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ao professorCaderno de apoio
8.oPortuguêsAno
P6
Proposta de anualização do 3.º ciclo
Guiões de leitura e escrita – cenários de respostaDicionário Terminológico – principais alterações
Ana Santiago
P8
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APRESENTAÇÃO DO PROJETO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
RECURSOS MULTIMÉDIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
CRITÉRIOS DE ANUALIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PROPOSTA DE ANUALIZAÇÃO DO 3.O CICLO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ACORDO ORTOGRÁFICO – POR PAULO FEYTOR PINTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
GUIÕES DE LEITURA E ESCRITA — CENÁRIOS DE RESPOSTA . . . . . . . . . . . . . . . . 42
• A bicicleta que tinha bigodes, Ondjaki
• A pérola, John Steinbeck
• A Instrumentalina, Lídia Jorge
• Poetas de ontem e de hoje – do século XIII ao XXI, para os mais novos, seleção de Maria de Lourdes Varanda e Maria Manuela Santos
• A ilha encantada, Hélia Correia (versão para jovens deA tempestade,de William Shakespeare)
• O colar, Sophia de Mello Breyner Andresen
ÍNDICE
Título
Caderno de Apoio
ao Professor
P8
Português 8.o Ano
Autoras
Ana Santiago
Sofia Paixão
Editor
Texto Editores, Lda.
Coordenação Editorial
Joana Paes
Design de Capa
Ideias com Peso
Pré-impressão
Leya, SA
Impressão e Acabamentos
Multitipo
©2012
Texto Editores, Lda.Lisboa, 2012 · 1.a Edição · 1.a Tiragem
Tiragem
11250 Exemplares
ISBN 978-111-11-3105-0
Depósito Legal n.o 339 632/12
Nota: Este caderno de apoio ao professor encontra-se redigido conforme o novo Acordo Ortográfico.
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O projeto P propõe-se a dar resposta aos desafios impostos pela entrada em vigor do novo Programa dePortuguês do Ensino Básico, a partir de uma análise atenta dos fundamentos que nortearam a distribuição deconteúdos e de descritores de desempenho, ao longo de todo o ensino básico.
Trata-se de um projeto que pretende ser rigoroso, funcional e facilitador das aprendizagens. Para tal, com oobjetivo de promover práticas de ensino de qualidade e aprendizagens significativas, o projeto P propõe: o desen-volvimento equilibrado e integrado das quatro competências específicas (oralidade, leitura, escrita e conheci-mento explícito da língua); abordagens que assegurem o princípio da progressão (no ciclo, interciclos e ao longodo ano letivo); sequências de aprendizagem, caracterizadas pela diversidade textual, que garantam a constru-ção de conhecimento, o treino, a consolidação e avaliação.
Estas propostas concretizam-se nos elementos que integram o projeto:
Manual
Aposta numa organização por Unidades e Percursos, com uma identificação clara dos conhecimentos e dascompetências em desenvolvimento e propostas de resolução das atividades.
Livro de Testes
Seis testes de avaliação, estruturados por competências e a partir dos modelos das provas de aferição e dosexames nacionais, que incluem a avaliação da oralidade.
Recursos multimédia
Áudios, vídeos, imagens e gramática interativa, disponíveis na Aula Digital e no CD áudio (no caso particulardos recursos áudio).
Caderno de Apoio ao Professor
Apresentação dos recursos multimédia, proposta de anualização do programa, comparação entre os termosgramaticais da tradição e o Dicionário Terminológico, acordo ortográfico e propostas de leitura de imagens domanual.
Planos de Aula
Planificação das atividades, ao longo do ano letivo, que concilia as propostas do manual com os descritoresde desempenho e os conteúdos do programa e apresenta sugestões de operacionalização.
Caderno de Atividades
Propostas de treino de conhecimento explícito da língua.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
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RECURSOS MULTIMÉDIA
(CD-ROM e online em www.p8.te.pt)
Este recurso multimédia permite ao professor uma fácil exploração do projeto P8, utilizando as novas tecno-logias em sala de aula com total integração entre os recursos digitais de apoio e o manual.
Inclui:
• Manual multimédia
• Animações
• Vídeos
• Apresentações em PowerPoint
• Jogos
• Links internet
• Testes interativos
• Fichas em formato editável
• Planos de aula e planificações em formato editável
A permite-lhe preparar as suas aulas em pouco tempo, podendo:
• aceder aos Planos de Aula disponíveis em formato editável e planificar as suas aulas de acordo com ascaracterísticas de cada turma;
• utilizar as sequências de recursos digitais feitas de acordo com os Planos de Aula criados para si, que oapoiarão nas suas aulas, com o recurso a projetor ou quadro interativo;
• personalizar os Planos de Aula com recursos do projeto ou com os seus próprios materiais.
A permite-lhe avaliar os seus alunos de uma forma fácil, podendo:
• utilizar os testes pré-definidos ou criá-los à medida da sua turma, a partir de uma base de mais de 200questões;
• imprimir os testes para distribuir, projetá-los em sala de aula ou enviá-los aos seus alunos com correçãoautomática;
• acompanhar o progresso dos alunos através de relatórios de avaliação detalhados.
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CRITÉRIOS DE ANUALIZAÇÃO
A anualização proposta nas páginas seguintes não pretende substituir-se à planificação anual, também dis-ponibilizada pelo P8 e concretizada nos percursos do manual, mas apresentar uma visão global do trabalho adesenvolver ao longo do 3.O Ciclo em cada competência. Esta proposta foi elaborada a partir dos quadros de des-critores de desempenho e conteúdos do programa e tendo em conta os critérios definidos pela DGIDC, disponíveisnos dossiês relativos à implementação do novo PPEB em www.dgidc.min-edu.pt. Desse documento1, elaboradopela equipa de autores do programa, salientamos os aspetos seguintes:
– A anualização não pode perder de vista que o trabalho a desenvolver sobre cada competência, num deter-minado ano de escolaridade, parte dos resultados esperados na respetiva competência, no ciclo anterior eno ano de escolaridade anterior, e aponta para os resultados esperados nessa competência, no ciclo em quese está a trabalhar e no ano de escolaridade em que o trabalho se desenvolve.
– Ao longo de cada ciclo, a progressão concretiza-se:
(i) entre descritores de desempenho;
(ii) na partição do descritor de desempenho;
(iii) na distribuição de conteúdo(s) associado(s) ao(s) descritor(es) de desempenho;
(iv) na ativação do descritor de desempenho e conteúdo associado em contextos de complexidade superior.
1 Programa de Português do Ensino Básico, Anualização: critérios e propostas, Equipa de autores, DGIDC, 2009
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lora
r di
fere
ntes
voz
es e
reg
isto
spa
ra c
omun
icar
viv
ênci
as, e
moç
ões,
conh
ecim
ento
s, po
ntos
de
vist
a.
• Exp
lora
r di
fere
ntes
voz
es e
reg
isto
spa
ra c
omun
icar
viv
ênci
as, e
moç
ões,
conh
ecim
ento
s, p
onto
s de
vis
ta e
univ
erso
s no
plan
o do
imag
inár
io.
Text
o / t
extu
alid
ade
(DT
C.1.2
.)Po
lifon
ia (D
T C.
1.1.)
• Exp
lora
r a c
riaçã
o de
nov
as c
onfig
uraç
ões t
extu
ais,
mob
iliza
ndo
a re
flex
ão so
bre
os te
xtos
e so
bre
as su
as e
spec
ifici
da-
des.
Inte
rtex
to /
i nte
rtex
tual
idad
e (D
T C1
.2.)
• Exp
lora
r ef
eito
s es
tétic
os d
a lin
guag
em m
obili
zand
o sa
bere
s de
corr
ente
s da
expe
riênc
ia e
nqua
nto
leito
r.
• Rei
nves
tir e
m te
xtos
pes
soai
s a in
for-
maç
ão d
ecor
rent
e de
pes
quis
as e
lei-
tura
s efe
tuad
as.
• Exp
lora
r for
mas
de
inte
ress
ar e
impl
icar
os
leito
res,
cons
ider
ando
o p
apel
da
audi
ênci
a na
con
stru
ção
de se
ntid
o.Re
gist
o fo
rmal
/ in
form
al (D
T C1
.1.)
Recu
rsos
exp
ress
ivos
• Uti
lizar
os
recu
rsos
tec
noló
gico
s pa
ra d
esen
volv
er p
roje
tos
e ci
rcui
tos
deco
mun
icaç
ão e
scrit
a.
• Esc
reve
r po
r in
icia
tiva
e g
osto
pes
-so
al.
• Esc
reve
r por
inic
iativ
a e
gost
o pe
ssoa
l, de
form
a au
tóno
ma
e fl
uent
e.
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
13
cap_P8_Layout 1 3/12/12 3:18 PM Page 13
14
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Rec
onhe
cer a
líng
ua c
omo
sist
ema
dinâ
mic
o, a
bert
o e
em e
labo
raçã
o co
ntín
ua.
Mud
ança
ling
uíst
ica
(DT
A.4.
) Fa
tore
s ext
erno
s e in
tern
os e
tipo
s de
mud
ança
(DT
A.4.
1.)
• Ide
ntifi
car,
em te
xtos
ora
is e
esc
ritos
, a v
aria
ção
nos v
ário
s pla
nos (
fono
lógi
co, l
exic
al, s
intá
tico,
sem
ântic
o e
prag
mát
ico)
.• R
econ
hece
r esp
ecifi
cida
des f
onol
ógic
as, l
exic
ais e
sint
átic
as n
as v
aria
ntes
do
port
uguê
s eur
opeu
. • D
istin
guir
cont
exto
s ge
ográ
ficos
, soc
iais
e s
ituac
iona
is q
ue e
stão
na
orig
em d
e di
fere
ntes
var
ieda
des
do p
ortu
guês
não
euro
peu.
Varie
dade
s do
por
tugu
ês:
vari
edad
es a
fric
anas
eva
ried
ade
bras
ileir
a (D
TA.
2.3.
)
•Car
acte
rizar
o p
roce
sso
de e
xpan
são
da lí
ngua
por
tugu
esa
e as
rea
liza-
ções
ass
ocia
das a
o se
u co
ntac
to c
omlín
guas
não
eur
opei
as.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s hi
stór
icos
que
estã
o na
orig
em d
e di
fere
ntes
var
ie-
dade
s do
port
uguê
s.• C
arac
teriz
ar o
por
tugu
ês c
omo
uma
língu
a ro
mân
ica.
• Ide
ntifi
car
dado
s qu
e pe
rmite
m c
on-
text
ualiz
ar a
var
iaçã
o hi
stór
ica
dalín
gua
port
ugue
sa.
Crio
ulos
de
base
lexi
cal
port
ugue
sa; b
iling
uism
o;m
ultil
ingu
ism
o (D
T A
.3.)
Subs
trat
o, s
uper
stra
to,
adst
rato
; fam
ília
de lí
n-gu
as; e
tim
olog
ia; é
tim
o(D
T A.
4.3.
); va
riaçã
o hi
stó-
rica
(por
tugu
ês a
ntig
o,po
rtug
uês
clás
sico
, con
-te
mpo
râne
o); p
alav
ras
conv
erge
ntes
, pal
avra
sdi
verg
ente
s (DT
A.4
.2.)
• Sis
tem
atiz
ar p
ropr
ieda
des d
a lín
gua
padr
ão.
Nor
mal
izaç
ão li
nguí
stic
a; lí
ngua
pad
rão
(DT
A2.2
.)
• Con
sult
ar re
gula
rmen
te o
bras
lexi
cogr
áfic
as, m
obili
zand
o a
info
rmaç
ão n
a an
ális
e da
rece
ção
e da
pro
duçã
o do
mod
oor
al e
esc
rito.
Glo
ssár
ios (
DT D
.1.)
Thes
auru
s, te
rmin
olog
ias (
DT D
.1.)
• Dis
tingu
ir pa
res d
e pa
lavr
as q
uant
o à
clas
se m
orfo
lógi
ca, p
elo
posi
cion
a-m
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da
síla
ba tó
nica
. • S
iste
mat
izar
pro
prie
dade
s do
dito
n-go
e d
o hi
ato.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s de
oco
rrên
cia
de m
odif
icaç
ão d
os f
onem
as n
opl
ano
sinc
róni
co.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s de
oco
rrên
cia
de m
odifi
caçã
o do
s fo
nem
as n
os p
la-
nos d
iacr
ónic
o e
sinc
róni
co.
