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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e

[Planejamento Estratégico]2008-2012

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eSUMÁRIO EXECUTIVO

INTRODUÇÃO

PARTICIPANTES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

OBJETIVOS

METODOLOGIA

CONTEXTO DO PLANEJAMENTO

REFLEXÃO ESTRATÉGICA

ENTREVISTAS

CONTEXTUALIZAÇÃO DO SETOR

ANÁLISE SWOT

REUNIÕES DE PLANEJAMENTO / MATRIZ ESTRATÉGICA

MISSÃO, VISÃO, VALORES E MAPA ESTRATÉGICO

PROJETOS ESTRATÉGICOS

RECOMENDAÇÕES

REFERENCIAL TEÓRICO

[Índ

ice]

[04]

[05]

[06]

[07]

[08]

[09]

[10]

[12]

[17]

[21]

[25]

[35]

[37]

03

[42]

[46]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] ePlanejamento Estratégico

O Processo de Planejamento Estra-

tégico ocorreu durante os meses

de agosto a novembro, onde inicial-

mente 31 colaboradores de níveis de

coordenação e superiores puderam

participar diretamente do processo

reflexivo a respeito dos cenários in-

ternos e externos à Essencis e por

meio disso, identificar os 5 projetos

estratégicos para os próximos 5 anos.

Além disso, outros colaboradores das

unidades participaram indiretamente

do processo enviando suas contri-

buições para a coordenação do pro-

jeto.

Escopo do trabalho

Facilitação de um processo de re-

flexão em torno de seu core business

e a construção um ponto de vista co-

letivo e comum sobre a estratégia da

organização utilizando o conhecimen-

to já existente na própria Essencis.

O trabalho ocorreu em 5 fases, sendo

elas:

1. Pre-work.

2. Lançamento.

3. Diagnóstico.

4. Reuniões de Planejamento.

5. Devolutiva.

Contexto do Planejamento Estraté-

gico

Neste item encontra-se um breve re-

lato a respeito da Essencis e dos pro-

cessos de Planejamento Estratégicos

que a empresa já passou anterior-

mente.

O Processo de Planejamento

- Lançamento.

- Análise de Ambiente .

- Entrevistas.

- Reflexão Estratégica.

Realizaram-se 4 rodadas de reuniões

de Planejamento onde a Matriz Estra-

tégica foi utilizada como instrumento

para a discussão estratégica.

Mapa Estratégico

Foi construído o Mapa Estratégico

da Essencis com base nos objetivos

estratégicos resultantes do Planeja-

mento Estratégico.

Ao final das reuniões três Eixos Estra-

tégicos e três Objetivos Estratégicos

foram identificados. Com base neste

entendimento definiram-se os 5 Pro-

jetos Estratégicos e a reestruturação

de talentos por competências para

atender às novas demandas estraté-

gicas.

[Sum

ário

Exe

cuti

vo]

04

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eO presente relatório foi elaborado com

base no processo de Planejamento

Estratégico da Essencis Soluções

Ambientais realizado no período entre os

meses de agosto a novembro de 2007.

Ao longo desses quatro meses de trabalho

o grupo compartilhou conhecimentos,

passou por um processo reflexivo a

respeito do que se espera para o futuro

da empresa, reavaliou a sua Missão, reviu

seus paradigmas e convenções, e como

conclusão traçou três eixos estratégicos

que darão suporte aos 5 projetos

estratégicos para os próximos 5 anos

(2008 - 2012).

A partir da estratégia delimitada, elaborou-

se o Mapa Estratégico da Essencis, que

servirá para a comunicação e disseminação

da mesma para toda a empresa

propiciando um maior alinhamento e foco

entre todas as unidades.

Ainda nesse processo, como meta

resultado das reuniões, o grupo aproveitou

para nivelar seu entendimento sobre a

estratégia da Essencis e compartilhar

informações fundamentais para o

negócio.

As reuniões contaram com o apoio da facilitação de discussão do Professor Moysés Simantob e

equipe.

A metodologia de reflexão através do uso da Matriz Estratégica permitiu que o produto deste

trabalho fosse fruto de um processo de construção coletiva.

[Int

rodu

ção]

05

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e1. Alessandro J Guimarães – Coordenador de Remediação MG

2. Aluisio Peres - Gestor Regional MG

3. Ângelo Gondim - Gestor Comercial MG

4. Antônio Lacerda de Menezes - Gerente Operacional Magé / RJ

5. Carla Tolosa Rodriguez – Coordenadora de Remediação SP

6. Carlos Fernandes - Presidente

7. Claudinéia Martins - Gestor Comercial PR

8. Cristina Bertolino - Gerente RH Corporativo

9. Eduardo Ken - Coordenador Operacional MG

10. Eduardo Ruther - Coordenador Operacional Remediação RS

11. Edson Meneghini - Gestor Regional SP (atual)

12. Elson Rodrigues - Gestor Regional RJ

13. Fabiana Perez - Comercial Grandes Clientes

14. Fabiano Souza - Gerente Operacional Incineração

15. Fabiano Zago - Coordenador Operacional SC

16. Fabíola Vizentim – Assistente de Qualidade e Meio Ambiente

17. Francisco César Coelho - Supervisor Comercial SC

18. Gabriela Fernandes - Coordenador Operacional PR

19. Giovanna Setti - Gestor de Remediação

20. Luciano Amaral - Gestor Regional SP (ex)

21. Luis Fernandes - Gestor de Remediação - Projeto Transpetro

22. Luzia Galdeano - Gerente Operacional Caieiras

23. Marcio Krause - Gestor Comercial RJ

24. Marcio Mecca - Superintendente Comercial

25. Marcos Aurélio - Gestor Regional SC

26. Mariana Araújo - Gerente Jurídico corporativo

27. Paulo Mandarino - Gestor Regional PR

28. Patricia G M Fausto – Analista de Recursos Humanos

29. Reinaldo Martinho – Superintendente Administrativo Financeiro Corporativo

30. Roberto Lopes - Gerente Técnico Corporativo

31. Vagner Luna - Coordenador Comercial SP

[Par

tici

pant

es]

Outros colaboradores das Unidades participaram do processo, enviando suas contribuições aos

seus líderes e participando das reuniões de disseminação do Planejamento Estratégico que ocor-

reram em cada Unidade.

06

Page 7: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eObjetivosPromover a reflexão crítica a respeito da identidade da Essencis.

Fortalecer a colaboração e compartilhamento de conhecimentos.

Rever a missão e elaborar a visão para 2008 – 2012.

Elaborar coletivamente objetivos estratégicos.

Introduzir aspectos de uma organização inovadora sustentável em sua reflexão.

Escopo do TrabalhoAssessoria em Planejamento Estratégico

Identificação de Projetos Estratégicos

Atualização da Missão e Visão

Abordagem

Aproveitar o potencial de conhecimento já existente na Essencis.

Promover um processo de reflexão em torno de seu core business e construir um ponto de

vista coletivo e comum sobre a estratégia da organização.

Construir o compromisso com o desdobramento escrito da estratégia em Planos Táticos e

Operacionais.

Inserir na revisão da visão estratégica aspectos de uma organização inovadora. Tomando-

se como referência os livros “Organizações Inovadoras Sustentáveis” de Barbieri e

Simantob e “The Capitalism at the Crossroad”, de Stuart Hart, além de outras fontes de

consulta disponíveis em Centros de Estudos como o GVCES da FGV-EAESP e, em pesquisas

sobre megatrends, tecnologias disruptivas, benchmarks e análises ambientais dirigidas às

questões de normalização, legislação e regulamentações.

1.

2.

3.

4.

[Obj

etiv

os]

07

Page 8: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eMetodologia de TrabalhoDesenvolver as noções do Pensamento Estratégico Dinâmico confrontando com o

Planejamento Estratégico Clássico.

Realizar Análise SWOT e a correlação entre os quadrantes.

Facilitar o processo como um todo para a identificação de Projetos Estratégicos.

Etapas do Processo de TrabalhoConstituição da Equipe Interna de Trabalho

Elaboração de uma Agenda de Trabalho com 4 fases:

Fase 1: Pre-work – Reuniões de preparação com a equipe e interna agosto 07

Fase 2: Lançamento do Planejamento Estratégico – 03 setembro 2007

Fase 3: Diagnóstico – SWOT, entrevistas, questionários e visitas às unidades

Fase 4: Reuniões de Planejamento Estratégico (foram realizadas 4 rodadas de reuniões em

outubro de 2007)

1.

2.3.

1.2.

[Met

odol

ogia

]

A figura 1 representa o fluxo do processo de Planejamento Estratégico realizado na Essencis. Como resultado foram identificados 5 Projetos Estratégicos para os próximos 5 anos.

Figura 1

08

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e[C

onte

xto]

CONTEXTO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Um breve histórico do Negócio

A Essencis foi fundada em setembro de 2001, e tem como seus controladores os grupos

Camargo Corrêa e Suez Ambiental.

A Essencis tem seu foco de atuação no mercado de Resíduos Industriais oferecendo desde

sua origem os diferenciais de multitecnologia e segurança para seus clientes.

(2002 – 2003) Inicialmente a área comercial atuava organizada por tecnologia o que

ocasionava uma situação de competição interna entre diferentes tecnologias.

Nos anos de 2002 e 2003 receberam consultoria da PriceWaterhouse, que os auxiliou no

Planejamento Estratégico.

A empresa passou por um redesenho em 2003 e, a partir de então, opera por Regionais que

comercializam todas as tecnologias disponíveis. Desta forma, potencializam a sua proposta

de valor aproveitando da sinergia entre as tecnologias, oferecendo assim, a melhor e mais

completa solução para o cliente.

Em 2004, por meio do trabalho realizado pela consultoria HFH, foram descritos os Fatores

Críticos de Sucesso.

Ainda em 2004 estabeleceu-se a área de Key Accounts para o melhor atendimento e gestão

de grandes clientes.

O mercado de resíduos cresce em função da legislação vigente, porém existe a percepção

de que algumas grandes empresas já estão se preparando para as novas demandas de

sustentabilidade e de redução de impactos ambientais, configurando uma oportunidade

para a Essencis

Fica evidente a necessidade de um trabalho focado na educação ambiental de todos os

clientes.

