4sp3rito Santo /ue procede de ambos doPai e do -il"o:. Muando, portanto, ;esus disseH DA pa% este(a con&oscoE, ele nos recomendoua fé na Knidade e na $rindade. D=eio ;esus e se pôs no meio delesE. C centro é o lugar /uecompete a ;esus no céu, no seio da =irgem, na man(edoura da grei e no pat3bulo da cru%.o céuH DC ordeiro /ue est< no meio do tronoE, isto é, no seio do Pai, Dos guiar< e oscondu%ir< +s fontes de <gua da &idaE Ap O,1O:, isto é, + saciedade dos go%os celestes. o

seio da =irgemH D4*ultai e cantai lou&ores, "abitantes de Si'o, por/ue grande é no meio de&)s o Santo de IsraelE Is 1>,G:. Y bema&enturada aria /ue és a figura dos "abitantes de

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Si'o, isto é, da Igre(a, /ue na encarna0'o do &osso -il"o fundaste o edif3cio da sua fé, e*ultacom todo o cora0'o, canta com a boca o teu lou&orH Din"a alma glorifica o Sen"orRE, por/ueo grande, o pe/ueno e o "umilde, o santo e o santificador de Israel est< no meio de ti, isto é,em teu seioR a man(edoura da greiH DSer<s con"ecido entre dois animaisE Qab N,> 8Jlossa:. DC boi con"ece o seu propriet<rio e o burro a man(edoura do seu donoE Is 1,N:. opat3bulo da cru%HDrucificaram (unto com ;esus outros dois, de um lado e de outro e ;esus nomeioE ;o 19,1@:. =eio, pois, ;esus e se colocou no meio deles. D4u estou no meio de &)s 8nos di% S'o Lucas 8 como a/uele /ue ser&e >>,>O:. 4le est< no centro de todo cora0'o. 4st<no centro por/ue dele, como do centro, todos os raios da gra0a se irradiam a n)s /uecamin"amos ao seu redor e nos agitamos na periferia. om tudo isso est'o deacordo as pala&ras dos Atos dos Ap)stolosH Da/ueles dias, Pedro, tendose le&antado nomeio dos irm'os, esta&a reunido um grupo de /uase cento e &inte "omens: disseH DIrm'osE, etc. e tudo a/uilo /ue aconteceu para a elei0'o de atias cf. Atos 1,11:. risto,ressuscitado dos mortos, colocouse no meio dos disc3pulos.Pedro /ue, antes de todos, tin"a ca3do renegandoC, le&antouse no meio dos irm'os,indicando com isso a n)s /ue, le&antandonos do pecado, nos colocamos no meio dosirm'os, por/ue no centro e*iste o amor /ue se estende se(a ao amigo /ue ao inimigo. D=eio,

pois, ;esus e se colocou no meio dos disc3pulos e disseH A pa% este(a con&oscoE.Z preciso lembrar /ue e*istem trBs tipos de pa%. 4m primeiro lugar, a pa% do tempo sobre a/ual est< escrito no li&ro dos 2eis /ue DSalom'o este&e em pa% com todos ao seu redorE com os pa3ses lim3trofes: 5,6:. Segundo, a pa% do cora0'o, sobre a /ual se di%H Da pa% eume deito e logo adorme0oE salmo 6,9: e aindaH DA Igre(a esta&a em pa% em toda a ;udéia,Jaliléia e Samaria crescia e camin"a&a no temor do Sen"or, c"eia do conforto do 4sp3ritoSantoE Atos 9,N1:. ;udéia /uer di%er Dconfiss'oE, Jaliléia DpassagemE e Samaria DguardaE.Portanto, a Igre(a, isto é, a alma fiel, encontra a pa% nestas trBs coisasH na confiss'o, napassagem dos &3cios +s &irtudes, na guarda do preceito di&ino e da gra0a recebida. essemodo ela cresce e camin"a de &irtude em &irtude no temor do Sen"or n'o um temor ser&ilmas um afetuoso temor filial e em toda tribula0'o sentese c"eia da consola0'o do 4sp3ritoSanto. $erceiroH a pa% da eternidade, sobre a /ual

di% o salmoH D4le construiu a pa% em teus confinsE 16O,16:. A primeira pa%, tu de&es tercom o pr)*imo, a segunda contigo mesmo e assim, na oita&a da ressurrei0'o, ter<s tambéma terceira pa%, com eus no céuR olocate, pois, no meio e ter<s a pa% com o pr)*imo. Sen'o esti&eres no meio, n'o poder<s ter a pa%. om efeito, na DcircunferBnciaE n'o "< pa%nem tran/Filidade, antes, mo&imento e &olubilidade. ontase sobre os elefantes /ue,/uando eles tBm /ue enfrentar um combate, possuem um cuidado todo especial para com osferidosH fec"amnos ao centro do grupo (unto com os mais fracos. Assim também tuH acol"eno centro do amor o pr)*imo fraco e ferido. omo fe% a/uele guarda da cadeia de /ue se falanos Atos dos Ap)stolos /ue, tomando + parte Paulo e Silas na/uela mesma "ora da noite,la&oul"es os ferimentos, condu%iuos + sua casa, preparoul"es de comer e ficouimensamente contente (unto com toda a sua fam3lia por ter acreditado em eus cf. Atos1G,NNN6:. D;esus colocouse no meio dos disc3pulos e l"es disseH A pa% este(a con&oscoR $endo dito isso, mostroul"es as m'os e o ladoE. Lucas escre&e /ue ;esus disseH DCl"ai asmin"as m'os e os meus pésH sou eu mesmoRE >6,N9:.onforme meu parecer, o Sen"or mostrou aos ap)stolos as m'os, o lado e os pés por /uatrora%#es.Primeira, para mostrar /ue tin"a realmente ressuscitado e tirarnos assim /ual/uerd&ida. Segunda, por/ue a pomba, isto é, a Igre(a ou mesmo a alma fiel pudesse fa%er seunin"o nas suas c"agas como /ue em profundas fendas e assim pudesse protegerse da &istado ga&i'o /ue trama ciladas para peg<la. $erceira, para imprimir em nossos cora0#es ossinais e*traordin<rios da sua pai*'o. Muarta, mostroul"es para /ue também n)s,participando de sua pai*'o, n'o C preguemos nunca mais na cru% com os cra&os dos nossospecados. ostrounos, portanto, as m'os e o lado di%endoH D4is as m'os /ue &osplasmaram, como foram transpassadas pelos cra&osR 4is o peito do /ual &)s, fiéis, Igre(a

min"a, fostes gerados, como 4&a foi procriada do costado de Ad'o, eis como foi aberto pelalan0a para abrir&os as portas do para3so, guardada pela espada flame(ante do an(o

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/uerubim. C &igor do sangue /ue (orra do cora0'o de risto, afastou o an(o e tornou in)cuaa espada e a <gua apagou o fogo. Portanto, n'o /ueirais crucificarme de no&o e profanar osangue da alian0a em /ue fostes santificados e ultra(ar o 4sp3rito da gra0a. Se prestares bematen0'o a estas coisas e as escutares, ter<s pa% contigo mesmo, ) "omemR Por isso, oSen"or, ap)s terl"es mostrado as m'os e o lado, disse de no&oH DA pa% este(a con&oscoRomo o Pai me en&iouE + pai*'o, embora me ame, assim também eu, com o mesmo amor,&os en&io ao encontro da/ueles sofrimentos aos /uais o Pai me en&iou. Serm#es deomingos e -estas, &olume I, P<dua, 19O9, 4di0'o ensageiro de Santo Antônio, pp.>N5ss:$radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&As v&rias ofertas da :irge! ;ariaLemos no Li&ro dos ;u3%esH DWgua ele pediu, leite ela l"e deu e em uma ta0a de pr3ncipesofereceu cremeE 5,>5:. S3sara c"efe do e*ército de ana': significa De*clus'o da alegriaE eé figura do diabo /ue, e*clu3do da alegria da &ida eterna, procura de todos os modos e*cluirtambém os crist'os fiéis. A ele, /ue pedia a <gua da concupiscBncia, a nossa ;ael aria:ofereceu o leite. -oi por di&ino consel"o /ue o mistério da encarna0'o do Sen"orpermaneceu escondido ao diabo. =endo /ue a beata =irgem era casada, esta&a gr<&ida e deu+ lu% a um fil"o e o amamenta&a, o diabo pensou /ue também ela fosse su(eita +

concupiscBncia e ao pecado e, por isso, apro*imouse dela para e*igirl"e, como pre0o, a<gua da concupiscBncia. A =irgem, porém, amamentando seu -il"o, le&ou ao engano o diaboe assim matouo com a estaca da tenda e com o martelo. a estaca, /ue ser&e para fi*ar efec"ar a tenda, é representada a &irgindade de aria. o martelo, /ue tem a figura de umtau $:, é representada a cru% de risto. ;ael, portanto, ou se(a, a =irgem aria, matou oinimigo, o diabo, com a &irgindade do seu corpo e com a pai*'o do seu -il"o pregado nacru%. Por isso, di% o Li&ro de ;uditeH DKma mul"er "ebréia, so%in"a, cobriu de &ergon"a acasa do rei abucodonosor. om efeito, eis Qolofernes /ue (a% no c"'o, decapitadoE 16,1@:.Adon<i, Sen"or, eus grande e admir<&el, a =)s o lou&or e a gl)ria, a =)s /ue nos destes asal&a0'o pela m'o da &ossa -il"a e 'e, a gloriosa =irgem ariaR o trec"o citado no in3cio,prestemos aten0'o +s pala&ras Dofereceu creme numa ta0a de pr3ncipesE. S'o estas pala&ras/ue nos deram moti&o para as considera0#es preliminares. =e(amos o /ue significam a ta0a,

os pr3ncipes e o creme. a copa é representada a "umilde condi0'o do pobre, nos pr3ncipes,os ap)stolos e, no creme, a "umanidade de risto. 4m sua "umilde condi0'o de pobre%a 8/ue até os Dpr3ncipesE os ap)stolos: teriam tido, ricos na fé, mas pobres neste mundo 8,aria ofereceu, no templo, o creme, /uer di%er, o -il"o /ue tin"a gerado, do /ual di% oprofeta Isa3asH Dutrirse< de mel e coal"adaE O,15:. o mel é indicada a di&indade nacoal"ada, a "umanidade do Sal&ador. 4le nutriuse de mel e coal"ada /uando uniu, em simesmo, a nature%a di&ina e a "umana e, por isso, DaprendeuE, isto é, fe% com /ue tambémn)s aprendBssemos a Dre(eitar o mal e a escol"er o bemE Is O,15:. 4m sua pobre%a, ariaofertou o -il"o e, com ele, a oferta dos pobres, isto é, um par de rolas ou duas pombin"as,como prescre&ia a lei de eus. DMuando uma mul"er engra&idar, e der + lu% a um fil"o"omem, ser< impura por sete diasE L& 1>,>:, + e*ce0'o, porém, da/uela /ue deu + lu%permanecendo &irgem. em o -il"o nem a 'e precisa&am de ofertas para purificarse, maso fi%eram para /ue n)s fôssemos libertados do temor da lei, isto é, da prescri0'o da lei /ueera obser&ada por medo. 4 continua&a a leiH DMuando os dias de sua purifica0'o secompletarem, isto é, ap)s /uarenta dias, de&er< oferecer um cordeiro na entrada da tenda.Se n'o o encontrar ou n'o ti&er a possibilidade de oferecer um cordeiro, oferecer< duas rolasou duas pombin"asE L& 1>, G.@:. 4sta era a oferta dos pobres, /ue n'o tin"am apossibilidade de oferecer um cordeiro, e isto é dito por/ue em tudo de&eriam manifestarse a"umildade e a pobre%a do Sen"or e de sua 'e. 4 fa%em esta oferta fa%em a/ueles /ue s'orealmente pobres. Cbser&ese /ue, se a rola perder o compan"eiro, ficar< so%in"a parasempre. =ai embora solit<ria, n'o bebe <gua l3mpida, n'o sobe sobre um ramo &erde. Apomba também é simples. $em o nin"o mais rstico e pobre entre os demais p<ssaros, aninguém fere com as un"as nem com o bico. 'o &i&e de rapinas. om o bico nutre seus

fil"otes com o /ue ela mesma se nutriu. 'o come cad<&eres. unca ataca os outros

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p<ssaros nem os mais pe/ueninos. Alimentase de gr'os. 4s/uenta sob as asas, como sefossem seus, os fil"otes dos outros. ora na beira dos rios para defenderse do ga&i'o.-a% o nin"o entre as pedras. Muando a tempestade amea0a, refugiase no nin"o. efendesecom as asas. =oa em grupo. Seu canto é como um gemido. Z prol3fica e alimenta os gBmeos.Cbser&ese também /ue /uando as pombas criam e os pe/uenos crescem, o mac"o &ai bicarna terra salgada, coloca no bico dos pe/uenos a/uilo /ue pegou, para /ue se acostumem +comida. 4 se a fBmea, pelo sofrimento do parto, demora para &oltar, o mac"o a bica e aempurra com for0a para dentro do nin"o. $ambém os pobres no esp3rito, isto é, os&erdadeiros penitentes, dado /ue pecando mortalmente perderam seu Dcompan"eiroE, isto é,;esus risto, &i&em so%in"os na solid'o do esp3rito e do corpo, longe do tumulto das coisastemporais. 'o bebem a <gua clara dos go%os terrenos, mas a/uela tur&a da dor e dopranto. DA min"a alma est< perturbada, di% o Sen"or. C /ue direiVE ;o 1>,>O:. 'o sobemnos ramos &erde(antes da gl)ria temporal de /ue di% o profeta 4%e/uielH DLe&am os ramos nonari%E @,1O:. Cs escra&os da lu*ria carregam no nari% o ramo da gl)ria temporal para n'osentir o fedor do pecado e o mau c"eiro do inferno. Além disso, os &erdadeiros penitentess'o simples como as pombas. C lugar em /ue moram e a cama em /ue dormem é rstica epobre. 'o ofendem ninguém. Ali<s, perdoam a /uem os ofende. 'o &i&em de rapina, mas

distribuem suas coisas. onfortam e sustentam, com a pala&ra da prega0'o, a/ueles /uel"es s'o confiados e partil"am alegremente com os demais a gra0a /ue l"es foi dada. 'o seunem aos cad<&eres, isto é, ao pecado mortal. i% o &ersoH DAlguns cad<&eres ca3ram pelaespada, outros de morte naturalE. 'o escandali%am nem o grande nem o pe/ueno.Alimentamse de puro gr'o, isto é, da prega0'o da Igre(a e n'o dos "ereges, /ue é impura.$ornamse tudo a todos, promo&em tanto a sal&a0'o de estran"os /uanto de con"ecidos.Amam a todos no cora0'o de risto. =i&em + beira dos rios da Sagrada 4scritura para sepreca&erem de longe das tenta0#es do diabo /ue trama sempre alguma coisa para rapt<lose assim se defendem. -a%em seus nin"os nas fendas daroc"a, isto é, nas c"agas do peito de risto e, se "ou&er a tempestade da tenta0'o carnal,correm ao peito de risto e ali se refugiam e oram com o ProfetaH DSede para mim, ) Sen"or,uma torre firme diante do ad&ers<rioE Salmo G?,6: e ainda DSede, ) eus, a min"a

prote0'oE Salmo O?,N:. 'o se defendem com as un"as da &ingan0a, mas com as asas da"umildade e da paciBncia. C (eito mel"or de &encer 8 di% o fil)sofo 8 é a paciBnciaE e aindaH DC refgio das desgra0as é a paciBnciaE. 4m uni'o com a Igre(a, com a comunidade de fiéis (unto deles, eles se ele&am até as coisas celestes. Seu canto é um gemido. Suas melodiass'o l<grimas e suspiros. "eios de boa &ontade, nutrem com o m<*imo escrpulo os DdoisgBmeosE, isto é, o amor de eus e do pr)*imo. Cbser&ese ainda /ue o penitente de&e terduas &irtudesH miseric)rdia e (usti0a. A miseric)rdia, por assim di%er, é a fBmea, /ue guardaos fil"otes a (usti0a é o mac"o. A terra salgada é a carne de risto, c"eia de amargura da/ual o penitente de&e sugar o amargor e o salgado e coloc<los na boca dos fil"otes, isto é,das suas obras, para /ue, acostumados com tal alimento, &i&am sempre na dor e naamargura, Dcrucificando a carne com seus &3cios e concupiscBnciaE Jal 5,>6:. 'o sees/ue0a também de /ue a discri0'o prudBncia: é a m'e de todas as &irtudes. Sem ela n'ose de&e oferecer sacrif3cio. Por isso, se a pomba, isto é, a miseric)rdia, demora para &oltaraté seus fil"otes +s obras boas: por causa do parto, isto é, da dor, dos gemidos e doarrependimento, a (usti0a, como mac"o, de&e dirigila e gui<la com uma certa energia, para/ue nutra os fil"otes as boas obras: e, nutrindoos, os guarde. C penitente, portanto,arrependase de seus pecados, mas de modo tal a n'o tirar de si mesmo o necess<rio, sem o/ue n'o poderia &i&er. 4, assim, /uem oferecer tais rolas e pombas, o sumo sacerdote ;esusristo o libertar< de /ual/uer flu*o de sangue, isto é, de /ual/uer impure%a do pecado.Serm#es de omingos e -estas, &olume II, pp.1N51N9, 4di0'o ensageiro de SantoAntônio:$radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&Jesus intercede por n+s >unto ao ai D4u roguei ao Pai por &ocBsH o pr)prio Pai os ama, por/ue &ocBs me amaram e acreditaram

