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Boletim da Corrente Proletária dos Eletricitários do Partido Operário Revolucionário - Nº 18 - Outubro de 2011 Política Operária: A corrupção é inerente ao capitalismo No dia 12 de outubro, cerca de 20 mil pesso- as saíram às ruas para protestar contra a cor- rupção na política. Inúmeros casos vieram à tona nos últimos meses. Nos ministérios (transporte, turismo), no Legislativo (emendas parlamentares no orçamento), no Judiciário (lavagem de dinheiro, arquivamento de pro- cessos de propina). Além disso, está na memó- ria da população o caso do Mensalão (compra de votos dos deputados para aprovação de projetos) e muitos outros. Por isso, os manifestantes utilizaram como símbolos do movimento vassouras, pizzas, más- caras de políticos etc. Alguns políticos burgueses foram vaiados em praça pública ou impedidos de falar ao microfone e outros lembrados por seus atos ilícitos, como o caso da deputada Ja- queline Roriz, de Brasília. As bandeiras levantadas pelo movimento se restringiam ao fim do voto secreto no Congresso, aplicação da Lei da Ficha Limpa, fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça (órgão de con- trole externo do judiciário), implantação do voto aberto das votações do Congresso Nacional e, por fim, investimentos em saúde e educação. Em alguns estados houve a proposta de tornar a cor- rupção em crime hediondo, passível de prisão inafiançável. Esse movimento expressa os interesses da classe média. O protesto ocorre na linha de ma- nutenção do capitalismo apodrecido. E tem por objetivo não declarado o desgaste eleitoral do governo Dilma O movimento não consegue ir além e perce- ber que a corrupção é inerente ao sistema capi- talista. Que os partidos burgueses e suas instâncias “democráticas” só podem sobreviver através da barganha e da corrupção. As quadri- lhas que se formam no bojo do Legislativo, Exe- cutivo e Judiciário são de conhecimento de todos os exploradores e dos governos e, para acabar com elas, somente colocando abaixo o capitalismo e a classe que o sustenta, ou seja, a burguesia. O capitalismo já nasceu corrompido e nunca poderá ser corrigido. A corrupção serve para garantir a perma- nência do sistema, que coloca na miséria mi- lhões de pessoas que só poderão sobreviver vendendo sua força de trabalho, inclusive a juventude que está nas ruas, cujo índice de de- semprego chega a 28%. Que condiciona a mai- oria dos trabalhadores a viverem com um salário mínimo de R$ 545,00. No entanto, os problemas acarretados pelo capitalismo deca- dente não são alvo das críticas dos manifes- tantes. A juventude e os trabalhadores somente te- rão êxito em sua luta contra a corrupção quan- do as reivindicações elementares da classe operária e demais oprimidos como salário, emprego e melhores condições de vida, estive- rem no alto, pois a corrupção é apenas mais uma das mazelas produzidas pelo capitalismo apodrecido. Romper com as ilusões democrá- ticas e avançar na luta pelo socialismo. Para tanto, torna-se urgente a construção o partido revolucionário no Brasil e em todos os países do mundo.

Boletim Nossa Classe nº 18

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Boletim da Corrente Proletária nos Eletrecitários Outubro de 2011

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Page 1: Boletim Nossa Classe nº 18

Boletim da Corrente Proletária dos Eletricitários do Partido Operário Revolucionário - Nº 18 - Outubro de 2011

Política Operária:

A corrupção é inerente ao capitalismoNo dia 12 de outubro, cerca de 20 mil pesso-

as saíram às ruas para protestar contra a cor-rupção na política. Inúmeros casos vieram àtona nos últimos meses. Nos ministérios(transporte, turismo), no Legislativo (emendasparlamentares no orçamento), no Judiciário(lavagem de dinheiro, arquivamento de pro-cessos de propina). Além disso, está na memó-ria da população o caso do Mensalão (comprade votos dos deputados para aprovação deprojetos) e muitos outros.

Por isso, os manifestantes utilizaram comosímbolos do movimento vassouras, pizzas, más-caras de políticos etc. Alguns políticos burguesesforam vaiados em praça pública ou impedidosde falar ao microfone e outros lembrados porseus atos ilícitos, como o caso da deputada Ja-queline Roriz, de Brasília.

As bandeiras levantadas pelo movimento serestringiam ao fim do voto secreto no Congresso,aplicação da Lei da Ficha Limpa, fortalecimentodo Conselho Nacional de Justiça (órgão de con-trole externo do judiciário), implantação do votoaberto das votações do Congresso Nacional e,por fim, investimentos em saúde e educação. Emalguns estados houve a proposta de tornar a cor-rupção em crime hediondo, passível de prisãoinafiançável.