Colocou-se a necessidade de alinhamento por parte da área comercial, que ainda foca seus

esforços em competição por preço, porém a proposta de valor da empresa se baseia nos

atributos de eficiência, credibilidade e segurança, oferecendo assim um serviço/solução de

qualidade, sem dissociar-se da competição por preço.

Apontou-se como uma necessidade atual a busca por inovações tecnológicas e o

desenvolvimento de competências para atuar neste mercado emergente. Hoje, a Essencis

é líder do mercado e exclusiva no oferecimento de multitecnologia, porém cada vez mais se

faz necessária a busca constante de atualização dos colaboradores e antecipação perante

o mercado, que assegure à empresa a permanência na liderança do setor.

09

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eReunião de LançamentoNo dia 03 de setembro de 2007, realizou-se a Reunião de Lançamento, onde foram apresentados 4

temas fundamentais para o processo de Planejamento Estratégico.

A abertura do evento foi realizada pelo Dr Carlos Fernandes, presidente da Essencis.

Relação dos temas apresentados:

Inovação estratégica.

A visão da Tecnologia para o Planejamento Estratégico.

A visão de Recursos Humanos para o Planejamento Estratégico.

Metodologia de Trabalho.

Entende-se que o Planejamento Estratégico tem diversas finalidades, sendo as mais importantes

listadas abaixo:

Para entender o efeito da comoditização na oferta de produtos e serviços nas margens de

lucro.

Para rever se o que sempre foi feito, ainda trás resultado.

Para identificar se a crença dos colaboradores na empresa está associada ao passado ou

ao futuro.

Para saber se os clientes têm a sua empresa dentre as suas preferidas.

Para desafiar a tática de curto prazo diante da estratégia e da visão de futuro.

Para expandir os horizontes do negócio e se perguntar: seremos líderes ou seguidores em

nossa indústria?

Durante o lançamento, o professor Moysés Simantob levantou alguns pontos determinantes no

contexto da Essencis de hoje:

As empresas podem e devem interferir e mudar aspectos de competição de seu setor. A

inovação estratégica é um caminho para isso.

Fatores macroeconômicos e cenário político desfavorável não devem bloquear as iniciativas

estratégicas. Trazer estes pontos à luz pela reflexão da análise SWOT, ajuda a pensar nos

riscos da inércia e como mitigá-la.

Tomada de risco com responsabilidade somente pelos diretores é o passado. Institucionalizar

o ambiente de aprendizagem contínua para aumentar as expectativas de novas receitas

para shareholders é o futuro.

‘Experimentar’ atender demandas de mercados locais de indústrias ainda não atendi das

será a meta de players globais. Criar reservas de mercados, mesmo que temporários, é

obrigação de qualquer empresa competitiva.

Qualificar-se para a adoção de novas tecnologias flexíveis aos novos mercados pode permitir

a criação de um novo Portfólio de Criação de Valor Sustentável.

1.2.3.4.

[Refl

exão

Est

raté

gica

]

10

Page 11: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eDe acordo com o autor Stuart Hart em seu livro intitulado “O capitalismo na encruzilhada” (The

Capitalism at the Crossroads (2005) a questão da sustentabilidade deve ser analisada como um

valor para as empresas. Segundo o autor, é possível mapear empresas quanto às suas práticas e

crenças e classificá-las em uma Matriz de Criação de Valor sustentável (vide figura 2).

Questionou-se então onde estariam posicionados os clientes da Essencis na Matriz hoje, e apontou-

se para a crescente valoração de aspectos em relação à sustentabilidade por parte da indústria.

Sendo assim, revela-se um cenário muito favorável para desenvolvimento de soluções sustentáveis

para a indústria, que ao invés de perceber as atividades da Essencis como custo adicional ao seu

processo, passaria a enxergar a Essencis como parceira em prol do valor sustentável.

Ao final da reunião de lançamento todos os participantes foram convidados a refletir sobre o negó-

cio da Essencis de hoje e as oportunidades para o futuro e solicitou-se o preenchimento do instru-

mento da Matriz SWOT.

Figura 2 - Matriz de Criação de Valor Sustentável

[Refl

exão

Est

raté

gica

]

11

Page 12: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eENTREVISTASAbaixo se encontra o consolidado estatístico da percepção de forças e fraquezas pelo grupo de

gestores entrevistados antes do processo de Planejamento Estratégico (no período de setembro

de 2007).

Este material serve como uma fotografia diagnóstica de como a Essencis se avaliava internamente

antes do processo reflexivo realizado no Planejamento Estratégico.

figura 3a – consolidado fatores gerenciais

Conforme a figura 3a pode-se perceber que as maiores fraquezas apontadas pelo grupo foram:

- comunicação interna e intra-empreendedorismo.

Tanto a comunicação interna como a atitude empreendedora são peças fundamentais para o papel

de empresa líder de mercado que a Essencis ocupa. É recomendável que ambos os itens sejam mais

explorados e ações para minimizar seus possíveis impactos negativos sejam implementadas.

Outra interpretação possível dos resultados é a da tendência à imparcialidade, ou seja, todas as for-

ças e fraquezas identificadas tiveram pontuações muito próximas ao neutro, revelando uma atitude

velada de não posicionamento e desconfiança.

Este sentimento pode ter sido gerado pelas dificuldades financeiras que a Essencis viveu nos últi-

mos três anos.

Uma ação para resgatar a crença na empresa e a auto-estima dos colaboradores poderia ajudar

a minimizar este sentimento. Porém, o próprio processo de Planejamento Estratégico criou as

condições necessárias para que os colaboradores pudessem se posicionar perante a estratégia da

companhia e resgatar o sentimento de confiança e pertencimento.

[Ent

revi

stas

]

12

Page 13: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] efigura 3b – consolidado de fatores financeiros

Quanto aos fatores financeiros percebe-se que há uma percepção negativa decorrente das

dificuldades financeiras vividas nos últimos anos, evidenciada pelo maior número de itens

considerados como fraquezas e todas as forças não são representativas, pois receberam pontuação

muito próxima ao neutro.

figura 3c – consolidado fatores concorrenciais

Entretanto, em relação aos fatores concorrenciais a percepção é positiva, sendo a diferenciação

pela multitecnologia o seu maior potencial identificado nas entrevistas.

Percebe-se que os itens identificados como fraquezas dizem respeito ao baixo nível de barreiras de

entrada, o que evidencia uma necessidade de investimentos em pesquisa e novas tecnologias para

fortalecer ainda mais o diferencial da multitecnologia.

[Ent

revi

stas

]

13

Page 14: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] efigura 3d – consolidado fatores tecnológicos

Mais uma vez a questão da necessidade de investimento em desenvolvimento tecnológico se faz

evidente na figura 3d. Os fatores tecnológicos foram avaliados em sua maioria como fraquezas,

sendo os itens com menor pontuação a Pesquisa e Desenvolvimento de tecnologia, sistemas

integrados e uso de tecnologia da informação.

Por outro lado, o item relacionado à capacitação técnica do quadro de colaboradores apareceu

como a maior força identificada, porém com bastante potencial para melhorias em termos de

treinamentos e obtenção, compartilhamento e gerenciamento do conhecimento.

[Ent

revi

stas

]

14

Page 15: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eSeguem frases de destaque das entrevistas:

Parceria com a indústria:“Neste Planejamento Estratégico dou atenção ao reuso! É isso o que a indústria quer, mas é

preciso fazer mais. Tratar resíduos não é desperdiçar menos”.

“Para 2012 gostaria que a Essencis fosse uma parceira da indústria. Tratamento e destinação é o

nosso negócio atual. Devemos participar de toda cadeia”.

Gestão de Projetos:“Eu vejo uma dificuldade do nosso pessoal em administrar projetos. Nossa plataforma tecnológica

não foi adequada para projetos”.

“Há a oportunidade de se trabalhar com projetos de engenharia, mas para isso é importante

desenvolver uma rotina de projeto”.

Pessoas:“Espero um produto desse trabalho: Um plano de qualificação de pessoas. É muito importante,

porém é fácil cair em desperdício. O que evitaria isso? Objetivos claros”.

“Falta comunicação interna de fatos positivos, celebração dos resultados. Isso ajuda muito na

motivação e dedicação dos colaboradores”.

“É preciso desenvolver a Gestão do conhecimento e de talentos para que o conhecimento que

está na cabeça do colaborador fique na empresa”.

Essencis no futuro: “A Essencis poderia ser melhor em: evolução tecnológica (inovação), expansão de suas atividades

para outros mercados (NE, RS, RJ) e retenção de Talentos”.

“Em 2012 a Essencis será a empresa responsável pela área ambiental de grandes companhias,

desde gestão interna, transporte e destinação final. É preciso avançar na cadeia”.

“A Essencis de 2012: a Essencis estará presente geograficamente em todo território Nacional,

com novas tecnologias (reaproveitamento, reciclagem, co-processamento evoluído)”.

[Ent

revi

stas

]

15

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eColaboração, padronização e integração:“A estrutura está voltada para cada unidade de negócio, sem que haja uma integração, falta com-

prometimento com o todo”.

“Precisamos unificar padrões comerciais e operacionais”.

“Antes realizávamos a convenção de vendas que proporcionava a troca de experiência e maior

colaboração. A união e troca de experiência é fundamental. Seria interessante voltar com este

encontro”.

“A Empresa adotou políticas por unidades. Acredito que deveria haver uma Diretoria Comercial,

e uma única política comercial, pois há concorrência entre regionais”.

Crescimento e expansão geográfica: “O maior dilema para a Essencis hoje é: Crescer ou Investir em tecnologia? Crescer como? Através

de parcerias. Crescer onde? Para não perder mercados ainda não explorados”.

“A Essencis está no caminho certo, mas tem que buscar a diversificação, aumentando o portfólio

de serviços. Como vamos crescer? Abrindo um leque de serviços. Vale pensar em Gestão de Re-

síduos Industriais, em explorar possibilidades de manufatura reversa, transporte etc.”.