• Car
acte
riza
r pr
oces
sos
fono
lógi
cos
de in
serç
ão, s
upre
ssão
e a
lter
ação
dos s
egm
ento
s.
Prop
ried
ades
ace
ntua
isda
s síla
bas (
DT B
1.2.3
.)Se
miv
ogal
Dit
ongo
: or
al,
nas
al,
cres
cent
e, d
ecre
scen
teH
iato
(DT
B1.1.
2.)
Pro
cess
os f
onol
ógic
os(D
T B1
.1.)
Pro
cess
os f
onol
ógic
osde
inse
rção
, sup
ress
ão e
alte
raçã
o
Pro
cess
os f
onol
ógic
osde
red
uçã
o vo
cáli
ca,
assi
mila
ção
e di
ssim
ila-
ção;
met
átes
e (D
T B.
1.3.)
• Sis
tem
atiz
ar p
ropr
ieda
des d
a sí
laba
gra
mat
ical
e d
a sí
laba
mét
rica:
– se
gmen
tar v
erso
s por
síla
ba m
étric
a; u
tiliz
ar ri
ma
foné
tica
e rim
a gr
áfic
a.Sí
laba
mét
rica
e sí
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gra
mat
ical
Rela
ções
ent
re p
alav
ras e
scrit
as e
ent
re g
rafia
e fo
nia
(DT
E.5.
)
• Sis
tem
atiz
ar a
s cat
egor
ias r
elev
ante
s par
a a
flex
ão d
as c
lass
es d
e pa
lavr
as v
ariá
veis
.Fl
exão
:–
nom
inal
, adj
etiv
al
– de
term
inan
tes
e pr
o-no
mes
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onom
es p
esso
ais
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onom
es p
esso
ais:
cas
o no
min
ativ
o, a
cusa
tivo
,da
tivo
e ob
líquo
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
Plano MorfológicoPlano FonológicoPlano da língua, Variação e Mudança
cap_P8_Layout 1 3/12/12 3:18 PM Page 14
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Sis
tem
atiz
ar p
arad
igm
as f
lexi
onai
sre
gula
res e
irre
gula
res d
os v
erbo
s.• S
iste
mat
izar
par
adig
mas
fle
xion
ais
irre
gula
res
em v
erbo
s de
uso
fre
-qu
ente
.
• Sis
tem
atiz
ar p
arad
igm
as f
lexi
onai
sirr
egul
ares
em
ver
bos
de u
so m
enos
freq
uent
e.
• Sis
tem
atiz
ar e
spec
ifici
dade
s da
fle-
xão
verb
al e
m:
– ve
rbos
de
conj
ugaç
ão in
com
plet
a.
Flex
ão v
erba
l
Verb
o re
gula
r; ve
rbo
irreg
ular
(DT
B2.2
.2.)
Verb
os d
efet
ivos
impe
s-so
ais;
unip
esso
ais;
form
asu
plet
iva
(DT
B2.2
.2.)
• Sis
tem
atiz
ar e
spec
ifici
dade
s da
flexã
o ve
rbal
: con
tras
te d
as fo
rmas
do
infin
itivo
pess
oal c
om a
s do
infin
itivo
impe
ssoa
l e re
spet
ivas
real
izaç
ões l
ingu
ístic
as.
Form
as v
erba
is fi
nita
s e
form
as v
erba
is n
ão fi
nita
s(D
T B2
.2.2
.)
• Sis
tem
atiz
ar p
adrõ
es d
e fo
rmaç
ão d
e pa
lavr
as c
ompl
exas
:–
por c
ompo
siçã
o de
dua
s ou
mai
s for
mas
de
base
.• E
xplic
itar
o si
gnifi
cado
de
pala
vras
com
plex
as a
par
tir d
o va
lor
de p
refix
os e
sufix
os n
omin
ais,
adje
tivai
s e v
erba
is d
o po
rtug
uês.
Com
posi
ção
mor
foló
gi-
ca; c
ompo
siçã
o m
orfo
s-si
ntát
ica
Afix
ação
(DT
B2.3
.1.)
Der
ivaç
ão n
ão a
fixal
• Car
acte
rizar
cla
sses
de
pala
vras
e re
spet
ivas
pro
prie
dade
s.• S
iste
mat
izar
pro
prie
dade
s dis
tintiv
as d
e cl
asse
s e su
bcla
sses
de
pala
vras
. C
lass
e ab
erta
de
pala
-vr
as (D
T B
.3.1
.); c
lass
efe
chad
a de
pal
avra
s (D
TB.
3.2.
)N
ome
con
táve
l –
não
cont
ável
(DT
B.3.
1.)Ve
rbo
prin
cipa
l, au
xilia
rVe
rbo
auxi
liar
tem
pora
l(D
T B.
3.1.)
Qua
ntifi
cado
r uni
vers
al;
exis
tenc
ial (
DT
B.3
.2.)
Advé
rbio
(DT
B.3.
1.)Lo
cuçã
o ad
verb
ial
(DT
B.3.
1.); a
dvér
bio
de p
redi
-ca
do (D
T B.
3.1.)
Locu
ção
prep
osic
iona
l(D
T B.
3.2.
)Co
njun
ção
Locu
ção
conj
unci
onal
coor
dena
tiva
: con
clus
i-va
, exp
licat
iva
Adv
érbi
o de
fra
se e
cone
ctiv
o (D
T B.
3.1.)
Con
junç
ão s
ubor
dina
ti-
va:
com
para
tiva
(D
TB.
3.2.
)Ve
rbo
auxi
liar
aspe
tual
(DT
B3.1.
)
Verb
o au
xilia
r mod
al (D
TB3
.1.)
Con
junç
ão s
ubor
dina
ti-
va: c
once
ssiv
a, c
onse
cu-
tiva
(DT
B.3.
2.)
• Apl
icar
as r
egra
s de
utili
zaçã
o do
pro
nom
e pe
ssoa
l áto
no (r
efle
xo e
não
refl
exo)
em
adj
acên
cia
verb
al.
Pron
omes
: pró
clis
e, m
esóc
lise,
ênc
lise
DT(
B.3
.2.)
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
Plano das Classes de Palavras
15
cap_P8_Layout 1 3/12/12 3:18 PM Page 15
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Car
acte
rizar
pro
prie
dade
s de
sele
ção
de v
erbo
s tra
nsiti
vos.
Verb
o pr
inci
pal:
tran
sitiv
o di
reto
, ind
ireto
, dire
to e
indi
reto
(DT
B.3.
1.)
Verb
o pr
inci
pal:
tran
siti-
vos p
redi
cativ
os
• Sis
tem
atiz
ar o
s con
stitu
inte
s prin
cipa
is d
a fr
ase
e re
spet
iva
com
posi
ção.
Gru
po n
omin
al; g
rupo
ver
bal;
grup
o ad
jetiv
al; g
rupo
prep
osic
iona
l; gr
upo
adve
rbia
l (DT
B.4
.1.)
• Sis
tem
atiz
ar p
roce
ssos
sint
átic
os.
Conc
ordâ
ncia
(DT
B.4.
2.)
Elip
se (D
T B.
4.2.
)
• Sis
tem
atiz
ar re
laçõ
es e
ntre
os p
rinci
pais
con
stitu
inte
s da
fras
e e
as fu
nçõe
s sin
tátic
as p
or e
le d
esem
penh
adas
.• S
iste
mat
izar
funç
ões s
intá
ticas
: ao
níve
l da
fras
e.• D
etet
ar d
ifere
ntes
con
figur
açõe
s da
funç
ão si
ntát
ica
de su
jeito
.
Funç
ões
sint
átic
as a
oní
vel d
a fr
ase
(DT
B.4.
2.)
Suje
ito; p
redi
cado
; voc
a-tiv
oS
ujei
to c
ompo
sto
(DT
B.4.
2.)
Mod
ifica
dor d
e fr
ase
Suje
ito fr
ásic
o
• Sis
tem
atiz
ar fu
nçõe
s sin
tátic
as:
– in
tern
as a
o gr
upo
verb
al.
Funç
ões
sint
átic
as (D
TB.
4.2.
)C
ompl
emen
to (d
iret
o,in
dire
to, o
blíq
uo, a
gent
eda
pas
siva
); pr
edic
ativ
odo
suj
eito
; mod
ific
ador
do g
rupo
ver
bal
Pred
icat
ivo
do c
ompl
e-m
ento
dire
to
• Sis
tem
atiz
ar fu
nçõe
s sin
tátic
as:
– in
tern
as a
o gr
upo
nom
inal
.• S
iste
mat
izar
funç
ões s
intá
ticas
:–
inte
rnas
ao
grup
o no
min
al;
– in
tern
as a
o gr
upo
adje
tival
;–
inte
rnas
ao
grup
o ad
verb
ial.
Mod
ifica
dor d
o no
me
Com
plem
ento
do
nom
e;co
mpl
emen
to d
o ad
jeti-
vo;
com
plem
ento
do
advé
rbio
(DT
B.4.
2.)
• Tra
nsfo
rmar
fras
es a
tivas
em
fras
espa
ssiv
as e
vic
e-ve
rsa.
Fras
e pa
ssiv
a (D
T B.
4.3.
)
• Sis
tem
atiz
ar p
roce
ssos
de
artic
ulaç
ão d
e gr
upos
e fr
ases
.• D
istin
guir
proc
esso
s sin
tátic
os d
e ar
ticul
ação
ent
re fr
ases
com
plex
as.
Coo
rden
ação
: ora
ção
coor
dena
da c
oncl
usiv
a e
expl
icat
iva
Sub
ordi
naçã
o: o
raçã
osu
bord
inad
a su
bsta
ntiv
a(c
ompl
etiv
a);
oraç
ãosu
bord
inad
a ad
jeti
vare
lativ
a
Coo
rden
ação
ass
indé
ti-
ca (D
T B.
4.4.
)O
raçã
o su
bord
inad
aco
m pa
rativ
a
Sub
ordi
naçã
o: o
raçã
osu
bord
inad
a ad
verb
ial:
conc
essi
va e
con
secu
ti-
va (D
T B.
4.4.
)O
raçã
o su
bord
inad
a ad
-je
tiva
(rel
ativ
a re
strit
iva
e re
lati
va e
xpli
cati
va)
(DT
B.4.
4.)
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
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Plano Sintático
16
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Plano Discursivo e TextualPlano Lexical e Semântico
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19
DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Da nomenclatura gramatical portuguesa ao Dicionário Terminológico
A Nomenclatura Gramatical Portuguesa (NGP) foi publicada em 1967 e revogada em 2004 com a publicaçãoda Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS).
Ambas surgem como uma lista de termos a utilizar em contextos de ensino, de acordo com as orientaçõescurriculares. Antes, como agora, uma lista de termos não é, por si só, ensinável, cabendo aos programas a defini-ção clara dos conteúdos a trabalhar e/ou das competências a desenvolver.
As conclusões da experiência pedagógica da TLEBS e os pareceres de especialistas motivaram a sua suspen-são e consequente revisão, que veio a concretizar-se no Dicionário Terminológico (DT), disponível emhttp://dt.dgidc.min-edu.pt/, instrumento a usar por professores dos ensinos Básico e Secundário, «com uma fun-ção reguladora de termos e conceitos sobre funcionamento da língua de forma a acabar com a deriva terminoló-gica»1.
O Dicionário Terminológico, resultante da revisão da TLEBS, eliminou, por um lado, termos redundantes, ina-dequados ou pouco relevantes; por outro lado, acrescentou termos nos domínios da análise do discurso e da retó-rica.
O novo Programa de Português do Ensino Básico (PPEB) recorre aos termos do DT nas listas de conteúdos detodas as competências. Nas tabelas de descritores de desempenho e de conteúdos do Conhecimento Explícito daLíngua, a lógica de organização baseia-se no DT, mas não se limita a uma colagem, uma vez que alguns domíniosse entrecruzam (é, por exemplo, o caso do domínio da Lexicologia, que surge integrado no Plano da Língua,Variação e Mudança).
Assim, entender o DT e a tipologia das alterações não é, por si só, suficiente para uma real implementação donovo PPEB, mas ajudará a lidar com as novas abordagens e desafios.
