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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOSNOVA VISÃO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
GUARAPUAVA2016
CEEBJA NOVA VISÃO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes
tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das
relações de poder. O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão
dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se
estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de
sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que
foi tecida por um grupo social. Trata- se de um conhecimento científico, portanto ser
interpretado.
Hoje, por exemplo, a História busca os diversos aspectos que compõem a
realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma
História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os
heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estado- nação que
precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha
como função legitimar a identidade nacional.
Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu
conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de
muitos cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas universidades,
começaram a abrir espaço ao estudo da História Oriental e da História da África. No
entanto, essa é uma prática bem recente.
A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos
aspectos: econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se
perceber como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação
transforma a sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há
permanências e rupturas.
O homem/mulher como sujeito da História deve ser conhecedor dos
porquês, dos problemas, das ideias, das ideologias e que só com uma visão
holística do mundo e da sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e
conhecedor de seus direitos e de seus deveres.
Na Educação de Jovens e Adultos deve- se levar em consideração o fato
de que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa
modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação
humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a partir
dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no
ensino de História. Pode- se recorrer às diferenças para estabelecer comparações,
levantar diferentes concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e
a aceitação das diferenças.
É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja
dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas em
constante transformação. Nesse sentido, pode- se tomar sempre como ponto de
partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e
educadores. Há que se considerar que o passado explica o presente, mas também o
presente explica passado. Isso não significa, no entanto, que se possa abrir mão do
rigor na interpretação do passado, pois não se pode incorrer em anacronismos ou
em posturas teleológicas. É preciso estimular o interminável diálogo entre o
presente e o passado levando em consideração as especificidades de cada contexto
histórico. É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de
um conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas,
que torne possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar
argumentos que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante
do que já ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem
que se realize uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao
longo da história. Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e
utopias, capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História.
Portanto, a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos têm um
papel principal e suas ações são de suma importância para uma participação
consciente na transformação da sociedade e do mundo em que vivem.
A aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser
experiência para o educando no sentido de que se aproprie do que aprendeu para
ler e explicar o seu mundo.
No CEEBJA Nova Visão se acredita que o educando pode se tornar sujeito na
construção do conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho,
de criação, de produção e de cultura cabendo ao processo educacional da EJA
evidenciar possíveis mudanças que apontem para uma nova relação entre ciência,
trabalho e cultura, por meio de uma base sólida de formação científica e histórica,
que ajude os educandos a desenvolverem todas as suas dimensões enquanto seres
humanos.
Desta forma, a educação de Jovens e Adultos e Idosos, em privação de
liberdade, devolve aos educando a restauração do direito negado – o direito de uma
escola de qualidade e o reconhecimento da igualdade de qualquer cidadão, além-
possibilidade de reinserção no sistema educacional e na sociedade e da atualização
permanente de conhecimentos com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça.
OBJETIVOS GERAIS. Estabelecer relações entre a vida individual e social, identificando relações sociais
em seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, relacionando-
as com outras manifestações em outros tempos e espaço.
. Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias
coletivas.
. Aprender procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo
a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,
iconográficos, sonoros e outros materiais.
. Valorizar o Patrimônio Sociocultural e respeitar a diversidade social.
. Estabelecer relações entre a História do presente e acontecimento e/ou processo
histórico do passado.
. Identificar diferentes temporalidades no presente.
. Reconhecer fatos Históricos relevantes, organizar essas informações, compreender
e utilizar conceitos históricos.
. Identificar a diversidade nas experiências humanas.
. Averiguar os movimentos sociais no Brasil e os conflitos existentes.
. Analisar a conjuntura mundial e seus impactos na realidade brasileira.
. Extrair informações e analisar criticamente objetos, textos música e imagens etc.
. Obter e relacionar ideias e informações em escrever texto.
. Opinar sobre o tema em estudo.
. Valorizar a convivência com as diferentes etnias e culturas.
. Propiciar aos alunos o uso de diferentes linguagens como meio para expressar e
comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura.
. Utilizar a língua portuguesa para compreender e produzir textos orais e escritos.
. Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e povos, como condição
para fortalecer a democracia, respeitando-se as diferenças e lutando contra as
desigualdades.
PRIMEIRO REGISTRO
CONTEÚDO ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRelações de Trabalho - A Experiência Humana
Tempo.
Relações de Poder -Os sujeitos e suas relações
com o outro no
Relações Culturais Tempo
-As culturas locais e a cultura
comum.
SEGUNDO REGISTRO
Relações de -As relações de Propriedade.
Relações de Poder -A constituição histórica do
mundo do
Relações Culturais campo e do mundo da
cidade.
-Conflitos e resistências e
produção
Cultural campo/cidade.