/ue eu sa3 do PaiE ;o 1G,>G:. risto, sacerdote segundo a ordem de el/uisede/ue,mediador entre eus e os "omens, roga por n)s ao Pai. Lemos no li&ro do Le&3ticoH DC

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sacerdote rogar< por eles e o Sen"or l"es ser< prop3cioE 6,>?: e no&amenteH Do sacerdoterogar< por ele e pelo seu pecado e este l"e ser< perdoadoE 6,>G:. 4st'o muito bem deacordo com tudo isso as pala&ras do li&ro dos merosH Doisés disse a Aar'oH Dpega otur3bulo, acendeo com o fogo do altar coloca incenso e dirigete ao po&o para orar por eleHpor/ue a ira do Sen"or se acendeu e o flagelo (< come0ou. Aar'o cumpriu a ordemH foi aomeio do po&o (< golpeado pelo flagelo, ofereceu o incenso e permanecendo entre os mortose os &i&os, orou em fa&or do po&o e o flagelo cessouE um 1G,6G6@:. Disse oisés aAar'oE, isto é, disse o Pai ao -il"oH DPega o tur3buloE da "umanidade /ue foi feito por obra de!eseleel m N1,1: /ue /uer di%er Dsombra di&inaE, sombra do 4sp3rito Santo no seio da=irgem gloriosa /ue (ustamente pelo 4sp3rito Santo foi DsombreadaE le&andol"e assim orefrigério e e*tinguindo nela de maneira total a fome do pecado. D4nc"eE com o fogo dadi&indade o tur3bulo da "umanidade em /ue morou corporalmente a plenitude da di&indade.4 (ustamente di%H Ddo altarE, por/ue Deu sa3 do Pai e &im ao mundoE ;o 1G,>@: D4 colocaincensoE da tua pai*'o, e assim, /ual mediador rogar<s em fa&or do po&o /ue o incBndio dodiabo est< de&astando atro%mente. 4 ;esus, obediente + &ontade de /uem mandara, pegou otur3bulo, correu D+ morte e morte de cru%E. 4 estando Dna cru% com os bra0os abertos, entreos mortos e os &i&osE, isto é, entre os dois ladr#es, dos /uais um foi sal&o e o outro

condenado 8 ou também Dentre os mortos e os &i&osE, isto é, entre a/ueles /ue esta&ampresos no c<rcere do inferno e a/ueles /ue &i&iam na miséria deste e*3lio 8 li&rouos todosdo incBndio da persegui0'o diab)lica, oferecendose a si mesmo como sacrif3cio de sua&eodor. 4 (ustamente de si mesmo ele di%H D4u rogarei ao Pai por &ocBsE. 4 ;o'o, em sua cartacanônica, escre&eH D)s temos um ad&ogado (unto ao Pai, ;esus risto (ustoH ele épropicia0'o 8 isto é, e*pia0'o 8 pelos nossos pecadosE 1;o >,1:. Por isso é /ue todos os diasn)s C oferecemos ao Pai no sacramento do altar afim de /ue sempre de no&o se ofere0a pornossos pecados. om efeito, n)s fa%emos como a mul"er /ue tem uma crian0a pe/uenina/uando o marido ner&oso /uer agredilaHsegurando a crian0a nos bra0os, colocaa diante do "omem, falandoH D!ate nelaR !ate nelaRE A crian0a, com l<grimas nos ol"os, sofre (unto com a m'e. C pai, como&endose diante dasl<grimas do fil"o a /uem ama intensamente, perdoa a esposa, por causa do fil"o. Assim

também n)sH a eus Pai ner&oso com os nossos pecados oferecemos o seu fil"o ;esus ristono sacramento do altar como alian0a da nossa reconcilia0'o. 4 eus Pai, se n'o for por n)s,pelo menos em considera0'o a seu -il"o amado, afaste de n)s os merecidos flagelos e nosperdoe lembrandose de suas l<grimas, sofrimentos e pai*'o. C pr)prio -il"o di% por boca doprofeta Isa3asH D4u o criei e eu o condu%irei, eu o le&arei e o sal&areiE6G,6:. Cbser&emsebem os /uatro &erbosH eu DcrieiE o "omem e o Dcondu%ireiE em meus ombros como umao&el"a perdida e cansada eu o Dle&areiE como a m'e carrega a crian0a nos bra0os. 4 /ue é/ue pode fa%er o Pai sen'o responderH D4u o sal&areiEV Por isso é /ue risto di% com muitapropriedadeH D4u rogarei ao Pai por &ocBs o pr)prio Pai os ama por/ue &ocBs me amaram eacreditaram /ue eu sa3 do PaiE. Pai e -il"o s'o uma coisa s). C pr)prio -il"o o afirmouH D4u eo Pai somos uma coisa s)E ;o 1?,N?:. Muem ama o Pai, ama também o -il"o, e o Pai e o-il"o o amam. o 4&angel"o de ;o'o, com efeito, o -il"o di%H DMuem me ama ser< amadopelo meu Pai e eu também o amarei e me manifestarei a ele 16,>1:. Por tudo /uanto di%respeito a este amor, est'o de acordo também as pala&ras da carta de S'o $iagoH DMuemfi*a o ol"ar sobre a lei da perfeita liberdade e l"e permanecer fiel, n'o como /uem escuta ese es/uece, mas como /uem /ue a coloca em pr<tica, este sim, ser< feli% em pratic<laE 1,>5:. A lei da perfeita liberdade é o amor de eus /ue torna o "omem perfeito em tudo eli&re de toda escra&id'o. i% o Salmo NG,N1:, sobre o (ustoH DA lei do seu eus est< em seucora0'oE.om efeito, no cora0'o do (usto est< a lei do amor de eus e por isso di% eusH D-il"o, dBme seu cora0'oRE P& >N,>G:. omo o falc'o tira dos p<ssaros /ue apan"a, antes o cora0'o eo come, assim também eus nada procura e nada ama no "omem mais do /ue o cora0'o no/ual est< a lei do amor e por isso Dseus passos n'o &acilar'oE Sl NG,N1:. Cs passos dos

 (ustos s'o as suas obras ou mesmo os afetos do cora0'o /ue nunca &acilar'o, isto é, nuncacair'o no la0o da sugest'o diab)lica nem escorregar'o na pra0a da &aidade mundana. Sobre

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o la0o fala ;)H DSeu pé ser< preso pelo la0o e a sede se lan0ar< contra eleE 1@,9:. C pé doinimigo est< preso no la0o da m< sugest'o e assim lan0ase contra ele a sede da cobi0a.Sobre a escorregada fala ;eremiasH Dossos pés escorregaram no camin"o rumo +s nossaspra0asE Lm 6,1@:. Pra0a &em da pala&ra grega plat)s, /ue significa largura. ossos pés 8ditos a/ui em latim D&estigiaE, por/ue por meio deles se in&estiga, isto é, descobrese opercurso de /uem passou 8 est'o indicando as obras em base+s /uais alguém é recon"ecido. a imensid'o su(a do pra%er mundano escorregam as obrasdos pecadores, por/ue caem de pecado em pecado e por fim se arruinam no inferno. i% osalmoH DSeus camin"os tornemse escuros e escorregadios e o an(o do Sen"orE, isto é, oan(o mau ele também é criatura de eusR: Dos persigaE N6,G: até /ue os precipite noabismo do inferno. Ao in&és, os passos do (usto n'o &acilam, por/ue em seu cora0'o est< alei do amor e /uem l"e é fiel Dencontrar< a felicidade em obser&<laE. C amor de eusinfunde a gra0a na &ida presente e a felicidade da gl)ria na &ida futura. A ela nos condu%aA/uele /ue é bendito nos séculos dos séculos. Amém. D2eligi'o pura e sem manc"a diantede eus, nosso Pai, é estaH &isitar os )rf'os e as &i&as em suas necessidades e conser&arse puros neste mundoE $g 1,>G:. A religi'o é c"amada assim por/ue por meio dela n)s DligamosE a nossa alma ao nico eus para renderl"e o culto di&ino. 4scutem as pessoas

religiosas o /ue é /ue di% o Sen"or no ApocalipseH D4u n'o imporei sobre &ocBs outrospesosH segurem a/ueles /ue &ocBs (< tBmE>,>6:, isto é, o 4&angel"oR 4 a &erdadeira religi'oconsiste nessas duas coisasH na miseric)rdia e na inocBncia. om efeito, ordenando &isitar os)rf'os e as &i&as, ela sugere tudo o /ue de&emos fa%er pelo pr)*imo e mandandopreser&arnos sem manc"a neste mundo, mostranos tudo a/uilo em /ue n)s de&emos sercastos. Pe0amos, portanto, irm'os car3ssimos, a nosso Sen"or ;esus risto /ue nos infunda asua gra0a com /ue possamos inclinarnos e c"egar + plenitude da &erdadeira felicidade,rogue por n)s (unto ao Pai, nos conceda a &erdadeira religi'o a fim de /ue possamosalcan0ar o reino da &idaeterna. olo conceda A/uele /ue é digno de lou&or, princ3pio e fim, admir<&el e inef<&el nosséculos eternos. 4 toda religi'o pura e sem manc"a digaH Amém, aleluiaR Serm#es, 4d.ens. Sto. Antonio, 19O9, = omingo depois da P<scoa:

$radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&?uarta9feira de inzas início do >e>u!1. a/uele tempo disse ;esus aos seus disc3pulosH DMuando (e(uardes, n'o fi/ueis tristescomo os "ip)critas /ue desfiguram o rosto para se fa%er &er pelos "omens /ue est'o (e(uando. 4m &erdade, eu &os digoH eles (< receberam a sua recompensa. $u, ao contr<rio,/uando (e(uares, urge a cabe0a, la&a o rosto para /ue os "omens n'o &e(am /ue est<s (e(uando, mas o teu Pai /ue est< no secretoE t G,1G1@:.este trec"o e&angélico &amostratar de dois assuntosH o (e(um e a esmola.I* " >e>u!>. DMuando (e(uaisE. esta primeira parte de&emse considerar /uatro coisasH k o fingimentodos "ip)critas k a un0'o da cabe0a k o la&ar o rosto k a oculta0'o do bem. DMuando (e(uaisE. LBse na Qist)ria atural /ue com a sali&a do "omem em (e(um resistese aosanimais portadores de &eneno ali<s, se umacobra o ingere, morre Pl3nio:. Portanto, no "omem em (e(um e*iste &erdadeiramente umgrande remédio. Ad'o no para3so terrestre, até /ue n'o comeu (e(um: do fruto proibido,permaneceu na inocBncia. 4is a3 o remédio /ue mata a diab)lica serpente e restitui o para3so,perdido por culpa da gula. Por isso contase /ue 4ster castigou seu corpo com (e(uns parafa%er cair o orgul"oso Aman e recon/uistar aos (udeus a bene&olBncia do rei Assuero. ;e(uai,portanto, se /uiserdes conseguir estas duas coisasH a &it)ria sobre o diabo e a restitui0'o dagra0a perdida. as D/uando (e(uais, n'o fi/ueis tristes como os "ip)critasE, isto é, n'o/ueirais ostentar o &osso (e(um com a triste%a do rosto. Qip)crita di%se também DdouradoE,isto é, /ue tem a aparBncia do ouro mas, internamente, na consciBncia é barro. 4ste é o3dolo dos babilônios !aal:, de /uem di% anielH D'o te enganes, ) rei, este 3dolo, de fora é

de bron%e dentro, porém, é s) barroE 16,G:. C bron%e ressoa e pelo aspecto pode /uase

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parecer ouro. Assim também o "ip)crita ama o som do lou&or e ostenta um pou/uin"o desantidade.C "ip)crita é "umilde no rosto, simples no &estir, submisso na &o%, mas lobo em sua mente.4sta triste%a n'o é segundo eus. Z uma maneira estran"a de buscar para si mesmo olou&or, essa de ostentar os sinais da triste%a. Cs "omens est'o acostumados a alegrarse/uando gan"am din"eiro. as tratase de neg)cios diferentesH nestes ltimos e*iste a&aidade, nos outros a falsidade. Desfiguramse em latim e*terminant: o rostoE, isto é,desfiguramno para além dos limites da condi0'o "umana. omo se pode orgul"ar da bele%adas &estes, podese também fa%Blo da sua feira e falta de cor. 'o se de&e abandonar nema uma sem cor e*agerada e nem a uma e*cessi&a &aidadeH é bom estar na (usta medidaR DAfim de serem &istos pelos "omensE Mual/uer coisa /ue fa%em é apenas, aparBncia, pintadode um falso colorido. -a%emno para aparecerem diferentes dos outros e serem c"amados Dsuper"omensE, até mesmo por causa da a&ilta0'o. D(e(uamE. C "ip)crita (e(ua parareceber lou&or disso, o a&arento para enc"er o bolso, o (usto para agradar a eus. D4m&erdade eu &os digoH (< receberam sua recompensaE. 4is a recompensa do prost3bulo, de /uedi% oisésH D'o prostituas tua fil"aE L& 19,>9:. -il"a representa as obras delesH colocamnas no prost3bulo do mundo para receberem a recompensa do lou&or. Seria loucura de /uem

&endesse como uma moeda de c"umbo uma preciosa moeda de ouro. a realidade &endepor um pre0o muito barato algo de grande &alor, a/uele /ue fa% o bem s) para ser lou&adopelos "omens. N. D$u, ao contr<rio, /uando (e(uas, unge a cabe0a, la&a o rostoE. Istoconcorda com o /ue di% acarias. DIsto di% o Sen"or dos e*ércitosH C (e(um do /uarto mBs,do /uinto, do sétimo e do décimo mBs ser'o para a casa de ;ud< dias de alegria e felicidade,dias de grande festaE c @,11:. A Dcasa de ;ud<E significa D/ue manifestaE ou D/ue lou&aE erepresenta os penitentes /ue manifestando e confessando seus pecados prestam lou&or aeus. estes é e de&e ser o (e(um do /uarto mBs, por/ue (e(uam abstBmse, de /uatrocoisasH soberba do diabo, impure%a da alma, gl)ria do mundo e in(ria ao pr)*imo. D4ste é o (e(um /ue eu amoE, di% o Sen"or Is 5@,G:. C (e(um do /uinto mBs consiste em afastar oscinco sentidos dos pensamentos e pra%eres il3citos. C (e(um do sétimo mBs é a representa0'oda cobi0a terrena com efeito como se lB /ue o sétimo dia n'o tem fim, assim também nem

a cobi0a do din"eiro c"ega ao fundo o suficiente. C (e(um do décimo mBs consiste em dei*arde perseguir um fim mau. C final de cada nmero é o de%H /uem /uiser contar além tem /uecome0ar de no&o do um. C Sen"or se lamenta pela boca do profeta ala/uiasH D=)s meroubais e ainda me di%eisH 4m /ue coisa n)s te roubamosV o d3%imo e nas prim3cias N,@:,isto é, na finalidade m< e no in3cio de uma inten0'o per&ersa. Prestese aten0'o, /ue oprofeta coloca o d3%imo antes das prim3cias, por/ue é sobretudo pela finalidade per&ersa /ueé condenada toda a obra precedente. 4ste (e(um transformase para os penitentes emalegria da mente felicidade de amor di&ino e em esplBndida solenidade de celestecon&i&Bncia. Isto /uer di%er ungir a cabe0a e la&ar o rosto. Knge a cabe0a a/uele /ue em seuinterior est< c"eio de alegria espiritual. La&a o rosto a/uele /ue orna as suas obras com a"onestidade da &ida.6. C outro sentido. D$u, ao contr<rio, /uando (e(uasE. S'o muitos os /ue nesta Muaresma, (e(uam e no entanto continuam em seus pecados. 4stes n'o ungem a cabe0a. Q< um triplounguentoH o leniti&o sedati&o:, o corrosi&o e o Dpungiti&oE. C primeiro é produ%ido pelopensamento da morte, o segundo pelo pensamento da presen0a do futuro ;ui% e o terceiropelo pensamento da geena. Q< a cabe0a coberta de furnculo, &errugas e bentiligo. Cfurnculo é uma pe/uena protuberncia superficial c"eia de podrid'o pus: &erruga é umae*crescBncia de carne supérflua, pelo /ue &erruguento pode significar também DsupérfluoE obentiligo é uma casca seca /ue deturpa a bele%a. estas trBs doen0as est'o indicadas asoberba, a a&are%a e a lu*ria obstinada. $u, ) soberbo, recoloca diante dos ol"os da tuamente a corrup0'o do teu corpo, a podrid'o e o fedor /ue ter<. Cnde estar<, ent'o, a/uelatua soberba do cora0'o, a/uela tua ostenta0'o de ri/ue%asV A3, ent'o, n'o e*istir'o mais aspala&ras c"eias de &ento, por/ue a be*iga murc"a ao m3nimo to/ue do alfinete.

