Campbell Stanley

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    Donald T. Campbell

    Julin C~Stanley

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    Delineamentosexperimentais

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    Renato Alberto T. pio Dio

    U. F. M. G. - BIBLIOTECA UNIVERSITRIA

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    NO DANIFIQUE ESTA ETIQUETA

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    E.P.U. - Editora Peaggi~a e Universitria Ltda.

    EDUSP - Editora da Universidadede So Paulo

    So~aulo

    r-

    Trs delineamentos pr-experimentais

    1. Estudo de um nico caso semcontrole

    Muitas pesquisas educacionais, em n~ssos dias, seguem o modelo

    em que um nico grupo estudado apena S uma vez, em seguida a

    algum agente ou tratamento presumivelmente capaz de causar mu-

    dana. O diagrama de tais estudos pode ser o seguinte:

    I

    i

    .1

    t

    \

    x O

    j

    t

    Como tem sido salientado (p~ex., Boring, 1954; Stouffer, 1949),

    tais estudos ressentem-se. de uma to completa fal ta de controle a

    .

    ponto de no possurem quase nenhum valor cient fico. O delinea-

    mento aqui introduzido como um ponto de referncia mnimo. No

    obstante, devem ser feitos alguns comentrios a seu respeito em

    razo do contnuo investimento em tais estudos e das inferencias

    causais que deles se t iram. O processo de comparao, de anotao

    de ~ferenas ou de contraste essencial evidncia cientfica (e a

    todos os processos de diagnstico do conhecimento que incluem a

    retina do olho) . Qualquer aparncia de conhecimento absoluto ou.

    de conhecimento intrnseco acerca de objetos singulares isolados

    resulta ilusria aps a anlise. A evidncia cientfica exige pelo

    menos uma comparao; para que tal comparao possa ser til,

    ambos os lados dela devem ser tra tados com o mesmo cuidado e com

    a mesma preciso.

    Nos estudos de caso representados pelo Delineamento 1, uma

    nica instncia cuidadosamente estudada implicitamente comparada

    com outros eventos-observados e lembrados casualmente.

    As

    infern-

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    ,

    valioso, se um conjunto de observaes r~ reduzido pela metade

    e o esforo poupado. dirigido. ao estudo, igualmente ponnenorizado,

    de uma instncia comparativa apropriada. Parece quase um dc:s-

    res .peito tica, em nossos dias, aceitar estudos de caso dessa natu-

    reza como teses ou dissertaes. em educao (ou seja, estudos que

    envolvam um nico grupo observado apenas uma vez). Testes pa-

    dronizados em tais estudos de caso proporcionam apenas um auxilio

    muito limitado, uma vez que as fontes rivais de diferena que no X

    so to numerosas a ponto de tomar o grupo de referncia padro

    quase inti l como grupo de cpntrole . Pela mesma razo, asmuitas

    fontes de diferena no controladas .entre o presente estudo de caso

    e os potenciais estudos futuros, que possam ser comparados com ele,

    so to numerosas que eliminam as esperanas de se criar um

    quadro de refer~cia para futuros estudos. De inodo. geral, seria

    melhor canalizar o esforo descritivo nQsentido de distribu-lo entre

    ambos os lados de uma, comparao interessante.

    O Delineamento I , setomado em conjuno com as comparaes

    do conhecimento comum impl1cito, padece do Diaior nmero de

    fraquezas de cada um dos delineamentos subseqentes. Por esoarazo,

    o enunciado de tais fraquezas ser deixado' para as ocasies mais

    especificas.

    2. Pr.teste e ps-teste aplicados a um grupo

    Embora esse del ineamento ainda seja largamente usado em pes-

    quisa educacional e embora seja considerado to melhor do que o

    Delineamento I, a ponto de ,ser tido como aceitvel quando nada

    melhor possa ser feito (ver a discusso ds planos quase-experimen.

    tais adiante), aqui introduzido como um mau exemplo parailus- '

    trar diversas das variveis estranhas confundid~s capazesde compro-

    meter a val idade interna. Essas variveis oferecem hipteses plaus-

    veis para explicar uma diferena 01 - O2, rivalizando. com a hip-

    tese de que ? ' causou a diferena:

    01 X OJ '

    A primeira dessas hipteses rivais no controladas histTia.

    Entre 01 e O2muitos outros eventos produtores de mudana podem

    ter. ocorr ido alm do X.do experimentador. Se o pr-teste 01) e o

    ps-teste 02) foram aplicados em dias diferentes , ento os eventos.

    in tercorrentes podem ter causado a diferena. Para tomar-se uma

    hiptese rival plausivel, tal evento deve ter oconido maioria dos

    1.4

    [

    .,

    es.tudantes no grupo estudado, ou seja, em alguma outra aula ou

    atravs de uma notc ia amplamente divulgada. No estudo de sala-

    de-aula de CoIl ier (realizado em 1940, mas comunicado em 1944),

    enquanto os estudantes estavam lendo materiais da propaganda

    nazs ta, a Frana capitulou; aSmudanas de ati tude obt idas parece.

    r,am mais 'provavelmente ser o resu1i:ado desse evento do que da

    prpria propaganda.4 Histria toma.se uma explanao rival. de

    mudan.a.mais plausvel quanto maior for o lapso de tempo entre

    01 e-0J e pode ser encarada como um problema triv ia l num expe-

    rimento realizad~ num perodo de uma ou duas horas, embOrdevam

    ser, mesmo nesse caso, levad~ em conta fontes estranhas tais como

    . risos, distraes, etc.~ relevante para a varivel histria a condio

    de isolamento e pe~imental, que pode ser quase alcanado ~mmuitos

    laboratrios de cincias fsicas a ponto de tomar o Delineamento 2

    aceitvel para muitas .de suas pesquisas. Em pesquisa sobre mtodos

    de ensino quase nunca sepode'presumir um isolamento experimental

    efetivo. dessa natureza. Por essas razes consta um sinal menos no

    cruzamento do Delineamento 2 e Histria na Tabela 1. Classificare..

    mos como histria um grupo de possveis efeitos de estao ou de pro-

    gramao d~_eventos institucionais, embora tais efeitos possam .tam-

    bm ser rotulados de maturao. Assim, otimismo pode variar com

    as estaes do ano e ansiedade com o horrio dos exames semestrais

    (p. ex. , Crook,. 1937; Windle, 1954) . Tais efeitos podem produzir

    uma mudana 01 - O2 suscetvel de ser confundida com o efeito

    deX.

    ,

    Uma segunda var ivel ou classe de var iveis rival designada

    por maturao. Esse termo aqui usado para cobrir todos aqueles

    processos bi~lgicos ou psicolgicos que variam sistematicamente com

    a passagem do tempo, independentemente de eventos externos espe-

    dficos. Assim, entre 01 e O2 os estudantes podem ter ficado mais

    velhos, mais fami-ntos,mais. cansados, mais aborrecidos, etc., e a dife-

    rena obt ida pode ref leti r esseprocesso mais do que X. Em educao

    remedial, que visa a pessoas excepcionalmente carentes, um processo

    de remisso espontnea , anlogo cura de uma ferida, pode ser

    confundido com o efeito especifico do tratamento X. (No preciso

    dizer que tal remisso no encarada como espont~nea em qual-

    quer sentido causal, mas representa os efeitos cumulativos de processos

    de aprendizagem e as presses ambientais da experincia diria total,

    que estariam opera~do, ainda que X no tivesse ~do introduzido.)