Os domínios do Dicionário Terminológico
A. Língua, comunidade linguística, variação e mudançaA.1. Língua e comunidade linguísticaA.2. Variação e normalização linguísticaA.3. Contacto de línguasA.4. Mudança linguística
1 RELATÓRIO – Terminologia linguística: revisão e consulta pública, in http://www.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Paginas/RELATORIOTLEBS.aspx
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20
B. Linguística descritivaB.1. Fonética e FonologiaB.2. MorfologiaB.3. Classes de palavrasB.4. SintaxeB.5. LexicologiaB.6. Semântica
C. Análise do discurso, retórica, pragmática e linguística textualC.1. Análise do discurso e áreas disciplinares correlatas
D. LexicografiaD.1. Obras lexicográficasD.2. Informação lexicográfica
E. Representação gráficaE.1. GrafiaE.2. Pontuação e sinais auxiliares de escritaE.3. Configuração gráficaE.4. Convenções e regras para a representação gráficaE.5. Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia
Tipologia das alterações
Mais do que comparar a NGP com o DT, importa referir o tipo de alterações terminológicas em contexto deensino do português. No fundo, trata-se de conhecer as diferenças entre a terminologia usada até agora, a quechamaremos tradição gramatical por nem sempre corresponder a termos da NGP, e a que passou a figurar emtodos os programas de Português desde 2011/2012.
Assim, podemos verificar quatro tipologias de alterações:
– Os termos mudam e/ou estabilizam-se, mas os conceitos mantêm-se: por exemplo, nome e substantivo sãosinónimos, mas o DT fixa o termo nome;
– os termos mantêm-se, mas o conceito muda: por exemplo, o predicativo do sujeito continua a chamar-sepredicativo do sujeito, mas a sua definição inclui constituintes que a tradição gramatical consideravacomplementos circunstanciais, como na frase: A Maria está em Lisboa;
– o Dicionário Terminológico apresenta novos termos que não faziam parte dos programas, nem da tradiçãogramatical, sobretudo nas áreas da semântica, da semântica lexical e da análise do discurso, retórica, prag-mática e linguística lexical;
– mudam os termos e os conceitos: por exemplo, o numeral ordinal dá lugar ao adjetivo numeral, por seconsiderar que possui características dessa classe de palavras.
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21
Procederemos, em seguida, à apresentação e exemplificação das principais diferenças entre a tradição gra-matical e o Dicionário Terminológico. Serão abordadas algumas áreas que sofreram alterações e apresentadosnovos termos e conceitos linguísticos que não faziam parte da tradição gramatical.
Os domínios e os termos comparados foram selecionados pela sua importância ao longo dos três ciclos doensino Básico, mas nem sempre reproduzem aqueles que figuram no novo PPEB nem estão distribuídos por anosde escolaridade.
Para além disso, muitos dos termos apresentados não serão explicitados ao aluno, em contexto de sala deaula. Considerámos, no entanto, importante a sua integração, mas lembramos que os conteúdos doConhecimento da Língua são os definidos pelo texto programático.
Níveis de língua e variedades do português
Os termos relativos à Língua, Variação e Mudança não sofreram grandes alterações; destacam-se, no entanto,alguns termos que se encontram fortemente enraizados na metalinguagem da disciplina de Língua Portuguesa /Português e que sofreram alterações ou passaram a ser abordados de outra forma.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Distinguia-se:
• geografia da língua portuguesa / domínio atual dalíngua portuguesa;
• níveis/ registos de língua:– língua cuidada– língua familiar– língua popular– calão– gíria– regionalismos– língua literária
• história da língua portuguesa/ diacronia/ sincronia
O termo variação inclui:
• variedades geográficas: correspondem às variaçõesque a língua apresenta ao longo do seu território. As variedades do português são: a variedade europeia,a variedade brasileira e as variedades africanas.
• variedades situacionais: resultantes da capacidade deos falantes adaptarem o estilo de linguagem à situaçãode comunicação.
• variedades sociais: também chamadas «socioletos» ou«dialetos sociais», usadas por falantes que pertencem àmesma classe social e ambiente socioeconómico oueducacional.
• variedades históricas: resultantes da mudança linguís-tica. Consistem no contraste entre a gramática antiga ea gramática posterior da língua.
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22
Formação de palavras
O que mudou…
Processos morfológicos de formação de palavras
Nos processos de formação regular de palavras, as alterações mais importantes relacionam-se com a com-posição.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Derivação (processo de formação de novas palavras a par-tir de uma palavra primitiva):
• prefixação (associação de um prefixo a uma forma debase) – impossível;
• sufixação (associação de um sufixo a uma forma debase) – possibilidade;
• parassíntese (associação simultânea de um prefixo ede um sufixo a uma forma de base) – amanhecer;
• derivação imprópria (integração da palavra numa novaclasse de palavras, sem que se verifique qualquer alte-ração na forma);
• derivação regressiva (criação de nomes a partir de ver-bos).
Composição (processo de formação de novas palavras apartir de mais do que um radical ou palavra):
• justaposição (formação de uma palavra a partir deduas ou mais palavras, que mantêm a acentuação) –obra-prima, vice-diretor.
• aglutinação (formação de uma palavra a partir daunião de palavras primitivas ou de radicais, em que ape-nas um mantém a acentuação) – girassol, multinacio-nal.
Derivação (processo morfológico de formação de pala-vras que consiste, tipicamente, na associação de um afixoderivacional a uma forma de base):
• prefixação (sem alteração) – refazer, invisível, infeliz,descrente;
• sufixação (sem alteração) – simplesmente, ventoso;
• parassíntese (sem alteração) – renovar, aprofundar,enlouquecer;
• conversão (corresponde à derivação imprópria da tradi-ção gramatical) – (o) olhar, (o) saber, (o) comer;
• derivação não afixal (corresponde à derivação regres-siva da tradição gramatical) – apelo (do verbo apelar);desabafo (do verbo desabafar).
Composição (processo de formação de novas palavras apartir da união de duas formas de base):
• morfológica (formação de uma palavra a partir de umradical e uma palavra ou de dois radicais) – agricultura,psicologia;
• morfossintática (formação de uma palavra a partir deduas ou mais palavras) – couve-flor, guarda-chuva.
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23
O que há de novo…
Processos irregulares de formação de palavras
Estes processos são relativamente recentes no âmbito do ensino do português. Apenas o termo estrangeiris-mo, agora empréstimo, surge na NGP, ainda que outros, como sigla e acrónimo, façam parte da tradição gramati-cal. No DT surgem no domínio da Lexicologia.
Mais exemplos:
Exemplos Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Facilitar Derivação por sufixação Derivação por sufixação
Amanhecer Derivação por parassíntese Derivação por parassíntese
Infelizmente Derivação por prefixação e sufixação Derivação por prefixação e sufixação
(o) Olhar Derivação imprópria Derivação por conversão
Guarda-roupa Composição por justaposição Composição morfossintática
Biblioteca Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
Arranha-céus Composição por justaposição Composição morfossintática
Ortografia Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
(a) Pesca Derivação regressiva Derivação não afixal
Água-de-colónia Composição por justaposição Composição morfossintática
Democracia Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
Terminologia Explicação Exemplos
Empréstimo (antes estrangeirismo)
Transferência de uma palavra de uma língua paraoutra.
Futebol, scanner, surf
Extensão semântica Alargamento do significado de uma palavra. Navegar na Internet, portal
Amálgama Criação de uma palavra a partir da junção de partesde duas ou mais palavras.
Informática (informação automática)
Truncação Criação de uma palavra a partir do apagamento deuma parte da palavra de que deriva.
Moto(cicleta) Foto(grafia)
Sigla Termo formado pelas iniciais das palavras que lhederam origem, que se pronuncia letra a letra.
IRS (Imposto sobre oRendimento Singular)
Acrónimo Termo formado pela junção de sílabas ou letras ini-ciais. Lê-se como se fosse uma palavra.
Iva (Imposto sobre o ValorAcrescentado)
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24
Classes e subclasses de palavras
O que mudou…
As classes e subclasses de palavras são um subdomínio da Morfologia. Podem ser abertas, quando possuemum número ilimitado de palavras (nome, adjetivo, verbo, advérbio, interjeição), ou fechadas, quando possuem umnúmero limitado de palavras (determinante, pronome, quantificadores, preposição e conjunção).
Nome
Os nomes deixaram de ser classificados como concretos e abstratos e incluem uma nova subclasse, a dosnomes contáveis, que podem ser enumerados (um ovo, dois ovos) e não contáveis, que não podem ser enumera-dos (*uma saudade / *duas saudades; *um açúcar / *dois açúcares).
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Substantivo ou nome • próprio• comum • concreto e abstrato • coletivo
Nome • próprio• comum:
– coletivo– contável/não contável1
Dicionário Terminológico
Adjetivo
• qualificativo: exprime uma qualidade, ou seja, atribui uma qualidade ao nome, pode variar em grau e pode surgirantes ou depois do verbo, ainda que com alteração de sentido: amigo rico / rico amigo.
• numeral: tradicionalmente chamado numeral ordinal, este adjetivo estabelece uma ordem (primeiro mês, segundomês, terceiro mês) e surge antes do nome, habitualmente acompanhado por um determinante (o primeiro mês).
• relacional: adjetivo que deriva de um nome e que habitualmente, não ocorre em posição pré-nominal nem varia emgrau: os jornais diários; as aves aquáticas; a crosta terrestre.
Adjetivo
Ao contrário do que acontecia tradicionalmente, os adjetivos distribuem-se agora por três subclasses eincluem a antiga classe dos numerais ordinais.
1 Os nomes coletivos podem ser contáveis (uma turma, duas turmas), ou não contáveis (*uma flora, *duas floras).
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25
Dicionário Terminológico
Verbo principal
Verbo que, numa frase, determina a existência de sujeito e/ou de complemento(s): Os rapazesdescobriram uma passagem secreta.
Os verbos principais dividem-se em classes, em função da ausência ou presença de alguns com-plementos:
• Intransitivo: verbo sem complementos (A criança adormeceu.).
• Transitivo direto: verbo com complemento direto (A criança comeu a sopa.).
• Transitivo indireto: verbo com complemento indireto (O filho telefonou ao pai.), ou comple-mento oblíquo (O Pedro foi para Lisboa.).
• Transitivo direto e indireto: verbo com complemento direto e indireto (A professora leu umahistória aos alunos), ou complemento direto e complemento oblíquo (O Rui pôs o saco no chão.).
• Transitivo-predicativo: verbo com complemento direto e predicativo do complemento direto (O professor considera o João muito responsável.).
Verbo copulativo
Verbo que precisa de um predicativo do sujeito para que a frase tenha sentido completo.Consideram-se habitualmente como copulativos os verbos: ser, estar, permanecer; ficar; pare-cer; continuar (A Rita continua triste.).
Verbo auxiliar
Verbo que surge antes de um verbo principal ou copulativo, formando um complexo verbal(A Marta nunca tinha visto o mar.). Na mesma frase, pode haver mais do que um verbo auxiliar (A história poderia ter sido contadade outra forma.).
Verbo
Enquanto classe de palavras, o verbo surge no DT com classificações muito próximas da tradição gramatical.Destaca-se, porém, o facto de serem consideradas as classes do verbo determinadas em função dos seus comple-mentos. As questões relacionadas com a flexão do verbo encontram-se no domínio da Morfologia e não sofreramalterações significativas.
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Advérbio
A classificação das subclasses do advérbio deixou de estar dependente de critérios meramente semânticos.Na maioria dos casos, o advérbio passou a ser classificado tendo em conta a relação que estabelece com osoutros elementos da frase.
Uma análise da tabela permite concluir que os tradicionais advérbios de tempo, lugar, modo, dúvida e desi-gnação estão distribuídos pelos advérbios de predicado, de frase e conectivo.
Note-se que os advérbios continuam a possuir diferentes valores semânticos (tempo, modo, etc.), mas estesdeixaram de ser contemplados na sua classificação, ainda que essa distinção seja importante em contextos didá-ticos.
Determinante
O determinante surge sempre antes do nome com o qual concorda em género e número. O DicionárioTerminológico mantém as subclasses já existentes (artigo definido e indefinido, possessivo, demonstrativo, indefi-nido interrogativo) e acrescenta a dos determinantes relativos:
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Advérbio
• tempo
• lugar
• modo
• dúvida
• designação
• negação
• afirmação
• intensidade ou quantidade
• exclusão
• inclusão
• interrogativo
Advérbio
• advérbio de predicado: pertence ao grupo verbal e pode ter vários valoressemânticos (lugar, tempo, modo, etc.) – A Rita está aqui.
