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Coleção Primeiro Amor 02 - Kate Emburg - A Linguagem Do Amor (the Language of Love) - Msg10

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Garotas só querem se divertir ...Miguel encarou Leanna com seus olhos escuros amendoados e disse: - Você é muito bonita. Você tem namorado?O coração de Leanna bateu mais rápido. "Não se esqueça de contar a Miguel sobre o Scott, seu namorado, em Fair Oaksl", ela se repreendeu. "Você não tem o direito de se entusiasmar com a voz profunda e os olhos sensuais deste belo estranho. Mas Scott, o namorado, estava a centenas de quilômetros.Leanna olhou de lado para Miguel por baixo de seus longos cílios. "Por que não me divertir um pouco neste meu último dia aqui em San Diego?" E, numa piscada de olhos, Scott e sua vida em Fair Oaks transformaram-se numa lembrança distante.

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Coleção Primeiro Amor - A Linguagem do Amor Coleção Primeiro Amor - A Linguagem do Amor 

KATE EMB!"KATE EMB!"

"arotas s# $uerem se di%ertir &&&"arotas s# $uerem se di%ertir &&&

Miguel encarou Leanna com seus olhos escurosMiguel encarou Leanna com seus olhos escurosamendoados e disse: - 'oc( ) muito *onita& 'oc(amendoados e disse: - 'oc( ) muito *onita& 'oc(

tem namorado+tem namorado+, coração de Leanna *ateu mais r.ido& /0ão se, coração de Leanna *ateu mais r.ido& /0ão sees$ueça de contar a Miguel so*re o 1cott2 seues$ueça de contar a Miguel so*re o 1cott2 seunamorado2 em 3air ,a4sl/2 ela se re.reendeu&namorado2 em 3air ,a4sl/2 ela se re.reendeu&

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3air ,a4s trans5ormaram-se numa lem*rança3air ,a4s trans5ormaram-se numa lem*rançadistante&distante&

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Coleção Primeiro Amor Coleção Primeiro Amor 

 A mais bela coleção literária para jovens de todos os tempos: A mais bela coleção literária para jovens de todos os tempos:

- Coleção Primeiro Amor da Editora Ática- Coleção Primeiro Amor da Editora Ática

**TitulosTitulos**

0: A !arota dos meus son"os # Autora C"er$l %ac"0: A !arota dos meus son"os # Autora C"er$l %ac"0&: A lin!ua!em do amor # Autora 'ate Embur! 0&: A lin!ua!em do amor # Autora 'ate Embur! 

0(: Con)ie em mim # Autora 'ieran cott 0(: Con)ie em mim # Autora 'ieran cott 0+: Coração dividido # Autora ,anet uin .ar/in0+: Coração dividido # Autora ,anet uin .ar/in0: 1e2 ra23es para amar # Autora 4iesa Abrams0: 1e2 ra23es para amar # Autora 4iesa Abrams

05: 1o jeito 6ue eu sou # Autora 4$nn 7ason05: 1o jeito 6ue eu sou # Autora 4$nn 7ason08: Ensaio de um beijo # Autora Eli2abet" 9ernard 08: Ensaio de um beijo # Autora Eli2abet" 9ernard 

0: ,o!os do amor # Autora Eli2abet" C"andler 0: ,o!os do amor # Autora Eli2abet" C"andler 

0;: ,untos pra sempre # Autora Cameron 1o/e$0;: ,untos pra sempre # Autora Cameron 1o/e$0: 7ais 6ue um ami!o # Autora Eli2abet" <in)re$0: 7ais 6ue um ami!o # Autora Eli2abet" <in)re$: 7eu primeiro namorado # Autora Callie <est : 7eu primeiro namorado # Autora Callie <est 

&: 7eu suposto namorado # Autora Eli2abet" <in)re$&: 7eu suposto namorado # Autora Eli2abet" <in)re$4

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(: 7eus tr=s namorados # Autora Ale>is Pa!e(: 7eus tr=s namorados # Autora Ale>is Pa!e+: ? amor c"e!ou de surpresa # Autora Arl$nn Presser +: ? amor c"e!ou de surpresa # Autora Arl$nn Presser : ? amor pode esperar # Autora 'at"erine Apple!ate: ? amor pode esperar # Autora 'at"erine Apple!ate

5: ? presente do amor # Autora 1iane c"@emm5: ? presente do amor # Autora 1iane c"@emm8: ? se!redo de 7alor$ # Autora 1iane amm8: ? se!redo de 7alor$ # Autora 1iane amm: B podia ser voc= # Autora tep"anie 1o$er : B podia ser voc= # Autora tep"anie 1o$er 

;: m verão ines6uecDvel # Autora Eli2abet" Cra)t ;: m verão ines6uecDvel # Autora Eli2abet" Cra)t 

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mm

- Leanna! Leanna acorda!Leanna Van Haver apertou os olhos fechados e cobriu a cabeça com o travesseiro. Masno foi suciente. "s #ritos ardidos de seus meio-irmos $ no% meio monstros% se corri#iu$ penetravam atrav&s do travesseiro ferindo seus t'mpanos. (om)s e *uan +) eramirritantes so,inhos e totalmente insuport)veis uando eles a torturavam em est&reo.- /uero ir pra casa -% #emeu Leanna embai0o do travesseiro. Mas o som abafado nodeteve os meninos% ue com suas mo,inhas começavam a pu0ar seu braço e lhe fa,ercce#as. e a minha fada-madrinha aparecesse a#ora% pensou Leanna% sei e0atamente o ueeu pediria. 5ese+ar estar em casa em 6air "a7s% na minha cama% dormindo at& o meio-diacom a porta trancada% e ue *uan e (om)s fossem transformados em apos!6eli,mente% seu dese+o se reali,aria no dia se#uinte. (udo% menos a parte dos sapos% &claro. 8la voltaria para 6air "a7s% 9alifrnia $ um sub:rbio de acramento -% onde poderiavoltar a dormir em pa,% sem ser incomodada por (om)s e *uan.

 *o#ando o travesseiro% Leanna sentou-se na cama. $ 8scutem% seus diabinhos...Mas ela no conse#uiu terminar a frase. " coraço de Leanna se derreteu uando viu acara dos dois menininhos% olhando pra ela com adoraço. (om)s % de seis anos% tinha asmaçs do rosto saltadas% a pele morena bron,eada% e era ma#ro e alto para a sua idade.

8le e Leanna se pareciam com seu pai% 9arlos Mali#. *uan% de uatro anos% era uma copiapeuena e #orducha de sua me% 5ora Mali#% madrasta de Leanna. "s dois meninos eramto en#raçadinhos $ (om)s% um homen,inho% e *uan% um an+inho de pele morena $ ueLeanna no teve cora#em de ameaçar vend;-los ao circo% ou dar-lhes al#um outro casti#ohorr'vel ue achou ue mereciam por acord)-la dauele +eito irritante.- 8les s esto a#itados. <unca tiveram uma irm mais velha antes -% tinha e0plicado 5ora= Leanna. >t& auele vero% Leanna s conhecia seu pai% 9arlos% por meio de cartas%telefonemas e das histrias ue a me contava. > nova esposa e os lhos de 9arlostinham sempre sido apenas rostos estranhos em foto#raas."s Mali# tinham morado sempre nas 6ilipinas% enuanto Leanna% sua me e o padrastoviviam no norte da 9alifrnia. Mas a#ora 9arlos era professor de uma escola em an5ie#o.

/uando 9arlos convidou Leanna a passar o vero com ele e sua nova fam'lia em an5ie#o% ela cou ansiosa em conhec;-los. >nsiosa e nervosa tamb&m. (er irmos peuenosera uma e0peri;ncia completamente nova para ela. 8m casa% em 6air "a7s% a :nica irmde Leanna era sua meia-irm% ?elli% apenas al#uns meses mais velha do ue ela.Leanna esticou o braço e afa#ou o cabelo de *uan. $ 8nto% meninos voc;s uerem ue eulevante no@- im $ respondeu (om)s. *uan assentiu. $ Ma di, ue podemos ir ao 6estival 6ilipinouando estivermos todos prontos.

Leanna sorriu. $ 8la disse@ Mas eu no uero nem saber de levantar to cedo! >cho uevoc;s vo ter ue me tirar da cama.Aar#alhando deliciados% os meninos mer#ulharam no sof)-cama em ue Leanna dormiudurante todo o vero% sacudindo a armaço de metal e amassando as cobertas. Leanna

 +o#ou um cobertor na cabeça de *uan% depois se#urou (om)s com uma mo e com a outracomeçou a fa,er cce#as.- Meninos! Barem! Barem! 5ei0em sua Crm em pa,!

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> madrasta de Leanna% 5ora apareceu na porta ue dava para a sala de estar% com seulho mais novo% (obE% de dois anos% sentado em seus uadris. >s sobrancelhas escuras de5ora estavam fran,idas no ue Leanna +ul#ou ser uma careta ue% lon#e de amedront)-la%provocou-lhe uma risadinha. ua madrasta era +ovem e bonita demais para dar uma debrava% especialmente com (obE se#urando seus brincos de prata.- 6ui eu ue pedi para ver se voc; +) estava acordada $ % desculpou-se 5ora $Lamento ueesse pedido tenha se transformado nessa praça de #uerra!- <o se preocupe% eu no li#o. >l&m do mais eu & ue estava #anhando% - Leanna abraçou

cada um dos seus meio-irmos com um braço. $ 8les no estavam me incomodando% +uro.- 8les +) sabem. $ 9om al#umas palavras )speras em ta#alo% 5ora mandou seus lhoscorrendo para o uarto deles. 8nto% sorriu para a enteada e disseF -Ma#and)n# um)#a.- Gh... bom dia@ $ adivinhou Leanna. 5esde ue che#ara a an 5ie#o% h) dois meses%9arlos e 5ora vinham tentando ensin)-la a falar ta#alo% uma das l'n#uas mais faladas nas6ilipinas. Leanna era meio lipina e meio americana e% depois de dois meses pronunciandoerrado todas as palavras em ta#alo% ela che#ava concluso ue sua l'n#ua era parte desua metade americana.

5ora bateu palmas. $Muito bem! Voc; vai ver Leanna% lo#o estar) falando ta#alo comouma nativa.- Mas eu vou voltar para casa amanh - lembrou Leanna.- empre h) o ano ue vem. >t& l) voc; pode praticar com as tas ue seu pai comproupra voc;. >ssim% da pr0ima ve, ue ele lhe encontrar vai car muito or#ulhoso com tudoo ue voc; +) souber.Leanna no respondeu. eria #rosseiro di,er a 5ora ue ela achava ue aprender umal'n#ua estran#eira como ta#alo daria muito trabalho e no teria muita utilidade. eriain#rato% at& cruel% acrescentar ue ela nem sabia se ueria voltar no ano se#uinte. 9arlose seu fam'lia haviam feito de tudo pra proporcionar a Leanna umas f&rias maravilhosas%mas para ela os Mali# era apenas parentes distantes.>pesar de Leanna ter recebido sempre cartIes de aniversario e fotos de 9arlos desde uese conhecia por #ente% no tinha nenhuma pro0imidade com ele. 8la era um beb; uandoseus pais se divorciaram ocasio em ue 9arlos retornou a Manila. 8 sua me se casou de

novo antes ue ela completasse dois anos. *ason Van Haver% padrasto de Leanna% era o :nico pai ue ela realmente conhecia. 8rapor isso ue chamava 9arlos pelo nome - e no de papai ou pai. /ualuer outra coisaa fa,ia sentir-se desleal com sua me e seu padrasto. /uanto a passar todos os verIes eal#uns feriados com os Mali#... bom ela temia ferir os sentimentos dos Van Haver. >l&m deno #ostar de car lon#e de toda a pro#ramaço com os ami#os de 6air "a7s./uando 5ora voltou para a co,inha% Leanna se per#untou se no deveria ter dito al#osimp)tico sobre sua estada e sobre aprender ta#alo. Leanna no ueria chatear 5ora .>penas era dif'cil interessar-se por uma l'n#ua e por uma cultura sobre as uais no sabianada e no entendia nada.

9arlos e 5ora se comportavam como se ainda estivessem nas 6ilipinas. 9omiam comidas

estranhas% a maioria de seus ami#os era formada por lipinos e% uando alu#avam v'deos%era de uma videolocadora de lmes em ta#alo. 9laro ue era interessante conhecer outracultura% mas Leanna no ueria ue isso fosse para sempre. Gma me e um pai +) eramsucientes. 8la no precisava de mais nenhum pai ou me e de um novo con+unto dere#ras.Leanna pulou no sof)-cama% esticou as cobertas e o dobrou o colcho para dentro do sof). mais uma noite dormindo na sala% #raças a 5eus!>ndando silenciosamente at& a co,inha com os p&s descalços% Leanna viu 5orapreparando uma fri#ideira de tocino% ou bacon lipino. (obE% a#arrado perna de 5ora%masti#ava um pedaço de abaca0i seco.- "h Leanna! $ 5ora se virou% com uma esp)tula na Mao. $ <o vi voc; entra.-Humm% este tocino est) com um cheio delicioso $ mentiu Leanna% ue no a#Jentava ocheiro doce% nem o #osto% do bacon lipino. $ Bosso te dar uma mo@ $ per#untou.- "bri#ada $ concordou 5ora% olhando para (obE% cu+as mos #rudentas estavama#arrando sua perna. $ acho ue precisa troc)-lo. " pacote de fraldas...-ei onde est) $ respondeu Leanna pu0ando (obE. 8le choramin#ou reclamando% mas ela o

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levou para o uarto dos meninos assim mesmo. /uando me ofereci para a+udar estavapensando em pr a mesa% resmun#ou para si mesma. (inha a impresso de ue passaraas f&rias inteiras trocando fraldas. 8m ve, de conhecer seu pai biol#ico% tinha cadofamiliari,ada com um traseiro fedido de um beb;.- 5epois de caf& da manh% vamos as alboa Bar7 para assistiro 6estival 6ilipino $ #ritou-lhe 5ora do corredor. $ /uer'amos te fa,er um a#rado no seu ultimo dia.

Leanna reclamou alto. Gm a#rado! >ndar pelo alboa Bar7 sob o sol escaldante% comendo

uma comida estranha% e ouvindo as pessoas ta#arelando numa l'n#ua ue ela noentendia! "ba!- H) al#o errado@ $ per#untou 5ora% parecendo preocupada de verdade.Bor um momento% Leanna pensou em di,er a verdade. 5ora $ aos vinte e sete anos $ eraapenas on,e anos mais velha ue Leanna% parecia mais irm mais velha do ue umamadrasta. 8la se per#untava se 5ora poderia entender como ela se sentia. 8la ueria#ritarF Nim! >l#o est) muito errado! 8stou com saudades da minha me% meu padrasto%da minha meia-irm e de todos os meus ami#os! ei ue 9arlos me ama e eu uero am)-lo. /uero amar voc;s todos% mas eu mal os conheço. <o sei onde me encai0o!O.Leanna apertou uma fralda limpa em volta da cintura de (obE% pe#ou o menininho e voltoupara a co,inha. (inha decidido contar para 5ora como se sentia. /uando entrou%encontrou 9arlos encostado no balco % vestindo uma camisa comprida bordada%se#urando um chap&u de palha de abas lar#as.- /ue tal meu baron# (a#alo#% Leanna@- disse cumprimentando-a. $ & o tra+e nacionallipino.->h% voc; esta falando da camisa ou do chap&u@ $ ela per#untou.9arlos deu um sorriso% 5ora +untou-se a ele e at& o peueno (obE riu.Leanna cou enver#onhada. 8stavam rindo dela. entiu-se burra! 8stava cansada de nose encai0ar% apesar de seus lon#os cabelos pretos e da sua pele bron,eada.Nou americanaO pensou NBor ue os Mali# no aceitam uem eu sou e param de meempurrar toda essa cultura lipina #oela abai0o@O

Dois

- 5esculpe - disse Mi#uel armiento a sua irm% 9arrie. Voc; sabe ue s vou sair com#arotas lipinas daui por diante.Mi#uel virou-se para o espelho em cima de sua cmoda% considerando o assuntoencerrado. Bassou um pente pelo seu cabelo preto% acabando de se arrumar para ir ao6estival 6ilipino. Havia prometido a+udar a vender camisetas e seu turno começaria emuma hora. Mas sua irm% 9arolina% ou 9arrie% como insistia em ser chamada% no pretendiadesistir do assunto.- 5esde uando@ - per#untou% plantada na porta do uarto ue Mi#uel dividia com seuirmo de tre,e anos% Pamon. $ " ue h) de errado com (iQanE@ R minha melhor ami#a!- <o h) nada de errado com (iQanE. 8la & muito sensual. >visa ue eu vou sair com ela -anunciou Pamon% deitado na parte de cima do beliche% antes ue Mi#uel pudesse

responder.8le estava deitado de costas% folheando uma revista de motocicletas.9arrie lançou-lhe um olhar de despre,o. - 5esculpe% bobo. > (iQanE no sai com pirralhos.- 8 voltando-se para Mi#uel disseF - (iQanE & bonita e voc; no saiu com nin#u&m desdeue *ulie te deu o fora.- 8la no me deu o fora! - disse furioso% dei0ando cair o pente com barulho em cima dacmoda. - 6oi um acordo m:tuo.- R - interrompeu Pamon com uma risada maldosa. $ Voc; concordou depois ue *ulieapareceu no baile dos calouros com outro cara.Mi#uel respirou fundo% sem =nimo para responder. 8ra verdade ue *ulie romber# tinhacomeçado a sair com outro cara sem se preocupar em romper com ele antes.

Mas doeu ainda mais uando ele se lembrou como tinha defendido *ulie +unto aos seuspais% ue no #ostavam da id&ia de ele estar saindo com uma #arota americana. 8leachava ue *ulie se sentia como ele. Mas estava errado.5evia ter escutado seus pais e arrumado uma simp)tica lipina para sair. >l#u&m ue

S

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estivesse mais preocupada em ser leal do ue conuistar caras com carrIes e muita#rana. Mas Mi#uel no podia contar a 9arrie e Pamon como se sentia. ua irm% como cabelo curto e seu minivestido +usto% e seu irmo% usando um :nico brinco e o cabelocomprido preso num rabo-de-cavalo% pareciam ter-se esuecido de ue at& dois anos atr)sapenas eles viviam nas 6ilipinas. >#ora estavam nos 8stados Gnidos e para elesisso era tudo o ue importava.Mi#uel balançou a cabeça. 8les dariam risada de sua cara se Ches contasse ue tinhamedo de sair com (iQanE. 8la era bonita% mas muito namoradeira. Cria atr)s de ualuer

rapa, ue olhasse para ela e% depois de conuist)-lo% caria cheia e o dispensaria.Mi#uel sabia ue (iQanE era uma +o#adora% ue s se importava mm ela mesma. Mi#uelno era assim% por isso no ueria uma namorada ue a#isse dessa forma.C#norando Pamon e 9arrie% Mi#uel olhou-se no espelho. Ter) ue era feio@ eu rostoan#uloso e moreno era muito ma#ro@ uas sobrancelhas lon#as eram muito emininas@

 (alve, devesse dei0ar crescer um bi#ode.T >l#o de errado% al#uma falha terr'vel de deviater para *ulie re+eit)-lo.- " ue h) com voc;@ - per#untou 9arrie. - <o pode passar a vida chorando por causa de

 *ulie. (iQanE est) livre e #osta de voc;.- 8la te acha se0E - acrescentou Pamon com auele sorriso malicioso ue tinha desde uecomeçara a andar com seus novos ami#os americanos. - Voc; devia se aproveitar disso.

- R assim ue voc; trata as #arotas@ - per#untou Mi#uel.- >proveitando-se delas@- 6ica frio% cara - disse Pamon de forma rude. - Voc; no sabe mais se divertir.- Pamon est) certo - disse 9arrie a Mi#uel. - <o ia te fa,er nada mal rela0ar e sair umpouco.

- *) te disse% no estou interessado. /uando eu me apai0onar% ser) por al#uma meninas&ria% honesta% ue tenha consideraço% se+a uadrada e respeite a tradiço.- 5) um tempo! - disse 9arrie interrompendo com uma risada alta. - Voc; anda escutandoa Ma e o Bapa de novo.- <o te faria mal fa,er o mesmo.9arrie apenas riu. - porue voc; uer! 8stou caindo fora.

- 8o 6estival 6ilipino@ - per#untou Mi#uel. - Voc; no vai@9arrie balançou a cabeça% fa,endo com ue seu cabelo cheio de pontas casse em p&como os de um porco-espinho. - Vou para a casa de (iQanE% dar-lhe as m)s not'cias.- <em eu vou. - Pamon +o#ou sua revista no cho pulando de cima do beliche. - Vou saircom 9huc7 e os meninos.Mi#uel cou de boca aberta% sem conse#uir di,er nada por um momento. Pamon e 9arrieno podiam estar pensando seriamente em perder o 6estival 6ilipino! eus pais +) estavaml)% montando o euipamento e preparando a comida no parue. 8speravam ue todos osseus sete lhos aparecessem mais tarde% e todos% com e0ceço de *oE% de cinco anos%deveriam trabalhar voluntariamente nas barracas.- Voc;s t;m ue ir - disse Mi#uel. - R importante. <o s para a Ma e o Bapa% mas paratoda a comunidade lipina.

8nuanto seu irmo e sua irm hesitavam% Mi#uel continuou. - >l&m disso% Pamon% voc;no devia andar com 9huc7. 8le & muito chato."s olhos de Pamon se inUamaram. - <o me di#a o ue fa,er. Belo menos eu tenho ami#osamericanos. - 8nando um bon& de beisebol sobre seu cabelo lon#o e despenteado%Pamon se precipitou para fora do uarto% com as mos enterradas at& o fundo dos bolsosdas calças muito lar#as% ue ele vestia imitando os rapa,es de sua turma da pesada.Mi#uel virou-se para 9arrie. Mas ela lançou-lhe um olhar fero,. - <o espere minha a+uda%irmo,inho. Brimeiro% voc; ofendeu minha ami#a% e a#ora est) insultando os de Pamon.<em todos podem ser perfeitos como voc; - disse saindo do uarto. >psal#uns minutos% Mi#uel ouviu a porta da frente bater.

Mi#uel esfre#ou a testa. 5e repente% cou com uma dor de cabeça de rachar. 9omo ascoisas deram to errado@T/ueria ue nunca tiv&ssemos dei0ado as 6ilipinas.TBor um momento% Mi#uel sentiu uma pontada de saudade de casa. 8le sentia saudade deseus avs e de seus ami#os ue ainda viviam no barrio onde ele crescera. 8le no ,era

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nenhum ami#o ali. 8% assim ue achou uma namorada - bem% no tinha dadocerto.Mi#uel se olhou no espelho uma :ltima ve,% penteou seus cabelos ne#ros e lisos% colocouseu pente no bolso de tr)s. 8le podia ser um pouco bai0o pelos padrIes americanos% masseus braços bron,eados eram musculosos. (alve, ele no fosse o cara mais le#al domundo% mas pelo menos todas as #arotas ue o vissem ho+e saberiam onde estava seucoraço. ua camiseta novinha em folha% ue or#ulhosamente e0ibia a bandeira vermelha%branca e a,ul das 6ilipinas% #arantia isso.

5uas horas depois% Mi#uel havia vendido de,enas de camisetas i#uais sua% mas nohavia tido a sorte de encontrar uma linda #arota de cabelos ne#ros para a+ud)-lo a seesuecer de como se sentia so,inho. 8le vira muitas #arotas bonitas passeandopela festa ao ar livre% mas a maioria delas estava de mos dadas com outros rapa,es. >spoucas #arotas so,inhas ue che#avam perto dele pareciam estar comprando camisetaspara impressionar seus namorados.<o era +usto! Mi#uel estava cercado por centenas de pessoas% mas se sentiacompletamente so,inho. 8le desviou o olhar do casal feli, na sua frente ...8 se viu encarando a mais linda #arota ue tinha visto na vida.8la tinha mais ou menos a sua idade. eus lon#os cabelos ne#ros estavam soltos% comouma cortina de pura seda preta% desli,ando por seus fr)#eis ombros% para descansar no

meio de suas costas. eu perl era o de uma esculturaF nari, reto% uei0o delicado% cadatraço perfeitamente talhado com mo rme.

8la vestia um terno amarelo vivo% um vestido antiuado com um decote uadrado eman#as ue cavam levantadas como asas de borboleta. ua saia% na altura dos +oelhos%dei0ava mostra suas macias pernas morenas. Aeralmente% Mi#uel no reparava muitonas roupas das #arotas% mas esta era diferente. <in#u&m da sua idade vestia um tra+elipino to tradicional. > maioria das #arotas lipinas vestia +eans ou shorts.Mas ela no parecia en0er#)-lo. > linda desconhecida passou determinada pela trilha%olhando para a frente% em ve, de olhar as barracas ue ladeavam a passa#em. Mi#uelnunca vira essa #arota antes% mas isso no era incomum. an 5ie#o era uma cidade#rande% e muitas pessoas haviam vindo de fora para se +untar multido no festival.

8le estava to hipnoti,ado pela #arota ue% a princ'pio% no notou o carrinho de beb; ueela empurrava sua frente. er) ue era casada@ <o% auele #arotinho #orducho nocarrinho devia ser seu irmo.>l#u&m falou bem alto. - >corde% #aroto! /uanto custa a camiseta@Mi#uel virou-se e viu um homem de meia-idade encostado no balco% com uma camisetabranca +o#ada sobre seu braço forte e moreno./uando Mi#uel terminou de atender o fre#u;s% uis olhar para a #arota novamente. Masela sumira. Papidamente% ele se virou para a ami#a de sua me% ue era a respons)velpela barraca de camisetas. - enhora Lisondra.- Vai% vai - ela dei0ou escapar% sorrindo enuanto o en0otava. - Voc; +) cou aui mais deduas horas% e nenhum outro menino cou mais de uma hora. <o h) muitos +ovens comovoc;% Mi#uel.

- "bri#ado% senhora Lisondra.8nuanto tentava locali,ar a #arota an#elical% Mi#uel pensou ue% sem saber% a senhoraLisondra havia cutucado sua ferida. <o e0istiam muitos adolescentes como ele% ue,essem tanta uesto de preservar o passado.Mas% com um pouco de sorte% ele estava prestes a encontrar mais uma.

Três

- >7o si Mi#uel. >no an# pan#alan mo@Leanna escutou al#u&m falando% mas continuou andando% achando ue a vo, profunda emusical estivesse cumprimentando al#u&m perto dela. >s pessoas se apinhavam a suavolta% mas Leanna se sentia invis'vel. 8la no conhecia nin#u&m% com e0ceço

dos Mali#.6inalmente% ela tinha conse#uido car um pouco lon#e deles! 5e todos% menos de (obE%mas% com um pouco de sorte% ele dormiria lo#o. (inha sido uma lha obediente durante amanh inteira% concordando at& em usar uma roupa esuisita com man#as

W

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estranhas viradas para cima% ue 9arlos tinha comprado para ela. 5epois do almoço% elase props a tomar conta de (obE% enuanto os outros assistiam a uma apresentaço dem:sica e dança folclrica lipinas. (inha duas horas inteiras para car so,inha.9omo pretendia pass)-Cas o mais lon#e poss'vel do 6estival 6ilipino% Leanna se diri#iu parao outro lado do parue% procura de um plaE#round% onde pudesse brincar com (obE eencontrar pessoas ue falassem in#l;s.Belo caminho% Leanna olhava as barracas enleiradas% at& ue umas camisas muitocoloridas chamaram a sua atenço% e ela desviou o carrinho nauela direço para olhar

mais detalhadamente.?elli adoraria estar aui% pensou% passando as mos sobre o tecido macio de uma blusaa,ul-turuesa com lante+oulas prateadas nas man#as e no decote. ua irm ?elli #ostavade roupas e0trava#antes e a cor combinaria perfeitamente com seu cabelo loiro."u talve, um daueles colares de contas da barraca vi,inha seria melhor. <em pareciaue ela tinha tanta pressa em ir embora do festival. <a verdade% tinha at& coisasinteressantes% reconheceu Leanna.- >7o si Mi#uel - repetiu a vo, masculina% desta ve, bem perto dela. - >no an# pan#alanmo@TR um cara - e ele est) falando comi#o!T Leanna cou chocada ao perceber. TMas noconheço nenhum rapa, aui. 8% certamente% nin#u&m com uma vo, to sensual!O

>pertando a alça do carrinho de (obE% Leanna virou-se e começou a di,er a primeira e:nica frase ue sabia pronunciar corretamente em ta#aloF Hindf 7o maintindihan% ueueria di,er T<o entendiT.8nto% ela deu uma boa olhada no estranho% e as palavras caram presas na sua #ar#anta.Bor um momento% Leanna no conse#uia pensar em nada para di,er nem em in#l;s% nemem ta#alo% nem em espanhol% ou em ualuer outra l'n#ua falada ao seu redor." #aroto era muito atraente% ma#ro% talve, um pouco bai0o% mas era mais alto do ue osseus 1mDD. 8m 6air "a7s% seu namorado% cott 9arteret% era to alto ue ela tinha ue seinclinar para tr)s para ver o seu rosto. ei+ar era um #rande desao. T(alve, se+a por issoue no nos bei+emos muitoT% pensou Leanna. "lhar diretamente nos olhos de um #arotoera uma e0peri;ncia nova% estranha - mas interessante.

" cara tinha provavelmente a idade dela. eu rosto era de menino% mas seus braços erammusculosos% como se pertencessem ao corpo de um homem. 8le deve levantar muitopeso% pensou% enuanto observava como seus b'ceps esticavam as man#asde sua camiseta. Bor cima das cores vermelho% branco e a,ul da . bandeira lipina de suacamiseta% estava escrito "PAGLH" 6CLCBC<"% em #randes letras ne#ras.<o era f)cil tirar os olhos do seu peito forte. Mas% uando Leanna nalmente conse#uiu%ela viu cabelos lisos muito ne#ros emoldurando uma face redonda com l)bios risonhos eprofundos olhos castanhos% ue a encaravam maliciosamente.6alando em in#l;s% e apontando para (obE com a cabeça% per#untouF - /ue #racinha demenino. R seu lho@- <o% & meu irmo (obE. Ter) ue este cara pensa mesmo ue pareço velha o sucientepara ter um lho@!T - /uantos anos voc; acha ue tenho@ - per#untou Leanna ao belo

estranho.8le encolheu os ombros. eus m:sculos fa,iam coisas interessantes na bandeira da suacamiseta% conforme ele se me0ia. Gh% cator,e@ /uin,e@

- (enho de,esseis! - >cabava ali sua esperança de ue estava começando a parecer maisvelha. - 8 no plane+o ter lhos antes de me formar na escola - e na faculdade.8la pretendia colocar o cara em seu lu#ar% mas ele apenas riu.- <unca se sabe - ele disse% curvando-se para afa#ar a cabeça de (obE.- Voc; poderia serde uma das (ribos das Montanhas. >uelas #arotas se casam cedo. >os uin,e anos% uma#arota C#orot ou lfu#ao bonita +) tem lhos.Leanna encolheu os ombros. er) ue 9arlos +) tinha mencionado al#uma ve, as (ribosdas Montanhas@ e o fe,% Leanna no havia prestado atenço. 8la esperavadesesperadamente ue esse cara maravilhoso no uisesse discutir% nesse momento% osh)bitos das (ribos das Montanhas. 5e al#uma forma% ela tinha certe,a de ue um #atocom uma camiseta onde estava escrito T"r#ulho 6ilipinoT no caria impressionado com asua completa i#nor=ncia sobre ualuer coisa lipina.