4stas &erdades, meditadas no 3ntimo de cada um, ungem a cabe0a feridenta, isto é,"umil"am a mente orgul"osa. $u, ) a&arento, lembrate do ltimo e*ame, onde "a&er< o

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;ui% (usto, estar< a carn3fice pronto a atormentar, os demônios /ue acusam, a consciBncia/ue remorde. D4nt'o a tua prata ser< (ogada fora, o ouro se tornar< su(eira, o teu ouro e atua porta n'o poder'o li&rarte do dia da ira do Sen"or 4% O,19:. 4stas &erdades, meditadascom aten0'o, destr)em e tiram as &errugas do supérfluo e os di&idem entre a/ueles /uenem o necess<rio tBm. Por isso, /uando (e(uas, unge tua cabe0a com este unguento, para/ue o /ue tiras de ti mesmo se(a dado ao pobre. 4 tu, ) lu*urioso, come0a a pensar nageena do fogo ine*tingu3&el, onde "a&er< morte sem morrer, fim sem terminar, onde seprocura mas n'o se encontra a morte, onde os condenados engolir'o a l3ngua eamaldi0oar'o o riador. Len"a da/uele fogo ser'o as almas dos pecadores e o sopro da irade eus as incendiar<. i% Isa3asH Desde ontemE, isto é, desde toda a eternidade, Dest<preparado o $ofetE, a geena do fogo, Dprofundo e &asto. -ogo e muita len"a s'o seualimento o sopro do Sen"or o acender< como torrente de en*ofreE Is N?,NN:. 4is ounguento /ue punge, /ue penetra, capa% de sarar a mais obstinada lu*ria. omo prego tiraprego, assim estas &erdades, meditadas assiduamente, s'o em grau de reprimir o est3muloda lu*ria. $u, portanto, /uando (e(uas, unge a cabe0a com este unguento.5. DLa&a o rostoE. As mul"eres, /uando /uerem sair em pblico, ficam na frente do espel"o ese descobrirem alguma manc"a no rosto, logo se limpam com <gua. Assim também tu, ol"a

no espel"o da tua consciBncia. 4 se encontrares alguma manc"a de pecado, &aiimediatamente + fonte da confiss'o e, /uandona confiss'o se la&a com l<grimas o rosto do corpo, também o rosto rosto da alma fica limpoe iluminado.Kma obser&a0'oH as l<grimas s'o luminosas na escurid'o, s'o /uentes contra o frio, s'osalgadas contra o fedor do pecado. DPara /ue os "omens n'o &e(am /ue est<s (e(uandoE. -a% (e(um para os "omens /uem busca os aplausos deles. -a% (e(um para eus /uem sofre porseu amor e partil"a com os outros a/uilo /ue tira de si mesmo. Das s) o teu Pai /ue est< nosecretoE. AcrescenteseH o Pai est< no secreto por causa da fé e recompensa a/uilo /ue éfeito em secreto. Portanto, de&ese (e(uar somente l< onde ele &B. 4 é preciso /ue /uem (e(ua, (e(ue de tal modo /ue agrade +/uele /ue carrega no cora0'o. Amém.II* A es!ola

G. D'o acumuleis para &)s tesouros sobre a terra, onde a tra0a e a ferrugem corroem eonde os ladr#es assaltam e roubamE t G,19:. A ferrugem corr)i os metais, a tra0a corr)i asroupas o /ue se sal&a destes dois flagelos, os ladr#es roubam. om estas trBs e*press#es écondenada toda forma de a&are%a. =e(amos o significado moral das cinco pala&rasH terra,tesouros, ferrugem, tra0a e ladr#es. A terra, assim c"amada por/ue se seca em latim DtorretE: pela seca natural, representa a carne /ue é de tal modo sedenta /ue nunca di%Hc"egaR $esouros s'o os preciosos sentidos do corpo. A ferrugem, doen0a do ferro, assimc"amada do &erbo latim Der)dereE, indica a impure%a /ue, en/uanto parece agradar, acabacom a bele%a da alma e a corr)i. A tra0a, assim c"amada por/ue DseguraE, indica o orgul"oou ent'o a ira. Cs ladr#es em latim DfuresE, de furrus obscuro:, /ue trabal"am na escurid'o da noite, representam osdemônios. Portanto, se carregamos alguma coisa na carne, escondemos os tesouros naterra, /uer di%erH en/uanto usamos os preciosos sentidos do corpo nos dese(os terrenos ouda carne, a ferrugem isto é, a impure%a, os corr)i. Além disso, o orgul"o, a ira e demais&3cios destr)em a roupa dos bons costumes e, se sobrar ainda alguma coisa, os demônios aroubam, pois est'o sempre interessados (ustamente nissoH roubar os bens espirituais. DAcumulai&os de tesouros no céuE. Imenso tesouro é a esmolaR i% S. Louren0oH DAs m'osdos pobres é /ue colocaram nos tesouros celestes as ri/ue%as da Igre(aRE Acumula tesourosno céu /uem d< a risto e d< a risto /uem d< ao pobreH A/uilo /ue fi%estes a um destesmais pe/ueninos, o fi%estes a mimR t >5,6?:. D4smolaE é uma pala&ra grega /ue em latim se di% Dmiseric)rdiaE. Por sua &e% miseric)rdiasignifica D/ue irriga o m3sero cora0'oE. C "omem irriga o pomar para col"er os frutos. $u,também, irriga o cora0'o do pobre miser<&el atra&és da esmola /ue é c"amada <gua de

eus para obter seus frutos na &ida eterna. Se(a o pobre o teu céuR oloca nele o teutesouro, para /ue nele este(a sempre o teu cora0'o. 4 isso, sobretudo agora, durante a santa

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Muaresma. Cnde est< o cora0'o, a3 também est< o ol"o e onde est'o o cora0'o e o ol"o, al3 também est< a inteligBncia, sobre a /ual di% o salmoH D-eli% a/uele /ue atende DintelligitE tem cuidado: ao m3sero e ao pobreE 6?,>:. aniel disse a abucodonosorH DSe(ate aceito, )rei, o meu consel"oH desconta teus pecados com a esmola, desconta tuas maldades comobras de miseric)rdia para com ospobresE n 6,>6:. uitos s'o os pecados, muitas s'o as maldades e por isso, muitas de&emser as esmolas e muitas as obras de miseric)rdia para com os pobres. Assim resgatado porelas da escra&id'o do pecado, possais &oltar li&res + p<tria celeste. =olo conceda A/uele /ueé bendito nos séculos. Amém.O. LBse no Li&ro dos ;u3%es /ue DJede'o in&adiu os acampamentos de adi' com toc"as,trombetas e nforasE O,1G: Isa3as também di%H D4is o ominador, o Sen"or dos e*ércitos/uebrar< com o terror a broca de barro os de alta estatura ser'o cortados e os poderososser'o "umil"ados. C centro da sel&a ser< destru3do a ferro e o L3bano cair< com seus altoscedrosE 1?,NNN6:. =e(amos o significado moral de Jede'o, toc"as, trombeta e nforas.Jede'o /uer di%er D/ue gira no teroE e indica a pessoa penitente /ue, antes de seapresentar + confiss'o, de&e girar no tero da sua consciBncia em /ue foi concebido egerado o fil"o da &ida ou da morte. 4la tem /ue pensar se (< se confessou de todos os seus

pecados e se, depois de ter se confessado, recaiu nos mesmos pecados, e /uantas &e%espor/ue neste caso foi muito, mas muito mesmo mais ingrato para com a gra0a de eus. Setranscurou a confiss'o e por /uanto tempo permaneceu em pecado sem confessarse, e se,com pecado mortal, recebeu o corpo do Sen"or. Portanto, a pessoa penitente, ou&indo oSen"or /ue di% Dfa%ei penitBnciaE, de&e (ulgar a si mesma por todos os dias de sua &ida, para&er se ela é DIsraelE, isto é, alguém /ue &B a eus. $odos os anos, durante a Muaresma, de&eanalisar a pr)pria consciBncia, /ue é a casa de eus e tudo a/uilo /ue nela encontrar denoci&o ou supérfluo de&ecircuncidar na "umildade da contri0'o e de&e também considerar o tempo passado,procurando com diligBncia a/uilo /ue cometeu, omitiu e, depois disso, &oltar sempre aopensamento da morte /ue de&e ter diante dos ol"os, ali<s, morar mesmo neste pensamento.@. A pessoa penitente, como atento e*plorador, feito assim o giro, de&e logo acender a

lmpada /ue arde e iluminaH nela é indicado o cora0'o contrito o /ual, pelo fato de ardertambém ilumina. 4 eis o /ue pode fa%er a &erdadeira contri0'o. Muando o cora0'o dopecador se acende com a gra0a do 4sp3rito Santo, ele arde pela dor e ilumina pelocon"ecimento de si mesmo e ent'o, a consciBncia, c"eia de tribula0#es e remorsos, e aatormentada impure%a é destru3da por/ue se(a interna /ue e*ternamente a pa% &olta aflorescer. 4 o esplendor do lu*o deste mundo, a dissolute% carnal s'o destruidos desde aalma até a carne, por/ue tudo o /ue "ou&er de imundo tanto na alma como no corpo, é/ueimado pelo fogo da contri0'o. -eli% a/uele /ue /ueima e ilumina com esta lmpadaR eladi% ;)H Dlmpada despre%ada nos pensamentos dos ricos, preparada para o tempoestabelecidoE 1>,5:. Cs pensamentos dos ricos deste mundo s'oH guardar as coisasad/uiridas e suar para ad/uirir mais ainda. Por isso, raramente ou nunca se encontra neles a&erdadeira contri0'o. 4les despre%amna por/ue fi*am sua alma nas coisas passageiras. omefeito, en/uanto procuram com tanto ardor o pra%er das coisas materiais, es/uecemse da&ida da alma /ue é a contri0'o e assim camin"am ao encontro da morte. i% a Qist)riaatural /ue a ca0a dos cer&os se fa% assimH dois "omens saem, um deles toca a trombeta ecanta, o cer&o segue o canto por/ue sente uma atra0'o por ele. o entanto, o segundo"omem dispara a flec"a, atingeo e o mata. Assim também acontece com a ca0a dos ricos.Cs dois "omens s'o o mundo e o diabo. C mundo, diante do rico, toca a trombeta e cantapor/ue l"e mostra e promete os pra%eres e as ri/ue%as. 4 en/uanto o rico estulto segueoencantado, (< /ue encontra pra%er nessas coisas, é morto pelo diabo, le&ado + co%in"a doinferno para ali ser fer&ido e assado. 9. 4is, porém, /ue c"ega o tempo da Muaresma,institu3do pela Igre(a para perdoar os pecados e sal&aras almasH na Muaresma preparase a gra0a da contri0'o /ue agora est< + porta

espiritualmente e bate. Se /uiseres abrir e acol"Bla cear< contigo e tu com ela. 4 a3, sim,

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come0ar<s a tocar a trombeta de maneira mara&il"osa. $rombeta é a confiss'o do pecadorcontrito. -eita a confiss'o, de&e ser dada a satisfa0'o oupenitBncia indicada na ruptura da nfora ou do &aso de barro. Z despre%ado o barro, o corpoacaba por sofrer adi' é interpretada como Ddo (u3%oE ou Dini/uidadeE, isto é, o diabo /ue,pelo (u3%o de eus, (< é condenado, é derrotado e a sua ini/uidade arrasada. 4 é isso /ue di%o profeta Isa3asH DCs de estatura altaE, isto é, os demônios Dser'o cortadosE e DospoderososE, isto é, os "omens orgul"osos Dser'o "umil"adosE e Do centro da sel&aE, isto é, aganncia das coisas materiais Dser< destru3da pelo ferroE do temor de eus De o L3banoE,isto é, o esplendor do lu*o mundano Dcom os seus altos cedrosE, isto é, as nulidades, osenganos e as aparBncias, Dcair<E. Aten0'oR A satisfa0'o, a penitBncia consiste em trBs coisasHk na ora0'o, na/uilo /ue di% respeito a eus, k na esmola, no /ue di% respeito ao pr)*imo, kno (e(um, no /ue di% respeito a si mesmos. 4 tudo isso para /ue a carne /ue, pelo pra%er,condu%iu ao pecado, pela e*pia0'o condu%a ao perd'o. 4 isso dignese concedernos A/uele/ue é bendito nos séculos. Amém.Serm#es, &ol. III, pg. 1N9ss: $radu0'oH frei Jeraldo onteiro, C- on&A incredulidade de -o!@ D$omé, um dos do%e, c"amado 3dimo, n'o esta&a com eles /uando &eio ;esus. 4nt'o os

outros disc3pulos l"e disseramH )s &imos o Sen"or. Das ele l"es disseH Se eu n'o &ir emsuas m'os a c"aga dos pregos e n'o colocar os meus dedos no lugar dos pregos e as min"asm'os no seu peito, n'o acreditareiE ;o >?,>6>5:. $omé /uer di%er DabismoE por/ue,du&idando, alcan0ou um con"ecimento mais profundo e assim sentiuse mais seguro. 3dimoé uma pala&ra grega /ue significa DduploE, por isso du&idoso cético:. 'o foi por acaso, maspor des3gnio di&ino /ue $omé n'o esta&a com os disc3pulos e n'o /uis crer na/uilo /ue ou&iacontar. Y des3gnio di&inoR Y santa d&ida do disc3puloR DSe eu n'o en*ergar em suas m'osE 4le dese(a&a &er reconstitu3da a tenda de a&i /ue tin"a ca3do e sobre a /ual o Sen"or, porboca de Am)s, di%H Da/uele dia eu reerguerei a tenda de a&i /ue caiu e reedificarei asaberturas de suas mural"as 9,11:. 4m a&i, /ue /uer di%er Dde m'o forteE, de&emos &er adi&indade. a tenda, o corpo do pr)prio risto em /ue, como numa tenda, "abitou adi&indadeH tenda /ue caiu com a pai*'o e com a morte. Por DaberturasE das mural"as pode

se entender as c"agas das m'os, dos pés e do peitoH o Sen"or as reedificou na suaressurrei0'o. Sobre elas é /ue $omé di%H DSe eu n'o &ir em suas m'os as c"agasE C Sen"ormisericordioso n'o /uis abandonar em sua "onesta d&ida a/uele disc3pulo /ue se tornariaum D&aso de elei0'oEH tiroul"e toda sombra de d&ida, misericordiosamente, como tirariadepois a Saulo a cegueira da infidelidade. 4 eis a concordncia nos Atos dos Ap)stolos.i% AnaniasH DSaulo, meu irm'oR C Sen"or ;esus en&ioume a ti, o mesmo /ue te apareceuno camin"o em /ue &in"as &indo, a fim de /ue tu recobres a &ista e se(as repleto de 4sp3ritoSanto. 4 impro&isamente ca3raml"e dos ol"os umas como /ue escamas e ele recuperou a&is'o. Le&antouse e foi bati%ado. $omoualimento e sentiuse fortificadoE At 9,1O19:. 2eali%ouse assim a profecia de Isa3asG5,>5:H DC lobo ir< ao pasto (unto com o cordeiroE, isto é, Saulo com Ananias /ue (ustamente /uer di%er DcordeiroE. C corpo da cobra se cobre de escamas. Cs ;udeus s'o Dascobras e ra0a de &3borasE. Saulo, imitando a falta de fé dos ;udeus, tin"a como /ue recobertode pele de cobra os ol"os do cora0'o, mas depois, ca3das as escamas sob a m'o de Ananias,manifesta no rosto a lu% /ue recebeu na alma. Assim, sob a m'o de Ananias, isto é, de ;esusristo /ue foi condu%ido ao sacrif3cio como um cordeiro. a3ram as escamas da d&ida dosol"os de $omé e ele recuperou a &is'o da fé. Profiss'o de fé de $oméH confirma0'o da nossaféR DCito dias depois os disc3pulos esta&am de no&o em casa desta &e% esta&a também$omé. =eio ;esus, com as portas fec"adas, colocouse no meio deles e disseH DPa% a &)sRE ;o>?,>G:. 'o /uero e*plicar de no&o a/uilo /ue (< foi e*plicado. D4 ;esus disse a $oméH colocao teu dedo e ol"a as min"as m'os estende a m'o e colocaa no meu peito n'o se(asincrédulo, mas tem féR 2espondeul"e $omé di%endoH Deu Sen"or e meu eusRE 4 ;esus l"edisseH DPor/ue me &iste, creste. !ema&enturados os /ue, mesmo sem terem &isto, creram

;o >?,>O>9:. i% o Sen"or por boca de Isa3asH D4u te desen"ei em min"as m'os 69,1G:.

