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Como montar uma empresa de montagem de espetáculos EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

Como montar uma empresa de montagem de espetáculos

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Como montar uma empresa de montagem de espetáculos

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Como montaruma empresa demontagem deespetáculos

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

José Claudio Silva dos Santos

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Roberto Chamoun

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.www.staffart.com.br

Apresentação / A

presentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /

Pessoal / Equipamentos / M

atéria Prima/M

ercadoria / Organização do Processo Produtivo / A

utomação /

Canais de D

istribuição / Investimento / C

apital de Giro / C

ustos / Diversificação/A

gregação de Valor /D

ivulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em

Geral / N

ormas Técnicas /

TOKEN_HIDDEN_PAGE

Sumário

11. Apresentação ........................................................................................................................................

22. Mercado ................................................................................................................................................

33. Localização ...........................................................................................................................................

44. Exigências Legais e Específicas ...........................................................................................................

55. Estrutura ...............................................................................................................................................

66. Pessoal .................................................................................................................................................

67. Equipamentos .......................................................................................................................................

78. Matéria Prima/Mercadoria .....................................................................................................................

79. Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................

910. Automação ..........................................................................................................................................

911. Canais de Distribuição ........................................................................................................................

1012. Investimento ........................................................................................................................................

1113. Capital de Giro ....................................................................................................................................

1214. Custos .................................................................................................................................................

1215. Diversificação/Agregação de Valor .....................................................................................................

1216. Divulgação ..........................................................................................................................................

1317. Informações Fiscais e Tributárias .......................................................................................................

1518. Eventos ...............................................................................................................................................

1519. Entidades em Geral ............................................................................................................................

1620. Normas Técnicas ................................................................................................................................

1621. Glossário .............................................................................................................................................

1722. Dicas de Negócio ................................................................................................................................

1823. Características ....................................................................................................................................

1824. Bibliografia ..........................................................................................................................................

1925. Fonte ...................................................................................................................................................

1926. Planejamento Financeiro ....................................................................................................................

Apresentação / A

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Pessoal / Equipamentos / M

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utomação /

Canais de D

istribuição / Investimento / C

apital de Giro / C

ustos / Diversificação/A

gregação de Valor /D

ivulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em

Geral / N

ormas Técnicas /

Sumário

1927. Soluções Sebrae .................................................................................................................................

1928. Sites Úteis ...........................................................................................................................................

1929. URL .....................................................................................................................................................

Apresentação / A

presentação

1. Apresentação

Cuida desde a escolha do tema do espetáculo, identificação das fontes definanciamento, contratação de mão-de-obra até a alocação de espaço físico.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir nãofazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual oempreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. Oobjetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como umnegócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo denegócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar asinformações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender

A história dos espetáculos de arte se confunde com a própria história da humanidade.Se no passado as encenações eram produzidas como rituais de celebração,agradecimento ou perda, hoje seu principal papel é entreter e educar. Desde asdanças coletivas e dramas da antiguidade aos grandes espetáculos de dança, música,teatro, circo, cultura popular e, até mesmo, dos espetáculos esportivos dos dias atuais,o homem conta um pouco da sua história, se diverte e emociona-se. O sucesso de umshow não depende somente do talento do artista, mas também da habilidade daequipe responsável pela sua montagem, seja ele realizado em um teatro, estádio ouaté dentro de uma fábrica. Em algumas cidades brasileiras já existem empresasespecializadas em montagem de espetáculos motivacionais e educacionais sobretemas como melhoria das vendas, atendimento, segurança no trabalho, etc paracorporações. Como em outras atividades humanas, também neste setor, oplanejamento está na base de todos os projetos. Isso pode incluir a escolha do temado espetáculo, identificação das fontes de financiamento, obtenção de patrocínios e/oualocação de recursos próprios, para pagamento de cachês para os artistas, aluguel dearenas, clubes, auditórios, teatros, etc, assim como, o gerenciamento de todos osdemais custos e riscos inerentes ao negócio. Além disso, as empresas de espetáculos,em geral, cuidam da contratação dos trabalhadores que direta ou indiretamenteparticiparão do evento e de toda a logística envolvida na instalação do show. Nesteramo o empresário só ri no final do show. Cabe a empresa de montagem deespetáculos garantir que as apresentações sejam executadas com sucesso,agradando à audiência e alcançando os objetivos planejados. Montar espetáculos éfazer parte da chamada economia da cultura, um setor que assume maior peso a cadaano na economia das nações.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste planoconsulte o SEBRAE mais próximo