• advérbio de frase: modifica toda a frase, ao contrário do advérbio de pre-dicado – Infelizmente, estou constipado.
• conectivo: estabelece relações entre frases ou constituintes da frase – Tupensas que tens razão, contudo, estás enganado.
• negação (sem alterações) – Eles não conseguiram chegar a tempo.
• afirmação (sem alterações) – Não gosto deste livro, mas sim daquele.
• quantidade e grau: – Pode intensificar o sentido de outros advérbios(Sinto-me muito mal.), de adjetivos (Estou muito satisfeito.), ou de gruposverbais (Ela trabalhou muito.).
• exclusão (sem alterações) – Só eu sabia a resposta.
• Inclusão (sem alterações) – Até eu sabia a resposta.
• interrogativo (sem alterações) – Quando partes?
• relativo: introduz uma oração relativa – Esta é a escola onde estudo.
Dicionário Terminológico
Determinante
• relativo: acompanha um nome no início de uma oração relativa (Aquela é a Mariana cuja prima se chama Diana.).
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Quantificador
Esta classe é nova na terminologia linguística do português. O quantificador serve para indicar o número, aquantidade; surge habitualmente antes de um grupo nominal e distribui-se por várias subclasses.
Conjunção
Esta classe não sofreu alterações significativas. Referimos, apenas, que as conjunções subordinativas inte-grantes são agora designadas por conjunções subordinativas completivas (O Pedro disse-me que hoje nãovinha) e que as tradicionais conjunções coordenativas adversativas porém, todavia e contudo são, como jávimos, advérbios conectivos.
Pronomes
Os pronomes permitem evitar repetições e têm um papel importante na coesão textual. Mantêm-se as subclasses tradicionais (pessoal, possessivo, demonstrativo, indefinido, relativo, interrogativo).
Destacamos, apenas, algumas particularidades dos pronomes indefinidos e relativos.
Dicionário Terminológico
Quantificador
• numeral: refere-se a um número preciso (numeral cardinal: dois carros, três carros).
• universal: refere-se a todos os elementos de um conjunto (todo, todos, toda, todas, ambos, cada, qualquer, nenhum,nenhuns, nenhuma, nenhumas) – todos os dias.
• existencial: não se refere à totalidade dos elementos de um conjunto (algum, alguns, alguma, algumas, bastante,bastantes, muito, muitos, muita, muitas, pouco, poucos, pouca, poucos, tanto, tanta, tantos, tantas, vários, várias) –poucas vezes; algumas vezes.
Dicionário Terminológico
• Indefinido: corresponde ao uso pronominal dos quantificadores e dos determinantes indefinidos (Gostei de tudo;Estás à espera de alguém?).
• Relativo: os pronomes relativos, além de evitarem a repetição de um nome, também servem para juntar orações (Dá-me o livro. / O livro está em cima da mesa. = Dá-me o livro que está em cima da mesa). Note-se que cujo, cuja,cujos, cujas são determinantes relativos; quanto, quanta, quantos, quantas são quantificadores relativos; onde é umadvérbio relativo.
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Exemplos de classificação das palavras destacadas nas frases:
Exemplo Tradição gramatical Dicionário Terminológico
A Mariana já bebeu o leite.Nome/substantivo comum,concreto
Nome comum, não contável
A Rita tem quatro anos. Numeral cardinal Quantificador numeral
O Pedro está a estudar num horário noturno. Adjetivo Adjetivo relacional
Todos os alunos realizaram a tarefa. Determinante indefinido Quantificador (universal)
O homem estava sentado no degrau da entrada.Nome/substantivo comum,concreto
Nome comum, contável
Já é a terceira vez que vou a Paris. Numeral ordinal Adjetivo numeral
Esta é a escola cujo diretor apresentou a demissão. Pronome relativo Determinante relativo
Enviei a carta ontem. Advérbio de tempo Advérbio de predicado
Poucas pessoas assistiram ao espetáculo. Determinante indefinido Quantificador (existencial)
Esta é a casa onde eu moro. Pronome relativo Advérbio relativo
A Marta respondeu sinceramente. Advérbio de modo Advérbio de predicado
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Funções sintáticas
O que mudou…
Funções sintáticas ao nível da frase1
Mantêm-se as funções nucleares da frase, registando-se alterações apenas nos tipos de sujeito e em algunscomplementos circunstanciais que passaram a chamar-se modificadores (de frase):
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Sujeito:
– simples
– composto
– subentendido
– indeterminado
– inexistente
• Predicado
• Complemento circunstancial
• Vocativo
Sujeito:
• Simples (sem alterações).
• Composto (sem alterações).
• Nulo (não surge na frase):
– subentendido: apesar de não aparecer na frase, a fle-xão verbal permite-nos identificar o seu referente:Estou cansado = [Eu] estou cansado;
– indeterminado: não aparece na frase, porque não sabe-mos quem é, ou o que é, mas pode ser identificado atra-vés do teste de substituição por pronomes como alguém,quem: Dizem que a vida está difícil: – Alguém diz;
– expletivo: tradicionalmente chamado sujeito inexis-tente; surge, habitualmente, com verbos meteorológi-cos (Nevou, choveu, trovejou) e em algumas frasescom o verbo haver (Há muito tempo que não te via.).
• Predicado: é constituído pelo verbo ou complexo verbal,ou por um verbo e pelos seus complementos e/ou modi-ficadores (A Marta fez hoje um teste de Biologia).
• Modificador (de frase): elemento acessório, que modifi-ca o sentido da frase (Infelizmente , está a chovermuito.).
• Vocativo (sem alterações).
1 A distribuição das funções sintáticas apresentada – ao nível da frase e dos grupos verbal, nominal, adjetival e adverbial – é utilizada no DicionárioTerminológico. Por uma questão de organização, optámos por fazer a sua adaptação aos termos da tradição gramatical.
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Funções sintáticas internas ao predicado / grupo verbal
Funções sintáticas internas ao grupo nominal
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Complemento direto
• Complemento indireto
• Complemento agente da passiva
• Predicativo do sujeito
• Predicativo do complementodireto
• Complemento circunstancial
• Complemento direto (sem alterações).
• Complemento indireto (sem alterações).
• Complemento oblíquo: tal como os complementos direto e indireto, o com-plemento oblíquo é selecionado pelo verbo e, habitualmente, sem ele a frasenão faz sentido (A Maria gosta de sopa.). Não pode ser substituído pelos pro-nomes pessoais o, a, os, as, como o direto, nem pelos pronomes lhe, lhes,como o indireto. O complemento oblíquo pode ter várias formas:
– grupo preposicional: A Marta mora em Almada.
– grupo adverbial: A Marta mora ali.
• Complemento agente da passiva (sem alterações).
• Predicativo do sujeito: elemento da frase selecionado, apenas, por verboscopulativos como ser, estar, continuar, parecer, permanecer, ficar. O predica-tivo do sujeito pode ter várias formas:
– grupo nominal: O António é meu filho.
– grupo adjetival: O António parece feliz.
– grupo preposicional: O António está em Sintra.
– grupo adverbial: O António está cá.
• Predicativo do complemento direto (sem alterações).
• Modificador do grupo verbal / predicado: elemento acessório, que modificao sentido do predicado. Pode ter várias formas e surgir em várias posições:
– grupo preposicional: A Marta viajou de madrugada.
– grupo adverbial: A Marta viaja amanhã.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Complemento determinativo
• Atributo
• Aposto
• Complemento do nome: surge à direita do nome e é selecionado por ele. Pedem complemento:
– os nomes deverbais (relacionados com verbos) como destruição [da floresta]:substituição [do professor]; invasão [do território];
– os nomes relacionais como pai [da Maria], mãe [do João], irmã [da Ana], filho[do José];
– nomes epistémicos como certeza [de que consigo], hipótese [de começar denovo], ideia [de terminar os estudos], necessidade [de fazer este trabalho];
– nomes icónicos como fotografia [de turma], retrato [de família].
• Modificador do nome restritivo: elemento acessório, que modifica e restringe o nomea que se refere (O livro azul é meu. / O homem do chapéu não me deixa ver nada.).
• Modificador do nome apositivo: elemento acessório, que modifica, mas não res-tringe, o nome a que se refere (D. Manuel, o Venturoso, mandou construir o mos-teiro dos Jerónimos.).
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Em resumo, aqui ficam algumas respostas rápidas a perguntas frequentes sobre o que se alterou nas funçõessintáticas:
1. O que aconteceu ao sujeito?
• O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação», uma vez que em frases como «O Joãolevou uma bofetada.» tal não se verificava.
• O sujeito não realizado chama-se sujeito nulo: subentendido (Estou atrasado.), indeterminado (Assaltaram aourivesaria.) ou expletivo (em vez de inexistente – Choveu muito.).
2. O que aconteceu aos complementos circunstanciais?
O tradicional complemento circunstancial pode ser classificado como:
• Predicativo do sujeito – O Luís está em Lisboa. / O Luís está aqui.
• Complemento oblíquo – O Luís mora em Lisboa. / O Luís mora aqui.
• Modificador – O Luís estuda em Lisboa. / O Luís estuda aqui.
3. O que aconteceu aos complementos determinativos?
De um modo geral, os complementos determinativos são modificadores (restritivos) do grupo nominal – O rapaz de calções está à minha frente. Podem igualmente, nos casos já referidos anteriormente, ser comple-mentos do nome – O pai da Marta.
4. O que aconteceu ao atributo?
O tradicional atributo é um modificador (restritivo) do grupo nominal – A saia azul é bonita.
5. O que aconteceu ao aposto?
O aposto é um modificador (apositivo) do grupo nominal – O Pedro, meu primo, chegou ontem.
Exemplos de identificação das funções sintáticas
1. A Maria foi para a escola de autocarro.
Tradiçao gramatical
Sujeito: A Maria
Predicado: foi para a escola de autocarro
Complemento circunstancial de lugar: para a escola
Complemento circunstancial de meio: de autocarro
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Maria
Predicado: foi para a escola de autocarro
Complemento oblíquo: para a escola
Modificador (do grupo verbal): de autocarro
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Tradição gramatical
Sujeito: O Pedro
Predicado: está em Lisboa
Complemento circunstancial de lugar: em Lisboa
Dicionário Terminológico
Sujeito: O Pedro
Predicado: está em Lisboa
Predicativo do sujeito: em Lisboa.
2. O Pedro está em Lisboa.
Tradição gramatical
Sujeito: A Sofia
Predicado: adoeceu durante a noite
Complemento circunstancial de tempo: durante a noite
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Sofia
Predicado: adoeceu durante a noite
Modificador (do grupo verbal): durante a noite
3. A Sofia adoeceu durante a noite.
Tradição gramatical
Sujeito: A Maria
Predicado: colocou o lenço azul na mala
Complemento direto: o lenço azul
Atributo: azul
Complemento circunstancial de lugar: na mala
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Maria
Predicado: colocou o lenço azul na mala
Complemento direto: o lenço azul
Modificador (restritivo do nome): azul
Complemento oblíquo: na mala
4. A Maria colocou o lenço azul na mala.
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Relações entre palavras
O que mudou…
Família de palavras, campo lexical e campo semântico
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• O conceito família de palavras surge associado à parteda gramática que se ocupa da «classe, estrutura e for-mação de palavras»1.
• São usados os termos campo lexical e campo semânti-co, mas existe alguma instabilidade na sua definição emgramáticas escolares.
• O conceito família de palavras surge no domínio daLexicologia, no subdomínio Léxico e vocabulário. O conceito não apresenta alterações.Entende-se por família de palavras o conjunto das pala-vras formadas por derivação ou composição a partir deum radical comum.
Exemplos: mar, maremoto, amarar, marinheiro, marinha,marinho, maré...
• Surge o novo domínio Semântica lexical: significação erelações semânticas entre as palavras.
• Estes termos são definidos no subdomínio Relaçõessemânticas entre palavras, em Estrutura lexical:
– campo lexical: conjunto de palavras que, pelo seu si -gnificado, fazem parte de uma determinada realidadee podem pertencer a diferentes classes.
Exemplos: âncora, vela, atracar, ré... fazem parte docampo lexical de navio.
– campo semântico: conjunto dos significados que umapalavra pode ter nos diferentes contextos em que seencontra.
Exemplos: campo semântico de peça – peça de auto-móvel, peça de teatro, peça de bronze, peça de carne,és uma boa peça, etc.