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Cbser&ese /ue, para escre&er, s'o necess<rias trBs coisasH papel, tinta e caneta. As m'osde risto eram o papel, seu sangue a tinta, e os cra&os a caneta. risto, portanto, desen"ounos em suas m'os por trBs moti&os. 4m primeiro lugar, para mostrar ao Pai as cicatri%es dasc"agas /ue tin"a sofrido por n)s e indu%ilo assim + miseric)rdia. epois, para n'oes/uecerse nunca de n)s e por isso ele mesmo di% por boca de Isa3asH DPode tal&e% umamul"er es/uecer sua crian0a e n'o ter piedade do fil"o do seu &entreV esmo /ue ela sees/ue0a, eu n'o me es/uecerei de ti. 4is, eu te desen"ei em min"as m'osE 69,151O:. 4mterceiro lugar, ele escre&eu em suas m'os como n)s de&emos ser e em /ue de&emos crer.Portanto, n'o se(as incrédulo, ) $omé, ) crist'o, mas tem féR D4*clamou $oméH eu Sen"ore meu eusR etc. 2espondendol"e, o Sen"or n'o disseH DPois /ue tocasteE mas Dpor/ue&isteE, por/ue a &is'o é em certo modo um sentido DglobalE /ue em geral é de a(uda aosoutros /uatro. i% a JlossaH D$al&e% n'o ousou tocar, mas somente ol"ou ou tal&e% ol"outambém tocando. =ia um "omem e toca&a e, para além disso, eliminada toda d&ida, creu/ue era eus, professando assim a/uilo /ue n'o &ia. D$omé, &isteme D"omemE e cresteme DeusER D!ema&enturados os /ue, mesmo sem terem &isto, creram. om estas pala&ras ;esus lou&aa fé dos gentios pag'os:, mas usa o tempo passado por/ue na sua DpresciBnciaE &ia (<

como acontecido a/uilo /ue "a&eria de acontecer no futuro. isso n)s entremos, umaconfirma0'o nos Atos dos Ap)stolos /uando -elipe interrogou o eunuco, funcion<ria deandace, rain"a da 4ti)piaH DrBs de todo cora0'oV 4 ele respondeuH Dreio /ue ;esus risto é o -il"o de eusRE 4 o bati%ou @,N@:. C mesmo se diga onde se falado centuri'o ornélio /ue Pedro bati%ou (untamente com toda sua fam3lia, em nome de ;esusristo. 4stes dois /ue creram em risto, prefiguraram a Igre(a dos gentios pag'os: /ue"a&eria de se regenerar no sacramento do batismo e crer no nome de ;esus risto. Z a eles/ue Pedro fala "o(e com as pala&ras da entrada da missa e di%H Domo crian0as recémnascidas, dese(ai ra%o<&eis o leite sem engano puro: da pala&raE1 P >,>:.rian0a, em latim infans, é assim c"amada por/ue n'o sabe falar farifalar:. Cs fiéis daIgre(a, gerados pela <gua e pelo 4sp3rito Santo, de&em ser infantes, n'o falantes, isto é,/ue n'o falam a l3ngua do 4gito do /ual di% o profeta Isa3asH DC Sen"or recusar< a l3ngua do

mar do 4gitoE 11,15:. om a l3ngua indica a elo/FBncia, com o mar a sabedoria filos)fica ecom o 4gito o mundo. C Sen"or, portanto, recusa a l3ngua do mar do 4gito /uase, atra&ésdos simples e n'o eruditos, demonstra /ue a sabedoria do mundo é <rida e sem sabor. D2a%o<&eis, sem enganoE. 2a%o<&el é a/uilo /ue se fa% com a ra%'o. A ra%'o é o ol"ar daalma, com o /ual o &erdadeiro é contemplado por si mesmo e n'o atra&és do corpo ou ent'oé o pr)prio &erdadeiro /ue é contemplado Santo Agostin"o: 2a%o<&eis, portanto, no /ue di%respeito a eus e a n)s mesmos, sem engano no /ue di% respeito ao pr)*imo. Dese(ar oleiteE. C leite de /ue fala Agostin"oH DC p'o dos an(os tornouse leite dos pe/ueninosE. Cleite em latim Pac: é c"amado assim pela sua cor. om efeito é um l3/uido branco. !rancoem grego se di% leu7)s, em latim albus. A sua substncia é produ%ida pelo sangue, pois,ap)s o parto, se uma parte do sangue ainda n'o foi consumida para a nutri0'o no tero, por&ias naturais, ela sobe até aos mamilos e tornandose branco por obra deles, assume anature%a e a substncia do leite. 4 da/uele momento, tornase alimento de todo recémnascido, por/ue a substncia atra&és da /ual acontece a gera0'o é a mesma da nutri0'oH oleite, com efeito é como o sangue fer&ido, digerido, n'o corrompido Arist)teles:. o sangue,/ue tem um aspecto "orr3&el, é apresentada a ira de eus. o leite, ao in&és, /ue tem sabordoce e cor agradabil3ssima, é representada a miseric)rdia de eus. C sangue da ira foimudado em leite de miseric)rdia no peito, isto é, na "umanidade de ;esus risto. Z assim/ue di% o ProfetaH Dudou os raios em c"u&aE Salmo 1N6,O:. Cs raios da ira di&ina transformaramse emc"u&a de miseric)rdia, /uando o =erbo se fe% carne. C eunuco et3ope e o centuri'o ornélios'o figuras dos pecadores con&ertidos. ornélio /uer di%er D/ue entende a circuncis'oE. om (usti0a, ornélio e o eunuco tBm algo em comumH com efeito os penitentes Dtornaramse

eunucos pelo reino dos céus, /uer di%er, circuncidam, eliminam de si mesmos os dese(oscarnais e, crendo no nome de ;esus risto, la&amse na fonte &i&a do arrependimento e

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reno&amse no batismo da penitBncia. -a%em como os elefantes, dos /uais di% Solino. DAsfBmeas antes dos de% anos ignoram o se*o os mac"os, antes do /uin%e. Por dois anosmantBm rela0#es cinco &e%es por ano e n'o mais. 4 n'o &oltam entre os compan"eiros dogrupo sem antes se la&arem em <guas &i&as da fonte.E Assim também os penitentes e os (ustos, se ca3ram em algum pecado, en&ergon"amse de&oltar ao nmero dos fiéis se antes n'o se la&arem nas <guas &i&as das l<grimas e dapenitBncia. Pe0amos, portanto, irm'os car3ssimos, e supli/uemos + miseric)rdia de ;esusristo para /ue, &en"a e se firme no meio de n)s, e*tirpe do nosso cora0'o toda d&ida eimprima em nossa alma a fé na sua pai*'o e ressurrei0'o, a fim de /ue, (untamente com osap)stolos os fiéis da Igre(a, possamos alcan0ar a &ida eterna. olo conceda a/uele /ue ébendito, digno de lou&or e glorioso pelos séculos eternos. 4 toda alma fiel respondaH Amém.AleluiaRSerm#es, &ol I, pp. >61>6G: $radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&2aver& u! s+ re,an$o e u! s+ pastor D$en"o ainda outras o&el"as /ue n'o s'o deste reban"o também a elas eu de&o condu%irH eelas escutar'o a min"a &o% e "a&er< um s) reban"o e um s) pastorE ;o 1?,1G:. A o&el"a,um animal macio no corpo e na l', é c"amada em latim D)&isE, de obla0'o, oferta, por/ue noin3cio n'o se ofereciam em sacrif3cio

touros e sim o&el"as. C&el"as s'o os fiéis da Igre(a de risto /ue todos os dias sobre o altarda pai*'o do Sen"or e no Dsacrif3cioE do cora0'o arrependido oferecemse a si mesmos /ual")stia pura, santa e agrad<&el a eus. D$en"o outras o&el"asE, isto é, os gentios, os pag'os, D/ue n'o s'o deste reban"oE, n'o s'o do po&o de Israel Dtambém a estas eu de&o condu%irE por meio dos ap)stolos e D"a&er< um s) reban"o e um s) pastorE. 4 esta é a Igre(a reunida eformada por ambos os po&os. 4sta é a mul"er de /ue fala o Apocalipse DApareceu no céu um sinal grandiosoH uma mul"er &estida de sol, com a lua sob seus pés ena cabe0a uma coroa de do%e estrelas. 4sta&a gr<&ida e grita&a pelas dores e trabal"o departoE Ap 1>,11>:. Sentido aleg)rico. 4sta mul"er representa a Igre(a /ue de bom al&itre éc"amada Dmul"erE, por/ue fecunda de muitos fil"os /ue gerou pela <gua e pelo 4sp3ritoSanto. 4sta é a mul"er &estida de sol . C sol é assim c"amado por /ue ele aparece so%in"o,depois de ter obscurecido com o seu fulgor todas as demais estrelas. C sol é ;esus ristoR

4le "abita numa lu% inacess3&el cu(o esplendor &ela e obscurece os fr<geis raios de todos ossantos, se forem comparados a ele, por/ue Dn'o "< santo como o Sen"orE 12 >,>:. i% ;)H Desmo /ue eu me la&asse com as <guas da ne&e e min"as m'os bril"assem como nunca,assim mesmo tu me (ogarias no lodo e min"as pr)prias roupas teriam "orror de mim ;)9,N?N1:. as <guas da ne&e é representada o arrependimento das l<grimas e nas m'os /uebril"am a perfei0'o do agir. i%, poisH mesmo se eu me la&asse com as <guas da ne&e, istoé, do arrependimento, e min"as m'os bril"assem com o esplendor de uma conduta perfeita,mesmo assim me (ogarias no lodo, isto é, me farias &er /ue sou ainda su(o e teriam "orrorde mim, isto é, me tornariam abomin<&el, as min"as &estes, /uer di%er, as min"as/ualidades ou os membros do meu corpo, se /uisesses tratarme com rigorH mas, a(udame,tu, ) Sen"orR i% Isa3asH D$odos n)s nos tornamos su(osE, isto é, como um leproso Dtodas asnossas (usti0as s'o como o pano de mul"er menstruada todos n)s ca3mos como fol"as e asnossas maldades nos le&aram como &entoE G6,G:. Por isso o nico bom, o nico (usto esanto é a/uele sol de cu(a fé e de cu(a gra0a a Igre(a é &estida. D4 com a lua sob seus pésE.A lua, por causa das &aria0#es de seu aspecto. 4st< indicando a instabilidade da nossam3sera condi0'o. a/ui o ditoH DC (ogo de sorte muda /ue nem a luaH cresce e diminui,nunca fica a mesmaE. Por isso o 4clesi<stico di%H DC estulto muda como a luaE >O,1>:. Cestulto, isto é, o seguidor deste mundo, passa dos Dc"ifresE formada lua no primeiro e ltimo /uarto: da soberba + Dforma arredondadaE da concupiscBnciacarnal e &ice&ersa.4sta inconstante prosperidade das coisas caducas de&e ser posta sob os pés da Igre(a. Cspés da Igre(a s'o todos os prelados /ue de&em condu%3la como os pés condu%em esustentam o corpo. 4 sob estes pés de&em ser pisados como esterco todas as coisas

temporais. Por isso lemos em AtosH D$odos os /ue possu3am campos ou casas os &endiam,tra%iam a importncia da/uilo /ue tin"a sido &endido e a deposita&am aos pés dos

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Ap)stolosE 6,N6: por/ue considera&am como esterco todas a/uelas coisas. D$in"a sobre acabe0a uma coroa de do%e estrelasE. As do%e estrelas s'o os do%e Ap)stolos /ue iluminam anoite deste mundo. D=)s sois 8 di% o Sen"or 8 a lu% do mundoE t 5,16:. A coroa, assimc"amada por/ue é como uma roda em &olta da cabe0a, de do%e estrelas é a fé dos do%eap)stolos e é coroa por/ue n'o tolera acréscimo ou diminui0'o, como todo c3rculoH e issopor/ue é completa e perfeita.A Igre(a tem fil"os, concebidos como a semente da pala&ra de eus, grita pelas dores nospenitentes e sofre no parto pelos esfor0os de con&erter os pecadores. Por isso ela, com aspala&ras de !aruc, di%H D-ui dei*ada so%in"a me despo(ei da estola da pa% e me &esti com osaco da splica e gritarei ao Alt3ssimo por todos os meus dias. Animai&os, fil"os, gritai aoSen"or e ele &os li&rar< das m'os e do poder dos inimigos.4le &os fe% partir no luto e no c"oro, mas &os recondu%ir< a mim, o Sen"or, na alegria ee*ulta0'oE 6,19>N:.4 isto acontece no dia das in%as /uando os penitentes s'o con&idados a ficarem fora daigre(a e no dia da eia do Sen"or /uando s'o ali acol"idos. Sentido moral. DKma mul"er&estida de solE. Z a alma fiel de /uem di% Salom'oH DMuem encontrar< uma mul"er forteVSeu &alor é como a/uele das coisas tra%idas de longe e da e*tremidade da terraE P& N1,1?:.

-eli% a alma /ue, re&estida pela for0a do alto, resiste imp<&ida na ad&ersidade e naprosperidade e derrota com coragem os poderes do ar. C &alor, o pre0o desta mul"er foi;esus risto /ue por sua reden0'o &eio de longe do seio do Pai, em sua di&indade e dae*tremidade da terra, /uer di%er, de parentes paupérrimos, em sua "umanidade. Cu aindaHpor Dpre0oE entendamse as &irtudes. om este pre0o se é resgatado, redimido. i%Salom'oH o resgate do "omem s'o suas ri/ue%as P& 1N,@:, isto é, as &irtudes ri/ue%asespirituais: . As &irtudes &Bm de longe, isto é, do alto os &3cios, ao in&és, s'o nossosfamiliares, por/ue pro&Bm de n)s mesmos. 4sta mul"er é &estida de sol. Cbser&ese /ue nosol e*istem trBs /ualidadesH candura, esplendor e calor. a candura é significada a castidade,no esplendor a "umildade e no calor a caridade. om estas trBs &irtudes se confecciona omanto da alma fiel, da esposa do celeste esposo.Sobre este manto di% !oo% a 2uteH DAlarga o manto com /ue te cobres e segurao com todas

as duas m'os.4la o estendeu e o segurou estendido e ele colocou seis medidas de ce&ada e pôsl"e nosombrosE 2t N,15:. !oo% /uer di%er DforteE, 2ute D/ue se &B e tem pressaE. =e(amos osignificado da e*tens'o do manto, as duas m'os e as seis medidas de ce&ada. 2ute é a alma/ue, &endo a miséria deste mundo, a falsidade do diabo, a concupiscBncia da carne, apressase na dire0'o da gl)ria da &ida eterna. Alarga este manto /uando atribui n'o a si mas a eusa sua castidade, a "umildade e a caridade e mostra estas &irtudes unicamente para aedifica0'o do pr)*imo. 4, para n'o perdBlas, seguraas com as duas m'os, isto é, com otemor e com o amor de eus. )s =os pedimos, Sen"or ;esus, =)s /ue sois o bom pastorHJuardainos como &ossas o&el"as, efendeinos dos mercen<rios e do lobo 4 coroainos no&osso 2eino om a coroa da &ida eterna. ignai&os concedernos =)s /ue sois bendito,glorioso, 4 digno de lou&or por todos os séculos do séculos. 4 toda o&el"a, 4 toda alma fieldigaH Amém. AleluiaR Serm#es, &ol. I, p. >O> e ss, 4d. ess. Pado&a, 19O9 8 II omingo deP<scoa: $radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&ircuncisão do Sen$or>. epois /ue se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino Lc >,>1:. estaprimeira parte somos ensinados, em sentido m3stico, como todos os (ustos, na ressurrei0'ofinal, ser'o circuncidados de toda corrup0'o. as por/ue ou&istes a pala&ra circuncidado arespeito do =erbo circuncidado, falaremos bre&emente da sua circuncis'o. risto foicircuncidado s) no corpo, por/ue nada tin"a para ser circuncidado no esp3rito, pois n'ocometeu pecado e n'o se encontrou mentira na sua boca 1Pd >,>>:. 4 nem se/uer contraiuo pecado original: por/ue, como di% Isa3as, subiu uma nu&em le&e Is 19,1:, isto é, assumiuuma carne imune de pecado. =indo para os seus, por/ue os seus n'o o "a&iam de receber

;) 1,11:, te&e de ser circuncidado, a fim de /ue os (udeus n'o ti&essem nen"um prete*tocontra ele, di%endoH és incircunciso, de&es desaparecer do teu po&o, por/ue segundo o