    4 Collier usou, na realidade, um plano mais adequado do que esse, designado

    Delineamento 10 no presente sistema.

    IS

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    Tabela I. Fontes de invalidade para Delineamentos1 a 6.

    Fon~s de invalidade

    Interna

    o

    ~

    ' 4.1

    o 'Q

    ' 'fi. ~ 5 ,o ~

    'Cfc.oS;o:=

    ~

    B

    fi

    E~'~

    1:.

    ._.

    ftt

    ri

    ' u _ o

    11:: :: I-ndio Xo ou a ausncia de X no tpica de pero-

    dos sem X em geral, mas apenas representativa de ausncias

    de X intercaladas entre presenas. Se Xl tiver algum efeito pro-

    longado capaz de repercutir nos perodos de no-X, como pare-

    X10 XoO XIO XoO

    Essedelineamento pode ser visto como uma forma do experimento de

    srie temporal com a introduo repetida da varivel experimental.

    O experimento Q15viamentemais til quando o efeito da varivel

    experimental a

    1

    fecipado como de carter transitrio ou reversvel.

    Enquanto a lgic do experimento pode ser vista como uma extenso

    do experimento e srie temporal, o modo de anlise estatstica

    mais tipicamente semelhante ao do experimento de dois grupos

    em que empregada a significncia da diferena entre as mdias de

    dois conjuntos de medidas. Usualmente, as medi

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    ceria usualmente provvel. o plano. experimental poder subesti-

    mar o efeito de Xl se comparado com um estudo do Delineamento

    6, por exemplo. Do outro lado, o simples fato de haver freqentes

    mudanas pode aumentar o valor estimulante de X em relao ao

    que esse valor seria sob uma apresentao contnua e homognea.

    A msica hawaiana no estudo de Kerr pode afetar o trabalho de.

    modo completamente diferente se intercalada por um dia entre dias

    de outra msica, do que o faria se constitusse uma programao

    contnua. Os delineamentos experimentais de Ebbinghaus (1885) p0-

    dem ser encarados como essencialmente desse tipo e, como observou

    Underwood (1957a), as leis por ele encontradas so limitadas em

    sua generalizabilidade a uma populao de pessoas que aprenderam

    dzias de outras listas ltamente semelhantes. Muitas de suas con-

    cluses, com efeito, no prevalecem no. caso de pessoas que tenham

    aprendido uma nica lista de slabas sem sentido. Assim, embora o

    esquema seja vlido internamente, sua validade externa pode ser

    seriamente limitada a alguns tipos de contedo. (Ver tambm

    Kempthorne, 1952. Capo29.)

    Note-se, contudo, que muitos aspectos do ensino sobre os quais

    algum gostaria de conduzir um experimento podem muito bem ter

    efeitos limitados, do ponto de vista prtico, ao perodo de efetiva pre-

    sena de X. Para tais fins, esse delineamento pode ser perfeitamente

    valioso. Suponhamos que um professor levante a questo do valor

    de recitao oral

    versus

    estudo individual silencioso. Ao variar esses

    dois processos .ao longo de uma srie de unidades de ensino, pode-se

    montar um experimento interpretvel . O efeito da presena de um

    pai-observador na sala de aula sobre o debate voluntrio de estudan-

    tes pode ser estudado dessa forma. Conscincia de tais esquemas

    pode situar uma testagem experimental d~ alternativas dentro do

    alcance de um nico professor. Isso poderia

    .

    servir de teste-piloto

    para avaliar procedimentos que, se promissores, poderiam ser exami-

    nados por experimentos mais amplos e mais coordenados.

    Essa abordagem pode ser aplicada a uma amostragem de ocasies

    em relao a um nico indivduo. Embora no d ensejo tipicamente

    aplicao de testes de significncia, eSseum delineamento recor-

    rente em pesquisa fisiolgica, em que um estmulo aplicado ]:'epeti-

    damente a um animal, com o cuidado de evitar qualquer periodici-

    dade na estimulao. Esta ltima caracterstica corresponde exign-

    cia de aleatoriedade de ocasies exigidas pela lgica do plano.

    Podem ser usados tambm quadrados latinos ao invs de simples

    casualizao (por exemplo, Cox, 1951; Maxwell, 1958).

    78

    Testes de significdncia para

    o

    Delineamento 8

    Ainda uma vez, necessitamos de testes de significncia apropria-

    dos para esseparticular t ipo de delineamento. Note-~ que se acham

    implicadas duas dimenses de generalizao: generalizao atravs

    de ocasies e generalizao atravs de pessoas. Se considerarmos uma

    instncia em que uma p.essoa apenas empregada, o teste de signi-

    ficncia ser obviamente limitado a generalizaes a respeito dessa

    nica pessoa e envolver uma generalizao atravs de instncias,

    para cujo propsito ser apropriado usar ~ t com graus deliber-

    dade iguais ao nmero de ocasies menos das. Se algum tiver regis-

    tros individuais sobre certo nmero de pessoas submetidas ao mesmo

    tratamento - todas parte de um mesmo grupo - ento os dados

    podem tambm ser usados para generalizao atravs de pessoas.

    Nessa situao usual, parecem comuns duas estratgias. Uma estra-

    tgia errada seria a de gerar para cada indivduo um nico escore

    para -cada tratamento experimental e, em seguida, aplicar testes de

    significncia da diferena entre mdias com ddos correladonados.

    Embora no fossem efetivamente empregados testes de significncia,.

    foi essa a lgica implci ta n.as anlises de Allport e Sorokin, mas, '

    quando se acham envolvidas apenas uma ou duas repeties de cada

    condio experimental, erros de amostragem de ocasies podem ser

    muito amplos ou o controle de histria pode ser muito pobre. Erros

    casuais de amostragem de ocasies podem contribuir para o que,

    sob essa anlise, se apresentaria como diferenas significativas entre

    tratamentos. Se o efeito de ocasies for significativo e aprecivel ,

    isso parece ser um erro muito srio. Poder-se-ia,.por exemplo, seguin-

    do essa lgica, obter uma diferena altamente sigrt if icativa entre

    Xl c: X caso cada um dos tratamentos tenha sido apresentado

    apenas uma vez e. numa ocasio, algum evento estranho tenha

    produzido, por acaso, um resultado marcante. Parece essencial, pois,

    que pelo menos duas ocasies sejam hierarquizadas em cada trata-

    mento e que estejam r~presentados graus de liberdade entre ocasies

    dentro de tratamentOs. Esserequisito , provavelmente, mais facilmen-

    te satisfeito qUandO

    ~

    e testa inicialmente a diferena entre mdias de

    tratamentos contra termo de erro entre-ocasies-dentro.de-trata-

    mentos . Aps deter inar dessa forma a significncia do efeito do

    tratamento, pod~-se prosseguir a fim de descobrir para que propor-

    o de sujeitos essa significncia prevalece.u de modo a obter evidn-.

    cia relevante para a generalizao do efeito atravs de pessoas; Me-

    didas reiteradas e amostragem de ocasies levantam muitos proble-

    mas de estatsticas, alguns dos quais ainda sem soluo (Collier, 1960;

    Cox, 1951; Kempthorne, .1952). .