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presentação / Mercado

2. Mercado

A produção, circulação e consumo de bens e serviços culturais começaram a serpercebidos como um segmento de peso na economia dos países após a SegundaGuerra Mundial. O Banco Mundial estima que a Economia da Cultura responda por 7%do PIB mundial (2003). Nos EUA a cultura é responsável por 7,7% do PIB, por 4% daforça de trabalho e os produtos culturais são o principal item de exportação do país(2001). Na Inglaterra, corresponde a 8,2% do PIB (2004), emprega 6,4% da força detrabalho. Nos EUA, somente os 40 maiores teatros da Broadway, na cidade deNovaYork, onde um ingresso pode custar até US$ 300,00, atingiram um total de US$1,037 bilhão de faturamento, em 2010 contra US$ 1,004 bilhão do ano anterior. Onúmero dos expectadores também aumentou em 2010, para 12,11 milhões, emrelação aos 11,88 milhões em 2009, segundo dados divulgados pelo The BroadwayLeague, que representa produtores e donos de teatro. A Economia da Cultura é hoje osetor de maior dinamismo na economia mundial, tem registrado crescimento de 6,3%ao ano, enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7%. A Economia da Culturaintegra o segmento de serviços e lazer, cuja projeção de crescimento é superior à dequalquer outro, estima-se que cresça 10% ao ano na próxima década. No Brasil, aparticipação da cultura nas atividades econômicas do país já é expressiva, comomostram os números que começam a ser sistematicamente coletados pelo IBGE (apartir do convênio firmado com o Ministério da Cultura, que também prevê aconstrução dos indicadores da Economia da Cultura e que deverá culminar noestabelecimento do PIB da Cultura). Segundo o Ministério da Cultura, atuam no país320 mil empresas voltadas à produção cultural, que geram 1,6 milhão de empregosformais. Ou seja, as empresas da cultura representam 5,7% do total de empresas nopaís e são responsáveis por 4% dos postos de trabalho. A grande riqueza cultural dopovo brasileiro, o crescimento da classe média do país observada nos últimos anos,além de toda a expectativa gerada pela realização de grandes eventos como a Copado Mundo e as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, são fatores que trazemexpectativa de desenvolvimento para o setor. Como outros grandes mercados culturaismundiais, podemos afirmar que o mercado brasileiro da cultura é bastanteheterogêneo e diversificado regionalmente. Neste contexto, convivem no mercadobrasileiro de montagem de espetáculos, empresas de diversos portes e visão demercado. No país atuam desde pequenas empresas locais que produzem espetáculosapenas através de leis de incentivo e outras de maior porte, de atuação internacional,capazes de montar espetáculos para grandes públicos, como é o caso do FestivalRock in Rio, já realizado no Brasil, Portugal e Espanha e capaz de atrair público demais de 1.000.000 de pessoas em cada edição.

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presentação / Mercado / Localização