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>ntes ue ela pudesse pensar em outro assunto ualuer% ue no as 6ilipinas% o beloestranho se endireitou. 8le colocou uma mo perto da de Leanna% no carrinho% e olhoupara ela com seus olhos escuros amendoados e disseF - Voc; & muito bonita. Voc;tem namorado@" coraço de Leanna bateu mais r)pido. T<o se esueça de contar a Mi#uel sobre ocott% seu namorado% em 6air "a7s!T% ela se repreendeu. Voc; no tem o direito de seentusiasmar com a vo, profunda e os olhos sensuais deste belo estranho.TMas cott% o namorado% estava a centenas de uilmetros.

8le telefonara al#umas ve,es durante as f&rias dauele vero% mas em ve, de fa,;-Ca sesentir melhor% a vo, de cott fa,ia seu e0'lio parecer mais doloroso. 8la a lembrava de uecott% ?elli e todos os seus outros ami#os estavam se divertindo em 6air "a7s% enuantoela estava presa em an 5ie#o% sem nin#u&m da sua idade. >l&m disso% as coisas entreeles tinham cado meio esuisitas desde a :ltima ve, ue se encontraram. er) ueestavam se distanciando@

Leanna olhou de lado para Mi#uel por bai0o de seus lon#os c'lios. TBor ue no me divertirum pouco neste meu :ltimo dia aui em an 5ie#o@T - e eu tenho namorado@ om% issodepende do ue voc; me per#untou antes em ta#alo@ 8ra al#o indiscreto@" #aroto riu% e seus olhos se dobraram nos cantos. $ Ber#untei o seu nome e meapresentei. >7o asi Mi#uel si#nica T8u sou Mi#uelT. (enho de,essete anos% meu :ltimonome & armiento e moro em an 5ie#o% mas nasci nas 6ilipinas. >#ora & a suave,. /uem & voc;% al&m da irm mais velha de (obE@Leanna olhou para bai0o% com medo de encontrar seus olhos. e ela se apresentasse comoLeanna Van Haver% Mi#uel certamente per#untaria por ue ela no tinha um nome lipino.8la teria ue e0plicar ue sua me era americana - no lipina - e noueria dar detalhes de sua complicada vida familiar no momento. >l&m disso% por uecontar detalhes pessoais de sua vida para um cara ue ela acabava de conhecer@- 8u sou ... uero di,er% a7o si... Leanna Mali#. - " nome pareceu estranho e esuisito paraela.8la olhou nervosamente para Mi#uel. er) ue ele percebeu ue ela tinha dado um nomefalso@

- Leanna Mali# - ele repetiu com rme,a.- eu nome & Mali# e voc; no fala ta#alo@ eus pais deveriam se enver#onhar!Leanna dei0ou escapar um suspiro lento e profundo. $ 8u nasci e cresci na 9alifrnia -e0plicou. - >cho ue meus pais ueriam ue eu fosse completamente americana.Gma ineu'voca e0presso de desaprovaço cru,ou o rosto de Mi#uel. - <o h) nada deerrado com os 8stados Gnidos% mas voc; no deveria desconsiderar sua herança lipina. -8le balançou os braços% num #esto abran#ente ue en#lobava as bandeiraslipinas% a multido em movimento% as fai0as brilhantes. - R isso ue importa.

5e repente% apesar da multido rindo ao seu redor% Leanna sentiu-se completamenteso,inha. 8m casa% na aEside >cademE1D ve,es tinha a mesma sensaço de isolamento.L) ela estava cercada por crianças cu+os pais vieram do Vietn% 9or&ia% M&0ico% 6rança...

crianças de todos os tipos% formas e cores... mas nin#u&m e0atamente como ela. <in#u&mue fosse meio lipino% meio americano.- <o posso mudar o ue meus pais ,eram. - Leanna tenlou falar deva#ar e com calma%pois estava tremendo por dentro. ?elli sempre a acusava de ser muito sens'vel aos seusantepassados. ?elli sempre di,ia ue muitas crianças descendiam de duasraças e outras - incluindo a prpria ?elli - tinham pais divorciados.9omo ue adivinhando seus pensamentos% Mi#uel ps para tr)s uma mecha de seu lon#ocabelo ne#ro. - 8i% Leanna% ori po. 5esculpe. 8u no ueria criticar sua fam'lia.- (udo bem - Leanna disse.> mo de Mi#uel descansava de novo no carrinho% mas Leanna ainda podia sentir o roçarsedoso de seus dedos em seu rosto.- 8nto voc; no se interessa pela l'n#ua lipina@ 8 pela comida lipina@ - per#untouMi#uel.- >l#uns pratos so uma del'cia - respondeu Leanna honestamente.- 8u #osto de adobo. - Mas no acrescentou ue os outros pratos ue 5ora servia%especialmente os ue tinham l'n#ua ou rabo de boi% lhe davam en+o.

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- " ue voc; acha de lumpia@ - per#untou Mi#uel. $ Vou te comprar al#umas% e para seuirmo tamb&m. "u voc;s so muito americanos para isso@- <o% adoramos lumpia! - e0clamou Leanna. 5ora fa,ia sempre lumpia. 8ram rolinhoscompridos de ovos% recheados com carne de vaca ou de porco. Leanna tinha comido v)riasno almoço% menos de meia hora antes de encontrar Mi#uel% mas no ia di,ernada. 9omeria lumpia at& estourar% se isso si#nicasse passar mais tempo com esse carabonito.- 5ei0a te a+udar - disse Mi#uel% pe#ando na alça do carrinho.

 (obE resmun#ou e Leanna re,ou para ue no fosse em ta#alo. 8la nunca encontraria umadesculpa para e0plicar como seu irmo de dois anos sabia a l'n#ua melhor ue ela!

Leanna pe#ou uma das fatias de papaia ue 5ora lhe dera para o caso de (obE carirritado e a deu para seu meio-irmo. (obE% colocando uma das pontas na boca% começou amorder satisfeito. Leanna esperava ue auela papaia durasse muito tempo.8les passaram por v)rias barracas de comida% mas Mi#uel parecia estar procurando umaem especial.- 8nto ... me conte sobre a sua vida nas 6ilipinas $ disse Leanna% tentando romper o brevesil;ncio.Mi#uel continuou andando. - Viv'amos em um vilare+o a#r'cola em Lu,on% a maior ilhalipina. Meus pais cultivavam arro, e todos ns a+ud)vamos na colheita. ('nhamos umcarabao chamado Boni% ue eu at& montava para ir escola s ve,es.- Voc;s no tinham carro@ - per#untou Leanna com curiosidade.- >h% t'nhamos um +ipe. 8 viv'amos numa casa com eletricidade e encanamento% se eraisso ue voc; ia per#untar em se#uida.- Bu0a% ue al'vio - Leanna murmurou. Bor um minuto% pensou ue Mi#uel estivesse presoem al#uma estranha armadilha do tempo.- >pesar de ue - Mi#uel continuou ponderadamente - acho ue seria incr'vel viver numacabana de bambu na selva.Cma#ine s% tomar banho no rio% dormir no cho e catar cocos da )rvore. eria to le#al...como acampar o tempo todo. Voc; #osta de acampar% Leanna@- 9laro - Leanna sorriu de leve. "s Van Haver tinham ido acampar al#umas ve,es% mas

como o pai e ?elli eram al&r#icos a uase tudo% eles haviam cado numa #rande motor-home% com camas confort)veis e um sistema de ltra#em de ar.- Voc; sabia ue ainda h) al#uns pi#meus em )reas remotas da Uoresta tropical@ -continuou Mi#uel. eus olhos brilhavam e um sorriso iluminava o seu rosto. - Vou fa,erminha especialidade da faculdade em antropolo#ia% a' vou voltar s 6ilipinas e viver deverdade numa aldeia nativa. Vou comer a comida deles% me +untar a seus rituais% fa,ertudo o ue eles fa,em. Vai ser to le#al!

- Barece... interessante. - Leanna conse#uia ima#inar passar f&rias numa ilha tropical numbelo hotel com ar-condicionado. Mas viver na Uoresta ... de +eito nenhum!>ntroplo#os eram pessoas sobre as uais se lia nas aulas de estudos sociais. Velhos.<in#u&m ue ela conhecia na escola ueria ser antroplo#o. > prpria Leanna no sabia

ainda o ue faria depois da faculdade% mas seria al#o fascinante e estimulante. <oenvolveria beber )#ua de rios ou contrair al#uma doença tropical rara. (alve, ela continuasse a trabalhar como modelo. 8la e ?elli +) haviam aparecido emcat)lo#os e desles de moda por todo o norte da 9alifrnia. Mesmo ue sua bai0a estaturaa dei0asse limitada a trabalhar sempre como modelo de roupas para pr&-adolescentes.er) ue deveria contar a Mi#uel sobre seu trabalho como modelo@ "s namorados de ?ellisempre achavam le#al.9laro% sem d:vida! >t& parece ue um futuro antroplo#o ia se impressionar com umamodelo adolescente! 8le a acharia uma #rande f:til% isso sim!Mi#uel uebrou o sil;ncio com uma risada. - 5esculpe. 8u no uis dar uma aula. <emtodo mundo #osta de cultura anti#a% como meu irmo vive me lembrando.- (udo bem. 8u acho le#al - armou Leanna% enuanto o se#uia pelo meio da multido%admirando seus ombros lar#os. Leanna pensou ue% de al#uma forma% l) no fundo% Mi#uele ela eram i#uais. /uando Mi#uel falou ue sentia falta das 6ilipinas% Leanna dei0ouescapar ue ela tamb&m estava com saudades de sua fam'lia em 6air "a7s. Mas isso eraloucura. Mi#uel era completamente lipino% por dentro e por fora. 8le nunca aceitaria sua

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fam'lia americana.8la no poderia se apai0onar por Mi#uel armiento% resolveu Leanna. 8les viviam emmundos completamente diferentes.

Quatro

- 9he#amos - avisou Mi#uel% parando em frente a uma barraca com um toldo listradovermelho e branco. - > melhor lumpia do festival.

- 9omo voc; sabe ue & a melhor@ - per#untou Leanna% e0aminando a mulher com umavental branco atr)s do balco. 8la era mais bai0a ue Leanna e seu cabelo escuro tinhamechas brancas.> mulher riu. - (odo rapa, acha ue a comida de sua me & a melhor.- Mas% no meu caso% uase todos em an 5ie#o concordam comi#o. Mame & a chef doLu,on Aardens Pestaurant $ e0plicou Mi#uel. - Ma% esta & Leanna Mali# e seu irmo (obE.- ?umust) 7a@ - a senhora armiento deu um lar#o sorriso e estendeu a mo para Leanna.Leanna a apertou com cuidado% como se estivesse na d:vida sobre o ue fa,er.- Ma% fale in#l;s - Mi#uel sussurrou para a me. $ Leanna no entende ta#alo.> me de Mi#uel encolheu os ombros% parecendo meio decepcionada.8nto cumprimentou Leanna em in#l;s e olhou para (obE% ue estava dormindo nocarrinho% se#urando um pedaço #rudento de papaia. - /ue an+inho!

- <o uando est) acordado. - Leanna sorriu. >pontando para os rolinhos escuroscrocantes na panela% per#untouF - 8stas lumpias so de carne de vaca ou de porco%senhora armiento@- 6i, das duas. (enho al#umas de cada. $ > me de Mi#uel pe#ou uma concha de arro,fume#ante% colocou num prato de papel% e ento completou com as lumpias uentes.8nuanto dava o prato a Leanna% per#untouF - Voc; +) esteve nas 6ilipinas@- <o - admitiu Leanna% parecendo desconfort)vel de novo. - Mas #ostaria de visit)-Caal#um dia.Mi#uel sentiu pena dela. 8ra diferente de criticar seu irmo% ue tinha virado as costaspara a sua herança. 8nuanto Pamon escolhera copiar o pior da moda e docomportamento americanos% os pais de Leanna no tinham lhe dado escolha.

- Leanna #osta da 9alifrnia% Ma. empre Eiveu aui $ a+udou Mi#uel.- Voc;s adolescentes uerem todos ser americanos. - " rosto redondo de sua me pareceutriste e Mi#uel se per#untou se ela estava pensando em Pamon e 9arrie% ue no haviamaparecido no festival. - "s 8stados Gnidos so um timo pa's% mas voc;sno deveriam esuecer os costumes das 6ilipinas.- R por isso ue estou aui - disse Leanna. - /uero aprender.- Voc;s deviam ir barraca dos livros. Minhas lhas% ita e Marta% esto trabalhando l)a#ora. Beçam uma indicaço de al#um livro bom de histria e de al#umas tas em lipino.- Csso est) parecendo muito a escola% Ma $ interrompeu Mi#uel% lembrando-se dae0presso no rosto de Leanna uando ele se empol#ou com sua conversa antropol#ica.<o ueria ue ela achasse ue era um completo bolha% ue no fa,ia nada% al&m de

estudar!- 8i% vamos assistir dança da vara - su#eriu Mi#uel. Meu irmo <oriel e sua esposa vodançar.Leanna pareceu surpresa. - /uantos lhos a senhora tem@ - ete - respondeu a senhoraarmiento. - <oriel% ita e Marta +) t;m suas prprias fam'lias% ento os :nicos em casaso Mi#uel% 9arolina% Pamon e *oE. 8u era a mais velha de tre,e lhos e a+udei minha mea cuidar dos menores. 6ico feli, em ver ue voc; tamb&m a+uda sua me% Leanna. /uantosirmos voc; tem% al&m de voc; e (obE@- om% eu... eu tenho mais dois irmos - disse Leanna hesitante.- (om)s e Yuan. "s dois mais novos do ue eu.- Voc; no tem irms@ - per#untou a me de Mi#uel.- >h% no% nenhuma. - Leanna deu uma mordida r)pida na lumpia. - Humm% isto est) uma

del'cia!Mi#uel no compreendia por ue Leanna parecia to nervosa% ele s tinha presentado asua me% ue estava lhe per#untando sobre a sua fam'lia ...9laro. 8ra isso. 8la provavelmente achava ue ainda era muito cedo para conhecer a me

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Leanna a+oelhou-se ao lado do carrinho% com o cabelo caindo-lhe sobre o rosto% enuantose abai0ava para pe#ar o pacote de fraldas. Bela primeira ve,% estava contente de ter uetrocar (obE. e o seu meio-irmo no tivesse começado a #ritar% ela poderia ter bei+adoMi#uel! 8la deveria estar enver#onhada% pensando em bei+ar um estranho uando +) tinhaum namorado. Mas no estava. 8la se sentia como se pertencesse a Mi#uel. <o apenasela uase o bei+ara% mas tamb&m uase contara a ele sobre seus pais divorciados% e sobrecomo ela se sentia estranha e desconfort)vel sendo a :nica pessoa de pele morena numafam'lia de americanos loiros.

Leanna acabou de trocar (obE e0atamente uando a encenaço da cerimnia decasamento começava no palco. (obE era #eralmente t'mido com estranhos% mas% uandoMi#uel esticou os braços% o menino subiu para seu colo e aninhou-se com um sorriso.Leanna descobriu ue estava pensando em como seria se fosse ela uem estivesse nosbraços de Mi#uel. 5iferente do alto cott% Mi#uel tinha a altura perfeita. e ele abrisse osbraços% ela poderia confortavelmente se instalar entre eles. eus l)bios estariam namesma altura. 8la no teria ue car na ponta dos p&s% e Mi#uel no teria ue se curvarapenas para bei+)-Ca - como ela e cott tinham ue fa,er. 8les podiam apenas se inclinarpara a frente at& ue seus l)bios se encontrassem.Leanna olhou de lado para Mi#uel. ua cabeça estava curvada% enuanto ele falavadelicadamente com (obE. 5este =n#ulo% Leanna reparou ue os c'lios de Mi#uel eram

lon#os e #ross"% como veludo ne#ro. Te eu tivesse c'lios assim% nunca mais teria ueusar r'mel!O

9onforme o casamento prosse#uia no palco% Leanna mer#ulhou numa fantasia de seuprprio futuro. 9omo seria se ela e Mi#uel se casassem@ 8les teriam um lindo casamento%como auele% com m:sica de Uauta e ele#antes t:nicas bordadas. 8les iriam morar ...onde iriam morar@ <o em 6air "a7s% 9alifrnia. <o havia pi#meus para serem estudados.

 (amb&m no nas 6ilipinas. 8la no moraria numa cabana de bambu de +eito nenhum.<o palco% uatro homens% vestindo o ue pareciam saias curtas listradas% se#uraram aspontas de dois pares de lon#as varas de bambu. 8les abriam e fechavam rapidamente asvaras% enuanto os m:sicos tocavam Uautas% violIes e uueleles. "s noivos descalçospulavam entre e em volta das uatro varas% dançando a#ilmente

fora de alcance% enuanto os homens de saias fa,iam as varas baterem com um estalo. >svaras eram nas% mas% uando os homens as batiam umas contra as outras% o estalo eramais alto ue a m:sica de fundo.- Gau% a dança da vara parece peri#osa - disse Leanna.- >posto ue no & dif'cil uebrar otorno,elo cando-se preso entre duas dessas varas.e havia al#o ue Leanna no podia suportar era ser pe#a ... numa fantasia rom=nticasem futuro. Melhor desistir de Mi#uel% e dos Mali#% antes ue eles se tornassem umaameaça felicidade dela em 6air "a7s. 9riar laços si#nicava se colocar numa posiçode sofrimento ue doeria muito mais ue um #olpe no torno,elo.

Cinco

- mais uma hora- implorou Leanna% entre#ando (obE para 5ora e olhando rapidamentepara tr)s. [timo% Mi#uel no a tinha se#uido. 8le a esperava na barraca de refrescos%comprando a bebida #elada ue ela tinha pedido.9arlos deu um lar#o sorriso. 8le parecia to feli,% Leanna sentiu uma pontada de culpa.- Voc; est) #ostando do festival@ $ per#untou.- "h% sim! $ e0clamou Leanna. $ R fascinante.9arlos% ainda vestindo a camisa lon#a e bordada ue parecia um vestido% ps os braços aoredor do ombro de Leanna. 8la tentou no se encolher% mas ainda se sentia estranha pertodele. >pesar de 9arlos ser seu pai biol#ico% ele era praticamente um estranho para ela.Gm estranho com um vestido! eu padrasto nunca sairia assim em p:blico.8 a roupa de 5ora! 8la estava linda em sua t:nica a,ul v'vido ue ia at& o +oelho e umablusa de renda por cima. (inha oru'deas brancas no cabelo e muitas +ias de prata.

<in#u&m se vestia assim em 6air "a7s.5ora esboçou um sorriso de provocaço. $ 5o ue voc; #ostou mais% Leanna@ 5a comida%da m:sica ou dauele #aroto bonito com uem eu vi voc; conversando@- 5e tudo $ murmurou Leanna% enrubescendo.

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- Venha% Leanna% uero te mostrar a e0posiço sobre a fundaço de 9ebu- disse 9arlos%com os olhos brilhando por bai0o das lar#as abas de seu chap&u de palha.- "bri#ada% mas prero andar so,inha. $ Leanna olhou atrav&s de 9arlos para lançar umolhar de pedido para sua madrasta.- 5ei0e-a ir% 9arlos. $ 5ora sorriu para Leanna% e acrescentou al#umas palavras em ta#alopara o marido.- 8ncontre-nos ao lado do palco em uma hora $ disse 9arlos.- "bri#ada. $ (entando i#norar as linhas profundas de preocupaço ue haviam substitu'do

o sorriso no rosto do pai% Leanna correu de volta para a barraca de refrescos onde dei0araMi#uel. eu coraço deu um sobressalto uando o viu sentado com as pernas cru,adassobre a #rama% se#urando dois copos de papel.

- (emos mais uma hora. $ disse Leanna% esticando a mo para pe#ar um copo. 8la deuuma olhada para dentro e depois olhou rapidamente para lon#e do repu#nanteemaranhado de pedaços de cantapulo boiando na superf'cie. $ Humm% ponche decantapulo. Barece #ostoso! $ mentiu.- Voc; no pode car mais tempo@ $ per#untou Mi#uel% tomando um lon#o #ole do seuponche.Leanna balançou a cabeça. 8la tinha de pe#ar um vo no dia se#uinte cedo e nem haviacomeçado a fa,er as malas.- 8 se eu prometer te levar para casa@ - ofereceu-se Mi#uel.

 (entando #anhar tempo% Leanna tomou um #olinho de ponche. 8la estava tentada a car%mas tinha ue fa,er as malas. >l&m disso% uma coisa era car com Mi#uel tarde% outraera sair noite% era muito mais s&rio.- "bri#ada% mas meus pais no vo me dei0ar ir para casa de carro com al#u&m ue noconhecem. o muito ri#orosos.- (alve,% se eles me conhecerem% te dei0em car para os fo#os de artif'cio. Bede a eles-insistiu Mi#uel.Leanna balançou a cabeça. >presentar Mi#uel aos Mali# seria suic'dio. 8la perceberiaimediatamente ue 5ora era muito +ovem para ser me dela% e ento descobriria ue tudoo ue ela tinha contado era mentira.

- <o posso. *) te disse% meu pai & ri#oroso. <o vai me dei0ar voltar para casa de carrocom um #aroto ue ele no conhece. 8le no me dei0a seuer sair com meninos. $ Leannafe, uma pausa% sentindo uma pontada de culpa. 8la no deveria di,er coisas assim sobre otranJilo 9arlos. e ela tivesse conhecido al#um rapa, le#al nauele vero% 9arlos teriadei0ado ue sa'sse com ele. Mas% por outro lado% 9arlos no havia lhe dado nenhumachance de encontrar al#u&m. >t& a#ora% ela passara cada minuto com a fam'lia Mali#inteira.

8la olhou de es#uelha para Mi#uel% com medo de ter ido lon#e de mais. " ue um caracom pais perfeitos pensaria de uma #arota ue reclamava do pai@ 8la esperava ue ele selevantasse e fosse embora.Mas Mi#uel no foi. 5ebruçando-se sobre a fai0a de #rama ue os separava% ele colocou

um dedo dobre o uei0o dela% levantando seu rosto #entilmente.- into muito sobre seupai. $ ele disse. $ Mas talve, ele mude de opinio uando souber ue eu sou realmente umcara le#al.Berto% uma Uauta de bambu tocava% mas Leanna uase no podia ouvir os acordes suavespor causa das batidas de seu coraço. 5e repente% o rosto de Mi#uel% os l)bios de Mi#uel%estavam muito perto dos seus% e ela mer#ulhava em seus doces olhos escuros.Leanna sussurouF - >ntes de convencer meu pai% voc; ter) de me convencer.8la fechou os olhos% enuanto os dedos rmes% mas delicados de Mi#uel% se enrolavam noscabelos dela% pu0ando-a em sua direço. eu bei+o foi um toue lev'ssimo de seus l)biosnos dela.8la abriu os olhos. Mi#uel estava sentado com as pernas esticadas na sua frente./uando Leanna começou a se apro0imar dele% desdobrou as pernas e acidentalmentederrubou seu copo de ponche de cantalupo.- "h! 5esculpe! $ ela e0clamou. > bebida derramada passara perto de seu novo vestidoamarelo e ca'ra direto nas calças de Mi#uel. 5o +oelho para bai0o% suas calças +eansestavam manchadas com o espesso l'uido laran+a.

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- (udo bem $ disse Mi#uel% olhando a su+eira. $ Volto +)! $ Leanna observou enuanto ele sediri#iu barraca de refrescos para pe#ar al#uns #uardanapos." encanto se uebrara.

Gma hora depois% Leanna e Mi#uel estavam sentados em cadeiras dobr)veis perto dopalco% mascando balas de tamarindo e ouvindo m:sica. 5e repente% os Mali# apareceramna frente deles. Leanna levantou imediatamente da cadeira% precisava se afastar antesue Mi#uel os conhecesse.

- L) est) a minha fam'lia! $ Leanna apontava va#amente na direço deles. $ "bri#ada portudo% Mi#uel $ disse sorrindo $ R melhor eu ir.

Mi#uel pe#ou sua mo e a se#urou. $ Han##an# sa multi $ murmurou% olhando nos seusolhos.- " ue si#nica isso@ $ per#untou% sentindo o calor de sua mo% a pro0imidade do seucorpo. Gma parte dela ueria se soltar e fu#ir% outra ueria car ali para sempre.Mi#uel sorriu #entilmente. $ e voc; conse#uir repetir% te conto.N>#ora sei como 9inderela se sentiuO% pensou Leanna% dando uma olhada para sua fam'lia%ue se apro0imava rapidamente. NBrecisando ir embora rapidamente% mas uerendo muitocar...O.8la tentou repetir a frase% tropeçado sobre as s'labas desconhecidas. Mi#uel deu umarisadinha. 8la tentou novamente% mais deva#ar.- Melhor. $ disse Mi#uel. $ /uase perfeito.- >#ora me di#a o ue si#nica $ insistiu ela.- 5e certa forma% si#nica adeus $ e0plicou Mi#uel. $ Mas% como no uero te di,er adeus%usei uma frase ue si#nica literalmente N>t& ue nos encontremos de novoO.Mas ela sabia ue nunca se encontrariam de novo. 8ra muito tarde para contar a verdadea Mi#uel. Mesmo ue ele no se importasse dela morar a centenas de uilmetros% Leannano ueria um romance dist=ncia. <o se podia andar de mos dadas com uma carta.<o se podia levar um telefone sem o ao baile.8 cott@ " pobre cott estava em casa% com saudade dela% esperando por ela. >t& a#oraela no fora realmente desleal% Leanna disse a si mesma. <o havia nada de errado em

olhar para outros #arotos% conversar com eles% ou at& sonhar com eles. /uanto ao bei+o...bem% ela o havia interrompido ao espirrar o ponche de cantapulo sobre Mi#uel. (udo ueela ,era fora perfeitamente inocente. Mas% se escrevesse para Mi#uel ou li#asse para ele%ento estaria en#anando cott de fato. 8 isso no seria +usto com nin#u&m.

Leanna soltou a mo de Mi#uel. $ Pealmente tenho ue ir $ murmurou.Mi#uel enou a mo no bolso% tirou um toco de l)pis e rabiscou al#o num #uardanapo depapel. $ >ui est) meu telefone% Leanna. Me d) o seu@N"h% bele,a!O /ue desculpa ela daria a#ora@ e ela lhe desse o telefone dos Mali# em an5ie#o% eles lhe contariam ue ela morava em 6air "a7s. e ela lhe desse seu telefone de6air "a7s $ ou os Mali# o ,essem $ ele poderia li#ar% mas ela teria ue lhe e0plicar. 8 ual& a vanta#em de ouvir a vo, dele se ela no podia ver o seu rosto@

- Meus pais no me dei0am dar nosso telefone. $ mentiu Leanna. $ 8les mal me dei0amus)-lo.- <o acredito ue eles se+am to ruins assim $ disse Mi#uel irritado. $ Bor ue voc; nome dei0a falar com eles@- <o! $ Leanna #ritou. $ /uero di,er% esta no & uma boa hora. Meu pai est) com pressade voltar para casa. eu pro#rama favorito de televiso vai começar e ele ca muitochateado de perd;-lo.- 8le no pode esperar cinco minutos@- Voc; no conhece o meu pai $ disse Leanna. eu rosto corou com as mentiras ue estavadi,endo% mas no havia outro +eito. $ 8le tem um #;nio muito dif'cil. 8le tamb&m #uardaressentimento. e voc; o ,er perder seu pro#rama de (V favorito% ele nunca mais vaidei0ar eu lhe ver.8ssa era a mais ultra+ante mentira ue Leanna +) contara. 9arlos nunca levantara a vo, nasua frente e muito menos cara bravo. >inda assim% parecia estar funcionando. Mi#uelolhou para 9arlos Mali# como se ele tivesse chifres e rabo.- <o uero incomod)-lo $ disse Mi#uel com cuidado.

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- oa escolha $ concordou Leanna% rindo nervosa por dentro. >bai0ou a cabeça% dei0andouma cortina de cabelo esconder seu rosto. $ /uando meu pai e0plode% d) medo. $ emdi,er mais nada% virou-se e saiu correndo% seu lon#o cabelo desli,ando atr)s dela.- Leanna! $ #ritou Mi#uel. $ (elefone% ta@

8la olhou para tr)s. Bor um momento% vendo Mi#uel parado contra um cen)rio depalmeiras e bandeiras 6ilipinas% ela teve vontade de se +o#ar nos seus braços fortes econfessar tudo.

<o% era melhor esuecer Mi#uel. 8 se convencer de ue tinha sido s uma histriarom=ntica para compartilhar com ?elli uando che#asse em casa.- 8u li#o $ mentiu ela% 8nto% correu em direço aos Mali# sem olhar de novo para Mi#uel.8la s ueria ue seu conto de fadas pudesse continuar... e ue pudesse terminar com umNfeli,es para sempreO $ em ve, de um adeus.

Seis

- Bor favor% apertem os seus cintos de se#urança. <osso piloto est) começando oprocedimento de descida. Vamos aterrissar em acramento em apro0imadamente uin,eminutos.> vo, do comiss)rio de bordo continuou falando sobre n:meros de portIes e vos de

cone0o% mas Leanna no escutava. *) ouvira a parte mais importante. Lo#o estaria emcasa!Leanna fechou a revista de bordo e a colocou atr)s do assento a sua frente. 5epois deapertar o cinto% olhou pela +anela. <o se via nada% al&m de nuvens e partes da asa doavio% mas ela sabia o ue estava l) embai0o. ua fam'lia. ua me% seu padrasto e ?elli%esperando pelo seu avio.cott poderia estar no aeroporto tamb&m. > menos ue tivesse ue trabalhar. >ssim comoLeanna e ?elli% cott freJentava a aEside >cademE% uma escola particular de teatro paracrianças. cott% alto e soci)vel% ueria ser diretor de cinema. 8le uase sempre tinha umac=mera ou camcorder nas mos. <o seu tempo livre% #anhava dinheiro e0tra lmando osdesles de moda da escola.6echando os olhos% Leanna pensou em cott. >l#uns dos #arotos de aEside $ os esnobes-o achavam estranho% mas Leanna achava cott diferente% ele era mesmo le#al.Gma ve,% eles foram a uma lo+a supertransada de roupas para comprar fantasias para umapeça da escola e cott comprou mais roupas para ele ue para a peça. Zs ve,es% ele vestiacalças listradas de al#um terno anti#o com um colete 0adre, de outro. <o importava ouo estranha era a combinaço% cava bem em seu corpo lon#o e ma#ro. eu cabeloloiro liso #eralmente ca'a sobre seus olhos a,uis p)lidos% escondidos atr)s dos culos comaro de metal. Zs ve,es% ela o pe#ava olhando para o espaço% como se sua mente estivesseem al#uma cena distante% ue ele esperava capturar em lme.