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JBnesis, o mac"o, cu(a carne do prepcio n'o for circuncidada, perecer< do seu po&o Jn1O,16:. Zs transgressor da lei, n'o /ueremos ou&irte falar contra a lei. Z, portanto,circuncidado, pelo menos por trBs moti&osH primeiro, para cumprir a lei 8 te&e de obser&ar omistério da circuncis'o até /ue fosse institu3do o sacramento do batismo segundo, paratirar dos (udeus a ocasi'o de o caluniarem e terceiro, para nos ensinar a ter cora0'ocircunciso, da /ual di% o Ap)stolo S'o PauloH a circuncis'o do cora0'o est< no esp3rito e n'ona letra, e o lou&or dele procede n'o dos "omens mas de eus 2m >,>9:.N. epois /ue se completaram os oito dias. =e(amos o /ue significam as trBs pala&rasH ooita&o dia, o menino e a sua circuncis'o. A nossa &ida se desen&ol&e, por assim di%er, emsete dias &em depois o oita&o da ressurrei0'o final. i% o 4clesiastesH 2eparte com sete emesmo com oito, por/ue n'o sabes os males /ue te podem &ir sobre a terra 11,1>:. omose dissesseH dedica os sete dias da tua &ida +s boas obras, por/ue receber<s por elesrecompensa no oita&o da ressurrei0'o neste dia sobre&ir< um mal enorme sobre a terra, ouse(a, para a/ueles /ue amam a terra, /ue é ignorado por todo o "omem. a eira correr< o&ento, os gr'os ser'o separados da pal"a cf t N,1> Lc N,1O: e as o&el"as dos bodes cf t>5,N>:. C &ento na eira significa a separa0'o do (u3%o final. Cs gr'os s'o os (ustos /ue ser'oacol"idos no celeiro celestial. i% ;)H Ir< para o sepulcro com muitos anos, como se amontoa

o trigo a seu tempo ;) 5,>G:. C sepulcro é a &ida eterna, onde os (ustos entrar'o c"eios dasboas obras, e estar'o a sal&o dos ata/ues dos demônios, como um /ue se esconde numsepulcro para fugir da presen0a dos "omens. A pal"a, isto é, os soberbos, superficiais einconstantes, ser'o /ueimados no fogo. esses di% ;)H Ser'o como pal"as em face do &entoe como a cin%a /ue o redemoin"o espal"a ;) >1,1@: Cs cordeiros, ou o&el"as, isto é, os"umildes e os inocentes, ser'o colocados + direita de risto. eles escre&e Isa3asH Assimcomo o pastor apascenta o seu reban"o, nos seus bra0os recol"er< os cordeiros e os tomar<no seu seio ele mesmo le&ar< as pren"as Is 6?,61:.6. Cbser&a /ue nestas /uatro pala&rasH apascentar, recol"er, tomar e le&ar, mostram as/uatro prerrogati&as /ue os corpos dos (ustos ter'o no oita&o dia, ou se(a, na ressurrei0'ofinal. Apascenta pela claridadeH oce é a lu% e deleit<&el é aos ol"os &er o sol 4cl 11, O: eos (ustos fulgir'o como o sol no reino de eus cf t 1N,6N:. Se o ol"o, mesmo corrupt3&el,

se deleita assim com o falso bril"o do miser<&el corpo, /uanto, imagina, n'o ser< o deleitedo &erdadeiro esplendor do corpo glorificadoV 2ecol"er< com a imortalidadeH a mortedesagrega, a imortalidade rene. $omar< pela agilidadeH tomase ou pegase com facilidadeo /ue é <gil. Le&ar< com sutile%aH o /ue sutil se le&a com facilidade. As cabras, porém, istoé, os lu*uriosos, ser'o suspensas pelas patas nos ganc"os do inferno. om efeito, o Sen"oramea0a, pela boca do profeta Am)s, as &acas gordas cf Am 6,1:, isto é, os prelados daIgre(a, soberbos e lu*uriososH 4is /ue &ir'o dias para &)s, e &os le&ar'o, le&ar'o osdemônios, nos ganc"os, e meter'o os restos do &osso corpo em caldeiras a fer&er. 4 &)ssaireis pelas brec"as, uma em frente da outra, e sereis lan0ados para o Qermon Am 6,>N:.Qermon significa maldi0'o, por/ue e*comungados e amaldi0oados pela Igre(a triunfante, ir'opara o supl3cio do inferno. Portanto, tudo isto, a gl)ria e a pena, ser< retribu3do a cada um nooita&o dia, isto é, na ressurrei0'o, conforme o /ue fe% na semana desta &ida. LBse no li&rodo JBnesisH ;ac) ser&iu por causa de 2a/uel sete anos e os dias pareciaml"e poucos emcompara0'o com a grande%a do amor Jn >9,>?:. 4ra, de fato, formosa de rosto e de gentilpresen0a Jn >9,1O:. 4 continuaH 4, passada a semana, casouse com 2a/uel Jn >9,>@:. 4mais adianteH 4u era, de dia e de noite, /ueimado pelo calor e pelo gelo, e o sono fugiamedos ol"os Jn N1,6?:. Y amor da bele%aR Y bele%a do amorR Y gl)ria da ressurrei0'o, /uantofa%es sofrer o "omem, até c"egar +s tuas npciasR C (usto, em todos os sete dias da sua&ida, ser&e na indigBncia do corpo e na "umildade do esp3rito de dia, isto é, /uando l"e sorria prosperidade com o calor da &angl)ria de noite, /uando l"e sobre&ém a ad&ersidade e éatormentado pelo gelo da tenta0'o diab)lica. Assim, foge dele o sono do repouso, por/uedentro "< lutas, e fora, temores cf >or O,5:. $eme o mundo, é combatido por si mesmo, eno entanto, no meio de tantos sofrimentos, os dias pareceml"e poucos, por causa da

grande%a do amor. om efeito, a /uem ama, nada é dif3cil 3cero:. Y ;ac), por fa&or,trabal"a com paciBncia, sofre com "umildade. Acabada a semana da presente miséria,

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go%ar<s das dese(adas npcias da ressurrei0'o gloriosa, em /ue ser<s liberto de todo otrabal"o e ser&id'o da corrup0'o.5. epois /ue se completaram os oito dias para ser circuncidado o menino. i% menino e n'o&el"o. Para saber /uem é este enino, leia o serm'o do atal. a ressurrei0'o final, todoeleito ser< circuncidado, por/ue ressuscitar< para a gl)ria, como di% Santo Isidoro, sem &3cioalgum, sem defeito nen"um. -icar< longe toda doen0a, todo impedimento, toda corrup0'o,toda pri&a0'o, e /ual/uer outra coisa indigna da/uele reino do sumo 2ei, no /ual os fil"os daressurrei0'o e da promessa "'o de ser iguais aos An(os de eus cf Lc >?,NG:. 4nt'o e*istir<a &erdadeira imortalidade. A condi0'o primeira do "omem foi a faculdade de n'o morrer.Por causa do pecado, tocoul"e a pena de n'o poder dei*ar de morrer esperao na futurafelicidade, a terceira condi0'oH o n'o poder morrer. 4nt'o teremos em modo perfeito o li&rearb3trio, /ue foi dado ao primeiro "omem para /ue n'o pecasse. Ser<, de fato, perfeito/uando este li&re arb3trio alcan0ar< o n'o poderpecar. Y oita&o dia, t'o esperado, /ue circuncidas do menino todos os malesRSanto Antônio de Lisboa, Cbras ompletas, =ol II, pp.G@9G96 Lello e Irm'o 8 4ditores,Porto, 19@O. ompila0'o feita por -rei Antônio orniatti, C- on&Justiça e Santidade

;usti0a é a &irtude com a /ual, (ulgandose corretamente, é dado a cada um o seu. ;usti0a écomo di%er (uris status, isto é, o estado de direito. ;usti0a é o "<bito do esp3rito em atribuir acada um a dignidade /ue l"e pertence, tendo em conta a utilidade comum. -a%em parte da (usti0aH k o temor de eus k o respeito + religi'o k a piedade k a "umanidade k o go%o do (usto e do bom k o )dio do mal k o compromisso da gratid'o. C mundo n'o possui esta (usti0a por/ue n'o teme a eus, desonra a religi'o odeia o bem e é ingrato para com eus.Ser< (ulgado com rela0'o + (usti0a /ue n'o praticou por/ue n'o puniu a si mesmo, segundoa (usti0a, pelos pecados cometidos. Ser< (ulgado com rela0'o a (usti0a, mas n'o a sua esim + da/ueles /ue crBem e do confronto com eles é /ue receber< a condena0'o. risto n'odisseH DC mundo n'o me &er<, mas D=)sE, ap)stolos, Dn'o me &ereisE e isso contra osmundanos /ue di%emH Domo podemos acreditar na/uilo /ue n'o &emosV Z (usti0a&erdadeira, isto é, é fé /ue (ustifica, crer no /ue n'o se &B. Cu ent'oH D(ulgar< o mundo com

rela0'o + (usti0aE dos santos. om efeito, di% o Sen"or pela boca do profeta acariasH DSer<estendido sobre ;erusalém o fio de prumoE 1,1G:.C fio de prumo ou c"umbin"o é um instrumento do pedreiro em latim se di%H perpendiculumdo &erbo perpendo /ue /uer di%er controlar, (ulgar. onsiste em um c"umbo ou uma pedraamarrada num barbante e com ele se controla a perpendicularidade das paredes. A (usti0ados santos a santidade deles: é /ue nem o fio de prumo /ue é estendido sobre ;erusalém,isto é, sobre toda pessoa fiel, para medir e &er se sua &ida est< conforme ao e*emplo deles.$odas as &e%es /ue se celebram as festas dos santos, é estendido este fio de prumo sobre a&ida dos pecadores. Por isso é /ue celebramos as festas dos santos para tirarmos da &idadeles uma regra para a nossa. Z rid3culo, portanto, nas solenidades dos santos /uerer "onr<los com ban/uetes, /uando n)s sabemos /ue eles mereceram o céu atra&és de (e(uns.Amando o mundo e sua gl)ria, dando ao corpo todos os pra%eres e acumulando din"eiro, éclaro /ue n'o imitamos a &ida dos santos. Por isso a (usti0a deles, isto é, a santidade delesser< a pro&a /ue n)s merecemos a condena0'o. C ;ulgamento Cbser&ese /ue em todo (ulgamento e*igemse cinco pessoasH o (ui%, o réu, trBs testemun"as. C (ui% é o sacerdote. Cacusador e réu é o pecador /ue de&e se acusar como réu. As trBs testemun"as s'oHcontri0'o, confiss'o e satisfa0'o ou penitBncia: /ue testemun"am a fa&or do pecador&erdadeiramente arrependido. i% Agostin"oH DSobe, ) pecador, até o tribunal da tua menteHse(a a ra%'o o teu (ui%, a consciBncia o teu acusador, a dor o teu tormento, o temor o teucarn3fice. C lugar das testemun"as se(a ocupado pelas obras. Cs mundanos /ue n'o /ueremsubmeterse a tal (ulgamento, ser'o condenados com senten0a eternamente irre&og<&el noe*ame do ltimo (ulgamento, (untamente com o pr3ncipe deles, o diabo, /ue (< foi (ulgado.E C ap)stolo $iago, para alertar esses "omens a preca&erse do pecado, a amar a (usti0a, a

temer o (ulgamento, na segunda parte de sua carta acrescentaH DSabeis muito bem, irm'osmeus car3ssimosH todo "omem este(a pronto a escutar, lento em falar e também lento na ira,

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por/ue a ira do "omem n'o reali%a a (usti0a de eusE 1,19:. $odo "omem de&e estar prontoa escutar o /ue di% o Ap)stoloH D-ugi da fornica0'oE 1or G,1@:. PortantoH Deste(a todo"omem pronto a escutarE.$odo "omem de&eria estar pronto a escutar por nature%a. om efeito em latim a orel"a éc"amada auris como se fosse <&ide rapiens, isto é, /ue agarra a&idamente ou ainda "aurienssonum, isto é, /ue absor&e o som. Cbser&ese /ue na parte posterior da cabe0a n'o e*istecarne nem cérebro. a parte posterior da cabe0a est< o aparel"o da audi0'o. 4 isso é (ustopor/ue a parte posterior da cabe0a tem um &<cuo, c"eio de ar e o instrumento da audi0'o é DaéreoE e portanto, o "omem ou&e logo, a menos /ue se interpon"a algum impedimento. acabe0a, isto é, na mente em /ue n'o "< a carne da pr)pria &ontade mas o ar da mentede&ota, passa bem &elo% a &o% da obediBncia e por isso é ditoH DAo ou&irme, logo obedeceumeE salmo 1O,65:. 4 Samuel no Primeiro Li&ro dos 2eis di%H D-ala, Sen"or, /ue teu ser&oescutaRE N,1?:.4 para/ue a obediBncia penetre mais &elo%, é necess<rio /ue se(a aérea, pura e sens3&el +s coisasdo céu, n'o se apegando a nada das coisas da terra. D4ste(a, portanto, todo "omem pronto aescutarE. D4 lento no falarE. A pr)pria nature%a nos ensinou isso fec"ando a l3ngua com duasportas para /ue ela n'o sa3sse li&remente. om efeito, a nature%a colocou na frente da

l3ngua como /ue duas portas, isto é, os dentes e os l<bios, para mostrar /ue a pala&ra n'ode&e sair a n'o ser com grande cuidado. 4stas duas portas foram fec"adas com cuidado pora/uele /ue di%iaH Dolo/uei guarda em min"a boca e porta ao redor de meus l<biosE Salmo16?,N:. 4 corretamente di%H Dporta ao redorE em latim ostium circumstantiae:, por/uede&ese guardar n'o s) das pala&ras il3citas mas também das ocasi#es de falar ilicitamente.Por e*emploH e*istem pessoas /ue se en&ergon"am de falar mal de alguém abertamente,mas depois o fa%em sob a aparBncia do elogio e, o /ue é pior, fa%em isso até na confiss'o.Prestese aten0'o, pois n'o se de&e fec"ar apenas a porta dos dentes mas também a portados l<bios. -ec"a a porta dos dentes e a porta dos l<bios a/uele /ue se recusa se(a + calniase(a + adula0'o. A l3ngua, Dmal rebeldeE, como di% $iago, Dc"eia de &eneno mortalE N,@:,fogo /ue incendeia a floresta das &irtudes, incendeia o curso da nossa &ida $g N,5G:,arromba a primeira e a segunda porta, sai pelas pra0as como uma prostituta, faladora e

andaril"a, inimiga da calma, le&a para todos os lugares a desestabili%a0'o P& O,@11:. i%S'o !ernardoH DMuem poder< calcular /uantas coisas ruins comete o pe/ueno membro dal3ngua, /ue acmulo de li*o se a(unta sobre l<bios impuros, como é grande o pre(u3%ocausado por uma boca desenfreadaR inguém a&alie de menos o tempo /ue se perde empala&ras ociosas. ;ustamente por/ue agora é o tempo fa&or<&el e o dia da sal&a0'o, apala&ra &ai embora sem nunca mais &oltar e o tempo passa irre&oga&elmente. C estulto n'osabe a/uilo /ue perde. 4 di%emH Podese passar muito bem uma "ora de con&ersaR 4ssa "ora/uem te concedeu foi a generosidade do riador para obteres o perd'o, procurares a gra0a,fa%eres penitBncia, gan"ares a gl)riaE. IgualmenteH n'o e*ite em definir a l3ngua docaluniador como mais cruel do /uea lan0a /ue transpassou o peito de risto. A l3ngua, com efeito, transpassa o corpo de ristomas n'o o transpassa depois de morto e sim o mata (ustamente transpassandoo. 4 nemmais cruéis foram os espin"os /ue se fincaram em sua cabe0a, nem os pregos /ueperfuraram suas m'os e pés, se colocados em confronto com a l3ngua do caluniador /uetranspassa o pr)prio cora0'o. i% o -il)sofoH D'o digas coisas torpes. Pouco a pouco, pormeio das pala&ras, acabase perdendo até a &ergon"aE. DTs &e%es me arrependi por terfalado, nunca por ter caladoE. DKsa mais &e%es o ou&ido do /ue a l3nguaE. Portanto, todo"omem Dse(a lento no falarE e assim poder< imitar a (usti0a dos santos, pois, como afirma$iago, Da/uele /ue n'o peca com a pala&ra é um "omem perfeitoE N,>:. Se(a Dlento na iraE,pois ela impede a alma distinguir a &erdade. A prop)sito di% o -il)sofoH DMuanto menosreprimires a ira, pela ira tanto mais ser<s e*citadoE. DA pessoa irritadi0a, /uando p<ra deirarse, irase contra si mesmaE. DA ira (amais foi capa% de refle*'oE. Por isso é com (usti0a/ue se di%H DA ira do "omem n'o reali%a a (usti0a de eusE. Se(a, portanto, todo "omem

 Dlento na iraE para n'o ser golpeado no dia da ira pela irre&og<&el senten0a da condena0'o,

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 (untamente com o diabo. I= omingo de P<scoa, Serm#es, 4d. ess. Pado&a, 19O9, &olumeI, p<ginas N>>N>O: $radu0'oH frei Jeraldo onteiro, C- on&?uares!a( te!po de !iseric+rdia( a !iseric+rdia de /eusSede misericordiosos como misericordioso é &osso Pai. 'o (ulgueis e n'o sereis (ulgados.'o condeneis e n'o sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. ai e &os ser< dadoE Lc G,NGN@:. Cbser&ese /ue nesta parte do 4&angel"o est'o em e&idBncia cincomandamentos muito importantesH k $er miseric)rdia k 'o (ulgar k 'o condenar k Perdoar kar. Mueremos encontrar a concordncia de tudo isso com cinco contos do segundo li&ro dos2eis ou segundo li&ro de Samuel:. Primeiro mandamento. DSede misericordiosos comomisericordioso é &osso PaiRE. Z c"amado de misericordioso /uem sofre partil"ando da misériados outros. 4sta Dcompai*'oE é c"amada Dmiseric)rdiaE por/ue torna o Dcora0'o m3seroE em latimH misericordia, miserum cor: sofrendo com amiséria do outro. 4m eus, ao contr<rio, a miseric)rdia é Dsem a miséria do cora0'oE. omefeito, a miseric)rdia de eus di%se Dcomisera0'oE em latim miseratio, como se /uisessedi%er Da0'o de miseric)rdiaE em latim misericordiae actio:. este sentido é /ue o Sen"ordi%H DSede misericordiososE. 4 obser&ese /ue, como é tr3plice a miseric)rdia do Pai celestecom rela0'o a ti, assim também, de trBs modos de&e ser tua miseric)rdia com rela0'o ao

pr)*imo. A miseric)rdia do Pai é graciosa, espa0osa e preciosa. Jraciosa por/ue purifica dos&3cios. i% o 4clesi<sticoH D"eia de gra0a é a miseric)rdia de eus no tempo da tribula0'o,como as nu&ens portadoras de c"u&a no tempo da secaE N5,>G:. o tempo da tribula0'o,isto é, /uando a alma, atormentada por causa de seus pecados, é inundada pela c"u&a dagra0a /ue a restaura e la&a e cancela os pecados.4spa0osa por/ue se alarga com o tempo e se e*pande nas obras boas. om efeito, di% oSalmoH DA tua miseric)rdia est< diante de meus ol"os e me alegro com a tua &erdadeE >5,N:por/ue até para mim tornouse odiosa a min"a maldade. Preciosa nas del3cias da &idaeterna, da /ual di% Ana no li&ro de $obiasH DMuem te "onra tem a certe%a de /ue, se sua &idafoi colocada + pro&a, ser< coroado se passou atra&és das tribula0#es, ser< libertado se foioprimido e perseguido, serl"e< concedido entrar na tua miseric)rdiaE N,>1:.A prop)sito di% o profeta Isa3asH D4u me lembrarei das miseric)rdias do Sen"or e "ei de