3. Localização

Antes de decidir o endereço de instalação de sua empresa de montagem deespetáculos, o empreendedor deve definir a forma de atuação (público-alvo, segmento- dança teatro, música, etc.) e a região que pretende instalar a sede de sua empresa.Como acontece em outros países, também no Brasil, a cadeia produtiva da economiada cultural possui algumas regiões que se destacam frente às demais. No nosso caso,a região Sudeste é onde se realiza o maior número de espetáculos, com destaquetambém para cidades como Curitiba, Goiânia, Manaus e Salvador. Isto não quer dizer,que não aconteçam manifestações culturais e oportunidades de desenvolvimento emtodo o país e que as políticas públicas para o setor não venham buscando adiminuição destas desigualdades. Uma vez definida a região o empresário deveráescolher o imóvel onde pretende instalar a sede da sua empresa de montagem deespetáculo. Vale lembrar, que este é um negócio que pode ser gerenciado a partir daprópria residência do empreendedor (contatos telefônicos comerciais com criadores einstituições culturais, prestadores de serviço, elaboração e gestão financeira dosprojetos, etc.) e dos locais de realização dos shows. Em todo caso, se o empresáriodesejar instalar-se em um imóvel comercial deve observar os seguintes detalhes: a)Certifique-se de que o imóvel em questão atende as suas necessidades operacionaisquanto à localização, capacidade de instalação, características da vizinhança - se éatendido por serviços de água, luz, esgoto, telefone etc. b) Se existem comodidadesque possam tornar mais conveniente e menos onerosa a gestão, principalmente, aproximidade de grandes empresas de comunicação e entretenimento, consumidorasde seus serviços. c) Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundações oupróximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito. d) Confira a planta doimóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma obra posterior,aumentando, modificando ou diminuindo a área primitiva, que deverá estardevidamente regularizada. As atividades econômicas da maioria das cidades sãoregulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU). É essa Lei que determina o tipo deatividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto àPrefeitura deve atentar para: • se o imóvel está regularizado, ou seja, se possuiHABITE-SE; • se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei deZoneamento do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos emqualquer bairro; • se os pagamentos do IPTU referente o imóvel encontram-se em dia;• no caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, seránecessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento dasmesmas. Funcionamento de Empresa na Residência do Empreendedor Caso oempreendedor faça a opção por montar sua empresa em sua própria residência, éimportantíssimo que antes de instalar o seu negócio, ele procure o órgão especializadode seu município visando identificar se o seu empreendimento poderá funcionar emseu endereço residencial (vide Alvará de Localização em LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA).Isto porque grande parte dos municípios brasileiros tem contemplado em seu PlanoDiretor Urbano – PDU também conhecido como Lei de Zoneamento Urbano, algumasáreas/bairros que não podem funcionar empresas, seja de que espécie for.Adicionalmente, o empreendedor deverá requerer autorização do órgão especializadojunto a Prefeitura Municipal da cidade em que estará localizada a sua empresa. Caso a

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presentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas

empresa seja instalada em imóvel uni - familiar (casa fora do ambiente decondomínios), ela deverá possuir entrada independente do ambiente residencial quepermita a fiscalização sanitária e fiscal; A Instalação em Condomínios horizontais comrestrições de acesso de pessoas estranhas àquele ambiente ou Prédios residenciais,deverá ser aprovada pelo conselho do condomínio seja horizontal ou vertical, sendocarreada para decisão, caso seja necessário, até a assembléia geral de condôminos.Além disso, deve possuir as condições para fiscalização do negócio (entradaindependente e segregada do ambiente familiar)

4. Exigências Legais e Específicas

Para registro e legalização da empresa, é recomendável a contratação de umContador. Um contabilista registrado poderá lhe auxiliar na escolha da melhor formajurídica para o seu negócio, elaborar os documentos constitutivos e realizar o registrojunto aos órgãos responsáveis: - Junta Comercial; - Secretaria da Receita Federal(CNPJ); - Secretaria Estadual da Fazenda; - Prefeitura do Município para obter oalvará de funcionamento; - Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresaficará obrigada ao recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal). -Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –INSS/FGTS”. Para os empreendedores que desejarem instalar a Empresa deMontagem de Espetáculos em imóveis comerciais (sala, loca galpões comerciais, etc),deverá ser providenciado: - Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar. - Visita à prefeiturada cidade onde pretende montar a sua empresa (quando for o caso) para fazer aconsulta de local. A montagem de espetáculos é uma atividade empresarialregulamentada pela Lei nº 6.533 de maio de 1978 que dispõe que o exercício dasprofissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, requer prévio registrona Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho. A Lei nº 6.533estabelece no seu Art. 7º - Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos deDiversões, é necessária a apresentação de: I - diploma de curso superior de Diretor deTeatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes,reconhecidos na forma da Lei; ou II - diploma ou certificado correspondente àshabilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta,ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou III - atestado de capacitaçãoprofissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e,subsidiariamente, pela Federação respectiva. A seguir relacionamos outras leis noâmbito Federal, aplicáveis a este segmento empresarial: Lei n°. 8.313, de 23 dedezembro de 1991 (Lei Rouanet) - Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 dejulho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio a Cultura – PRONAC – FundoNacional de Cultura (FNC), Fundos de Investimento Cultural e Artístico (FICART) eIncentivo a Projetos Culturais – e dá outras providências. Lei n° 9.874, de 23 denovembro de 1999 – Altera dispositivos da Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991, edá outras providências. Lei nº. 9.999, de 30 de agosto de 2000 – Altera o inciso VIII doart. 5º da Lei nº. 8.313, de 23 de dezembro de 1991, alterada pela Lei nº. 9.312, de 5de novembro de 1996, que restabelece princípios da Lei nº. 7.505, de 2 de julho de1986; institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC e dá outras