“O modelo para expansão é o da Catarinense, Betim e Curitiba, com uma operação menor. Mais

unidades e menores para ajudar na questão da distância e do custo do frete”.

Regulamentação “É importante desenvolver uma ação institucional forte - câmaras da CETESB / ABNT. Precisamos

contribuir e escrever procedimentos, normas, atuar junto ao CONAMA”

“Há mercado a capturar com o modelo atual estratégico. O Brasil precisa andar muito na parte

regulamentadora, existem muitos mercados ainda não atendidos”.

“Hoje os Órgãos fiscalizadores estão desestruturados e isso seria uma alavanca de transformar

os passivos ambientais enterrados em ativos. Eles movimentariam esse mercado”.

[Ent

revi

stas

]

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Page 17: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eO crescimento da Industria AmbientalA questão da necessidade de maior atenção à Gestão Ambiental por parte da Indústria se faz

cada dia mais relevante e presente, o tema vem aparecendo com frequência na mídia e novas

legislações estão sendo postas em prática. Entretanto, conforme apontado pela pesquisa realizada

em março de 2006 pela PriceWaterhouseCoopers, de forma geral, no Brasil, as empresas ainda

não fazem uma abordagem mais rígida e sistemática da questão do tratamento e da disposição

de resíduos por seus fornecedores o que leva a um cenário de alto indice de irregularidades neste

mercado.

O transporte ainda aparece como o grande fator decisório na contratação da destinação e

tratamento de resíduos devido ao seu custo elevado. Muitas empresas não se atém à segurança

e à credibilidade do serviço prestado favorecendo o custo baixo e correndo o risco de ser autuada

no futuro, e consequentemente ter problemas com sua imagem perante o público.

Mesmo com este cenário competitivo repleto de irregularidades, o mercado da Indústria

Ambiental vem crescendo muito na ultima década. A indústria tem se demonstrado não somente

preocupada com a destinação de seus resíduos mas principalmente com a diminuição na geração

de resíduos e com o reaproveitamento de recursos naturais.

Esta inquietação empresarial sobre o tema do meio ambiente se revelou na pesquisa realizada

pelo anuário ANÁLISE – GESTÃO AMBIENTAL 2007 com as 527 maiores empresas do Brasil. “Os

dados sugerem que há um movimento inédito no meio empresarial em busca da ecoeficiência,

que pode resultar numa ecoimagem e num ecolucro”. (p.54)

De acordo com os resultados da pesquisa 88% destas grandes empresas declararam possuir uma

política ambiental definida, porém conforme o próprio artigo aponta, “é preciso avaliar o que

isso significa na prática”(p.55) Muitas empresas ainda confundem a politica ambiental com o

envolvimento em ações que colaborem para a preservação do Meio Ambiente (via colaboração

em trabalhos de ONG´s e a preservação de entornos das fábricas).

O anuário coloca que “preocupar-se com a gestão ambiental não significa limitar-se aos muros

da fábrica. Longe disso. A capacidade de a empresa adotar procedimentos de gestão ambiental

com impacto para fora da organização é grande”(p.55). Este fato é novo, pois aponta para as

tendências de manufatura reversa e reciclagem, que serão exploradas mais abaixo.

A conclusão a que se chega é uma só: o mercado da indústria ambiental está crescendo, seja

pelo próprio desenvolvimento do pais, seja pela conscientização das empresas e da sociedade.

A questão é saber em qual direção. A seguir estão detalhadas algumas tendências para este

mercado em constante crescimento e transformação.

Legislação ambientalO cenário regulatório também demonstra avanços no sentido de maior controle de irregularidades

na destinação de resíduos, o que favorece as empresas que operam dentro da lei e com

certificações (como a Essencis por exemplo). A nova lei também preciona a indústria a buscar

soluções de economia de recursos e reuso.

O Estado de São Paulo vai iniciar o próximo ano (2008) com uma lei sobre resíduos sólidos, que

determina que a iniciativa privada passe a declarar anualmente ao órgão ambiental do Estado o [Con

text

ualiz

ação

]

17

Page 18: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eresíduo que produz, sua constituição, quem o transporta e o local de seu descarte, explica José

Valverde, assessor parlamentar do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e especialista em

direito ambiental.

Com São Paulo, serão oito os Estados (Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul,

Ceará, Pernambuco e Goiás) a ter legislação sobre o assunto. Levantamento da Associação

Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) indica a coleta diária

de 170 mil toneladas de resíduos urbanos, restos de alimentos, resíduos orgânicos e entulho de

construções proveniente de residências e do comércio, no Brasil . Desses, 63,8% são encaminhados

a aterros sanitários, 23,8% aterros controlados, 5,7% vazadouros, 5,7% outros, 1% não declarados.

“É importante assinalar que quase 36,2% desses resíduos não são destinados de forma adequada”,

afirma Valverde.

“A lei sobre resíduos sólidos estimula o setor produtivo a usar cada vez menos os recursos

naturais, a produzir menos resíduos e a levar em conta o ciclo de vida do produto (se ele pode ser

reciclado)” coloca Valverde.

Consumo Consciente

O consumo consciente é outro movimento que cresce no âmbito social e que tem impacto

direto na Indústria Ambiental. Este movimento visa transformar o ato de consumir em um ato de

cidadania. Em adição ao bem estar pessoal, o consumidor consciente considera, em suas escolhas

de consumo, os impactos ambientais e sociais.

O maior representante desse movimento no Brasil é o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente

(www.akatu.org.br). “Todos os dias fazemos escolhas ao comprar um produto ou serviço e ao

decidir a forma de usá-lo e de descartá-lo. Temos responsabilidade até o fim. Para isso, precisamos

de informação séria e fundamentada”, diz Maluh Barciotte, gerente de mobilização social do

instituto.

Sair do paradigma da abundância e combater os desperdícios são os principais desafios que os

cidadãos do nosso tempo deverão enfrentar na construção de uma nova sociedade de consumo,

mais sustentável, na qual a satisfação das necessidades humanas caminhe junto à preservação

dos recursos naturais do planeta.

Neste sentido, conforme a sociedade for se conscientizando dos impactos causados pelo próprio

consumo exagerado, a indústria ambiental caminhará para um cenário de redução na geração de

lixo e para o anúncio a médio-longo prazo de uma era pós-aterro.

Produção mais limpaO termo produção mais limpa (P+L) foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente (Pnuma) em 1989, essa expressão visa nomear o conjunto de medidas que tornam

o processo produtivo mais racional, com uso inteligente e econômico de recursos e matérias-

primas e principalmente com mínima ou, se possível, nenhuma geração de contaminantes.

A adesão do Governo Federal à Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa (PmaisL)

da ONU dará um impulso sem precedentes para que o setor empresarial brasileiro incorpore de

forma irreversível um novo conceito de produção e consumo. A decisão do governo em aderir

ao documento foi formalizada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o Primeiro [Con

text

ualiz

ação

]

18

Page 19: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eEncontro Nacional de Produção Mais Limpa, realizado dia 27 de novembro de 2003, em Brasília.

O princípio básico da metodologia de Produção Mais Limpa (PmaisL) é eliminar a poluição durante

o processo de produção e não no final. Isso porque todos os resíduos gerados pela empresa

custam dinheiro, pois foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como

água e energia. Uma vez gerado, continuam a consumir dinheiro, seja sob a forma de gastos de

tratamento e armazenamento, seja sob a forma de multas pela falta desses cuidados, ou ainda

pelos danos à imagem e à reputação da empresa.

A PmaisL é, portanto, um método preventivo de combate à poluição que leva à economia de

água, de energia e de matéria-prima, proporcionando um aumento significativo de lucratividade

e competitividade.

O movimento do P+L deixa claro que a geração de resíduos deve ser minimizada e que o

tratamento e destinação de resíduo não reutilizável é entendido como custo para a indústria.

Desta forma, fica claro que estabelecer parceria com a indústria para otimização e reuso de

recursos em seu processo produtivo pode ser uma forma de alterar esta percepção negativa a

respeito do tratamento de resíduos que impacta o negócio da Essencis.

Segundo Marcelo Furtado da revista especializada Química e Derivados: “quem deseja estar

antenado com as práticas ambientais mais modernas adotadas pela indústria precisa esquecer o

chamado controle do “fim-de-tubo”. Esse jargão, usado para nomear tecnologias de remediação

e destinação de resíduos, efluentes ou emissões industriais, hoje soa como sinônimo de

metodologia superada, de alto custo, e apenas aceita como forma de as companhias cumprirem

suas obrigações legais. Para os especialistas, foi-se o tempo em que uma empresa podia se

orgulhar de sua estação de tratamento de efluentes ou de gerenciar seus resíduos conforme o

exigido por lei”.

Reuso e reciclagem A conversão de resíduos sólidos urbanos em energia limpa e renovável foi discutida em seminário

promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Segundo a secretária de

Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, disse que o lixo produzido no País seria suficiente para

produzir energia equivalente à da hidrelétrica de Itaipu. Segundo o IBGE, o Brasil produz 230 mil

toneladas de lixo por dia, mas apenas 11% são recicladas.

A reciclagem e o reuso aparecem como as melhores alternativas para a redução do consumo de

recursos naturais e se revelam como mercados potenciais de grande valia do ponto de vista da

imagem da empresa.

Além do benefício econômico e ambiental da geração de energia a partir do lixo, a reciclagem

tem-se revelado lucrativa: uma tonelada de sucata de aço permite a redução de 90% no consumo

de matérias-primas naturais e uma economia de 1.140 quilos de minério de ferro, 154 quilos de

carvão e 18 quilos de cal.

Fazer alumínio a partir da reciclagem representa ganhos ainda maiores, ou 95% de economia de

energia. No caso do vidro, calcula-se que a reciclagem de uma tonelada proporcione a economia

de 65% da energia. [Con

text

ualiz

ação

]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eNúmeros como estes servem de estímulo à indústria em buscar soluções para seus descartes

por meio da reciclagem e reuso, cabendo aos agentes da indústria ambiental se preparar para

atender esta demanda de mercado.