lou&ar o Sen"or por todas as coisas /ue tem feito por n)s e pela multid'o de benef3cios porele feitos + casa de Israel, segundo a sua benignidade e segundo a multid'o de seus atos demiseric)rdiaE GN,O:. A tua miseric)rdia para com o pr)*imo também de&e ser de trBsmodosH k de&es perdo<lo, se ele pecou contra ti, k de&es instru3lo, se ele se des&iou docamin"o da &erdade, k de&es restaurar suas for0as, se ele for um faminto. o primeiro caso,di% Salom'oH DZ por meio da fé e da miseric)rdia /ue s'o e*piados os pecadosE Pr 15,>O:.o segundo caso, di% $iagoH DMuem fi%er um pecador con&erterse de sua &ida de pecado,sal&ar< sua alma da morte e cobrir< uma multid'o de pecadosE $g 5,>?:. o terceiro caso,enfim, di% o SalmoH D!ema&enturado a/uele /ue tem cuidado do indigente e do pobreE 6?,>:. Portanto, é com muito boa ra%'o /ue se di%H DSede misericordiosos comomisericordioso é o &osso PaiRE 6. oncorda com tudo isso a/uilo /ue lemos no segundo li&ro dos 2eis onde se conta /uea&i disse a erib!aalH D'o temas, por/ue /uero tratarte com miseric)rdia por amor a;ônatas, teu pai. $e restituirei todos os campos de Saul, teu a&ô e tu comer<s sempre o p'o (unto + min"a mesaE >2 9,O>Sm 9,O:. este passo é indicada a tr3plice miseric)rdia /uese de&e ter para com o pr)*imo. Primeiro, /uando di%H Dpor amor de ;ônatasE, /uer di%er, poramor de ;esus risto, o /ual disseH DPai, perdoal"es por/ue n'o sabem o /ue fa%emE Lc>N,N6:. om respeito +/uele /ue peca contra ti, de&es usar de miseric)rdia com o cora0'o ecom a boca, para perdo<lo com a boca e com o cora0'o. 4m segundo lugar, /uandoacrescentaH D2estituirei a ti todos os campos de Saul, teu a&ôE. ampo em latim se di% ager,da pala&ra <gere /ue /uer di%er fa%er, por/ue nele se fa% alguma coisa e simboli%a a gra0ainfusa com a un0'o no batismoH o bati%ado a recebe para e*ercit<la depois nas obras boas.as /uando Saul, isto é , a alma ungida com o )leo da fé, morre por causa do pecado, ent'o

perde a gra0a e tu l"e restituis /uando con&ertes o bati%ado de sua &ida de pecado. 4mterceiro lugar, /uando concluiH D4 tu comer<s sempre o p'o (unto + min"a mesaE. om efeito,

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di% Salom'oH DSe teu inimigo ti&er fome, d<l"e de comer se ti&er sede, d<l"e debeberE 2om 1>,>?Pr >5,>1:. Por isso é com muito boa ra%'o /ue se di%H DSedemisericordiososE. PortantoH se(amos misericordiosos imitando a/uelas a&es c"amadas grous,das /uais se di% /ue , /uando /uerem c"egar a um dado lugar, &oam bem alto, /uase como/uerendo locali%ar, a partir de um obser&at)rio mais alto, o territ)rio a ser alcan0ado. A/uela/ue con"ece o percurso &ai + frente do bando, sacodel"e a fra/ue%a do &ôo animando comsua &o%. 4, se a primeira perde a &o% ou fica rouca, imediatamente entra uma outra. $odastBm um grande cuidado para com a/uelas /ue se cansam, de modo /ue, se alguma esti&ercansada, todas se unem, sustentam a/uelas cansadas até /ue com o descanso recuperem asfor0as. esmo /uando est'o no c"'o, o cuidado delas n'o diminuiH di&idemse os turnos deguarda de modo /ue uma sobre de% este(a sempre acordada &igiando. As /ue est'o &igiandoficam segurando nas patas uns pe/uenos pesos /ue, se e&entualmente caem no c"'o, logoas a&isam /ue est'o coc"ilando e as acordam. Km grito d< o alarme se surgir um perigo aser e&itado.4ssas a&esgrous fogem diante dos morcegos. Se(amos, portanto, misericordiosos comoessas a&es grousH colocados num obser&at)rio mais alto da &ida, preocupemonos por n)s epelos outros. Sir&amos de guias para /uem n'o con"ece o camin"o. om a &o% da prega0'o

animemos os pregui0osos, sacudamos os indolentes. -a0amos a troca na "ora do cansa0o,por/ue, sem alternar o cansa0o com o descanso, ninguém consegue resistir por muitotempo. arreguemos nos ombros os fracos e os doentes para /ue n'o &en"am a cair nomeio do camin"o. Se(amos &igilantes na ora0'o e na contempla0'o do Sen"or. Seguremoscom firme%a entre os dedos a pobre%a do Sen"or, a sua "umildade e a amargura da suapai*'o. 4 se algo de imundo /uiser insinuarse em n)s, gritemos logo por socorro e,sobretudo, fu(amos dos morcegos, isto é, da &aidade cega do mundo. 4 por tudo isso,re%emosH Sen"or ;esus risto, pai misericordioso, Infundi em n)s a &ossa miseric)rdia Para/ue também n)s a usemos para conosco e para com os outros, 'o (ulgando nunca aninguém, 'o condenando nunca a ninguém, Perdoando sempre a /uem nos ofende 4 dandosempre n)s mesmos e nossas coisas A /uem nos pedir. 4 tudo isso nolo conceda o pr)prioSen"or Mue é bendito e glorioso Pelos séculos dos séculos. Amém.

Sermones, P<dua, 19O9, =olume I, pp. 6596G1: $radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C-on&A ressurreição do Sen$or1. DA amendoeira florescer<, o gafan"oto engordar<, o tempero perder< seu saborE 4cl1>,5:. 4*)rdioHa 2essurrei0'o, a "umanidade de risto floresceu como a &ara de Aar'o.>. )s lemos no Li&ro dos meros /ue a D&ara de Aar'o germinou, floresceu ficou c"eia debrotos e produ%iu amBndoasE m 1O,>N:. Aar'o, sumo pont3fice, é figura de risto, o /ual, Dentrou no santu<rio n'o com sangue de bodes ou be%erros, mas com o pr)prio sangueE Qb9,1>:. 4le é o pont3fice /ue Dfe% de si uma ponteE para /ue, atra&és dele pudéssemos passarda margem da mortalidade + margem da imortalidadeH "o(e floresceu a sua &araR A &ara ésua "umanidade sobre a /ual se di%H DA &ara do teu poder estende o Sen"or desde Si'oE Sal1?9,>:. om efeito, a "umanidade de risto por meio da /ual a di&indade e*ercia o seupoder te&e origem em Si'o, isto é, o po&o (udeu Dpor/ue, como é dito no 4&angel"o, aSal&a0'o, isto é, o Sal&ador, &em dos ;udeusE ;o 6,>>:. 4sta &ara permaneceu /uase secano sepulcro por trBs dias e trBs noites, mas depois floresceu e produ%iu fruto, por/ueressuscitou e nos trou*e o fruto da imortalidade.I* Ser!ão Aleg+ricoN. D-lorescer< a amendoeiraE. i% Jreg)rio /ue a amendoeira é a primeira entre todas asplantas a dar flores e di% o Ap)stolo /ue Dristo é o primogBnito da/ueles /ue ressuscitamdos mortosE cf ol 1,1@: por/ue ele ressuscitou por primeiro. Cbser&ese /ue a pena dadaao "omem era duplaH a morte da alma e a morte do corpo. Do dia em /ue comeres 8 disseo Sen"or 8 morrer<s Dde morteE Jn >,1O:, da morte da alma e n'o poder<s subtrairte + lei

da morte. om efeito, uma outra tradu0'o di% com maior precis'o Dtornarte<s mortalE. =eioo nosso samaritano, ;esus risto, e sobre estas duas feridas derramou &in"o e )leo, por/ue

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com o derramamento de seu sangue destruiu a morte da nossa alma. i% muito bem CséiasH D4u os li&rarei da m'o da morte, eu os resgatarei da morte. Y morte, eu serei a tua morteR4u serei a tua morda0a, ) infernoRE 1N,16:. o inferno ele pegou uma parte, e outra parte ele dei*ou + maneira da/uele /uemorde e com a sua ressurrei0'o aboliu a lei da morte, por/ue deu esperan0a de ressurgirH D4n'o "a&er< mais a morteE Ap >1,6:. A ressurrei0'o de risto é indicada pelo )leo /ue ficaacima dos l3/uidos. A alegria pro&ada pelos ap)stolos na ressurrei0'o de risto superou/ual/uer outra alegria por eles e*perimentada, /uando ;esus ainda esta&a com eles em seucorpo mortal. $ambém a glorifica0'o dos corpos superar< /ual/uer outra alegriaH DCsdisc3pulos se alegraram ao &erem o Sen"orE ;o >?,>?:.6. D4 o gafan"oto engordar<E. A/ui é representada a Igre(a primiti&a /ue com a flor daressurrei0'o do Sen"or tornouse grande e enc"euse de mara&il"osa alegria. 4scre&e LucasH DPois /ue pela grande alegria ainda n'o acredita&am e fica&am emocionados, ;esus l"esdisseH D$endes a/ui algo para comerV DCfereceraml"e ent'o uma por0'o de pei*e frito e um fa&o de melE >6,616>:. Pei*e frito éfigura do nosso ediador /ue sofreu a pai*'o, preso com o la0o da morte nas <guas dogBnero "umano, DfritoE, por assim di%er, no tempo da pai*'o ele é para n)s também o fa&o

de mel, por causa de sua ressurrei0'o /ue "o(e celebramos. C fa&o apresenta o mel na cerae isso representa a di&indade re&estida pela "umanidade. Z nesta mistura de cera e mel /uese indica /ue risto acol"e no eterno repouso, no seu corpo a/ueles /ue /uando sofremtribula0#es por causa de eus, n'o desistem do amor para com a eterna do0ura. Cs /ue,a/ui na terra, s'o por assim di%er DfritosE pela tribula0'o, ser'o saciados no céu com a&erdadeira do0ura. Cbser&ese /ue "o(e o Sen"or apareceu cinco &e%esH primeiro a ariaadalena, depois no&amente a ela (unto com outros, /uando saiu correndo a dar o anncioaos disc3pulos depois a Pedro depois a léofas e seu compan"eiro e finalmente aosdisc3pulos, a portas fec"adas, ap)s o retorno dos dois disc3pulos de 4mas. 4is, portanto, em/ue sentido o gafan"oto engordou com a flor da amendoeira, /uer di%er, em /ue sentido aIgre(a primiti&a se alegrou pela ressurrei0'o do Sen"or. C gafan"oto, /uando o sol /ueima,salta e &oa.

Assim a Igre(a primiti&aH /uando no dia de Pentecostes o 4sp3rito Santo a inflamou, saltou e&oou pelo mundo inteiro atra&és da prega0'o. DPor toda a terra ecoou o som de sua &o%E Sal1@,5:.Assim engrandecida a Igre(a, dissipouse o tempero /ue é uma plantin"a /ue se gruda napedra e representa a Sinagoga a /uem foi dada lei escrita sobre a pedra para mostrar suadure%a + /ual permaneceu sempre apegada. D4ste é um po&o de cabe0a duraE 4% N6,9:.Muanto mais a Igre(a crescia, tanto mais aSinagoga se dispersa&a, isto é, perdia o eu sabor. 4st< de acordo com tudo isso o /ue se lBno Li&ro dos 2eisH DQou&e uma longa luta entre a casa de Saul e a casa de a&i. A casa dea&i crescia e torna&ase cada &e% mais forte en/uanto a casa de Saul enfra/uecia diaadia.E >2 N,1:. A casa de a&i é a Igre(a. A casa de Saul 8 /ue /uer di%er Da/uele /ue abusaE 8 representa a Sinagoga /ue, abusando dos dons especiais de eus, recebeu o libelo dorepdio e abandonou o t<lamo do esposo leg3timo. Mu'o longa ten"a sido a luta entre aIgre(a e a Sinagoga, mostramno os Atos dos Ap)stolos. A Igre(a crescia por/ue Da cada diao Sen"or acrescenta&a a ela a/ueles /ue eram sal&osE >,6O:. Ao in&és, a Sinagoga, a cadadia diminu3a. D"ama o seu nome de 'o meu po&o por/ue &)s n'o sois o meu po&o e eun'o serei o &osso eusE. 4 aindaH D4u me es/uecerei totalmente deles. Ao contr<rio, tereimiseric)rdia da casa de ;ud<E Cs 1,9:, isto é, da Igre(a. A ;esus risto "onra e gl)ria portodos os séculos do séculos. Amém. Serm#es ominicais e -esti&os, 19O9 4d. essaggero,Pado&a, =olume III, pp. 1O91@>$radu0'oH -rei Jeraldo onteiro, C- on&A Ascensão do Sen$orII* " envio dos Ap+stolos para a pregação sentido !oral

G. 4is os sinais /ue acompan"ar'o a/ueles /ue crerem. T/ueles /ue derem o cora0'o aeus, acompan"<los'o sinais, por/ue (< sobre o seu cora0'o "< o sinal de /ue se lB nos

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nticosH P#eme como um sinal em cima do teu cora0'o ant @,G:. Muando /ueremosdefender dos ladr#es os nossos bens ou a nossa casa, costumamos pôr ali a ins3gnia ou abandeira do rei ou de algum grande "omem, para /ue + sua &ista temam seguir para afrente. $ambém se /ueremos defender o nosso cora0'o dos demônios, pon"amos sobre ele;esus, /ue é sal&a0'o. 4 onde "< sal&a0'o, ali "< sade. 4is os sinaisH 4m meu nomee*pulsar'o demônios c 1G,1O:.Aos demônios c"amam os gregos daimones, isto é, peritos ou sabedores de coisas. A pala&rademônio, em grego, significa o /ue sabe muito. Cs demônios s'o a sabedoria da carne e aesperte%a do mundo. Muais demônios, elas atormentam o esp3rito do "omem e afligem ocorpo com preocupa0#es. A sabedoria da carne é o demônio noturno, a esperte%a do mundo,o demônio meridiano. A sabedoria da carne é cega, embora este(a con&icta /ue é de &is'omuito aguda 8 de noite é de &is'o muito aguda, como se fora um gato. A esperte%a domundo, por/ue arde com o calor da mal3cia, é semel"ante ao sol do meiodia. A/uele /uedeu o cora0'o a eus, lan0a fora de si estes demônios, e fa% ainda todos os outros sinais dos/uais fala o 4&angel"o. -alar'o em no&as l3nguas. A l3ngua do mundo é l3ngua &el"a, por/uefala coisas &el"as a respeito do "omem &el"o. A/ueles a /uem os sobreditos demôniosatormentam, falam esta l3ngua, mas os lan0am fora de si, falam l3nguas no&as, em &ida

no&a. i% Isa3asH na/uele dia, "a&er< cinco cidades na terra do 4gito a falar a l3ngua deana' e a (urar pelo Sen"or dos e*ércitosH Kma ser< c"amada idade do Sol Is 19,1@:. Aterra do 4gito, /ue se interpreta tre&as, é o corpo do "omem, c"eio de tre&as pela pena epela culpa. ele "< cinco cidades, os cinco sentidos do corpo, dos /uais um, a &ista, sec"ama idade do Sol. Assim como o sol ilumina todo o mundo, a &ista ilumina todo o corpo.4stas cidades falam a l3ngua de ana', isto é, mudada. om a mudan0a da direita doAlt3ssimo, dep#em o "omem &el"o com os seus atos e re&estem o no&o, &i&endo em (usti0a e&erdade.Assim como a fala e*teriori%a a pala&ra escondida no cora0'o, os cinco sentidos do "omem, (< mudados e con&ertidos a eus, falam dele e*ternamente, tal /ue é no interior. Isto é o/ue significa (urar, afirmar a &erdade. A &erdade, pois, da consciBncia afirmase com otestemun"o da &ida santa, para lou&or do Sen"or dos e*ércitos, Sen"or dos An(os. Sobre

isto ainda se a(untaH Pegar'o em serpentes c 1G,1@:. As serpentes simboli%am a adula0'oe a detra0'o, /ue serpenteiam e in(etam &eneno. C adulador serpenteia, o detrator in(eta&eneno. A/ueles /ue falam no&as l3nguas tiram estas serpentes de si. 2etirem as coisas&el"as da &ossa boca 12eis >,N:. A sali&a do "omem em (e(um mata a serpente a l3nguaem (e(um é uma espéciede l3ngua no&a, cu(o ant3doto anula o &eneno. as a antiga serpente como /ue adula&a 4&a,/uando di%iaH e forma alguma morrereis de morte Jn N,6:. omo /ue detra3a de eus,/uando acrescentaH eus sabe /ue, na "ora em /ue comerdes dela, se &os abrir'o os ol"ose sereis como deuses, con"ecendo o bem e o mal Jn N,5:. omo se dissesseH eus, c"eiode in&e(a, proibiu&os, n'o /uerendo /ue &os assemel"<sseis a ele na ciBncia. 4is como oadulador se insinua e o detrator in(eta o &eneno. A/uele, porém, /ue est< em (e(um, cospena boca da serpente, mataa, e assim se li&ra dela.O. SegueH 4 se beberem algum &eneno mort3fero, nada sofrer'o. oment<rio da JlossaHMuando ou&em as sugest#es pestilentas, mas n'o as transformam em obras, isso n'o l"esfa% mal, ainda /ue bebam algo de mort3fero. i% Isa3asH 'o beber'o &in"o cantando <rias. Abebida ser< amarga para os /ue a beberem Is >6,9:. Por isso, n'o l"es far< mal. 'o bebeo &in"o da sugest'o diab)lica cantando <rias /uem n'o consente nela, antes a re(eita, se d)ie lamenta. Por isso a pr)pria bebida, a sugest'o diab)lica, é amarga para os /uea bebem para os /ue a ou&em e a sofrem. Ao contr<rio, ;oelH espertai, ) ébrios, e c"orai eui&ai todos os /ue pondes as del3cias em beber, por/ue ele foi tirado da &ossa boca ;oel1,5:. Assim é a letra, por/ue as del3cias do &in"o depressa desaparecem da boca, desde /uepassa a garganta. !re&3ssima demora da do0ura /uantos males gera a/uele /ue bebe o&in"o da sugest'o diab)lica, consentindo em esp3rito e em obrasR i%se aos ébrios com tal