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presentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura

providências, aumentando para três por cento da arrecadação bruta das loteriasfederais e concursos de prognósticos destinados ao Programa. Lei n°. 9.610, de 19 defevereiro de 1998 – Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dáoutras providências. Esta Lei regula os Direitos Autorais, entendendo-se sob estadenominação os direitos de autor e os que lhe são conexos. - Nacionalmente, alegislação básica aplicável referente à poluição sonora é a seguinte: artigo 225 daConstituição Federal; Lei nº. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do MeioAmbiente; Decreto nº. 99.274/90 que regulamenta a Lei nº. 6.938/81, ResoluçãoCONAMA nº. 001, de 08.03.1990, que estabelece critérios e padrões para a emissãode ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais; a Resolução CONAMAnº. 002, de 08.03.1990, que institui o Programa Nacional de Educação e Controle dePoluição Sonora, Silêncio. - - Lei nº. 2.519/96 – Meia-entrada para estudantes. - Lei nº.3.364/00 – Meia-entrada – jovens. – Lei nº. 4.240/03 – Meia-entrada para deficientes. -MP nº. 2.208/01 - Identificação do estudante (Federal). - Lei nº. 10.741/03 - Estatuto doIdoso. O empreendedor deverá verificar junto a Secretaria de Cultura de seu Estado /Município a legislação existente sobre a montagem e financiamento de projetosculturais. Deve ainda, consultar o código de posturas de sua cidade sobre a realizaçãode espetáculos públicos.

5. Estrutura

A estrutura administrativa requerida para se iniciar um negócio como este é bemsimples, podendo a atividade ser desempenhada a partir da própria residência doempreendedor ou de uma sala comercial de aproximadamente 30 m², com o auxílio deum computador com internet, fax e linha telefônica. Contudo, este é um negócio cujaestrutura física envolvida na montagem de cada espetáculo pode variarsignificativamente, englobando a alocação de recursos e valores muito elevados,dependendo do local (e estrutura pré-existente – se houver) onde o show é realizado,aluguel do espaço, além da montagem do cenário e da decoração que compõe aapresentação. Sendo assim, cada show ou série de shows (turnês) são planejadoscomo projetos independentes e sua viabilidade operacional e financeira analisadacasoacaso. A estrutura e tamanho (metragem, número de assentos, mesas oucamarotes) dos locais de realização de shows e espetáculos é muito variável. Emgeral, a estrutura física de um local para shows (teatro, arena, casas de shows, etc.)compreende: - Almoxarifado; - Banheiros; - Bilheterias; - Camarins (em geral combanheiro, sala de recepção e área privativa para o artista); - Estacionamento; - Guarda-volumes; - Palco (cuja “boca de cena”, profundidade, pé direito, sonorização eiluminação com cabeamento para linhas para transmissão dados e voz, eletricidade edecoração irão variar caso-a-caso); - Recepção; - Restaurante; - Salão (com pista,mesas, assentos, proteção acústica, iluminação e sonorização também variáveis caso-a-caso); - Vestiários.

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presentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /

Pessoal / Equipamentos

6. Pessoal

Podemos separar a equipe de uma empresa de montagem de espetáculos em doisgrupos: Administrativo e Artístico-Técnico. A equipe administrativa da empresa,normalmente é composta pelo empreendedor cultural, assistido por um ou maisempregados (este número pode variar bastante conforme o porte da empresa, númerode shows, temporada, etc.) cuja tarefa é cuidar do planejamento de cada projeto(espetáculo), escolha do tema, financiamento, negociação com a produção dosartistas, escolha dos locais de apresentação e uma série de outras tarefas envolvidasna pré-produção do show / temporada. A equipe de artistas e técnicos em espetáculosé bastante variável em geral ela inclui o elenco de atores, diretor responsável, músicos(banda), cenógrafo, supervisores de figurino, iluminação, sonorização, projeção,maquiadores, coreógrafos, etc. Podendo chegar a um grupo bastante elevado depessoas. Como exemplo, citamos um dos musicais mais vistos da história daBroadway, Cats, de Andrew Lloyd Weber, que em sua versão brasileira conta com umaprodução de 110 técnicos e um elenco de 38 atores. Vale ressaltar que a quantidademédia de técnicos e atores envolvidos nas produções teatrais nacionais é um poucomais modesta. Em geral as apresentações contam com um elenco de 8 a 10 atores,cujos cachês, consomem de 50% a 70% do orçamento de cada projeto.