TendênciasPara concluir a contextualização do setor seguem algumas tendências apontadas em palestra

do consultor ambiental Walter Lazarrini (presidente do Conselho Superior de Meio Ambiente da

FIESP/IRS e proprietário de consultoria ambiental):

A indústria vai trabalhar no sentido da não geração ou minimização da geração de

resíduos.

A indústria do aterro precisa se preparar e inovar para o período “pós-aterro”.

Haverá um aumento da prestação de serviços com inovação tecnológica para a redução da

geração de resíduos. A indústria buscará parceiros para este tipo de solução tecnológica.

A remediação de áreas contaminadas deverá crescer e a recuperação de áreas será cada

vez mais cobrada pela sociedade e orgãos fiscalizadores.

A sociedade irá pagar pelos custos da logística reversa, porém a indústria será pressionada

para desenvolver programas de recuperação de produtos pós-uso.

1.

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5.

[Con

text

ualiz

ação

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eANÁLISE SWOT

A análise do ambiente se deu através do instrumento da Matriz SWOT, onde são analisadas as

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para a empresa.

A análise SWOT é uma ferramenta extremamente útil e pode ser utilizada continuamente com o

objetivo de clarear o caminho a ser seguido e o que deve ser feito. A estratégia SWOT resume-

se em mitigar os pontos fracos em áreas onde existem risco de ameaças e fortalecer os pontos

fortes em áreas onde se identificam oportunidades.

O instrumento da SWOT foi preenchido pelos colaboradores (individual ou em grupo nas Unidades)

e o material foi encaminhado para a coordenação consolidar.

Os critérios utilizados na consolidação foram:

Consistência com a eliminação de redundâncias;

Apuração de fatores locais e corporativos com a predominância dos fatores corporativos;

Consolidação por número de ocorrências das variáveis.

Esta consolidação se deu em reuniões da equipe de coordenação do PE, que pôde se dedicar

sobre cada um dos fatores e analisá-los com total isenção e imparcialidade tanto na autoria,

quanto na eqüidade nos pesos.

[SW

OT]

21

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eFORÇASMultitecnologia (laboratório + remediação + tecnologias para resíduos).

Equipes com bom nível técnico em todas as tecnologias oferecendo a melhor destinação e Gestores experientes na condução das atividades e aspectos políticos delicados.

Seriedade/ Credibilidade. Imagem reforçada pelos acionistas com conhecimento e atuação em diversas atividades relacionadas ao meio ambiente (atualmente pouco explorado) e solidez financeira.

Reconhecimento pela excelência dos serviços prestados (líder de mercado)- Referência em destinação de resíduos. Padronização ISO 9001 / 14001.

Localização geográfica estratégica, de fácil acesso, com presença em grande parte do território nacional (grandes centros industriais e econômicos).

Infraestrutura dos CTR’s com ampla capacidade operacional e rápida capacidade de reação operacional.

Agilidade e maleabilidade da área comercial e conhecimento de mercado que resulta na grande penetração no mercado para resíduos. Capacidade de parcerias com geradores de grande porte, fornecedores etc.

Bom relacionamento com órgãos fiscalizadores, participação em Associações de classe e clientes

Capacidade de melhorar os processos e procedimentos atuais através do uso da ferramenta de gestão – SAP.

Existe um compromisso e um envolvimento grande de todos para que a empresa cresça e ganhe mais mercados e orgulho de pertencer.

FRAQUEZASDificuldade em recrutar, treinar e garantir continuidade ao treinamento de colaboradores, qualificar e manter valores via política salarial adequada.

Falta de integração e padronização entre as unidades do grupo (comunicação, falta de padrão de gestão e de padrão operacional) Conhecimento dificilmente compartilhado técnico-operacional muitas vezes é empírico - informal. Recursos - necessidade de alto investimento para estruturação da gestão do conhecimento. Falta Espírito de equipe e colaboração entre as unidades.

Ausência de responsável por P&D e necessidade de investimento intensivo em novas tecnologias / equipamentos / inovação. Não acompanhamento das tendências de mercado, continuando a atuar apenas como solução “fim de tubo”. Falta benchmarking nacional e internacional.

Fluxo de caixa deficitário, afetando negociação com fornecedores buscando redução de custos e melhor condição de pagamento. Lentidão nos processos decisórios que envolvem a alta direção – dependência de acionistas.

Pouca influência na Legislação.

Distanciamento entre o Corporativo e as Unidades Operacionais (Deficiência no atendimento de RH, QSMA e apoio técnico corporativo, Financeira) Falta filosofia de gestão de projetos.

Pouco entendimento do negócio de remediação. Pouca agressividade no mercado de remediação. Falta de ação comercial em remediação / Divisão interna da empresa no negócio remediação.

Falta de estrutura e planejamento de marketing: participação não efetiva em feiras, eventos e publicidades relacionadas à área ambiental. Falta desenvolver mecanismos de fidelização dos clientes. Definir Gestor de “key accounts” e estruturar o comercial para a gestão de Grandes clientes.

Falta interação entre áreas comercial e técnica na fase da proposta comercial, especialmente em relação ao cliente público.

Maior cuidado no aspecto trabalhista: condução mais cuidadosa e mais atenta do contrato de trabalho.

1.2.

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eOPORTUNIDADES

Interferir na elaboração de Legislação e participar de câmaras técnicas (CETESB, ABNT)

ajudando a desenvolver o mercado. Criação de fundos de arrecadação e custeio para

recuperação de problemas ambientais.

Pressão do mercado, sociedade e organizações buscando soluções ambientais

(desenvolvimento sustentável, tratamento de resíduos) Responsabilidade Sócio-

ambiental - cooperar na educação ambiental e estreitar relacionamento com: ONGs,

órgãos de controle ambiental, prefeituras municipais e fornecedores.

Implantação de estrutura de P & D – novos negócios e serviços (novas tecnologias

de reuso, Reciclagem, valorização de resíduos, recuperação de areia de fundição,

autoclaves para RSS, triturador de pneus, opção de transporte próprio, adequar CTRs

para recebimento, lixo eletrônico, novos destinos - ex: fornos de cal). Estabelecer

parcerias com universidades, entidades, etc. podendo influenciar as cadeiras acadêmicas

nas universidades e no mercado Ambiental (ex: cursos de engenharia ambiental, gestão

ambiental, etc.). Aumento da rentabilidade via modelos de gestão eficientes com co-

geração (de energia), cacimbas para água de chuva, valorização do chorume, biogás,

redução de custo de destinação.

Resolver problemas de áreas contaminadas / Passivos Ambientais (hidrocarbonetos,

metais pesados, areias de fundição, remoção dos landfarmings, ramo imobiliário).

Expansão geográfica (Implantação de unidades no NE - construção da nova refinaria

da Petrobras). Oferecer centro de logística (estocagem, blendagem, etc.). Inclusão de

multitecnologia nas bases existentes. Usina de tratamento de entulho.

GRI - Gestão integrada do tratamento e destinação de resíduos dentro das empresas

(gerenciamento - GRI).

Aumento de volume via reforço de imagem positiva para o cliente que poderá externar

práticas que atestam tecnologia de produção sustentável (limpa) em seu processo

produtivo. Incorporar tecnologias que não a destinação de resíduos.

8. Desenvolvimento de área consultiva (atendimento de emergências ambientais,

orientação em relação ao ciclo de vida útil de seus resíduos e embalagens, gerenciamento

ambiental de obras de infra-estrutura).

Explorar carteira de clientes já conhecidos da Essencis para a Remediação.

Sinergia com os negócios dos acionistas.

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eAMEAÇAS

Novos entrantes no mercado com preços agressivos e estruturas de baixo custo para a

maioria das tecnologias, Preço baixo para co-processamento. Pressão de redução de preços

por parte dos clientes.

Aumento da concorrência via entrada dos recicladores atuais (formais e informais)

Reciclagem / reuso / redução de resíduos (tendência mundial) e desenvolvimento de

tratamentos alternativos dos resíduos: olarias, cerâmicas, reciclagens. Tendências de

redução na geração de resíduos industriais para destinação final

Baixo Empenho das autoridades e Falta de Seriedade dos órgãos públicos. A pouca

efetividade dos órgãos públicos cobrança, notificação e autuação de empresas que

infringem a legislação ambiental.

Movimentos populares que envolvam a imagem da empresa de forma negativa e

envolvimento da sociedade. Acidente/ inconformidade ambiental envolvendo a Essencis

Facilidade no licenciamento de tratamento de resíduos pelas indústrias (aterros). Tendência

de redução do uso de aterros

Segmento desprovido de “barreiras de entrada” (Remediação) Pequenas empresas

praticando baixos preços

Adoção do conceito de multitecnologia por parte da concorrência - diversificação de

serviços. muitos concorrentes já são vistos pelo mercado com a mesma qualidade que a

Essencis

Desconhecimento por parte da indústria e sociedade sobre a atividade, o que de certa

forma facilita um certo oportunismo por parte de terceiros. Não reconhecimento como

um valor.

Problemas com clientes decorrentes das demoras dos órgãos ambientais dos estados de

SP, PR e RJ

Falta de investimentos e diversificação do negócio.

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eREUNIÕES DE PLANEJAMENTO E O USO DA MATRIZ ESTRATÉGICA

Primeira Rodada de Discussão do Planejamento Estratégico Para enriquecimento do processo de reflexão a respeito da estratégia da Essencis todas as uni-

dades foram visitadas e todos os gestores passaram por uma entrevista formal com membros da

Simantov Assessoria em Inovação.

No dia 16 de Outubro de 2007 foi realizada a Primeira Rodada de Reuniões sobre o Planejamento

Estratégico. Neste encontro apresentou-se a consolidação da Matriz Estratégica e discutiu-se am-

plamente as poderações de Forças e Fraquezas.

Como preparação para o trabalho com a Matriz Estratégica, o professor Moysés Simantob levan-

tou pontos importantes para a consideração do grupo:

Após analisarmos os três grandes ambientes (macro, concorrencial e interno), pudemos

nos deparar com mais de uma centena de questões.