Leanna sorriu% pensando em como tinha visto cott na :ltima ve,. 8le tirava fotos%enuanto ela embarcava no avio para an 5ie#o% em +ulho. Mas ento sua #ura tinhacado apa#ada% como uando a lente da c=mera ca fora de foco. Leanna apertou asp)lpebras mais forte% tentando focar a ima#em. Mas% uando a ima#em emer#iu% o #arotono seu olho da mente no era cott.8ra Mi#uel. Leanna lembrava de seus olhos escuros% seu sorriso f)cil% o breve e suavetoue de seus l)bios ue prometiam muito mais.eus olhos se abriram de repente. N(enho ue para de pensar em Mi#uelO.8nuanto o avio pousava no aeroporto de acramento% Leanna pe#ou sua mochila docompartimento de ba#a#em e foi uma das primeiras passa#eiras a sair do avioprocurando sua fam'lia na multido.<o era dif'cil ach)-los. ?elli% ue era alta% pulava. ua camisa rosa-choue e shorts damesma cor eram to chamativos ue ela se destacaria% uer acenasse os braços ou no.Leanna no pde dei0ar de sorrir. e pudesse descrever sua irm com uma palavra% esta

seria NborbulhanteO. ?elli daria uma #rande l'der de torcida. Ho+e% ela tinha seu lon#ocabelo loiro platinado preso num rabo% ue pulava para cima e para bai0o% enuantotentava chamar a atenço de Leanna.- 8stou te vendo% ?elli! $ #ritou Leanna. $ 9alma!

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Bassando a mochila para o outro ombro% Leanna moveu-se na multido na direço de suafam'lia. >ntes ue pudesse di,er oi% ?elli envolveu Leanna num abraço apertado.- 8stou to feli, por voc; estar em casa! Barecia ue voc; estava muito lon#e h) anos!- (amb&m senti sua falta $ disse Leanna% retribuindo o abraço de ?elli. $ (enho tanta coisapara te contar!- 8u tamb&m! $ e0clamou ?elli. $ abe auele concurso de bele,a no ual me [email protected] ?elli uerida% espere che#armos no carro $ interrompeu #entilmente >lison Van Haver. $

5ei0e eu e seu pai abraçarmos Leanna.

?elli se afastou e Leanna abraçou sua me pela primeira ve, em dois lon#os meses. >senhora Van Haver era alta e tinha cabelo loiro-claro comprido. 8la vestia calças simplesde al#odo e uma camiseta lisa ue combinava com seus olhos a,uis acin,entados.- Voc; parece ue cresceu $ disse a senhora Van Haver% abraçando Leanna com força. $/uase no reconheci minha #arotinha.Leanna estranhou o +eito emocionado de sua me. >nal% ela s tinha cado lon#e doismeses! 5ando um passo para tr)s% Leanna levantou o uei0o e endireitou os ombros. $Voc; acha mesmo ue cresci@ $ per#untou esperançosa." padrasto de Leanna riu. $ <o% uerida% voc; ainda & a mesma an,inha.- Bapai! $ #ritou Leanna indi#nada. 8le no a chamava por auele apelido ver#onhoso h)anos!" senhor Van Haver abai0ou-se para bei+ar o rosto de Leanna% depois colocou sua mochilasobre seu ombro.- 9uidado% est) pesada. $ avisou Leanna.eu padrasto era alto e ma#ro. 8ntre seu trabalho como bibliotec)rio e suas fortesaler#ias% ele no sa'a muito para se a0ercitar.- 9ad; cott@ $ per#untou Leanna a ?elli% enuanto subiam as escadas rolantes para pe#ara ba#a#em. " senhor e a senhora Van Haver estavam al#uns de#raus atr)s das meninas.?elli encolheu os ombros. $ Voc; conhece cott. 8stava pronto para vir% uando seu ami#o$ auele cara bem velho% ual & o nome dele@- enhor Mancuso@ $ per#untou Leanna. >os noventa e tr;s anos% o senhor Mancuso era o

:nico ami#o de cott ue se ualicava como Nrealmente velhoO. Havia sido cameramannos primeiros anos de HollE\ood e cott estava fa,endo um document)rio sobre sua vida.- R% Mancuso. om% ele se lembrou de al#o e uis contar a cott. 8nto% cott correu para#ravar antes ue o senhor Mancuso esuecesse de novo- e0plicou ?elli. $ cott pediu parate pedir desculpas e disse ue li#a noite.

Leanna suspirou. $ <o me surpreende. /uando cott est) lmando al#o% ele mal selembra de comer. 8nto% ima#ino ue esperar sua namorada che#ar ao aeroporto & uerermuito.- Voc; est) maluca@ $ per#untou ?elli% enuanto elas desciam a escada rolante.- <o% no totalmente $ disse Leanna.

5urante os uarenta e cinco minutos de carro para 6air "a7s% Leanna contou sua fam'liasobre 9arlos e os meninos% a comida de 5ora% e a via#em deles para a 5isneEl=ndia. >:nica coisa ue ela no mencionou foi Mi#uel. 8la mal podia esperar para estar so,inhacom ?elli e contar-lhe todos os detalhes picantes.> oportunidade de Leanna che#ou depois do almoço% uando subiu para seu uarto paradesfa,er as malas. ?elli a se#uiu% oferecendo-se para a+udar. Leanna apenas assentiu coma cabeça. 8la +) vira a maneira como ?elli Narrumava as malasO depois das f&rias.Aeralmente enava tudo dentro da #aveta mais pr0ima e o ue no coubesse era +o#adono cho do #uarda-roupas.?elli foi at& seu uarto e voltou com um vidrinho de esmalte rosa-choue. 8la chutou assand)lias para lon#e e pulou na cama de Leanna.- "7% +) ouvimos a verso livre% a#ora me conte a parte boa. $ ?elli abriu o vidrinho deesmalte e tirou o pincel. $ Voc; conheceu caras interessantes em an 5ie#o@- um% realmente especial. $ Leanna abriu o ,'per de sua mochila e começou a #uardasas coisas nas #avetas. $ 8le & to bonito...- Voc; tirou uma foto@ $ per#untou ?elli% pintando o dedo esuerdo de rosa-choue.

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Leanna balançou a cabeça. $ <o. 9onheci ele ontem e +) no tinha mais lmes% acabeicom todos na 5isneEl=ndia. 9arlos e 5ora me levaram ao 6estival 6ilipino. $ Leanna virouos olhos.- 8speravam ue fosse uma #rande surpresa% me ensinar coisas sobre as 6ilipinas.9omo se 9arlos no estivesse me enando isso #oela a bai0o durante todo o vero!?elli assentiu. $ Pecebi sua carta. (oda auela comida horr'vel ue eles te fa,iam comer!9omo voc; a#Jentou@

- <o era totalmente ruim $ disse Leanna. 8la escrevera a ?elli depois ue 5ora servira

al#o chamado dinu#uan% parecia chocolate% mas era refo#ado com san#ue de porco. 8lacomeu umas colheradas antes ue 9arlos lhe e0plicasse o ue era. 8la estava brava comos Mali# e sua carta para ?elli ,era o dinu#uan parece muito pior do ue era na verdade.- om% de ualuer forma% acabei #ostando do festival. "lha o ue 9arlos me deu. $Leanna abriu o ,'per da sua sacola de roupas e tirou de dentro seu vestido amarelo.- <ossa% & maravilhoso. "lhe ue man#as lindas! $ ?elli sentiu o tecido de uma dasman#as entre seus dedos. $ /ue material & esse@ <o parece al#odo.- 6ibra de abaca0i $ disse Leanna. $ Le#al% n&@- R% sim $ concordou ?elli. $ Mas tem uma mancha embai0o.Leanna levantou a saia do vestido e viu uma mancha verde na parte de tr)s.- "h% no. 8spero ue saia uando lavar $ disse. $ 5eve ter acontecido uando eu e Mi#uelsentamos na #rama.- Ha! 8le & o cara bonito ue voc; conheceu@ $ per#untou ?elli.Leanna assentiu. $ im. Mi#uel e eu passeamos +untos pelo festival. >t& assistimos aencenaço de um casamento lipino.- oa rom=ntico. $ ?elli recostou-se sobre o travesseiro de Leanna% fechou o vidrinho deesmalte e o balançou com sua mo direita. $ 6oi por isso ue voc; rolou na #rama comele@- <s no camos rolando! est)vamos sentados. $ " calor subiu pelo rosto de Leannauando ela se lembrou ue Mi#uel havia feito mais do ue sentar. $ "7% ele me bei+ou $ eladei0ou escapar% apesar de ?elli no ter dito mais nenhuma palavra.- Barece s&rio. $ ?elli assoprou suas unhas :midas. $ 8nto... voc; vai v;-lo de novo@- 9omo@ $ per#untou Leanna. 8la enou al#umas camisetas numa #aveta e a bateu com

força. $ Mi#uel no vai esperar at& o 5ia de >ço de Araças ou at& o <atal ou at& uandoeu v) visitar 9arlos de novo. >pesar de ue% se eu vivesse l) o tempo inteiro...- 5e +eito nenhum! $ #ritou ?elli. $ Voc; no pode fa,er isso!

- <o estou plane+ando fa,er isso. $ Leanna voltou-se surpresa para ?elli. $ 8u s disse uese eu morasse em an 5ie#o. Mi#uel & to atraente. Mas eu moro aui% e no possoesuecer ue o cott e0iste! $ e0plicou.- Csso & verdade! 8 pense em tudo o ue voc; perderia se se mudasse para a casa do seupai $ disse ?elli. $ Voc; +) perdeu o 9oncurso Miss 9ocoa-(ropic (an. 8u perdi o primeirolu#ar% mas voc; poderia ter #anhado. (er um bron,eado ue dura o ano inteiro & uma#rande vanta#em sobre auelas concorrentes com bron,eamento articial.- "h% eu tinha esuecido completamente esse concurso. $ Leanna no conse#uia se ver

como rainha de um concurso de bele,a% mas tamb&m nunca ima#inava ser modelo at&?elli convenc;-la a matricular-se na aEside em ve, de numa escola p:blica. Barticipar doconcurso com ?elli teria sido divertido% mas visitar 9arlos tinha atrapalhado essepro#rama.- Voc; tinha ue ter visto a menina ue #anhou. $ ?elli prosse#uiu. $ 8la estava com umvestido dourado a#arrado com tiras de diamantes falsos. Voc; sabe auele vestido detafet) branco ue eu comprei@ Arande erro! 8u deveria ter vestido al#uma coisa comlante+oulas. 8u +uro% aueles +u',es s escolheram o vestido mais ele#ante% sem nemprestar atenço a uem estava dentro dele. Muitas outras concorrentes tamb&m acharama mesma coisa. Voc; uer ver a ta@ (enho uma cpia l) embai0o.- Mas eu nem acabei de arrumar as coisas $ reclamou Leanna% curiosa em saber por ue?elli estava to interessada no concurso de repente. <o era o h)bito de ?elli começar afalar dela mesma uando estavam falando de al#um #ato.- 8u te a+udo a arrumar as coisas mais tarde. $ ?elli pulou da cama% com cuidado para noborrar suas unhas :midas. $ Voc; tem ue ver o lmeF no vai acreditar em al#uns dosmais.

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Leanna dei0ou ?elli arrast)-la para fora do uarto% ainda falando sobre as roupas e ospenteados das outras concorrentes.

?elli li#ou o videocassete da sala de estar e elas se instalaram no sof) para assistir aolme. >li estava ?elli entrando na passarela% seu cabelo loiro arran+ado sobre a cabeça emelaborados cachos. Leanna reconheceu suas ami#as% ]endE e 5ehaun. 8la uase noreconheceu ara. 8m +unho% ara tinha cabelo castanho e comprido.- /uando ara virou ruiva@ $ per#untou Leanna% olhando para os cachos curtos de sua

ami#a.- Lo#o ue voc; via+ou $ respondeu ?elli. $ Voc; perdeu muitas coisas nesse vero.- 8nto perdi o novo penteado da ara. Bosso v;-lo amanh.- <o% no pode $ disse ?elli. $ <a semana passada% ela raspou a cabeça.Leanna encarou a tela. <o & ue o cabelo de ara fosse muito importante% nem mesmo oconcurso de bele,a. R ue a vida em 6air "a7s tinha continuado sem ela." tempo tamb&m no pararia para Mi#uel. 5aui a meses% se ele se lembrasse dela% elaseria a #arota ue mentira para ele% ue prometera telefonar e nunca o ,era.e ela pelo menos pudesse estar em dois lu#ares ao mesmo tempo! Mas ela tinha ueescolher. havia lu#ar para um rapa, de cada ve, no coraço de Leanna.- Leanna! $ a vo, de ?elli interrompeu seus pensamentos. $ 8u per#untei se posso pe#arsua blusa re#ata vermelha emprestada amanh!Leanna piscou. $ 9laro. Bosso ver o resto do lme mais tarde@- >onde voc; vai@ $ per#untou ?elli% enuanto Leanna levantava do sof).- Vou li#ar para o cott $ disse Leanna.6a,ia muito tempo ue no falava com seu namorado. Leanna esperava ue a vo, familiarde cott a a+udasse a esuecer a outra vo, delicada ue repetia% em sua cabeça% emta#alo% Nat& ue nos encontremos de novoO.

Sete

- 9laro ue uero te ver de novo. - Leanna encostou na parede da co,inha% enrolando o obranco do telefone em volta do braço. - Mas% 9arlos ...- Leanna - interrompeu-a delicadamente seu pai. $ <o uero ser chato% mas si#nicariamuito para mim se voc; me chamasse de Ba. "u Bapa. 9hamar os pais pelo nome &desrespeitoso. <o &...- 8u sei% eu sei - interrompeu Leanna. - <o & o costume lipino. - Leanna sabia ue oslhos nas 6ilipinas chamavam os pais de TMaO e TBaO% mas ela no podia fa,er isso% eramuito caipira. TBapaT ento era ainda pior. (o infantil!- 8nto ... voc; vem nos visitar no 5ia de >ço de Araças@ - per#untou 9arlos.?elli apareceu na porta da co,inha% usando um vestido de l preto de man#as compridas ebotas pretas de camurça. uas roupas eram muito pesadas para meados de outono% masLeanna sabia ue ?elli vestiria at& um casaco de peles se ela achasse ue isso a#radaria orapa, com uem ia sair% Alenn Aarric7.- " 5ia de >ço de Araças no & uma boa &poca $ disse Leanna. - > vov Van Haver vai

dar uma festa. (oda a fam'lia tem ue ir% uerendo ou no.5a porta% ?elli #esticulava freneticamente para Leanna desli#ar.Leanna ps a mo sobre o fone. - 9inco minutos - disse a ?elli.- Alenn disse ue vamos che#ar atrasados para o lme - ?elli ,ombou.- 9inco minutos - repetiu Leanna% levantando os cinco dedos de sua mo esuerda.?elli saiu% e Leanna se concentrou no ue 9arlos di,ia.- 8ntendo ue os Van Haver se+am importantes. $ 9arlos parecia meio triste. - Mas sou oseu pai. Aostaria de ser parte de sua vida tamb&m.- 8u #ostaria de ir - disse Leanna. - Mas no posso decepcionar a vov.- 8ue tal outro m de semana@ <o precisa ser um feriado.- (enho ue per#untar para a mame - disse Leanna. <o ue sua me fosse se opor% mas9arlos no precisava saber disso. Gsar a me como desculpa era mais f)cil do ue e0plicar

como ela se sentia dividida entre suas duas fam'lias.

- ".7.% me li#ue depois ue falar com ela - disse 9arlos.- "s meninos sentem muito a suafalta. Voc; tem praticado ta#alo@

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>s tas de ta#alo ue 9arlos lhe dera estavam em seu uarto% mas ela nem se lembravaonde. 8la no as escutara nem uma ve, seuer.- (enho ue desli#ar% 9arlos - disse Leanna. - Meus ami#os esto esperando.- 8ntendo - respondeu 9arlos.5esli#ando o telefone% Leanna pe#ou sua bolsa pendurada numa cadeira e se diri#iu paraa sala de estar. cott estava l)% esperando com ?elli e Alenn./uando Leanna atravessou a porta% Alenn estava falando de seu assunto prediletoF elemesmo.

- 8u devia ter estado nauele comercial de +eans $ disse Alenn a ?elli% ue estava sentadaao lado dele no sof) de dois lu#ares. 8la o olhava com adoraço% como um bichinho deestimaço.- Mas eu nem conse#ui fa,er o teste. >posto ue meu a#ente deve estar se lamentando.8le mandou 8ddie >lvare, no meu lu#ar! 8le errou as falas no sei uantas ve,es e acabouescutando o famoso Tno nos li#ue% ns li#amos para voc;T. e auele a#ente tivesse umpouco de miolo% teria me indicado.T8% se tem al#uma coisa em ue Alenn & um especialista% & em uerer parecer sempre omelhorT% pensou Leanna. 8le era a estrela masculina de modelos da aEside >cademE etratava as #arotasda aEside como se fossem seu har&m pessoal.

<auela noite% Alenn vestia uma camiseta verde oliva e uma +aueta c)ui do e0&rcito.uas calças de camuUa#em estavam enadas dentro de coturnos. 8m ualuer outro% aroupa pareceria informal. Mas as botas de Alenn estavam to en#ra0adas a ponto debrilharem e suas roupas estavam superbem passadas. Alenn se #abava de ue no fa,ianenhum trabalho de casa. ua me fa,ia tudo para ele. Leanna se per#untou se elatamb&m penteava as duas ondas impec)veis do cabelo castanho claro de Alenn.

- "i% Leanna. - Alenn interrompeu sua histria para dar um sorriso ue teria derretido amaioria das #arotas de aEside. Leanna at& poderia admirar o sorriso de Alenn tamb&m%se ele notivesse contado a todo o mundo repetidamente uanto dinheiro seus paishaviam #astado com seu tratamento ortodntico.- Voc; est) bonita - continuou Alenn. eus olhos percorreram as le##in#s pretas e a blusa

com uma estampa tropical colorida de Leanna. - Mas #osto de minhas mulheres de saia.- /ue bom ue no sou sua mulher - retrucou Leanna% +)lamentando esse pro#rama antesmesmo de ter sa'do de casa!?elli% no escondendo um certo nervosismo% olhou de Alenn para Leanna e disseF - Vamos%seno perderemos o lme.>o som da palavra TlmeT% cott levantou r)pido a cabeça. Bela primeira ve,% pareciaperceber ue no estava so,inho na sala.- 8i% & mesmo% & melhor irmos andando. - cott se levantou% suas lon#as pernas sedesdobrando como uma escada. 8le vestia uma de suas roupas transadas% calças lar#aspretas pre#ueadascom uma camisa de seda cin,a e um colete com broches. >s roupas em si eram maisele#antes ue as de Alenn% mas estavam informalmente amassadas% com as man#as

pu0adas acima dos cotovelos de cott.8nuanto ?elli e Alenn se diri#iram para a van de Alenn% Leanna pe#ou o braço de cott eo se#urou para tr)s. 8m vo, bai0a% ela per#untouF - Voc; ouviu o ue auele bolha medisse@cott piscou. - 9laro ue no. <unca presto atenço no Alenn.- 8le disse ue #osta ue suas mulheres vistam saias! $ Leanna disse. - 8 olhou para mimcomo se esperasse ue eu corresse para me trocar!- Bor ue fa,er tanto carnaval por isso@ - per#untou cott suavemente. - Alenn &inofensivo. <em d; bola.Leanna encolheu os ombros e se#uiu cott para a van de Alenn. cott tinha ra,o. <ofa,ia sentido começar uma discusso por causa desse coment)rio idiota de Alenn.

/uando che#aram ao 9inedome% Alenn insistiu em rodar dentro do estacionamento paraencontrar o local mais se#uro para estacionar sua van personali,ada. /uando nalmenteche#aram bilheteria% no havia mais in#ressos.- R tudo sua culpa% Leanna - disse Alenn% - voc; cou muito tempo no telefone.

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- em% me desculpe% ua Ma+estade! - respondeu Leanna cansada daueles coment)rios. -<o fui eu ue uei rodando no estacionamento a noite inteira.- 6iuem frios% voc;s dois - disse cott% se colocando entre Alenn e Leanna. - H) outroscinemas aui. Vamos escolher outro lme.Alenn lançou um r)pido olhar para os an:ncios dos lmes. - Voc; deve estar brincando.o todos lmes para babacas% e0ceto Hard *ust'ce.- 5e +eito nenhum! - e0plodiu Leanna. - <o vou assistir a um macho idiota e0plodindopr&dios por duas horas.

cott apertou-lhe a mo. <o porue a amasse% mas porue ueria ue se calasse.- (enho certe,a de ue podemos achar al#o de ue todos #ostemos - disse cottcalmamente. - /ue tal 6all'n# for ou@ R uma com&dia rom=ntica% estreando.- 8sses lmes pie#as so para #arotas - interrompeu Alenn. - "u assistimos Hard *ust'ce ouvou embora.?elli apro0imando-se de Leanna cochichouF - (enta entrar num acordo com Alenn. Borfavor. - <uma vo, mais alta% ela acrescentouF - Hard *ust'ce parece timo% Alenn.cott tentou se#urar a mo de Leanna% enuanto eles atravessavam o sa#uo% mas ela apu0ou% brava. Leanna estava brava com todosF cott% Alenn% ?elli% e at& com ela mesma.>#ora teria ue assistir a um lme barulhento e violento sem vontade. 8la e cottdeveriam ter comprado in#ressos para 6all'n# for ou% e ter dei0ado Alenn e ?elli

assistirem a Hard *ust'ce. Mas a#ora era tarde demais.>ps passarem pelo porteiro ue cortou os in#ressos% Alenn e ?elli foram direto ao bar. >osentir o cheiro de pipoca amantei#ada% o humor de Leanna melhorou um pouco. (alve, anoite no fosse um desastre total. Gm pouco de pipoca amantei#ada% uma limonada#elada e um sauinho de AummE ears poderiam melhorar seu astral.- Voc; uer pipoca@ - per#untou cott como se tivesse lido seus pensamentos.Leanna ia aceitar% mas cou sem fala uando viu o rapa, atr)s da m)uina de pipoca. Gmcabelo ne#ro liso emoldurava uma face de menino com olhos escuros amendoados. >ssimcomo os outros funcion)rios do cinema% ele vestia um colete vermelho sem #raça e uma#ravata-borboleta boba com calças compridas brancas de poli&ster bem feias. Mas% at& deuniforme% Leanna observou seus incr'veis braços musculosos% suas mos fortes e seu peito

lar#o.Leanna en0u#ou as palmas :midas de suas mos em suas le##in#s escuras. 8la ouvia seucoraço bater to forte ue tinha certe,a de ue todos podiam escutar.NMi#uel!T pensou. N(em ue ser ele!T Mas como@ Mi#uel mora em an 5ie#o. 9omo podeestar trabalhando num cinema a centenas de uilmetros de casa@- >cho ue , uma per#unta idiota - disse cott% rindo. 9laro ue voc; uer pipoca.8le se virou para se#uir ?elli e Alenn at& o balco% mas Leanna apertou-lhe o braço. - <o%obri#ada! <o uero nada.cott parecia preocupado. - Bor u;@ Voc; est) doente@ Voc; nunca assiste a um lmesem comer uma tonelada de boba#ens.- R ruim para a minha pele. (enho um desle de moda lo#o - disse Leanna rapidamente%escondendo-se atr)s de cott. 8la estava aliviada de poder se esconder atr)s dos seus

ombros. Bela primeira ve,% estava feli, por ser bai0inha. e o rapa, das pipocas fosserealmente Mi#uel% ela no ueria ue ele a visse com cott!- Mas voc; nunca tem espinhas - disse cott.

Leanna n#iu uma risada. - empre h) uma primeira ve,. Bor ue arriscar@ - entindo ueestava chamando muito a atenço com sua camisa Uorida% Leanna escondeu-se aindamais atr)s de cott.- o ue est) acontecendo de verdade% Leanna@ $ cott per#untou com a vo, mais bai0a.8la tinha ue sair dali - r)pido! >ntes ue seus +oelhos se dobrassem ou ue seu coraçopulasse para fora do peito. >ntes ue ,esse uma loucura% como correr at& o rapa, daspipocas e abraç)-lo. Ver Mi#uel de novo - se & ue era realmente Mi#uel - trou0e de voltatoda a e0citaço ue ela sentira durante o primeiro t'mido bei+o deles. Mas e se Mi#ueldescobrisse tudo sobre as mentiras dela ... sobre cott@8la morreria!- no estou com fome - respondeu. - <o & nada. Vamos% vamos entrar antes ue todosos bons lu#ares se+am ocupados.- Mas eu achei ue voc; no dava a m'nima para Hard *ustice. - >parentemente confuso%

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cott dei0ou Leanna arrast)-lo para a sala escura.- e tenho ue assistir a um lme ruim% no uero car sentada atr)s de al#u&m enormena minha frente - respondeu Leanna. 8la andou r)pido pela sala de cinema% contente porestar sucientemente escuro para esconder o rubor em sua face. e estivesse vermelhacomo sentia% ela devia estar parecendo um carro de bombeiros.8la sabia ue estava sendo boba. Brimeiro% no podia ser Mi#uel. 8% se por al#um mila#re%fosse% a estas alturas ele +) deveria t;-la esuecido.T tenho ue descobrir se & eleT% pensou Leanna% enuanto ela e cott se sentavam no

fundo da sala.cott tocou sua mo e ela uase #ritou. - " ue h) com voc; ho+e@ - per#untou. - Brimeirovoc; ca muito uieta% depois pula tr;s metros. " ue est) havendo@> preocupaço de cott fe, Leanna sentir-se ainda pior. 9omo ela podia at& pensar emoutro cara% se cott era to doce@- 8stou bem - disse.

cott começou a di,er al#o% mas ento Alenn e ?elli apareceram com um enorme pacotede pipocas. Leanna% ue estava sentada ao lado do corredor% levantou-se para dei0)-lospassar. > pipoca cheirava to bem ue a boca de Leanna encheu-se de saliva.- /uer um pouco@ - per#untou ?elli% oferecendo o pacote a Leanna.- <o% obri#ada. - Leanna no podia aceitar% depois de fa,er tanta histria para recusar-sea comprar pipoca.Alenn sentou-se ao lado de cott e começou a falar num tom sucientemente alto paraue Leanna pudesse ouvir. $ Leanna no uer pipoca@ Bosso te emprestar dinheiro se voc;no tiver%cara.Leanna no conse#uiu ouvir a resposta de cott% mas ento Alenn falou de novo% mais altoainda. - 5e +eito nenhum. 8scuta% sei como fa,er uma #arota feli,% sempre dou o ue elasuerem.Leanna olhou Alenn com repulsa. <o podia acreditar no ue estava ouvindo. 8 ento%para completar% Alenn ousou piscar para ela% enuanto as lu,es se apa#avam e a salacava escura.

Alenn a estava pauerando!Gm momento depois% uma confuso barulhenta de soldados% tanues e +atos de san#uee0plodiu na tela. /uando Leanna estava começando a se acostumar com o barulho% umatrasado passou correndo pelo corredor e se sentou no assento bem na frente dela.Gma mulher alta e loira% com um penteado de uase um metro de altura.Leanna #emeu. [timo. " cabelo de al#odo-doce na frente dela impedia-lhe de ver a partemais bai0a da tela.> moça deu uma olhada para cott. 6ilmes violentos de aço no eram os seus favoritos%mas ele estava prestando muita atenço% como fa,ia com ualuer lme a ue assistia.Aostava de estudar os efeitos especiais e os =n#ulos da c=mera. Leanna sabia ue s umterremoto poderia chamar a sua atenço antes dos cr&ditos nais.

T8u devia ir dar um passeio no sa#uoT% pensou Leanna. <o estaria fa,endo nada errados de olhar o rapa, da pipoca. 8la no teria nem ue falar com ele. uma olhada r)pidapara se certicar de ue no era Mi#uel. 8nto poderia rela0ar e aproveitar o resto danoite.9urvando-se% Leanna cochichou no ouvido de cottF- Vou ao banheiro. Volto lo#o.- Humm-humm - murmurou cott. eus olhos estavam #rudados na tela% enuanto umhomem sem camisa com muitas tatua#ens mirava um lança-chamas de dentro de um +ipe.Leanna apressou-se pelo corredor. 8nuanto o lme continuasse% cott no perceberia seela sumisse por cinco minutos ou meia hora.5emoraria s um se#undo para ir at& o bar e conrmar se era ou no Mi#uel.Leanna fechou os olhos e respirou fundo al#umas ve,es% do +eito ue sua professora depassarela a ensinara para rela0ar. /uando reabriu os olhos% sentiu-se um pouco maiscalma.Mas% ao apro0imar-se do bar% mal pde respirar. 8ntretanto% nin#u&m parecia reparar nisso."s tr;s funcion)rios de coletes vermelhos estavam ocupados. Gm rapa, loiro #orduchoestava re#istrando um pedido no cai0a. Gma #arota ruiva estava entre#ando um sorvete

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para um menininho. 8 um terceiro funcion)rio estava curvado sobre o balco. eu cabelone#ro brilhante e seus braços musculosos eram os de Mi#uel% sem sombra de d:vida.8le no olhou para cima. 9om as sobrancelhas fran,idas% esfre#ava o balco su+o com umaespon+a.T9orraT% pensou Leanna. T9orra r)pido para dentro% antes ue ele a ve+a!T- "i% Mi#uel.> cabeça de Mi#uel voltou-se rapidamente ao som de uma vo, feminina estranhamentefamiliar. 8le derrubou a espon+a no cho ao ver a delicada #arota com o ne#ro cabelo

sedoso solto parada perto do balco.Leanna! 8la continuava to bonita uanto nauele dia de a#osto no 6estival 6ilipino ... enas outras muitas ve,es% nos seus sonhos.