1 Vd. Celso Cunha e Lindley Cintra, Breve Gramática do Português Contemporâneo.
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Relações entre palavras – Relações de hierarquia e relações de parte-todo
O que há de novo…
No novo domínio Semântica lexical: significação e relações semânticas entre as palavras, o subdomínioRelações de semelhança / oposição refere-se à sinonímia e antonímia, não havendo alterações no entendimen-to destes conceitos.
Ainda neste domínio, mas em Relações de hierarquia, surgem como novos conceitos os termos hiperonímiae hiponímia.
O termo jogo, por exemplo, é uma designação genérica de certas atividades cuja natureza ou finalidade érecreativa – de diversão, entretenimento, brincadeira. Assim, a palavra jogo é hiperónimo de xadrez, gamão,damas...
Um hiperónimo é, portanto, um termo mais genérico que abrange vários termos específicos que dependemdele semanticamente.
Exemplos: Talher é um hiperónimo de faca, garfo e colher.Escritor é hiperónimo de António Torrado, Cecília Meireles, José Saramago...
Um hipónimo, ao invés, é uma palavra de sentido mais restrito em relação a outra de sentido mais geral.
Exemplos: Morangos e bananas são hipónimos de fruta.Livro, revista, jornal são hipónimos de publicações.
Ainda no subdomínio Relações semânticas entre as palavras, em Relações parte-todo, surgem outros doisnovos conceitos: os de holonímia e de meronímia, referentes às relações semânticas entre palavras que repre-sentam o todo pela parte ou a parte pelo todo.
Assim, um holónimo é uma palavra que se refere a um todo, refletindo uma relação de hierarquia semânticaem relação a outra, já que o seu significado refere o todo do qual a outra palavra (designada merónimo) é a parte.
Exemplos: Casa é holónimo de quarto, sala, cozinha.Avião é holónimo de cockpit.
Um merónimo é uma palavra que se refere a uma parte, refletindo uma relação de hierarquia semântica emrelação a outra, já que o seu significado remete para a parte constituinte (designada holónimo).
Exemplos: Volante é merónimo de carro.Pétala é merónimo de flor.
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Sintaxe e Semântica
O que mudou e o que há de novo...
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Tipos e formas de frase
– frase declarativa;
– frase exclamativa;
– frase imperativa;
– frase interrogativa.
• Forma afirmativa e negativa
• O dicionário terminológico refere a existência dos mes-mos tipos de frase. Os tipos de frase são estudados noâmbito da Sintaxe.
• Polaridade afirmativa e polaridade negativaA polaridade é estudada no âmbito da Semântica e doConteúdo proposicional.O termo polaridade refere-se ao valor afirmativo ounegativo de um enunciado.A negação e a afirmação não são propriedades ineren-tes à frase; são valores que podem afetar o predicado ouapenas um sintagma. A polaridade negativa pode ser expressa através doadvérbio de negação ou de outras palavras ou expres-sões com valor negativo, como não, nenhum, ninguém,nem, sem, nada.
Exemplo: A Tânia gosta de gelados.
A afirmação não exige a presença de nenhum operadorespecífico. Diz-se então que a frase tem polaridade afir-mativa.
Exemplo: Ela nunca comeu gelados.
Princípios reguladores da interação discursiva
O que há de novo...
Na sequência das abordagens propostas pela Análise de Discurso, da Pragmática e da Linguística Textual, osprincípios de cooperação, de cortesia e de pertinência surgem, juntamente com as máximas conversacionaise as formas de tratamento, como regras fundamentais que devem caracterizar a interação convencional.
O princípio de cooperação baseia-se em máximas que os interlocutores deverão respeitar. Alguns compor-tamentos práticos a ter em conta na interação verbal e de acordo com as máximas expostas são os seguintes1:
1 Inês Duarte, Língua Portuguesa – Instrumentos de Análise, Universidade Aberta, Lisboa, 2000, p. 357.
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a) o discurso produzido deve conter a informação necessária (Máxima de quantidade ):
• Tornar a contribuição tão informativa quanto requerido (para o propósito em causa);
• Não tornar contribuição mais informativa do que requerido (os enunciados repetitivos não respeitam estamáxima).
b) o discurso não deve afirmar o que o locutor crê ser falso, nem o que carece de provas (Máxima de qualidade):
• Tentar que a contribuição seja verdadeira;
• Não dizer o que crê ser falso;
• Não dizer aquilo de que não se tem provas.
c) o discurso deve ser pertinente ou relevante (Máxima de relação):
• Ser relevante.
d) o discurso deve ser claro, breve e ordenado (Máxima de modo ou de modalidade):
• Ser claro(a);
• Evitar a obscuridade da expressão;
• Evitar ambiguidades;
• Ser breve (evitar falar/ escrever mais do que o necessário);
• Ser metódico(a).
O princípio de cortesia relaciona-se com o facto de usarmos diferentes estratégias para levar o nosso inter-locutor a comportar-se de certa maneira, respeitando normas de comportamento social e linguístico no desenro-lar da interação comunicativa. Algumas máximas a respeitar;
– evitar o silêncio ostensivo;
– não interromper o interlocutor;
– não manifestar falta de atenção;
– não proferir insultos, injúrias, acusações gratuitas, etc.
O princípio de pertinência explica como os interlocutores interpretam os enunciados num ato de comunica-ção: através do reconhecimento do universo de referência, pela partilha dos saberes implicados no ato de lingua-gem – saberes sobre o mundo, sobre valores psicológicos e sociais, sobre comportamentos, etc., que conferemaos parceiros credibilidade. De acordo com este princípio, os atos de linguagem devem ser apropriados ao seucontexto e à sua finalidade, contribuindo para o aspeto contratual da interação.
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Texto
O que há de novo e o que mudou...
Tipologias textuais
No plano literário, mantém-se a tripartição de géneros, com as alterações e as inovações resultantes da evo-lução histórica da própria literatura: o género lírico, o género épico ou narrativo e o género dramático. Cada umcompreende diversos subgéneros.
Mas a maioria dos textos é constituída por numerosas sequências, que podem incluir diferentes tipologiastextuais – num mesmo texto há sequências de diferentes tipos (por exemplo, num texto narrativo, é habitualhaver sequências de tipo descritivo e de tipo conversacional). Cada tipologia textual possui determinadas carac-terísticas.
Vejamos algumas das mais comuns:
Textos conversacionais
Caracterizam-se por ter funções lúdicas, de intercâmbio de ideias, de comentário de acon-tecimentos, de agradecimento.Exemplo: conversa, entrevista...
Textos narrativos
Relatam eventos ou cadeias de eventos; apresentam verbos que indicam ações e temposverbais como o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito. Têm abundância de advérbioscom valor temporal ou locativo.Exemplo: conto, romance, novela…
Textos argumentativos
Têm como funções persuadir, refutar, comprovar, debater uma causa, etc., estabelecendorelações entre factos, hipóteses, provas e refutações. Têm abundância de conectores dis-cursivos, que articulam com rigor as partes do texto. O tempo dominante é o presente.Exemplo: publicidade, debates…
Textos descritivos
Caracterizam espaços, objetos, pessoas. Predominam o verbo ser e outros verbos caracte-rizadores de propriedades e qualidades de seres e coisas. Os tempos verbais dominantessão o presente e o pretérito imperfeito. Têm abundância de adjetivos qualificativos e deadvérbios com valor locativo.Exemplo: descrição de paisagens, pessoas…
Textos expositivos
Apresentam a análise ou síntese de ideias, conceitos e teorias, com uma estrutura verbalem que predomina o verbo ser com um predicativo do sujeito nominal ou o verbo ter comcomplemento direto. Usam como tempo peculiar o presente.Exemplo: manuais escolares, relatos…
Textos instrucionais
Têm como função ensinar ou indicar como fazer algo, enumerando e caracterizando assucessivas operações. A estrutura verbal dominante é o imperativo.Exemplo: regras, instruções, avisos, comunicados…
O termo paratexto é introduzido pelo dicionário terminológico e relaciona-se com o facto de os textos (obrasliterárias, obras científicas, etc.) surgirem sempre acompanhados de outros elementos textuais, de extensãovariável, que enquadram o texto principal e que têm como função apresentá-lo, garantindo uma receção adequa-da. Esses elementos textuais ou textos secundários chamam-se paratextos.
Exemplos: nome do autor, do editor, da coleção, título e subtítulo, desenho da capa, dedicatória(s), prefácio eposfácio, epígrafe, notas marginais, de rodapé e finais, bibliografia, índices, informações fornecidas nas badanas ena contracapa do livro, ilustrações, etc.
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Obras lexicográficas
O que há de novo...
Um novo domínio do dicionário terminológico é o da lexicografia, apresentada como a disciplina que seocupa da realização de dicionários, léxicos e terminologias, bem como da análise da sua estrutura e dos métodospara a sua elaboração. É no seu âmbito que são elencadas as obras lexicográficas.
Para além do termo dicionário, i.e., a obra que apresenta o conjunto de palavras de uma língua, geralmenteorganizadas por ordem alfabética e acompanhadas de informações, são especificados:
• Os tipos de dicionários (alguns exemplos):
Os dicionários podem ser:
– monolingues (listagem e significados das palavras de uma língua);
– bilingues (listagem e tradução das palavras de uma língua numa outra língua);
– de aprendizagem (para o ensino do vocabulário da língua geral ou das línguas especializadas, com umaforte componente didática baseada em descrições, exemplos, exercícios de língua e imagens);
– de sinónimos/antónimos.
• Outras obras lexicográficas:
– enciclopédia: lista estruturada de palavras ou expressões, nem sempre organizada por ordem alfabética,contendo informação geral sobre cada entrada, como por exemplo o estado da arte do conhecimento de umtema ou conceito.
– glossário: dicionário com palavras ou expressões pouco conhecidas ou raras e respetivos significados, outraduções;
– terminologia: lista organizada de termos de um determinado domínio (por exemplo, termos de informática,de medicina);
– thesaurus :1. dicionário alfabético que procura apresentar com exaustividade as palavras de uma língua; 2. conjunto de termos normalizados, organizados em função de uma classificação documental da informa-
ção.
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ACORDO ORTOGRÁFICO POR PAULO FEYTOR PINTO
O novo acordo ortográfico no sistema educativo português
A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anosdurante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portu-gueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.
Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasi-leira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português.Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologiautilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.
As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:
1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).
2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX).
3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).
4. Supressão de acento em palavras graves (Base IX).
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (BasesXV-XVII).
A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia,em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução daAssembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em:
http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf
A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de2011, adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince, desenvolvidos pelo Instituto deLinguística Teórica e Computacional com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que otexto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:
www.portaldalinguaportuguesa.org
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1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I)
As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utilizaçãomantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias de outras línguase seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait, km ou watt.
A posição destas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.
2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX)
A letra minúscula inicial é obrigatória nos:– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira…– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro…– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci-
dente europeu, mas o Ocidente.
A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, car-deal Santos…
A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em:
– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição.– nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade.– designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.
3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV)
As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conce-ção, letivo, noturno, perentório, sintático…
As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, con-tacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…
Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio.
Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em setor e setor. Já existiamem português outras palavras com mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.
As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…
A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega,mulher, vinho.
4. Supressão do acento em palavras graves (Base IX)
O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se por-tanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide,paranoico…
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O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas emeem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem…
O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas damesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo jápodia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ounome), fora (verbo ou advérbio)…
O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoado plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos,andámos, comprámos…
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções(Bases XV-XVII)
O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento nãoautónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, anti-americano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo…
O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido de vogal ou n, panseguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter: pós-graduação, pan-americano, sub-região…
O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, man-tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…
O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pon-tapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…
O hífen é substituído por r ou s , duplicando-o nas palavras derivadas e compostas acima referidas em que aúltima letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s: semirrígi-do, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…
O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho…
O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidasda preposição de : hei de, hás de, há de e hão de.
Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano, cor-de-rosa, coocorrência.