Para organizarmos a nossa percepção ambiental, procuramos focar, num esforço de

consenso, nas questões mais relevantes para a nossa estratégia.

O objetivo essencial a ser alcançado com a Matriz é identificar os principais Projetos

Estratégicos para início em 2008 e o que terá que ser feito para aos profissionais da Essencis

estarem bem preparados para realizá-los.

O preenchimento se iniciou com a atribuição de pesos (1, 3 ou 9) relativos a cada um dos

fatores.

Pediu-se a concentração nos 10 fatores mais importantes em cada grupo. Os participantes

deveriam avaliar quantitativamente (0, 1 e 2 ) a correlação entre as variáveis.

A dinâmica de argumentação se utilizou da “Regra da Palavra” que privilegiou a participação

e o consenso.

Seguem os principais pontos discutidos na primeira rodada:Força 1 – Multitecnologia (laboratório + remediação + tecnologias para resíduos)

Colocou-se que o comercial precisa reforçar o diferencial de multitecnologia da Essencis uma vez

que outras empresas já oferecem a multitecnologia.

Para a remediação, investir em um laboratório próprio não lhes parece estratégico. Colocou-se o

paradigma de que ter laboratório próprio da Essencis não indicaria imparcialidade no diagnósti-

co.

Colocou-se o seguinte questionamento: O laboratório próprio poderia ser certificado e assim sen-

do comprovaria a sua imparcialidade?

Força 2 - Equipes com bom nível técnico em todas as tecnologias oferecendo a melhor destina-

ção e Gestores experientes na condução das atividades e aspectos políticos delicados.

Colocou-se que: “temos pessoas com bons conhecimentos, mas não temos equipes bem treina-

das como um todo” identificou-se a necessidade de mais treinamento para as equipes.

[Reu

niõe

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eForça 3 - Seriedade/ Credibilidade. Imagem reforçada pelos acionistas com conhecimento e

atuação em diversas atividades relacionadas ao meio ambiente (atualmente pouco explorado)

e solidez financeira.

Colocou-se que: “a solidez financeira não é percebida, tivemos muitos percalços, hoje o acionista

Solvi não é tão conhecido, a Camargo Corrêa é bem conhecida, mas não é diferencial. Os acionistas

não são tão percebidos pelo mercado. O sobrenome não garante tudo, ele abre portas, mas

depende da capacitação das pessoas”.

Para o comercial a marca dos acionistas é importante, pois o mercado tem desconfiança em

relação às questões ambientais e o sobrenome da Essencis tem que ser forte para garantir uma

resposta a esta insegurança do mercado.

Qualquer empresa para sobreviver até 2012 precisa destas qualidades, mas isso não representa

uma força e sim uma necessidade de sobrevivência.

Força 4 - Reconhecimento pela excelência dos serviços prestados (líder de mercado)- Referência

em destinação de resíduos. Padronização ISO 9001 / 14001

O reconhecimento é conseqüência de ser líder de mercado, destacou-se a necessidade de

Certificação ISO para Remediação.

Professor Moysés Simantob alertou para o fato de que a liderança é fruto de ser protagonista

de mercado, é uma escolha estratégica. “A escola do empreendedorismo coloca isso como uma

posição estratégica. É uma meta, não uma conseqüência”.

É preciso querer ser líder, mas faz-se necessário trabalhar com outros fatores para se chegar lá.

A força se traduz na excelência – o hábito diário de estar sempre melhor do que o padrão.

Força 5 - Localização geográfica estratégica, de fácil acesso, com presença em grande parte do

território nacional (grandes centros industriais e econômicos).

Identificou-se a necessidade de expansão geográfica. É uma força estar bem localizado porque o

frete “mata” o negócio da Essencis.

A idéia de crescer é uma força, mas que custa muito. Colocou-se o dilema de se a Essencis deveria

investir em tecnologia ou em expansão.

Professor Moysés Simantob exemplificou o mesmo movimento com as chamadas “empresas

ambidestras”, que convivem com expansão e consolidação coexistindo na mesma estratégia e

concluiu que os modelos polares ou pendulares não deram certo na história da administração.

Apontou-se para o fato de a Essencis ser uma empresa em um mercado crescente, e que limitação

financeira existe para negócio ruim, para negócio bom sempre tem dinheiro. Um objetivo em

curto prazo seria o de alcançar novos mercados dentro das regiões onde a Essencis opera

atualmente.

Solicitou-se não colocar a restrição financeira, porque o negócio da Essencis está crescendo,

havendo a condição de se realizar um trabalho de inovação e aproveitar esta oportunidade para

dar este salto.

[Reu

niõe

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eForça 6- Infraestrutura dos CTRs com ampla capacidade operacional e rápida capacidade de

reação operacional.

Ressaltou-se a existência de concorrentes que se viabilizam sem infra-estrutura. Só a infra-estrutura

não garante a força da Essencis, faz se necessária à agilidade e qualidade no atendimento.

Força 7 - Agilidade e maleabilidade da área comercial e conhecimento de mercado que resulta

na grande penetração no mercado para resíduos. Capacidade de parcerias com geradores de

grande porte, fornecedores etc.

Identificou-se como importante a diversificação de clientes para não se tornar refém de grandes

clientes, uma vez que a cabeça de grandes geradores é voltada para preço e não são parceiros da

Essencis. Os clientes grandes não se interessam por parcerias, desde que o preço seja bom, mas

em condições iguais eles escolhem a empresa que têm mais confiança. Concluiu-se que cliente

que confia mais negocia menos.

Força 8 - Bom relacionamento com órgãos fiscalizadores, participação em Associações de classe

e clientes.

Colocou-se que a Essencis é uma referência para o órgão ambiental com um bom relacionamento

com fiscais, colocou-se que os órgãos ambientais não sabem como fiscalizar.

Prontidão ao cliente determinou-se como fundamental para a Essencis.

Colocou-se que as pessoas da ponta que recebem as autoridades precisam ser informadas da

importância de um atendimento correto, para evitar exposição da empresa de forma desnecessária

(autuações).

Professor Moysés Simantob colocou que a formulação de novas políticas é muito importante no

papel de líder de mercado, “o protagonista é aquele que ajuda a formular as regras”.

Força 9 - Capacidade de melhorar os processos e procedimentos atuais através do uso da

ferramenta de gestão – SAP.

Colocou-se uma situação de urgência com relação ao SAP, há a iminência da perda de clientes

por causa dos procedimentos que ainda não estão adequados no SAP. Questionou-se: “o que

poderíamos fazer para que este sistema seja mais adequado à realidade da Essencis?”

Colocou-se que a Essencis já tem os processos certificados e auditados e está pronta para um

sistema, desde que funcione. Há de ter uma solução para as especificidades da companhia. No

contexto atual dos negócios faz se necessário ter uma ferramenta de gestão integrada, seja o

SAP ou outro sistema.

Força 10 - Existe um compromisso e um envolvimento grande de todos para que a empresa

cresça e ganhe mais mercados e orgulho de pertencer

Concordou-se que as pessoas têm orgulho de trabalhar na Essencis e que este sentimento é

visível.

“Somos prestadores de serviço e somos feitos por pessoas, superando as dificuldades. A facilidade

na superação de problemas se dá pelo orgulho de pertencer”.

Ressaltou-se que o ambiente positivo da empresa é um valor para a Essencis, delega-se tarefas e

confia-se nas pessoas.

[Reu

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Page 28: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eFraqueza 1 - Dificuldade em recrutar, treinar e garantir continuidade ao treinamento de

colaboradores, qualificar e manter valores via política salarial adequada.

Identificou-se alta rotatividade de pessoal de melhor capacitação na operação (cargo de

engenheiro / coordenação), revelando-se como um problema do segmento / de mercado. O

mercado vem buscar profissionais na Essencis.

Colocou-se que “a Essencis é uma empresa escola, não tem gente formada no mercado e servimos

de celeiro para os concorrentes”.

Fraqueza 2 - Falta de integração e padronização entre as unidades do grupo (comunicação,

falta de padrão de gestão e de padrão operacional) Conhecimento dificilmente compartilhado

técnico-operacional muitas vezes é empírico - informal. Recursos - necessidade de investimento

para estruturação da gestão do conhecimento. Falta Espírito de equipe e colaboração entre as

unidades.

Identificou-se que existem problemas na padronização da operação entre as unidades, por outro

lado as unidades se ajudam bastante (há bastante colaboração). “Falta organização para trocas

formais (fóruns) entre as unidades”.

Evidenciou-se a falta de troca de experiências entre unidades, gerando retrabalho do que já foi

feito. As boas práticas poderiam ser compartilhadas regularmente entre unidades.

Esclareceu-se que o modelo de gestão foi escolhido para aumentar o desempenho regional, mas

que ainda precisam ser criados instrumentos que sistematizem o conhecimento. Por exemplo, a

implementação de um job rotation entre o pessoal para rodar e trocar experiências, a estruturação

de um programa de trainees etc.

Colocou-se a necessidade de um documento padrão da operação para cada tecnologia.

Fraqueza 3 - Ausência de responsável por P&D e necessidade de investimento intensivo em novas

tecnologias / equipamentos / inovação. Não acompanhamento das tendências de mercado,

continuando a atuar apenas como solução “fim de tubo”. Falta benchmarking nacional e

internacional.

Colocou-se que seria estratégico avançar na cadeia produtiva dos clientes, mas há o risco de

se competir com os negócios dos acionistas. Esclareceu-se que o estatuto da Essencis com os

acionistas é da porta para dentro, não avançando nos negócios deles, mas considera-se renegociar

este acordo.

Fraqueza 4 - Fluxo de caixa deficitário, afetando negociação com fornecedores buscando

redução de custos e melhor condição de pagamento. Lentidão nos processos decisórios que

envolvem a alta direção – dependência de acionistas.

Discutiu-se longamente a respeito do fluxo de caixa deficitário, porém solicitou-se uma discussão

mais estratégica para que todos pudessem se descolar das questões do dia-a-dia da companhia.