7. Equipamentos

Para administrar uma empresa de montagem de espetáculos poucos equipamentossão requeridos, tais como computador, conectado a internet, impressora, fax,copiadora, além de mesas, armários e cadeiras. A montagem de espetáculos, todavia,inclui a elaboração do figurino para os atores e do cenário associados ao tema doespetáculo cujos materiais, qualidade, requinte e custos podem variarsignificativamente dependendo do elenco, público-alvo, criatividade, orçamento, etc.Em geral, os principais equipamentos utilizados na montagem de um espetáculo sãodisponibilizados pelo próprio teatro, arena, casa de shows, etc. onde o show érealizado, e inclui equipamentos tais como: Palco: - Varas de cenário fixas; - Cicloramabranco translúcido; - Cortina de boca de cena em veludo vermelho. Áudio: - Consolesdigitais; - Amplificadores; - Equalizador; - Caixas acústicas; - CD player; - Gravador deCD; - Duplo deck; - Microfones; - Microfones sem fio; - Subwoofers. IluminaçãoAmbiente - Lâmpadas alógenas; - Variadores de luminosidade (Dimer). Palco -Canhões seguidores. Efeitos - Máquina de fumaça; - Amplificador de sinal. Sistemaelétrico: - Subestação com potência instalada compatível; - Disponibilidade forçaespecifica para o palco para áudio e iluminação cênica; - Luz de emergência com 130KVA, com dupla alimentação da Light e transferência automática; - Ar condicionado; -Sistema de prevenção de incêndio e pânico; - Extintores de H2O, CO2, PQS (póquímico); - Iluminação de emergência à bateria; - Brigada de incêndio; - Portas deemergência equipadas com ferragem antipânico; - Sistema de vídeo segurança.

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Pessoal / Equipamentos / M

atéria Prima/M

ercadoria / Organização do Processo Produtivo

8. Matéria Prima/Mercadoria

A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e ademanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,os seguintes três importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que ocapital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medidoem base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente emmenores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índicede rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques éa indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, conseguecobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: oindicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ouserviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades devenda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoqueou não se poder executar o serviço com prontidão.Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto naalocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em contao número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede daempresa.Não se aplica a este negócio.

9. Organização do Processo Produtivo

O processo produtivo envolvido na montagem de um espetáculo envolve oplanejamento, execução e controle de cada projeto de espetáculo artístico, que irãorequer disciplina nos gastos, cumprimento do cronograma estabelecido, escolhacriteriosa do elenco, ensaios, supervisão técnica, etc. Podemos separar as atividadesenvolvidas na montagem de um espetáculo nos seguintes principais grupos:Planejamento Envolve a identificação da demanda (oportunidade) para o espetáculo,determinação do público-alvo, elaboração da estratégia de ação, com visão do(s)local(is) onde o show será realizado, escolha da linguagem a que se refere (dança,musica, teatro, etc), sua proposta (experimental, popular, massiva, erudita, etc). Incluiainda a identificação das principais ações e recursos humanos e materiais necessáriosao êxito do projeto, que deverão ser documentados no orçamento (qual o custo decada etapa, o valor total do projeto e retorno esperado?), cronograma de execução (ocronograma geralmente é dividido em pré-produção, produção e pós-produção, quesignificam, respectivamente, o momento prévio da execução do projeto, a suaexecução de fato e o momento posterior), Ficha técnica (número de profissionaisenvolvidos, com respectivas funções) e o plano de divulgação do espetáculo.Financiamento Uma vez apontados os recursos necessários para a realização do showe os respectivos custos, deverão ser identificadas as fontes de financiamento (recursos

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ercadoria / Organização do Processo Produtivo