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    .. --

    9. O delineamento de materiais equivalentes

    Intimamente aliado ao delineamento de amostras. temporais equi-

    valentes acha~seo Delineamento 9, cujo argumento se baseia na equi.

    valncia de amostras de materiais a que so aplicadas as variveis

    experimentais em comparao. Sempre, ou. quase sempre, amostras

    temporais equivalentes acham-se tambm ehvolvidas, mas elas podem

    ser to sutil e estreitamente entremeadas qu~ existe prtica equivaln-

    cia temporal. Num delineamento de X.re~ido a um grupo, so

    necessrios materiais equivalentes toda vez que a natureza das vari.

    veis experimentais

    tal,

    que os efeitos so duradouros e que os trata-

    mentos diferentes e as repeties de tratamentos devem.ser aplicados

    a contedo no-idntico. O esquema pode ser simbolizado assim:

    MeXIO MbXOO MeXIO MrlXoQ etc.

    psicologia do Professor G. E. Ml1er em 1895 e 1896e ao universo

    de materiais mnemnicos amostrados. bvio que seria necessrio

    replicar o experimento em numerosas pessoas a fim de se poder

    generalizar atravs de pessoas, com o que se conseguiria uma relao

    psicolgica mais geral.

    Outra ilustrao decorre dos primeiros estudos de conforinidade

    com a opini) grupal. Por exemplo, Moore (1921) obteve uma

    estimativa de controle . de estabilidade (reteste) de respostas a

    questionrio a partir' de um conjunto de itens e, em seguida, com-

    parou essa estimativa com a mudana resultante quando, com outro

    conjunto de itens,o reteste (oi acompanhado por uma afirmativa de

    .

    o.pinio majoritria; ou, ento, considere-se o estudo em que estu-

    dantes so solicitados a emitir sua opinio sobre um nmero de

    questes apresentadas num longo questionrio. Essas questes so

    ento distribudas em dois grupos to equivalentes quanto possvel.

    Mais tarde, osquestionrios so devolvidos aos estudantes e o grupo

    vo~apara cada item indicado. Esses votos so falsif icados para que

    indiquem maiorias em direes opostas pra as duas amostras de

    itens. Como uma medida PS-X,os estudantes so solicitados a votar

    de novo sobre todos os itens. Dependendo da adequao do argu-

    mento de equivalncia amostral dos dois conjuntos de itens, as

    diferenas em mudanas entre os dois tratamentos experimentais

    pareceriam fornecer uma demonstrao experimental definitiva dos

    efeitos da comunicao de opinies do grupo, mesmo na ausncia de

    qualquer grupo de controle de pessoas.

    Assim como o Delineamento 8, o Delineamento 9 possui validade

    interna elIJ.todos os pontos e, em geral, pelas mesmas razes. Podemos

    ~otar, com relao validade externa, que os efeitos no Delineamento

    9, como em todos os experimentos que envolvam medidas repetidas,

    podem ser absolutamente especficos a pessoasmedidas repetidamente.

    Em experimentos de aprendizagem, as medidas so de tal forma uma

    parte do contexto experimental no mtodo tpico usado em nossos

    dias (embora no necessariamente no mtodo de Jost, em que as

    prticas envolveram nmeros controlados de leituras das listas) que

    essa limitao generalizao se torna irrelevante. Condies reativas

    parecem estar menos certamente envolvidas nQDelineamento 9 do que

    no Delineamento 8 por causa da heterogeneidade dos materiais e da

    maior. possibilidade de que os sujeitos no sabero que esto sendo

    submetidos a diferentes tratamentos em pocas diferentes em relao a

    itens diferentes. Essa baixa reatividade no seria encontrada no expe-

    rimento de Jost, mas estaria presente no estudo sobre conformidade.

    Interferncia entre os nveis da varivel experimental ou interfern-

    Os MM indicam materiais espedficos, sendo a anlostra ~MelMel etc.,

    eoi termos amostrais, igual amostra MblMil etc. A importncia da

    equivalncia amostral dos dois conjuntos de materiais talvez seja

    melhor indicada se o plano for diagramado desta forma:

    uma pessoa

    {

    Amostra de materiais A .(0) Xo O

    ou grupo Amostra de materiais B (O) Xl O

    Os 00 entre parnteses indicam que, em alguns delineamentos, ser

    usado um pr-teste e, em outros, no.

    O experimento inicial de Jost (1897) sobre prtica massificada

    versus prtica distribuda oferece uma ilustrao excelente. Em seu

    terceiro experimento, foram preparadas 12 listas montadas mais ou

    menos casualmente de 12 slabas sem sentido cada uma. Seis das

    listas foram atribudas prtica distribuda e seis prtica massif- .

    cada. Essas 12 listas foram, em seguida, simultaneamente aprendidas

    ao longo de um periodo de sete dias, com uma program~o entre-

    tecida cuidadosamente de modo a controlar fadiga, etc. Sete de tais

    conjuntos de seis listas distribudas e de seis listas massificadas foram

    aprendidos ao longo de um perodo que se estendeu de 6 de novem-

    bro de 1895 a 7 de abril de 1896.Ao trmino, Jost possua resultados

    em 40 diferentes listas de slabas sem sentido aprendidas pela prtica

    massificada e 40 aprendidas pela prtica distribuda. A interpretabili-

    dade das diferenas encontradas em um nico sujeito, Professor

    G. E. MIler, depende da equivalncia amostral das.listas no-idn-

    t icas envolvidas. Dentro de tais l imites, esse experimento parece

    possuir validade externa. Os resultados, naturalmente, limitam-se

    81

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    ~

    da entre os materiais constituem provavelmente uma clara fraqueza

    desse experimento, tanto quanto do Delineamento 8.

    Temos- uma ilustrao espedfica do tipo de limitao assim

    .introduzida com relao aos resultados obtidos por lost. Suas con-

    cluses foram de que a aprendizagem espaad~. mais efide~te do

    que a prtica intensiva. Pelas condies de su experimentao em

    geral, ele estava autorizado a generalizar apenas~pessoas que esta-

    vam aprendendo muitas listas, isto , pessoas para as quais o nvel

    de interferncia era elevado. Pesquisa atual indica que a superiori-

    dade de aprendizagem espaada limitada apenas a tais populaes

    e que, para pessoas aprendendo materiais altamente novos pela pri-

    meira vez, essa vantagem no exis-te (Underwood e Richardson,

    1958).

    Estatlsticas para o Delineamento 9

    A amostragem de materiais obvimente relevante validade

    e ao grau de prova do experimento. Sendo assim, o N para a com-

    putao da significncia das diferenas entre as mdias de grupos

    de tratamento deveria provavelmente ter sido um N de listas no

    experimento d~ Jost (ou um N de itens no estudo de conformidade)

    de modo a representar esse relevante domnio amostral. Isso deve

    ser suplementado por uma base para genera~izar atravs de, pessoas.

    Provavelmente a melhor prtica, atualmente, proceder

    seriatim

    estabelecendo ntes a generalizao .atravs das amostras de listas ou

    itens e, em seguida, computando um escore de efeitos experimentais

    para cad.a pessoa e empregando esse escore como base para genera-

    lizar atravs de pessoas. (Ver a literatura a'cautelatria citada acima

    com referncia ao Delineamento 8.) .