Faz-se necessário pensar em 2012 e deixar os problemas do dia-a-dia. Pensar em um cenário de

capital ilimitado.

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Page 29: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eFraqueza 5 - Pouca influência na Legislação.

Falou-se na possibilidade de um trabalho estratégico junto aos órgãos ambientais, entende-se

que interferir mais na fiscalização seria relevante para Essencis.

Fraqueza 6 – Distanciamento entre o Corporativo e as Unidades Operacionais (Deficiência no

atendimento de RH, QSMA e apoio técnico corporativo, Financeira) Falta filosofia de gestão de

projetos.

A questão da falta de filosofia de Gestão de Projetos foi bastante discutida. Falou-se da criação de

uma área de planejamento e desenvolvimento para expansão das unidades.

Fraqueza 7 - Pouco entendimento do negócio de Remediação. Pouca agressividade no mercado

de remediação. Falta de ação comercial em remediação / Divisão interna da empresa no negócio

remediação.

Colocou-se que a área de remediação traz negócios para área de resíduos e que falta um estudo

de como ela deveria se estruturar.

Salientou-se a falta de Investigações estratégicas sobre a remediação, sendo necessário entender

o tamanho e o valor deste mercado.

Fraqueza 8 - Falta de estrutura e planejamento de marketing: participação não efetiva em

feiras, eventos e publicidades relacionadas à área ambiental. Falta desenvolver mecanismos de

fidelização dos clientes. Definir Gestor de “key accounts” e estruturar o comercial para a gestão

de Grandes clientes.

Apontou-se para o papel do key accounts como sendo uma alavanca para negócios e o de

assegurar um tratamento igual para clientes nacionais em todas as unidades.

Colocou-se a necessidade de criação de um mecanismo para relacionamento e fidelização dos

clientes e de uma figura que sirva de “liga” entre os comerciais.

Fraqueza 9 - Falta interação entre áreas comercial e técnica na fase da proposta comercial.

Colocou-se que a integração entre áreas técnica e comercial está cada vez maior e que esta

fraqueza já está sendo de certa forma superada. Entretanto, sugeriu-se a criação de fóruns para

discussão entre as regionais.

Fraqueza 10 – Maior cuidado no aspecto trabalhista: condução mais cuidadosa e mais atenta do

contrato de trabalho.

Passivos trabalhistas vêm se avolumando e faz-se necessária maior atenção neste assunto, porém

este item não se configura como um item estratégico.

[Reu

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Page 30: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eSegunda Rodada de Discussão do Planejamento Estratégico

Realizou-se a segunda rodada de discussões no dia 22 de outubro de 2007, em que se iniciou o

trabalho de correlações entre Forças e Oportunidades identificadas pelo grupo. A pontuação

ocorreu em 2 etapas, primeiramente com a votação em 4 grupos e depois com a discussão em

plenária para a votação final.

A orientação para a ponderação de cada correlação foi a seguinte:

“Estabelecer o grau de impacto que uma determinada força tem para que a oportunidade em

questão seja alavancada pela força”.

Atribuiu-se as notas 0 = nenhum impacto, 1= impacto médio e 2 = alto impacto na correlação.

Seguem os principais pontos da discussão em plenária:

Colocou-se a importância de a Essencis se posicionar como parceira da Indústria oferecendo

multitecnologia na gestão ambiental, uma vez que há uma pressão do mercado por soluções

ambientalmente corretas e por uma legislação mais rigorosa.

Emergiu a questão a respeito do papel desempenhado pela área comercial, como sendo o

sensor que traria tendências de mercado. Colocou-se que a área comercial é quem entra no

cliente e pode entender uma necessidade do cliente que ele ainda não vê.

Colocou-se que seriedade e credibilidade são indispensáveis para a remediação de passivos,

pois o cliente precisa acreditar que o trabalho realizado será efetivo.

A imagem positiva do acionista é fator importante para a Essencis, contudo é mais

importante mostrar o que já se faz nas unidades. A seriedade e a credibilidade ajudam em

novos mercados, elas garantem a recepção em novos locais, mas é importante mostrar o

que se faz nas unidades, os diferenciais da Essencis.

Pontuou-se que sempre se acreditou no CTR multiuso, com capacidade operacional de

aprendizado e atendimento para Gestão Ambiental de grandes clientes.

Para a estruturação de uma área consultiva para Grandes Projetos faz-se necessária a

manutenção de um núcleo técnico e a incorporação de pessoas conforme as necessidades

dos projetos e as exigências ambientais.

O fomento do mercado de remediação pode ser interessante para a Essencis, seria

importante fortalecer a estratégia comercial da remediação para alavancar a demanda

para disposição final por meio da etapa de exploração da remediação.

O fator estratégico seria buscar gerar novos negócios a partir do conhecimento que se tem,

seja em remediação ou em projetos de gestão ambiental para projetos de engenharia.

[Reu

niõe

s]

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Page 31: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eA auto-regulação da indústria vai fomentar o mercado ambiental. A busca pela produção

sustentável e a busca pelo Selo Verde por parte da indústria levará a Essencis a mudar o seu

core business, buscando maior adequação para atender às tendências de mercado.

Ao não se posicionar em novos mercados a Essencis poderá perder a capacidade de atração

de investimentos.

Terceira Rodada de Discussão do Planejamento Estratégico:Nos dias 29 e 30 de outubro realizou-se a Terceira Rodada de discussão do Planejamento

Estratégico. Nestes encontros foram discutidas as correlações entre Fraquezas e Oportunidades

e Fraquezas e Ameaças. Além disso, foram reavaliados os pesos atribuídos às variáveis e como

produto desta rodada 3 eixos estratégicos foram identificados, bem como a pontuação da Matriz

Final.

Vale ressaltar que durante a votação algumas expressões foram criadas tornando o ambiente

ainda mais descontraído. Falou-se em 1 com viés de alta, ou 1 “gordo” e 2 com viés de baixa, ou

2 “magro”.

Seguem os principais pontos discutidos nesta Terceira Rodada de discussão:

Identificou-se a necessidade de uma equipe qualificada (investimentos em treinamento)

para dar conta dos novos negócios advindos da onda ambientalista.

O professor Moysés Simantob comentou: “Se o mercado está vivendo um boom

ambientalista, é necessário ter capital para surfar nesta onda, senão esta onda passa pela

empresa. A estratégia é a escolha entre ser agente/ protagonista do mercado ou esperar

a onda chegar. A postura agressiva tem que ser mantida para sempre se manter líder em

qualquer mercado”

Se entendermos o negócio da Essencis como a venda de Soluções Ambientais o comercial

tem papel fundamental na prospecção para o desenvolvimento de novos negócios. A área

comercial precisa se manter atualizada para trazer as tendências que surgem no mercado e,

a partir desta demanda de mercado, o corpo técnico-operacional desenvolver as melhores

soluções.

Discutiu-se sobre o posicionamento estratégico de viabilizar/ facilitar a captação de

recursos para clientes para que estes tratem seus resíduos. Deste modo, a Essencis estaria

se tornando parceira deste cliente que não tem recursos para destinar corretamente seu

resíduo e, neste sentido, fornecendo uma solução completa.

A padronização operacional demonstrou-se como algo a ser considerado para 2012,

não podendo deixar a excelência já conquistada de lado, como algo já dominado. Faz-

se necessária a alocação de recursos por parte das unidades para a certificação, uma

vez que até o momento o processo de certificação ainda depende de recursos advindos

exclusivamente do corporativo.

[Reu

niõe

s]

31

Page 32: burb sturb

[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eMATRIZ FINAL COM PONTUAÇÕES TOTAIS PARA CADA

CORRELAÇÃO:

(figura 5 - Matriz Final)

Ressaltou-se a necessidade de um padrão operacional, revelando uma carência neste

sentido. Hoje a falta de padronização ocorre por dois motivos, o corporativo que às vezes

está distante da operação e também se faz necessário um projeto de melhoria contínua.

Prontidão demonstrou-se como um requesito de suma importância para toda a Essencis,

sendo necessário desenvolver uma cultura ágil, flexível e antenada às tendências e

necessidades do mercado.

Sobre o relacionamento dos Gestores das Unidades com órgãos ambientais identificou-

se a necessidade de se estabelecer uma relação processual para garantir que o

relacionamento seja da empresa e não da pessoa do Gestor. Este relacionamento precisa

ser documentado e processual.

Ao final do dia 30 de outubro de 2007, chegou-se a pontuação final da Matriz com todas as

ponderações e correlações entre variáveis.

[Reu

niõe

s]

32

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eMATRIZ DE DECISÃO DOS PROJETOS

(figura 6 - Matriz de decisão dos projetos)

Três grupos de trabalho foram formados para a descrição de três macro-projetos para três eixos

estratégicos: pessoas, processos e marketing.

A figura 5 representa o processo

pelo qual se chegou à definição dos

11 temas para possíveis projetos.

Como resultado do processo

reflexivo do Planejamento

Estratégico 03 Eixos Estratégicos

e 03 Objetivos Estratégicos

foram identificados, sendo estes

direcionadores para os Projetos

Gerais bem como para os Projetos

Estratégicos.

(figura 7 – Definição dos Projetos Estratégicos)

Os items que obtiveram maior pontuação na correlação foram identificados e plotados na Matriz

de decisão a seguir.

[Reu

niõe

s]

33

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eUma análise conjunta do Mapa Estratégico, dos eixos e objetivos determinados nas rodadas de

Planejamento Estratégico permitiu a indicação de 11 temas de projetos para a Essencis.

PROJETOS ESTRATÉGICOSNo dia 13 de novembro de 2007, realizou-se a Reunião de Fechamento e Devolutiva do Planeja-

mento Estratégico onde foram apresentados os 11 temas para projetos, o mapa estratégico, a

revisão da missão e a nova visão.

11 TEMAS SUGERIDOS PARA PROJETOS:

Gestão por Competências (mapeamento de competências, plano de sucessão,

recrutamento, treinamento, retenção de talentos etc.)