Esse movimento expressa os interesses daclasse média. O protesto ocorre na linha de ma-nutenção do capitalismo apodrecido. E tem porobjetivo não declarado o desgaste eleitoral dogoverno Dilma

O movimento não consegue ir além e perce-

ber que a corrupção é inerente ao sistema capi-talista. Que os partidos burgueses e suasinstâncias “democráticas” só podem sobreviveratravés da barganha e da corrupção. As quadri-lhas que se formam no bojo do Legislativo, Exe-cutivo e Judiciário são de conhecimento detodos os exploradores e dos governos e, paraacabar com elas, somente colocando abaixo ocapitalismo e a classe que o sustenta, ou seja, aburguesia. O capitalismo já nasceu corrompidoe nunca poderá ser corrigido.

A corrupção serve para garantir a perma-nência do sistema, que coloca na miséria mi-lhões de pessoas que só poderão sobrevivervendendo sua força de trabalho, inclusive ajuventude que está nas ruas, cujo índice de de-semprego chega a 28%. Que condiciona a mai-oria dos trabalhadores a viverem com umsalário mínimo de R$ 545,00. No entanto, osproblemas acarretados pelo capitalismo deca-dente não são alvo das críticas dos manifes-tantes.

A juventude e os trabalhadores somente te-rão êxito em sua luta contra a corrupção quan-do as reivindicações elementares da classeoperária e demais oprimidos como salário,emprego e melhores condições de vida, estive-rem no alto, pois a corrupção é apenas maisuma das mazelas produzidas pelo capitalismoapodrecido. Romper com as ilusões democrá-ticas e avançar na luta pelo socialismo. Paratanto, torna-se urgente a construção o partidorevolucionário no Brasil e em todos os paísesdo mundo.

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Precisamos retomar a luta por salário econdições de trabalho

Companheiros, a campanha salarial desteano, passou em brancas nuvens, não fomos capa-zes de ter uma campanha salarial à altura das re-ais necessidades dos eletricitários.

O reajuste de 5% que recebemos no salário basejá foi totalmente corroído pela inflação, que pelosdados confirmados do IBGE já passou de 7,30%.

E apesar de em setembro recebermos a 1° par-cela da PLR, esta não passa de mais um abonoque não é incorporado ao salário. Essa é uma for-ma da AES não pagar nossos direitos integrais,caso esse montante fosse adicionado aos salários

(13º salário, aposentadoria dentre outros).Temos visto no mês de setembro várias cate-

gorias em luta: metalúrgicos, bancários, correios,que buscaram arrancar do patronato suas neces-sidades mais sentidas, está na hora de fazermos omesmo e retomar nossa luta por salário e melho-res condições de trabalho.

** Viva a luta dos trabalhadores!** Abaixo a repressão, pelo direito irrestrito de

greve e manifestação da classe operária.** Nós eletricitários apoiamos sua luta e mani-

festação.

A precariedade das condições de trabalho nosetor de moto atendimento

Temos afirmado que a direção do Sindicatodos Eletricitários de São Paulo está descolada darealidade da categoria e exerce um papel de fre-io, que amortece as tendências de luta da catego-ria, a isso damos o nome de burocracia sindical,de carreiristas, que comem e dormem às custasdos trabalhadores eletricitários. É só conversarcom os trabalhadores terceirizados para ver amiséria salarial e aumento da exploração a queesses trabalhadores estão submetidos.

Todas as empreiteiras têm explorado ao máxi-

mo os trabalhadores.Neste boletim denunciamos os abusos feitos

com os trabalhadores terceirizados do moto aten-dimento. Os mesmos estão reclamando que suasmotos não são seguras para o trabalho que efetu-am (Lifan chinesas), os freios e as setas não funcio-nam corretamente, o peso excessivo no baúaumenta ainda mais a instabilidade da moto, o quejá acarretou acidentes fatais com trabalhadores.

** Cadê a direção do sindicato para coibir estas prá-ticas, ou o conluio com a patronal não os deixa agir?

Tolerância zero não!A direção sindical soltou um boletim sobre to-

lerância zero na AES. A chefia agiu de imediato,sumindo com os boletins e mandando retirar to-dos os adesivos contra sua intolerância.

Afinal não foram os chefes que demitiramnossos companheiros por justa causa, os 2 traba-lhadores do setor de recuperação de perdas. Sãopais de família que trabalharam oito e quinzeanos na empresa e saíram sem receber nada deseus direitos trabalhistas, demitidos quando es-tavam trabalhando em desvio de função, sem odevido treinamento.

Isso sem falar na série de suspensões e adver-tências a outros companheiros.

Se o sindicato estivesse organizado no local detrabalho, com certeza os trabalhadores dariamuma resposta à altura. Como não está, a AES agede forma opressiva.

** Abaixo a repressão** Abaixo aos chefes serviçais** Sindicato é o trabalhador organizado perma-

nentemente para defender seus interesses de classe.** Pela reestatização da Eletropaulo sem inde-

nização!