    10. O delineamento com grupo de controle no-equivalente

    Um dos mais divulgados planos experimentais em, pesquisa

    educacional envolve um grupo experimental e,um grupo de controle,

    ambos submetidos a um pr e ps. teste, mas em que o grupo de

    controle e o grupo experimental no possuem equivalncia amostral

    pr-experimental. Pelo contrrio, os grupos constituem coletivos

    naturalmente reunidos, tais como classes escolares, to semelhantes

    quanto a situao o permitir, mas, de qualquer forma, no to seme.

    lhantes que justif iquem a dispensa do' pr.teste. A atribuio de X

    82,

    . .. . .. ,

    a um grupo ou outro pressupe-se casual e sob o controle do expe-

    rimentador.

    o

    X

    o

    o

    o

    11

    Duas coisas precisam ser mantidas claras a respeito deste plano:

    primeiro, no deve ser confundido com o Delineamento 4 - o Plano

    com Grupo de Controle e com Pr e Ps-Teste - em que os

    sujeitos experimentais so atribudos

    aleatoriamente

    de uma popu~

    . lao comum aos grupos experimental e de controle. Segundo, apesar

    disso, o Delineamento ]O deve ser considerado como digno de ser

    usado em muhas instncias em que os Delineamentos 4, 5 ou 6 forem

    impossveis. Em particular, deve admitir-se que a adio de um grupo

    de controle, ainda que no emparelhado ou no equivalente, reduz

    sensivelmente a equivocidade de interpretao em comparao com o

    que obtido pelo Delineamento 2 - o Plano de um Grupo Pr e

    Ps-testado. Quanto mais semelhantes Jorem os grupos experimental

    e de controle em seu recrutamento e quanto mais tal similaridade

    for confirmada pelos escores no pr-teste, tanto mais efetivo se tomar

    esse controle. Pressupondo que tais desiderata sejam aproximados

    para fins de validade interna. podemos encarar o delineamento como

    capaz de controlar os efeitos principais de histria, miiturao, testa-

    gem e instrumentao, porquanto a diferena para o grupo experi-

    mental entre pr-teste e ps-teste (se maior do que a apurada no

    grupo de controle) no pode ser explicada pOr 'efeitos principais

    dessas variveis que afetariam tanto o grupo experimental quanto

    o grupo de controle. (No obstante, devem ser tom~das srias pre-

    caues com relao histria intra-sesso j lembrada com relao

    ao Delineamento 4.)

    , ,

    Um esforo para explicar um ganho do pr-teste ao ps-teste,

    especfico ao grupo experimental , em termos de fatores estranhos

    tais como histria, inaturao ou testagem, deve admitir como hip-

    tese uma interao entre essas variveis e as diferenas de seleo

    especficas que distinguem os grupos experimental e de controle.

    Embora tais interaes sejam, em geral, improvveis, um nmero de

    shuaes existe em que podem ser invocadas. Talvez as mais comuns

    sejam interaes. envolvendo maturao. Se o grupo experimental

    for constitudo de pacientes de psicoterapia e o grupo de controle

    de alguma outra populao disponvel testada e retestada, um ganho

    especifico ao grupo experimental pode bem ser interpretado como

    um processo de remisso espontnea especfico a tal grupo extremo,

    .'

    83

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    .

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  • 7/25/2019 Campbell Stanley

    38/44

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    .

    L--...

    um ganho que tf:ria ocorrido mesmo sem X. Tal interao seleo-

    maturao (ou uma interao seleo-histria ou ainda uma inte-

    rao seleo-testagem) poderia ser tomada erroneamente pelo efeito

    de X e, portanto; representa uma ameaa validade intern do

    .experimento. Essa possibilidade est prevista na oitava coluna da

    Tabela 2 e o principal fator de validade intern que distingue

    os Delineamentos 4 elO.

    Uma ilustrao concreta extrada da pesquisa educacional pode

    esclarecer esse ponto. Sanford e Hemphill (1952), com seu estudo

    dos efeitos de um curso de

    ~

    S'cologia em Annap~is, fornecem um

    excelente ex

    .

    emplo do Deline ento 10. Nesse estudo,.. ,aSegunda Tur-

    ma em Annapolis consti tuiu grupo experimental e a Terceira Tur-

    ma o grupo de controle. Osganhos maiores por parte do grupo expe-

    rimental podem ser explicados como uma parte de algum processo

    geral de sofisticao ocorrente de forma acentuada nas primeiras

    duas classes e apenas em grau mnimo na Terceira e .Quarta, repre-

    sentando, assim, uma interao entre os fatores de seleo diferen-

    ciadores do grupo experimental e do de controle e mudanas natu-

    rais (maturao) caractersticas desses grupps. Tais ganhos no repre-

    sentariam qualquer efeito do programa experimental. O peculiar

    grupo de controle utilizado por Sanford e H~mphill toma possvel

    testar, de alguma forma, essa hiptese rival (algo semelhante ao

    processo do Delineamento 15 adiante). A hiptese de seleo-matura-

    o prediria que a Terceira Turma (grupo de controle),em seu teste

    inicial, mostraria uma superioridade s medidas do pr-teste da

    Segunda Turma (grupo experimental) aproximadamente da mesma

    magnitude daquela constatada entre o pr-teste e o ps-teste do grupo

    experimental. Felizmente para a interpretao de seu experimento,

    isso em geral no ocorreu. As diferenas entre turmas no pr-teste

    no foram, na maioria das instncias, nem na mesma direo nem

    da mesma magnitude apresentadas pelos ganhos pr-teste-ps-teste

    do grupo experimental; contudo, sua concluso de um ganho si.~i-

    ficativo por parte do grupo experimental em escores de confiana

    obtidos no questionrio de situaes sociais pode ser explicada como

    um artifcio de seleo-matUrao. O grupo experimental apresenta

    um ganho de 43,26 a 51,42, ao passo que a Terceira Turma comea

    com um escore de 55,82 e chega a um escore de 56,78.

    A hiptese de uma interao entre seleo e maturao ser

    ocasionalmente sustentvel, mesmo q~aIido..os grupos forem idn,~

    ticos em escores do pr-teste. A mais comum dessas instncias ser

    a de um grupo que tenha um ndice de maturao ou de mudana

    autnoma superior ao de outro. O Delineamento '14 oferece uma

    extenso do lO que tender a eliminar essa interao.

    84

    .-

    .0

    Regresso constitui-se em outro srio problema de validade inter-

    na para o Delineamento 10. Como o indica o ? da Tabela 2, essa

    possibilidade evitvel, mas talvez se trate de um problema mais

    freqentemente ignorado do que evitado. Em geral, se ambos os

    grupos comparados tiverem sido selecionados pelos seus escores extre-

    mos em O ou em medidas correlacionadas, ento a diferena em

    grau de mudana do pr-teste para o ps-teste entre os dois grupos

    bem pode ser um produto de regresso ~ais do que o efeitq de X.

    Essa possibilidade tem prevalecido cada vez mais por causa de uma

    teimosa e enganadora tradio da experimentao educacional, em

    que o emparelhamento tem sido encarad como o processo apro-

    priado e suficiente para estabelecer a equivalncia pr-experimental

    de grupos. Esse erro tem sido acompanhado pela incapacidade de

    distinguir os Delineamentos 4 e 10 e as funes bem diferentes do

    emparelhamento nos escores do pr-teste sob as duas condies. No

    Delineamento 4, o emparelhamento pode ser reconhecido como um

    adjunto ti l casualizao mas no como seu substituto: em termos

    de escores no pr-teste ou em variveis relacionadas, a populao total

    disponvel para os objetivos experimentais pode ser organizada em

    pares de sujeitos cuidadosamente emparelhados; membros desses

    pares podem da ser atribudos, le tori mente s condies experi-

    mental ou de controle. Esse emparelhamento, acrescido casuali-

    zao subseqente, produz usualmente um delineamento experimen-

    tal com preciso .maior do que a gerada apenas pela casualizao.