Gestão do conhecimento e comunicação

Gestão por Processo (mapeamento de processos operacionais, comerciais, gestão,

participação em programa de certificação –ex. PNQ)

Estruturação de área de P&D e Novos Negócios

Reciclagem e Reuso (pilotos)

Desenvolver Parcerias com Órgãos Públicos

Expansão Geográfica – NE

Expansão Geográfica – RS

Fórum de Lideranças do Setor

Atuação por Núcleos de Competência

Adoção de um Sistema de Gestão Estratégica para acompanhamento de indicadores

(ex. BSC)

1.

2.3.

4.5.6.7.8.9.10.11.

[Reu

niõe

s]

34

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eMissão, Visão e Valores

Missão até 2007 :

Fornecer soluções ambientais integradas no tratamento de resíduos,

superando as expectativas dos clientes, agregando valor aos acionistas,

aos colaboradores e à sociedade.

Missão e Visão:

Missão 2008 – 2012:

FORNECER SOLUÇÕES INO VADORAS DE MULTITECNOLOGIA EM GESTÃO AM-

BIENTAL INTEGRADA PARA CLIENTES COMPROMETIDOS EM PROMOVER UMA

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Visão 2008 – 2012:

SER RECONHECIDA COMO LÍDER DA INDÚSTRIA AMBIENTAL BRASILEIRA

PELO DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES INOVADORAS EM TODA A CADEIA

PRODUTIVA DOS SEUS CLIENTES.

Valores

Credibilidade

Respeito ao Meio Ambiente

Qualidade dos serviços prestados

Respeito e atendimento ao cliente

Respeito aos colaboradores

Ambiente de trabalho sadio e motivador

[Mis

são,

Vis

ão e

Val

ores

]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e[M

apa

Estr

atég

ico]

MAPA ESTRATÉGICO(figura 8 – Mapa Estratégico da Essencis)

Segundo Kaplan e Norton (2000), o mapa estratégico é uma ferramenta de comunicação da es-

tratégia baseada na metodologia do Balanced Scorecard. Através do mapa estratégico a hipótese

da estratégia é visualmente descrita, e cada indicador se converte em parte integrante de uma

cadeia lógica de causa e efeito que conecta os resultados almejados da estratégia. O mapa estra-

tégico descreve o processo de transformação de ativos intangíveis em resultados tangíveis para

os clientes e, por conseguinte, em resultados financeiros. Essa ferramenta fornece aos executi-

vos um referencial para a descrição e gerenciamento da estratégia.

O Mapa Estratégico mostra as relações entre os Objetivos Estratégicos que emergiram como

fruto de entrevistas com gestores, das discussões nas rodadas do Planejamento Estratégico.

36

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] ePROJETOS ESTRATÉGICOS PARA (2008 – 2012):Os 11 temas para projetos foram analisados na reunião do Fechamento do Planejamento

Estratégico e decidiu-se focar o trabalho nos 5 Projetos listados abaixo:

DESCRIÇÃO DOS PROJETOS:

Projeto A - Gestão por Competências, Gestão do Conhecimento e Comunicação

Problemas:Pessoas Certas em Lugares Errados.

Desmotivação.

Perda de Talentos / Rotatividade.

Perda de Produtividade / Ineficiência.

Resultados Afetados.

Justificativa:Maximização da Produtividade.

Aumento da Motivação.

Retenção de Talentos / Pessoas Certas nos Lugares Certos: Satisfação Profissional.

Objetivo:Preparar os Colaboradores para Sustentar a Empresa na Execução de seu Plano de

Desenvolvimento para 2012.

Valor: Maior Produtividade.

Maior Eficiência.

Melhoria do Clima Organizacional.

Valorização Pessoal.

Orgulho de Pertencer.

Maior Retorno do Investimento com Redução da Necessidade de Investimento.

Áreas Impactadas:Produção.

Comercial.

Apoio.

• [Pro

jeto

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cos]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eCompetência Necessária:RH Capacitado para Desenvolvimento desse Projeto dentro da Nova Visão Estratégica - quais

competências serão necessárias para a Essencis do futuro?

Plano de capacitação customizado dependendo do GAP identificado em avaliação de

competências.

Prazo:Três Meses para Reforço e Reestruturação do RH de todas as unidades.

Seis Meses a contar do Início para a Implantação da Gestão por Competências, análise de gaps de

competências e inicio do plano de capacitação.

Projeto B. Expansão geográfica

Objetivo: Viabilizar por concessão, aquisição ou associação áreas e licenças em locais industrializados.

Estar presente nas principais regiões industrializadas da Federação por meio de ativos industriais,

escritórios comerciais ou parcerias estratégicas.

Produtos:N 1 - Estabelecer carteira de projetos, definir alvos prioritários baseado em pólos industriais

– Março 2008

Realizar estudos de viabilidade (área e licenças) e análise de sensibilidade econômica e

mercadológica– Junho de 2008.

Expansão baseada no modelo já conhecido (CTR)

N 2 - Priorizar projetos x recursos disponíveis e plano de ação – agosto de 2008

N 3 - Implantação do projeto 1.

[Pro

jeto

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cos]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eProjeto C. Gestão por Processo e Adoção de Indicadores

Objetivo:Mapear os Processos com o objetivo de estabelecimento de padrões possibilitando a Implementação de

Indicadores para a gestão da empresa.

Descrição do Produto:Manuais técnico-operacional, comercial, administrativo para cada atividade / processo da companhia e

implementação dos indicadores.

Procedimento de auditoria interna de processos e acompanhamento dos indicadores mediante aprmoramento

da ferramenta de Gestão Integrada.

Áreas Envolvidas:Comercial, Operação, Adm/Fin, RH, QSMA.

Gestão Empresarial.

Competências Necessárias:Visão Sistêmica - integração

Conhecimentos Específicos das Diversas Tecnologias

Capacidade de Trabalho em Equipe

Conhecimento das Atividades da Unidade/Empresa para facilitar a interface com toda a

Organização.

Capacidade de Organização, Avaliação e Reorganização.

Projeto D. Estruturação e desenvolvimento de Novos Negócios de acordo com o Modelo de Núcleos de Competências.

Objetivos: Gerir competências para atender as demandas e oportunidades do mercado e identificar

tendências e segmentação do mercado ambiental para gerar e desenvolver novos negócios.

Descrição dos produtos do Projeto: Constituição de um núcleo gestor para definir as competências para a formação de equipes para

desenvolvimento de novos projetos, acompanhamento dos projetos e renovação tecnológica.

Implantação de novas tecnologias: Reciclagem, Reuso, Logística, Gestão Ambiental, hidrogenação

catalítica, plasma, aproveitamento energético, lavagem de solo, RSS, Incineração domiciliar.

Núcleo Gestor de Novos Negócios:

Definir o gestor (papel de facilitador e integrador)

Definir a estrutura de Marketing (desenvolvimento de novos mercados voltados à

reciclagem, reuso e Gestão Ambiental.

1.2.

[Pro

jeto

s E

stra

tégi

cos]

39

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eProjeto E. Desenvolver parcerias com órgãos públicos e Fórum de lideranças do setor

Objetivos: Influenciar políticas e diretrizes legais com conhecimento técnico e informação para o

desenvolvimento sustentável do setor

Fortalecer a imagem de líder no setor

Alavancar mercado

Justificativas: São os fóruns onde são definidos o futuro da industria ambiental;

A Essencis não tem relacionamento bem desenvolvido em todos os estados;

Não temos identificados os órgão públicos-alvo; e indefinição da estrutura interna que se

relaciona com esses órgãos.

Esse relacionamento é um domínio pessoal e é necessário que se torne um domínio

organizacional, processual.

Selecionar os segmentos prioritários para a atuação, através de Business Plan).

Estruturar equipes nas Unidades por meio de avaliação de competências para a

implementação . dos projetos prioritários – definição de líder do projeto.

Efetivar a implantação do projeto e o treinamento de equipes operacionais (turn key job).

Novos Negócios Núcleo coordenador de projetos e busca pela renovação tecnológica para alavancagem de novas

oportunidades. Participação em feiras, eventos, benchmarking nacional e internacional, pesquisa

literária, pilotos, experimentação, benchmark interno e externo.

Hoje temos Ilhas de conhecimento dentro da Essencis, que precisam ser coordenadas por um

núcleo gestor.

Organizar um calendário de Ciência e Tecnologia para a Essencis para disseminação de

conhecimento. Os projetos e pilotos serão distribuídos nas pontas.

Competências Necessárias: Gestão Administrativa.

Conhecimento Técnico.

Gestão de Pessoas .

Conhecimento científico(parceria com terceiros).

Áreas envolvidas/ impactadas: Todas as áreas da empresa.

3.4.

5.

[Pro

jeto

s E

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tégi

cos]

40

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eDescrição do produto do Projeto: Sair da condição aleatória de relacionamento pessoal para o domínio organizacional.

Criação de um ambiente de trocas/aprendizados.

Profissionalização do setor- maior capacitação.

Competências Necessárias:Estruturar a organização para desenvolvimento de negócios.

Áreas envolvidas/impactadas: Gestores regionais

Comercial

Jurídico

Associações de classe

Técnica/Operacional

[Pro

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cos]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eRECOMENDAÇÕES

Ao longo deste relatório foi utilizado o termo inovação, que no contexto das organizações, significa

qualquer mudança realizada pela empresa que crie uma alteração de padrão em seu desempenho.

Este desempenho atrelado a procedimentos de gestão ambiental e a busca de padrões de

desenvolvimento sustentável , dentro de uma perspectiva duradoura e consistente, configura o

mercado de Organizações Inovadoras Sustentáveis, alvo futuro das ações da Essencis.

O desafio para a Essencis, já para o início de 2008, é adequar-se ao novo cenário da indústria ambiental,

promovendo mudanças graduais, de acordo com as prioridades estabelecidas e registradas neste

documento.

Dessa forma, as recomendações que se seguem são passíveis de aplicação imediata, no tempo, na

amplitude e diante dos recursos que a empresa dispõe.