TERCEIRO REGISTRO
Relações de Trabalho - História das relações da
humanidade com
O trabalho.
Relações de Poder - O trabalho e a vida
em sociedade.
Relações Culturais - O trabalho e as
contradições da modernidade
- Os trabalhadores e
as conquistas de direito.
QUARTO REGISTRO
Relações de Trabalho -A constituição das
instituições sociais.
Relações de Poder - A formação do
Estado.
Relações Culturais - Sujeitos, Guerras e
revoluções.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os Fundamentos Teóricos metodológicos estão baseados nas DCEs e
inseridos nos Conteúdos Básicos juntamente com as Expectativas de Aprendizagem
que irão permear todo o nosso trabalho.
Tanto a concepção cientificista de currículo, quanto àquela apoiada na
experiência e interesses dos alunos
[...] pautam-se em uma visão redentora frente à relação educação e
sociedade, com respostas diferenciadas na forma, mas defendendo e articulando um
mesmo objetivo – adaptar a escola e o currículo à ordem capitalista, com base nos
princípios de ordem, racionalidade e eficiência. Em vista disso, as questões centrais
do currículo foram os processos de seleção e organização do conteúdo e das
atividades, privilegiando um planejamento rigoroso, baseado em teorias científicas
do processo ensino-aprendizagem, ora numa visão psicologizante, ora numa visão
empresarial. O currículo como configurador da prática, vinculado às teorias críticas.
O currículo como configurador da prática, produto de ampla discussão entre
os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização
disciplinar é a proposta destas Diretrizes para a rede estadual de ensino do Paraná,
no atual contexto histórico.
Não se trata de uma idéia nova, já que, num passado não muito distante,
fortes discussões pedagógicas se concretizaram num documento curricular que se
tornou bastante conhecido, denominado Currículo Básico. Esse documento foi
resultado de um intenso processo de discussão coletiva que envolveu professores
da rede estadual de ensino e de instituições de ensino superior. Vinculava-se ao
materialismo histórico dialético, matriz teórica que fundamentava a proposta de
ensino-aprendizagem de todas as disciplinas do currículo. Chegou à escola em 1990
e vigorou, como proposição curricular oficial no Paraná, até quase o final daquela
década.
Estas Diretrizes Curriculares, por sua vez, se apresentam como frutos daquela
matriz curricular, porém, duas décadas se passaram e o documento atual tem as
marcas de outra metodologia de construção, por meio da qual a discussão contou
com a participação maciça dos professores da rede. Buscou-se manter o vínculo
com o campo das teorias críticas da educação e as metodologias que priorizem
diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar. Além disso, nestas diretrizes
a concepção de conhecimento considera suas dimensões científica, filosófica e
artística, enfatizando-se a importância de todas as disciplinas.
De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a
aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência
para o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e
explicar o seu mundo.
No mundo contemporâneo um constante (re) pensar sobre a cultura escolar é
fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que
implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir
de discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na
centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma
prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas,
no ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos
rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente
com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-
se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso
de diferentes fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos
conteúdos de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse
diálogo, propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões
através dos conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e
social, reconhecendo a pluralidade étnica e culturais onde esses sujeitos estão
inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade
social, distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os
conteúdos aos educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE,
1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário à
seleção e a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo
ensino-aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos,
respeitando suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de
sua autonomia intelectual e moral.
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da
cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Poder, que também
orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná.
Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas que por sua
vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente nessa
concepção, refere-se ao tempo histórico.
Os conteúdos selecionados foram organizados em quatro temas plurais no
Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e
Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Fundamental:
Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho
e Cidadania. É importante que na abordagem desses conteúdos o educador crie
situações de aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos da EJA e
possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do
educando, considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do
grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido
ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser
trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma
abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões
sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação
entre o local e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças
e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para
demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a
reflexão crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente
significativos para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade,
em que vive. Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca
determinação.
É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em
sintonia com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre
a própria realidade.
Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando
leitor e escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura,
análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos
orais e escritos, imagens, livros, jornais, músicas que valorizem o fazer e o refletir.
Também é importante que o educando da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo
percebendo-se como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania.