Leanna Mali#. 8le nunca esuecera o seu nome. 8% a#ora% l) estava ela% parada no balco%como um an+o sa'do do nada. <auele se#undo% ele lembrou o bei+o m)#ico deles. " touedos l)biosdela enviando uma onda morna por todo o seu corpo. Mi#uel pensara em Leanna comfreJ;ncia% mas uando sua fam'lia se mudara para acramento ele assumira ue nuncamais a veria denovo.-Leanna!- Voc;... voc; derrubou a sua espon+a. - Leanna a#achou se para pe#)-la e entre#ou-a aMi#uel./uando suas mos se tocaram% Mi#uel sentiu uma fa'sca de eletricidade entre eles. 8raLeanna realmente uem estava ali. <o era um sonho. - " ue voc; est) fa,endo aui@ -ele per#untou.Leanna no soltou a espon+a. - 8stou ... estou assistindo a um lme. 8 voc;@- 8stou limpando o balco - respondeu Mi#uel% sorrindo amarelo. 8le tirou a espon+a damo dela e a apertou de novo. 8ra muito melhor sem a espon+a molhada entre eles. - <opossoacreditar ue voc; est) aui. (anta coisa aconteceu desde ue te vi no festival. /uando tedei meu telefone% no tinha a menor id&ia de ue iria me mudar% e ...- Mi#uel - uma vo, )spera vinda de tr)s o interrompeu esta #arota vai comprar al#uma

coisa@Mi#uel no precisou se virar. 8le sabia e0atamente uem estava falando assim e podia vero olhar pretensioso de seu rosto. ua cole#a 5anette no #ostava dele e sempre tentavacolocar Mi#uel em diculdades.8le rapidamente soltou a mo de Leanna. - 8u estava +ustamente per#untando - ele disse.- enhorita% posso fa,er o seu pedido@- 8u atendo - disse 5anette. - Voc; vai passar um pano nauele l'uido derramado na salade tr)s.Mi#uel en#oliu sua resposta. " #erente do cinema% o senhor 8suiveC% tinha dei0ado5anette como encarre#ada nauela noite.- 8stou indo - disse Mi#uel com seu tom mais educado e voltando-se para Leanna. 5isseF -<o posso conversar a#ora.

- Vamos lo#o! - #ritou 5anette. - 9onversar com ami#os na hora do trabalho & contra ore#ulamento.- ".7.% o.7. - Mi#uel curvou-se na direço de Leanna e sussurrouF - 8u saio do trabalho meia-noite. Voc; pode me encontrar l) fora@Leanna pareceu hesitar e Mi#uel se#urou a respiraço. 6inalmente% ela disseF - 9laro.8starei aui.- Bromete@ - > palavra escapou e Mi#uel ueria poder apa#)-la% no ueria ue Leannaachasse ue ele estava desesperado.Mas os l)bios perfeitos de Leanna se curvaram num sorriso. 8nto% ela murmurouF -Brometo.5anette empurrou um esfre#o para Mi#uel. - Vai trabalhar namorador! TMi#uel assobiava enuanto se diri#ia lepidamente para o depsito na sala de tr)s. 8le malpercebeu a risada maldosa de (om e o olhar duro de 5anette. Bela se#unda ve,% contratodas as probabilidades%

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o destino lhe mandara a #arota dos seus sonhos. 8% desta ve,% ele no iria dei0)-laescapar.

Oito

- <o acredito ue voc; vai sair escondida. - ?elli se colocou na frente da porta do uartode Leanna e cru,ou os braços. 8la at& poderia parecer brava% se no estivesse vestindoum babEdoll com desenhos de ursinhos.

- 6iue uieta! Voc; vai acordar a mame e o papai. $ Leanna sentou pesadamente emsua cama e olhou o rel#io. (inha ue sair em cinco minutos% se uisesse cumprir suapromessa.?elli se encostou na porta fechada. - Voc; sabe ue no podemos sair depois da meia-noite. 8% se o papai descobrir ue voc; pe#ou o carro sem permisso% vai car proibida desair .at& ser muito velha para namorar.- 8le no vai descobrir. 8u +) volto. - Leanna olhou suplicantemente para a meia-irm. - 8uacordaria o papai e pediria permisso% mas estou com muita pressa.- 9laro% voc; sabe ue ele diria no - retrucou ?elli. $ Voc; +) teve um encontro ho+e.5uvido ue o papai te dei0asse ter outro.- Csso no & um encontro - respondeu r)pido Leanna. - vou conversar com ele.- 8 como voc; acha ue vai se sentir o cott uando souber ue voc; foi falar com esse

cara@ - inuiriu ?elli.- 5esde uando voc; tem problemas em sair com dois rapa,es ao mesmo tempo@" rosto de ?elli cou vermelho. - <o estamos falando de mim - disse% +o#ando para tr)sseu cabelo loiro prateado. - 8% de ualuer forma% nenhum desses caras si#nicou al#umacoisa para mim.- <em mesmo o Alenn@ - per#untou Leanna delicadamente.- Alenn se revelou o pior bolha de todos. - ?elli sentou-se% ainda mantendo a portafechada. - 8u o vi te pauerando. /ue no+ento!?elli fun#ou. Leanna pe#ou uma cai0a de lenços de papel da cmoda e deu para ela.- "bri#ada. - ?elli en0u#ou o nari, e respirou profundamente. - 8scute% Leanna% voc; nosabe como tem sorte de ter al#u&m como o cott. 8le & o :nico #aroto de aEside ue no

pensa s nele. 8le realmente li#a para voc;. Bor ue voc; arriscaria isso por um cara uemal conhece@

- (alve, voc; este+a certa - disse Leanna deva#ar% e se sentou no cho perto da meia-irm.cott era le#al e ela no ueria ma#o)-lo. Mas ela no sentia o mesmo frio no estma#ouando via cott ue sentia uando estava com Mi#uel.- Voc; disse ue Mi#uel & das 6ilipinas - ?elli continuou.- Voc; no est) se metendo num #rande problema@ Bense s na mame e no 9arlos. "upapai e Leslie.Leslie era a me biol#ica de ?elli. 9omo sempre% uando ?elli di,ia TLeslieT% ela crispavaos l)bios como se dissesse TmonstroO - ou Tbru0a m)T. 5iferentemente de 9arlos Mali#%Leslie Van Haver no telefonava nem escrevia para sua lha. Leslie dei0ara ?elli aos cinco

meses so,inha com o pai. 8 esta fora a :ltima ve, ue ?elli a vira.- e a mame e o papai tivessem se casado lo#o depois de terminar o col&#io% em ve, deirem para faculdades diferentes! ?elli suspirou. 8la +o#ou o lenço de papel usado na lata deli0o. - (eria sido to perfeito! Bapai no teria encontrado Leslie% e mame no teriaencontrado 9arlos.- 8 nenhuma de ns teria nascido - Leanna salientou.- R verdade% mas ima#ine o uanto mais feli,es teriam sido mame e papai. Voc; sabe porue os primeiros casamentos deles no deram certo! - ?elli a relembrou. - >s diferençasentre eleseram mais fortes do ue o amor.- Mas ns no somos nossos pais - disse Leanna% enrolando uma mecha de cabelo numdedo.

_1 - 9erto! - ?elli levantou-se de um pulo% acenando os braços com e0citaço. - <o temosue repetir os erros de nossos pais. ei ue Mi#uel parece e0citante e diferente% mas ele &diferentedemais. Voc; vai se dar melhor com al#u&m como cott.

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Leanna acabou rindo. - >calme-se% ?elli! 8u s vou ver Mi#uel% no me casar com ele.?elli descru,ou as pernas e levantou-se do cho. - im% mas por ue voc; vai encontr)-lo@- ?elli apertou os olhos. - Voc; vai contar a Mi#uel sobre cott@

- <o sei. - Leanna suspirou.?elli saiu de frente da porta. - Voc; pode di,er a ele ue auele bei+o em an 5ie#o foi suma coisa de f&rias de vero.- Vou pensar a respeito - prometeu Leanna. > verdade era ue ela no tinha a menor id&ia

do ue diria a Mi#uel. sabia ue tinha ue v;-lo de novo.- om% no demore - pediu ?elli enuanto Leanna abria a porta do uarto. - 8 tenhacuidado com o carro do papai.Leanna desceu as escadas escuras nas pontas dos p&s e entrou na co,inha. em acendera lu,% pe#ou as chaves do carro do pai no #ancho perto do telefone. > me sempremantinha suaschaves na bolsa% mas o pai dei0ava as suas onde ualuer um pudesse pe#)-las. Zs ve,esele tamb&m dei0ava dinheiro em ualuer lu#ar. (inha a teoria de ue se se mostrasseaos lhos ue se tinha conança neles% eles viveriam de acordo com as suas e0pectativas.Leanna odiava trair sua conança% mas no havia outro +eito. 9omo ?elli lembrara% pedirpara usar o carro estava fora de uesto. " pai certamente no dei0aria e provavelmenteacrescentaria ue% se Mi#uel uisesse v;-Ca% deveria vir casa durante o dia e encontrarcom ele e com a me.Leanna at& podia e0plicarF - em% papai% Mi#uel pensa ue 9arlos e 5ora so meus pais% oue o pai certamente interpretaria de forma errada.ilenciosamente% Leanna passou pela porta da #ara#em e acendeu a lu,. "lhou para orel#io e sufocou um #emido. [timo! 8la teria ue encontrar todos os faris verdes paraconse#uirche#ar ao 9inedome antes ue-Mi#uel sa'sse. 8la no ueria ue ele pensasse ue ela lhed;Ca um cano.TCsto no & um encontroT% Leanna se lembrou enuanto destrancava a porta do Volvobranco do padrasto e escorre#ava para tr)s do volante.Leanna apertou o boto ue abria a porta autom)tica da #ara#em e a porta de alum'nio

abriu-se lentamente. " barulho% ue Leanna mal escutava durante o dia% parecia como ode cem fantasmas balançando suas correntes. 6ora da #ara#em% nada se via al&m daescurido total.

Bor um se#undo% pensou em fechar a porta da #ara#em% voltar para o uarto e esuecer aid&ia de encontrar Mi#uel.Mas tinha prometido. 8la devia isso a ele% tinha ue ir% mesmo ue fosse s para di,er ueseus dois mundos nunca se encontrariam. Leanna virou a chave na i#niço. " motorroncou vivo eos faris penetraram a escurido como as lu,es de busca de um helicptero da pol'cia./uase em p=nico% Leanna apertou o acelerador e saiu antes ue perdesse a cora#em.Mi#uel mudou de posiço no banco de pedra do lado de fora da entrada do 9inedome.

5ali% tinha uma boa viso do estacionamento va,io. "lhou de novo para o rel#io. 8ra XXhlD.T8la vir)T% disse a si mesmo. Mas e se seus pais no a tivessem dei0ado sair@ 8stava toacostumado a sair do trabalho meia noite ue s ve,es esuecia como era tarde%especialmente para al#u&m com padrIes ri#orosos.Mi#uel fran,iu a testa% checando de novo seu rel#io. Bor ue no lhe ocorreu ue os paisde Leanna no a dei0ariam encontrar um desconhecido depois da meia-noite@ 8le noestavapensando certo mesmo.T8u deveria ter conhecido os pais delaT% disse a si mesmo.T(er passado al#um tempo com a fam'lia dela% antes de encontr)-la so,inha.TMi#uel tinha decidido ir embora% uando um Volvo branco parou com uma forte brecadaem frente ao pr&dio. Leanna saiu e encaminhou-se para o cinema% olhando da esuerdapara a direita enuanto atravessava a rua. ob a lu, da rua% Mi#uel viu ue ela vestia amesma blusa com Uores vermelhas e a le##in# preta% mas a#ora estava com uma +aueta

 +eans nos ombros.2S

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8le levantou para ue ela pudesse v;-lo. - Leanna% aui.Leanna viu Mi#uel perto da entrada do cinema. 8le ainda vestia o rid'culo colete vermelho%a camisa e as calças brancas. /uando che#ou mais perto% viu ue as calças dele estavammanchadas de chocolate% ou 9oca-9ola.

>o se apro0imar% Leanna no sabia se estava contente ou se se lamentava de no terdesistido e cado em casa. >inda no tinha id&ia do ue lhe diria.- 5esculpe% estou atrasada - começou.

- (udo bem. - Mi#uel sorriu para ela e por um momento% mesmo ue o pai a casti#assepara o resto da vida por ter pe#ado o carro% tinha valido a pena para ver o sorriso deMi#uel de novo.- Vamos para al#um lu#ar conversar - disse Mi#uel. $ (em um restaurante ue ca aberto anoite inteira mais par%a cima.- <o posso. - e ela fosse +antar com Mi#uel% denitivamente seria um encontro. Leannano ueria sair com Mi#uel at& ue tivesse tido a chance de terminar com cott. >l&mdisso% tinhaue levar o carro de volta antes ue o pai percebesse ue o carro - e ela - tinha sumido.- <o tenho muito tempo. (enho ue voltar para casa lo#o.- Leanna sentou-se num banco pr0imo. - Bodemos conversar aui mesmo.- ".7. - Mi#uel sentou ao seu lado.Leanna sentiu o calor da pele dele atrav&s de sua +aueta +eans% enuanto seus ombros setocavam no banco estreito. 8la sentiu o cheiro a#rad)vel da sua loço aps barba forte%misturado ao fraco% mas inconfund'vel% cheiro de pipocas amantei#adas.- 8nto ... o ue voc; est) fa,endo em acramento@ $ per#untou Leanna. - >l&m de venderpipocas% uero di,er.- Moro aui a#ora - disse. - (udo aconteceu muito r)pido. ei ue te contei ue meus paistrabalhavam no Lu,on Aardens Pestaurant.Leanna assentiu. - Lembro da lumpia da sua me. 8ra a melhor!- om% muita #ente tamb&m achava isso. Gm tal de senhor <ue, ue estava no festival -e0plicou Mi#uel. - 8stava pronto para inau#urar seu restaurante aui% uando o seu cheQoiembora.

8le foi ao festival em busca de al#u&m para substitu'-lo e ofereceu o trabalho a meus pais.8les +) vinham pensando em se mudar para c) mesmo - o irmo do meu pai mora aui.>cabamos de nos mudar h) al#umas semanas.- /ue bom para os seus pais! - e0clamou Leanna. $ Mas voc; deve ter cado chateado.Mudar de escola% dei0ar todos os seus ami#os...

- 8u tinha acabado de te conhecer% por isso no estava com nenhuma pressa de mudar -Mi#uel encolheu os ombros. $ >chei ue nunca ia te ver de novo se mudasse para c). Mastinha ue vir com meus pais.Leanna lembrou de 9arlos lhe di,endo ue as tr;s coisas mais importantes na culturalipina eram a fam'lia% a reli#io e a educaço. >ndar com os ami#os no fa,ia parte nemdas de, mais.

- 8nto% uando posso conhecer a sua fam'lia@ $ per#untou Mi#uel% che#ando ainda maisperto dela. - Mal posso esperar para ver seu irmo (obE de novo. 8 uero ter uma lon#aconversa com o seu pai. 5epois ue me conhecer% sei ue vai me dei0ar sair com voc;.- <o! - dei0ou escapar Leanna.Mi#uel se encolheu% parecendo ma#oado. - >chei ue havia al#o de especial entre ns nofestival. Mas% se voc; no uer sair comi#o% bom ...- <o & isso. /uero sair com voc;! - #ritou Leanna% se#urando o braço dele. 8la olhou parabai0o% para sua mo ue envolvia o braço moreno de Mi#uel. 8la viera para di,er adeus aMi#uel% e aui estava praticamente implorando para car!oltando o braço dele% Leanna nervosamente enou os dedos pelos lon#os cabelos. -/uero sair com voc;% mas voc; no pode pedir isso aos meus pais. 8les no esto aui.- " ue voc; uer di,er@ - per#untou Mi#uel. - 8les esto bem@ 8spero ue nada tenhalhes acontecido!Leanna o encarou. 8nto respirou fundo e re,ou para ue sua vo, no tremesse. - Meuspais esto bem - disse. - >inda esto em an 5ie#o. 8stou aui porue #anhei uma bolsapara uma escola particular realmente boa em 6air "a7s. 6ica a apenas al#uns uilmetros

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daui.- Voc; deve sentir muito a falta de seus pais - disse Mi#uel - /ue terr'vel para voc;.

- <o & to ruim. /uero di,er% tenho saudade deles $ disse apressadamente -% mas aEside& uma boa escola. 8 & realmente dif'cil conse#uir entrar. (odas as classes estavam lotadaspara o semestre do outono% mas houve um cancelamento na :ltima hora% ento conse#uia va#a.Mi#uel concordou. - /uando meu irmo <oriel ia entrar na faculdade% veio para os 8stados

Gnidos. (odos sentimos a sua falta% mas uer'amos ue tivesse uma boa educaço. 8ntoentendo como &." seu plano estava funcionando!- Meu pai fe, a faculdade na 9alifrnia - contou a Mi#uel.- 8nto voltou para as 6ilipinas. >#ora & professor do curso secund)rio em an 5ie#o.- Bensei ue voc; tivesse dito ue nunca esteve nas 6ilipinas - disse Mi#uel% levantando assobrancelhas.- 8 no estive! Meu pa voltou para l) por pouco tempo. 5uas semanas - disse Leanna. -Bara visitar os seus pais. " resto da fam'lia cou em casa.Mi#uel per#untou. - 8nto% voc; tem outros parentes na 9alifrnia@- <o. <enhum. - Leanna cou uieta% esperando ue Mi#uel no ,esse mais per#untassobre a sua fam'lia.- 8nto% onde voc; est) morando@- 8m ... em 6air "a7s. - " coraço de Leanna começou a bater r)pido de novo. " ue eladiria a#ora@ <o podia di,er ue tinha seu prprio apartamentoF era muito +ovem paraisso.5e repente% ela se lembrou de Hiro7o amasa7i% um estudante de interc=mbio ue tinhamorado com a fam'lia de sua ami#a ]endE no ano anterior. Hiro7o era de uma fam'lia

 +aponesa conservadora e superprotetora. 8 eles no se importaram em saber ue elamorava com - como ]endE di,ia - uma fam'lia postiça.- Moro com o senhor e a senhora Van Haver e a lha deles% ?elli. o minha fam'lia postiça- e0plicou Leanna. - 8les cuidam de mim e tudo% mas no sou parente deles.- 8nto acho ue terei ue falar com o senhor Van Haver - disse Mi#uel% como se tudo

estivesse resolvido. - 8le vai estar em casa amanh@ 8u poderia passar l) tarde% antesdo trabalho.

- im% acho ue ele estar) l) - disse Leanna. <a verdade% seus pais iriam a uma e0posiçode anti#Jidades na noite se#uinte./uando Mi#uel aparecesse% ela poderia lhe di,er o uanto lamentava ue ele no tivesseencontrado os Van Haver% mas ue% antes de sair% eles tinham autori,ado ue ela fosse at&o shoppin# ou a ualuer outro lu#ar onde Mi#uel uisesse ir. Boderia funcionar!- >ui esto meu endereço e telefone - disse% enuanto procurava na +aueta +eans poruma caneta e papel.- [timo. Vou aparecer amanh por volta da uma hora.Berfeito! > essa hora% os Van Haver estariam% se#uramente% na e0posiço de anti#Jidades.

- (e ve+o amanh - disse Mi#uel% acompanhando-a at& o carro. 8nuanto Leanna abria aporta do passa#eiro% ele se curvou e roçou-lhe um r)pido bei+o na testa. - Mahal 7ita%Leanna.- " ue uer di,er isso@ - per#untou Leanna.Mi#uel riu. eus olhos brilhavam como diamantes ne#ros sob a lu, da lua. - (alve, al#umdia eu te di#a.Leanna cantava uma canço rom=ntica ue tocava no r)dio enuanto diri#ia para casatarde nauela noite. /uando ela sa'ra de casa% no tinha id&ia de como e0plicaria os VanHaver para Mi#uel. Mas tudo dera perfeitamente certo. 9om um pouco de sorte% Mi#uelnunca caria frente a frente com seus pais e mesmo se casse% Leanna poderiafacilmente resolver ualuer probleminha ue sur#isse. podia at& di,er ue seus paispostiços preferiam ue ela os chamasse de TpapaiT e TmameT.Leanna cou satisfeita com sua esperte,a. >#ora% tudo o ue tinha ue fa,er era colocar ocarro do pai de volta na #ara#em e correr para cima sem acordar a fam'lia.>o che#ar na entrada da casa% Leanna percebeu ue sua sorte tinha acabado. V)rias

 +anelas estavam iluminadas na casa% incluindo a da co,inha e a do uarto dos pais.2W

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Bor um momento% Leanna pensou em en#atar a marcha r& e fu#ir. 8m ve, disso% apertouo boto para abrir a porta da #ara#em e entrou deva#ar.Leanna ps o c=mbio na posiço de estacionar. >ntes ue pudesse desli#ar o motor% aporta da casa se escancarou. eus pais estavam parados l)% com seus robes de banhoa,uis-marinhos combinados% com a apar;ncia de ue iam estran#ul)-la.

Nove

- ?elli% voc; tem ue me a+udar $ Leanna implorou assim ue seus pais sa'ram de casa namanh se#uinte. $ Mi#uel estar) aui em uma hora.- 5e +eito nenhum! $ disse ?elli% pe#ando uma diet soda da #eladeira. $ Voc; +) no est)encrencada o suciente por ter sa'do escondida ontem noite@ Voc; ouviu o ue o papai ea mame disseram. Voc; est) de casti#o em casa a semana inteira. Csto denitivamentesi#nica nenhum rapa, em casa.- Mas voc; me deve $ disse Leanna% empurrando o seu sandu'che de atum meio comido noprato. $ Voc; poderia ter me prote#ido na noite passada.?elli colocou a lata de soda na mesa da co,inha. $ "h% claro. 9omo@ /uando o papaicomeçou a #ritar ue al#u&m havia roubado o Volvo% eu devia t;-lo dei0ado chamar apol'cia@ 8nto voc; poderia ter sido pe#a pelos policiais ao inv&s do papai.- "7... >cho ue no teve escolha $ admitiu Leanna.

?elli sentou-se mesa em frente a Leanna. $ Voc; vai terminar seu almoço@ 8stou commuita fome.Leanna deu mais uma mordida e ento empurrou o sandu'che. $ <o tenho tempo. (enhoue tirar todas auelas fotos de nossa fam'lia do corredor.- Bor ue@ $ per#untou ?elli% pe#ando uma batatinha frita.- Borue eu estou em todas elas! Mi#uel pensa ue 9arlos e 5ora so meus pais. Voc; sosupostamente a minha fam'lia postiça aui em 6air "a7s $ e0plicou Leanna. $ 8le acha ueconheci voc;s apenas no m;s passado. 9omo posso e0plicar todas auelas fotos anti#asde ns uatro@em esperar resposta% Leanna correu para o corredor ue li#ava a co,inha e a sala deestar. >s paredes estavam cobertas com fotos emolduradas% al#umas de muitos anos

antes. Havia v)rias de Leanna so,inha com sua me e seu pai. Leanna pe#ou estas antes.8ra poss'vel ue Mi#uel no reconhecesse Leanna peuena% mas certamente seper#untaria o ue os Van Haver% to loiros% fa,iam com uma criança de pele to morena.

Leanna estava carre#ando um monto de fotos uando ?elli veio da co,inha. $ <oacredito no ue voc; est) fa,endo. $ disse.> moça colocou uma :ltima foto debai0o do seu braço e foi em direço da escada. $ Voucoloc)-las de volta uando Mi#uel for embora.?elli se#uiu-a escada acima. $ "h% ento no somos to bons para Mi#uel.Leanna abriu a porta de seu uarto com um chute e +o#ou as fotos emolduradas sobre acama. $ <unca disse isso. /uero ue voc; conheça Mi#uel e% depois% ele tamb&m vaiconhecer mame e papai.

- 8nto porue voc; est) n#indo ue somos sua fam'lia postiça@ $ per#untou ?elli. $ >cheiue voc; ia lhe contar a verdade.- 8u vou. ue mais tarde. $ Leanna desceu as escadas para tirar o resto das fotos dasparedes. ?elli a se#uiu% ainda tentando convenc;-la a contar a verdade a Mi#uel.- ?elli% Mi#uel ainda no pode desconar da verdade. $ Leanna tinha pensado muito sobreisso durante a noite% especialmente depois dos sermIes dos pais sobre conança eresponsabilidade. $ > fam'lia dele & supertradicional. eus pais so casados h) umtempo. Voc; devia ter visto a cara dele uando disse ue estava vivendo aui lon#e daminha me e do meu pai. 8le at& pensou ue tinham morrido ou al#o assim. >cho ue% nacabeça dele% esta & a :nica boa desculpa para no morar com os pais.Leanna tirou mais uma foto da parede e a colocou nas mos de ?elli. $ Mi#uel est)procurando uma lipina aut;ntica. 8le acha ue sou 1XX` lipina.

- 8nto por ue voc; acha Mi#uel to maravilhoso@ $ per#untou ?elli. $ 8le parece sermuito preconceituoso.- om... $ respondeu Leanna% enuanto subiam as escadas% carre#ando o resto das fotosda fam'lia. $ 8 se voc; encontrasse um cara realmente interessante e ele dissesseF N"i%

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meu nome & *a7e% acabei de sair da cadeia depois de cinco anos% por roubar uma lo+a debebidasO. Voc; sairia com ele@

- /ue per#unta mais idiota. $ ?elli balançou a cabeça desconfort)vel. $ (alve, eu tenhatido al#uns namorados despre,'veis% mas no saio com bandidos.- "7 $ Leanna colocou as fotos sobre a cama% +unto com as outras. $ 8nto di#amos uevoc; encontre esse cara ue & inteli#ente% lindo% maravilhoso em tudo. Voc; sai com eledurante al#uns meses e est) totalmente apai0onada. eus +oelhos tremem a cada ve, ue

voc; est) com ele. 8le acha ue voc; & a #arota mais le#al e mais linda ue +) conheceu.Voc; cona nele completamente...- Me apresenta $ interrompeu ?elli. $ 8le parece perfeito!Leanna concordou. $ 8le seria% se... 5epois de voc;s estarem se encontrando h) al#umtempo% ele te conta ue foi preso uma ve, por roubar uma lo+a. 8le e seu bando de ami#osda escola ,eram uma aposta e ele foi pe#o. Voc; daria o fora nele@- >cho ue no $ disse ?elli. $ Brincipalmente se tivesse sido apenas uma aposta inocenteue tivesse dado errado... 8% al&m disso% +) estou loucamente apai0onada por ele.- Viu@ $ interrompeu Leanna. $ >#ora voc; pode entender o motivo pelo ual no possoainda di,er a verdade a Mi#uel. e eu lhe contar a verdade sobre a mame e o papai% eleno vai uerer sair comi#o nunca mais. Mas% se ele me conhecer e minha suposta fam'liapostiça primeiro% ele vai #ostar tanto de ns ue% uando eu lhe contar a verdade% ele vaiaceitar e me perdoar. 8le entender) ue tive de mentir como :nica forma de carmos

 +untos.?elli balançou a cabeça. $ Voc; est) louca de achar ue vou te a+udar nessa encenaçomirabolante. 8u vou sair. (enho ue me preparar para uma foto e voc; tem ue cortar a#rama esta tarde.- ?elli% por favor! Voc; s vai demorar al#uns minutos. $ Leanna #esticulava na direço dasfotos da fam'lia sobre a sua cama. $ Me a+uda a colocar al#umas outras fotos nestasmolduras e a pendur)-las de volta na parede@ <o uero ue Mi#uel perceba auelemonte de pre#os nas paredes.- "nde vou conse#uir uin,e fotos 2D por 2X@ $ per#untou ?elli. $ 8 por ue voc; no fa,isso so,inha@

- (enho ue cortar a #rama. $ Leanna pu0ou o cabelo por cima do ombro direito e começoua tranç)-lo. $ e eu me apressar% posso terminar antes de o Mi#uel che#ar. e a #ramaestiver cortada% mame e papai no vo suspeitar de nada.Leanna prendeu a trança com um el)stico e voltou-se para ?elli% ue estava olhando parauma das fotos da fam'lia com uma e0presso de d:vida.- Bor favor!- implorou Leanna. $ 8u +) te a+udei a impressionar #arotos. Lembra dauelecara na uinta s&rie com a coleço de minhocas@ 8u cavouuei toda a horta da mamepara ue voc; tamb&m tivesse a sua colaço de minhocas.- "7% o7% eu vou a+udar $ disse ?elli. $ no fale de novo do no+ento Aene /ui#leE e deseus vermes! 8 outra coisaF se mame e papai pe#arem Mi#uel aui% no tive nada a vercom isso!

- "bri#ada% ?elli. $ Leanna deu um r)pido abraço na meia-irm. 8la estava nervosa pordesobedecer seus pais de novo% mas desta ve, seu plano era se#uro. > e0posiço deanti#uidades ual seus pais haviam ido terminava s cinco e eles adoravam olharmveis anti#os. 9om certe,a no voltariam antes do m da e0posiço. 8la tinha a tardeinteira pela frente!

Mi#uel desceu a rua diri#indo sua velha caminhonete% checando os n:meros de cada cai0ade correio. recou ao lado de uma casa ladeada com arbustos Uoridos e debruçou-se parafora da +anela para ver a cai0a de correio escondida entre eles. im% este era o endereçode Leanna% na cai0a de correio havia uma placa onde estava escrito Van Haver.Mi#uel se diri#iu para a entrada da casa. <o havia nenhum carro parado% ento eleestacionou em frente porta fechada da #ara#em.8nuanto saltava do feio carro marrom% Mi#uel olhava o sobrado ue Leanna dividia comos Van Haver. 8ra parecido com o ue sua fam'lia alu#ara. " #ramado de tamanho m&dioacabara de ser cortado% e o ,umbido ue vinha de tr)s da cerca de seuia des#astada lhedi,ia ue al#u&m estava cortando a #rama do uintal.

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>pertando o buu; de rosas amarelas ue havia comprado para Leanna% Mi#uel seapro0imou da porta da frente. Gm #rande #ato amarelo e branco estava estatelado aolado dela% bloueando a passa#em. 8le no tinha a maior parte da orelha esuerda. " #atoboce+ou e Mi#uel reparou ue lhe faltavam muitos dentes tamb&m.- "i% ami#o $ disse Mi#uel% abai0ando-se para coçar atr)s da :nica orelha do #ato% uefechou os olhos e esfre#ou a cabeça contra a palma da mo de Mi#uel ronronandosuavemente.- >t& mais. $ Mi#uel fe, uma :ltima car'cia no #ato e pulou por cima dele para tocar a

campainha.V)rios se#undos se passaram sem ue nin#u&m viesse abrir a porta. Mi#uel apertou acampainha de novo. e nin#u&m viesse desta ve,% ele iria at& a cerca falar com uemestivesse cortando a #rama.5e repente% a porta se abriu. $ Voc; deve ser Mi#uel. $ disse uma vo, forte de #arota. $ou ?elli Van Haver. 8ntre.Mi#uel no conse#uiu disfarçar seu espanto uando viu uma #arota muito mais alta ueele% com umas sand)lias pretas de salto ue aumentavam sua altura uns setecent'metros um cabelo lon#o% loiro platinado preso no alto da cabeça num penteado comtranças e cachos usando um vestido tomara-ue-caia branco e preto e um par de brincosimitando brilhantes% e0a#eradamente mauiada at& para auelas roupas.