O hífen mantém-se em todos os restantes casos:
– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti -
-ibérico, hiper-realista…– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei…– encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…
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A BICICLETA QUE TINHA BIGODES
Pré-leitura2. A capa é composta pelos elementos seguintes: ilustração, nome doautor, título do livro e identificação da editora. Na ilustração, podemosdestacar uma figura humana, que se eleva no céu azul em direção a umabicicleta cintilante. 3. O livro é dedicado aos escritores angolanos Luís Bernardo Honwana eManuel Rui, a quem o autor agradece a amizade e as personagens que oinfluenciaram.4. a) Ondjaki; b) angolano; c) 1977; d) prosador; e) poeta, realizador; f) fran-cês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco; g) Os da minha rua;h) Angola, Portugal e Brasil.5. O autor chama-se Ndalu de Almeida, mas é mais conhecido por Ondjaki, onome que os pais escolheram em primeiro lugar, palavra umbundu, uma daslínguas de Angola, que significa «aquele que enfrenta desafios» ou «guerreiro».6. «Estórias sem luz elétrica».7.1. Segundo o autor, aquilo que tem para contar só pode caber na letra«e» de uma «estória».7.2. Que o livro narra memórias do passado do narrador, misturadas com afantasia e o sonho. 7.3. Que os nomes de pessoas dados aos animais que surgem no livro nãopretendem ofender ninguém. 8.1. Trata-se de um excerto do livro.8.2. A badana da contracapa (que funciona como um desdobrável) repro-duz um envelope e a respetiva carta. Podemos ler o conteúdo da carta,mas não sabemos em que contexto foi escrita. 9. Na infância.
Leitura1. A ação decorre num bairro de Luanda, em Angola.2. O protagonista é o narrador, uma criança. 2.1. «minha». 2.2. O narrador vive com a AvóDezanove. Os seus melhores amigos sãoa Isaura e o JorgeTemCalma. O seu maior sonho é ganhar uma bicicle-ta, mas tem muitas dificuldades em escrever a história que pode con-cretizar esse sonho. É uma personagem engenhosa, porque tentaencontrar uma solução para o seu problema junto dos amigos e dosvizinhos.3. 1 g); 2 h); 3 f); 4 a); 5 e); 6 b); 7 c); 8 d).4. O registo informal reproduz as falas das personagens, muitas delascrianças, que vivem num ambiente popular e familiar.
Páginas 8 a 181. O narrador e o tio Rui.1.1. As letras e as palavras.2. O sonho de ter uma bicicleta. 2.1. O facto de não ter jeito para escrever. 2.2. Pedir ajuda ao tio Rui, que vivia na rua e era escritor.3. O narrador promete que, se ganhar a bicicleta, deixará que todos andemnela sem pedir nada em troca. Está convencido de que só se fizer essesacrifício conseguirá ganhar o concurso. 4. O tio Rui é simpático e vive muito apressado. É generoso, pois gosta debrindar as crianças com presentes ou com histórias que escreveu. Temuma voz muito arrastada e a Isaura está convencida de que alguns sons epalavras ficam presos nos seus espessos bigodes.4.1. O facto de escrever histórias, porque é precisamente o que o narradornão sabe fazer.5. A Isaura conhece todos os animais do quintal e as suas características,mas não sabe a tabuada. Para além disso, dá nomes de pessoas conheci-das aos animais.
5.1. SamoraMachel, Mobutu e Khadafi – os gafanhotos; Senghor – a lesma;Ghandi – o gato; AmílcarCabral, ou AmílcarCãobral, – o cão; Raúl e Fidel –os sapos; JoãoPauloTerceiro – o papagaio.Páginas 19 a 351. Saíam para a rua e juntavam-se perto do muro da casa do tio Rui.2. a) Como estava escuro, o motorista do GeneralDorminhoco atropelou osapo Raúl. Como ouviu a travagem brusca, mas não ouviu gritos, a Isaurapercebeu que era um dos seus animais e foi a correr para o local, logoseguida pelas outras crianças e vizinhos.b) A Isaura reagiu emotivamente e chorou, o motorista e o GeneralDorminhoco não entenderam a gravidade do sucedido; o tio Rui conven-ceu-os de que o acontecido era muito grave e de que o infrator teria de sermultado.c) O tio Rui decidiu que o motorista Nove passava a chamar-se motoristaDez, porque o sapo Raúl era a sua décima vítima.2.1. O funeral foi bonito e emotivo e decorreu na rua, junto a uma lagoaque estava toda iluminada com luzes trazidas pela assistência. A Isaurachorava, enquanto os morcegos voavam perto das pessoas.3. O narrador pede ajuda à Isaura para escrever a história para o concursoe promete que a deixará usar a bicicleta se forem os vencedores.3.1. Porque não tem ideias para uma história.
Páginas 37 a 581. O narrador inveja o facto de os pensamentos do tio Rui se transforma-rem em histórias. 2. A esperança de ganhar a bicicleta, a felicidade ao sonhar que brincacom ela e a ansiedade perante a possibilidade de isso nunca acontecer.3.1. Obter a caixa de madeira do tio Rui, onde estavam guardados restosde palavras.3.2. A Isaura fica zangada, porque a caixa do tio Rui era um segredo só dosdois e o narrador falara dela ao pé do JorgeTemCalma, que não o conhecia.4. O segredo é simples – a Isaura, que era vizinha do tio Rui, assistiu aomomento em que a tia Alice aparava os bigodes do tio Rui, e depois,enquanto os penteava, esfregava e soprava, caíam letras pequenas paradentro de uma caixa. O narrador só começou a acreditar quando viu comos seus próprios olhos. 5. Porque precisa da ajuda dele para conseguir a história.6.1. O plano é irem a casa do tio Rui, para descobrirem a caixa que lhespermitiria escrever a história com as letras que, segundo o narrador, «jávêm com força de história» (página 55).
Páginas 59 a 661. Estão a fazer um peditório de ideias para a história do concurso.2. As crianças querem que o tio Rui coce os bigodes, para apanharemalgumas ideias, ou que ele lhes dê uma história completa. 2.1. O tio afirma que o que as crianças querem é copiar uma história e queo objetivo do concurso não é esse. 3. O tio Rui sugere que as crianças procurem uma história na rua («– Achoque a nossa rua tem boas estórias – o tio Rui disse.», página 63).4. a) O silêncio serve para que as pessoas se possam conhecer verdadeira-mente, olhando umas para as outras; b) as boas ideias não surgem dospensamentos, mas sim do que sentimos no coração.
Páginas 67 a 751. No momento em que sabemos que o CamaradaMudo foi entregar oenvelope na portaria da Rádio Nacional.2. Pensaram que o narrador tinha roubado a caixa.3. Diz que não escreveu uma «estória», mas sim uma «espécie de carta».4. Não consegue descrever o brilho que saía das letras e dos acentos queestavam na caixa.
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4.1. Que algumas coisas são muito difíceis de explicar por palavras.
Páginas 77 a 861. Assistir ao anúncio do vencedor do concurso.2. Sente o peso do silêncio que nunca sabia definir e uma tristeza profunda. 3. O texto enviado para o concurso da Rádio Nacional.3.1. O narrador pediu ao presidente de Angola que oferecesse bicicletas atodas as crianças do país.
Pós-leitura1. Por exemplo: a amizade, a infância, a importância das palavras.2. Quando sonhava com a bicicleta, o narrador sabia que só podia ganhá-lacom a ajuda das letras que caíam dos bigodes do tio Rui e, talvez por isso,a bicicleta sonhada tinha bigodes iguais aos dele.
A PÉROLA
Pré-leitura1.1. Capa: título da obra; nome do autor; ilustração em que se observa umafamília sentada numas rochas junto ao mar; símbolo da editora.Lombada: título da obra, nome do autor e símbolo da editora.Contracapa: sinopse; título da obra; nome do autor; nome da editora; códi-go de barras.1.2. Nome do autor, título da obra, nome da tradutora, nome da editora.1.3. Título original: The pearl. Nome da tradutora: Clarisse Tavares.2. a) Um conto popular mexicano; b) Kino, Juana e Coyotito; c) A pérola.
Capítulo 11. Kino era «jovem e forte», tinha «cabelos negros», que lhe caíam sobrea «testa morena», e uns olhos «quentes, ferozes e brilhantes», assimcomo um «bigode fino e áspero». A sua mulher chamava-se Juana, tinha«cabelos negros», era «obediente e respeitosa, alegre e submissa» e con-seguia aguentar a dor, a fadiga e a fome. O filho de ambos, Coyotito, eraainda um bebé. Viviam numa cabana, junto ao mar, tinham vários ani-mais domésticos e eram pescadores. Os seus parentes próximos eramJuan Tomás, irmão de Kino, a sua mulher Apolónia e os seus quatrofilhos.2. Coyotito foi mordido por um escorpião.2.1. Ameaçava-a a Canção do Mal, que era a música do inimigo da família,uma «melodia selvagem, secreta, perigosa […]». 3. Juana reage como uma leoa para defender a vida do seu filho e, namente de Kino, a Música da família ganha tons de aço, ou seja, Kino prepa-ra-se também para lutar por Coyotito.4. Kino, Juana e Coyotito pertencem a uma família mais alargada, que é ado povo miserável que vive nas cabanas e que se junta a eles na ida à cida-de, com o objetivo de procurar o médico que poderia curar Coyotito.5. O médico era ignorante, cruel, avaro e hipócrita. Esse médico, «gordo epreguiçoso», era um mau profissional e uma pessoa pouco recomendável.5.1. O facto de o médico pertencer «a uma raça que, durante perto de qua-trocentos anos, tinha espancado, matado à fome, roubado e desprezado araça de Kino, além de a aterrorizar […]», ou seja, a raça que falava à «genteda raça de Kino como se tratasse com simples animais», fazia com queele se sentisse desse modo.5.2. Soou a «música violenta do inimigo».6. A sombra poderá representar o facto de as pessoas do povo de Kinoserem consideradas inferiores, pelo que lhes eram recusados direitosbásicos como os cuidados de saúde. Daí que se possa dizer que viviam «nasombra», privados de todas as regalias.7. É possível estabelecer uma relação de contraste entre essas pérolas eos objetos do médico, porque enquanto as pérolas revelam a miséria deKino, a «bandeja de prata», o «bule também de prata cheio de chocolates»,
a «chávena de porcelana finíssima» e o «pequeno gongo oriental» revelamos pequenos luxos do médico.8. Venceu a Canção do Mal, porque Coyotito permanecia em risco de vidapor causa da recusa do médico em tratá-lo.
Capítulo 21. a) Plano da cidade, situada num amplo estuário, com os edifícios «a abraçarem» a praia; b) plano da praia; c) plano à beira da água e planodo fundo do mar; d) plano da praia; e) «à beira da água» e «No fundo do mar»;f) pretérito imperfeito do indicativo: «estava», «Eram», «tinha», «cobriam - -na», «projetavam», «abundavam», «cresciam», «jazia», «passavam»; g) adje-tivos qualificativos: «amplo», «antigos», «altas e graciosas», «curvas»,«amarela», «leves», «pequenos», «venenoso», «coloridos», «esfaimados».1.1. Areia, água, algas, conchas, caranguejos-violinistas, poças, lagostins,restolho, mar, algas, correntes, limos, cavalos-marinhos, peixe-globo,caranguejos.1.2. É apresentado o plano geral do golfo, sobre o qual pairava o ar nubla-do.1.3. Essa «miragem nublada» tornava a paisagem irreal, o que se relacionacom a crença das pessoas do golfo, para quem não havia provas da exis-tência real daquilo que os olhos viam.3. a) 6, b) 3, c) 5, d) 1, e) 4, f) 2.4. A canoa era essencial ao trabalho de Kino, permitindo-lhe obter algumrendimento, com o qual alimentava a família.5. Invadem-no a Canção do Mar e, dentro dela, a Canção da PérolaAmbicionada.5.1 Sobressaiu a Canção da Ppérola Ambicionada, porque Kino viu umaostra muito grande e encheu-se de esperanças.6. O narrador usa a comparação e a hipérbole: «[…] a grande pérola, perfei-ta como a Lua», «Era a maior pérola do mundo».