    No se deve confundir esse ideal com.o processo pelo qual, no

    Delineamento 10, se tenta compensar as diferenas entre os grupos

    experimental e de controle no equivalentes atravs do recurso ao

    emparelhamento, quando a atribuio aleatria aos tratamentos n

    for possvel. Se, no Delineamento 10, as mdias dos grupos forem

    substancialmente diferentes, ento a tcnica do emparelhamento no

    s deixa de garantir a desejada equalizao, como tambm enseja a

    ocorrncia de efeitos de regresso no queridos. Pode-se prever com

    certeza que os dois grlipos diferiro em seus escores independente-

    mente de quaisquer. efeitos de X e que essa diferena variar direta-

    mente com a diferena entre as populaes totais de que foi feita a

    seleo e inversamente com a correlao teste-reteste. Rulon (1941),

    Stanley e Beeman (1958)e R. L. Thorndike discutiram esseproblema

    exaustivamente e chamaram a ateno para a anlise de covarincia e

    outras tcnicas statsticas sugeridas por ]ohnson e Neyman (ver

    Johnson e Jackson, 1959, pp. 424 444 e por Peters e Van Voorhis

    (1940) para testar os efeits da varivel experimental sem o pro-

    cesso de emparelhamento; contudo, devem ser levadas em conta as

    recentes advertncias feilas por Lord (1960) relativas anlise de

    85

    _

    >.

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    39/44

    covarinda, quando a covarivel no perfeitamente fidedigna. A

    aplicao da anlise de covarincia a esse Delineamento 10 envolve

    pressuposies (como a de homogeneidade de regresso) menos plau-

    sveisaqui do que nos contextos do Delineamento 4 (Lindquist, 1953).

    Ao interpretar estudos publicados do Delineamento 10 em que

    foi empregado emparelhamento, pode-se notar que a direo do erro

    previsvel. Considere-se um experimento de psicoterapia que use

    como O os graus de insatisfao dos sujeitos com sua prpria perso-

    nalidade. Suponhamos que o grupo experimental seja constitudo

    de sujeitos que procuraram a terapia e o grupo de controle empa-

    relhado, de pessoas normais ; ento o grupo de controle acabar

    representando escores baixos extremos do grupo normal (seleciona-

    dos por causa de sua extremidade), regredir no ps. teste em dire-

    o mdia do grupo normal e, por conseguinte, far com que um

    efeito significat. ivo da terapia tenha menor probabilidade de ser

    evidenciado ao invs de produzir uma impresso espria de eficcia

    do processo terapu~ico.

    A ilustrao de solicitantes de psicoterapia tambm fornece uma

    instncia em que as pressuposies de regresso homognea e de

    amostragem do mesmo universo, exceto por extremidade de escores,

    pareceriam provavelmente ser imprprias. A incluso de controles

    normais em pesquisa sobre psicoterapia de alguma util idade, mas

    deve.se ter a mxima precauo. na interpretao dos resultados.

    Parece importante distinguir duas verses do Delineamento 10, atri-

    buindo-se-Ihes diferente t tu como aproximaes da verdadeira expe-

    rimentao. De. um lado, h a situao em que o experimentador

    possui dois grupos naturais disponveis, por exemplo, duas classes,

    e tem livre escolha ao decidir quem se submete a X ou, pelo menos,

    no tem razo para suspeitar recrutamento diferencial relacionado

    com X. Ainda que os grupos possam diferir emmdias iniciais em O,

    o estudo pode aproximar-se da verdadeira experimentao. De outro

    lado, h instncias do Delineamen,to 10 em que os respondentes .so

    claramente aUto-selecionados, tendo o grupo experimental procura-

    do deliberadamente expor-se a XJ sem que haja grupo de controle

    disponvel originrio da mesma populao. Nesse ltimo caso, a

    pressuposio de regresso uniforme entre os grupos experimental e

    de controle torna-se menos provvel e aumenta a probabilidade de

    interao seleo-maturao (assim como. de outras interaes). O

    Delineamento 10 auto-selecionado , pois, muito mais fraco, mas

    capaz de fornecer informao que, em muitas instncias, afastaria a

    hiptese de que X teve um efeito. O grupo de controle, mesmo se

    amplamente divergente em mtodo de recrutamento e em nvel

    mdio, auxilia a interpretao.

    A ameaa de testagem validade externa igual apresentada

    em relao ao Delineamento 4 (ver p. 34).O ponto de interrogao

    para a interao de seleo e X lembra-nos de que o efeito de X

    bem pode ser especfico a respondentes selecionados como o foram

    os do nosso experimento. Uma vez que os requisitos do Delineamento

    10 tendem a impor menos limitaes nossa liberdade de ampla-

    mente selecionar amostras do que os do Delineamento 4, essaespecifi-

    cidade ser usualmente menor do que o seria num experimento de

    laboratrio. A ameaa valida~e externa representada por condies

    reativas acha-se presente, mas provavelmente em menor grau do que

    na maioria de experimentos em sentido estrito, como o Delinea-

    mento 4.

    Quando houver a alternativa de usar duas classesintactas com

    o Delineamento 10 ou extrair amostras casuais de estudantes das

    classes para tratamentos experimentais diferentes dentro do Delinea-

    mento 4, 5 ou 6, esta ltima opo ser quase certamente a mais

    reativa, criando mais conscincia do experimentol atitude de eu sou

    uma cobaia e coisas desse tipo.

    Os estudos de Thorndike de disciplina formal e transferncia

    (por exemplo, E. L. Thorndike e Woodworth, 1901; Brolyer, Thorn-

    dike e Woodyard, 1927) representam aplica~es do Delineamento

    10 a XX no-controlados pelo experimentador. ,Esses,estudos evita-

    ram em parte, pelo menos, o erro de efeitos de regresso devidos a

    simples emparelhamento, mas devem ser cuidadosamente analisados

    em termos de mtodos modernos. O uso de estatsticas de covarincia

    teria provavelmente produzido mais forte evidncia, de transferncia

    de Latim para vocabulrio ingls, por exemplo.

    Na direo inversa, os usualmente positivos; embora pequenos,

    efeitos de transferncia encontrados poderiam ser explicados no

    como transferncia, mas como a seleo nos cursos de Latim daque-

    les estudantes cujo ndice anual de crescimento \ ocabular teda sido

    maior do que o do grupo de controle, mesmo sem a presena do

    ensino do Latim. Isso .seria classificado aqui como uma interao

    seleo-maturao. Em muitos sistemas escolares, essa hiptese rival

    poderia ser testada atravs da extenso da amplitude dos 00 pr-

    Latim considerados, como no Delineamento 14.

    ~

    ais estudos foram

    esforos monumentais no sentido de introduzir pensamento expe-

    rimental no campo da pesquisa. Merecem aten renovada e exten-

    so a mtodos modernos.

    lI. Delineamento contrahalanado

    Sob esse ttulo, acham-se compreendidos todos os delineamentos

    em que o controle experimental alcanado ou a preciso aumentada

    86

    87

    r

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    40/44

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    'i

    pela entrada',de todos os respondentes (ou contextos) em todos os

    tratamentos. Tais esquemas tm sido cham,ados experimentos rota~

    tivos por McCall (1923), delineamentos contrabalanados (por

    exemplo, Underwood, 1949), delineamentos. cruzados (por exemplo,

    ,Cochran e Coxo 1957; Cox, 1958) e delineamentos de trocas mtuas,

    em ingls switch ove1 designs (Kempthome, 1952).A montagem do

    quadrado latino tipicamente empregada no contrabalanamento.

