lançamento contou com a presença de parlamentares, repre-sentantes de diversas

Bibliotecas Públicas, Minis-tério da Educação, Ministé-rio da Cultura, do curso de Biblioteconomia da Univer-sidade de Brasília, além do Conselho Federal de Biblio-tecários, dentre outros.

O objetivo da Frente é discutir o papel estratégico da Biblioteca Pública na formação intelectual do cidadão, promover debates sobre políticas de criação, modernização e capacitação técnica dos profissionais para garantir acesso amplo e irrestrito da sociedade à leitura.

Em seu discurso de aber-tura, o deputado federal José Stédile (PSB/RS) falou sobre a importância das

Deputado José Stédile quer ampliar número de bibliotecas públicas no País

Em iniciativa inédita para o setor, o deputado federal José Stédile (PSB-RS) lançou no dia 4 de outubro a Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública.

O bibliotecas públicas na for-mação da cidadania e na compreensão do processo democrático do país. Sté-dile destacou ainda o fato de a biblioteca pública não ser prioridade para os gestores e nem para os políticos, que não desti-nam emendas para o setor.

“Queremos debater e planejar o futuro das bibli otecas pú-blicas”, afirmou.

Além de destinar mais verbas, Stédile quer garantir na lei a implantação de mais bibliotecas no País, assim como sua modernização e a valorização dos bibliote-cários. “Vamos trabalhar para que os homens e as mulheres brasileiras enxerguem o mundo com outros olhos, sem limita-ções. Não é possível pensar que exista um país com o crescimento do nosso que possui uma taxa de 70% de analfabetos funcionais”, afirmou Stédile.

Para isso, o Deputado conta com o apoio não só das entidades políticas, como da sociedade civil.

Foto: Beto Oliveira

Se o povo não participar e não for consciente, não existe democracia real. Se houvesse uma cultura leito-ra, de pessoas que acompa-nham o que ocorre no país, com certeza teríamos um Brasil melhor sucedido.

(Deputado José Stédile)

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O comprometimento dos especia-listas presentes ficou claro nas suas falas.

Depoimentos emocionados demonstraram a vontade em abraçar a causa. Também foi fundamental para o lan-çamento a colaboração de Sônia Zanchetta, da Câmara Riograndense do Livro.

Com a instalação da Frente, Stédile vai trabalhar em ações de previsão orçamentária e produção de legislação para a implantação de novas bibliotecas, melhoria e modernização das que já existem, qualificação e capa-citação dos bibliotecários e pela defesa do direito do cidadão de acesso à leitura. Também pretende instituir prêmios para bibliotecas e bibliotecários.

Depoimentos emocionados marcaram o lançamento da Frente Parlamentar

A Frente Parlamentar em Defesa das Bibliotecas Públicas conta com a assinatura de mais de 200 deputados federais e o apoio das entidades representativas das áreas de educação e cultura de todo o país.

Página 2 - Outubro de 2011

“A biblioteca pública é um espaço de excelência que deve ser valorizado. Bibliotecas trabalham com algo fundamental, o acesso universal ao conhecimento,

mas para cumprir plenamente o seu papel devem ser valorizadas. Além disso, devem ter acesso fácil em todos

os sentidos para realmente serem democráticas”.

Confira alguns dos depoimentosJoão Carneiro, presidente da Câmara

Riograndense do Livro

“José Stédile está iniciando muito bem o seu primeiro mandato. Há mais de 12 anos na Câmara, não lembro de outro colega ter tal iniciativa. A partir de

agora essa Casa tem uma nova marca, de um deputado que possui uma preocupação especial

com a leitura e a cultura”.

Luiza Erundina, Deputada Federal do PSB/SP

Foto: Beto Oliveira

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“As bibliotecas deveriam funcionar como centros culturais, abertas 24 horas por dia. Sugiro a criação de benefícios legais para instituições e pessoas que investirem em bibliotecas, a exemplo da lei do mecenato. Desta forma, evita-se a descontinuidade dos investimentos dos governos. São cinco décadas de festa e fome, de entusiasmo e de desânimo. É para mim um renascer acreditar que nós estamos instalando uma Frente Parlamentar para defender uma causa tão justa como esta da biblioteca pública”.

Antonio Miranda, diretor da Biblioteca Nacional de Brasília

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Depoimentos emocionados marcaram o lançamento da Frente Parlamentar

A Frente Parlamentar em Defesa das Bibliotecas Públicas conta com a assinatura de mais de 200 deputados federais e o apoio das entidades representativas das áreas de educação e cultura de todo o país.

Outubro de 2011 - Página 3

“Necessitamos de políticas de manutenção, gestão, modernização e avaliação das Bibliotecas Públicas. Não basta

apenas implantar unidades pelo país. Precisamos zelar pelo bom funcionamento delas”.

Fabiano Santos, diretor do Livro e da Leitura do Ministério da Cultura

“Esse dia vai ficar marcado na história do curso de Biblioteconomia da Universidade. Em toda a minha vida

nunca tive a oportunidade de presenciar uma iniciativa como essa. As tecnologias jamais vão transformar a realidade,

somente pessoas com iniciativas como essa transformam”.