Bor um momento% Mi#uel no teve certe,a se ?elli Van Haver era bonita ou no. 8la erafascinante... mas de uma forma e0a#erada. e era assim ue ela se vestia para car emcasa s)bado tarde% o ue ela pensaria de seus shorts +eans e de sua camiseta@8nuanto Mi#uel hesitava na porta de entrada% o #ato roçou-lhe as pernas% saltandorapidamente para dentro da casa.?elli dei0ou escapar um #rito a#udo. $ (umble\eed! aia daui sua #rande e feia bola dep;los!Mi#uel no podia acreditar ue uma #arota falasse assim com seu prprio #ato.- [timo. 8le fu#iu $ murmurou ?elli. $ 8spere at& eu colocar minhas mos nesse #ato. Vouestran#ul)-lo.Mi#uel entrou sem +eito no hall. $ Leanna est)@

- 8la est) terminando de fa,er al#umas coisas $ disse ?elli% olhando para o buu; na mode Mi#uel. $ Voc; pode esperar aui% mas as Uores vo ter ue car l) fora.- Bor u;@ o para Leanna $ disse Mi#uel sem entender. /ueria dar uma boa impressopara a fam'lia postiça de Leanna% e no compreendia por ue ?elli olhava para as rosasperfumadas como se fosse um maço de ervas venenosas.- om% acho ue no tem problema entrar com as Uores $ ?elli balbucoiu. $ 8ntra.?elli virou-se com a#ilidade sobre seus saltos% parecendo Uutuar pelo corredor. Mi#uel ase#uiu% per#untando-se como ela conse#uia andar to #raciosamente com sapatos toabsurdamente altos.8nuanto andava pelo corredor% Mi#uel viu as fotos penduradas nas paredes. <o eraincomum pendurar fotos da fam'lia% sua me tinha al#umas na sala de estar. Mas as fotosna casa dos Van Haver eram muito estranhas.

8ram todas de ?elli% al#umas coloridas% outras em preto-e-branco% mas todas eram closesde ?elli da cintura para cima ou do rosto. 8m al#umas ela estava com o cabelo penteadocom lau;% parecendo uma peruca. 8 todas as roupas de ?elli pareciam fantasiasF casacosde pele% +auetas de couro pretas% boas de penas brancas.?elli o levou at& uma peuena co,inha. $ Bode sentar. /uer ue coloue as Uores na )#ua@- <o% obri#ado. Aostaria de d)-las a Leanna. $ Mi#uel se#urou o maço com cuidado%enuanto se sentava mesa da co,inha.- Leanna est) cortando a #rama- e0plicou ?elli. - /uer beber al#uma coisa@ 9h) #elado%9oca-9ola% cerve+a sem )lcool@- Gm pouco de ch) #elado. $ Mi#uel observou ?elli pe#ar um +arro de ch) #elado da#eladeira.

Barecia ue ?elli estava tentando parecer simp)tica% mas Mi#uel no se sentia confort)velperto dela. 5epois de servir o ch)% ela se sentou no canto da cadeira e o observouenuanto ele bebia% sem di,er nada% o ue fe, com ue Mi#uel se sentisse como umaesp&cie de animal e0tico no ,ool#ico.

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Mi#uel ueria ue ?elli fosse embora% mas% em ve, disso% ela abriu uma lata de diet soda ecomeçou a beber. $ 8nto% Mi#uel $ ela per#untou - % o ue est) achando de acramento@- Le#al $ <a verdade% tinha sido bastante sem #raça at& encontrar Leanna. Mas ?elli noprecisava saber disso. $ eu pai est) em casa@ $ per#untou Mi#uel. $ Aostaria de conhec;-lo.- <o% no tem nin#u&m em casa $ disse ?elli% tomando um #ole de soda.Mi#uel deu um sorriso forçado. $ (udo bem se eu for at& o +ardim a+udar Leanna a acabarde cortar a #rama@

- [tima id&ia $ disse ?elli% parecendo aliviada. $ (enho ue retocar minha mauia#em% meubatom borrou um pouco bebendo soda.NBode acreditar ue ainda sobrou muitoO% pensou Mi#uel% ainda sorrindo enuanto ?elliabriu uma cortina atr)s da ual apareceu uma porta de vidro de correr. >trav&s do vidro%Mi#uel viu um enorme uintal. Leanna% ue vestia shorts verdes e uma camiseta verde ebranca combinando% empurrava um pesado cortador de #rama.9olocando suas Uores sobre a mesa% Mi#uel abriu a porta. > viso da peuena Leannalutando com o pesado cortador de #rama era demais para ele.>o mesmo tempo ue Mi#uel abria a porta% ?elli espirrou al#o atr)s dele $ Belo amor de5eus% feche esta porta! $ #ritou ?elli. >ntes ue ele pudesse obedecer% a prpria ?ellifechou a porta de vidro com tanta força ue Mi#uel estranhou ue ela no tivesse lhe

dado um empurro.8le ps as mos em concha e #ritou mais alto ue o barulho do cortador de #rama. $ "i%Leanna! Voc; precisa de a+uda@Leanna desli#ou o cortador de #rama e foi ao seu encontro. eu cabelo% numa :nica trançaue che#ava at& uase a bainha de seu short% brilhava% e suas bochechas estavamvermelhas do calor. >pesar de estar uase desmaiando de cansaço% sorria.<o che#ue muito perto $ ela disse% parando a al#uns metros dele. $ 8stou muito suada.- <o li#o% se voc; no li#ar.

8la andou at& ele% ue a abraçou bem apertado. " coraço dela% batendo contra o seupeito% parecia fa,er parte do mesmo corpo. $ <o li#o ue voc; este+a suada% preroabraçar voc; do ue al#u&m como ?elli% toda perfumada% cheia de brilho e nada mais.

Leanna riu. $ Csso & mei#o. 8stranho% mas mei#o.Pelutantemente% ele a soltou. $ Vamos acabar com este #ramado% assim poderemos sairdaui.8nuanto Mi#uel acabava de cortar a #rama% Leanna empilhava com um ancinho a #ramacortava. /uando ele acabou de cortar começou a a+ud)-la a recolher a #rama cortada emsacos de li0o.- 8i% Mi#uel $ #ritou Leanna.8le se virou e al#o macio bateu-lhe no peito. Leanna riu e abai0ou-se para pe#ar outropunhado de #rama.- 8i! $ ele #ritou.

 (irando a #rama do cabelo% Mi#uel disse $ "7% se & uma #uerra o ue voc; uer% voc; ater).

- <o se eu te pe#ar primeiro!Be#ando um punhado de #rama cortada% Mi#uel correu atr)s dela at& che#ar perto de uma)rvore. Leanna escapou do arremesso e correu de volta para pe#ar mais muniço.- <o & +usto! $ #ritou Mi#uel vendo Leanna pe#ar um saco cheio de #rama. $ " ue voc;acha ue vai fa,er com isso@- "lhe!orrindo maldosamente% Leanna andou at& ele com o saco. Mi#uel esperou ue elaestivesse bem pr0ima e% ento% enuanto ela virava o saco na cabeça dele% ele pe#ou olado oposto e o empurrou na direço dela.Leanna o empurrou e perdeu o euil'brio. Mi#uel se#urou-a pela cintura% mas escorre#ouno saco de li0o pl)stico. Aar#alhando% ca'ram +untos no cho. Bedaços de #rama fa,iam-

lhe cce#as no pescoço e se emaranhavam nos seus cabelos e roupas.- <o sabia ue voc; era uma mulher to selva#em. $ 8 levantando-se Mi#uel pu0ouLeanna. $ <o acredito ue vamos ter de recolher tudo de novo.

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- <o me importo $ disse Leanna% colocando os braços em torno do pescoço dele. $ Voc;parecia to s&rio. 8u tinha ue fa,er al#uma coisa para te fa,er sorrir.

Mi#uel encostou a testa na dela. 8le #ostava do fato de ue tinham uase a mesma altura.em nenhum esforço% podia olh)-la bem nos olhos. 8% se inclinasse a cabeça um pouco%seus l)bios se tocariam.- Leanna $ disse com vo, rouca. $ ei de uma maneira melhor de voc; me fa,er sorrir.- >h% &@ $ "s olhos escuros de Leanna cintilaram provocadores. $ R al#um costume lipino

ue no conheço@"s braços de Mi#uel enlaçaram sua cintura. $ *uro ue vai car conhecendo.5eva#ar% como ue atra'dos por al#uma força ma#n&tica% os l)bios de Mi#uel encontraramos dela. "s olhos dele se fecharam e% de repente% pareciam ue as :ltimas semanas nuncatinham acontecido. 8le e Leanna estavam de volta ao 6estival 6ilipino em an 5ie#o% maso bei+o deles desta ve, no era t'mido ou e0itante% mas profundo e cheio de promessas.Leanna estava em seus braços e nada mais importava./uando Mi#uel nalmente abriu seus olhos% Leanna sorria para ele. eu rosto esta coradoe a #rama pontilhava seu cabelo com reUe0os verdes. 8% uando sua mo macia moveu-sena direço de seu rosto% ela o fe, se sentir o cara mais importante do mundo.8le a bei+ou de novo. "s l)bios dela eram mornos e tinham um pouco do #osto de #ramarec&m-cortada. " tempo pareceu parar enuanto eles se abraçavam.- "h% no $ disse Leanna% soltando-se dele.- " ue h) de errado@ $ Mi#uel per#untou% ma#oado e confuso. Mas% ento% ele viu Leannaolhando em direço porta.- 8stou na maior encrenca $ #emeu Leanna.

Dez

Leanna nunca tinha sentido tanta ver#onha na vida. <um minuto% ela estava bei+andoMi#uel% esuecendo-se de ue eles no eram as duas :nicas pessoas no planeta. 8% nose#uinte% seus pais a estavam vendo bei+ar Mi#uel.- 5eus% eles parecem prontos para e0plodir - disse Mi#uel. - Voc; no lhes disse ue euvinha@- >h... sim - Leanna #a#ue+ou% com os +oelhos tremendo." braço forte de Mi#uel em volta de sua cintura era a :nica coisa se#ura ue a rmava.Gma boa lipina nunca sairia escondida dos pais% ou pais postiços% com um rapa,!- R a #rama - disse Leanna. - Brometi cort)-la antes ue eles voltassem para casa.- Vou di,er ue foi culpa minha - disse Mi#uel. Leanna balançou a cabeça. - <o% cuidareidisto. $ 8stava or#ulhosa com a atitude de Mi#uel de uerer prote#;-la. Mas% uantomenos ele falasse com os pais dela% melhor. (alve, ela ainda pudesse dar um +eito. >senhora Van Haver abriu a porta de vidro. - Leanna - #ritou -% voc; poderia vir aui% porfavor.> vo, de sua me parecia calma e controlada% mas Leanna conhecia bem a sua me. >senhora Van Haver sempre dava a impresso de estar muito calma uando aplicava os

piores casti#os.- *) volto - disse Leanna a Mi#uel% caminhando deva#ar at& a porta de vidro.ua me estava parada na porta aberta. eu pai ainda estava do outro lado da sala% ondeera se#uro. 8le e ?elli eram e0tremamente al&r#icos a #rama rec&m-cortada.- >ui. - > senhora Van Haver pe#ou al#o de tr)s dela e, para a surpresa de Leanna% deu-lhe um maravilhoso buu; de rosas amarelas.- o lindas - disse Leanna perple0a% pe#ando o buu; de sua me. Bor ue ela estava lhedando o buu;% em ve, de lhe dar uma bronca@ - mas papai & al&r#ico a rosas.- em brincadeiras - a senhora Van Haver disse de dentro da casa. Leanna olhou atr)s desua me e viu ue os olhos do padrasto estavam começando a lacrime+ar.- 9oncluo ue foi auele #aroto ue as trou0e - disse a me de Leanna. - V) l) fora ea#radeça a ele% avise ue seu pai & al&r#ico e ento mande-o ir para casa.

- Mas ele me trou0e Uores - disse Leanna admirada. $ <o posso simplesmente devolver asrosas e mand)-lo embora! eria uma #rosseria.> e0presso de sua me no se abrandou nem um pouco. Voc; li#a para ele depois. >li)s%uem & ele@ <unca o vi antes.

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- eu nome & Mi#uel armiento. 8u o conheci em an 5ie#o. >cabou de se mudar para c)e no conhece nin#u&m. ei ue no posso sair - Leanna continuou - mas voc;s nopoderiam% por favor, fa,er esta :nica e0ceço@- 8le parece um bom rapa, - admitiu a senhora Van Haver% enuanto olhava para fora.Leanna se#uiu o olhar da me e viu Mi#uel recolhendo a #rama espalhada. Bor ummomento% achou ue a me poderia fraue+ar% mas seu coraço cou pesado uando viusua me cru,aros braços.

- >l&m de voc; sair escondida na noite passada% voc; recebe a visita de um ami#oenuanto est) de casti#o - disse a senhora Van Haver% balançando a cabeça. - into muito%mas Mi#uelvai ter ue ir embora.- Bode di,er ue o receberemos de braços abertos uando no estiver todo coberto de#rama - acrescentou o senhor Van Haver assoando o nari, ruidosamente. - Leve-o peloporto% nopor dentro da casa. >no ser ue voc; no se incomode em passar a noite toda acordada%ouvindo ?elli e eu espirrando.> senhora Van Haver acabou com a conversa fechando a porta de vidro% mas Leanna tevea sensaço de ue a discusso no tinha terminado. 8la caminhou at& Mi#uel% ue ainda

estava ocupado com o ancinho. eu rosto murchou uando ela lhe entre#ou as Uores.- " senhor Van Haver & al&r#ico a Uores - e0plicou Leanna. - into muito% mas tenho uepedir para voc; ir embora.Mi#uel dei0ou cair o ancinho. - porue eu te trou0e Uores@ - 8le balançou a cabeça%parecendo decepcionado. - Leanna% talve, no se+a da minha conta% mas essa sua fam'liapostiçaparece muito estranha.- Vem% vamos falar sobre isso l) na frente. - Leanna deu uma olhada nervosa para a portade correr. ua me ainda estava parada% olhando para se certicar de ue ela obedeceria." pai tinha ido embora% provavelmente para tomar um de seus comprimidos para aler#ia.8nuanto atravessavam o porto e passavam pelo lado da casa% Leanna tentava chamar aatenço de Mi#uel. Mas ele s olhava para o cho. eus l)bios estavam apertados e ele de

novo balançava a cabeça.Gma caminhonete muito feia estava parada na frente da casa. 8ra supervelha e todamarrom% com e0ceço de uma porta a,ul. Mi#uel caminhou at& ela% abriu a porta a,ul e

 +o#ou as rosas amarelas no banco da frente.Leanna limpou a #ar#anta. - Mi#uel% por favor no ue bravo. <o ueria ue voc; fosseembora% mas tenho ue obedecer os Van Haver. <este momento% isso si#nica acabar delimparo uintal so,inha e no te ver durante uma semana. R como ontem noite% uando voc;estava trabalhando. Voc; ueria falar comi#o% mas tinha ue en0u#ar o cho.- <o & a mesma coisa. - "s braços de Mi#uel a se#uraram pelos ombros. - <o vivo com aminha chefe e no & ela uem di, com uem posso ou no sair! " ue os teus pais achamdo +eito como os Van Haver te tratam@- 8les... em% eles no acham ruim - balbuciou Leanna.- /uero di,er% tenho ue retribuir deal#uma forma o meu uarto e a comida.- Mas voc; no & empre#ada deles! " senhor Van Haver no pode cortar o #ramado@- 8le tamb&m & al&r#ico a #rama - disse Leanna.

5e repente% a porta da frente da casa se escancarou. ?elli% usando seu ele#ante vestidopreto-e-branco% saiu% se#urando o #ato do vi,inho pelo pescoço.- 9ai fora! - #ritou% +o#ando o #ato no #ramado. $ 8 ue lon#e!- Voc; viu isso@ - disse Mi#uel crispando a boca de desa#rado. - 8la est) maltratando umanimal inocente.- " #ato no & dela. (umble\eed & dos vi,inhos e pensa ue esta casa & uma lata de li0o

#i#ante. 8le sempre entra escondido e fa, su+eira. >l&m disso% pa ...% bem ...% o senhor VanHaver e ?elli so al&r#icos a p;lo de #ato.- 80iste al#uma coisa a ue eles no se+am al&r#icos@ $ per#untou Mi#uel ceticamente.

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- "lha% voc; no est) entendendo% se ?elli car perto de al#um #ato% ela ca inteirinhacheia de brotoe+as vermelhas horr'veis - e0plicou Leanna. - Csto seria uma completatra#&dia porue ...Mi#uel no dei0ou Leanna acabar de e0plicar. - R% com certe,a seria uma verdadeiratra#&dia se ?elli tivesse umas bolinhas - interrompeu sarcasticamente. - " ue ela &%al#uma princesa@ eus pais forram a casa com fotos dela e voc; ca toda chateadaporue ela pode ter brotoe+as. <o & toa ue ela & to convencida.- Aosto muito de ?elli - disse Leanna brava. - 9omo voc; pode falar dela% sem seuer

conhec;-la@- 8 nem uero conhec;-Ca! - e0plodiu Mi#uel. - 8la & uma esnobe e#o'sta. <o tem nada nacabeça% s pensa em penteados% comprar roupas novas e em se mauiar. Aarotas assimme doen+o.- [timo! - #ritou Leanna. - e & assim ue voc; se sente% acho melhor ir embora! <opreciso ouvir isso sobre a minha fam'lia!Mi#uel deu um passo para tr)s. Barecia to surpreso como se tivesse levado um tapa. - Borue voc; os defende@ "s Van Haver no so sua família. <o dei0e ue uem entre nsdois.Leanna se#urou a maçaneta da porta do carro para impedir ue suas mos tremessem.

Bor pouco ela uase no estra#ara tudo! Brecisava tomar mais cuidado.- /uero di,er minha fam'lia postiça - disse Leanna% com vo, tr;mula. $ 8u #osto dos VanHaver% Mi#uel. Voc; no entende@- Voc; est) certa. <o entendo. $ > vo, de Mi#uel estava calma% mas muito fria. - <oentendo por ue voc; dei0a ue eles te dominem. >chei ue voc; era o tipo de #arota uese cuidavaso,inha. - 5epois disso% Mi#uel entrou no seu carro e foi embora% sem lhe dar um bei+o enem di,er Tte li#oT. deu r& para sair da entrada da casa e da vida de Leanna.Leanna acabou de limpar o #ramado e subiu para tomar um banho. 5epois% enrolou umatoalha no cabelo molhado e colocou seu robe felpudo rosa. /uando voltou para o seuuarto% encontroua sua me sentada em sua cama.

- "lha% mame - começou Leanna% antes ue sua me pudesse começar com o sermo. -into ter uebrado as re#ras. Me dei0e sem sair at& o m do m;s e pronto.- Vamos manter uma semana - disse a senhora Van Haver cru,ando as pernas e sea+eitando no travesseiro de Leanna. $ Mas precisamos conversar.- Brero car sem sair - disse Leanna.5o modo como sua me estava se a+eitando na cama parecia ue ia car l) por muitotempo.- " papai e eu no #ostamos de te casti#ar - disse a senhora Van Haver. - Mas nospreocupamos uando voc; fa, al#o peri#oso% como sair so,inha noite com um #arotoue no conhecemos.8nto% ho+e% uando voltamos para pe#ar meu carto de cr&dito e vimos um carroestranho parado na entrada% uase chamamos a pol'cia. >uele traste parecia al#o emue s uma pessoade rua moraria.- Mame! - #ritou Leanna% sentando-se na cama ao lado da me e cobrindo o rosto com asmos. 8la achava ue +) tinha sido humilhada o suciente nauele dia% mas acabava deser ainda mais. Bor pouco sua me no fe, com ue Mi#uel fosse preso!- " ue eu deveria pensar@ - per#untou-lhe sua me. Voc; no tinha permisso parareceber ami#os.- 8u disse ue sinto muito! - #ritou Leanna.

> senhora Van Haver colocou a mo #entilmente no ombro de Leanna. - /uerida% por uevoc; acha ue tem ue sair escondida com Mi#uel@ " papai e eu nunca a impedir'amos de

sair comnin#u&m ue voc; uisesse. H) al#um motivo para voc; no nos ter contado sobreMi#uel@ Voc; tem ver#onha dele@Leanna levantou a cabeça rapidamente. - <o! Mi#uel & um timo rapa,!

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- 8le & lipino% no@- 8 da'@ - inda#ou Leanna. - Csso no & nada para se enver#onhar. - 8la pu0ou a man#a deseu robe de banho e colocou seu braço moreno perto do braço branco da me. - Eu soulipina%mame. "u voc; nunca percebeu@> me de Leanna i#norou o coment)rio. - eu pai telefonou enuanto voc; estava nobanho - disse ela% ainda com uma vo, calma e #entil. - Barece ue ele acha ue no ueroue voc;

o visite. >cusou-me de ser a respons)vel por impedir ue voc; conheça sua herançalipina. Voc; sabe de onde ele tirou esta id&ia errada% Leanna@- <o - balbuciou Leanna% inclinando a cabeça e esfre#ando a toalha vi#orosamente nocabelo molhado.- Leanna% olhe para mim uando falo com voc;.Leanna estudou o rosto da me% procurando al#uma cone0o entre elas. <o via nada desi mesma nos olhos redondos a,ul acin,entados% na pele clara e no lon#o cabelo loiro.>lison VanHaver parecia mais a me de ?elli do ue de Leanna.- 8spero nunca ter dito nada ue lhe desse uma impresso ruim de seu pai% ou de serlipina - disse a senhora Van Haver% torcendo as mos. - /uero ue tenha or#ulho de sua

ascend;ncia.- (enho% mame. - Leanna tirou a toalha da cabeça e passou os dedos pelo cabelo lon#o emolhado.> senhora Van Haver pe#ou um pente da cmoda e o entre#ou para a lha. - Bodemosconhecer Mi#uel na semana ue vem@- >cho ue no - disse% lembrando das coisas ruins ue Mi#uel havia dito sobre os VanHaver. Leanna achava pouco prov)vel v;-lo de novo. 8n#oliu um soluço parado na#ar#anta e disseF - Mi#uel & de fam'lia lipina tradicional. 6ala ta#alo e tudo. >cha ue soumuito americana para ele.- Voc; poderia começar a estudar sobre as 6ilipinas $ su#eriu a me. - 6ale com seu pai.8le no te deu al#uns livros e tas@- im. - Leanna passava o pente pelo cabelo. - Mas e se no der certo@ Mi#uel procura uma

lipina tradicional. (enho medo de nunca estar altura.> senhora Van Haver fran,iu a testa. - Leanna% voc; no deveria conhecer as 6ilipinas spara a#radar a Mi#uel% nem ao seu pai. Csso & al#o ue voc; deveria fa,er por voc;mesma. voc;pode decidir o uanto uer aprender e o ue & importante para voc;. <o mude o seumodo de ser para se adeuar id&ia de #arota perfeita de al#um rapa,. 6aça Mi#uel ver averdadeira Leanna e ento dei0e ue ele decida se acha ue vale a pena conhec;-lamelhor.Leanna se lembrou do ue Mi#uel dissera sobre ?elli. $ Mas e se ele me achar e#o'sta eesnobe@- 8nto & ele ue no vale a pena conhecer. - > senhora Van Haver se inclinou paraabraçar a lha. - ei ue & dif'cil para voc; acreditar nisto a#ora% mas vo haver outrosrapa,es na suavida. 8 por falar em outros rapa,es% uerida ...% voc; pensou no cott@T<o ultimamenteT% Leanna teve vontade de di,er. 8ra estranho% mas% uando Mi#uelestava por perto% ela se esuecia completamente ue cott e0istia.- om... ainda estou tentando pensar no ue fa,er com ele - admitiu Leanna.- (enho certe,a de ue voc; vai tomar a deciso certa $ disse a senhora Van Haver%levantando da cama de Leanna. $ mais uma per#unta. /uem colocou as fotos doportflio de modelo de?elli no hall@- T5evem ter sido as :nicas fotos 2X por 2 ue ?elli conse#uiu encontrarT - pensouLeanna. <o & de se admirar ue Mi#uel tenha achado ?ellimuito cheia de si!

- 6oi id&ia minha - confessou Leanna. - Vou colocar as nossas fotos de volta.>braçando um travesseiro contra o peito% Leanna viu a me sair do uarto. Bodia di,er%pelos passos vi#orosos da me% ue ela achava ue os problemas da lha estavamresolvidos. " ue apenas mostrava a Leanna o uanto sua me estava por fora.

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- eria timo - disse Leanna bai0inho% mal podendo acreditar. 8la tinha cado com medode ue ele se sentisse ma#oado ou ameaçado se ela demonstrasse muito interesse pelas6ilipinas% mas% em ve, disso% ele estava se desdobrando% tentando a+udar.- "h% uase esueci por ue vim at& aui - disse o pai% parando na porta. - cott est) l)embai0o. 5isse a ele ue voc; est) de casti#o% mas ele disse ue era importante. Voc;pode v;-lo por al#uns minutos. 8le est) na sala de estar.8ncarar cott era a :ltima coisa ue Leanna ueria fa,er nauele momento. <a noiteanterior% ela decidira ue o mais +usto seria parar de sair com cott. Mas ainda no era o

momento.<o entanto ele estava l). Leanna parou na entrada da sala de estar% observando cottolhar as tas dos Van Haver. 9omo de h)bito% cott estava supertransado% +eansdesbotados e uma camisa havaiana Uorida. (amb&m como de h)bito ele no percebeu suapresença at& ue ela pi#arreou.- "h% oi - disse cott% se afastando das prateleiras de v'deos. - Humm% seu pai disse uevoc; est) de casti#o% ento s vou car um minuto.cott sentou sem +eito na ponta do sof). Leanna sentou-se perto dele% mas no conse#uiaencar)-lo. Tei por ue estou to nervosaT% pensou% Tmas por ue cott est) [email protected] pi#arreou. - 8scuta% sobre se0ta-feira noite% Alenn foi totalmente insuport)vel e eu

lamento.- (udo bem - interrompeu Leanna.cott balançou a cabeça. - <o% no est) tudo bem. air com Alenn e ?ellino era minhaid&ia de uma noite divertida% mas como voc( uis ir% deveria pelo menos ter tentado carnuma boacom ele. > noite foi um completo desastre e voc; s piorou tudo.Leanna encarou cott. - Voc; uer ue eu me desculpe com voc(? - per#untou comindi#naço. <o podia acreditar no ue estava ouvindo. ua simpatia por cott evaporou-se rapidamente. - Voc; deve estar brincando.- 8scuta% Leanna ... - começou cott% batendo com as pontas dos dedos na mesa de centro.- <a realidade% eu vim porue acho ue temos ue conversar sobre ns dois.Leanna respirou profundamente. - >s coisas no t;m andado muito bem ultimamente% no

&@- 8u #osto de voc;. - disse cott esticando o braço e pe#ando na mo dela. - Mas% desdeue voc; voltou de an 5ie#o% sinto ue est) a uilmetros de dist=ncia. 9omo sehouvesse al#o nocaminho. Voc; est) ... est) saindo com al#u&m@- <o realmente - disse Leanna. 8era verdade. 5esde o desastre de ontem% ela achava ue

 +amais tornaria a ver Mi#uel novamente. 8la apertou a mo de cott e ento retirou a sua.$ Mas isso no importa. " ue importa & ue acho ue estamos nos afastando. (alve, a#ente ainda saia porue nos sentimos bem um com o outro% mas +) no & maisemocionante.- ei o ue voc; uer di,er. 8nto ... isso uer di,er ue estamos desmanchando@ -per#untou cott #entilmente.Leanna en#oliu em seco. - R% & isso o ue voc; uer@- /uero ue se+amos ami#os - disse cott. $ 9oncordo com voc;. >s coisas no andambem entre ns.Leanna sentiu seus olhos se encherem de l)#rimas. TCsto & completamente idiota!T%pensou. T/uero romper com cott. 8nto por ue estou corando?) 8nuanto en0u#ava os olhos impacientemente% um pensamento horr'vel lhe ocorreu.

 (alve, ela uisesse romper com cott% mas no ueria ue Scott rompesse com ela& 8lano se importava em dar o fora em um cara% mas no suportava ue ,essem isso comela. 9omo era e#o'sta! (anto uanto ... uanto Alenn Aarric7!cott foi embora al#uns minutos depois e Leanna subiu para seu uarto e se +o#ou nacama. <o ueria chorar% mas no conse#uia se#urar as l)#rimas.

TMas eu no amo Scott), pensou Leanna% sentando e en0u#ando o rosto. cott tinha ra,oFele e Leanna haviam se afastado. 8la e cott simplesmente no haviam sido feitos paracarem +untos.

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- Mi#uel! - Leanna e0clamou ao atender o telefone mais tarde. eu coraço deu um puloenuanto ela afundava numa cadeira na co,inha.- 8stou no trabalho% ento no posso falar muito $ disse Mi#uel. Leanna o escutou respirarprofundamente. - 8u% bem ... uero me desculpar por ontem. " ue tua fam'lia postiça fa,no& da minha conta. 8u estava completamente errado.- 5esculpas aceitas - disse Leanna.- Le#al - disse Mi#uel. e#uiu-se um lon#o sil;ncio.

- Mi#uel@ Voc; ainda est) a'@- im. 8u ... eu estava pensando ... Voc; #ostaria de sair comi#o@ <um encontro deverdade@ - per#untou Mi#uel.- Mas & ue estou de casti#o - lembrou Leanna% sorrindo h) al#umas horas a sua vida eraum desastre% e de repente tudo parecia estar se a+eitando.- R no pr0imo s)bado - disse Mi#uel. - Minha prima Pos)lia vai fa,er uma festa deanivers)rio de de,oito anos. 8la mora em o 6rancisco. Voc; uer ir comi#o@- 9laro. Barece divertido - disse Leanna% com uma pontada de decepço na vo,.Mi#uel falava como se a festa de anivers)rio de sua prima fosse um #randeacontecimento. R claro ue Leanna #ostaria de v;-lo em ualuer circunst=ncia% mas eleno poderia ter pensado em al#o mais 'ntimo ... mais rom=ntico para o primeiro encontro

deles de verdade@- [timo! - disse Mi#uel. > felicidade dele era bvia.Leanna sentiu uma onda de calor descer at& os p&s.- Vou te buscar s uatro - disse Mi#uel. - ei ue voc; vai #ostar da Pos)lia e vai adorar afesta. e voc; est) com saudade de uma verdadeira comemoraço lipina% esta ser) aoportunidade.Leanna desli#ou o telefone% sentindo-se ao mesmo tempo eufrica e confusa. (inha umencontro com Mi#uel! Mas por ue ele chamara a festa da prima de TcomemoraçolipinaO@ >t& onde sabia% os lipinos no comemoravam seus anivers)rios de formadiferente dos americanos. 9arlos lhe mandava cartIes de anivers)rio e presentes normaistodos os anos.