    Esse quadrado latino empregado no Delineamento ll, classificado

    aqui como um delineamento qUfise-experimental, em que quatro tra.

    tamentos experimentais so aplicados, de um modo restritivamente

    casualizado

    por turnos, a quatro grupos naturalmente reunidos ou

    mesmo a quatro indivduos (por exemplo, Maxwell, 1958):

    Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4

    Grupo A

    X10 X20

    XBO

    X40

    As diterenas em tais somas no poderiam' ser simplesmente inter-

    pretadas como artefatos das diferenas do grupo inicial ou como'

    efeitos de prtica, histria, etc. Igualmente comparveis so as somas

    das linhas quanto s diferenas intrnsecas aos grupos, bem como as

    s,ornasdas colunas da primeira apre~ntao quanto s diferenas em

    ocsies. Em termos de anlise de varincia, o delineamento vem,

    pois. fornecer dados em trs efeitos principais num plano com

    nmero de celas usualmente exigidas para dois. Raciocinando em ter-

    mos de anlise de varincia, o custo dessa maior eficincia claro: o

    que parece ser um efeito principal significativo para cada um dos

    trs cri trios classificatrios poderia, ao invs, ser uma interao

    significativa de uma forma complexa entre os outros dois (Lindquist,

    1953, pp. 258-264).As diferenas aparentes entre os efeitos dos XX

    poderiam, pelo .contrrio, ser um efeito de interao especifica com-

    plexa entre as diferenas dos grupos e as ocasies. Inferncias quanto

    aos efeitos de X dependero da plausibil idade dessa hiptese rival

    e, portanto, sero discutid J.Smais a fundo.

    Note-se, inicialmente, que a hiptese de tal iriterao mais

    plausvel para a aplicao quase-experimental descrita do que para

    as aplicaes de quadrados latinos em experimentos em sentido

    estrito, descri tos em textos que tratam do assunto. No que tem sido

    descrito como dimenso de grupos. confundem-se duas possveis fon-

    tes de efeitos sistemticos. Primeiro, fatores de seleo sistemtica

    acham-se envolvidos na organizao natural dos grupos. Pode-se espe-

    rar que tais fatores ' no s tenham efeitos principais como tambm

    interajam com histria, maturao, efeitos de prtica, etc. Houvesse

    sido montado dessa forma um experimento completamente contro-

    lado, cada pessoa teria sido atribuda a cada grupo independente-

    mente e ao acaso e tal fe)Otede efeitos principais e interativos teria

    sido removida, pelo menos na extenso do erro de amostragem.

    , caract~rstica do quase-experimento introduzir o contrabalana-

    mento a fim de criar uma espcie de equao precisamente porque

    tal atr ibuio aleat~ria 'no foi possvel. (Ao contrrio, em experi-

    mentos completamente controlados, o quadrado latino empregado

    por motivos de economia ou para superar 'problemas especficos 'da

    amostragem de reas de terra.) Uma segunda possvel fonte de efeitos

    confundida com grupos a associada com as especficas seqncias,

    de tratamentos. ~e todas as rplicas num experimento em sentido

    estri to ' houvessem de seguir o mesmo quadrado latino, essa fonte de

    efeitos principais e interativos tambm estaria presente; contudo, no

    tpico experimento em .rentido estrito alguns conjuntos de respon-

    dentes replicados teriam sido atribudos a diferentes quadrados lati-

    nos especficos, eliminando-se assim o efeito sistemtico de seqn-

    Grupo B X20

    X4.0

    X10

    XaO

    ~----

    Grupo C

    XsO

    X10

    X40

    X20

    Grupo D

    X40

    XaO

    X20

    X10

    o delineamento foi diagranlado apenas com ps-testes, porque

    seria especialmente preferido toda vez que pr-testes fossemdesaconse-

    lhados e sempre que delineamentos, como o 10, no fossem pos-

    sveis. O delineamento contm trs classificaes ou categorias (gru_

    pos, ocasies e XX ou tratamentos experimentais). Cada classificao

    o rtogonal s outras duas no sentido de que cada varivel de

    cada classificao ocorre com igual freqncia (uma vez para o

    quadrado latino) com cada varivel de cada uma das outras classifi-

    caes. Para comear, pode-se notar que cada tratamento (cada X)

    ocorre uma vez e apenas uma vez em cada coluna e apenas uma

    vez em cada linha. O meS1Iloquadrado latino pode ser girado de

    modo que os XX se tornem cabeas de linhas ou de colunas: '

    Somas de escores por XX so, por conseguinte. comparveis por se

    acharem cada tempo e cada grupo representados em cada tratamento.

    88

    89

    .-

    Xl

    X2

    Xa

    X4

    Grupo A

    .t1O t2O

    taO

    t. p

    Grupo B

    taO t1O. t40 t2O

    Grupo C

    t20

    t40

    t10

    tua

    Grupo D

    t40

    taO

    t20

    t10

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    ---

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    41/44

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    11

    I

    I

    .

    : ~ . w .

    cias espedficas. Isso tambm elimina a possibilidade de que uma

    interao sistemtica especifica tenha produzido um aparente efeito

    principal de

    XX.

    Ocasies podem provavelmente produzir um efeito principal

    devido a testagem reiterada, maturao, prtica, efeitos cumulativos'

    ou transferncia . Histr ia capaz tambm de produzir efeitos para '

    ocasies. A estrutura do quadrado lat ino, claro, impede que esses

    efeitos principais sejam contaminados pelos efeitos principais de

    XX;

    mas, sempre que os efeitos principais sejam sintomas de heteroge-

    neidade significativa, existe provavelmente maior justificativa em

    suspeitar interaes significativas do que quando os efeitos principais

    se acham ausentes; Efeitos de prtica, por exemplo; podem ser mono-

    tnicos,mas so provavelmente no-linear~s e gerariam, a um tempo,

    efeitos principais e interativos. Muitos usos de quadrados latinos

    em experimentos em sentido estrito, conio na agricultura, por exem- .

    pIo, no envolvem medidas repetidas e ho produzem, tipicamente,

    quaisquer correspondentes efeitos sistemticos de coluna. Os. do tipo

    cruzado, todavia, t~m em comum com os quase-experimentos essa

    fraqueza potencial. .

    Essas consideraes tomam clara a extrema importncia da r-

    plica do delineamento quase-experimental com diferentes quadrados

    Jatinos espedficos. Tais rplicas, em nmero suficiente, transforma-

    riam o quase-experimento num experime~to verdadeiro. Envolveriam

    provavelmente tambm um nmero suficiente de grupos a fim de

    tornar possveLa atribuio aleatria de grupos intactos a tratamen-

    tos, o que constitui usualmente um meio de controle prefervel. No

    obstante, fal ta de tais possibi lidades, um nico quadrado latino

    representa um delineamento quase-experimental intuitivamente satis-

    fatrio, por causa de sua demonstrao de todos osefeitos em todos os

    grupos comparados. Desde que se tenham em mente os possveis erros

    de interpretao, t rata-se de um plano digno de ser usado, quando

    no seja possvel melhor controle. Apontadas que foram suas ~rias

    debilidades. examinemos e salientemos suas relativas vantagens.