&in"oH espertai, recordando o &osso pecado, c"orai, arrependendo&os de cora0'o, ui&ai,confessando&os. Portanto, todo o /ue possuir em si a/ueles /uatro sinais dos /uais falamos,

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poder< fa%er bem o /uintoH Impor'o as m'os sobre os doentes, e estes ficar'o curados."amase doente, por precisar de remédio ou medicamento. oente é o pecador, /ue precisamuito de medicamento, doe*emplo de boas obras. P#e as m'os sobre ele para o curar, para &oltar + penitBncia, a/uele/ue o conforta n'o s) com a pala&ra da prega0'o, mas também com o e*emplo da obrasanta. Amém. Santo Antônio de Lisboa, Cbras ompletas, Lello Irm'o 8 4ditores, Porto,&ol. II, pp. 9>59>9. ompila0'oH -rei Antônio orniatti, C- on&/o!ingo de entecostes:* "s frutos da graça do Espírito Santo16. 4 todos repletos do 4sp3rito Santo come0aram a falar em outras l3nguas, conforme o4sp3rito l"es concedia se e*primissem Atos >,6:. S'o repletos do 4sp3rito Santo. 4le é onico /ue pode tornar c"eia a alma, &isto /ue nem todo o mundo a pode enc"er. 'orecebem outro 4sp3rito, por/ue n'o pode receber mais /uem est< c"eio. Por isso, foi dito aaria Sant3ssimaH A&e, c"eia de gra0a, o Sen"or é contigo bendita és tu entre as mul"eresLc 1,>@:. ota /ue no meio das pala&rasH c"eia de gra0a e bendita és tu entre as mul"eres,se di%H o Sen"or é contigo. C mesmo Sen"or conser&a n'o s) interiormente a plenitude dagra0a, mas também opera, no e*terior, a bBn0'o da fecundidade, isto é, das obras santas.

om muita ra%'o ainda, depois de c"eia de gra0a se di%H o Sen"or é contigo, (< /ue semeus nada podemos fa%er ou possuir, nemse/uer conser&ar o /ue possu3mos. Por isso, depois da gra0a, é necess<rio /ue o Sen"oreste(a conosco e guarde o /ue s) 4le deu. Muando, pois, ao dar a gra0a, nos pre&ine, somosseus cooperadores ao guard<la. 4 4le s) &igia sobre n)s /uando também n)s &igiamos com4le. Aparece claro /ue o Sen"or e*ige de n)s esta &igilante coopera0'o /uando di% aosAp)stolosH 'o fostes capa%es de &igiar comigo por uma "oraR =igiai e orai, para /ue n'oentreis em tenta0'o t >G,6?61:.Acertadamente se di%, portantoH 4 todos ficaram repletos do 4sp3rito Santo. ele di% oSen"or no 4&angel"o de "o(eH as, o Par<clito, o 4sp3rito Santo /ue o Pai en&iar< em meunome, &os ensinar< tudo e &os recordar< tudo o /ue eu &os disse ;o 16,>G:. C Pai en&iou oPar<clito em nome do -il"o, isto é, para gl)ria do -il"o, para manifestar a gl)ria do -il"o. 4le

&os ensinar<, para /ue saibais recordar&os<, isto é, e*ortar&os<, para /ue /ueirais. efato, a gra0a do 4sp3rito Santo d< o saber e o /uerer. Por isso, cantase "o(e na issaH =em,4sp3rito Santo, enc"e os cora0#es dos teus fiéis, para /ue possuam ciBncia, e acende neles ofogo do teu amor, para /ue /ueiram reali%ar o /ue ti&erem aprendido Se/FBncia da issa dePentecostes:. antase aindaH 4n&ia o teu 4sp3rito, e todas as coisas ser'o criadas com a tuaciBncia, ereno&areis a face da terra com a boa &ontade cf Sl 1?N,N?:. Sobre estas duas coisas "<concordncia nas Lamenta0#es de ;eremiasH 4le do alto en&iou fogo sobre os meus ossos eme deu uma li0'o Lm 1,1N:. C Pai no dia de "o(e en&iou do alto, isto é, do -il"o, fogo, asaber, o 4sp3rito Santo, sobre os meus ossos, isto é, sobre os Ap)stolos, di% a Igre(a, e porele me deu uma li0'o, para /ue saiba e /ueira.15. igase, portanto, e todos ficaram repletos do 4sp3rito Santo. A este respeito "<concordncia no JBnesisH C Sen"or fe% soprar um &ento sobre a terra, e as <guasdiminu3ram e fec"aramse as fontes do abismo e as cataratas do céu e foram retidas asc"u&as /ue ca3am do céu Jn @,1>:. =e(a estas /uatro coisasH as <guas, as fontes, ascataratas e as c"u&as. As <guas designam as ri/ue%as as fontes do abismo as cataratas docéu, os ol"os as c"u&as, a abundncia de pala&ras. Muando, pois, o Sen"or tra% o 4sp3ritoSanto para a terra, isto é, o le&a ao esp3rito do pecador, ent'o, diminuem as <guas dasri/ue%as, por/ue s'o distribu3das aos pobres. estas <guas se escre&e no JBnesisH Aocon(unto das <guas c"amou mares Jn 1,1?:.C amontoar de ri/ue%as n'o é mais do /ue amargura de tribula0'o e de dor. onde a pala&rade QabacucH Ai da/uele /ue acumula o /ue n'o é seuR Até /uando amontoar< ele contra si odenso lodoV Qab >,G:. C esterco reunido em casa e*ala mau c"eiro esparramado, fecunda

a terra. $ambém as ri/ue%as, /uando se acumulam sobretudo do /ue n'o é seu, mas doal"eio, geram o mau c"eiro do pecado e da morte. Se, porém, s'o distribu3das aos pobres e

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restitu3das aos pr)prios donos, fecundam a terra do esp3rito e fa%emna frutificar. Abismo é ocora0'o do "omem. ele di% ;eremiasH epra&ado é o cora0'o do "omem e impenetr<&el/uem o poder< con"ecerV ;r 1O,9:. As fontes deste abismo s'o os pensamentos. -ec"amse/uando é infundida a gra0a do 4sp3rito Santo.Sobre este assunto "< concordncia no segundo li&ro das rônicasH 4%e/uias (untou muitagente, e taparam todas as fontes e o regato /ue corria por meio do territ)rio, di%endoH 'oaconte0a /ue &en"am os reis dos Ass3rios e encontrem abundncia de <gua >r N>,6:.4%e/uias é figura do (usto, /ue de&e (untar grande multid'o de bons pensamentos e fec"aras fontes dos pensamentos in3/uos e per&ersos e o regato das concupiscBncias, n'o &'o osdemônios, logo /ue ac"em abundncia de <guas, por ela destru3rem a cidade da alma. Ascataratas do céu s'o as (anelas. As (anelas assim se c"amam por tra%erem lu% ou por/ueatra&és delas &emos para fora. P")s em grego significa lu%. a cabe0a, colocada nofirmamento, "< dois lu%eiros, dois ol"os, semel"antes a duas (anelas, atra&és das /uais&emos. 4st'o fec"adas + &aidade do mundo /uando na alma se infunde a lu% da gra0a.As c"u&as, &oc<bulo parecido em latim com rios, s'o as pala&ras, /ue sem impedimentocorrem abundantes por toda parte. 2efere Salom'o nas Par<bolasH C /ue come0a brigas écomo o /ue abre um di/ue de <guas Pro& 1O,16:. 4 por isso aconsel"a o 4clesi<sticoH 'o

dBs + tua <gua a mais ligeira abertura 4cl >5,N6:. 4stas <guas s'o retidas /uando, porgra0a do 4sp3rito Santo, a l3ngua se mo&e para lou&ar o riador e confessar o crime.Portanto, di%se bemH 4 todos foram repletos do 4sp3rito Santo.1G. 4 come0aram a falar outras l3nguas, conforme o 4sp3rito Santo l"es concedia see*primissem. C /ue est< c"eio do 4sp3rito Santo fala &<rias l3nguas. As &<rias l3nguas s'o os&<rios testemun"os de risto, tais como a "umanidade, a pobre%a, a paciBncia e aobediBncia. -alamos com estas &irtudes /uando as mostramos aos outros em n)s mesmos. Alinguagem é &i&a, /uando falam as obras. essem, por fa&or, as pala&ras falem as obras.4stamos c"eios de pala&ras, mas &a%ios de obras, e, por isso, somos amaldi0oados peloSen"or. 4le mesmo amaldi0oou a figueira em /ue n'o encontrou fruto, mas somente fol"as.Ao pregador foi dada a lei, escre&e S'o Jreg)rio, de reali%ar a/uilo /ue prega. 4m &'o segaba do con"ecimento da lei

/uem destr)i com as obras a doutrina. as, os Ap)stolos fala&am conforme o 4sp3rito Santol"es concedia se e*primissem. itoso o /ue fala segundo o dom do 4sp3rito Santo, n'osegundo o seu nimo. Q<, de fato, alguns /ue falam do seu esp3rito roubam as pala&ras dosoutros e prop#emnas como pr)prias e atribuemnas a si.Santo Antônio de Lisboa, Cbrascompletas, =ol. I, p<gs 5?55?9, Lello Irm'o 8 4ditores,Porto 8 19@O.:ompila0'oH -reiAntônio orniatti, C- on&Natividade da Santíssi!a :irge! ;ariaEx+rdio1. igamosH A gloriosa =irgem aria foi como a estrela da man"' entre as nu&ens.4scre&e o4clesi<sticoH A bele%a do céu é a gl)ria das estrelas, /ue ilumina o mundo 4clo 6N, 1?:.estas trBs pala&ras obser&amse os trBs fatos /ue resplandeceram admira&elmente naati&idade de aria Sant3ssima. Primeiramente, a e*ulta0'o dos An(os, /uando se di%H Abele%a do céu. ontase /ue um "omem santo, mergul"ado em de&ota ora0'o, ou&iu a docemelodia dum canto angélico no céu. Passado um ano, no mesmo dia, &oltou a ou&ilo eperguntou ao Sen"or /ue l"e re&elasse o /ue &in"a a ser a/uilo. -oil"e respondido /uenesse dia nascera aria Sant3ssima. Por esse moti&o, os An(os no céu canta&am lou&ores aoSen"or. 4sta a ra%'o de se celebrar nesse dia a ati&idade da gloriosa =irgem. a segundapala&ra obser&ase o segundo fato, a pure%a da sua ati&idade, /uando se afirmaH A gl)riadas estrelas. Assim como uma estrela difere de outra estrela em claridade 1or3ntios15,61:, assim a ati&idade da =irgem aria difere da nati&idade de todos os santos. aterceira pala&ra obser&ase o terceiro fato, a ilumina0'o de todo o mundo, /uando se di%HMue ilumina o mundo. A nati&idade da gloriosa =irgem iluminou o mundo, coberto de tre&ase da sombra da morte. 4 por isso di% bem o 4clesi<sticoH omo estrela da man"' no meio da

né&oa etc. aria Sant3ssima, mensageira do Sal&ador e perfeita em tudo >. A estrela daman"' é c"amada de Lcifer, por lu%ir mais claramente entre todos os astros. Por isso é

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c"amada a estrela por e*celBncia. Lcifer, precedendo o sol e anunciando a man"', com alu% do seu fulgor afasta as tre&as da noite. A estrela da man"' ou Lcifer é aria Sant3ssima,/ue, nascida no meio da né&oa, afugentou a né&oa tenebrosa, e na man"' da gra0aanunciou o sol da (usti0a aos /ue "abita&am nas tre&as. ela di% o Sen"or a ;) Zs tupor&entura /ue fa%es aparecer a seu tempo a estrela da man"' ;) N@,N>:.Muando c"egou otempo da miseric)rdia Salmo 1?1,16:, o tempo de edificar a casa do Sen"or, o tempoaceit<&el e o dia da sal&a0'o, o Sen"or fe% aparecer a estrela da man"', aria Sant3ssima,para lu% dos po&os. Cs po&os de&em di%er o /ue disseram a ;udite, como se lB no seu li&roHC Sen"or aben0ooute com a sua fortale%a, por/ue ele por ti ani/uilou os nossos inimigosY fil"a, tu és bendita do Sen"or eus alt3ssimo, sobre todas as mul"eres /ue "< sobre aterra. !endito se(a o Sen"or, /ue criou o céu e a terra, /ue te dirigiu para cortares a cabe0aao pr3ncipe dos nossos inimigos. Por/ue "o(e engrandeceu o teu nome tanto, /ue nunca oteu lou&or se apartar< da boca dos "omens ;udite 1N, >>>5:. -oi, portanto, ariaSant3ssima, na sua ati&idade, como a estrela da man"'. ela di% ainda Isa3asH Sair< uma&ara do tronco de ;essé, e uma flor brotar< da sua rai% Isa3as 11, 1:. 2eparese /ue ariaSant3ssima se c"ama &ara, por causa das cinco propriedades /ue esta possuiH é longa, reta,s)lida, gr<cil e fle*3&el. aria Sant3ssima foi longa na contempla0'o, reta na perfei0'o da

 (usti0a, s)lida na estabilidade do entendimento, gr<cil na pobre%a, fle*3&el na "umildade.4sta &ara saiu da rai% de ;essé, pai de a&i, de /uem pro&eio aria, da /ual nasceu ;esus,/ue se c"ama o risto ateus 1, 1G:. Por isso se lB no 4&angel"o de "o(eH Li&ro da gera0'ode ;esus risto, fil"o de a&i ateus 1,1:.N. Sair< uma &ara da rai% de ;essé e uma flor sair< das suas ra3%es. =e(amos o /uesignificam, no sentido moral, as trBs pala&rasH rai%, &ara, flor. A rai% significa a "umildade decora0'o a &ara, a retid'o da confiss'o e a disciplina da satisfa0'o a flor, a esperan0a dafelicidade eterna. ;essé interpretase il"a ou sacrif3cio, e significa o penitente, cu(o esp3ritode&e ser uma espécie de il"a. "amase il"a, por estar situado no sal, isto é, no mar. Cesp3rito do penitente situase no mar, ou se(a, na amargura. C penitente é batido pelasondas das tenta0#es e, toda&ia, fica firme. 4 oferece ao Sen"or um sacrif3cio em odor desua&idade. A rai% de ;essé é a "umildade da contri0'o, de /ue sai a &ara da confiss'o reta e

a disciplina da discreta mortifica0'o. 4 obser&ese /ue a flor n'o brota do cimo da &ara, masda rai%. Kma flor brotar< da sua rai%, por/ue a flor, ou a esperan0a da felicidade eterna,brota, n'o da mortifica0'o do corpo, mas da "umildade do esp3rito. om tudo isto concorda o/ue se lB no 4&angel"o de "o(e, em /ue S'o ateus, descre&endo a gera0'o de risto,primeiro p#e Abra'o, em segundo lugar a&i, em terceiro a transmigra0'o da !abilônia.Abra'o /ue disseH -alarei ao meu Sen"or, embora eu se(a p) e cin%a JBnesis 1@, >O:,designa a "umildade do cora0'o a&i, cu(o cora0'o reto este&e com o Sen"orH 4ncontreia&i, um "omem segundo o meu cora0'oAtos 1N, >>:, a retid'o da confiss'o a transmigra0'o de !abilônia, a disciplina damortifica0'o e a tolerncia da tribula0'o. Se e*istirem em ti estas trBs gera0#es, conseguir<sa /uarta gera0'o, a de ;esus risto, /ue nasceu da =irgem aria, de cu(a ati&idade se di%"o(eH omo a estrela da man"' no meio da né&oa. 6. 4 enfimH 4 como a lua c"eia bril"adurante a sua &ida. aria Sant3ssima c"amase lua c"eia, por/ue perfeita sob todos osaspectos. A lua é imperfeita no /uarto crescente ou minguante, por/ue tem manc"a epontas. as a gloriosa =irgem nem na sua ati&idade te&e manc"a, por/ue foi santificada no&entre materno e guardada pelos An(os, nem durante a &ida possuiu as pontas da soberba,e, por isso, bril"a plena e perfeita. "amase lu%, por diluir as tre&as. 2ogamoste, portanto,Sen"ora nossa, /ue tu, 4strela da man"', afastes com o teu esplendor a né&oa da sugest'odiab)lica, /ue encobre a terra do nosso esp3rito tu /ue és a lua c"eia, enc"as o nosso &a%io,diluas as tre&as dos nossos pecados, a fim de /ue mere0amos c"egar + plenitude da &idaeterna, + lu% da gl)ria sem fal"a. Au*ilienos o Sen"or, /ue te criou para seres a nossa lu%.Para nascer de ti, fe%te nascer "o(e. A 4le se(a prestada "onra e gl)ria pelos séculos dosséculos. Amém. Santo Antônio de Lisboa, Cbras ompletas, Lello Irm'o 4ditores, 19@O,