 (alve, Mi#uel uisesse di,er ue serviriam comida lipina na festa ou ue todos os

convidados seriam lipinos.Bor precauço% ela telefonaria para 9arlos para per#untar se havia al#o especial uedevesse saber sobre festas lipinas. T8sta & a minha #rande cance) pensou Leanna.T<o posso estra#ar tudo desta ve,!O

Doze

- <o% no h) nada diferente nos anivers)rios lipinos - disse 9arlos. 8ra se#unda-feira%depois da escola. - <ossas festas so como a dos americanos.- "bri#ada% 9arlos. Vou a uma festa de anivers)rio com um ... um ami#o lipino no s)bado- disse Leanna. - 8 no uero dar nenhum fora.- 8stou contente por voc; conhecer outros lipinos e nossos h)bitos - disse 9arlos. - 8i% +)

te falei sobre a tribo ontoc@ >s mulheres so conhecidas pelos seus tecidos. >l#umastribos at& acreditam ue elas tecem de forma m)#ica e ue todos os poderes seroperdidos se um pedaço do tecido for cortado.- Le#al - disse Leanna. 8ra bvio ue 9arlos estava outra ve, dando aula% mas% por al#ummotivo% no lhe pareceu como das outras ve,es. >#ora era ela ue ueria saber tudosobre as 6ilipinas.- Bosso te mandar meu cobertor ontoc - ofereceu 9arlos. - Minha tia-av o fe, h) muitosanos. R amarelo-limo e a,ul escuro. Muito bonito.- "bri#ada - disse Leanna. - 8u adoraria. - Mal podia acreditar ue seu pai estava lhedando um le#ado de fam'lia to precioso. 8le poderia #uard)-lo para um dos meninos ...mas o havia oferecido a ela.

- Bosso mand)-lo pelo correio amanh - disse 9arlos #entilmente. - Mas acho ue prerodar o cobertor pessoalmente. Voc; +) decidiu uando vem@- <o m;s ue vem% acho - disse Leanna sem muita certe,a. <o podia ir a an 5ie#o a#orae dei0ar Mi#uel. - (e li#o uando tiver certe,a - acrescentou Leanna. 8la desli#ou%

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sentindo-se mal. ua conversa com 9arlos estava indo to bem. Bor ue ele tinha ueestra#ar tudo pressionando-a a v;-lo@ - R Mi#uel! - #ritou Leanna uando a campainha tocou na tarde do s)bado se#uinte. 8lalevantou-se r)pido da mesa da co,inha% onde estava sentada com seus pais e com ?elli. -Voc;s cam. <o saiam da'!- 8stamos aui esperando h) de, minutos - disse a senhora Van Haver sorrindo% enuantofechava sua revista. $ Brometemos no nos me0er.

- 8stamos ansiosos para conhecer Mi#uel - acrescentou o senhor Van Haver% fechando umlivro sobre as 6ilipinas ue estava lendo.Leanna correu pelo corredor% pe#ando al#umas das fotos penduradas pelo caminho. 9omoseus pais estavam em casa% ela no tinha podido substitu'-las por outras% nem escond;-las. " melhor ue podia fa,er era livrar-se das reveladoras foto#raas da fam'lia no :ltimomomento.8scancarando o arm)rio do hall% Leanna +o#ou um monte de fotos no cho. 8nto% voltoupara o corredor e tirou o resto das foto#raas ue tamb&m +o#ou no arm)rio. 6echando aporta% Leanna rapidamente a+eitou seu su&ter de al#odo cor-de-rosa% passou os dedospelo cabelo e abriu a porta da frente.- "i% Mi#uel- disse Leanna% torcendo para ue ele no notasse ue ela estava uase sem ar

depois da corrida pelo corredor. - 8ntre.Leanna no pde dei0ar de olhar para Mi#uel enuanto ele entrava na casa. eu cabelone#ro% #eralmente solto em mechas lisas% estava penteado para tr)s. 8le usava sapatossociais pretos% uma camisa social branca e um smoking cin,a p&rola com uma #ravata-borboleta e um cinto pretos. 8stava lindo. Mas por ue estava de smoking para ir aoanivers)rio da prima@- Voc; ainda no est) pronta@ - per#untou Mi#uel fran,indo a testa e olhando para o +eanspreto e a blusa cor-de-rosa de Leanna.- R porue voc; che#ou cedo! - disse Leanna sem saber o ue di,er. - Voc; disse ue virias uatro emeia.- (enho certe,a de ue disse uatro horas. - >s sobrancelhas de Mi#uel se +untaram e ele

se movia inuieto% parecendo desconfort)vel.- "h ... ento acho ue entendi mal. R minha culpa $ disse Leanna tentando rir sem #raça.- (udo bem% estarei pronta em cinco minutos.- Bosso conhecer seus pais postiços@ - per#untou Mi#uel.- 9laro. - Leanna levou Mi#uel pelo corredor at& a co,inha. <o tinha certe,a se ueriabe'+)-Co ou estran#ul)-lo. Bor ue ele no tinha avisado ue a festa era formal@ 8le a#iracomo se ela fosse obri#ada a sa$er, o ue no fa,ia sentido% a menos ue todas as festaslipinas fossem assim. 8% se eram% por ue 9arlos no tinha avisado@> fam'lia de Leanna olhou Mi#uel de cima abai0o uando entrou na co,inha. eus pais e?elli caram to surpresos uanto ela uando viram Mi#uel vestido dauele +eito.6eli,mente% eram muito educados para di,er ualuer coisa.- 8ste & Mi#uel armiento - disse Leanna. - Mi#uel% voc; +) conhece ?elli. - Leanna olhou deforma penetrante para ?elli% esperando ue a meia-irm se lembrasse da dei0a.- ai% Mi#uel - ?elli #a#ue+ou. - 8stes so meus pais% o senhor e a senhora Van Haver.- 9omo esto@ - per#untou Mi#uel% apertando primeiro a mo da senhora Van Haver%depois a de seu marido. 8le no desconou do fato de ?elli ter feito as apresentaçIes eLeanna.susp'rou aliviada.- elo smoking, lho - disse o senhor Van Haver% enuanto apertava a mo de Mi#uel eolhava confuso para o su&ter e o +eans de Leanna.- om% & melhor eu subir e me trocar - disse Leanna. - Voc; pode vir me a+udar% ?elli@?elli levantou-se rapidamente. - im% claro.- ente-se% Mi#uel- convidou a senhora Van Haver. $ Vamos conversar um pouco.Leanna tremeu. 8ra +ustamente esse o seu temorF ue eles conversassem! 8 se Mi#uel

tocasse no assunto da Tfam'lia postiçaT - ou se a senhora Van Haver chamasse Leanna deTminha lhaT@ Mesmo assim% Leanna no tinha escolha. 8la tinha ue se vestir o maisr)pido poss'vel e esperar ue nada horr'vel acontecesse enuanto ela estivesse lon#e.

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6ora da co,inha% Leanna sentiu ?elli pe#ar-lhe o braço. - /ue roupa & essa de Mi#uel@ -,ombou ?elli. - eus namorados t;m um senso de moda muito estranho. Brimeiro cottcom suas roupas de lo+as de se#unda mo e a#ora Mi#uel com um smoking& Bor ue eleest) to ele#ante@- <o me per#unte. - Leanna correu% subindo dois de#raus de cada ve,. - 8le disse ueir'amos a uma festa de anivers)rio. >chei ue era na casa da #arota.- e for% ela deve morar num pal)cio - disse ?elli% se#uindo Leanna escada acima. - /ueroupa voc; vai usar@

- /ueria usar al#uma roupa sua% s tenho este vestido lon#o. - Leanna entrou no seuuarto e escancarou a porta do arm)rio.Papidamente% Leanna arrancou o +eans e o su&ter e colocou seu vestido lon#o. > saia debai0o era de tafet) duro cor-de-rosa e o corpete e saia de cima eram feitos de rendabranca.- 8stou parecendo uma dama de honra - reclamou Leanna. 8ra dif'cil andar com auelasaia rodada enorme. 8la tinha comprado o vestido para o concurso Miss 9ocoa-(rop'c (an $antes de aceitar o convite de passar o vero com a fam'lia de 9arlos. e o tivesse usadono palco% teria se sentido uma princesa% mas nauela ocasio% no seu peueno uarto%com os cabelos soltos% se sentia uma boba.- enta - disse ?elli. - Vou arrumar teu cabelo% enuanto voc; se mauia.

Leanna sentou-se em frente ao espelho. - Bor ue Mi#uel no me avisou ue precisava irde lon#o festa@ "u ele & muito complicado ou est) tentando me enver#onhar depropsito.- Voto pelos dois - disse ?elli% pu0ando o cabelo de Leanna para cima e prendendo-o com#rampos.- 8u no uero saber mais nada de nenhum #aroto. Voc; acredita ue Alenn Aarric7 meconvidou para sair de novo@ om% eu disse ue de +eito nenhum. >t& ue apareça al#u&mdecente% vou sair com minhas ami#as.- Melhor para voc; - disse Leanna% esticando o braço para pe#ar um pincel de mauia#em.- ei ue h) muitos bolhas por a'... espero ue Mi#uel no se+a um deles.- > festa começa s seis e termina s nove% trarei Leanna para casa mais ou menos son,e - disse Mi#uel aos Van Haver. - Vamos +antar no Pe#encE Hotel e a' haver) um baile

com m:sica ao vivo.- Barece maravilhoso - disse a senhora Van Haver% enchendo de novo o copo de Mi#uelcom ch) #elado. - /uando Leanna disse ue iria a uma festa de anivers)rio% ima#inei umbando de adolescentes comendo bolo e ouvindo 95s no poro da casa da sua prima.- Mas Leanna no avisou ue & a festa de de*oito anos de Pos)lia@ - per#untou Mi#ueltomando um #ole de ch)."s Van Haver trocaram olhares. > senhora Van Haver encolheu os ombros. - " ue h) deto diferente num anivers)rio de de,oito anos@- Bara os #arotos nada - e0plicou Mi#uel. "bviamente% os Van Haver no conheciam nadasobre a cultura lipina% mas ele no se importava de e0plicar. 8les pareciam interessados%especialmente o senhor Van Haver. Mi#uel percebeu ue ele estava lendo um livrochamado 's cr+nicas lipinas.

- /uando uma #arota fa, de,oito anos% seu pai fa, uma festa formal no melhor hotel dacidade - Mi#uel prosse#uiu. - "ri#inalmente% a id&ia era apresent)-la aos homens solteirosda comunidade e esperava-se ue ela se casasse num ano. <o conheço muitas lipinasue si#am essa re#ra na atualidade% nem minhaprima. Mas mesmo assim os de$uts so sempre uma #rande festa. >cho ue elas nouerem perder essa oportunidade nem a tonelada de presentes.- Voc; diria ue & uma importante tradiço lipina@ $ per#untou o senhor Van Haver%escolhendo um pedaço de doce da ti#ela sobre a mesa.- 9laro. Todas as #arotas lipinas% assim como ualuer #arota americana% esperaansiosamente por seu de$ut. Minha irm 9arolina tem uin,e anos - começou a contarMi#uel. - 8la & mais americana do ue se tivesse cabelos loiros e sardas% mas at& ela +)

est) falando sobre onde far) sua festa de debutante.- Voc; acha ue Leanna #ostaria de uma festa de debutante@ - per#untou o senhor VanHaver% parecendo preocupado. - Aostaria ue ela a tivesse se for parte da sua tradiço.Mas no tenho certe,a de ue saber'amos fa,er tudo direito.

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- "h% no se preocupem com isso - disse Mi#uel em tom tranJili,ador aos Van Haver. - "pai de Leanna vai cuidar de tudo. >t& l)% ela estar) morando com ele% no@- " u;@ - per#untou a senhora Van Haver. Mi#uel no entendeu por ue ela tinha cadoto p)lida de repente." senhor Van Haver colocou o braço ao redor dos ombros da esposa e per#untou a Mi#uelF- Leanna falou sobre ir morar com o pai dela@Mi#uel no entendia o ue estava acontecendo. <um primeiro momento% os Van Haverpareciam pessoas normais e simp)ticas% um instante depois% estavam abraçados e parecia

ue a senhora Van Haver ia chorar.>ntes ue Mi#uel pudesse responder% Leanna entrou na co,inha +unto com ?elli. " vestidode Leanna Uutuava ao redor dela como uma nuvem cor-de-rosa. " cabelo estava preso noalto da cabeça com pentes com pedras imitando brilhantes. 8la estava maravilhosa.Mi#uel se levantou da cadeira e uase fe, uma rever;ncia para Leanna ue parecia umaprincesa. - elo vestido - disse. - Mas voc; no sabe ue no pode estar mais bonita ue aprpria debutante@- 5ebutante@ - repetiu Leanna% fran,indo a testa.- Minha prima Pos)lia. - Mi#uel no estranhou o fato de Leanna ter-se esuecido do nomede sua prima. 9om todos os seus irmos e irms e a#ora sua prima% eram muitos nomespara lembrar.

- Leanna% Mi#uel% esperem aui. Vou pe#ar a c=mera. $ " senhor Van Haver deu umtapinha no ombro da esposa como para tranJili,)-la. Mi#uel ainda no conse#uiaentender o poru; de a senhora Van Haver ter cado to chateada.8nuanto posava para al#umas fotos com Leanna% Mi#uel pensava sobre os Van Haver.8ram uma fam'lia peculiar% tudo bem.Bareciam li#ados a Leanna% mas um pouco demais. 9omo se no uisessem ue elavoltasse para sua fam'lia de verdade% os Mali#.8nuanto Leanna se despedia dos Van Haver% Mi#uel decidiu esuecer a fam'lia postiçasuperprotetora% no ueria estra#ar a #rande noite m)#ica ue tinham pela frente.

Treze- >inda no posso acreditar ue o manobrista colocou o seu carro no estacionamento -

disse Leanna% enuanto ela e Mi#uel entravam no lu0uoso sa#uo do Pe#encE Hotel emo 6rancisco. 8ra de lon#e o lu#ar mais chiue ue ela tinha visto. (odos os elevadoreseram de vidro e pedras brilhantes% ue pareciam diamantes% pendiam dos lustres. Leannano se sentia mais desconfort)vel na sua roupa de concurso. dese+ava ter lon#as luvasbrancas e uma coroa para combinar.Mi#uel riu. - Meu carro foi provavelmente uma #rande decepço depois de todos auelesM]s na nossa frente.Leanna riu tamb&m. " olhar do manobrista era impa#)vel. Bor al#uns se#undos% ela tevecerte,a de ue o homem ia pedir a Mi#uel para estacionar o seu velho carro todo batido.- "lha% ali est) minha irm 9arrie - disse Mi#uel% apontando para uma bonita #arotamorena. - Vem% vou te apresentar a ela. (alve, ela saiba em ue salo & a festa.8les andaram at& a #arota ma#ra parada entre duas portas douradas. 8la vestia um lon#ode seda preta e seu cabelo era muito curto% com e0ceço da frente% onde era espetadopara cima.T8sta & a irm de Mi#uel@T% Leanna estava surpresa como al#u&m ue pertencia a umafam'lia ultraconservadora como a de Mi#uel podia usar um corte de cabelo to ousado.- 8i% 9arrie - disse Mi#uel. - 8sta & Leanna Mali#.- Bra,er em conhec;-Ca% Leanna. - 9arrie esticou o braço para apertar-lhe a mo. uasunhas estavam pintadas de um ro0o escuro% uase preto. - 8u te apresentaria o meuacompanhante% mas ele est) no banheiro.<auele momento% uma das portas douradas se abriu e um rapa, muito bonito saiu% comoue desli,ando. -esli*ando era a palavra certa% pensou Leanna seu andar #racioso eele#ante era to familiar para Leanna uanto seu cabelo na altura dos ombros e seu :nico

brinco prateado. 8la os via diariamente na escola.T" ue 8ddie >lvare, est) fa,endo aui@T 8ddie no fa,ia parte da turma de Leanna naaEside >cadernE% mas ela o conhecia. Papidamente% Leanna virou-se de costas%esperando ue 8ddie

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passasse por ela sem a reconhecer.- 8ddie! - chamou 9arrie. - Venha c) e conheça meu irmo e sua acompanhante.Leanna ueria ue um buraco se abrisse para desaparecer. T9arrie estava com 8ddie@T8ddie tinha participado de v)rios desles com Leanna% sabia o nome dela. (alve, eladevesse correr para o banheiro feminino e car l) at& 9arrie e 8ddie irem embora. Mas eratarde demais% 8ddie estava parado ao lado de 9arrie e% pelo +eito ue sorria para Leanna%ela sabia ue estava perdida.- 8ddie >lvare,% este & meu irmo Mi#uel- disse 9arrie. "s rapa,es trocaram um aperto de

mos. - 8 esta &...- 8u te conheço - disse 8ddie. - Voc; freJenta aEs'de% certo@ eu nome & Leanna ...Leanna ... Leanna sentiu ue suas pernas fraue+avam. T<o fale meu nomeT% re,ou. T<odi#a Leanna Van Haver!T8ddie sorriu em tom de desculpas. - 5esculpe% no me lembro de seu sobrenome.- Leanna Mali# - Leanna uase sussurrou. 8sta foi por pouco!Mas Leanna ainda no estava fora de peri#o. >#ora 9arrie a olhava com uma e0presso defasc'nio.- Voc; freJenta aEside@ - per#untou 9arrie. - " ue voc; &% atri,@ 9antora@ Voc; +)apareceu na (V@- Bor ue Leanna teria aparecido na (V@ - interrompeu Mi#uel% olhando de Leanna para

9arrie com uma e0presso confusa.- 8stou faminta! - e0clamou Leanna% tentando mudar de assunto. - Vamos procurar a festa%o +antar no vai ser servido s seis@- im. >cho ue & por aui - disse Mi#uel se#uindo um lon#o corredor acarpetado% masainda parecendo confuso. Cnclinando-se para mais perto de Leanna% per#untouF - /uehistria & essa de voc; aparecer na (V@- 8u no. - Leanna riu nervosamente. - >l#uns dos #arotos ue freJentam aEsideuerem ser atores% mas no & meu caso.- <o% Leanna fa, parte da diviso de modelos% +unto comi#o - interrompeu 8ddie. 8le e9arrie haviam se#uido Mi#uel e Leanna pelo corredor. - aEside & como uma faculdade%sabe@ Bode-se ter aula sobre diferentes assuntos - cinema% teatro% dança - mas voc;escolhe uma )rea de concentraço% um tipo de especiali,aço. 8scolhi modelo porue no

sou muito bom em memori,ar te0tos.- Modelo e dança. R bem le#al - disse Mi#uel numa vo, a#rad)vel. - <o sei por ue penseiue aEside era uma escola tradicional ri#orosa. - "s olhos de Mi#uel estavam friosuando encarou Leanna.- 8u disse ue era dif'cil entrar em aEside% e &! $ Leanna disse bruscamente% com osolhos faiscando. - Voc; tem ue ter notas altas e talento! <ossas aulas de artes teatraisso adicionais s aulas re#ulares% como as de matem)tica e ci;ncias. Bassamos o dobro dotempo na escola e trabalhamos o dobro tamb&m.Mi#uel parecia espantado.- Csto & muito le#al% Leanna! - elo#iou 9arrie. - Meu irmo acha ue antropolo#ia & a :nicacarreira respeit)vel no mundo.9arrie continuou falando% contando a Leanna ue ela ueria ter uma lo+a de roupas. MasLeanna no prestava atenço% continuava observando Mi#uel% enuanto ele andavadeva#ar% olhando para a frente.<a entrada da festa% um homem mais velho com um terno preto pe#ou os convites deles echecou uma lon#a lista. $ Mesa vinte - disse% apontando-lhes a porta.Mi#uel se#urou a porta aberta para Leanna e eles entraram num #randioso salo de baile.Metade do piso era de madeira polida. <o fundo do salo% numa plataforma elevada% umaoruestra tocava m:sica suave. Leanna nunca tinha estado em uma festa de anivers)riocomo auela antes. Gma ve,% Alenn Aarric7 tentou impressionar a todos contratando umcon+unto para sua festa% mas era um con+unto de uatro #arotos com violIes e um teclado.8sta oruestra tinha violinos% um piano e um violoncelo!<o outro lado do salo% sobre um lu0uoso tapete a,ul escuro% havia de,enas de mesas

redondas cobertas com toalhas brancas de linho% copos de cristal e talheres de pratarelu,entes. entadas s mesas% conversando e rindo% enuanto os #arçons enchiam seuscopos% havia pessoas de todas as idades% uase todas lipinas.T(udo & to lindo. Mas no faço parte disto. ou uma impostora ...T

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- <o% 8ddie - riu 9arrie% distraindo Leanna de suas preocupaçIes.- (emos ue entrar na la de cumprimentos primeiro.8ddie levantou-se da cadeira. - Voc; tem ue me desculpar - disse. - <o sei nada sobre ocerimonial dos anivers)rios de de,oito anos.- Barece muito com o ue voc; me contou sobre as festas de uin,e anos no M&0ico -disse 9arrie% pe#ando no braço de 8ddie. 8la olhou para Leanna. - Voc; sabia ue sefssemos me0icanas no ter'amos ue esperar at& os de,oito anos para ter uma festançacomo esta@ >li)s% como sou americana a#ora% talve, possa convencer meus pais a fa,er

uma festa de de*esseis anos em ve, de um de$ut como este.Mi#uel ofereceu o braço a Leanna% i#norando a vo, da irm.- Vamos% Leanna. Vamos cumprimentar a aniversariante.Leanna cou entre Mi#uel e 9arrie% enuanto se apro0imavam de uma la de pessoasvestidas ele#antemente. 9onvidados passavam e cumprimentavam. TCsto parece umcasamentoT pensou Leanna. 8la ueria ue Mi#uellhe dissesse o ue deveria fa,er masclaro ue ele achou ue ela +) sabia.- >penas cumprimente Pos)l'a% o irmo dela e seus pais com um aperto de mo - Leannaouviu 9arrie di,er a 8ddie. - Mas% uando voc; cumprimentar os avs e bisavs dela% façaisto disse 9arrie pe#ando a mo direita de 8ddie e encostando-a na sua testa. - 9olocar amo de uma pessoa mais velha em sua cabeça mostra respeito.

8ddie apertou a mo de Pos)lia. 8la usava um vestido lon#o branco e luvas compridas at&os cotovelos. 8nto% Leanna o observou apertar a mo de uma peuena senhora decabelos #risalhos e #entilmente encost)-Ca em sua testa. " rosto da peuena mulherabriu-se num sorriso radiante.Leanna sentiu-se uma boba. em% se 8ddie podia fa,er auilo% ela tamb&m poderia. 8latrocou apertos de mo com os membros mais +ovens da fam'lia de Pos)lia e depois fe, amo da velha senhora tocar-lhe a testa. 6oi recompensada com um #eneroso sorriso. >velha senhora disse al#o em ta#alo a Mi#uel ue pareceu fa,;-lo corar.- " ue ela disse@ - per#untou Leanna% enuanto eles se sentavam mesa.- <ada - respondeu Mi#uel tomando um r)pido #ole de )#ua e cando ainda mais corado.- 8scutei o ue ela disse. - 9arrie desdobrou seu #uardanapo de pano% colocou-o no colo esorriu provocativamente para o irmo. - > bisav disse ue voc; era uma #arota simp)tica

e ue Mi#uel deveria se casar com voc;.- /ue histria & essa de meu primo mais novo se casar@ - per#untou com uma vo,provocadora de mulher. - 5e +eito nenhum! <o% a menos ue eu me case antes!Gma lipina de cabelos ne#ros lisos% na altura dos ombros% sentou-se na cadeira va,ia aolado de Mi#uel. Gsava um lindo vestido de renda a,ul brilhante.- 8sta & minha prima 9hristina. 8la est) no se#undo ano da faculdade na Gniversidade da9alifrnia em er7eleE $ acrescentou Mi#uel. - 6a, especiali,aço em Histria.- Leanna Mali# e 8ddie >lvare, - disse Mi#uel a 9hristina. - o modelos.- /ue le#al! <unca conheci nenhum modelo antes. 9omo & estar sempre na frente de umac=mera@" uei0o de Mi#uel caiu e Leanna no conse#uiu conter o riso. 8la sabia ue ele esperavaue sua prima mais velha pensasse ue ser modelo era to fr'volo uanto ele achava.5epois ue Leanna acabou de contar para 9hristina como era divertido ser modelo% todoscomeçaram a comer. 6oi servido um aperitivo frio de camaro e depois uma salada verde.Mas Mi#uel no tocou em nenhum dos dois.- o pr0imo prato & l/con ! anunciou 9arrie% cutucando Mi#uel nas costas. - >cho ue8ddie deveria se servir primeiro% voc; no acha% Mi#uel@0/con & um prato servido sempre em comemoraçIes f'lipinas. 5ora tinha feito um naprimeira noite de Leanna em an 5'e#o. Leanna sorriu% lembrando-se de como caraconfusa uando 5ora a convidou a se servir primeiro.- <o sei se estou pronto para isso - disse 8ddie desconado. 8le olhou em volta da mesa.

 (odos riam. - >li)s% o ue & l/con?9arrie começou - R...

- >cho ue Leanna deveria e0plicar o ue & l/con disse Mi#uel alto% cortando a respostade sua irm.

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Catorze- "h% era a festa de de*oito anos de uma #arota - 9arlos se desculpou ao telefone namanh se#uinte. - <o sabia ue voc; ia a um baile de debutante. /ueria ue voc; metivesse dito. 8u poderia ter te e0plicado tudo.- 8nto todos os lipinos fa,em isto@ - per#untou Leanna% mudando o fone para o outroouvido e esticando o braço at& um arm)rio mais alto para pe#ar sucr'lhos. - Bor ue voc;no falou disso antes@- <o achei ue voc; estivesse interessada - respondeu 9arlos.

- Voc; nunca li#ou para nenhum costume lipino antes.- om ...% esse & diferente - disse Leanna% despe+ando um pouco de cereal numa ti#ela. -/ue #arota da minha idade não caria e0citada com a oportunidade de se vestir comouma princesa e ter uma #rande festa@ Bosso ser moderna% mas no sou $urra.8la ouviu a risada #ostosa do pai. - >cho ue no sei muito sobre #arotas adolescentes -ele admitiu. - 8stou mais acostumado com meninos peuenos. Mas a#ora ue estamosmorando mais perto% espero ue isso mude. - > vo, de 9arlos tornou-se mais s&ria. - inta-se vontade para vir nos visitar a ualuerhora% Leanna. o s duas horas de vo. Voc; nem precisa passar a noite aui se nouiser.8nuanto seu pai falava% Leanna pensava no convite. 9onhecer os parentes de Mi#uel na

noite anterior e ver como eram li#ados fe, com ue Leanna percebesse a falta ue sentiade 9arlos e dos meninos. Visitar os Mali# tamb&m seria uma boa oportunidade parapraticar seu ta#alo e para aprender coisas sobre as 6ilipinas ue no eram encontradasnos livros.- om% estou ocupada nos pr0imos dois ns de semana - disse Leanna% olhando ocalend)rio de parede perto do telefone. - 5epois & 2allo#een.- "h% os #arotos adorariam passar 2allo#een com voc;. <o comemoramos nas 6ilipinas%ser) a primeira ve, ue eles brincaro de doces e travessuras. 8les poderiam ter al#u&mlhes ensinandocomo fa,er.Leanna cou tentada. eria divertido ver seus peuenos meio irmos fantasiados. - 5e ueeles vo se fantasiar@ - per#untou.

- <o tenho certe,a. 5ora uer ue eles se vistam de piratas ou de fantasmas% mas osmeninos uerem ser - como eles chamaram auilo@ Teenage Troll Troopers.uan uer ser

 *immE% o Trooper >,ul% e (om)s uer ser ?irbE% o Trooper Po0o.! Teenage Troll Troopers & um desenho animado. (odas as crianças assistem - e0plicouLeanna.- om% vamos ter um 2allo#een americano e% no dia se#uinte% vamos comemorar a 6estade (odos os antos - e0plicou 9arlos -% um dos mais importantes feriados nas 6ilipinas.Leanna procurou novembro no calend)rio. Brimeiro de novembro% um dia depois de2allo#een, uma se#unda-feira! e aceitasse o convite de 9arlos% poderia participar deuma festa lipina e faltar um dia na escola!8la perderia a festa de 2allo#een de sua ami#a ara% uando tinha plane+ado apresentarMi#uel a todos os seus ami#os.TMas sou lipinaT% lembrou-se Leanna. T8 a fam'lia & mais importante ue os ami#os.T- >doraria ir - disse Leanna sentindo ue de fato era verdade.<o dia se#uinte% Leanna usou seu terno na escola e colocou uma Uor vermelha de seda nocabelo solto. 8la tinha levado seu livro de ta#alo para estudar durante o almoço eesperava ue o fato de estar vestida a car)ter a a+udasse a aprender mais depressa./uando Leanna colocou sua bande+a ao lado da de ?elli% as outras #arotas na mesa dealmoço olharam para ela e sorriram.]endE% 5ehaun e ara eram ami#as de Leanna e de ?elli desde o primeiro ano.- 8nto% como foi seu #rande encontro com Mi#uel@ $ per#untou 5ehaun% mordendo umacenoura.- 6oi fant)stico! - disse Leanna desembrulhando um canudinho e colocando-o dentro da

cai0inha de leite. - " hotel parecia um pal)cio e a m:sica era tima.- /uem era o con+unto@ - per#untou ara. 5esde ue raspara a cabeça% ara s seinteressava por m:sica punk e eav% metal dos anos SX.

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- 8ra uma oruestra% boba - respondeu Leanna. - 8 dançar com Mi#uel foi o melhor detudo. 6oi to rom=ntico!]endE enrolou um pouco de espa#uete num #arfo pl)stico. - Voc; realmente #osta dessecara% no@ 8nto ... uando vamos conhecer o enhor Berfeito@>ntes ue Leanna pudesse responder% ?elli ps sua lata de soda na mesa com umestrondo. - 9onheci Mi#uel e ele est) lon#e de ser perfeito. Voc; no disse ue ele moravanum barraco de #rama nas 6ilipinas e caçava b:falos na )#ua@- 8le caça b:falos@ - per#untou 5ehaun acusadoramente. 8la era ve#etariana e muito

preocupada com os direitos dos animais. - (alve, voc; deva pensar duas ve,es sobre esserapa,% Leanna.- Mi#uel no caça b:falos! - disse Leanna lançando um olhar furioso para a meia-irm./ual era o problema de ?elli@- > fam'lia de Mi#uel tinha um b:falo. 8ra um bicho deestimaço.- 5esculpe - disse ?elli com vo, n#ida. - 5evo ter entendido mal." san#ue de Leanna ferveu. 8la tomou um r)pido #ole de leite para evitar bri#ar com ?elli.Leanna no ueria discutir com ela na frente de todo mundo na lanchonete.ara olhou impacientemente para ?elli e Leanna. - em% acho ue teremos ue decidirso,inhas se Mi#uel & um cara timo ou um idiota. Voc; vai Cev)-lo a minha festa de2allo#een, no@

Leanna uase en#as#ou com seu leite. - <a verdade% preciso falar com voc; sobre isto -disse. - ara% eu ...- Leanna no comemora mais festas americanas como 2allo#een ! interrompeu ?elli. - 8lafoi convidada para uma festa lipina no mesmo m de semana. 8la vai te dar o cano% ara.Leanna estava chocada demais com as palavras de ?elli para perceber a reaço de ara.e ara tivesse cado ma#oada ou brava% Leanna poderia se desculpar mais tarde. <essemomento% ela tinha ue descobrir o ue estava havendo com ?elli.- Bosso falar com voc; em particular@ - per#untou Leanna com os dentes cerrados. emdar a ?elli chance de responder% pe#ou-a pelo braço e praticamente a arrastou para forada lanchonete.- Bor ue voc; est) me provocando@ - per#untou Leanna% uando ela e ?elli estavamso,inhas num banheiro pr0imo. - Voc; est) fa,endo Mi#uel parecer um #rande idiota.