    Como todos os quase-experimentos,. este ganha fora atravs da

    consistncia das rplicas internas do experimento. Para tornar clara

    essa consistncia, os efeitos principais de oeasies e de grupos devem

    ser removidos pelo expediente de expressar cada cela como um desvio'

    das mdias da linha (grupo) e da coluna (tempo): Mo - Mil.

    ~

    M

    ,I

    +

    M...

    Ento devem ser redistribudos os dados com trata.

    mentos

    XX)

    como cabeas de colunas. Suponhamos que o quadro

    resultante seja o de uma consistncia gratificante, com o mesmo tra-

    tamento mais forte em todos os quatros grupos, etc. Quais so as

    90

    possibil idades de no ser esse o verdadeiro efei to de tratamentos,

    mas, ao contrrio , de ser uma interao de grupos e ocasies? Pode-

    mos notar que as interaes de grupos e ocasies mais. plausveis

    reduziriam ou obScureceriam o efeito manifes.to de X. Uma interao

    que imitasse um efeito principal de X seria improvvel e tanto mais

    improvvel quanto maiores forem os quadrados latinos.

    O experimentador seria mais atrado por esse delineamento

    quando tivesse um controle programado sobre pouqussimos grupos

    naturalmente agregados, tais como classes,mas no pudesse subdividir

    tais grupos naturais em subgrupos aleatoriamente equivalentes, seja

    para a apresentao de X seja para a testagem. Em tal situao,

    desde que seja vivel a pr-testagem, poder ser usado tambm o

    Delineamento 10; ele tambm envolve uma possvel confuso dos

    efeitos deX com interaes de seleo e ocasies. Julgamos essapos-

    sibilidade menos provvel no plano contrabalanado, porque todas

    s comparaes so feitas em cada grupo e, portant, vrias interaes

    .emparelhadas precisariam imitar o efeito exp~ental.

    Ao passo que, em outros delineamentos, a reatividade especial de

    apenas um dos grupos a um evento estranho (histria) ou prtica

    (maturao) pode simular um efeito de Xl' tais efeitos coincidentes,

    no plano contrabalanado, deveriam ocorrer em ocasies separa-

    das em cada um dos grupos em turno. Isso deixa implcito, claro,

    que no interpretaramos um efeito principal de X como signifi-

    cativo se a inspeo das celas mostrasse que um efeito principal

    estatisticamente significativo fosse primariamente p resultado de um

    efeito muito forte em apenas um dos grupos. Para ulterior discusso

    desse assunto, ver as comunicaes de Wilk e Kempthorne (1957) ,

    Lubin (1961) e Stanley (J955).

    12. Delineamento com pr-teste e ps- tes te de amostrs distintas

    Para populaes 'grandes, tais como cidades, indstrias, escolas

    e; unidades militares, pode freqentemente acontecer que, embora

    no seja possvel segregar aleatoriamente subgrupos para tratamentos

    experimentais diferenciais, se possa exercer algo como completo con-

    trole experimental. sobre o

    quando

    e o

    a quem

    do OJ empregando-se

    atribuio casual de processos. Tal controle toma possvel o

    Delineamento 12:

    A

    O

    A

    X)

    X O

    91

    Nesse diagrama, linhas representam subgrupos aleatoriamente

    etc.). Maturao e a provavelmente mais ameaadora possibilidade

    n

    f

    ,>

    fi

    ..

    u

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    42/44

    equivalentes e

    X)

    simboliza a apresentao de X irrelevante ao

    problema em estudo. Uma amostra medida antes de X e outra

    amostra equivalente depois de X. No este um delineamento intrin-

    secamente forte , como o indica sua l inha na Tabela 2. No obstante,

    pode ser ele freqUentemente tudo que seja vivel e, nessas condies,

    merecer ser seguido. Tem sido usado em experimentos de cincias

    sociais, que permanecem os melhores estudos existentes em sua rea

    (por exemplo, Star e Hughes, 1950) .Embora tenha sido chamado o

    delineamento simulado antes-e-depois (Sentiz, ]ahoda, Deutsch e

    Cook, 1959, p. 116), bom notar sua;superioridade sobre o delinea-

    mento comum antes-e-depois - Delineamento 2 - atravs de seu con-

    trole tanto do efeito p. rincipal de testagem quanto da interao de

    testagem. com X. A principal debilidade do delineamento sua inca-

    pacidade de controlar histria. Assim, no estudo sobre a campanha

    . d e publicidade de Cincinnati em favor das Naes Unidas e da

    UNESCO (Star e Hughes, 1950),eventos estranhos no cenrio inter~

    nacional exerceram provavelmente influncia no observado decrs-

    cimo de otimismo quanto ao bom relacionamento com a Rssia.

    do espri to d,este captulo incent ivar delineamentos remen-

    dados , em que so acresentadas certas caractersticas a fim de con.

    t rolar fatores especficos, mais ou menos um por vez (em contraste

    com os mais ntidos experimentos em sentido estrito, em que um

    nico grupo de controle cont iola todas as ameaas validade int~

    na). Repet ind9-se o Delineamento 12 em diferentes con~extos em

    tempos diferentes, como no D~linelD1ento12a (ver Tabela 2, p. 70),

    controla-se histr ia . porque. se o mesmo efei to apurado repetid~-

    mente, a possibi lidade de se tra tar de um produto de eventos hist-

    ricos coincidentes toma.se menos provvel; mas tendncias histricas

    seculares consistentes ou ciclos sazonais ainda permanecem explica-

    es rivais no controladas. Ao replicar o efeito em outros contextos,

    pode-se reduzir a possibi lidade de que o efei to observado seja espe-

    cfico nica populao inicialmente selecionada; contudo, se o

    contexto da pesquisa permitir o Delineamento

    12a,

    permitir tam-

    .b~ o Delineamento 13, que, em geral , deveria ser preferido.

    .

    Maturao - o efeito de os respondentesficaremmais velhos

    -

    improvvel como hiptese rival,. mesmo num levantamento de

    opinio pblica que se estenda por meses; mas, nas amostras ge

    levantamento ou mesmo em algumas classescolegiais, as amostras

    so suficientementegrandese as idades suficientementeheterogneas

    para que se possam comparar sub.amosttas do grupo no pr.teste

    que difiram em maturao (idade, nmero de semestres no

    college,

    de tendncias seculares e sazonais podem tambm ser controladas por

    um delineaniento como o

    12b,

    que acrescenta um anter ior grupo de

    pr-teste adicional, aproximando o esquema do modelo da srie

    temporal, embora sem a testagem repetida. Para populaes tais

    como a de sol ici tantes de psicoterapia , em que a cura ou a remisso

    espontnea podem ocorrer, podem no ser plausveis as pressuposi-

    es de linearidade implicitamente envolvidas.