Isto posto, as recomendações estão agrupadas em 11 categorias, a saber:

1) Reposicionamento Competitivo Ampliação do escopo de atividades do mercado de gestão e tratamento de resíduos para a

gestão ambiental integrada. Mediante a construção de alianças com a indústria para exploração

de novas tecnologias, processos e procedimentos em busca do melhor aproveitamento e uso

eficiente dos recursos naturais na cadeia produtiva, considerando o ciclo total de vida do produto.

A experiência recente da Essencis com a Whirlpool em manufatura reversa é um exemplo deste

novo posicionamento. Em termos práticos, isso significa que a alocação de recursos deverá compor

investimentos tanto para a melhoria da estrutura de serviços atual, quanto para o fomento e o

desenvolvimento de novos negócios.

2) Estabelecer uniformidade da política comercial para toda empresa Iniciativas sugeridas:

Realizar a interface entre as estruturas comerciais regionais, acompanhando metas de

vendas para todas as tecnologias (incluindo ações comerciais voltadas para remediação).

Capacitar a área comercial para atender a área de Remediação (colaboração entre corpo

técnico e área comercial).

Promover encontros e visitas técnicas das áreas comerciais regionais às operações para

maior integração e maior adequação das propostas comerciais e a operação. (Possibilidade

de se retomar o trabalho do Fórum entre um Gestor Corporativo e áreas comerciais –

encontros trimestrais) .

Padronizar atendimento e prospecção de clientes.

Gestão de “Key Accounts”.

A expressão desenvolvimento sustentável começa a ser usada no início da década de 1980, mas decola a partir de meados dessa década com os trabalhos da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Comissão Brundtland. Em 1987 essa Comissão divulgou um relatório, que ficou conhecido como Nosso Futuro Comum, no qual aparece a definição mais conhecida de desenvolvimento sustentável, a saber: desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades (CMMAD; 1988, pg. 46).

[Rec

omen

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es]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e3) Adoção de metodologia de Gestão de Projetos com o aproveitamento de expertise existente.

Identificou-se a possibilidade de focar uma área em serviços em Gestão Ambiental de Grandes

Projetos para a Indústria e Infraestrutura. A equipe se organizaria em núcleos de competência e

seria formada e dissolvida a cada projeto.

4) Desenvolvimento de novas tecnologias e Novos Negócios e Gestão do Conhecimento Tecnológico.

Identificou-se a oportunidade de se investir em uma Coordenação Corporativa para a facilitação

de projetos em Pesquisa e Desenvolvimento de novas Tecnologias desenvolvido e testado pelas

unidades, sendo o corporativo responsável pela sistematização, identificação de boas práticas e

disseminação de conhecimento tecnológico para toda a Essencis.

Projetos apontados:

Reciclagem, reuso e reaproveitamento energético.

Oportunidades em Logística Reversa.

Identificação de Boas Práticas Operacionais e Padronização da Operação.

Busca de Novas Tecnologias e Benchmark nacional e internacional.

5) Formação do Núcleo de Educação Ambiental.

Identificou-se a necessidade de se trabalhar mais fortemente em Educação Ambiental para

a sociedade e para a Indústria. Sugeriu-se a criação de um Centro de Excelência que reunisse

representantes da Indústria, da academia, associações de classe e entidades para a discussão

e construção de conhecimento. Como por exemplo, a iniciativa da ONG já em andamento em

Caieiras.

6) Implementação de um projeto de Gestão do Conhecimento para a Essencis .

Evidenciou-se a necessidade de um projeto de Gestão do Conhecimento para a Essencis uma vez que

a falta de registro e compartilhamento de informações entre as unidades foi uma queixa recorrente

em inúmeras entrevistas.

Para a Essencis a sistematização do conhecimento tácito será de grande valia para todas as áreas

da empresa, conferindo à empresa como um todo maior agilidade e um meio sistematizado para as

inovações que poderão surgir a partir das colaborações de todos.

Somado ao valor interno, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

declarou que pretende, a partir do próximo ano (2008), levar em conta os bens não-físicos das

empresas ao analisar créditos e conceder empréstimos. O banco estabelecerá critérios para

quantificar itens que antes não eram considerados, como os investimentos em tecnologia,

conhecimento e transparência.

• [Rec

omen

daçõ

es]

43

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] ePara finalizar, a gestão do conhecimento na Essencis auxiliará no alcance de seus objetivos

estratégicos, uma vez que processos, informações importantes e indicadores de desempenho

estarão acessíveis para o conhecimento de todos. Hernandes, Cruz e Falcão (2000, p. 3), coloca que

a “gestão do conhecimento é o processo pelo qual uma organização consciente e sistematicamente

coleta, cria, organiza, compartilha e quantifica seu acervo de conhecimentos para atingir seus

objetivos estratégicos”. Essas atividades são dependentes da junção de políticas de gestão de

recursos humanos, estruturas e culturas organizacionais e tecnologias adequadas.

Como o conhecimento é orientado à ação, a gestão do conhecimento deve promover a execução

de ações alinhadas com os objetivos estratégicos da organização.

7) Adoção de um sistema de gestão de implementação estratégica. (por ex. BSC).

A metodologia do Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia da organização em objetivos e

medidas tangíveis, o que se faz necessário para o acompanhamento da implementação estratégica

na Essencis.

Sabe-se que a metodologia do BSC ou de outro sistema de gestão estratégica colabora para a

implementação eficaz do desdobramento da estratégia, uma vez que estabelece conexões de

longo prazo entre os objetivos estratégicos e os resultados e ações de curto prazo, viabilizando a

implementação e o acompanhamento da estratégia

8) Utilização da Gestão por Competências.Faz-se necessário o mapeamento das competências futuras para atingir o novo posicionamento

da Essencis. A recomendação desta prática auxiliará o plano de desenvolvimento de pessoas,

orientando melhor as capacidades a serem desenvolvidas. O projeto A de gestão por competências

contempla as ações necessárias para esta recomendação.

9 ) Desenvolvimento de Comunicação Integrada com o Mercado.Sugere-se a articulação do conjunto de todos os esforços de comunicação de marketing da Essencis,

visando divulgar uma mensagem única e persuasiva sobre a empresa/produto/marca, junto aos

diversos stakeholders (públicos interessados).

É um processo integrado porque para ser eficaz é necessário construir uma mensagem única e

crível, que requer a coordenação e integração de todas as atividades de comunicação.

Balanced Scorecard é uma metodologia disponível e aceita no mercado desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992.Segundo Kaplan e Norton (1997, p.25), o Balanced Scorecard reflete o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazo, entre medidas financeiras e não-financeiras, entre indicadores de tendências e ocorrências e, ainda, entre as perspectivas interna e externa de desempenho. Este conjunto abrangente de medidas serve de base para o sistema de medição e gestão estratégica por meio do qual o desempenho organizacional é mensurado de maneira equilibrada sob as quatro perspectivas. (in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Balanced_Scorecard#O_Balanced_Scorecard)

[Rec

omen

daçõ

es]

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] e10) Criação de uma posição para gestão da Tecnologia de Informação.A criação da posição de TI para a Essencis facilitaria o fluxo de informações entre as unidades

operacionais e das unidades com o corporativo. Conferindo maior agilidade na implementação e

manutenção de sistemas e aplicativos pela empresa. E. no contexto de crescimento que a Essencis

está, ganharia o status de posição estratégica, na medida em que assegura ao gestor do negócio

maior confiabilidade na tomada de decisões.

11) Atuação junto aos Órgãos Regulamentadores visando a alavancagem do mercado de remediação.De acordo com uma das tendências presentes neste relatório, recomenda-se maior atenção

à recuperação de áreas contaminadas onde a atuação da Essencis poderia se dar por meio da

participação ativa na formação de Legislação e Fiscalização a médio e longo prazo. O projeto de

Fórum de Líderes do Setor contribuirá para a alavancagem comercial desta área de atuação gerando

novos negócios. [R

ecom

enda

ções

]Os meios de comunicação externa que mereceriam maior atenção são:

Assessoria de imprensa.

Atendimento ao cliente – call center.

Publicação em revistas do setor.

Participação em eventos, feiras, congressos.

Atualização do website .

Os meios de comunicação interna que mereceriam maior atenção são:

Intranet corporativa.

Gestão à vista.

Fóruns internos.

O projeto de gestão do conhecimento já contempla a gestão da informação o que contribui para uma melhor comunicação interna.

45

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[Planejamento Estratégico 2008 - 2012] eREFERENCIAL TEÓRICOBARBIERI, JC; SIMANTOB, M. (2007) - Organizações Inovadoras Sustentáveis. São Paulo: Atlas

HART, S. (2005) - The Capitalism at the Crossroads. New Jersey: Wharton School Publishing

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (1997) - A estratégia em ação: Balanced Scorecard. Rio de Ja-

neiro: Campus.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. (2000) - Organização orientada para a estratégia: como as em-

presas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de

Janeiro: Campus.

LASZLO, E. (2001) – Macrotransição – o desafio para o terceiro milênio. São Paulo: Axis Mundi

Editora LTDA.

SIMANTOB, M; LIPPI, R. (2003) – Guia Valor Econômico de Inovação nas empresas. São Paulo:

Editora Globo.

Publicações consultadas:Almanaque Brasil Socioambiental (2008). São Paulo: ISA.

Análise de Gestão Ambiental - Anuário de 2007. São Paulo: Análise Editorial.

Comissão Mundial sobre meio Ambiente e Desenvolvimento, Nosso Futuro Comum (1991). Rio

de Janeiro: Editora da FGV.

Estudo sobre o setor de tratamento de resíduos industriais (2006) – PriceWaterhouseCoo-

pers.

GV CES e AMCE (org.); Fóruns Empresariais, Sustentabilidade e Responsabilidade Coorpora-

tiva: um passo adiante (2007). São Paulo: Editora AMCE.

Perfil do Setor de Tratamento de Resíduos e Serviços Ambientais (2006), São Paulo: ABETRE

Revista Página 22, no.14, Novembro 2007. São Paulo: GVCES.

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Web sites consultados: http://www.akatu.org.br

http://www.ces.fgvsp.br

http://www.fiesp.com.br/ambiente

http://www.lazarinni.com.br

[Ref

eren

cial

Teó

rico

]

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