Voc; no sabe nada sobre ele ou sobre as 6ilipinas!- 8 voc; sabe@ - ?elli +o#ou para tr)s seu lon#o cabelo loiro.- 8u achava ue voc; fosse feli, sendo americana at& ue seu suposto pai se intrometeu.>' voc; correu para an 5ie#o e% uando voltou% tinha um namorado lipino e a#ora achaue tamb&m & lipino.- 6ilipina% no lipino. - Leanna encostou-se numa pia. - Homens so lipinos. Mulheres solipinas. 8 eu sou uma lipina ... meio.- V; o ue estou di,endo@ Voc; acha ue & especialista nas 6ilipinas. - " rosto de ?elliestava vermelho de raiva. - Voc; no li#a para mais nin#u&m% a no ser para os Mali# epara Mi#uel. 8st) dei0ando de lado todos os ue se importam com voc;. cott% ara%mame% papai% eu ...- 9alma% rela0e - disse Leanna% entendendo de repente porue ?elli estava chateada. 8laesticou o braço at& o outro lado da pia e pe#ou na mo de ?elli. - <o vou dei0ar voc;s -disse Leanna delicadamente. - vou visitar os Mali#. Voc; est) e0a#erando.- <o sou a :nica - disse ?elli com vo, tr;mula. $ Mame tamb&m est) muito chateadaporue voc; tirou todas as nossas fotos de fam'lia nas duas ve,es em ue Mi#uel veio emcasa. 8la pensa ue voc; tem ver#onha de ns. Voc; no notou o interesse s:bito depapai com as 6ilipinas@ 8le acha ue se acompanhar essa ... essa s:bita obsesso sua%voc; no nos dei0ar)!?elli de repente pe#ou um punhado de toalhas de papel do toalheiro. 8nterrou seu rostonelas e apoiou-se na parede chorando.- Vamos% ?elli. Voc; sabe ue voc;% mame e papai sero sempre parte da minha vida.

Mas sou lipina tamb&m e no posso mais i#norar os Mali#.Leanna parou de falar uando a porta do banheiro se abriu. ]endE entrou% lançando umr)pido olhar para ?elli% ue ainda estava curvada contra a parede. ]endE voltou-se paraLeanna.

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- " ue est) acontecendo@ - cochichou ]endE. - Bor ue ?elli est) chorando@- <o estou chorando - disse ?elli com um tom de vo, #elado.- Meus olhos esto lacrime+ando. >cho ue minhas aler#ias esto se manifestando. - ?elliendireitou os ombros e +o#ou o bolo de papel na cesta de li0o. - Vou enfermaria. 8stoume sentindo mal.Leanna ueria poder di,er ou fa,er al#o para ue ?elli se sentisse melhor. -9onversaremos mais em casa - disse Leanna% enuanto se afastava para o lado para darpassa#em a ?elli.

?elli parou na porta. - >penas responda isto% Leanna. Mi#uel ama voc; ou a lipino -desculpe% lipina - ue voc; est) n#indo ser@ > menos ue voc; pretenda dar as costas sua fam'lia americana% voc; vai ter ue contar a ele a verdade sobre ns. e ele realmentete ama% aceitar) tudo sobre voc;. 8le no vai uerer um relacionamento baseado numamentira.8nuanto a porta se fechava atr)s de ?elli% ]endE batia nas costas de Leanna. - <o sepreocupe com a ?elli. 8la s est) com ci:mes porue no tem namorado e voc; tem.Leanna concordou. - Bode ser - ela disse. Mas sabia ue esse no era o problema. Leannadetestava ter ue admitir% mas ?elli estava certa. >o mentir para Mi#uel% Leanna estavare+eitando sua fam'lia americana e o valor lipino dela de honestidade. (inha ue acharum +eito de contar a verdade para Mi#uel.

Leanna no viu Mi#uel de novo at& a noite de s)bado. 8le estava ocupado trabalhando nocinema e% apesar de ter li#ado para ela al#umas ve,es% no teve muito tempo para v;-la.TVou contar para ele pessoalmenteT% pensou Leanna.<auela noite% Mi#uel a levou ao 9af& Manila% onde os pais dele trabalhavam. Leannavestiu o terno amarelo de novo% soltou o cabelo e colocou a Uor vermelha de seda atr)s daorelha.- Voc; est) linda - disse Mi#uel ao abrir a porta do carro para ela. - <o era este o vestidoue voc; estava usando no dia em ue nos conhecemos@Leanna sentou-se no banco da frente. - <o achei ue voc; se lembraria.Mi#uel entrou no carro e colocou o cinto de se#urança. - abe o ue pensei na primeirave, em ue te vi@ (enho ue conhecer esta linda lipina.

- Le#al - ela disse bai0inho. 8la tinha vestido o terno porue sabia ue Mi#uel tinha#ostado. >creditava ue se estivesse bonita ele no caria maluco uando ela lhecontasse a verdade sobre sua fam'lia.- 5eve ser to dif'cil morar com os Van Haver. <o d) para ser mais americano do ueeles. Voc; deve sentir muita falta das coisas lipinas. - Mi#uel tirou uma das mos dovolante e #entilmente pe#ou a mo dela. - >posto ue voc; sente muito a falta de seuspais. /uando voc; vai para casa@- <o m de semana de 2allo#een ! disse Leanna. - Csto & uma das coisas sobre as uaisueria conversar com voc;. "s Mali# so ...- (alve, eu possa ir com voc;! - Mi#uel #ritou e0citado.- <o! - interrompeu Leanna. - /uero di,er% & s fam'lia.- 8ntendo - disse Mi#uel% entrelaçando seus dedos aos dela. - >l&m disso% seu pai & tori#oroso% provavelmente no aprovaria ue voc; levasse um rapa, para casa.Leanna tremeu. Bor ue Mi#uel se lembrava de tudo o ue ela tinha dito@ Csso tornavamais dif'cil fa,er o discurso ue ela tinha ensaiado.- Mi#uel - começou -% nem todos ue parecem lipinos se#uem todas as tradiçIes ecostumes.- 8u sei. - 8le virou o volante% dobrando uma esuina. $ Zs ve,es co to bravo com meusirmos mais novos. "s cortes de cabelo% as roupas deles ... <o acho ue tenhampersonalidade prpria. Barece ue s fa,em o ue seus ami#os americanos acham le#al.- om% & divertido fa,er coisas com os ami#os - disse Leanna% esuecendo de seu discurso.- >doro deslar% porue eu e ?elli deslamos +untas.Mi#uel deu uma risada curta. - <o me surpreende ue ?elli se+a modelo.

- " ue isso si#nica@ - per#untou Leanna% soltando sua mo da de Mi#uel.- (udo o ue eu uis di,er & ue ?elli & alta e bonita% ento & de esperar ue ela #oste deser modelo. Mas voc; simplesmente no fa, o tipo.- /ue tipo & esse@ - disse Leanna indi#nada. - ai0inha e feia@

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- Voc; sabe ue no & bai0inha e feia. - Mi#uelli#ou o r)dio ue começou a tocar m:sicacountrE. - /ue tal um pouco de m:sica@- 5etesto esta estaço!Mi#uel desli#ou o r)dio. - /ual & o problema% Leanna@ Bor ue voc; est) procurando bri#a@- ele per#untou confuso. $ " ue , para te chatear@- e li#asse para mim% aceitaria tudo sobre mim ... at& ser modelo e meus ami#os.- 8 eu aceito. - "s olhos de Mi#uel estavam na rua. ua mand'bula pareceu contrair-se. - no entendo.

- 8scuta% tem um desle de moda no sopping s)bado ue vem. - Leanna respirou fundo. -8u e ?elli vamos participar% +unto com al#uns de nossos ami#os de aEside. 8u #ostariaue voc; viesse e assistisse.- (alve, tenha ue trabalhar. - Mi#uel entrou num estacionamento cheio. - 9he#amos. 9af&Manila. Me a+ude a procurar uma va#a boa.entindo-se desapontada% Leanna percebeu ue Mi#uel no tinha dito se ia ou no aodesle. Tom% estamos uites. (amb&m no contei a ele sobre a minha fam'lia.TT" desle de modas ser) o testeT% decidiu Leanna. Te Mi#uel aparecer% prometo contar-lhe sobre os Van Haver depois do desle. 8 no vou fraue+ar% no importa o ueacontecer!T8nuanto atravessavam as portas duplas para entrar no restaurante onde os pais dele

trabalhavam% Leanna sentiu-se melhor% mais rela0ada. 8la ia contar a verdade a Mi#uel% sno seria ho+e.- 8ste lu#ar est) lotado - ela disse.Mi#uel foi at& o começo da la. - <s no teremos ue esperar por uma mesa. Meus paisesto nos a#uardando.Mi#uel deu o seu nome para a ostess lipina. 8la os levou para uma mesinha no centrodo salo% perto de um buQet em forma de G.! Ma$3a%& em-vindos ao 9af& Manila - disse uma #arçonete ruiva. - (emos uma 4iesta5u6et especial ho+e% ou voc;s preferem ver o card)pio@- Vou uerer o $u6et ! decidiu Leanna.- 8u tamb&m - concordou Mi#uel. - R a melhor maneira de e0perimentar um monte depratos diferentes% e podemos repetir.

- [timo! - Leanna foi para a ponta do $u6et e pe#ou um prato va,io. - 7utom na ako.- (amb&m estou com fome. 8i% voc; andou treinando ta#alo! - disse Mi#uel or#ulhoso%enuanto se servia de uma colherada de arro, fume#ante.8nuanto diri#ia em direço casa dos Van Haver depois do +antar% Mi#uel cou uieto.8stacionou o carro e virou-se para Leanna. ob a lu, fraca da #ara#em dos Van Haver% seurosto eram linhas e sombras escuras.- Leanna - ele começou -% preciso te di,er uma coisa.Leanna #elou% tremendo por dentro. Mi#uel parecia to s&rio. 8 se uisesse romper comela@ 8 se ele +) tivesse pensado sobre o desle de modas e tivesse decidido ue noestava interessado@ - <o vou mentir para voc;% Leanna.8la abai0ou o olhar. Boderia al#uma ve, di,er o mesmo a ele@ - " fato de voc; ser modelono me incomoda. Mas ?elli Van Haver me incomoda. - Mi#uel balançou a cabeça. $ <o#osto de #arotas articiais e superciais como ela. 8 no entendo como voc; #osta dela.Mas estou disposto a tentar. - 8le tirou uma mecha de cabelo da testa dela e acrescentou.- (alve, possamos todos sair +untos depois do desle% para nos conhecermos melhor." coraço de Leanna deu um salto. 8la se inclinou para bei+)-lo% mas o cinto de se#urançaa deteve. Mi#uel deu uma risadinha e se moveu para solt)-lo. 8nto% estavam nos braçosum do outro.! Maal kita ! Mi#uel sussurrou% pouco antes ue seus l)bios encontrassem os dela.T(enho ue lembrar de per#untar ao 9arlos o ue isto si#nicaT% pensou Leanna. 6echandoos olhos% ela dese+ou ue o bei+o de boa noite deles pudesse durar para sempre.

Quinze

<a tarde do s)bado se#uinte% Mi#uel se diri#ia desconfortavelmente para o espaço centraldo sopping center." >rden 6air MaG era um monstro de aço e de vidro. 5entro dele% no era poss'vel saberem ue ano se estava% em ue pa's ou at& em ual estaço do ano. Arandes Uocos de

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neve prateados pendiam do teto e uma fai0a sobre o palco central anunciava 5esle da9oleço de Cnverno% apesar de ainda ser uma semana antes de 2allo#een e atemperatura e0terna ser de uase 2S #raus.>s cadeiras dobr)veis perto do palco estavam sendo rapidamente ocupadas por #arotasadolescentes. >l#umas estavam com as mes e avs. "s :nicos homens na audi;nciaeram um punhado de pais% avs e irmos caçulas. Mi#uel se sentiu como uma verru#a#i#ante no rosto de al#u&m.8ssa no era a sua id&ia de diverso. Mas a sua presença no desle parecia ser muito

importante para Leanna. Bor isso ele ueria apoi)-la e saud)-la.T8 ser le#al com ?elli Van Haver depois. <o se esueça dessa parte.T Mi#uel fe, umacareta. Blane+ava dar uma chance a ?elli% mas ser) ue ela le daria uma tamb&m@ <a:nica ve, em ue ele passara mais do ue cinco minutos com ?elli% ela deu a impressode #ostar dele. Mi#uel temia ue ?elli ,esse Leanna voltar-se contra ele e contra tudoue fosse lipino% como os ami#os de sua irm haviam feito com ela.Mi#uel achou uma cadeira no fundo% perto do m da passarela coberta por um tapetevermelho% ue sa'a do palco central. 8le se acomodou desconfortavelmente na ponta dacadeira. Z sua esuerda% duas #arotas muito +ovens falavam alto de seus batons favoritos.Mi#uel levantou os olhos. 5aria ualuer coisa para ver um rosto conhecido a#ora. 5eprefer;ncia% um rapa, com uem pudesse falar de ualuer coisa% menos de mauia#em e

roupas.9omo ue em resposta ao seu passado% um rapa, alto e ma#ro% mais ou menos da idadede Mi#uel% saiu de tr)s da cortina dourada brilhante. 8stava todo de preto% e0ceto pelocolete listrado cin,a e a #ravata vermelho vivo. 9arre#ou uma c=mera de v'deo e um trip&para o m da passarela e começou a mont)-los."s cabelos loiros e os culos de aro met)lico do cameraman lhe pareceram familiares%mas Mi#uel no conse#uia se lembrar de onde.5epois de montar a c=mera% o rapa, loiro olhou para o p:blico. - 8i% cara - disse diri#indo-se a Mi#uel -% voc; pode dar uma olhada no meu euipamento por um minuto@- 9laro - Mi#uel concordou ale#remente. TGau% al#o para fa,er.T" loiro alto atravessou rapidamente a passarela e desapareceu atr)s da cortina. Gmmomento depois% ele reapareceu% carre#ando uma #rande cai0a de papelo branca e um

spot.- "bri#ado% cara - disse a Mi#uel enuanto punha a cai0a no cho e começava a arrumar al=mpada. - Vou lmar o desle% assim as #arotas podem assistir depois e ver o ue ,erambem e o ue precisam melhorar.Mi#uel se levantou e apoiou o cotovelo na passarela% ue cava na altura de seu uei0o. -Voc; & fot#rafo prossional@- per#untou. - Voc; parece meio +ovem para ter um empre#oem tempo inte#ral.- Csso & s enuanto estou no col&#io. - " cameraman acabou de a+ustar sua l=mpada esentou-se no tapete vermelho. - <o tenho certe,a se uero ser diretor ou cameraman,mas vou trabalhar atr)s das c=meras. Voc; tamb&m se interessa por cinema@- >doro assistir a lmes - respondeu Mi#uel - mas nunca pensei em fa,;-los. (rabalho no9inedome% ento consi#o ver todos os lmes novos assim ue so lançados." rapa, estalou os dedos. - 8u bem ue te achei familiar! Voc; no estava l) ontem noite@ (e vi esfre#ando o cho.- im% era eu - admitiu Mi#uel. - Mas no pretendo passar a vida inteira esfre#ando o choe vendendo pipocas. <a verdade% uero estudar antropolo#ia.- (ipo desenterrar ossos anti#os e coisas assim@- (alve,% mas tamb&m me interesso por povos modernos ue ainda vivem h) milhares deanos. <as 6ilipinas% onde nasci% h) muitas tribos ue ainda vivem desse +eito. "sMan#Eans% os >ti% os (asadaE ...- "uvi falar nos (asadaE. 5aria tudo para estar na euipe ue pela primeira ve, lmasseuma tribo desconhecida. $ eus olhos a,uis brilharam por tr)s das lentes dos culos. -

 (alve, possamos trabalhar +untos al#um dia.

- (alve,. - Mi#uel sorriu e diri#iu-se de volta para sua cadeira.- <o% estou falando s&rio. - " #aroto loiro reclinou-se e esticou a mo. - Meu nome & cott.cott 9arteret.- Mi#uel armiento. - Mi#uel apertou a mo de seu novo ami#o.

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- Bor ue voc; no me d) seu telefone@ Bodemos sair +untos e vou lhe mostrar al#uns dosmeus lmes ... se voc; estiver interessado. o na maioria document)rios - disse cott%soando acanhado. - Via#ens% histria% entrevistas ... voc; provavelmente ache estranho.- <o. Barece le#al - respondeu Mi#uel.cott escreveu o n:mero de telefone de Mi#uel numa cadernetinha dentro de sua carteira.- (alve, possamos fa,er um document)rio sobre a e0peri;ncia dos l'pinos nos 8stadosGnidos - disse ele entusiasmado. - (em uma #arota no desle de ho+e ue seria perfeitapara isso. 8la & realmente foto#;nica% ve+a voc; mesmo. - cott abriu sua carteira e a

entre#ou a Mi#uel.Mi#uel olhou a foto#raa de escola - e sentiu como se todo o ar lhe fosse tirado por um#olpe forte e r)pido. 8le se#urou na ponta da passarela para apoiar-se. " ue a foto de0eanna fa,ia na carteira de outro cara@- 8sta &... Leanna! - ele falou com a vo, entre cortada% apontando para a carteira de cott.- Voc; a conhece@ - per#untou cott% parecendo totalmente alheio an#:stia de Mi#uel.- 8u... eu achava ue sim - disse Mi#uel bai0inho. (em ue haver al#um mal-entendido!8sta & a mesma Leanna ue mora com os Van Haver@! Mora com os Van Haver@ - repetiu cott. - 8la / uma Van Haver! Leanna s & meio lipina.> senhora e o senhor Van Haver so sua me e seu padrasto. " verdadeiro pai de Leannamora em an 5ie#o. - cott colocou a carteira de volta no bolso e riu - Voc; no deve

conhecer Leanna muito bem.- <o ... mal a conheço - disse Mi#uellentamente. cott% por outro lado% parecia conhecerLeanna muito bem. cott tinha todas as informaçIes sobre a fam'lia dela.T8 ele tinha a foto#raa dela na carteira!T- "nde voc; conheceu Leanna@ - o sorriso de cott ainda era simp)tico e sua vo,% informal.<o parecia estar com ci:mes ou desconado.- <o importa - Mi#uel murmurou. Gm redemoinho de emoçIes varriam-lhe a mente./ueria odiar cott% mas ele parecia ser um cara muito le#al. (alve, cott no soubesseue Leanna estava saindo com outro. (entou odiar Leanna% mas sua raiva foi superada poruma e0ploso de profunda dor. > :nica pessoa ue Mi#uel realmente odiava era elemesmo. 9omo pde ter sido to burro a ponto de conar em Leanna% uando ela mentirapara ele desde o minuto em ue se conheceram@

- >l#o errado@ - per#untou cott% fran,indo a testa. Mas% nesse momento% foi interrompidopor uma e0ploso de m:sica. - " desle vai começar! (e ve+o depois - disse cott%levantando-se r)pido. 8le li#ou a c=mera% enuanto uma mulher alta% de cabelos ne#ros%com um vestido de noite% saiu detr)s das cortinase deu as boas-vindas plat&ia do 5esle de Moda de Cnverno. alançando a cabeça emdesa#rado% Mi#uel se afastou do palco e se diri#iu sa'da mais pr0ima. <o tinha maisnenhum motivo para car ali.- 9omo estou@ - per#untou Leanna nervosamente.?elli olhou Leanna% ue usava calças +ustas vermelho vivo% saia preta e branca e umvolumoso su&ter vermelho com cachorrinhos enfeitando o decote. - 9omo se estivessepronta para seu primeiro dia no +ardim de inf=ncia.Leanna tirou um apo de seu su&ter. - Belo menos posso me sentar se uiser.- Me conte como & isso - #emeu ?elli. 8la vestia um su&ter de pura l an#or) branca ehaviam lhe dito para no se sentar ou se encostar em nada% enuanto a#uardava a suahora de entrar.- Voc; acha ue Mi#uel est) l) fora@ - per#untou Leanna. >s #arotas estavam no camarimh) uma hora e no tinham tido a oportunidade de olhar a plat&ia.- 8le disse ue viria% no@ - per#untou ?elli% soando irritada. - Belo ue voc; me contou%Mi#uel mant&m suas promessas. <o & como al#uns dos idiotas com uem +) sa'.- Aarotas! Hora de entrar em la! - Gma mulher com uma prancheta andava rapidamentepelo camarim% condu,indo as do,e #arotas para a porta.?elli virou-se para se#ui-las% mas Leanna pe#ou-lhe o braço% arriscando su+ar o su&ter dean#or) branco.

- >os seus lu#ares! >os seus lu#ares! - #ritava a diretora de cena% sacudindo suaprancheta freneticamente. ?elli e Leanna correram para os bastidores com as outras. ?ellientrou em seu lu#ar perto do m da la e Leanna% ue era a mais bai0a% foi para a frente.

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- ... "r#ulhosamente apresentamos nossa coleço de roupas informais% perfeitas para asala de aula e para esuiar.8ssa era a dei0a para Leanna. 5e cabeça er#uida% ela saiu dos bastidores com passosrmes e vi#orosos.- Leanna est) vestindo um con+unto cl)ssico de saia e su&ter da 9ool 9lothes - anunciou amestre-de-cerimnias.Leanna parou um momento em frente cortina dourada brilhante. 8nto% enuanto amulher com o micrfone continuou a falar sobre a roupa% Leanna deslou pela passarela%

dando voltinhas para mostrar sua curta saia rodada.8nuanto virava e sorria% seus olhos procuravam na plat&ia. 8la no tinha visto Mi#uel%mas seus olhos no conse#uiram ver direito nenhuma das leiras. 8la tinha ue continuarandando e #irando. 8m se#undos% sua apresentaço tinha acabado e ela correu de voltaao camarim para colocar a pr0ima roupa - um uente con+unto de esui rosa. .Leanna estava fechando o ,'per da +aueta uando ?elli entrou correndo no camarim%al#uns minutos depois. - <o vi Mi#uel na plat&ia - disse Leanna ansiosamente. - voc; oviu@?elli tirou o su&ter branco pela cabeça. - <ao% mas voce estava to concentrada na suaapresentaço l) fora ue provavelmente tamb&m no viu cott.- cott est) aui@ - per#untou Leanna% enando o cabelo num #orro de tric cor-de-rosa.

8la no pensara em nin#u&m a no ser em Mi#uel.?elli riu. - Viu o ue estou di,endo@ 8le estava bem na passarela % lmando% e voc; nem oviu.<a pr0ima ve, em ue Leanna entrou no palco% viu a sombra da #ura de cott atr)s dac=mera. Mas estava mui.to ocupada se concentrando em sua apresentaço para prestarmu'ta atenço. 8nuanto estava na passarela% tornou-se uma feli, e ativa #arotinha numavia#em de esui. 8ra sua funço convencer todos na plat&ia de ue% se comprassemauela roupa% tamb&m cariam lindos e feli,es. uando o desle terminou e Leanna estava tirando o su&ter tricotado mo e asleggings verde-escuras com ue deslara por :ltimo & ue teve tempo de se preocuparcom Mi#uel novamente. - >inda no o vi% ?elli. 8 se no estiver aui@- (enho certe,a de ue ele est) l) fora. - ?elli pe#ou um punhado de lenços de papel e

limpou a forte mauia#em do rosto. - 8% se no conse#uiu vir% tenho certe,a de ue foi porum bom motivo. >uele carro horr'vel dele deve ter uebrado.- 8spero ue no. - Leanna colocou seu prprio moletom pela cabeça.- "u ele pode ter tido um acidente - continuou ?elli% +o#ando os lenços de papel no cestode li0o.Leanna estremeceu. - Voc; pensa no pior! (alve, ele s tenha decidido me dar o fora.- <o & prov)vel. - ?elli escovou o cabelo de Leanna e ento começou a fa,er-lhe umatrança. - "s #arotos me do o fora. <o do o fora em voc;. Voc; sempre tem namoradosdoces e leais.Leanna virou a cabeça para olhar surpresa para ?elli. $ 9omo voc; sabe@ Mi#uel & apenaso se#undo cara com uem eu saio.- Vire-se! 8st) desmanchando seu penteado - ordenou ?elli. Leanna obedeceu e os dedosde ?elli se moveram rapidamente% arrumando o cabelo ne#ro sedoso de Leanna numatrança bemfeita. - Voc; no saiu com nenhum outro cara ue apareceu - e0plicou ?elli. -8u tinha tanto medo de car so,inha ue disse sim a todos os ue me convidaram parasair. Mas voc; esperou pelos bons. 9aras como cott% ue eu nunca poderia ter nem emum milho de anos.- Voc; #osta do Seott? ! per#untou Leanna. - 8nto por ue no sai com ele@- 8le nunca me convidou. - ?elli parecia irritada% como se ualuer idiota devesse saber aresposta. - 8u no caria surpresa se cott estivesse arrependido por ter terminado comvoc;. 8le provavelmente est) esperando uma chance para te bei+ar e fa,er as pa,es.- 8u no acho. 8u e cott &ramos mais ami#os ue #ostavam de sair +untos. <o haviaconUitos entre ns - admitiu Leanna. 8la pe#ou sua bolsa do encosto de uma cadeira

dobr)vel. - 5e ualuer forma... Mi#uel deve estar morrendo de fome. om% pelo menoseu estou. Vamos!

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Leanna saiu apressada para o sopping center, achando ue Mi#uel a estivesseesperando. Mas todas as cadeiras em volta do palco estavam va,ias. Csto &... todas% e0cetouma.cott levantou-se de um salto e diri#iu-se para Leanna% com um #rande sorriso no rosto ...e um buu; de cravos cor-de-rosa nas mos.

5e,esseis- Vai em frente% ma#oe cott de novo% se tiver cora#em. Vou esperar voc; no carro. - ?elli

deu um empurro em Leanna e saiu correndo.Leanna endireitou os ombros e andou deva#ar em direço a cott. Blane+ava dei0arperfeitamente claro ue era sua ami#a e nada al&m disso.- >onde ?elli est) indo@ - per#untou cott% vendo ela se diri#ir para a sa'da.- 8la vai me esperar l) fora. - Leanna sentou-se numa cadeira va,ia. - (enho ue conversarcom voc; a ss.cott afundou numa cadeira pr0ima% colocando o buu; numa cadeira va,ia entre eles. -".7.% o ue h)@Leanna suspirou profundamente. - cott% +) passamos por isso antes. no acho uedamos certo como namorados. <o posso aceitar estas Uores - disse Leanna passando amo no buu; cor-de-rosa.

- Csso & bom% porue elas no so para voc;. - " rosto de cott cou rosa da cor das Uores.- ?elli no & al&r#ica a cravos% &@- <o ue eu saiba - respondeu Leanna distra'da. /uando entendeu o si#nicado daspalavras de cott seus olhos se arre#alaram. - Voc; #osta de ?elli@" rosto de cott cou vermelho at& as pontas de suas orelhas. - om ... sim - ele disse. -Aosto de ?elli h) muito tempo. Mas ela sempre sai com uns caras populares% como AlennAarric7% ento achei ue nunca se interessaria por mim.- 8nto durante todo o tempo em ue sa'mos% voc; s estava me usando? ! Leanna bateude brincadeira no braço de cott. - <o posso acreditar!cott brincava com os botIes de seu velho colete. - 8u no diria isso - murmurou. - >t& saircom voc;% eu achava ue era um fracassado com as #arotas. 8u nem pensava emconvidar ?elli para sair. eria como ... como convidar uma estrela de cinema ou al#o

assim. >' voc; apareceu. Gma #arota bonita e popular% ueera le#al comi#o. erei sempre #rato a voc; por me dar autoconança.Bor&m% cott no parecia conante. Barecia at& muito infeli,% pensou Leanna.- ?elli e eu ... oh% & provavelmente imposs'vel- ele murmurou% levantando os culos. - Mastenho ue tentar.Leanna ps a mo no ombro dele. - <o & to imposs'vel uanto voc; pensa.- " ue voc; uer di,er@ - per#untou cott levantando a cabeça r)pido% com os olhosbrilhando intensamente% cheios de esperança. - ?elli #osta de mim@Leanna riu. - >cho ue voc; mesmo deveria per#untar a ela." rosto ma#ro de cott se iluminou de ale#ria. - "bri#ado% Leanna! "bri#ado por tudo!5e repente% ele se +o#ou e deu um abraço de irmo desa+eitado em Leanna% ue noconse#uiu conter o riso amassando as Uores. 8la deu umas batidinhas no ombro decott ...e ento a risada murchou de repente% Mi#uel estava sentado v)rias leiras atr)sdeles% com os braços cru,ados sobre o peito. 8le os observava com dio no olhar.- cott! - disse Leanna com a vo, entre cortada% lutando para sair de seus braços. -Mi#uel...- "h% um cara chamado Mi#uel esteve aui cedo. 8le acha ue voc; & um tipo deestudante de interc=mbio ou al#o parecido% mas eu lhe e0pliuei tudo. - cott viu Mi#uelse diri#indo para a sa'da. - 8i% l) est) ele! - cott chamou e acenou. - 8i% ami#o% aui!Mi#uel virou-se para encar)-los com um olhar de puro despre,o. Leanna se sentiu como seum dardo envenenado tivesse atravessado o peito. em uma palavra% Mi#uel virou-se denovo e caminhou para a sa'da do sopping.- /ual & o problema@ - per#untou cott.

- Mi#uel% espere! - #ritou Leanna% levantando-se de um pulo e correndo atr)s dele. - <ov) embora! Bosso e0plicar!8la alcançou Mi#uel uando ele estava uase na porta.