    :t

    mais provvel que

    a tendncia maturacional seja negativamente acelerada e faa, por-

    tanto, com que o ganho maturacional 01

    -

    O2

    seja maior do que o

    ganho O2

    -

    Os, trabalhando, pois, contra a interpretao de que X

    tenha t ido uni efei to

    lnstrumentao representa um fator aleatrio nesse delineamento

    quando empregado no contexto de levantamento amostrado. Se os

    mesmos entrevistadores forem empregados no pr-teste e no ps-teste,

    acontecer usualmente qUe muitos estaro {:olhendo sua primeira

    entrevista no pr-teste e atuaro com mais experincia (ou talvez

    com mais cinismo) no ps-teste. Se os entrevistadores diferirem em

    cada fase e forem poucos, diferenas em idiossincrasias de entrevis-

    tador sero confundidas com a varivel experimental . Se os entre-

    vistadores tiverem conhecimento da hiptese e do fato de X ter ou

    no sido aplicado, ento as expectativas do entrevistador podem

    criar diferenas, como foi demonstrado experimentalmente por Stan-

    ton e BaIter (1942) e Smith e Hyman (1950). O ideal seria usar

    amostras casuais equivalentes de entrevistadores em cada fase e man-

    ter os entrevistadores na ignornci.a do experimento. Alm disso, o

    recrutamento de entrevistadores pode mostrar diferenas numa base

    sazonal, por exemplo. porquanto maior nmero de univers itrios

    se acha disponvel durante as frias de vero, etc. Os ndices de

    recusa so provavelmente mais baixos e a durao das entrevistas

    mais longas no vero do que no inverno. Para questionrios auto-

    aplicados na sala de aula, esse ,erro de instrumento pode ser menos

    provvel, embora as instrues sobre aplicao do teste possam talvez

    ser melhor classificadas como instrumentao do que como efeitos

    de X sobre

    O. .

    Cas~ entre pr-testes intercorram vrios meses, mortalidade pode

    constituir-se em problema no Delineamento 12. Seambas as amostras

    foram selecionadas ao mesmo tempo (ponto

    A),

    . medida que o

    tempo passa de se esperar que mais membros da amostra selecio-

    nada se tomem inacessveis e mais segmentos transitrios da popula-

    o se percam, produzindo uma diferena na populao entre os

    diversos perlodos. Diferenas entre grupos no nmero de pessoas no

    con~ct.adas servem como uma advertncia de tal possibilidade.

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    93

    .

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  • 7/25/2019 Campbell Stanley

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    i-

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    Talvez, para estudos que perdurem por longos perodos, as amos-

    tras do pr-teste e do ps-teste devam ser selecionadas independen-

    temente e em pocas apropriadamente diferentes, embora isso tam-

    bm tenha uma fonte de vis sistemtico, resultante de possveis

    mudanas no padro residencial do universo como um todo. Em

    alguns contextos, como nas escolas,arquivos tornaro possvel a elimi-

    nao de escores do pr-teste dos que j no ~stejam disponveis ao

    tempo do ps-teste, tornando assim o pr~testee o,ps-teste mais com-

    parveis. Para 'fornecer um contato que torne essa correo possvel no

    levantamen~o da amostra e p lra fornecer uma confirmao adicional

    de efeito que mortalidade no possa contaminar, o grupo do pr-

    teste pode ser retestado, como no Delineamento 12c, em que a dife-

    rena 01 - O2 aeveria confirmar a comparao 01 - Os. Esse foi o

    estudo de Duncan et aI. (1957) sobre a reduo em crenas falazes

    causadas por um {:ursointrodutrio em psicologia. (Nesse esquema, '

    o grupo do reteste' no :torna possvel o exame dos ganhos para

    'pessoas de escores iniciais diversos porque a ausnda do grupo de

    controle impede que se controle regresso.)

    caracterst ica deste esquema mover-se do laboratrio para a

    situao de campo para a qul o pesquisador quer generalizar, testan-'

    do os efeitos de X em seu contexto natural. Em geral, como o indi-

    cam as Tabelas 1 e 2, osDelineamentos 12, 12a, 12b e l2c so capazes

    de ser superiores em validade externa ou genera1izabilidade aos ver-

    dadeiros experimentos dos Delineamentos 4, 5 e 6. Estes esquemas '

    exigem to pouco, por parte dos respondentes, que coperem ou que

    estejam em certos lugares em certas ocasies, etc., que pode ser

    empregada amostnigem representativa de populaes especificadas

    de antemo.,

    Nos Delineamentos 12e 13 (e, por certo, em algumas variaes

    dos Delineamentos 4 e 6, em que X e O so aplicados atravs de con-

    tatos individuais, etc.) possvel a amostragem representativa.

    Os + + na coluna da interao seleo X so altamente relativps e

    poderiam, .a rigor, ser substitudos por pontos de interrogao, uma

    vez que, geralmente, na prtica, as unidades no so selecionadas por

    sua relevncia terica, mas, freqentemente, por 1,Ilotivosde esp1rito

    de cooperao e acessibilidade, o que os torna provavelmente atipicos

    do universo para o qual se quer generalizr. '

    No era para Cincinnati, Dias sim para os americanos em geral

    ou para o povo em geral que Star e Hughes (1950) queriam genera-

    l izar e permanece a possibilidade de que a reao a X em Cincinnati

    tenha sido atipica de tais universos; mas o grau de tal vis de acessibi-

    l idade to menor do que o encontrado em delineamentos mais exi-

    gentes, que parece justificar-se um + comparativo.

    13. Delineamentos com grupo de controle e pr-teste-p6s-teste de

    amostras distintas

    Espera-se qe o Delineamento 12seja usado em contextos emque

    X, se for,mesmo apresentado, deve ser apresentado ao grupo comoum

    todo. Se houver grupos comparveis (se no equivalentes) a que se

    possa deixar de aplicar .Xi ento pode ser acrescentado um grupo de

    controle ao Delineamento 12, criando-se o Esquema 13:

    A

    O

    X)

    A X O

    A O

    A

    O

    Este delineamento muito semelhante ao Delineamento 10, com

    exceo do fato de que as mesmas pessoas espeCificasno so retesta-

    tadas e, assim, evitada a possvel interao de testagem e X., Assim

    como ocorre com o Delineamento 10, a fraql,lezado Delmeamento 13

    quanto validade interna resulta da possibilidade de se interpretar

    como um efeito de X uma tendncia local especfica no grupo expe-

    rimental que, na realidade, com ele n~o se relaciona. Aumentando o

    . nmero de unidades sociais envolvidas (escolas, cidades, indstrias,

    navios, etc.) e atr ibuindo-as em certo nmero e, aleatoriamente ao

    tratamento experimental e ao de controle, a nic.tonte de invalidade

    pode ser removida e pode ser alcanado um verdadeiro experimento,

    como o Delineamento 4, salvo evitar-se o reteste d,e indivduos espe-

    cficos. Esse plano pode ser designado 13a.Seu diagrama (na Tabela

    3) tem sido complicado pelos dois nveis de 'equivalncia (obtida

    por atribuio aleatria) que se acham envolvidos. Ao nvel dos res-

    pondentes, h, dentro de cada unidade social a equivalncia das

    amostras separadas do pr-teste e do ps-teste, indicada pelo ponto

    de atribuio A. Entre as vrias unidades sociais que recebem ambos

    os tratamentos, no h' tal equivalncia, falta essaindicaaa pela linha

    tracejada. O A designa a consti tuio do grupO experimental e do

    grupo de controle pela atribuio aleatria dessas numerosas unida-

    des sociais a um ou outro tratamento.

    Como se v na linha correspondente a 13a na Tabela 3, esse

    plano recebe, ~m escore perfeito tanto para a validade interna

    quanto para a validade externa, esta ltima pelas razesj discutidas

    em relao ao Delineamento 12, com maior fora quanto interao

    seleo-X por causa da representao de numerosas unidades sociais,

    em contraste com o uso de uma s. Ao que consta, este excelente

    mas dispendioso delineamento no tem sido usado.

    94

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    r.

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