Capítulo 31. Para o narrador, cada cidade tem uma vida própria, como se fosse umser vivo distinto dos outros.1.1. A visão particular que o narrador tem de uma cidade relaciona-se coma ação narrada, através da ideia de que o sistema nervoso da cidade reagea notícias como da descoberta da pérola.2. a) Pensa nas reparações que gostaria de fazer na igreja; b) olham paraas roupas que não venderam; c) afirma que está a tratar o filho de Kino eimagina-se num restaurante em Paris. d) riram de prazer ao imaginaremque Kino lhes daria boas esmolas.3. Os compradores de pérolas eram gananciosos, interesseiros e calculis-tas.4. Kino transformou-se no inimigo de todos, porque era ele quem detinhaa pérola desejada por toda a gente.4.1. Kino não ouve a canção do inimigo, porque não se apercebe da «peço-nha» produzida pelas «bolsas de veneno» da cidade e apenas ouve a músi-ca da pérola fundida com a música da família.5. Kino imaginava que se casaria com Juana, sendo que ambos estariambem vestidos para a ocasião, assim como Coyotito; compraria um arpãonovo e uma carabina; o seu filho iria à escola.5.1. Para Kino, o conhecimento significa a liberdade.5.2. «Sabiam que agora o tempo contaria a partir da pérola de Kino e quehaviam de falar daquele momento por muitos anos.»6. a) A música do mal soava no espírito de Kino, porque a vinda do padre edo médico às cabanas representava o interesse que todos, sem exceção,tinham na pérola e o risco que isso implicava para Kino e a sua família,sendo que Coyotito acaba por adoecer na sequência da visita do médico; b)a descrição dos comportamentos dos animais predadores que perseguemos mais fracos relaciona-se com a visita do padre e do médico, pois ambos
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usam os seus conhecimentos para persuadirem Kino, cuja ignorância emedo o deixam indefeso.6.1. O padre usa argumentos religiosos, dizendo a Kino que ele tinha rece-bido o nome de um «grande pai da Igreja» e lembrando-lhe que devia agra-decer a Deus a sua descoberta.8. No final do capítulo, Kino e Juana discutem por causa da pérola, insta-lando-se a discórdia.
Capítulo 41. Tratava-se da notícia de que Kino ia vender a sua pérola, o que era umasituação particular que saía dos padrões normais da cidade e que, portan-to, a faziam vibrar de nervosismo.2. Quando relatou os procedimentos dos compradores de pérolas, o narra-dor deixou antever que Kino teria de se confrontar com a oferta de umpreço muito abaixo do valor da sua pérola.3. O recurso expressivo é a personificação.4. Esta metáfora é usada pelo narrador para transmitir ao leitor o modocomo o povo de Kino se habituara a defender-se contra o povo estrangeiroque havia quatrocentos anos chegara com os seus discursos de autorida-de, como o do padre, e com a força das suas armas, para o subjugar.5. O primeiro comprador de pérolas perdeu a precisão na mão com quefazia truques com uma moeda, os seus dedos curvaram-se e o seu punhocerrou-se assim que viu o tamanho da pérola de Kino, e esse comporta-mento permite entender que a atitude assumida de seguida tinha comoúnico objetivo convencer Kino a vendê-la por um preço muito inferior aoseu valor real. Daí que não conseguisse afastar os olhos da pérola e aca-basse por oferecer mil e quinhentos pesos.6. O acontecimento anunciado pela Canção do Mal era a aproximação de umdos inimigos, contra o qual Kino teve de lutar para defender a sua família.
Capítulo 51.1. d).1.2. b).2. Kino argumenta que a pérola se tinha transformado na sua alma.
Capítulo 61. Soam a Canção da Pérola e a Canção da Família.1.1. Kino sentia-se confiante quanto à solução que encontrara para prote-ger a sua família.2. Nada do que Kino «vê» na pérola confirma as suas perspetivas otimistasquanto ao futuro, porque consegue «ver» apenas os acontecimentos nega-tivos que tinham sucedido na sua vida desde o momento em que a encon-trara.2.1. A música da pérola soou sinistra e misturou-se com a música do mal.2.2. Essa alteração significa a descrença de Kino relativamente à felicida-de que julgara obter através da pérola.3. Esse pressentimento devia-se ao despertar de um instinto ancestraldentro de Kino, que era o instinto do seu povo, intimamente ligado à natu-reza.3.1. Os seus perseguidores eram dois batedores, que caminhavam embusca de pistas da passagem de Kino e Juana, e um homem a cavalo, comuma espingarda, que seguia atrás deles.3.2. a) «O seu corpo retesou-se e encolheu a cabeça, espreitando por baixode um ramo caído»; «Kino nem respirava. Apenas arqueou um pouco ascostas. Tinha os músculos dos braços e das pernas salientes de tensão e olábio superior coberto de suor.»; b) «Kino ficou tão rígido como o tronco daárvore.»4. Os olhos de Kino «entristeceram» quando se apercebeu da sua impotên-cia perante os batedores, mas «recuperaram a ferocidade» quando Juanalhe lembrou que os batedores assassinariam o filho de ambos.5. a).
6. Juana tapou-os porque não queria que Kino ficasse impressionado comos seus ferimentos, para que não fraquejasse.7. O narrador descreve a fonte que a família viria a alcançar.8. A família escondeu-se numa caverna e o plano de Kino consistia em ata-car o homem que estava de vigília antes que a Lua nascesse.9. a) O som de um choro vindo do alto, que pôs em alerta o vigia e queacordou um dos homens adormecidos; b) Deu um tiro na direção de ondevinha o som; c) «Mas Kino tornara-se tão frio e tão mortal como o aço.»; d) O grito da morte.10. O que deixou maior impressão foram as sombras longas projetadas nochão à frente de Kino e Juana, que pareciam trazer assim duas torres deescuridão.10.1. Os recursos expressivos são a comparação e a hipérbole, usadas nacaracterização de Juana – «Estava tão distante, tão longínqua como océu» – e na caracterização de Kino – «[…] parecia tão perigoso como umatempestade iminente». A comparação é ainda usada na passagem: «Assuas pernas moviam-se automaticamente, como se fossem bonecos demadeira […]».11. A Canção da Família transformara-se num grito de guerra.12. O som da música da pérola era um som «distorcido e demente», porqueKino vê na sua superfície a imagem do filho morto.12.1. Kino atira a pérola e ela desaparece no fundo do mar, por isso aMúsica da pérola também desaparece.13. a) Personificação; b) metáfora.
A INSTRUMENTALINA
Pré-leitura e escrita1. Trata-se de um nome, pois a palavra é antecedida por um determinante(A – determinante artigo definido, feminino, singular).1.1. A palavra não está dicionarizada.1.2. Por exemplo: instrumentação, instrumental, instrumentalismo,instrumentalista, instrumentalização, instrumentalizar, instrumentar,instrumentário, instrumentista, instrumento.2. O adjetivo instrumental, que por sua vez tem como forma de base onome instrumento.2.1. O sufixo –ina.4. A bicicleta que se vê na imagem poderá ser a «instrumentalina» de quese fala no título da obra.4.1. Poderá ser um nome próprio atribuído à bicicleta que se vê na ilustra-ção da capa da obra.5. Trata-se do tempo da infância.
LeituraPáginas 9 a 121. A narradora encontra-se numa cidade «à beira do Lago Ontário» (muitoprovavelmente, Toronto), no bar do Royal York Hotel.1.1. A narradora teve de se deslocar à cidade onde se encontra, e essa des-locação transformara-se em viagem.1.2. Esse transporte chamava-se Instrumentalina.1.3. a) «Quem diria?»; b) «Escondida no saco das reservas proibidas»; c) «imagem caprina.»2. «Ora a Instrumentalina se me tinha levado até ao campo das margari-das, no dia em que meu tio Fernando me havia chamado Greta Garbo, elamesma me tinha traído e amarrotado, e criado o meu primeiro desgosto.»2.1. O acontecimento é a despedida do seu tio, que partira de comboio.
Páginas 12 a 153. Trata-se do tempo da infância da narradora.3.1. O espaço é o da casa do avô da narradora.3.2. Habitavam esse espaço o avô da narradora, a sua mãe e as suas tias, eas crianças, entre as quais a narradora se incluía.
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3.3. Os homens, maridos das mulheres que habitavam a casa e pais dascrianças que por lá viviam também, tinham emigrado, e, assim, essasmulheres e essas crianças viviam sob a proteção do avô da narradora.4. A chegada do seu tio com a Instrumentalina.4.1. Os recursos expressivos são a hipérbole e a comparação: «[…] e os nos-sos gritos de alegria partiam a tarde em duas metades substanciaiscomo as de um fruto – antes e depois da chegada do nosso querido tio».
Páginas 15 a 185. O facto de o avô chamar o seu filho mais novo foi importante, porquelhe passou a responsabilidade de gerir a casa e os haveres da família, oque o obrigou a ir viver para aquela casa.5.1. As crianças reagem com alegria.6. «Mas não era a pessoa que nosso avô tinha querido que viesse.»6.1. O tio Fernando não prestava atenção aos assuntos que tinha de tratar(«[…] ouvia distraído, […] nem tomava por escrito qualquer nota sobre have-res»), nunca saía ao mesmo tempo que os carros de animais que seguiamcom a carga e os homens para o trabalho («Os carros de animais partiamcarregados de objetos e de homens, e ele, como se nada lhe pertencesse,saía antes ou depois, com o boné virado para trás, sentado na bicicletacorredora, estrada fora») e recusava-se, de todo, a ir por caminhos ondenão era possível andar de bicicleta («[…] recusava-se a sair, sob o pretextode que descalibrava as rodas nas irregularidades do caminho.»).6.2. O seu grande interesse era a bicicleta corredora.6.3. O avô gritava, exigindo que lhe tirassem da frente a bicicleta, que eletratava por «Instrumentalina».
Páginas 18 a 227. O tio Fernando proporcionava-lhes esse sentimento de liberdade, por-que, podendo ele próprio fugir de tudo na sua bicicleta, por vezes levava-astambém consigo na sua bicicleta.8. A narradora tinha menos direitos, porque fora a última a chegar à casada campina.8.1. A narradora esperava que o tio se sentasse à porta e trazia-lhe osutensílios de que ele necessitava para arranjar a bicicleta, assim como opulôver e a bacia com a toalha e o sabão. Arrumava-lhe também as ferra-mentas antes que ele pedisse. Tudo isto era feito ao crepúsculo, quando asoutras crianças já tinham ido para outro sítio.8.2. A narradora passou a ter a certeza de que o tio não a via, ou seja, nemdava por ela.
Páginas 22 a 249. O acontecimento inesperado foi o tio Fernando levar a narradora na suabicicleta.9.1. Sensações visuais: «A rua começava a afastar-se, e o portão onde osmeus primos permaneciam imóveis ia ficando definitivamente para trás.Os campos planos passavam dum lado para o outro, devagar, despren-dendo-se cada vez mais das redondezas da casa da campina, e seu verdeserôdio, perto do queimado, perdia-se de vista». Sensações táteis: «Comas mãos agarradas à cintura dele, tombando para a direita e para aesquerda como sobre um cavalinho que voasse, corríamos e corríamossem parar».9.2. O tio chama-lhe Greta Garbo quando ela faz pose para tirar a fotografia.9.3. O tio chamou-lhe esse nome porque essa atriz, que ele admirava («[…]falou demoradamente duma mulher divina cujo olhar tirava o sono dequem a visse»), sabia fixar o olhar no vazio quando posava para a câmara(«Um dia, também eu haveria de vê-la e aprender com ela a fixar o olharnuma coisa distante que não havia»).
Páginas 24 a 3310. O avô propôs-lhe que, mediante o pagamento de uma moeda de meia
libra, fizesse desaparecer a Instrumentalina dentro da água da nora, paraque o tio não se fosse embora daquela casa.10.1 Para a narradora, fazer desaparecer a Instrumentalina significaria omesmo que fazer adoecer ou matar o próprio tio.11. O avô esperava a chegada de uma mulher com quem queria casar o seufilho Fernando.11.1. O avô pretendia prender o tio Fernando àquela casa através do casa-mento com a «mulher sem anel».12. O tio Fernando passou a cronometrar as suas corridas, fazia piruetas ecavalinhos, andava de um só lado, fazia pinos e simulava quedas na bici-cleta.
Páginas 33 a 3514. O raciocínio do avô parecia não ter lógica, porque, para a narradora, aInstrumentalina, ao contrário de afastar o tio, ligava-o às crianças daquelacasa como nenhuma outra coisa. Daí que não compreendesse como pode-ria o desaparecimento da bicicleta contribuir para o manter preso à casa.15. A comparação é adequada, porque a bicicleta permanecera no fundoda água da nora.16. O seu maior desgosto relacionava-se com as cunhadas, porque estastinham-no atraiçoado, recebendo o pagamento do seu pai para fazeremdesaparecer a Instrumentalina.17. Pressentia-se que ele fazia preparativos para se ir embora daquela casa.18. Vieram substituir a Instrumentalina alguns «transportes extravagan-tes», conduzidos por outras pessoas, que eram cada vez mais rápidos eque demoravam cada vez mais a trazer o tio de volta a casa.