Maria Alice Borges, docente do curso de Biblioteconomia na UnB

“O momento é extremamente favorável para o fortalecimento das Bibliotecas Públicas no país. Nós já temos um diagnóstico da situação. Contamos com projetos do Governo como o Programa Nacional de Livro e Leitura, além do recém lançado Cadastro Nacional das Bibliotecas Públicas. Basta começar a trabalhar. Nosso compromisso com a Frente Parlamentar é integral. Acreditamos que podemos avançar na qualificação das bibliotecas que devem ser ambientes lúdicos e bem equipados, com profissionais qualificados”.

Nêmora Rodrigues, presidente do Conselho Nacional de Biblioteconomia

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“Temos trabalhado na ampliação do acervo das bibliotecas infantis e do número de crianças que acessam esse acervo. Nós temos o objetivo de transformar o Brasil em um país

de leitores, e nesse objetivo, estamos trabalhando em conjunto com a iniciativa do Deputado José Stédile.”

Jane Cristina, Coordenadora Geral de Materias Didáticos do MEC

“A maior dificuldade das bibliotecas públicas hoje é na área de pessoal. Nós precisamos de salários decentes para os bibliotecários. Precisamos de verba de manutenção e

não só de material.”

Maria da Conceição Salles, coordenadora da Biblioteca Demonstrativa de Brasília

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1º Censo Nacional das Bibliotecas Pú-blicas Municipais mostra que, em 2009, 79% dos mu-

nicípios brasileiros possuí-am ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 4.763 bibliotecas em 4.413 municípios. Em 13% dos casos, as BPMs ainda estão em fase de implantação ou reabertura e em 8% estão fechadas, extintas ou nun-ca existiram. Consideran-do aquelas que estão em funcionamento, são 2,67 bibliotecas por 100 mil ha-bitantes no país.

O levantamento aponta que as BPMs emprestam 296 livros por mês e têm acervo entre dois mil e cinco mil volumes (35%). Quase a metade possui computa-

Página 4 - outubro de 2011

Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais revela o perfil das instituições

Mapeamento inédito de 2010 foi encomendado pelo Ministério da Cultura à Fundação Getúlio Vargas

dor com acesso à Internet (45%), mas somente 29% oferecem este serviço para o público. Os usuários fre-quentam o local em média duas vezes por semana e utilizam o equipamento

EXPEDIENTEInformativo do Mandato Parlamentar do Deputado Federal José StédileGabinete em Brasília: Câmara dos Deputados, Praça dos Três Poderes - Anexo IV - Gab. 354 - (061) 3215.5354 - Fax (061) 3215.2354 - CEP.: 70160-900. Escritório Regional: Travessa do Carmo, 142 - Cidade Baixa - Porto Alegre - RS - CEP.: 90050-210 - (51) 3519.9050.Jornalista Responsável: Katia Marko DRT7969 - Redação: Luana Richter - Projeto gráfico e diagramação: Marcelo Souza Impressão: Gráfica Relâmpago - Tiragem: 90.000 exemplares

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preferencialmente para pes-quisas escolares (65%).

Praticamente todas as bibliotecas funcionam de dia, de segunda à sexta (99%), algumas aos sábados (12%), poucas aos domingos

(1%). No período noturno, somente 24% estão abertas aos usuários. A maioria dos dirigentes das BPMs são mulheres (84%) e tem nível superior (57%).

Foram pesquisados to-dos os 5.565 municípios brasileiros. No período de setembro a novembro de 2009, 4.905 municípios fo-ram visitados para a análise de existência e condições de funcionamento de BPMs.

Os 660 municípios res-tantes – identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008 pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e atendidos pelo Programa Mais Cultura com a ins-talação de BPMs – foram pesquisados por contato telefônico, até janeiro de 2010.

Região Sul tem mais bibliotecas por 100 mil habitantesO Sul é a região com mais bi-

bliotecas por 100 mil habitantes (4,06), seguida do Centro-Oeste (2,93), Nordeste (2,23), Sudeste (2,12) e Norte (2,01). Tocantins (7,7 por 100 mil) é a unidade da federação com melhor índice,

bem à frente das demais: Santa Catarina (4,5), Minas Gerais (4,1) e Rio Grande do Sul (4,0). Entre os piores índices estão Amazonas (0,70), Distrito Federal (0,76), Rio de Janeiro (0,86), Acre (1,44), Pará (1,60) e São Paulo (1,62).

Segundo a pesquisa, a re-gião Sudeste é a que possui mais municípios com bibliote-cas abertas (92%), seguida do Sul (89%), Centro-Oeste (81%), Norte (66%) e Nordeste (64%). O Distrito Federal, com apenas

uma cidade, Brasília, é a unidade da Federação que tem mais loca-li dades com bibliotecas (100%), seguida pelo Espírito Santo (97%) e Santa Catarina (94%). O Piauí (34%) e o Amazonas (37%) têm os menores percentuais.

Municípios com pelo menos uma BPM - Recorte por região - Possui ou não biblioteca pública municipal: