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CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
C129
Caderno de turismo do Estado do Rio de Janeiro : passaporte para o desenvolvimento doEstado / [Joo Carlos Gomes, organizao]. - Rio de Janeiro : Fecomrcio, 2010.
il.
Inclui bibliogra a
ISBN 978-85-62963-01-8
1. Turismo. 2. Turismo - Planejamento - Rio de Janeiro. 3. Turismo - Aspectos sociais - Rio deJaneiro. I. Gomes, Joo Carlos. II. Federao do Comrcio do Estado do Rio de Janeiro.
10-1311.CDD: 338.479818153CDU: 338.48(815.3)
26.03.10 29.03.10 018216
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EQUIPE TCNICA Apresenta o: Geiza Rocha, Secretria-Geral do Frum Permanente deDesenvolvimento Estratgico do Estado Jornalista Roberto Marinho
Cmara de Cultura, Turismo e Esportes Primeira Parte: Joo Carlos Gomes, Marcelo Nicoll, e Leonardo Lima do NcleoEconmico e de Pesquisas do Sistema Fecomrcio-RJ Segunda Parte: Glucio Jos Marafon, Joo Rua, Miguel ngelo Ribeiro,DayaneMoraes Vidal, Eduardo Araujo de Melo, Fellipe Vitas Rodrigues, Gabriel CamposPereira da Costa, Gustavo Prado Oliveira, Jurandir Amaro Junior, Leandro Ribeiro
Cordeiro, Leonardo de Almeida Rocha, Marcus Vinicius Campos da Silva, Mariana DiasCorreia da Costa, Patricia Carneiro Lima, Raquel do Nascimento Almeida, Renata daSilva Corra, Rodrigo Sampaio de Souza, Vinicius Neves Vasconcelos do Ncleo deEstudos de Geogra a Fluminense NEGEF/IGEOG/UERJ. Terceira Parte: Geiza Rocha, Secretria-Geral do Frum Permanente deDesenvolvimento Estratgico do Estado Jornalista Roberto Marinho Cmara deCultura, Turismo e Esportes
Projeto Editorial: Ncleo de Comunicao do Sistema Fecomrcio-RJ
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O Rio de Janeiro o carto postal do Brasil. Nosso estado tem paisagens belssimase muita histria enraizada na cidade e no interior. O crescimento do turismo no
estado do Rio demanda planejamento e inves mento. Com o Caderno de Turismo, oSistema Fecomrcio-RJ espera contribuir para uma expanso efe va desse setor, que
pode ser de importncia fundamental para a economia uminense.
Orlando Diniz Presidente do Sistema Fecomrcio-RJ
O Caderno de Turismo fruto da unio entre os empresrios, a universidade e oParlamento. o ponto de par da para, com base em informaes sobre todos os
municpios uminenses, iden car nossas vocaes e desenvolver pol cas pblicase cientes que promovam o crescimento sustentvel do setor. Com a infra-estrutura
adequada conseguiremos ampliar a a vidade que mostra de ns o melhor que temosa oferecer: simpa a, competncia e belezas naturais.
Deputado Jorge Picciani
Presidente da ALERJ e do Frum Permanente de Desenvolvimento Estratgico doEstado Jornalista Roberto Marinho
No Caderno de Turismo, a UERJ apontou um per l dos municpios do estado do
Rio de Janeiro, considerando o que estes avaliam como turs co ou potencialmenteturs co em seus territrios. Obteve como resultado a confeco de um mapa de
reas e potencialidades turs cas que visam auxiliar na elaborao de pol caspblicas que fomentem essa a vidade.
Ricardo Vieiralves de Castro
Reitor da UERJ
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O Caderno de Turismo do Estado do Rio de Janeiro uma iniciativa da Cmarade Cultura, Turismo e Esportes do Frum Permanente de Desenvolvimento
Estratgico do Estado Jornalista Roberto Marinho. Participaram diretamente daelaborao a Federao do Comrcio do Estado do Rio de Janeiro - Fecomrcio-
RJ, a Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ALERJ e a UniversidadeEstadual do Rio de Janeiro UERJ.
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SUMRIO
APRESENTAO 9
PRIMEIRA PARTE:1. Introdu o Economia do Turismo 15 O que turismo? 15 Que setor o turismo integra? 17 Quais a vidades esto includas no turismo? 18 2. No es de Economia do Turismo 20 Produto turs co 20 Oferta turs ca 22 Demanda turs ca 23 O ndice de Preos do Turismo 25 Consideraes sobre Pol cas Pblicas de Turismo 26
3. Anlise de Esta s cas Relacionadas ao Turismo 27 Produto Interno Bruto - PIB 27 ndice de Desenvolvimento Humano - IDH 29 Terminais telefnicos 31 Agncias de correios 32 Delegacias de polcia civil 33
Batalhes de polcia militar 33 Acomodaes em Hotis 35 Agncias bancrias 36 Terminais rodovirios intermunicipais 37 Aeroportos 38 Hospitais 39 Empresas e Empregados 40
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4. Considera es sobre a Economia do Turismo 42
5. Bibliogra a 47
SEGUNDA PARTE: 1. A a vidade turs ca no Estado do Rio de Janeiro 49
2. Procedimentos da pesquisa 513. reas turs cas no Estado do Rio de Janeiro 58
Ecoturismo 58 Praia e Ecoturismo 59 Praia e Rural 61 Praia 62 Serra e Mar 63 Serra de Turismo Consolidado 64 Serra de Turismo No-Consolidado 65 Serrana da Man queira 67 Baixada Fluminense 68 Diversi cado 70 Vale do Caf 72
4. Consideraes sobre a a vidade turs ca no Estado do Rio de Janeiro 73 5. Bibliogra a 75
TERCEIRA PARTE: Metas e resultados esperados 76
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APRESENTAO
Quando se fala em Turismo no Estado do Rio de Janeiro comum cairmosnos estere pos: Ns somos a porta de entrada do pas, Temos aspraias e as serras mais belas do mundo juntas em um s lugar, Somospremiados pelas nossas belezas naturais, e assim por diante. Mas comosair do lugar comum e, a par r desta beleza j constatada, converter
estas vantagens em gerao de renda, de empregos, e em melhorqualidade de vida para a populao? Como chamar ateno para aimportncia da a vidade turs ca no estado? E, mais do que isso, comoes mular, enquanto universidades e organizaes que desenvolvem aa vidade, a ateno do legislador e do gestor pblico para a necessidadede desenvolver o turismo e as suas potencialidades? A resposta : cominformao.
O Caderno de Turismo do Estado do Rio de Janeiro nasce nestecontexto: da necessidade de reunir dados e quan car o impacto daa vidade turs ca na economia do nosso estado. Com informao possvel estabelecer prioridades e, principalmente, orientar as aes
dos legisladores e dos gestores pblicos. Munidos dela eles podemiden car as condies para o desenvolvimento do turismo e de nir areal dimenso das aes necessrias para trabalhar as potencialidadesde cada uma das 92 cidades do estado.
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Para alm dos grandes eventos espor vos que o Rio de Janeiro irsediar nos prximos anos e dos inves mentos que sero feitos emdiversos municpios a par r do Programa Nacional de Desenvolvimentodo Turismo (Prodetur), temos a conscincia de que, se descartssemosqualquer um dos nossos municpios, este documento falharia em seu principalobje vo: de ser uma fonte para quem pretende pensar e estabelecer umaagenda de aes em curto, mdio e longo prazo para a melhoria de nossosindicadores.
A opo escolhida pelo grupo foi a de analisar as variveis relacionadas aoturismo de maneira ampla, considerando aspectos econmicos, sociais e deinfraestrutura. A di culdade em reunir os dados sobre nmero de hotis epousadas foi um dos primeiros desa os. A informalidade ainda assola estemercado e, para que as aes sejam ainda mais e cazes, preciso, em curtoprazo, combat-la. Isto porque, quanto mais is os dados disponveis, masfcil a iden cao dos gargalos e de suas solues.
Pela primeira vez, unimos em um nico documento o cruzamento de dadosfeitos pelo Ncleo de Estudos Econmicos do Sistema Fecomrcio-RJ queretrata em nmeros a realidade de cada uma das nossas 92 cidades e a sua
infraestrutura no que diz respeito a vidade turs ca e a proposta doDepartamento de Geogra a da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,de mapear as a vidades turs cas predominantes em cada uma das reas,agrupando os municpios e classi cando-os.
O intuito deste retrato, construdo cole vamente e fruto de um amplo e
maduro debate travado durante as reunies mensais da Cmara de Cultura,
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Turismo e Esportes do Frum Permanente de Desenvolvimento EstratgicoJornalista Roberto Marinho do Estado do Rio de Janeiro, servir como basede informao con vel para a construo de uma pol ca pblica que tenhacomo foco o desenvolvimento local e o bem-estar social.
Ao longo desse processo nos deparamos com dados que indicam que o quenosso estado possui de beleza, possui tambm de desigualdade. Em todosos sen dos. E que isso se re ete diretamente na questo turs ca. A par r
de ento, a idia que norteou o trabalho a de que a a vidade turs ca oexcedente do bem-estar social. Uma sociedade que dispe de infraestruturae acesso a servios essenciais de sade, educao, transporte e seguranapblica re ete isso na recep vidade aos turistas e est mais apta a apresentarsua cidade com mais propriedade.
Diante disso, organizamos a publicao em trs partes. Na primeira,apresentamos tpicos que de nem a economia do turismo, os seus impactossocioeconmicos e os indicadores da a vidade turs ca. Nela conceituamosa a vidade turs ca e destacamos os indicadores considerados na nossaanlise. Na segunda parte, de nimos reas turs cas, abordamos o turismono Estado do Rio de Janeiro e analisamos as esta s cas relacionadas
a vidade no estado. Na l ma parte, estabelecemos as metas e os resultadosesperados pelo grupo a par r deste diagns co.
Desejamos a todos uma tima leitura, e que este diagnstico sirvacomo pontap para aes efetivas na melhoria da qualidade doturismo em nosso estado.
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CADERNO DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(...) faz-se necessrio re e r sobre a necessidade de uma pol ca pblica mais agressiva, de fortalecimento do setor deturismo nacional, com nfase no planejamento de aes voltadas
para o incremento do uxo de entrada de turistas estrangeiros,bem como na melhoria da infraestrutura turs ca bsica. Almdisso, (...) h de se incrementar tambm aes que dinamizeme incen vem cada vez mais o turismo interno, haja vista queo mesmo representa, em essncia, a ncora atual do uxoturs co total do pas. (SAAB, 1999)
O caderno de turismo tem como obje vo apoiar o desenvolvimentoregional da a vidade turs ca, de forma sustentvel, no Estado do Riode Janeiro. O presente texto traz dois pontos de destaque, um breveresumo de tpicos importantes da teoria econmica sobre o turismo, de
acordo com levantamento bibliogr co feito na literatura recente sobreo tema, a anlise de um conjunto de dados relacionados, de forma gerale espec ca, com a a vidade turs ca.
A explorao da literatura recente sobre a economia do turismo destacouconceitos-chave para o entendimento da a vidade. Permi u de nir
o turismo, a demanda, a oferta e o produto turs co, o princpio daformao dos preos neste mercado e o enquadramento das a vidadeseconmicas direta e indiretamente envolvidas.
A compilao de esta s cas relacionadas ao turismo fundamentou-se no entendimento mais amplo da a vidade, orientado pela reviso
bibliogr ca, tentando captar as informaes rela vas aos municpiosuminenses atravs de variadas fontes de dados. Cabe aqui apontar
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uma observao importante sobre as datas de referncia dos dadosapresentados. Os indicadores foram coletados para o perodo maisrecente disponvel, de acordo com cada fonte, mas, em muitos casos,h dados com mais de cinco anos de defasagem, como no caso doProduto Interno Bruto (PIB), calculado pelo IBGE para 2006; do IDH,disponibilizado pelo PNUD; e dos nmeros de terminais telefnicos,coletados nas Telecomunicaes do Rio de Janeiro S.A (OI/Telemar),ambos para o ano de 2000; ou ainda a disponibilidade de acomodaes,captada pela Pesquisa de Meios de Hospedagem, feita pelo IBGE, em2001. Esta defasagem no um problema, visto que a principal fontede dados sociais para os municpios o Censo Demogr co Brasileiro,cujo l mo levantamento do ano de 2000. Para as demais informaesanalisadas a referncia o ano de 2009.
O Estado do Rio de Janeiro tem papel de destaque na economiabrasileira e possui o segundo maior Produto Interno Bruto do pas,equivalente a R$ 275 bilhes em 2006. A economia do estado diversificada, mas sua principal atividade est ligada essencialmente prestao de servios. No setor industrial, a produo envolve
os segmentos de metalurgia, siderurgia, petroqumico, naval,automobilstico, audiovisual, cimenteiro, alimentcio, mecnicoe petrolfero, dentre outros. A menor participao produtiva nacomposio do PIB estadual a da agropecuria. Apesar de suadiversificao espacial, a atividade econmica est concentrada naRegio Metropolitana (68% do PIB), a qual corresponde a pouco mais
de um oitavo da rea do estado, onde est mais de 80% da populaofluminense. Ajara (2006) aponta que esta excessiva polarizao na
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Regio Metropolitana est associada ao fato de que a cidade do Riode Janeiro foi capital do pas durante mais de dois sculos.
Do ponto de vista da geogra a uminense o estado contempla paisagensdiversas, com uma costa litornea repleta de praias exuberantes, falsiasmontanhas, serras e Mata Atln ca com rica fauna e ora.
Em se tratando exclusivamente da produo econmica do turismo, Molloe Takasago (2008) calcularam o valor bruto da produo do turismo noBrasil atravs da matriz de contabilidade social, es mando que o valoradicionado especi camente pelo setor turs co era de R$ 39 bilhes em2002, o que representava cerca de 2,8% do PIB brasileiro. Estendendoa mesma metodologia aos municpios brasileiros, Farias (FARIAS et alii,
2008) elenca os municpios de maior PIB turs co brasileiro. A cidade deSo Paulo, que a maior receptora de turistas doms cos, tem o maiorPIB turs co do pas, segundo o anurio esta s co da Embratur para2003. O municpio do Rio de Janeiro ocupa a segunda posio nacionalem valores absolutos, sendo este o que mais recebe turistas estrangeirose o segundo no tocante ao turismo doms co. Alm disso, a capital
uminense apresenta uma das maiores propores do produto doturismo com relao produo total nos grandes municpios (mais de500 mil habitantes), respondendo por cerca de 8,5% da economia, atrssomente de Porto Alegre, Belo Horizonte, Ribero Preto e Campinas.
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Os principais obje vos econmicos gerais do turismo so: maximizar au lidade dos turistas na aquisio de bens e servios; maximizar os lucrosdas rmas que produzem bens para os turistas; maximizar os impactosprimrios e secundrios dos gastos turs cos sobre uma determinadacomunidade, regio ou pas (HAVAS, 1981, p. 6).
Viegas (1995) aponta que Conferncia Internacional de Esta s cas doTurismo, organizada pela OMT, em 1991, cujas recomendaes foramadotadas posteriormente pela Comisso Esta s ca das Naes Unidas,teve como principais obje vos: (i) o desenvolvimento de uma de niouniforme e integrada de um sistema de classi cao das esta s cas doturismo; (ii) a implementao de uma metodologia para determinaodo impacto econmico do turismo; e (iii) o estabelecimento de um meio
de dilogo entre os governos e a indstria turs ca.
Foi ra cada a de nio de turismo como o conjunto de a vidadesrealizadas por indivduos durante as suas viagens e estadias em lugaresdis ntos da sua residncia habitual, por um perodo de tempo consecu voinferior a um ano, com ns de lazer, negcios ou outros mo vos (OMT,
1992) e foram iden cadas trs formas bsicas de turismo:
. Turismo Interno: pra cado por residentes de um determinadopas que viajam unicamente no interior desse pas (aplicando-setambm a uma regio);. Turismo Receptor: pra cado num determinado pas por
visitantes residentes no estrangeiro (aplicando-se tambm auma regio);
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. Turismo Emissor: pra cado por residentes de um determinadopas em outros pases (aplicando-se igualmente a uma regio).
A evoluo da a vidade turs ca exige um planejamento adequado realidade do desenvolvimento sustentado de uma localidade, regio, oupas, capaz de atender s necessidades de acordo com os recursos nelesdisponveis. Boulln (2002, p.79) destaca a importncia para o planejamentodo espao turs co, que consequncia da distribuio territorial dos atra vosturs cos. A delimitao do espao turs co requer levantamento do acervodos atra vos, sua localizao geogr ca e os sistemas de transportes que sou lizados pelos turistas (PETROCCHI, 2001).
Que setor o turismo integra?
Boulln (1997) faz uma anlise terica sobre em qual setor o turismomelhor se enquadraria. Segundo o autor, apesar de o turismo u lizar-sedos atra vos naturais, no pertenceria ao setor primrio, pois no pra caextrao, como a minerao, nem produz, como a agricultura. O setortambm no se enquadraria na construo civil, pois no produz obras
sicas (estradas, edi caes ou obras de infraestrutura) e nem tampoucopertenceria indstria, pois no emprega matrias-primas na confecode novos produtos. Portanto, o turismo uma forma de consumir, algoassim como um canal para o qual con ui uma demanda especial demuitos pos de bens e servios elaborados por outros setores, mais oconsumo de alguns servios especialmente desenhados para sa sfazer
necessidades prprias dos viajantes (BOULLN, 1997, p. 26-29).
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Desta forma, o turismo caracteriza o consumo, por parte dos turistas,de servios gerados em vrios outros setores da economia. Assim, acontabilizao da produo turs ca complexa, pois nenhum setordirige sua produo diretamente demanda turs ca, e a a vidadeturs ca afeta pra camente todos os setores da economia, di cultandoo clculo atravs dos ramos produ vos da contabilidade nacional. Emconcordncia, conforme Di San e Revetria (2003), a demanda turs cacompreende no somente os servios, que so ofertados pelos setorestradicionalmente vinculados ao turismo, como tambm abrange boaparte dos bens e servios existentes na economia, uma vez que estesso passveis de consumo direto ou indireto por parte dos turistas. Da a di culdade para se observar a a vidade turs ca pela ca da ofertanos setores, j que o consumo turs co se de ne no momento em que
se concre za a compra por parte do turista, e no no momento em quese produz a oferta (ARMELLINI DI SANTI & REVETRIA, 2003, p. 6-7).
Por isso, torna-se evidente a necessidade de detalhamento do setor deturismo, bem como o acompanhamento de sua evoluo. Sendo assim,a informao esta s ca um instrumento essencial para a de nio
de pol cas pblicas e avaliao dos seus impactos, assim como paraorientar os negcios de empresas privadas (HAVAS, 1981).
Quais a vidades esto includas no turismo?
No h consenso quanto aos setores de a vidade que compem
diretamente a economia do turismo 1. Lage e Milone (2008), para efeito
1 Para maior discusso vide, por exemplo, Lage e Milone (1991), Lundenberg et al. (1995) e Espanha (1996).
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se, atendidas as condies prprias, as sociedades empresrias queprestem os seguintes servios: restaurantes, cafeterias, bares e similares;centros ou locais des nados a convenes e/ou a feiras e a exposies esimilares; parques tem cos aqu cos e empreendimentos dotados deequipamentos de entretenimento e lazer; marinas e empreendimentosde apoio ao turismo nu co ou pesca despor va; casas de espetculose equipamentos de animao turs ca; organizadores, promotores eprestadores de servios de infraestrutura, locao de equipamentose montadoras de feiras de negcios, exposies e eventos; locadorasde veculos para turistas; e prestadores de servios especializadosna realizao e promoo das diversas modalidades dos segmentosturs cos, inclusive atraes turs cas e empresas de planejamento,bem como a pr ca de suas a vidades.
NOES DE ECONOMIA DO TURISMO
Produto Turs co
Sessa (1983) a rma que o produto turs co resultado de um conjunto de
a vidades e servios rela vos alimentao e bebidas, aos alojamentos,aos transportes, aos produtos de artesanato local e s visitas paradiver mento, a vidades ligadas a atra vos naturais ou culturais.Deste modo, os recursos naturais e a vidades culturais transformam-se em bens produ vos, integrando-se ao processo de crescimento daeconomia. Sendo assim, o turismo representa um conjunto de a vidadesprodu vas interligadas que in uenciam os demais setores econmicos eque, ainda de acordo com este autor, se caracterizam por possuir uma
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interdependncia estrutural com as demais a vidades, em maior grau eintensidade que qualquer outra a vidade produ va (SESSA, 1981).
Ento, a raiz da a vidade turs ca encontra-se na colocao emcirculao econmica dos bens naturais e culturais que, at ento,permaneciam margem dos circuitos econmicos por sua anteriornatureza de bens livres (SILVA, 2007).
Silva (2007) acrescenta que para os bens naturais integrarem o mercado necessrio incorrer-se em custos de transformao, atravs daimplantao de infraestruturas que afetam o meio ambiente. Calcular oscustos dos danos ao meio ambiente complexo, assim como o clculodos bene cios gerados pelo turismo. Da a di culdade em determinar
quan ta vamente o desenvolvimento desta a vidade em relao a outras.
Assim, o produto turs co resultado de vrias a vidades, estando ocapital humano na base da produo turs ca, ou seja, o desenvolvimentodo turismo deve ser pensado por meio do potencial de recursos humanos,alm dos recursos naturais.
Em resumo, o consumo turs co pode ser de nido como montantedespendido localmente (no des no) e durante o percurso at o des no nal.Podemos ainda separar este consumo em duas classes: consumo turs co
primrio , que consiste na aquisio de bens ou servios diretamente ligados aoturismo; e consumo turs co secundrio , que consiste no consumo realizado
pelo turista de bens e servios que no esto diretamente relacionados a vidade turs ca (RUIZ & ARMAND, 2002).
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Oferta turs ca
O conceito de oferta turs ca contempla a quan dade de bens e serviosque as empresas e indivduos podem disponibilizar, em determinadoperodo do tempo, a um dado preo, ou, analogamente, ao conjuntode atraes naturais e ar ciais de uma regio, assim como de todosos produtos turs cos disposio dos consumidores para sa sfao de
suas necessidades (LAGE & MILONE, 2001, pg. 72).
A oferta turs ca pode ser classi cada basicamente em trs grupos: oestoque de recursos naturais; a infraestrutura geral; e a infraestruturaespec ca ao turismo. A infraestrutura geral aquela u lizada peloshabitantes e que serve tambm de suporte para os turistas, como as
estradas, a iluminao pblica, os bens pblicos de maneira geral, ocomrcio local, escolas etc. A infraestrutura espec ca correspondeaos hotis, meios de transporte espec cos, aeroportos, mo-de-obraquali cada etc.
Segundo Lage e Milone (2002), a oferta turs ca in uenciada por
alguns fatores. Dentre eles, destacam-se: o nvel de preos dosprodutos turs cos, que, quanto mais elevado, maior ser o incen vopara aumentar a oferta; os preos de outros bens e servios (noturs cos), com relao inversa demanda turs ca; o custo dosfatores de produo, inversamente relacionado oferta turs ca; e onvel de avano tecnolgico, que aumenta a produ vidade e diminui,rela vamente, os custos de produo. So caracters cas da ofertaturs ca a sua rigidez, pela incapacidade de estoque dos produtos
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turs cos; a intangibilidade e imobilidade ao produto do turs co, quefazem com que o consumidor tenha que ir ao encontro do produto parao seu consumo; e a subs tu vidade do produto turs co em relao aoutros bens e servios.
Demanda turs ca
A demanda turs ca conceituada por Lage e Milone (2002) como aquan dade de bens e servios turs cos que os indivduos desejam eso capazes de consumir a dado preo, em determinado perodo detempo (pg. 56). Os autores destacam ainda os quatro fatores quemais in uenciam na demanda turs ca: os preos dos bens e serviosturs cos, com reao contrria demanda turs ca; os preos de outros
bens e servios (no turs cos), com relao direta com a demandaturs ca; o nvel de renda dos turistas, tambm afetando posi vamentea demanda; e as preferncias dos turistas, podendo afetar posi va ounega vamente a demanda turs ca (LAGE & MILONE, 2002).
A procura por lazer apenas um dos componentes da demanda
turs ca. A Organizao Mundial do Turismo (OMT) prope a seguinteclassi cao dos segmentos: lazer, recreio e frias; visita a parentes eamigos; tratamentos de sade; negcios e mo vos pro ssionais; religioou peregrinao; outros ns.
importante detalhar os mo vos que esto includos em cada item. As
visitas a lugares de interesse, compras, acontecimentos despor vos eculturais, a vidades culturais e de lazer, esportes amadores ou radicais,
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praias, cruzeiros, jogos de azar e acampamentos esto includos nacategoria: lazer, recreio e frias. No item negcios e mo vos pro ssionaisesto includas as instalaes de equipamentos, inspees, compras,vendas por conta de empresas estrangeiras, reunies, confernciasou congressos, feiras comerciais e exposies, prmios pro ssionais,ministrao de conferncias ou concertos, estabelecimento de contratosde alojamento e transporte, trabalhos de guia e outros ligados ao turismo,par cipao em a vidades despor vas pro ssionais, misses o ciaisou diplom cas, militares ou de organizaes internacionais (excetoas pessoas que iro desempenhar suas funes no pas de des no),estudos, educao e inves gao remuneradas, cursos de idiomaspro ssionalizantes ou de outro po, relacionados com a a vidadede negcios ou com a pro sso do visitante. No item tratamentos de
sade, incluem-se as visitas a estaes balnerias, hospedagens emspas, estaes termais, operaes cirrgicas e est cas. Em religio ouperegrinaes, esto as par cipaes em acontecimentos religiosos eperegrinaes. Finalmente, em outros ns, incluem-se as tripulaesde aeronaves e navios em servio, e os trabalhadores de transportespblicos.
Portanto, para a maximizao da sa sfao dos turistas, necessrioconhecer suas preferncias de consumo, que vo variar, sobretudo,conforme o po de turismo pra cado. Desta forma, evidencia-se aimportncia da organizao de um sistema de informaes sobre oturismo e de pesquisas amostrais com turistas, com o obje vo de
iden car os mo vos da viagem e suas preferncias de consumo.
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A importncia da diversidade da demanda reside no fato de que nelaencontra-se o grande potencial de crescimento do turismo comoa vidade econmica. Os dados da OMT apontam o crescimento de outrossegmentos da procura turs ca, sobretudo do turismo de negcios, oque requer ajustes na oferta turs ca (infraestrutura requerida pelaa vidade). Em 2003, mais de 26% dos turistas internacionais visitaram oBrasil por mo vo de negcios, congressos ou convenes (OMT, 2004).
O ndice de Pre os do Turismo
Farias (FARIAS et alii, 2008) aponta que o ndice de Preos do Turismo(IPT) como um indicador crucial para a economia do turismo. O IPT medea evoluo dos preos de um conjunto de produtos turs cos (bens e
servios) consumidos em determinada localidade e serve tambm para odesenvolvimento de modelos de oferta e demanda municipal. O IPT uminstrumento indispensvel de suporte ao desenvolvimento de pol casque tenham como obje vo manter ou melhorar a compe vidadeexterna na rea do turismo internacional. Assim, o IPT visa a, por umlado, comparar a evoluo do nvel dos preos das despesas turs cas
em determinado perodo e, por outro lado, comparar as variaes donvel de preos entre regies concorrentes.
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Consideraes sobre Pol cas Pblicas de Turismo
O setor de turismo tem considervel peso na formao da demandaagregada, e por isso sensvel aos ciclos econmicos e renda agregada. Ademanda por turismo aumenta nos perodos de crescimento econmico,bem como diminui em tempos de crise. Seus bens e servios sodirecionados ao consumo nal e, portanto, fornecem poucos insumosa outros setores.
Divino e Takasago (2008) mostraram, a par r da matriz insumo-produto,que os mul plicadores de emprego e renda indicam que os aumentosna demanda por turismo geram mais empregos no total da economiaque nos setores diretamente ligados ao turismo.
No Brasil, o turismo uma a vidade que absorve intensamente a mo-de-obra,sobretudo, a de menor quali cao e a informal. A quali cao do trabalhador doturismo deve ser focada na a vidade desenvolvida e um elemento fundamentalpara o aumento da demanda turs ca (FARIAS et alii, 2008).
Enquanto a oferta turs ca rela vamente pouco sensvel ao preo dos
produtos turs cos, a demanda turs ca bem mais sensvel a estes. Emresumo, a oferta turs ca inels ca e a demanda turs ca els ca emrelao ao preo dos produtos turs cos. Sendo assim, pol cas pblicascom o obje vo de es mular a demanda turs ca podem causar aumentodos preos de tais produtos, se no forem acompanhadas por pol casde expanso da oferta turs ca.
O setor de turismo depende muito de infraestrutura bsica, prestaode servios de sade, educao e saneamento urbano adequados.
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ANLISE DE ESTATSTICAS RELACIONADAS AO TURISMO
Produto Interno Bruto - PIB
A economia uminense est concentrada em poucos municpios,especialmente na capital, que em 2002 abarcava 53% do PIB uminense,seguido por Duque de Caixas (6,7%) e Campos dos Goytacazes (4,6%).
Em 2005, a par cipao do Rio de Janeiro diminuiu, passando para 48%do PIB do estado, Duque de Caxias aumentou para 7,4% e Campos dosGoytacazes para 6,5%. De modo geral, tem maior par cipao rela vano PIB os municpios localizados na Regio Metropolitana, na regiodo Mdio Paraba, do Norte Fluminense e da Costa Verde, os maisbene ciados pela distribuio de royal es do petrleo.
A capital destaca-se com aproximadamente 46% do PIB uminense. Emuma segunda classe podemos agrupar Campos dos Goytacazes e Duquede Caxias (ambos representando cerca de 8% do PIB do estado). ComPIBs entre R$ 5 bilhes e R$ 10 bilhes encontram-se sete municpios,com representao de 3% a 2% da produo do estado, que em ordem
do maior para o menor PIB so: Niteri, So Gonalo, Maca, Cabo Frio,Nova Iguau, Volta Redonda e Rio das Ostras. Um terceiro grupo seriacomposto por municpios com PIB entre R$ 1 bilho e R$ 5 bilhes,representando entre 0,5% e 1% do produto total do estado. Neste grupo,Petrpolis, Angra dos Reis e Resende, guram com PIBs maiores que R$3 bilhes; Belford Roxo, So Joo de Meri , Quissam e Barra Mansa,entre R$ 2 bilhes e R$ 3 bilhes; e, entre R$ 1 bilho e R$ 2 bilhes,enquadram-se Itagua, Nova Friburgo, Porto Real, Terespolis, Casimiro
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de Abreu, Itabora, Mag, Itaperuna, Armao dos Bzios, Mesquita eNilpolis. So Joo da Barra, Queimados, Trs Rios, Barra do Pira, Araruama,Pira, Marica, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Saquarema, So Pedro daAldeia, Ita aia e Valena (respec vamente na ordem da maior para a menorrelevncia) integram um grupo de municpios com PIBs maiores que R$ 500milhes e menores que R$ 1 bilho. A maioria dos municpios2 (38, cercade 41% do total) uminenses tem produto entre R$ 100 milhes e R$ 500milhes. No grupo daqueles com os menores PIBs do estado, inferiores a100 milhes, classi cam-se os 13 municpios restantes: Engenheiro Paulo deFron n, Qua s, Italva, Duas Barras, Cardoso Moreira, Santa Maria Madalena,Varre-Sai, Trajano de Morais, So Sebas o do Alto, Laje do Muria, Aperib,So Jos de Ub e Macuco.
2. Seropdica, Japeri, Carapebus, Santo Antnio de Pdua, Mangara ba, Paraba do Sul, Cantagalo,Guapimirim, So Francisco de Itabapoana, Paracambi, Bom Jesus do Itabapoana, Arraial do Cabo, So
Fidlis, Para , Vassouras, Itaocara, Miguel Pereira, Sapucaia, Rio das Flores, Miracema, Paty do Alferes,Tangu, Bom Jardim, Carmo, Iguaba Grande, Silva Jardim, Cordeiro, Sumidouro, Pinheiral, So Jos do Valedo Rio Preto, Porcincula, Conceio de Macabu, Areal, Na vidade, Mendes, Comendador Levy Gasparian,Rio Claro e Cambuci.
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Distribuio do PIB estadual segundo os Municpios do Rio de Janeiro - 2006
Rio de Janeiro
48, 73, 37, 12, 50, 92, 67
26, 60, 31, 24, 18, 69, 90, 87,79, 36, 2, 76, 38
74, 61, 88, 7, 3, 57, 41, 64,13, 81, 78, 34, 89
4, 6, 10, 11, 14, 16, 17, 19,21, 22, 23, 27, 28, 32, 35, 40,42, 44, 45, 46, 51, 52, 53, 54,56, 58, 6566, 70, 71, 72, 77,
80, 82, 83, 84, 85, 91
Campos dos Goytacazes e
Duque de Caxias
55, 1, 63, 9, 75, 62, 8, 30, 49,59, 86, 20, 29, 39, 33, 5, 43,
47
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Fonte: IBGE/2006. Elabora o: Fecomrcio-RJ.
Obs.: os cdigos dos municpios so referentes ao glossrio nas pginas 45 e 46
ndice de Desenvolvimento Humano - IDH
O IDH (ndice de Desenvolvimento Humano), cujas taxas situam-seentre 0 e 1, tem os seguintes parmetros estabelecidos pelo Programa
das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): at 0,5 cam osmunicpios de baixo desenvolvimento humano, entre 0,501 e 0,799 estoaqueles com mdio desenvolvimento humano, aqueles que possuemIDH acima de 0,8 dispem de um elevado desenvolvimento humano.
Em 2000, nenhum dos 92 municpios do Estado do Rio de Janeiro
apresentava baixo desenvolvimento humano. O aumento do dinamismoeconmico do interior in uenciou a desconcentrao observada entre osmunicpios de alto desenvolvimento humano. Da Regio Metropolitana,
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Renda), Niteri usufrui do posto de liderana em dois deles, Renda eEducao, cando em segundo no quesito Longevidade, cujo primeirolugar ca a cargo de Qua s. Educao o tema que possui os melhoresresultados: 76 municpios esto inseridos no patamar do como de altodesenvolvimento. Em se tratando de Longevidade e Renda, no entanto,apenas dois municpios possuem alto desenvolvimento em cada quesito:Niteri (0,891) e Rio de Janeiro (0,840), no que se refere Renda, eQua s (0,818) e Niteri (0,808), em se tratando de Longevidade.
Terminais telefnicos
Para analisar de forma mais e ciente o nmero de terminaistelefnicos distribudos pelo estado nos municpios, ob do atravs da
Telecomunicaes do Rio de Janeiro S.A., no ano de 2000, foi necessriodividi-lo pelo nmero de habitantes municipais: Niteri (62%), Rio deJaneiro (54%), Volta Redonda (46%) e Petrpolis (45%) apresentama maior proporo de telefones por habitantes. Com proporo determinais telefnicos maior que 30% e menor que 40% por habitanteesto 10 municpios: Iguaba Grande, Mangara ba, Duque de Caxias,
So Gonalo, So Joo de Meri , Nova Iguau, Campos dos Goytacazes,Armao dos Bzios, Terespolis e Nova Friburgo. Em uma faixa entre20% e 30% de habitantes com telefones encontram-se 21 municpios doestado: Nilpolis, Marica, Maca, Belford Roxo, Miguel Pereira, Rio dasOstras, Areal, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Araruama, Saquarema, Resende,Macuco, Trs Rios, Mendes, Valena, Angra dos Reis, Cordeiro, Vassouras,
Barra Mansa e Barra do Pira. Com exceo de So Sebas o do Alto, SoFrancisco de Itabapoana, Varre-Sai, Sumidouro, So Jos de Ub e Rio das
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Flores, que possuem percentuais de terminais telefnicos por habitantemenores que 10%, os demais municpios uminenses (51) apresentamuma pequena proporo de terminais por residentes, entre 10% e 20%.
Distribuio dos Municpios do Estado do Rio de JaneiroSegundo a Proporo de Terminais Telefnicos por Habitante - 2009
4%
11%
23%
55%
7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
De 45% a 62% De 31% a 38% De 20% a 29% De 10% a 19% Menos de 10%Fonte: Telecomunicaes do Rio de Janeiro S.A. 2009. Elaborao: Fecomrcio-RJ.
Agncias de correios
No tocante ao nmero de agncias de correios nos municpios do estado,conforme a Empresa de Correios e Telgrafos (ECT) para 2009, a capitalconcentra mais de um tero (242) do total (744). Campos dos Goytacazese Niteri assumem o segundo patamar no nmero de agncias, 34 e 24respec vamente. Um terceiro grupo de municpios tem entre dez e 16agncias de correios: So Francisco de Itabapoana, Maca, Duque deCaxias, Itabora, Petrpolis, Itaperuna, Silva Jardim, Nova Friburgo, Bom
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Jesus do Itabapoana, Santo Antnio de Pdua, Saquarema, So Gonalo,Trajano de Morais. Com oito ou nove agncias guram So Joo daBarra, Maric, Resende, Valena, Volta Redonda, Terespolis e BarraMansa. Com seis ou sete agncias, Itaocara, So Joo de Meri , Rio dasFlores, Cambuci, Nova Iguau, Bom Jardim, Cantagalo e Santa MariaMadalena. Na faixa com cinco agncias ou menos est mais da metadedos municpios uminenses, chamando a ateno aqueles com apenasuma agncia: Laje do Muria, So Jos de Ub, Varre-Sai, Carapebus,Arraial do Cabo, Guapimirim, Macuco, So Jos do Vale do Rio Preto,Ita aia, Areal, Mendes e Pinheiral.
Delegacias de polcia civil
Quanto ao nmero de delegacias de polcia civil, o Rio de Janeiro abarca38, Niteri seis, Duque de Caxias quatro, So Gonalo e Nova Iguautrs, e Petrpolis, Mag e Campos dos Goytacazes possuem duas.Exceto Qua s, Areal, Comendador Levy Gasparian, Aperib, So Jos deUb, Macuco, Guapimirim Carapebus, Italva, Varre-Sai, Tangu, CardosoMoreira, Arraial do Cabo e Paty do Alferes, que no possuem delegacia
da polcia civil, os demais municpios do estado possuem apenas uma.
Batalhes de polcia militar
Os batalhes de Polcia Militar no estado se distribuem entre 23municpios, cada um deles cobrindo mais de uma cidade, com exceo dos
batalhes de Belford Roxo, So Gonalo, So Joo de Meri , Petrpolise Duque de Caxias, exclusivos destas localidades. O batalho de Angra
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dos Reis cobre tambm Mangara ba, Para e Rio Claro; o batalhode Barra do Pira cobre Miguel Pereira, Paty do Alferes, Barra do Pira,Engenheiro Paulo de Fron n, Mendes, Pinheiral, Pira, Rio das Flores,Valena e Vassouras; o batalho do Cabo Frio abarca os municpios deAraruama, Armao dos Bzios, Arraial do Cabo, Iguaba Grande, SoPedro da Aldeia e Saquarema; o batalho de Campos dos Goytacazesagrega Cardoso Moreira, So Fidlis, So Francisco de Itabapoana eSo Joo da Barra; o batalho de Itabora contempla os municpios deRio Bonito, Silva Jardim e Tangu; o batalho de Itaperuna abarca BomJesus do Itabapoana, Italva, Laje do Muria, Na vidade, Porcincula eVarre-Sai; o batalho de Maca cobre Carapebus, Conceio de Macabu,Quissam, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu; o batalho de Magcongrega tambm Guapimirim e o de Niteri, engloba tambm Maric;
o batalho de Nova Friburgo cobre Bom Jardim, Cantagalo, Carmo,Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, Sumidouro,Trajano de Morais e Cachoeiras de Macacu; o batalho de Nova Iguaucontempla Mesquita e Nilpolis, o batalho de Queimados abrangeJaperi, Paracambi e Seropdica; o batalho de Resende compreendeIta aia; os batalhes da capital cobrem tambm Itagua; o batalho
de Santo Antnio de Pdua responde por Aperib, Cambuci, Itaocara,Miracema, So Jos de Ub e So Sebas o do Alto; o batalho de TrsRios contempla Sapucaia, Areal, Comendador Levy Gasparian e Parabado Sul e, por m, o batalho de Volta Redonda abarca Barra Mansa,Porto Real e Qua s.
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Varre-Sai, Conceio de Macabu, Quissam, So Joo da Barra, Silva Jardim,Carmo, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, So Jos do Vale doRio Preto, Sumidouro, Paty do Alferes, Engenheiro Paulo de Fron n, RioClaro e Rio das Flores. Cardoso Moreira tem apenas agncias do BancoBradesco e do Banco Ita. Miracema, Na vidade, Porcincula, So Fidlis,Bom Jardim e Mendes oferecem agncias da Caixa Econmica, do Bancodo Brasil e do Banco Ita. Arraial do Cabo, Iguaba Grande e Casimiro deAbreu tm somente agncias do Banco do Brasil, do Banco Ita e caixasdo Banco 24 horas.
Terminais rodovirios intermunicipais
Conforme a Secretaria de Transportes (Sectran), o nmero de terminais
rodovirios intermunicipais nos municpios do estado em 2009 segueum padro rela vamente homogneo, afora a capital, com 5 terminais,e Niteri, So Gonalo e Vassouras, todos com 2 terminais, 22 municpiospossuem apenas 1 terminal: Itaperuna, Porcincula, Santo Antnio dePdua, Angra dos Reis, Mangara ba, Conceio de Macabu, Maca,Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Itabora, Nilpolis, Nova Iguau, Bom
Jardim, Macuco, Cachoeiras de Macacu, Ita aia, Paty do Alferes, Mendes,Paraba do Sul, Pira, Rio Claro e Trs Rios. importante ressaltar que osdemais, a maioria dos municpios (66), no oferece nenhum terminalrodovirio intermunicipal.
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Nmero de Terminais Rodovirios Intermunicipais no Estado do Rio de JaneiroNos municpos com Terminais Rodovirios Intermunicipais - 2009
Rio de Janeiro
Niteri, So Gonalo eVassouras 33, 58, 70, 1, 40, 13, 37, 12,
20, 29, 47, 50, 10, 38, 13, 34,54, 42, 52, 57, 65, 88
0
1
2
3
4
5
6
Fonte: Secretaria de Transportes (SECTRAN), 2009. Elaborao: Fecomrcio-RJ. Obs.: os cdigos dos municpios so referentes ao glossrio nas pginas 45 e 46
Aeroportos
No Estado do Rio de Janeiro, segundo a Agncia Nacional de AviaoCivil (Anac) e Secretaria de Transportes (Sectran), existem 28 aeroportos,18 pblicos e dez privados, espalhados por 18 municpios. A capitalpossui seis aeroportos pblicos e um aeroporto privado. Itaperuna,Para , Campos dos Goytacazes, Maca, Maric, So Pedro da Aldeia,Saquarema, Nova Iguau, Resende e Valena possuem um aeroportopblico. Armao dos Bzios, Casimiro de Abreu, Barra do Pira e RioClaro tm um aeroporto privado. Cabo Frio tem um aeroporto privado e
um pblico. Mangara ba tem dois aeroportos privados e Angra dos Reistem um aeroporto pblico e dois aeroportos privados.
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Distribuio dos Aeroportos do Estado do Rio de JaneiroSegundo Municpio e Esfera Administrativa - 2009
Angra dos Reis
MangaratibaCabo Frio
Rio de Janeiro
Armao dos Bzios,Casimiro de Abreu, Barra do
Pira e Rio Claro
Itaperuna, Parati, Camposdos Goytacazes, Maca,
Marica, So Pedro da Aldeia,Saquarema, Nova Iguau,
Resende e Valena
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Privados
Pblicos
Fonte: Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC) e Secretaria de Transportes (SECTRAN), 2009. Elaborao: Fecomrcio-RJ.
Hospitais
De acordo com os dados do DataSUS, do Ministrio da Sade, de2009, apenas dois municpios do estado no possuem hospitais:Mesquita e Seropdica. A capital possui 159 hospitais, disponibilizandoaproximadamente oito vezes mais estabelecimentos de sade do queNiteri e So Gonalo, municpios no segundo patamar da oferta dehospitalar (21 e 22 hospitais respec vamente). Em terceiro plano, sobo aspecto da oferta hospitalar, sete municpios possuem de dez a 15estabelecimentos: Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Volta
Redonda, Itaperuna, Nova Iguau, So Joo de Meri e Petrpolis. Comoferta menor que dez e maior que quatro hospitais guram 16 municpios:Vassouras, Valena, Cabo Frio, So Pedro da Aldeia, Paracambi, Belford
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Roxo, Itabora, Mag, Nova Friburgo, Bom Jesus do Itabapoana, SantoAntnio de Pdua, Maca, Araruama, Rio Bonito, Barra do Pira e BarraMansa. As demais cidades uminenses oferecem menos de cincohospitais, sendo que em Cardoso Moreira, So Jos de Ub, Carapebus,Armao dos Bzios, Iguaba Grande, Rio das Ostras, Comendador LevyGasparian, Pinheiral e Porto Real h apenas um hospital disponvel.
Empresas e Empregados
Com relao ao emprego formal e classi cao das empresas segundoos setores de a vidade, existem no Estado do Rio de Janeiro mais de 470mil empresas, sendo que o setor do Comrcio de Bens, Servios e Turismoabrange cerca de 400 mil empresas, respondendo por aproximadamente
60% do PIB e quase 90% dos estabelecimentos do estado. Este setorgera mais de 3 milhes de empregos formais, o que equivale a 82% dospostos de trabalho no estado.
Segundo dados da Relao Anual de Informaes Sociais do Ministriodo Trabalho e Emprego (RAIS), no Rio de Janeiro a economia do turismo
responde por 8% das empresas e dos empregados uminenses. Destetotal, 55% das empresas so do segmento de restaurantes e outrosestabelecimentos de servios de alimentao e bebidas, que empregam38% dos trabalhadores formais do total do segmento. As demais estodistribudas entre as outras a vidades relacionadas ao turismo 3, com nomximo 5% em cada uma.
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A cidade do Rio de Janeiro compreende a maior parte das empresase empregados formais ligados ao setor de turismo, 47% e 59%respec vamente, sendo que a maior parte ligada ao segmento derestaurantes e outros estabelecimentos de servios de alimentao ebebidas. Outro ramo representa vo no tocante ao nmero de empregadosformais no turismo o setor de transporte cole vo de passageiros, querene mais de 38,5 mil funcionrios em aproximadamente 250 empresas.Os hotis, similares e outros meios de acomodao empregam cerca de20 mil empregados em quase 500 estabelecimentos.
Alm da capital, 16 municpios tm par cipaes destacveis nadistribuio de empresas e empregados diretamente ao turismo, compropores superiores a 1% no total do estado: Niteri, So Gonalo, Nova
Friburgo, Nova Iguau, Petrpolis, Resende, Angra dos reis, Armaodos Bzios, Barra Mansa, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Duque deCaxias, Maca, So Joo de Meri , Terespolis e Volta Redonda.
A anlise das esta s cas apresentadas deixa clara a concentrao dasa vidades econmicas na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, sobretudo
na capital, em Niteri, em So Gonalo e em Duque de Caxias. No interior,em cada uma das regies administra vas, h municpios com expressivosnveis de produo, como Barra Mansa, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes,Maca, Nova Friburgo, Petrpolis, Resende, Terespolis e Volta Redonda,alm de outros passando margem. Este fato con rma o potencial decrescimento e desenvolvimento do interior do estado, mas tambm deixa
n da a necessidade de inves mentos pblicos em infraestrutura, quecontribuam para a expanso da oferta da a vidade turs ca.
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CONSIDERAES SOBRE A ECONOMIA DO TURISMO
A seguir destacam-se alguns pontos importantes abordados aolongo do texto, que evidenciam o papel de destaque do turismo noestado do Rio de Janeiro. O setor encontra-se em rpida expansoe ganha ainda mais importncia em nosso estado, devido forteconcentrao das atividades de servios, grupo no qual se insere oturismo.
O potencial turstico do estado fica evidente pela sua rica diversidadede paisagens, fauna e flora, alm do estoque de equipamentostursticos. A expanso da atividade turstica depende de umplanejamento adequado realidade do desenvolvimento sustentado
do local, capaz de atender s necessidades dos turistas com base nosrecursos disponveis. Sendo assim, torna-se crucial o levantamentodo acervo dos atrativos e da infra-estrutura tursticas, com odetalhamento do setor de turismo, bem como o acompanhamentode sua evoluo. Portanto, a informao estatstica um instrumentoessencial para a definio de polticas pblicas e a avaliao dos
seus impactos, assim como para orientar os negcios de empresasprivadas.
A contabilizao da atividade turstica pelo lado da oferta complexa, pois o turismo se caracteriza pelo consumo, por parte dosturistas, de servios gerados em vrios outros setores da economia.
Portanto, para a maximizao da satisfao dos turistas, necessrioconhecer suas preferncias de consumo, que vo variar, sobretudo,
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conforme o tipo de turismo praticado. Desta forma, evidencia-se aimportncia da organizao de um sistema de informaes sobre oturismo e de pesquisas amostrais com turistas, com o objetivo deidentificar os motivos da viagem e suas preferncias de consumo. na diversidade que se encontra o potencial de crescimento daatividade do turismo.
O setor de turismo depende muito de infraestrutura bsica, prestaode servios de sade, educao e saneamento urbano adequados. Paraque os recursos naturais e os equipamentos culturais transformam-se em bens produtivos e integrem o processo de crescimento daeconomia necessrio incorrer-se em custos de transformao,implantando uma infraestrutura que afeta o meio ambiente. Calcularos custos dos danos ao meio ambiente complexo, assim como oclculo dos benefcios gerados pelo turismo. Da a dificuldade emdeterminar quantitativamente o desenvolvimento desta atividadeem relao a outras. Alm disso, fundamental estender a questode desenvolvimento sustentvel exigncia crescente por mo deobra qualificada, fator igualmente essencial expanso do setor.
Vale ainda ressaltar que as polticas pblicas com o objetivo deestimular a demanda turstica podem causar aumento dos preosdos produtos tursticos se no houver equilbrio com a expanso daoferta turstica.
Por fim, apesar de a literatura apontar que nas economias dos
municpios de pequeno porte os investimentos de baixos montantesna oferta de turismo local ocasionam impactos relativamente
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maiores que em grandes municpios, a anlise das estatsticasapresentadas deixa clara a concentrao das atividades econmicasna Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. No interior, em cadauma das regies administrativas, h municpios com expressivosnveis de produo. Este fato confirma o potencial de crescimentoe desenvolvimento do interior do estado, mas tambm deixa ntidaa necessidade de investimentos pblicos em infraestrutura, quecontribuam para a expanso da oferta da atividade turstica.
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1. Angra dos Reis2. Aperib Areal3. Araruama4. Armao de Bzios5. Arraial do Cabo6. Barra do Pira 7. Barra Mansa8. Belford Roxo9. Bom Jardim10. Bom Jesus do Itabapoana11. Cabo Frio
12. Cachoeiras do Macabu13. Cordeiro14. Duas Barras15. Duque de Caxias16. Engenheiro Paulo de Fron n17. Guapimirim18. Iguaba Grande19. Itabora 20. Itagua 21. Italva22. Itaocara23. Itaperuna24. Ita aia25. Japeri26. Laje de Muria27. Maca28. Macuco29. Mag30. Mangara ba31. Maric32. Mendes33. Mesquita34. Miguel Pereira35. Miracema36. Na vidade37. Nilpolis
38. Niteri39. Nova Friburgo40. Nova Iguau41. Paracambi
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42. Paraba do Sul43. Para Paty do Alferes44. Petrpolis45. Pinheiral46. Pira 47. Porcincula48. Porto Real49. Qua s50. Queimados51. Quissam52. Resende
53. Rio Bonito54. Rio Claro55. Rio das Ostras56. Rio de Janeiro57. Santa Maria Madalena58. Santo Antnio de Pdua59. So Fidlis60. So Francisco de Itabapoana61. So Gonalo
62. So Joo da Barra63. So Joo de Meri64. So Jos de Ub65. So Jos do Vale do Rio Preto66. So Pedro da Aldeia67. So Sebas o do Alto68. Sapucaia69. Saquarema70. Seropdica71. Silva Jardim72. Sumidouro73. Tangu74. Terespolis75. Trajano de Morais76. Trs Rios77. Valena78. Varre Sai
79. Vassouras80. Volta Redonda
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A ATIVIDADE TURSTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIR A a vidade turs ca no Estado do Rio de Janeiro in uenciada pela enormediversidade de paisagens e caracters cas topogr cas e clim cas,alm das peculiaridades culturais existentes no territrio uminense.
Ao longo das l mas dcadas, esta a vidade tornou-se fundamental parao desenvolvimento econmico de alguns municpios e at mesmo parao estado, necessitando, portanto, de uma avaliao e de um constanteplanejamento, pautado nas inmeras possibilidades de pr cas turs cas.Estas pr cas surgem com as potencialidades muitas vezes escondidas emsuas caracters cas, sejam elas advindas de in uncias culturais ou naturais.
Desta forma, o Estado do Rio de Janeiro destaca-se nacionalmenteem relao ao desenvolvimento do turismo, apresentandonmeros relevantes quanto quan dade de turistas recebidos, esendo uma das portas de entrada para brasileiros e estrangeiros.
Ribeiro (2003) destaca trs condicionantes que in uenciam o
desenvolvimento da a vidade turs ca no territrio uminense: ascaracters cas sicas ou naturais; os elementos histricos de formaocultural e as a vidades econmicas; e o papel dos transportes.
Ao trabalhar as modalidades de turismo desenvolvidas no estado, osprincipais estudiosos ligados ao turismo e os agentes propulsores dessa
a vidade (Embratur, TurisRio etc) estabeleceram pologias (RIBEIRO2003, p.84-89) ou caracterizaes regionais para os municpios.
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Em recentes pesquisas e estudos desenvolvidos pelo Ncleo de Estudosde Geogra a Fluminense (Negef), esto sendo elaboradas classi caesque de nam reas turs cas no territrio uminense. Desta forma,o Estado do Rio de Janeiro seria subdividido nas seguintes reasturs cas:
Ecoturismo : est ligado ao desenvolvimento de pr casecoturs cas no noroeste do estado;Praia e Ecoturismo : nesta rea destacam-se, principalmente, osmunicpios de Angra dos Reis e Paraty;Praia e Rural : nesta rea destacam-se as pr cas turs casrelacionadas s praias e, ainda, os municpios que possuemelementos histricos e/ou rurais, permi ndo o desenvolvimentode a vidades relacionadas a esses elementos;Praia
: nesta rea se desenvolvem a vidades de praia e marcantea presena de imveis de segunda residncia;Serra e Mar : encontramos algumas a vidades relacionadas a vidade rural e praia;Serra : dividida em Serra de Turismo Consolidado e No-Consolidado, esta rea engloba os municpios serranos,
caracterizados pela existncia de a vidades histricas, pelapresena de museus, igrejas, fazendas, alm de seus espaosrurais serem usados como hotis-fazenda, pesque-pague ea vidades voltadas para vida rural;Serrana da Man queira : o turismo adentra a rea serrana daMan queira, pautando-se na questo ecolgica. O municpio de
Ita aia, nico cons tuinte desta rea, possui estreita relao coma serra, e por isso seu clima permeado por amenidades advindas
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da al tude, favorecendo, dessa forma, a a vidade turs ca;Baixada Fluminense : apesar de no ter a pr ca turs ca comoa vidade consolidada, esta rea apresenta grande potencial deexplorao de um turismo pautado na histria e na cultura dosmunicpios;Diversi cado : incorporadora dos municpios do Rio de Janeiro ede Niteri, a rea (de turismo) Diversi cado con gura-se comoum territrio de intenso apelo e interesse turs co;Vale do Caf : possuem destaque as a vidades de resgate damemria do perodo cafeeiro no Brasil. As pr cas turs casesto relacionadas visitao de fazendas e casarios histricos,ao consumo de produtos de poca e produtos rurais etc.
O fenmeno turs co prprio da modernidade e da sociedade deconsumo, que cada vez mais se apropria dos lugares, em suas diferentesvertentes, para vender momentos e pr cas. Da a necessidade debuscar a valorizao de reas interioranas e promover o turismo paradar suporte economia dos municpios, pensando em pol cas pblicasque dem apoio a esta a vidade.
PROCEDIMENTOS DA PESQUISA
Entre 20/10 e 7/11 de 2008 foi feito um levantamento de dados noGuia 4 Rodas e nos sites das prefeituras municipais do Estado do Riode Janeiro, e entre 8 e 11/3 de 2009 foram consultados os sites: www.riocidade.com.br; www.turisbaixada.com.br ; www.baixadafacil.com;www.ecoviagem.com.br. O obje vo foi traar um per l dos municpios,
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considerando o que avaliam como turs co ou potencialmente turs coem seus territrios. Entre os dados pesquisados no Guia 4 Rodas , destaca-se a classi cao turs ca, u lizada posteriormente no cruzamento comos dados fornecidos pelos sites .
Na internet, o obje vo foi saber qual a percepo que as prefeituras,principalmente as secretarias de turismo, tm em relao aos seusprincipais atra vos turs cos e oferta de infraestrutura, bem comocaptar informaes concernentes ao nmero de hospedagens, aospontos turs cos e, principalmente, rela vas ao po de a vidade turs caque se desenvolve nos municpios.
A par r do conhecimento dos dados, tanto do Guia 4 Rodas como dos
sites das prefeituras municipais, o foco passou a ser as fragilidades, superdimensionamentos e, principalmente, as potencialidades turs cas decada municpio, tarefa viabilizada graas experincia emprica e tericados orientadores e bolsistas.
O conhecimento emprico adquirido em trabalhos de campo e pesquisasrealizados pelo Ncleo de Estudos de Geogra a Fluminense (Negef),durante seus dez anos de existncia, tambm, foi fundamental paraque fosse elaborada a tabela (Quadro 1). A categoria reas Turs casrepresenta uma classi cao que de ne, de forma abrangente, o pode a vidade turs ca predominante nos municpios, iden cada pormeio da Marca Principal. Entendendo que esta a vidade principal nose realiza de forma homognea nos territrios e que no apresentaa mesma intensidade em todos os municpios, de niu-se uma outracategoria: Marcas Secundrias, para caracterizar, de forma mais pontual,outras a vidades turs cas desenvolvidas.
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Quadro 1: Caracterizao turs ca dos municpios, segundo asa vidades apresentadas
MUNICPIOS REAS TURSTICAS MARCA PRINCIPAL MARCAS SECUNDRIASNiteri
Diversi cado Diversi cadoRio de Janeiro
Aperib
Ecoturismo Ecolgico
Bom Jesus do Itabapoana
Cambuci
Cardoso MoreiraItalva
ItaocaraItaperuna Estncia Hidromineral
Laje do MuriaMiracemaNa vidade ReligiosoPorcincula
Santo Antnio de PduaSo Fidlis
So Jos de Ub
Varre-Sai
Angra dos Reis
Praia e Ecoturismo Praia
Aventura, Ecolgico
Mangara ba Ecolgico
Paraty Histrico, Aventura,EcolgicoCarapebus
Praia e Rural Praia
Campos dos Goytacazes Histrico, RuralConceio de Macabu Ecolgico
Maca Histrico, Rural,Ecolgico, Aventura
Quissam Histrico, Rural,EcolgicoSo Francisco de Itabapoana Ecolgico
So Joo da Barra Histrico, Rural
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Araruama
Praia Praia
Armao dos Bzios Ecolgico, AventuraArraial do Cabo Ecolgico
Cabo Frio Histrico, EcolgicoIguaba Grande
MaricRio das Ostras
So Pedro da AldeiaSaquarema
Cachoeiras de Macacu
Serra e Mar Praia e Ecolgico
Rural, AventuraCasimiro de Abreu Aventura
Rio BonitoSilva Jardim
TanguBelford Roxo
Baixada Fluminense Histrico/Cultural
Duque de Caxias EcolgicoGuapimirim
Itabora ReligiosoItagua EcolgicoJaperiMag
MesquitaNilpolis
Nova Iguau EcolgicoParacambiQueimadosSo Gonalo
So Joo de MeriSeropdica
Bom Jardim
Serra de TurismoNo-Consolidado Ecolgico
Cantagalo RuralCarmo
CordeiroDuas Barras Histrico, Rural
Macuco RuralSanta Maria Madalena
So Jos do Vale do Rio PretoSo Sebas o do Alto
SapucaiaSumidouro Aventura
Trajano de Moraes
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Ita aia Serrana daMan queira Ecolgico Rural, Aventura
Miguel Pereira
Serra de TurismoConsolidado Ecolgico
RuralNova Friburgo Rural, AventuraPaty do Alferes Rural
PetrpolisRural, Aventura,
HistricoTerespolis Rural, Aventura
Areal
Vale do Caf Histrico, Rural
Barra do Pira Barra Mansa
Comendador Levy GasparianEngenheiro Paulo de Fron n
Mendes
Paraba do Sul Estncia HidromineralPinheiralPira
Porto RealQua s
Resende Ecolgico, AventuraRio Claro Ecolgico
Rio das Flores Ecolgico
Trs Rios Ecolgico, Aventura
ValenaVassouras
Volta Redonda
Obs.: A marca principal refere-se rea, sendo mais expressiva em alguns municpios e em outros no.Org.: NEGEF, 2008
A espacializao destas marcas turs cas no mapa (mapa 1) aponta
algumas reas em que o turismo se caracteriza pela hibridez. Somunicpios classi cados como reas turs cas dis ntas, mas onde asa vidades ocorrem de maneira semelhante.
Os espaos hbridos caracterizam-se, sobremaneira, como espaosonde h uma coexistncia de caracters cas de diferentes pos. Nessesespaos poder haver o predomnio de uma caracters ca sobre aoutra, porm negligenciar a presena de aspectos relacionados a umamarca diferente signi ca amputar, desta anlise, parte importante do
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M a p a 1 :
r e a s T u r
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REAS TURSTICAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ecoturismo
A rea turs ca de nida como Ecoturismo composta pelos municpiosde Aperib, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva,Itaocara, Laje do Muria, Miracema, Na vidade, Porcincula, SantoAntnio de Pdua, So Fidlis, So Jos de Ub e Varre-Sai, cujas a vidadeseconmicas mais importantes so a agropecuria principalmente apecuria leiteira e o cul vo do caf. O turismo atualmente contribui demaneira menos signi ca va para a composio do PIB. Neste trabalho,destacamos como marca principal o ecoturismo, tendo em vista a grandequan dade de cachoeiras e serras, que proporcionam o exerccio de
a vidades espor vas de aventura relacionadas ao patrimnio natural,e como marcas secundrias as estncias hidrominerais e o turismohistrico. Consideramos que os elementos que compem o patrimnio naturale histrico so atra vos que podem fomentar o desenvolvimento da
a vidade turs ca na rea. No que diz respeito s marcas principaisexploradas, elencamos o ecoturismo, pois nos municpios que compema rea, como Porcincula, encontramos diversas opes de lazer comotrilhas, mountain bike , montanhismo, rapel e esportes aqu cos ( ra ing e canoagem), haja vista a expressiva quan dade de quedas dgua.Com relao s marcas secundrias, cumpre mencionar a importncia
das estncias hidrominerais em Santo Antnio de Pdua e no Distritode Raposo (Itaperuna) como fatores representa vos das amenidades
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pertencentes ao interior uminense. Destacamos tambm o turismohistrico e rural, o mizado pelas construes coloniais e pelas fazendasde caf, cul vo que alcanou seu apogeu nas dcadas iniciais do sculoXX. O municpio de Varre-Sai possui forte in uncia da colonizaoitaliana, u lizando atra vos como vinhos de uva e de jabu caba.
Por m, como potencialidades para a pr ca do turismo, enfa zamosalguns eventos que exercem atra vidade local como a festa de NossaSenhora da Na vidade e a Folia de Reis, dos municpios de Itaocara eSanto Antnio de Pdua.
Muito embora a pr ca do turismo se apresente de maneira incipientenos municpios que compem esta rea, obje vamos descrever suas
principais marcas, atra vos atrelados ao patrimnio natural, histrico eeventos com o obje vo de despertar o interesse do poder pblico para oinves mento em infraestrutura, sobretudo de acesso, tendo em vista am conservao das estradas, que se tornou um fator nega vo para quehaja melhor integrao com as outras regies de maior concentraopopulacional no territrio uminense.
Praia e Ecoturismo A rea turs ca denominada de Praia e Ecoturismo engloba os municpiosde Angra dos Reis, Paraty e Mangara ba. A rea foi assim de nidadevido forte presena da serra e do mar, alm de seus municpios se
caracterizarem pela presena de componentes naturais como praias,ilhas, cachoeiras, grutas e reas verdes.
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Praia e Rural
A rea Praia e Rural composta pelos municpios de Carapebus, Camposdo Goytacazes, Conceio de Macabu, Maca, Quissam, So Franciscodo Itabapoana e So Joo da Barra. Destaca-se pela pr ca turs ca nosespaos rurais, relacionados s pr cas tradicionais agrcolas dos sculosXVIII e XIX. Neste contexto, o turismo em reas rurais ganha importnciae torna-se uma das formas emergentes de valorizao do espao, com a(re) valorizao do patrimnio histrico e cultural. A rea possui, ainda,o turismo relacionado valorizao da natureza, com extenso litoralcom belas praias e a presena de reas naturais que proporcionam odesenvolvimento da pr ca do turismo de aventura e do ecoturismo.
A produo agrcola tradicional deixa marcas espec cas no espao; socicatrizes que remontam ao passado histrico-cultural, com casaresno es lo colonial e igrejas, como a Casa Quissam, no municpiode Quissam. A presena das paisagens naturais contrastantes dasescarpas da Serra do Mar e da plancie campista proporciona condiespara pr cas de aventura e do ecoturismo, em localidades como o
distrito de Sana, em Maca. As praias de Carapebus, em Carapebus,Barra do Furado, em Quissam, dos Cavaleiros e do Pecado, em Maca,so importantes exemplos da diversidade de possibilidades de turismorelacionado ao lazer.
O turismo apresenta-se, assim, como importante a vidade econmica na
rea estudada, podendo ser largamente intensi cado, bene ciando-sede paisagens naturais e de heranas arquitetnicas, histricas e culturais.
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Em um perodo socioeconmico marcado pela exibilizao dos meiosde produo e trabalho, a a vidade turs ca pautada nos patrimnioshistricos, culturais e naturais representa boas oportunidades de ganhosestveis a curto, mdio e longo prazo para os municpios.
Praia
A rea turs ca chamada de Praia, composta pelos municpios deAraruama, Armao dos Bzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, IguabaGrande, Maric, Rio das Ostras, So Pedro da Aldeia e Saquarema possuicomo principal marca a pr ca do turismo vinculada s reas litorneas.Com o intuito de buscar uma variao de a vidades turs cas na rea,os municpios devem procurar promover outros ramos vinculados s
suas marcas secundrias, como a vidades culturais, rurais e ecolgicas.
Para isso, os municpios devem u lizar seus atra vos, tais como paisagensde praias, res ngas e lagos. Seu ambiente litorneo o principalatra vo turs co, tanto que, a regio de governo que envolve esta rea conhecida como Costa do Sol. So notveis as pr cas de mergulho,
pesca submarina, passeios de barco, vela e windsurf . A explorao desuas marcas secundrias, ligadas ao seu potencial histrico-cultural pormeio da presena de runas, igrejas, capelas, alm de pr cas envolvidascom a vida no campo, como hotis-fazenda, capaz de diminuir essadependncia que a rea possui com o turismo de sol e mar e interagircom outras modalidades, diversi cando a economia do local.
per nente lembrar a ocorrncia do fenmeno da segunda residncia
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na rea, aliado ao processo de urbanizao, com o advento deinfraestruturas urbanas como energia eltrica, asfaltamento, sistema degua e esgoto, mesmo que apresentem ainda algumas precariedades.Ademais, destacamos o carter heterogneo da pr ca turs ca na rea,em localidades onde se desenvolve, predominantemente o turismo deelite, como no municpio de Armao de Bzios, e outras marcadaspelo turismo de massa, como Cabo Frio, Arraial do Cabo, Saquarema eoutros.
Serra e Mar
O turismo um fenmeno que tem por nalidade o consumo do espao,apropriando-se de elementos diversos: naturais, histrico-culturais,
rurais. Neste caso, a apropriao da rea Serra e Mar pelo turismo sedeve par cularizao sico-natural dos municpios de Cachoeirasde Macacu, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Silva Jardim e Tangu, quepossuem caracters cas tanto de ambiente litorneo quanto serrano.
Este processo faz com que apaream, como marca turs ca principal,
as a vidades ligadas praia e ao ecolgico. Porm, dispondo de outrasa vidades que marcam seu processo de evoluo e cons tuio, como apredominncia de a vidades agrcolas no decorrer da evoluo histricado local, surgem marcas secundrias nesta rea, como as a vidadesturs cas ligadas aventura e concernentes ao rural.
As modalidades turs cas que orescem na rea apropriam-se, deforma diferenciada, da natureza e de xos histricos, e tambm dos
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Museu Imperial). Nos demais municpios ainda encontramos igrejas,museus, hotis-fazenda e parques municipais, estaduais e nacionais,como o da Serra dos rgos. A rea em estudo, Terespolis-Friburgo, marcada pela RJ-130, que ligaTerespolis a Nova Friburgo, foi asfaltada na dcada de 70. palco de umcircuito turs co (Circuito Tere-Fri), o qual contribuiu com uma srie demanifestaes urbanas que transformaram a dinmica do rural e zeramdele um objeto de estudo interessante para entender a complexi caodo espao rural uminense. Tais a vidades turs cas so de suma importncia para esses municpios,pois elas movimentam uma grande quan dade de capital associado a
redes de hotis e restaurantes, possibilitando, tambm, uma alterna va sobrevivncia dos pequenos produtores, tendo em vista a diminuiodos lucros ob dos a par r da a vidade agropecuria.
Serra de Turismo N o-Consolidado
Entende-se por Serra de Turismo No-Consolidado a rea que envolveos municpios de Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras,Macuco, Santa Maria Madalena, So Jos do Vale do Rio Preto, SoSebas o do Alto, Sapucaia, Sumidouro e Trajano de Moraes. assimdenominada pelo fato de as a vidades turs cas no terem plenodesenvolvimento em comparao rea Serra de Turismo Consolidado.
Sua marca turs ca principal est relacionada ao turismo ecolgico, jus cada pela forte presena da Mata Atln ca, o que, em segundo
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plano, tambm atrai visitantes de locais histricos, pra cantes deturismo de aventura e de turismo rural, sendo este l mo jus cadopela presena de a vidades agropecurias na rea no decorrer da suaevoluo histrica. Entre os atra vos da rea, h elementos naturais como cachoeiras, trilhas,mirantes e parques, que oferecem opes de natao e caminhadas, porexemplo. Da a necessidade de preservao dessas riquezas naturais,para a manuteno de tais a vidades, com destaque para a ReservaEcolgica Municipal dos Cambucs. Quanto ao turismo de aventura, estas reas so u lizadas para a pr cade arvorismo, trekking e canoagem. Com relao ao desenvolvimentohistrico-cultural, so abertas visitaes a museus e monumentos es an gas construes (capelas, igrejas e casares). O turismo ruraldesenvolve-se com a presena de hotis-fazenda, haras e exposiesagropecurias. Embora com a vidades pouco desenvolvidas em relao s outrasreas turs cas do territrio uminense, esta rea possui potencial paracrescimento e necessita de pol cas pblicas, a m de valorizar suasprincipais caracters cas, uma vez que assim possvel o desenvolvimentoeconmico, principalmente no que tange insero da populao localnessas a vidades, gerando empregos, quali cando mo de obra e,consequentemente, elevando a qualidade de vida.
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Serrana da Man queira
O turismo adentra a rea Serrana da Man queira pautando-se na questoecolgica. O municpio de Ita aia, nico cons tuinte desta rea, possuiestreita relao com a Serra da Man queira, fazendo com que seu climaseja permeado por amenidades advindas da al tude, favorecendo, dessaforma, a a vidade turs ca. Ademais, h o Parque Nacional de Ita aia,uma unidade de conservao que permite, numa poro restrita do seuterritrio, a pr ca turs ca. Com seu processo de formao histricain mamente ligado ao Vale do Caf, a rea em questo apresenta umasrie de marcos e xos histricos comuns s a vidades agropecurias,aparecendo desta forma, como marca secundria, o turismo rural.
Como se apresentam de forma majoritria as duas modalidadesturs cas descritas acima, ou seja, a ecolgica e a rural, existe umaapropriao diferenciada da natureza e do patrimnio histrico rural. Naperspec va ecolgica, a rea Serrana da Man queira apresenta objetosvantajosos para o consumo turs co, como cachoeiras, tanto para aapreciao quanto para as pr cas espor vas; o Pico das Agulhas Negras
e o Pico das Prateleiras, que funcionam como locais para a pr ca deescalonamento, e o Parque Nacional de Ita aia. Na lgica histrica rural,h a apropriao de elementos da dinmica espacial da rea, tais comomuseus histricos e fazendas cafeeiras, alm de pr cas dos turistas,numa espcie de reavivamento das a vidades dos agricultores, comoplan o, adubao da terra e vivncia nas fazendas.
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de igrejas existentes na rea, que podem atrair muitos turistas devotosou que apreciem os atributos destas construes. A marca turs ca do
po ecolgica jus ca-se pela paisagem natural existente em muitosmunicpios, com presena de rios, trilhas para caminhada e cachoeirasem meio Mata Atln ca.
Entre os atra vos da rea, podemos destacar a Reserva Biolgica deTingu, em Nova Igua, o Parque Serra da Caneca Fina e o famoso ParqueNacional da Serra dos rgos, ambos no municpio de Guapimirim.Nestas reas fundamental a pr ca de um turismo consciente, que aomesmo tempo aprecie a beleza natural local e d conta da importnciade sua preservao, respeitando as leis ambientais existentes.
Embora a Baixada Fluminense, em comparao com outras reas,ainda no tenha a pr ca turs ca como a vidade de peso no PIB e nadinmica local, ela possui grande potencial de crescimento. Para isso, fundamental o papel do poder pblico, a m de valorizar seus atra vos,fomentar eventos e incen var a populao local. Para que o turismose consolide na rea, tambm so importantes os inves mentos em
infraestrutura como hotis, restaurantes e estradas. O retorno de taisinves mentos viria com uma maior visibilidade para os municpios darea turs ca Baixada Fluminense, desenvolvimento local e abertura denovas oportunidades de trabalho para a populao.
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(como o Carnaval carioca, de repercusso internacional); por inmerosxos que remetem riqussima perspec va histrica e cultural da rea,
exempli cados por fortes (como o Forte de Copacabana e a Fortaleza deSanta Cruz), igrejas (como a Igreja da Candelria e a Igreja So Lourenodos ndios), museus (como o Museu Nacional de Belas Artes e o Museude Arte Contempornea), centros culturais (como o Centro CulturalBanco do Brasil), teatros (como o Teatro Municipal do Rio de Janeiroe o Teatro Municipal de Niteri), palcios (como o Palcio Tiradentes),
bibliotecas (como a Biblioteca Nacional) e mesmo monumentos (comoo Monumento dos Pracinhas e o Caminho Niemeyer), dentre outraspeculiaridades, principalmente, voltadas disseminao espor va(como o Estdio Jornalista Mrio Filho, internacionalmente conhecidocomo Maracan), de negcios (a rea abriga geogra camente a sede deimportantes empresas estatais e privadas) e eventos.
Essa diversidade de aspectos concentrados ar cula-se emcomplementaridade e no de forma hierarquizada, como pode serobservado nas demais reas turs cas em evidncia neste trabalho, quecaracterizam as marcas principais e secundrias.
J evidenciada sua vasta diversidade de aspectos turs cos, ra camosque, na rea Diversi cado, o fenmeno do turismo, j cristalizado,encontra-se em constante interao com a economia local, emvirtude da grande disseminao de servios. Desta forma, estando odesenvolvimento econmico atrelado e em dependncia do setor deservios, o turismo possui um papel de extrema importncia nesseprocesso, como dinamizador do setor. Assim, a a vidade turs caencontra-se em pleno desenvolvimento, sendo gerida e incen vada pelaatuao das administraes em escala municipal, estadual e nacional.
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Vale do Caf
A rea turs ca denominada de Vale do caf compreende os seguintesmunicpios: Rio Claro, Pira, Barra do Pira, Valena, Rio das Flores,Paraba do Sul, Resende, Volta Redonda, Barra Mansa, Pinheiral,Porto Real, Qua s, Mendes, Engenheiro Paulo de Fon n, Vassouras,Comendador Levy Gaspariam, Trs Rios e Areal, que se destacam pelaa vidade turs ca relacionada ao perodo ureo do caf no Brasil.
Os elementos histricos encontrados nessa rea turs ca so resultadodas a vidades econmicas desenvolvidas ao longo dos l mos sculose cons tuem a fora de diferentes modalidades de turismo. Esteselementos so encontrados nas marcas deixadas na paisagem, e esta revalorizada em funo da a vidade turs ca, que segue pautada noresgate da memria do perodo cafeeiro no Brasil.
As pr cas turs cas esto relacionadas visitao de fazendas e casarioshistricos, ao consumo de produtos de poca e produtos rurais. As visitass pocilgas e s hortas, os passeios de pnei, as pescaria, as caminhadase as excurses a algumas das sedes das fazendas mais opulentas dosmunicpios esto entre as atraes oferecidas pelos hotis.
Considerada a capital da seresta, com ampla e ainda a va tradio
musical, Conservatria dotada de signi ca va infraestrutura turs ca;so pousadas, restaurantes e seis pequenos museus de msica que,em conjunto, representam novas funes para formas pretritas ao seinstalarem no casario histrico do ncleo da vila. Os municpios que fazem parte desta rea turs ca buscam superar asdi culdades herdadas com o m do aproveitamento da an ga a vidadeeconmica. Alm do turismo ligado histria e ao rural, principaismarcas turs cas da rea, h ainda a vidades relacionadas ao turismoecolgico e de aventura e estncias hidrominerais.
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CONSIDERAES SOBRE A ATIVIDADE TURSTICA NO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Qualquer tenta va de regionalizao, criao de pologias ou de
zoneamento turs co do Estado do Rio de Janeiro defronta-se com sua
diversidade geogr ca nas dimenses sica, econmica, cultural e social.
Sobre as paisagens, no seu aspecto visvel, inegvel a mul plicidade de
elementos que as compem, cons tuindo ambientes peculiares, com a
presena de topogra as, condies clim cas, hidrogr cas, pedolgicas
e geolgicas diversas. Nestes ambientes, em constante interao com
esses elementos, encontramos diferentes contextos econmicos,
relaes culturais e sociais.
Diante de tal cenrio, a a vidade turs ca tem sido considerada um fator
relevante para o crescimento econmico do estado por sua capacidade
de atrair inves mentos, de gerar empregos e rendas e de transformar os
espaos. Ribeiro (2003) a rma que as transformaes so in uenciadas
por trs condicionantes: o sico ou natural; o histrico e as a vidadeseconmicas e o papel dos transportes. Segundo o autor, as rodovias so
fundamentais para a expanso do turismo no estado, principalmente
a par r da dcada de 70, com a construo de algumas vias (Ponte
Presidente Costa e Silva e Rodovia Rio-Santos) e a duplicao de outras
(Rodovias Presidente Dutra e Washington Lus).
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De forma geral, o turismo se desenvolve apoiado na conjuno desses trs
elementos, permeando fatores econmicos, sociais, culturais e pol cos.
Em cada municpio, esse inter-relacionamento con gura realidades
dis ntas, passveis de uma compreenso mais slida, se considerados
os contextos sob os quais so construdas, em ml plas escalas.
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Ribeiro, Miguel Angelo.Turismo no Estado do Rio de Janeiro: ensaiosobre uma pologia. In GEOgraphia. Revista do Programa de Ps-
Graduao em Geogra a da UFF, 2003, p.79-91.
Ribeiro, Miguel Angelo & Coelho, Maria do Socorro Alves.A importnciado fenmeno da segunda habita o e suas implica es com aa vidade de lazer-veraneio: o exemplo do Estado do Rio de Janeiro. Inagricultura, desenvolvimento e transformaes socioespaciais: relaesinterins tucionais e a contribuio de grupos de pesquisa no rural e nourbano. Editora Assis, 2008, p.303-318.
Ribeiro, Miguel Angelo & Marafon, Glaucio Jos.Agricultura familiar,pluria vidade e turismo rural: re exes a par r do territrio uminense . In Revista Brasileira de Geogra a, volume 59, n2. IBGE, 2007, p. 83-97.
Sites consultados
Sites das prefeituras municipais do Estado do Rio de Janeiro. Levantamentorealizado entre 20/10/2008 e 7/11/2008.
www.riocidade.com.br ; www.turisbaixada.com.br ; www.baixadafacil.com;www.ecoviagem.com.br. Levantamento realizado entre 08/03/2009e 11/03/2009.
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METAS E RESULTADOS ESPERADOS
Resgatando a proposta de analisar o turismo como excedente do bem-estar de uma populao, apontamos cinco eixos de ao:1) A criao de um inventrio dos eventos, produtos e potencialidadesturs cas de cada regio;2) O incen vo ao turismo regional;3) O inves mento na infraestrutura local, tanto em relao s estradas,quanto em relao segurana pblica;4) O incen vo formalizao da a vidade turs ca;5) A formao de mo de obra quali cada na rea de turismo.Com base nestes eixos, enumeramos algumas aes que podemimpulsionar a a vidade turs ca no estado do Rio:
- Garan a do cumprimento do oramento mnimo des nado ao turismo: necessrio dotar a secretaria de meios para inves r em aes quepromovam o desenvolvimento do setor.- Organizao de um calendrio de eventos do estado: para desenvolvero turismo, promoo um dos pontos fundamentais. Por este mo vo, importante que o estado disponibilize um calendrio de festas das
cidades e das suas atraes. A par r deste banco de dados os operadorespodero sugerir roteiros de acordo com o per l de cada cliente, e osturistas podero ampliar o tempo de permanncia no estado.- Es mulo ao turismo rodovirio no estado: promover melhoriasnas estradas e nos terminais rodovirios, integrando-os s cidades emelhorando seus acessos aos pontos de interesse do turista.
- Sinalizao: Uma boa sinalizao das cidades e estradas para brasileiros eestrangeiros essencial para permi r a livre circulao dos turistas no estado.
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- Es mulo visitao e uso turs co de parques estaduais e municipais.- Fomento ao desenvolvimento do turismo nu co: dos 92 municpiosdo estado, 25 esto na costa. Porm, o turismo nu co ainda pouco explorado, apesar de seu potencial para gerao de renda eempregos. Por este mo vo, sugerimos que, com base nas cidades quedesenvolveram esta modalidade, seja criada uma pol ca estadual quees mule o desenvolvimento deste setor.- Es mulo formalizao: uma sugesto es mular o registro doshotis e a sua entrada no mercado formal a par r de uma campanhaeduca va direcionada aos donos de hotis e pousadas, que pode serfeita em parceria com as associaes e sindicatos. O obje vo explicaras vantagens de ser formal e mostrar como isso pode ser feito, passo apasso. Outro meio de divulgao da campanha podem ser as feiras de
turismo e as fes vidades das cidades.- Adoo do turismo como tema transversal nas escolas tcnicas,estaduais e municipais. A base dessa sugesto est na constatao deque sem a educao da populao que recebe o turista di cilmente seconsegue desenvolver as demais aes de fomento ao setor. Pesquisasapontam que a populao uminense uma das mais cordiais. Se
aliarmos essa caracters ca natural ao conhecimento sobre o estado,criaremos condies para o melhor atendimento ao turista. Essa aopode