Páginas 35 a 3719. O tio Fernando voltou a falar com o avô e com as cunhadas, como dan-tes, havendo risos em consequência das suas brincadeiras.19.1. A narradora não se deixa iludir pelos comportamentos do seu tio:«Alguma coisa do tio não era o tio, naquele serão demasiado conciliadorpara ser verdade».
Páginas 37 a 3920. Era mentira o que o tio Fernando dizia, porque ele estava decidido apartir para longe e para sempre.21. Passados trinta anos, o tio da narradora deixou-lhe escritas duas linhasa marcar um encontro com ela no bar do Royal York Hotel.22. Passados trinta anos, o tio Fernando era um «cavalheiro de meiaidade», com um «olhar mediterrânico».
POETAS DE ONTEM E DE HOJE – do século XIII ao XXI, para os maisnovos1. a) Matilde Rosa Araújo; b) poemas de poetas do século XIII ao XXI e paraos leitores mais novos; c) Filipa Canhestro.1.1. Os poetas são Luís de Camões e Fernando Pessoa.1.2. A razão poderá ter sido a sua notoriedade.1.3. O objeto é o relógio em que figuram os vários séculos.1.4. O relógio relaciona-se com o critério cronológico segundo o qual ospoemas estão organizados.2. O título da obra, o subtítulo (que fornece indicação relativa aos critériosde seleção dos poemas) e o nome da editora.2.1. Na lombada, destacam-se as informações principais sobre o livro: otítulo «Poetas de hoje e de ontem» e o subtítulo, que indica os critérios deseleção dos poemas. Estes aspetos são importantes, porque estão direta-mente relacionados com o facto de o livro ser uma antologia poética.3. A lista dos nomes de poetas organizados por períodos temporais rela-cionar-se-á com o conteúdo da obra, que, sendo uma antologia poética,incluirá poemas desses mesmos poetas mencionados na contracapa.4. Uma das badanas inclui textos biobibliográficos das autoras da seleção
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dos poemas incluídos na antologia. A outra badana inclui uma ilustração eo título da obra.5. 4.ª edição.6. O critério seguido foi a organização dos poetas por períodos temporais:séculos XX-XXI, XIX-XX, XIX, XVIII-XIX, XVII, XVI-XVII, XVI, XV-XVI, XIII-XIV.6.1. As autoras explicitam esses critérios no segundo e no terceiro pará-grafos.6.2. a) Falsa: Luís de Camões está representado com quatro poemas, assimcomo Fernando Pessoa e Matilde Rosa Araújo; b) Verdadeira; c) Falsa: paraalém de Almeida Garrett e de João de Deus, que estão representados nacategoria do século XIX, há outros poetas representados nas categoriasséculos XIX-XX e séculos XVIII-XIX e, portanto, alguns deles também desen-volveram a sua obra no século XIX; d) Falsa: D. Dinis é o último poeta repre-sentado na obra, porque é o poeta mais antigo, o que está de acordo com ocritério seguido para a organização desta antologia; e) Verdadeira; f) Falsa:apenas a cor azul usada na tipografia para indicar os poetas dos séculosXX-XXI corresponde a um desses períodos temporais; as restantes coresagrupam os poetas dos vários períodos temporais em secções maiores.6.3. No início de cada secção dedicada a um poeta, encontra-se um peque-no texto biográfico sobre esse poeta.
A ILHA ENCANTADA
Pré-leitura2. a) falsa; b) verdadeira; c) verdadeira; d) falsa; e) verdadeira; f) falsa; g) falsa.
Leitura1. Alonso, Sebastian, António, Gonzalo, Adrian e Francisco formam umgrupo de nobres que Próspero separa de Ferdinand, sendo os três primei-ros os inimigos que Próspero quer castigar. Ferdinand e Miranda formam opar que Próspero quer juntar, daí que tenha afastado o primeiro dos outrosnobres. O Capitão e o Contramestre permanecem adormecidos até aofinal da peça, quando reconhecem o rei Alonso. Trinculo e Stephano sãodeixados à sorte, por vontade de Próspero, até se encontrarem e forma-rem outro grupo (com Caliban).2. Ariel e Caliban desempenham papéis opostos, pois o primeiro colaboracom Próspero, sendo seu ajudante, e o segundo conspira contra ele, sendoseu adversário.3. Sycorax era uma feiticeira má que foi expulsa e abandonada com o filho,Caliban, naquela ilha. Aprisionou Ariel durante doze anos e entretanto mor-reu. Claribel é a filha de Alonso, rei de Nápoles, casada com o rei da Tunísia.4. 1 e); 2 f); 3 a); 4 b); 5 c); 6 h); 7 d); 8 g). 5. A ação tem a duração de cerca de três horas, conforme diz oContramestre no final do texto: «[…] Digno de contar/é também que onavio, que ainda há três horas/julgámos destruído, está tão novo/comoquando o estreámos.»6. 1 d); 2 f); 3 a); 4 b); 5 g); 6 h); 7 c); 8 e).8. Metáfora: «Com cores mais ligeiras decidiram/Pintar seus vis propósi-tos». Personificação: Para suspirar aos ventos que, com pena,/Suspiravamtambém, e, ao empurrar-nos/Faziam mal com boas intenções».8.1. a) «Ergue as tuas pestanas, as cortinas/Com franjas dos teus olhos. O que vês/Ali adiante, diz-me?»; b) «Se os dois espiões que trago aqui nacara não se enganam, está ali coisa digna de se ver.»
O COLAR
Pré-leitura1. a) Capa: nome da autora, título do livro, género do texto (teatro), editora.Lombada: primeiro nome da autora, título do livro, editora; b) o textocomeça na página 9 e termina na página 79; c) lista de obras da autoradividida por géneros e referência a um dos prémios que recebeu.
2. A peça inicia-se por um prólogo e divide-se em três atos. 3.1. Trata-se de um veneziano que apresenta, num texto poético, a cidadeonde decorre a ação da peça – Veneza. 3.2. a) Cidade italiana construída sobre a água, em que as ruas são canais;b) o frontão de S. Marcos com os seus cavalos; a ponte da Giudeca; as pri-sões da Signoria; c) sobretudo o comércio; d) os gondoleiros.4. Por exemplo: A ação decorre na luminosa cidade de Veneza. Ouvem-selínguas de todo o mundo pela voz dos mercadores.5. a) «Cidade […] de apaixonados / Sempre perdidos de amores»; b) «Cadaano aqui se tecem / Histórias tão variadas / Que às vezes até parecem /Aventuras inventadas»; c) «Em Veneza tudo é belo»; d) «De resto emVeneza há só / Dança canções fantasia».6. Informar sobre a cidade de Veneza com vista à sua promoção turística.7. Porque está construída sobre bancos de areia, rodeados por canais cria-dos pelas correntes do mar Adriático.8. A proximidade do Oriente e do Mediterrâneo. 9. A prosperidade de Veneza é visível sobretudo na arte e em monumentoscomo a catedral de S. Marcos.10. Apostando na tradição e mantendo as suas características únicas, acidade adaptou-se aos tempos modernos, transformando os palácios emespaços vocacionados para o turismo.
Leitura1. 1 b) e c); 2 a).2. Geraldina (dama de companhia); Bonina (criada); Giovanna (amiga deVanina); Tutor (tio de Vanina); Pietro Alvisi (jovem cantor veneziano);Comendador Zorzi (pretendente de Vanina); Bruno (criado); Condessa Zeti(tia do Comendador Zorzi); Giovanni e Juliano (primos do ComendadorZorzi); Lord Byron (poeta amigo da Condessa Zeti ); um mordomo; tocado-res de viola.
Ato I1. Vanina dá-se muito bem com Bonina, que procura satisfazer todos osseus caprichos. Já com Geraldina, a relação é mais fria, pois Vanina consi-dera-a enfadonha e excessivamente controladora. 1.1. A sua vaidade. 2. Pietro Alvisi é um jovem cantor veneziano. Vanina apaixona-se por ele, oque põe em causa o cumprimento da vontade do tio de a casar com outrohomem. 2.1. Vanina conhece-o numa festa em casa de Giovanna, onde o ouve can-tar pela primeira vez. É aí que ele lhe oferece uma rosa e lhe diz que ela é arapariga mais bonita da festa.2.2. Segundo Vanina, Pietro, para além de ter uma voz inigualável, é belo,pobre, ainda que seja um fidalgo, e misterioso.2.2. a) Giovanna considera que o facto de Pietro cantar para ganhardinheiro é um comportamento indigno e vergonhoso (página 17); b) Boninavê-o como um homem muito belo, um excelente cantor e um namoradeiro(página 21); c) o Tutor vê Pietro como um «fidalgo desclassificado e arro-gante» e «um caçador de aventuras» (página 26).3. O Tutor, porque não gosta de Pietro e quer casar a sobrinha com umhomem mais velho, rico e responsável; o Comendador Zorzi, que quercasar com Vanina, apesar de não ser essa a vontade da jovem.4. a) Como um abutre; b) como um homem distinto, atencioso e delicado;c) como um homem bem-parecido, rico e civilizado.5. Com a intenção de lhe entregar uma carta com um pedido de desculpaspor ter abandonado a festa precipitadamente sem se despedir dele e tam-bém porque quer voltar a vê-lo.5.1. Coloca um chapéu e cobre a cara com um véu para que ninguém areconheça.5.2. Bonina considera que o comportamento de Vanina é estranho e des-confia de uma paixoneta.
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5.3. Vanina não consegue encontrar Pietro e fica a saber por um rapaz que ojovem ia cantar uma serenata a uma mulher por quem estava apaixonado.6.1. Vanina está triste e desiludida.6.2. Pensar que Pietro está com outra mulher.7. A mulher a quem Pietro vai cantar uma serenata, encomendada peloComendador Zorzi, é a própria Vanina.7.1. Vanina aproveita para fingir que está interessada no Comendador,mostra-se muito agradada pela carta e pelo colar que ele lhe enviou, mas,sobretudo, agradece-lhe a serenata e pede-lhe para ouvir de novo o cantornuma tentativa de se aproximar de Pietro. Aproveita ainda para enviar, porBonina, a carta que havia escrito para Pietro.8. Caso seja usado por Vanina, como virá a acontecer, o colar simboliza aunião entre os dois.9. Vanina decide não voltar a enganar o Comendador, dizer-lhe a verdade edevolver-lhe o colar de pérolas.
Ato II 1. Considera que o sobrinho é insensato e que deveria casar com umamulher mais velha. 2.1. O Comendador fica desagradado com o facto de Vanina beber semcomer, gostar de excessos, reagir impulsivamente quando ouve o som deuma viola, ser impaciente e impulsiva. Pouco a pouco, o Comendador per-cebe que não é isso que procura numa mulher.3. O colar cai no prato do Comendador e este engole-o, pensando que setratava de esparguete, e sente-se mal.
4. Não, porque, apesar de beijar Vanina, mostrando-se aparentementeapaixonado, pouco a pouco Pietro reage cada vez mais cinicamente, poispercebe que ela estará interessada numa relação mais séria. Vanina espe-rava confirmar o seu amor, mas é repudiada por Pietro.5.1. A sua frieza, o seu cinismo e o seu calculismo.5.2. Vanina sente-se desiludida com Pietro.5.3. A desilusão e a tristeza perante a atitude de Pietro contrastam comas ilusões de felicidade e de paixão demonstradas no início da peça.7. O Comendador decide casar com Giraldina, porque esta gosta de tran-quilidade e de sossego, tal como ele.
Ato III1. A Condessa Zetti coloca a hipótese de Pietro ter repudiado Vanina porconsiderar que ela merecia um casamento melhor. 2. Lord Byron surge pela primeira vez e nunca tinha sido referido.3. Os desgostos provocados pelo primeiro amor.
Pós-leitura e Escrita1.1. No ato II, durante o jantar em que as personagens estão todas juntas,há vários exemplos de apartes, usados para evidenciar os comentários eos sentimentos das personagens em relação ao que vai acontecendo: « – Realmente a Vanina não liga nada com o meu primo. É nova de mais.»,página 46; «– Por isso é que nunca ninguém quer casar com eles.», página48.
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