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9om os braços cru,ados% Mi#uel encostou-se na parede. - Csto vai ser en#raçado - eledisse. eus l)bios estavam crispados de raiva. - /ue parte voc; uer e0plicar primeiro%Leanna@ " fato de voc; ser uma Van Haver ou o de estar saindo com cott@- <o estou saindo com cott. - Leanna se colocou na frente de Mi#uel. - <s terminamosh) semanas. omos apenas ami#os.- 9erto. - ,ombou Mi#uel. - Voc; abraça todos os seus ami#os dauele +eito@- V) per#untar ao cott. 8le lhe dir) a mesma coisa."s l)bios de Mi#uel se moldaram num sorriso amar#o. $ Csso no & suciente. Voc; +) fe,

com ue ami#os - e parentes mentissem por voc; antes.- Voc; tem ra,o - admitiu Leanna. 8stava na hora de ser honesta. - (e contei muitasmentiras% Mi#uel% mas estou te pedindo para me perdoar. 8u te amo% e esta & a verdade.Bor um momento% as duras linhas no rosto dele pareceram se suavi,ar. Mas ento ele faloubruscamenteF - >mor! " ue voc; sabe sobre amor@"s olhos de Leanna se encheram de l)#rimas. 8la as conteve e continuou sem pensarmuito. - ei ue voc; me ama. 5escobri o ue si#nica maal kita. 8 voc; no diria eu teamo se no fosse verdade. Bor favor% me d; outra chance.- Voc; deve estar brincando. 9omo pode me pedir para conar em voc;@ - #ritou Mi#uel%com os olhos faiscando de raiva. - Voc; mentiu para mim. Virou as costas para a suaprpria fam'lia para conse#uir o ue ueria. Voc; & to centrada em voc; mesma ue nem

percebe o ue fe,.8le começou a afastar-se% mas Leanna a#arrou-lhe o braço. - Bosso e0plicar - ela começou.- <o toue em mim - e0clamou Mi#uel. ua vo, estava to fria ue Leanna rapidamentedeu um passo atr)s. "lhando atrav&s de Leanna% como se ela no estivesse% Mi#uelempurrou a porta de sa'da do sopping e saiu com viol;ncia.Leanna respirou profundamente% tremendo% tentando no chorar. 8ra estranho% mas derepente s havia um buraco enorme e va,io no seu peito% como se metade de seu coraçotivesse sido arrancado. " resto de seu corpo parecia frio e adormecido.- 8i% Leanna% voc; est) bem@ - cott se apro0imou% com uma e0presso preocupada norosto. - " ue aconteceu@- um mal-entendido - disse Leanna% er#uendo o uei0o em desao. - 8u e Mi#uel 'amossair para comer uma pi,,a% mas parece ue ele mudou de id&ia. Csso & uma boa not'cia

para voc;% cott. ?elli ia conosco% mas a#ora est) completamente livre. 8spere aui... voucham)-la!Leanna correu para fora% meio ue esperando ver Mi#uel e sua caminhonete toda batida.Mas o estacionamento era enorme e tantas pessoas iam e vinham na calçada ue Mi#uel

 +) tinha sumidoentre a multido.TMi#uel voltar)T% pensou Leanna. 8le telefonaria depois ue tivesse um tempo para seacalmar. "u no@Leanna passou o resto da tarde em casa% estudando seu dicion)rio de in#l;s-ta#alo. "uviras tas era mais f)cil% mas Leanna no ueria usar fones de ouvido% com medo de noescutar o telefone tocar% caso Mi#uel li#asse.Mas o telefone no tocou. 6inalmente% Leanna fechou o livro. TVou li#ar para eleT% decidiu." pior ue ele podia fa,er era desli#ar.Leanna pe#ou o fone. " telefone tocou tr;s% uatro% cinco ve,es. T8le no est) em casaT%pensou% meio decepcionada e meio aliviada. Mas% uando ia desli#ar% escutou uma vo, dehomem na linha.- >l@ /uem &@T8le no parece bravoT% pensou Leanna% sentindo uma onda de esperança. >ntes deperder a cora#em% Leanna respirou profundamente e começou a falar r)pido - Mi#uel% oi. RLeanna. 8u realmente sinto muito. <o ueria ...- 8spere um pouco - interrompeu a vo,. - ou Pamon. Meu irmo est) no trabalho. /uerdei0ar recado@- <o% obri#ada. - Leanna desli#ou com um n na #ar#anta. Pamon tinha a vo, to

parecida com a de Mi#uel!<o podia esperar at& ue Mi#uel sa'sse do trabalho. (inha ue fa,er al#uma coisa +). 6oiat& a salinha de estudos% onde o padrasto estava +o#ando no computador.

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- "i% pai. Bosso pe#ar seu carro emprestado@ /uero ir ao sopping comprar um batomnovo. - Leanna pediu com doçura.- 9laro% uerida. 5iri+a com cuidado - disse o pai distra'do. "s olhos dele estavam 0os natela% onde um homem musculoso animado atravessava um rio a nado% enuanto la#artosvoadores desciam para atac)-lo.Leanna estava uase saindo uando seu pai a chamouF - 8spere! 8 o +antar@ ?elli e suame devem estar em casa em uma hora. >chei ue seria divertido tentar uma receitadauele livro de co,inha lipina ue eu trou0e para casa ontem.

- <o vou demorar - prometeu Leanna. 8la encontraria Mi#uel no trabalho e ele teria ueescut)-la. <o poderia desli#ar% nem ir embora.Mi#uel estava no trabalho h) menos de uma hora e +) estava pensando ue teria sidomelhor li#ar e di,er ue estava doente. <o podia tirar Leanna da cabeça. 8ra dif'cilacreditar em como as coisas tinham mudado to r)pido. <um minuto% ele achava ueLeanna era a melhor coisa ue +) tinha lhe acontecido. <o minuto se#uinte% havia visto afoto dela na carteira de outro cara e descoberto ue ela tinha mentido para ele desde omomento em ue se conheceram.air com dois caras ao mesmo tempo +) era bastante ruim% mas n#ir ser al#u&m ue elano era era imperdo)vel. >o mentir sobre sua herança lipina% Leanna estava passandopor cima de tudo ue era importante para Mi#uel. 8le no ueria v;-la de novo.

- 8i! - #ritou um #aroto adolescente do balco. - 8u pedi uma cerr% cola. Csto & uma dietnormal.- 5esculpe - disse M'#uel% substituindo rapidamente a bebida. " #aroto a pe#ou e entrouno 9inema (r;s. Mi#uel esva,iou a #arrafa diet na pia. /uando se virou% escutou seus doiscole#as sufocando o riso.- Barece ue voc; no conse#ue se concentrar no trabalho ho+e - disse (om% esticando obraço para pe#ar um punhado de pipoca da m)uina e colocar tudo na boca.- R melhor ter cuidado - avisou 5anette. - (rocar os pedidos pode ser motivo para sermandado embora.- Voc; ia #ostar disso% no@ - Mi#uel respondeu furioso #arota ruiva. - Voc; est) sempreno meu p&! Me dei0a em pa, uma ve,.5anette se encolheu na direço de (om% com olhos arre#alados% n#indo ue estava com

medo. - (om% me salve! 8le perdeu a cabeça!Mi#uel virou-se% balançando a cabeça em desaprovaço. 9onhecendo 5anette% ele sabiaue ela provavelmente ia contar ao #erente al#uma histria e0a#erada sobre como ele atinhaT atacadoT.8ra bem o ue ele precisava. " nal perfeito para um dia infeli,.8 ainda no havia acabado. Gm #rupo de fre#ueses che#ou lanchonete e por al#unsminutos Mi#uel cou to distra'do atendendo os pedidos ue% al&m de esuecer Leanna esuas mentiras% acabou ueimando seu dedo numa ti#ela de nachos uentes. /uandocorreu at& a pia e ps o dedo debai0o da torneira de )#ua fria% Mi#uel no acreditou nouanto do'a. > pele +) estava se levantando numa bolha.- Mi#uel! 6re#u;s no cai0a!8le teve vontade de mandar 5anette atender. Mas uando se virou viu ue% dessa ve,%

 (om e 5anette estavam to ocupados uanto ele. (om estava servindo bebidas e 5anetteenchia v)rios sacos de pipocas.uspirando% Mi#uel en0u#ou seu dedo late+ante e se apro0imou do cai0a. - Bossoa+udar ... " ue voc; est) fa,endo aui@Leanna Mali# - no% Leanna 8an 2aver ! estava parada perto do cai0a no balco. 8laenrolava a ponta de sua trança% mordia o l)bio e no o olhava nos olhos.- " ue voc; uer@ - per#untou Mi#uel bruscamente.- /uero ... uero falar com voc; - Leanna #a#ue+ou. 8la se encolheu um pouco.- <o temos nada para conversar - disse Mi#uel friamente. - " ue voc; uer@ /uerpipoca@- <o. *) tive ue comprar um in#resso s para poder entrar e te ver - disse Leanna. - <o

posso parar de pensar em voc;. Voc; no pode me dar outra chance@5e repente% 5anette estava ao lado dele. - Mi#uel - ela disse severamente -% +) te dissepara dei0ar sua vida pessoal em casa. " trabalho no & lu#ar para conversar com a suanamorada.

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- 8la no & minha namorada! - falou Mi#uel rispidamente.- Mi#uel% realmente temos ue conversar $ continuou Leanna.er) ue ela no estava percebendo ue estava criando diculdades@ Brovavelmente no%pensou Mi#uel. 9omo de h)bito% Leanna s estava pensando nela mesma.- *) te disse antes% no tenho nada para te di,er - disse Mi#uel asperamente.-Mas ...- <o! - e0plodiu Mi#uel. - Voc; entende a palavra não? "u & s outra palavra - como amore conança - ue voc; no entende@

Leanna cou vermelha. - [timo! - #ritou. - e & assim ue voc; se sente% vou embora.Voc; no & o :nico cara no mundo.8nuanto Leanna sa'a sem olhar para tr)s% Mi#uel percebeu ue tinha ido lon#e demais.abia ue no veria Leanna de novo.T[timoT% pensou Mi#uel. T8ra e0atamente assim ue eu ueria.T

Dezessete- <o - disse Mi#uel ao telefone. - 5e +eito nenhum. <o mesmo.8ra s)bado de manh% duas semanas depois ue ele descobrira as mentiras de Leanna.Mi#uel esperava nunca mais ver Leanna ou al#u&m li#ado a ela de novo. Mal podiaacreditar ue cott havia telefonado. Mais inacredit)vel ainda era ue auele mesmo

cott tinha tido a cora#em de lhe pedir um favor.- "lha% eu no pediria se houvesse ualuer outro +eito - disse cott. - Mas meu carro nouer pe#ar. Meus pais esto via+ando e todo o mundo ue conheço ou no est) em casaou +) est) no desle. 8sto contando comi#o% cara. e eu no aparecer% no vai ternin#u&m para lmar o desle. - Voc; no pode pe#ar um t)0i@ - per#untou Mi#uel. 8lesabia ue estava sendo antip)tico% mas o ue cott esperava@ "cara tinha muita cara-de-pau de pedir-lhe uma carona!- Meu euipamento no cabe num t)0i e voc; poderia me a+udar a carre#)-lo. >l&m disso%estou duro - disse cott. - e voc; me der uma mo% divido o dinheiro ue vou #anhar comesse trabalho. ei ue nunca sa'mos +untos% mas voc; me pareceu le#al. Vamos% cara% mefa, esse favor e vou car te devendo um #rande.- <o sei - disse Mi#uel ue poderia usar esse dinheiro e0tra para comprar novos

estofamentos para seu carro. Mas desles de moda no estavam na lista das suasatividades mais importantes% al&m do ue denitivamente ele no ueria topar comLeanna.Lendo seus pensamentos% cott disseF - e & por causa de Leanna% voc; no deve sepreocupar. 8u e Leanna terminamos h) muito tempo. <a verdade% estou saindo com ?elli.Mi#uel levantou as sobrancelhas. <o entendia o #osto de cott para #arotas. >s #arotasVan Haver eram uma fria.- "bri#ado por me contar - disse Mi#uel% sentindo-se um pouco melhor% sabendo ueLeanna e cott no estavam se encontrando% mas isso no eliminava as outras mentirasdela. - <o estou mais interessado em Leanna. Mas v;-la no desle pode ser meio ...estranho% sabe o ue uero di,er@- <o se preocupe com isso. R um desle de modas masculino. o todos homens -e0plicou cott. - Leanna no vai participar e nem estar) l). ?elli tem uma sesso de fotosimportante ho+e em o 6rancisco e Leanna foi com ela para a+ud)-la com a mauia#em.Bor um momento% Mi#uel se per#untou se esse era al#um tipo de armaço. (alve, Leannativesse pedido a cott para telefonar e convencer Mi#uel a ir a esse suposto desle demoda masculino% onde Leanna estaria esperando. 8sse tipo de plano desonesto era bemdo estilo de Leanna.T<o pense nissoT% pensou Mi#uel. Papa,es no prestam esse tipo de favores suas e0-namoradas. 8le estava realmente en#anado de pensar ue Leanna pudesse estar por tr)sdisso. cott parecia desesperado por uma carona e Leanna com certe,a no se importavacom ele a ponto de fa,er manobras to complicadas.- ".7.% vou com voc;. - Mi#uel suspirou. 8nuanto e0plicava como che#ar a sua casa%

Mi#uel pensava se no estaria cometendo um #rande erro.- 8u% Leanna. - > vo, de Alenn Aarric7 ao telefone era superconante% como sempre. - evoc; no estiver ocupada ho+e% o ue acha de ir comi#o ao desle no Memorial

DS

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>uditorium@ 8 em troca% se voc; me a+udar a arrumar o meu cabelo% depois te levo aomelhor restaurante da cidade.Leanna no acreditava no ue estava ouvindo. Alenn achava ue todas as #arotas domundo morriam de vontade de sair com ele. 8 no importava uantas ve,es dissesseT<oT% ue Alenn no se mancava.- "h% Alenn% isso parece maravilhoso - respondeu Leanna ironicamente. - Mas por ue ahonra de pentear o seu cabelo@ ua me est) via+ando@- <a verdade% ela est) em Los >n#eles% mostrando meu portflio para um a#ente - disse

Alenn elevando a vo,% com e0citaço% como sempre acontecia uando falava sobre simesmo. - Mame acha ue estou desperdiçando meu potencial em aEside. >cha uedevo tentar HollE\ood. <o ano ue vem% voc; vai me ver na telona!8nuanto Alenn continuava falando de sua chance de estrelato% Leanna cobriu o bocal dotelefone. - Alenn Aarric7 $ disse a ?elli% a 5ehaun e a ara% ue estavam embrulhandouns lanches para a via#em at& o 6rancisco. - 8le est) me convidando ou para sair oupara ser sua cabeleireira% no tenho muita certe,a ...- V)! - disse ara. - Alenn & to bonito% to se0E...- (o tonto% to convencido - continuou 5ehaun. $ >chei ue voc; ia com a #ente parao 6rancisco.- 8nto% posso ir te buscar em uma hora@ $ per#untou Alenn.

- 8spere s um se#undo - lhe disse Leanna.- om% t). - Alenn parecia irritado% como se no pudesse entender como al#u&m tinha uepensar duas ve,es para aceitar um convite dele.Leanna ps a mo sobre o bocal de novo. > ima#em dela #ritando para Mi#uelTVoc; no &o :nico cara no mundo!T passou-lhe pela cabeça. 8la tinha cado to brava ue prometerasair com o primeiro cara ue a convidasse. Mas ser) ue estava to desesperada a pontode sair com 7lenn?! " ue voc; acha@ - ela per#untou a ?elli.- Alenn & divertido% desde ue voc; no se apai0one por ele - disse ?elli pondo outra maçdentro de sua mochila. $ (alve, se voc; sair com Alenn pare de chorar por causa deMi#uel.- Csso & verdade - bufou 5ehaun. 8la bateu a porta da #eladeira. - >credite em mim%

Alenn no vai te dei0ar pensar em nin#u&m a no ser em Alenn% Alenn% Alenn. >t& voc;voltar para casa% no lembrar) nem de seu pr1prio nome% uanto mais do de Mi#uel.Leanna riu com amar#or. - R e0atamente disso ue preciso. - 8la descobriu o bocal e disseF- ".k., Alenn. Me pe#ue em uma hora.- Mi#uel% voc; poderia pr auela l=mpada na tomada@- pediu cott. Mi#uel o estavaa+udando a montar a c=mera de lma#em e o euipamento de iluminaço no palco doMemorial >uditorium no centro de acramento.Mi#uel pe#ou o o e se diri#iu para a tomada mais pr0ima. " o no alcança - disse acott. - Bosso mover a l=mpada uns uin,e cent'metros para a esuerda@- <o & boa id&ia - respondeu cott começando a desdobrar um trip&. - > l=mpada temue car e0atamente onde est) ou vamos ter muito brilho no rosto dos modelos.

 (rou0emos uma e0tenso@Mi#uel olhou rapidamente na confuso do euipamento. - <o estou vendo nenhuma.- 9omo posso ter sido to burro@ - #emeu cott% passando os dedos pelos cabelos loiros. -9.k., ve+a se conse#ue encontrar o ,elador nos bastidores. (alve, ele tenha uma e0tenso.Mi#uel empurrou as pesadas cortinas vermelhas de veludo e se enou entre elas. > )reados bastidores era um caos. Havia uma tonelada de rapa,es passando por l) ... todosmauiados. Mi#uel nunca entenderia essa coisa de modelo.8le parou um homem alto ue carre#ava uma prancheta. - Me desculpe% voc; sabe uem& o ,elador@" homem olhou para Mi#uel atrav&s de culos redondos coloridos. - <o% mas uem &voc;@ R um dos modelos@

- 8stou a+udando cott 9arteret - disse Mi#uel rapidamente. - 8stou procurando umae0tenso.- 9heue o arm)rio do depsito no m do corredor. $ " rapa, apontou com sua prancheta.- Mas espere! Voc; +) trabalhou como modelo@ 9omerciais de (V@

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- <o - disse Mi#uel. 8 começou a se afastar." rapa, com a prancheta o se#uiu. - Voc; tem uma tima apar;ncia! *) pensou em sermodelo@Mi#uel balançou ne#ativamente a cabeça. - <a verdade% tudo o ue eu #ostaria & de acharuma e0tenso.! 9.k., mas se mudar de id&ia% me li#ue.o homem colocou um carto na mo de Mi#uel% ue olhou para as letras em destaue.

 (^P"<8 >H %>A8<(8 58(>L8<(".

Mi#uel balançou novamente a cabeça. 8ra muito estranho. " senhor >shbE começou aor#ani,ar os modelos em la e Mi#uel procurou um cesto de li0o. <o achou nenhum%ento enou o carto no bolso e diri#iu-se para o m do corredor.Bassou por al#uns camarins cheios de rapa,es% ue a+eitavam as #ravatas ou passavamum pente pelos cabelos. >s tr;s portas se#uintes estavam fechadas. > primeira eraclaramente um banheiro% mas uma das outras duas poderia ser a do depsito.Mi#uel bateu numa das portas. 9omo nin#u&m respondeu% ele virou a maçaneta% abriu aporta e entrou.Cmediatamente percebeu ue tinha entrado em outro camarim. " rapa, ue estavadentro% em p& do outro lado da sala de costas para a porta% aparentemente no ouvira abatida de Mi#uel porue falava em vo, alta. - 8nto vou para HollE\ood% assim ue

mame decidir ual & o melhor a#ente. (odos me uerem% voc; sabe% & s uesto deuem oferece o melhor contrato. Vou acabar o cole#ial com um professor particular edepois ... bom% uem precisa de cole#ial uando se & uma estrela@Mi#uel sabia ue devia sair imediatamente da sala% mas no conse#uiu dei0ar de olharpara o rapa,. 8le parecia estar falando consi#o mesmo. <o ,era uma pausa pararespirar e nin#u&m na sala respondia. Mas avia al#u&m l). Gma #arota estava escondidaatr)s das costas lar#as do interlocutor. 5e ve, em uando% M'#uel via um relance depeuenas mos se esticando e a+eitando a parte da frente do cabelo castanho claro dorapa,.- Alenn% ue parado! - > vo, da #arota de repente interrompeu o monlo#o do rapa,. - evoc; no parar de se me0er% posso te ueimar com este ferro de cachear cabelos!" san#ue de Mi#uel transformou-se em )cido fume#ante. Leanna! 8la no perdia tempo

para arrumar um novo namorado. Mi#uel tinha ue ver como era a cara desse bolha.- 5esculpe-me - disse Mi#uel% andando em direço ao casal. - Voc;s podem me a+udar aencontrar o arm)rio de depsito@Alenn virou-se. 8le realmente parecia um ator.- >ui no & o arm)rio de depsito - disse Alenn com arro#=ncia. - 9ai fora.- Mas +) estou fora - disse Mi#uel ale#remente. 8le i#norava Alenn e olhava Leanna embusca de al#uma reaço. " rosto dela estava totalmente sem cor e seus olhosamendoados estavam to arre#alados ue pareciam redondos.8la parecia abismada% um pouco embaraçada% pensou Mi#uel com satisfaço.T8 absolutamente linda.T- " ue voc; est) fa,endo aui@ - Leanna balbuciou.- Brocurando uma e0tenso - respondeu Mi#uel. 8le apontou para um o branco% ueli#ava o ferro de cachear na tomada. - /ue tal essa@- <o! 8sse & meu - disse Alenn indi#nado. - Leanna% voc; s fe, uma onda no meu cabelo.8u pedi duas.- 8i% Leanna% voc; nunca arrumou o meu cabelo uando sa'amos +untos - disse Mi#uel uese encostou na parede% perto do rosto de Leanna% me0endo na fran+a. - " ue voc; acha@Breciso de condicionador@Mi#uel no sabia ao certo o ue estava tentando provar. sabia ue teve umanecessidade s:bita e irresist'vel de ser o mais irritante poss'vel. <o a#Jentava verLeanna to perto de Alenn% me0endo no seu cabelo. e conse#uisse tirar Leanna do s&rio%esperava poder odi)-la de novo% em ve, de uer;-la de volta.eu plano parecia estar funcionando.

- aia daui - disse Leanna friamente% começando a fa,er uma se#unda onda no cabelo deAlenn.- Voc; sa'a com este porteiro@ - per#untou Alenn a Leanna. 8le a#ia como se Mi#uel neme0istisse.

DW

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- <o sou um porteiro - disse Mi#uel. - 8stou a+udando cott com as lu,es.- R@ - o cabelo de Alenn estava pronto e ele se virou para Mi#uel. - 9ertiue-se de manterauela lu, sobre mim% #aroto. ou a estrela deste so#.- Voc; pode ser a estrela - disse Mi#uel em vo, bai0a -% mas no sou seuT #arotoT.- Bosso di,er o ue eu uiser - Alenn retrucou. $ Meus pais pa#am impostos% mas voc;simi#rantes entram neste pa's ile#almente e tiram empre#os dos americanos. /uer ue euchame a Cmi#raço@Mi#uel no podia acreditar na arro#=ncia de Alenn e estava tentando resolver se bri#ava

ou ria de Alenn% uando Leanna% ue at& ento tinha cado em sil;ncio% de repente secolocou entre eles.- <o posso acreditar no ue voc; est) di,endo% Alenn. - Leanna estava de costas paraMi#uel% mas pela posiço de seus ombros e pelo tom de sua vo,% Mi#uel podia ima#inar oolhar bravo em seu rosto. - Mi#uel no & um Timi#ranteT. > fam'lia dele veio das 6ilipinase...>s narinas de Alenn tremiam. - 8sses estran#eiros esto conuistando o pa's. Me d)en+o!- ou lipina e tenho or#ulho disto! - #ritou Leanna% com as mos na cintura. - (amb&m tedou en+o% Alenn@- 9laro ue no! - Alenn parecia realmente chocado. - 9laro ue no. 8stou falando de

#ente ue vem de outros pa'ses. > maioria deles recebe penso do #overno% destri osbairros e comete crimes. Bor ue devem ter direitos i#uais aos dos cidados americanos@- Borue somos seres humanos - disse Leanna.Mi#uel percebeu ue Leanna se colocou na mesma posiço - e no havia como noconsiderar sua sinceridade. 8la no estava tentando impression)-lo. 8la estava sendosincera.- <o & de onde voc; vem ue importa - Leanna disse a Alenn. - R ue tipo de pessoa voc;& por dentro. Mi#uel & honesto e trabalha duro% mas voc; & um idiota convencido!- " ue est) acontecendo aui@ - per#untou al#u&m ue acabava de entrar. " a#ente%

 (Erone >shbE% apareceu na porta. - 9inco minutos para a hora de entrar! Alenn% saia da'!- 8stou saindo% tudo bem - disse Alenn. 8le pe#ou uma mochila do cho e começou acolocar escovas e mauia#ens dentro dela. - Voc;s podem continuar o seu espet)culo de

mau #osto sem mim! (Erone correu para Alenn% implorando-lhe ue no dei0asse seus problemas pessoaisinterferirem no trabalho.Mi#uel mal notou Alenn e o a#ente. (oda a sua atenço estava voltada para Leanna. 8la sevirou para ele% com l)#rimas nos olhos.- Mi#uel% sinto ter mentido para voc; - disse. - ei ue voc; nunca vai me perdoar. Mas euueria te a#radecer. Bor sua causa% aprendi a amar minha herança lipina. 8spero ueal#um dia possamos ser ami#os.Mi#uel sentiu um aperto na #ar#anta e% de repente% sabia ue ami,ade nunca seriasuciente. - Leanna - ele começou. Mas% ento% sentiu seu corpo bater na parede%enuanto Alenn passava de ualuer +eito para che#ar at& a porta. Mi#uel mal recobrara arespiraço% uando (Erone pe#ou-lhe no braço.- Voc; vai ter ue assumir o lu#ar de Alenn! - #ritou (Erone. - Voc; tem o corpo certo% osmesmos ombros - podemos fa,er a barra das calças com ta adesiva.- Mi#uel odeia desles - disse Leanna. - 8le no vai fa,er isso ... vai% Mi#uel@5e repente% Mi#uel sabia ue faria ualuer coisa ue ,esse Leanna sorrir. >l&m disso%era em parte por sua culpa ue Alenn tinha indo embora do desle. e Mi#uel serecusasse a substitu'-lo% muitas pessoas cariam desapontadas.- ".7.% - ele disse. - Mas sem mauia#em.- <o h) tempo para mauia#em. - (Erone arrastou Mi#uel para um cabide com roupas. -Leanna% v) di,er a eles para atrasarem o começo.- Leanna! - chamou Mi#uel. - 8spere um se#undo.- " u;@ - ela per#untou com esperanças.

- Voc; pode falar com ela depois! - (Erone uase #ritou. - Vista este terno!Mi#uel apontou para o ferro de cachear cabelo ue Alenn esuecera. - " o de e0tenso.cott est) precisando!

KX

7/18/2019 Coleção Primeiro Amor 02 - Kate Emburg - A Linguagem Do Amor (the Language of Love) - Msg10

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- ".7. - Leanna falou bai0inho. Bor causa de sua e0presso decepcionada% Mi#uel percebeuue ela esperava ue ele dissesse outra coisa. TMi#uel parece timo l) em cimaT% pensou Leanna. 8le caminhava com #raça e seusombros lar#os e uadris estreitos eram perfeitos para deslar os ternos do estilista ue eleestava usando. 9laro ue seus t;nis brancos cavam um pouco esuisitos com os ternos%mas ela esperava ue nin#u&m mais na plat&ia tivesse notado. <a primeira ve, em ueMi#uel atravessou a passarela ele parecia nervoso. Mas% a cada nova entrada% parecia

rela0ar% at& ue seu sorriso amarelo se tornou um sorriso de verdade.Ter) ue estou vendo coisas@T% per#untou-se Leanna. Barecia ue Mi#uel estava sedivertindo! <a :ltima ve, em ue deslou% parecia estar se #abando! <o s isso% masenuanto se movia em compasso com a m:sica% seus olhos nunca perderam os deLeanna. Barecia ue ele estava fa,endo isso s para ela./uando o desle terminou% Leanna correu para os bastidores. 8la encontrou Mi#uel paradona porta de seu camarim% falando com (Erone. Leanna sentiu os +oelhos fraue+arem.Mas ento Mi#uel olhou diretamente para ela. TMe salveT% os olhos dele pareciam di,er.Leanna caminhou at& ele.- >ui est) voc;! - disse Mi#uel. - 5esculpe-nos% (Erone. 8stamos atrasados para umacoisa.

- " ue era auilo@ - Leanna per#untou% enuanto se#uia Mi#uel pelo corredor.- (Erone di, ue tenho TvisualT% se+a l) o ue for. 8le uer me matricular em aEside% comespeciali,aço em modelo. Mas isso no & importante a#ora. - Mi#uel abriu a primeiraporta ue viu pela frente e entrou. - Vem aui% preciso falar com voc;.- <um arm)rio de vassouras@ - per#untou Leanna% entrando numa salinha cheia deesfre#Ies% vassouras e estantes com arti#os de limpe,a.- >cho ue no & o lu#ar mais rom=ntico - disse Mi#uel. - Mas% tamb&m% no & o pior erroue eu +) cometi. Meu pior erro foi terminar com voc;.Leanna se#urou a respiraço. 8la se encostou nas prateleiras. - Voc; me perdoa@- 8u tamb&m estava errado% Leanna. - Mi#uel en#oliu em seco. - /uando voc; disseauelas coisas ao Alenn% eu percebi ue era to preconceituoso uanto ele. /ueria uevoc; fosse parte do meu mundo% mas no estava pronto para aceitar o seu. 8u no

respeitei as coisas ue eram importantes para voc;.- 8u no te dei a chance de saber o ue era importante para mim% e0ceto% claro% sermodelo." rosto de Mi#uel cou vermelho. - Me senti muito bem nauela passarela - admitiu. -8ntendo por ue voc; #osta disso. <o ue eu este+a pronto para me matricular emaEside.- Mas voc; tem TvisualT - provocou Leanna. 8la deu um passo para a frente. <o pdeconter a mo% ue tremia enuanto ela penteava para tr)s a fran+a de Mi#uel. - Voc; sprecisa de uns cachos aui... e aui.Leanna sentiu os braços de Mi#uel se apertarem ao redor de sua cintura. 8la desceu umdedo atrav&s de sua bochecha macia% demorando-se no seu uei0o forte.- Leanna - começou Mi#uel-% podemos tentar de novo@ 8stou pronto para fa,er unsacordos. Bor e0emplo% podemos sair um dia para comer hamb:r#uer e batata frita% desdeue no dia se#uinte a #ente coma ensopado de rabo de boi.- 8u topo se voc; topar - disse Leanna. - ou lipina% mas sou americana tamb&m. Aostariaue e0plor)ssemos as duas culturas. *untos. - Leanna respirou fundo e esperavapronunciar direito.- Maal kita, Mi#uel.urpresa e pra,er iluminaram os olhos escuros de Mi#uel. - (amb&m te amo - ele disse. 8

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