=olume I, pp. 9?19?5.ompila0'oH -rei Antônio orniatti, C- on&

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Ser!ão aos penitentes ou religiosos e a confissão1. a/uele tempo, disse ;esus aos seus disc3pulosH Qa&er< sinais no sol , na lua e nasestrelas Lc>1,>5:. >. i% Isa3asH a/uele dia ac"arse< o germe do Sen"or emmagnificBncia e o fruto da terra é sublime Is. 6,>:. 4sta e*press'o é aplicada, no sentidomoral, ao pecador con&ertido. C dia é o sol /ue resplende sobre a terra. Muando o sol dagra0a ilumina a terra, isto é, a mente do pecador, ent'o ela produ% por si s) o germe doSen"or, /ue simboli%a a contri0'o. om efeito, Isa3as di%H A c"u&a e a ne&e descem do céu einebriam a terra e fecundamna e fa%emna germinar, a fim de /ue dB semente ao /uesemeia e p'o ao /ue come Is 55,1?:. A c"u&a e a ne&e representam a gra0a do 4sp3ritoSanto. omo a c"u&a e a ne&e, a gra0a desce do céu, isto é, da miseric)rdia di&ina. 4 inebriaa terra, /uer di%er, o pecador &oltado para as coisas da terra, a fim de /ue a elas se torneinsens3&el se arrependa até +s l<grimas e se manifeste o segredo do seu pecado.e fato, a embriague% produ% estes trBs efeitosH torna insens3&el, pro&oca as l<grimas, edescobre os segredos. 4 fecundamna com o esp3rito de pobre%a, da /ual di% Isa3asH Sobren)s se derrame o esp3rito l< do alto Is N>,15:, para /ue n'o arda, como refere ;), sobre elaa sede da cobi0a ;) 1@,9:. 4 a fa% germinar mara&il"osamente. Isto acontece /uando opecador se arrepende de modo absoluto de todos os pecados cometidos e de todas as

omiss#es. 4nt'o, produ% a semente das boas obras ao /ue semeia, ou se(a, ao penitente /uesemeia entre l<grimas e p'o ao /ue come por/ue col"er< em meio + alegria. Portanto,na/uele dia ac"arse< o germe do Sen"or em magnificBncia. 4 em gl)ria.o germe da contri0'o procede a gl)ria da confiss'o. esta escre&e Isa3as + alma penitenteHSerl"e< dada a gl)ria do L3bano, a formosura do armelo e de Saron Is.N5,>:. L3bano seinterpreta a brancuraarmelo, a circuncis'o e Saron, o canto de triste%a. A confiss'o produ% estes trBs efeitosHbran/ueia a alma, elimina as coisas supérfluas e c"orando, canta tristemente a melodiaH Amin"a alma est< triste até + morte t >G,N@:. e fato, a mul"er /uando d< + lu% est< emtriste%a ;o 1G,>1:. a brancura da alma, li&re do pecado, di% Isa3asH Isto acontecer< /uandoo Sen"or ti&er limpado as manc"as das fil"as de Si'o e la&ado o sangue do meio de;erusalém com esp3rito de (usti0a e em esp3rito de ardor Is 6,6:. As manc"as indicam a

imund3cie dos pensamentos. e fato, di% ;eremiasH As suas manc"as c"egam até aos seuspés Lam 1,9:, isto é, aos afetos o sangue significa a lu*ria da carne, /ue o Sen"or limpou+s fil"as de Si'o, isto é, +s almas de Si'o, as almas /ue pertencem + Igre(a com esp3rito de (usti0a, /ue é a confiss'o, na /ual o penitente se (ulga e se condena a si mesmo e emesp3rito de ardor, /ue é a contri0'o, pela /ual a alma abrasada prorrompe em l<grimas decompun0'o. Sobre as coisas supérfluas /ue de&em ser eliminadas pela confiss'o, Isa3as di%Ha/uele dia, o Sen"or, com uma na&al"a afiada, ou tomada emprestada, condu%ida contraa/ueles /ue est'o da banda de além do rio, rapar< a cabe0a, o pBlo dos pés e a barba todaIs O,6:. A na&al"a, como /ue fa% o "omem no&o, significa a confiss'o, /ue realmente tornano&o o esp3rito do"omem. i% ;eremiasH Preparai o terreno abandonado e n'o semeeis sobre espin"os ;r 6,N:,para /ue estes ao nascer n'o &'o sufocar a pala&ra da confiss'o. 4sta na&al"a se di% afiada,ou tomada emprestadaH afiada, por/ue corta o pecado e as suas circunstncias tomadaemprestada, por/ue o pecador, na obra da sua sal&a0'o, de&e como /ue emprest<la poruma certa soma, /ue é a de&o0'o e a "umildade. om esta na&al"a, o Sen"or rapar< acabe0a dos /ue est'o da banda de além do rio, os /ue transpuseram o rio, ouse(a, os /ue receberam o batismo. A cabe0a e os pés significam o princ3pio e o fim da &ida abarba significa a intrepide% em praticar as boas obras. om o corte afiado de uma &erdadeiraconfiss'o, o Sen"or rapa no penitente os &3cios, significados nos pBlos, desde o in3cio da suacon&ers'o até o fim de sua &ida. 2apa ainda toda a barba a fim de /ue n'o confie emnen"uma obra reali%ada, como se fora dele pr)prio. e&emos confiar, pois, s) na/uele /uenos fe%, e n'o na/uilo /ue n)s fi%emos. Muem nos fe% é todo o bem, o sumo bem mas, obem feito por n)s assemel"ase ao pano de uma mul"er menstruada. Pensa, pois, tu mesmo

em /ue bem se de&e confiar. a &erdade, de&ese confiar no bom Sen"or ;esus, de /uem oprofeta di%H $u és bom Salmo 11@,G@:.

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4scre&e Isa3as do canto de triste%aH Pela colina de Luit subir< cada um c"orando e pelocamin"o de Cronaim ir'o dando gritos de afli0'oIs 15,5:. 4 o fruto da terra é sublime. Cfruto da terra é a satisfa0'o da penitBncia. i% Isa3asH $odo o fruto ser< a e*pia0'o do seupecado Is >O,9:. C fruto da terra é sublime, /uando o penitente é "umilde, "umil"andoseao sublime e "umilde &erdadeiro sol, risto, /ue escondeu o esplendor da sua lu% com ocil3cio da nossa condi0'o mortal. Por isso, o 4&angel"o de "o(e di%H Qa&er< sinais no sol, nalua e nas estrelas.Santo Antônio de Lisboa, Cbras ompletas, Lello Irm'o 8 4ditores, 19@O ompila0'oH -reiAntônio orniatti, C- on&Natal do Sen$or o Nasci!ento do Salvador5. C ascimento do Sal&adorH 4 aconteceu /ue en/uanto l< esta&am Lc >,G:. Cnde é o l<Va casa do p'o e aria é a casa do p'o. C p'o dos an(os se transformou em leite para ospe/ueninos, para /ue os pe/ueninos se tornassem An(os. ei*ai, portanto, as crian0as &irema mim c 1?,16: para /ue suguem e se(am saciados no seio da sua consola0'o. =e(aH oleite é de sabor doce e de aspecto agrad<&elR Assim risto, como di% o !oca de Curo S'o;o'o ris)stomo:, com a sua do0ura atra3a a si os "omens, assim como o diamante atrai oferro. 4le di% de si mesmoH Cs /ue me comem ter'o mais fome e os /ue me bebem ter'o

mais sede 4clesi<stico >6,>9:. Z ainda de aspecto agrad<&elH Para 4le os An(os dese(amol"ar cf 1Pd 1,1>:. ompletaramse os dias em /ue de&ia dar + lu% Lc >,G:. 4is a plenitudedo tempo cf Jl 6,6:, o dia da sal&a0'o cf >or G,>:, o ano da benignidade cf Sl G6,1>:.esde a /ueda de Ad'o até a &inda de risto foi tempo &a%io. e fato di% ;eremiasH Cl"eipara a terra e eis /ue esta&a &a%ia e sem nada ;r 6,>>:, por/ue o iabo tin"a destru3dotudo foi dia de dor ou de enfermidade di% o SalmoH Sempre esti&este perto da cama da suador Sl 6?,5: foi ano de maldi0'o, de fato é dito no li&ro do JBnesisH aldita se(a a terra nastuas obrasJn N,1O:. Qo(e, porém, cumpriramse os dias de dar + lu%. a plenitude deste dia todos n)srecebemos. 4 o SalmoH Seremos c"eios dos bens da tua casa Sl G5,5:. A ti, =irgemSant3ssima, se(a dado lou&or e gl)ria, por/ue "o(e fomos c"eios pela bondade da tua casa,ou se(a, do teu &entre. Antes &a%ios, estamos agora c"eios antes enfermos, agora s'os

antes amaldi0oados, agora aben0oados por/ue como se di% nos nticosH C /ue &em de ti éum para3so t 6,1N:.G. ontinua o 4&angelistaH 4 deu + lu% o seu -il"o primogBnito Lc >,O:. 4is a bondade, eis opara3so. orrei, portanto, famintos, a&arentos e usur<rios, para /uem o din"eiro &ale mais do/ue eus, e comprai sem din"eiro e sem nen"uma permuta Is 55,1: o gr'o de trigo, /ue"o(e a =irgem tirou do tesouro do seu &entre. eu, portanto, + lu% um -il"o. Mue -il"oV C-il"o de eus, 4le mesmo eus. Y felicidade acima de toda felicidadeR este um -il"o a eusPaiR Mual n'o seria a gl)ria duma mul"er pobre%in"a, se desse um fil"o a um imperadordeste mundoV Mu'o maior n'o é a gl)ria de aria =irgem /ue deu um -il"o a eus PaiR eu+ lu% o seu -il"o. C Pai deu a di&indade a 'e, a "umanidade o Pai, a ma(estade a 'e, afra/ue%a. eu + lu% um -il"o, o 4manuel, ou se(a, o eus conosco cf t 1,>N:. Muem,portanto, est< contra n)s cf 2m @,N1:. omo escre&e Isa3asH 4 pôs sobre a sua cabe0a ocapacete da sal&a0'o Is 59,1O:. C capacete é a "umanidade a cabe0a, a di&indade. Acabe0a escondida debai*o do capacete é a di&indade escondida debai*o da "umanidade. 'ose de&e, portanto, ter medo. A &it)ria est< da nossa parte, por/ue conosco est< eusarmado. Jra0as se(am dadas a ti, =irgem gloriosa. Por teu intermédio, eus est< conosco.eu, portanto, + lu% o seu -il"o primogBnito, gerado do Pai antes de todos os séculos, ou oprimogBnito dentre os mortos, ou ent'o, o primogBnito entre muitos irm'os cf 2m @,>9:.O. 4 en&ol&euo em panos e reclinouo numa man(edoura Lc >,O:. Y pobre%aR Y "umildadeRC Sen"or do uni&erso é en&ol&ido em panin"os o 2ei dos an(os é reclinado num est<bulo.4n&ergon"ate, insaci<&el a&are%aR esaparece, ) soberba "umanaR 4n&ol&euo em panos.otese /ue risto no princ3pio e no fim da &ida é en&ol&ido em panos. ;osé de Arimatéia:di% S'o arcos, tendo comprado um len0o e tirandoo da cru%, en&ol&euo num len0ol c

15,6G:. -eli% a/uele /ue terminar a sua &ida en&ol&ido nos panos da inocBncia batismalR C&el"o Ad'o, /uando foi e*pulso do para3so terrestre, &estiu uma tnica de peles cf Jn N,>1:.

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4sta, /uanto mais se la&a, tanto mais se gasta. Isto significa a carnalidade de Ad'o e dosseus descendentes. C no&o Ad'o, porém, foi en&ol&ido em panos. C seu bril"o representanos a pure%a da sua 'e, a inocBncia batismal e a gl)ria da ressurrei0'o final. 4 reclinouonuma man(edoura, por/ue n'o "a&ia lugar para ele na estalagem Lc >,O:. 4is, como est<escrito no li&ro dos Pro&érbios, a cor0a é ben/uista e o &eado é c"eio de gra0a Pr 5,19:. i%a Qist)ria atural /ue a cor0a d< + lu% em camin"o fre/Fentado. $ambém a =irgem Santadeu + lu% no camin"o, por/ue n'o "a&ia lugar na estalagem Lc >,@:. A estalagem se di% emlatim di&ersorium, por/ue para este lugar se c"ega por di&ersos camin"os. Santo Antônio deLisboa, Cbras ompletas, =ol II, pp G>1G>6. Lello e Irm'o 8 editores, 19@O. ompila0'o de-rei Antônio orniatti, C- on&/os Ser!4es de Santo Ant+nio de 6is,oa( pres,íteroBI( CCD BSec* FIIIA linguage! @ viva( .uando fala! as o,rasMuem est< c"eio do 4sp3rito Santo fala &<rias l3nguas. As &<rias l3nguas s'o os &<riostestemun"os sobre risto, como a "umildade, a pobre%a, a paciBncia e a obediBncia falamolas, /uando mostramos aos outros estas &irtudes na nossa &ida. A linguagem é &i&a, /uandofalam as obras. essem, portanto, as pala&ras e falem as obras. e pala&ras estamos c"eios,

mas de obras &a%ios por este moti&o nos amaldi0oa o Sen"or, como amaldi0oou a figueiraem /ue n'o encontrou fruto, mas somente fol"as. i% S'o Jreg)rioH Q< uma norma para opregadorH /ue fa0a a/uilo /ue prega. 4m &'o pregar< os ensinamentos da lei, se destr)i adoutrina com as obras. as os Ap)stolos fala&am conforme a linguagem /ue o 4sp3rito Santol"es concedia. -eli% de /uem fala conforme o 4sp3rito Santo l"e inspira e n'o conforme o /uel"e pareceRQ< alguns /ue falam mo&idos pelo pr)prio esp3rito e, usando as pala&ras dos outros,apresentamnas como pr)prias, atribuindoas a si mesmos. esses e de outros como eles,fala o Sen"or pelo profeta ;eremiasH 4is e contra os profetas /ue roubam uns aos outrosas min"as pala&ras. 4ise contra os profetas, or<culo do Sen"or, /ue for(am a sualinguagem para proferir or<culos. 4ise contra os profetas /ue profeti%am son"osmentirosos 8 or<culo do Sen"or 8 e, contandoos, sedu%em o po&o com mentiras e (actncia,

n'o os tendo 4u en&iado nem dado ordem alguma a esses /ue n'o s'o de nen"uma utilidadepara este po&o 8 or<culo do Sen"or.-alemos, por conseguinte, conforme a linguagem /ue o 4sp3rito Santo nos conceder epe0amosl"e, "umilde e de&otamente, /ue derrame sobre n)s a sua gra0a, para /uepossamos celebrar o dia de Pentecostes com a perfei0'o dos cinco sentidos e a obser&nciado dec<logo, nos reanimemos com o forte &ento da contri0'o e nos inflamemos com essasl3nguas de fogo /ue s'o os lou&ores de eus, a fim de /ue, inflamados e iluminados nosesplendores da santidade, mere0amos &er a eus trino e uno." fingido e o verdadeiro !ortoCs -ioretti Pe/uenas flores: foram escritos em latim, no século XIII, recol"endo "istorietas emilagres /ue se conta&am de -rancisco de Assis. $ambém nasceram D-iorettiE em torno da&ida de Antônio, de Lisboa ou de P<dua. C DLi&ro dos ilagresE foi escrito por Arnaldo deSerranno, na segunda metade do século XI=, dentro da &is'o e da mentalidade da época,/ue todos sabemos compreender. Selecionamos a/ui DC fingido e o &erdadeiro mortoE.urante o seu giro mission<rio pelo -riuli e pela qstria, Santo Antônio c"egou aos arredoresde \dine. L< os franciscanos ainda n'o eram con"ecidos. 4le mesmo era uma figura /uesuscita&a mais desconfian0a do /ue simpatia, mais a&ers'o do /ue acol"imento. ese(oso depregar ao po&o, trepou numa <r&ore. $oda&ia, como referem as tardias tradi0ôes locais, em&e% de pro&ocar ao menos a curiosidade dos /ue se ac"ega&am, causou entre o po&orea0#es de insolBncia, ca0oadas e insultos. C Santo (amais enfrentara tal situa0'o na sua&ida de pregador. Por isso, imitando o gesto de indigna0'o ensinado por risto, sacudiu apoeira dos pés e se afastou. Impressionado, o po&o se arrependeu de sua aspere%a e acabouabrindo o cora0'o a uma sincera de&o0'o para com o arauto de risto. Passou ent'o a

Jemona, onde sua prega0'o col"eu grandes frutos entre a popula0'o. A/uela gente o le&oua erigir uma capela em "onra da =irgem Sant3ssima. Para constru3la iniciaramse os

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