PROGRAMAS SOCIOEDUCACIONAISOs Programas Socioeducacionais e a Legislação devem passar pelo currículo
como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da
intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa
compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas
determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Educação
Ambiental, Lei do Meio Ambiente Nº 9795/99, História do Paraná, Lei Nº13181/01,
Educação Tributária e Fiscal, Decreto Nº 1143/99 – Portaria Nº 413/02,
Enfrentamento à Violência na Escola, Lei Nº 11525/07 – dos Direitos das Crianças e
dos Adolescentes, que esta traz como Diretriz a Lei N º 8069/90 e Lei Nº9970/00 do
Combate ao abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Todas essas
normativas terão observadas seus materiais adequados e desenvolvidos na medida
em que esses temas são chamados, vindo a fortalecer o trabalho pedagógico
realizado no Ensino Fundamental, como também História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, Lei Nº 10639/03 e Cultura Indígena Lei Nº 11645/08, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, a qual prevê a adoção de abordagem multidisciplinar, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como a repressão do
tráfico Lei Nº 11343/06, Educação Sexual, incluindo gênero e Diversidade Sexual no
combate à violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da Cidadania
Homossexual – Programa Brasil Sem Homofobia, Hasteamento de Bandeiras e
execução de Hinos – Instrução nº 013/2012 SUED/SEED e Lei nº 12.031 de
21/09/2009, Educação Alimentar e Nutricional e Educação em Direitos Humanos –
Lei nº 11.947 de 16/06/2009, Resolução nº 01/2012 – CNE/CP.
Os Programas Socioeducacionais correspondem às questões importantes,
urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e
aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua
complexidade e sua dinâmica, dando- lhes a mesma importância das áreas
convencionais, é necessário que a escola trate de questões que interferem na vida
dos educandos e com os quais se vêem confrontados no seu dia a dia.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São
aspectos considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão
presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos
e educadores.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (Lei n.º 10.639/2003 e 11.645/2008)
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e
a aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em
ações visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso ambiente
escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas isto
não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito às
diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à
aprendizagem de todos, independentemente de quaisquer que sejam suas
singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados,
ribeirinhos, ilhéus, e negros, povos indígenas, jovens, adultos e idosos não
alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. Bem como, assumiu a
continuidade das discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial
atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois são de grande significado
para todos os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos
(educandos e educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso
ou o fracasso escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o
enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e
a permanência com qualidade no processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das
Relações Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, e aos conteúdos da História do Paraná, referente à
Lei 13.381, de 13/12/2001. essas ações são resultantes que nós educadores desta
instituição de ensino assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária
para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.
A obrigatoriedade dos conteúdos de música na Educação Básica, conforme a
Lei N° 11.769/08; a obrigatoriedade dos conteúdos dos direitos do Idoso, Lei nº
10.741/03 e de Educação para o Trânsito, em atendimento à Resolução nº 07/2010
CNE/CEB, Lei 9.503/97.
Desta forma, o ensino de História tem muito a contribuir para o resgate dos
valores humanísticos que vem sendo continuamente desvalorizado no contexto das
sociedades capitalistas, principalmente nos grandes centros urbanos do Brasil e do
mundo, espaços e territórios onde o consumismo, o imediatismo e o presentismo
têm marcado as relações sociais.
AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos
e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino,
enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação diagnóstica,
formativa, somativa, concluídas em oito avaliações para fechar quatro médias para
conclusão e possibilitando aos estudantes variadas oportunidades, e maneiras de
expressar seu o seu conhecimento.
Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a concepção de
avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor.
A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (a
direção, equipe pedagógica, pais e alunos) assumam seus papeis e se concretize
um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.
Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar
de novo, adquirir o que se perdeu, e não pode ser entendido como um processo
unilateral lembremos que a LDB – Lei 9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” do
inciso V do art.24 - “obrigatoriedade de estudo de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos
“O Plano de Trabalho Docente de História está fundamentado na LDB, no PPP,
na PPC e no RE desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o
aluno e nosso trabalho docente, isto é, a recuperação de
estudos/avaliação/recuperação paralela que se dará de forma permanente e
concomitante ao processo ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CEEBJA NOVA VISÃO. Projeto Político Pedagógico. Guarapuava, 2011.
____________________. Regimento Escolar. Guarapuava, 2011.
Revista aventuras na História. Ed. Abril. São Paulo. Periódicos mensais.
CADERNOS TEMÁTICOS DOS PROGRAMAS SOCIOEDUCATIVOS. SEED.
CADERNOS PEDAGÓGICOS. SEED.
CARDOSO, Oldimar Pontes. História Hoje – 5ª á 8ª Série. São Paulo: Ática, 2006.
CAMINHOS DA HISTÓRIA ENSINADA. 5ª ed. Campinas: Papirus, 2000.
COTRIM, Gilberto. História para ensino Médio- Brasil e Geral. Único, 1ª ed. São
Paulo; Saraiva 2002.
NORMATIVAS LEGAIS.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. CADERNOS TEMÁTICOS: História e Cultura afro-brasileira e Africana e Indígena/ Educando para as relações etnicorraciais.
______________________________________. Caderno de Expectativas. Versão
Preliminar. Curitiba: SEED/DEB – PR – 2011.
______________________________________. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: História Curitiba: SEED,
2006.
______________________________________. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: EJA Curitiba: SEED, 2008.