terceiros) e o quanto será solicitado a cada uma destas fontes. Para obtenção dofinanciamento junto a terceiros, o empreendedor deverá elaborar e apresentar à fontefinanciadora a documentação requerida por esta. O Ministério da Cultura apóiaprojetos culturais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91), a LeiRouanet, da Lei do Audiovisual (Lei nº 8.685/93) e também por editais para projetosespecíficos, lançados periodicamente. O mecenato, doações, deduções e abatimentosfiscais feitos por pessoas físicas e jurídicas são outras fontes de financiamento paraprojetos culturais existentes no Brasil (para maiores informações videhttp://www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/mecanismos-de-apoio-do -minc/lei-rouanet-mecanismos-de-apoio-do-minc-apoio-a-projetos/fundo-nacional-de -cultura-fnc/. Acesso em 14 abr 2011). Estados e municípios também possuem leis deincentivo a cultura que podem ser utilizadas para financiamento de projetos culturais.Para informações, o empreendedor deverá procurar a Secretaria de Cultura de seuestado / município. Montagem do Espetáculo (Propriamente dito) As etapas demontagem de um espetáculo cultural seguem o cronograma definido na sua fase deplanejamento (pré- produção), que em geral inclui as etapas de seleção do elenco eequipe técnica, elaboração do figurino, elaboração do cenário e ensaios, podendovariar conforme a linguagem (dança, musica teatro, etc). Para Bertolt Brecht,destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX as etapas demontagem de um espetáculo teatral são: 1. Análise da peça - destrinchar quais são, noplano social, as noções e impulsos mais importantes que a peça quer fazer ver.Resumir a intriga em meia página. Em seguida, subdividir a intriga em seus diversosincidentes, determinar os acontecimentos essenciais que fazem progredir a ação.Enfim, destrinchar o que há de comum entre os incidentes, sua construção. Refletirsobre as vias e meios que facilitam a narração da intriga e revelam seu significadosocial. 2. Primeiro Exame - intenção fundamental. Há solução de continuidade?Cenários para cada cena ou ato separadamente? Esboços do que seria a intriga,grupamento, atitudes específicas dos personagens principais. 3. Distribuição -provisória se possível. Tomando em consideração, se for necessário, nas mudanças, ointeresse do ator. 4. Primeira Leitura - os atores lêem com o mínimo de expressão e decaracterização: tomam antes de tudo conhecimento da peça. Amplificação da análise.5. Marcação - os principais acontecimentos se transcrevem provisoriamente sem muitaretidão, nas posições e movimentações. Tentam-se pequenos movimentos cá e lá. Osatores podem experimentar o que lhes vem à cabeça. As indicações de tom são dadasao mesmo tempo que as atitudes e os gestos. Os caracteres podem começar aaparecer sem aspirar continuidade. 6. Ensaios com Cenários - nos primeiros ensaiosde marcação, os projetos de cenários são transferidos para o palco, de maneira que osatores possam se identificar com eles o mais rápido possível: quanto mais cedo osatores ensaiarem com o cenário, melhor. A partir daí, tudo que for necessário àrepresentação deve ser utilizado (muros, praticáveis, portas, janelas etc.). Daí pordiante, não se deve mais ensaiar sem os acessórios. 7. Ensaios Parciais - sem seincomodar com o ritmo a ser adquirido, cada detalhe deve ser repetido. O atorestabelece a atitude de seu personagem e se familiariza em relação aos outros e sefamiliariza com ele. Quando os acontecimentos principais tomarem um pouco deforma, o trabalho dirige-se então às transições, que reclamam um cuidado particular. 8.Encadeamento - o que os ensaios de detalhes haviam desconjuntado, é agoraacertado. Não se trata de ritmo, mas da continuidade. 9. Roupas e Maquiagem -quando as cenas tomam forma e os personagens se afirmam é preciso discutir os

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Canais de D

istribuição

Desde o princípio já deveriam ensaiar de salto alto, saias compridas, casacos, óculosetc. 10. Ensaio de Verificação - exame repetido com a finalidade de verificar se asnoções mais importantes e os impulsos sociais da obra "passam". Se a peça funciona.Trabalho meticuloso, de limpeza. É recomendável controlar as cenas por meio defotografias. 11. Ensaio de Ritmo - é preciso então se fixar no ritmo. Ajustar a duraçãodas cenas. Será melhor fazer esses ensaios de ritmo já com os figurinos, porque oprimeiro uso dos trajes sempre afrouxa um pouco. Ensaios Gerais I - a peça é revistasem interrupções. II - pré-estréia: verificações das reações do público - membros deuma sociedade, estudantes etc., que tornam possível uma discussão a respeito dapeça. Entre duas pré-estréias se intercalam ensaios de verificação, onde se põe emprática as experiências adquiridas durante as últimas apresentações. III - primeiraapresentação oficial. Com ausência do diretor, a fim de que os atores possam semovimentar sem controle. ___________________ (extraído da revista Cadernos deTeatro nº 119/1988, edição já esgotada) Divulgação A divulgação de um espetáculocultural deve ser planejada adequadamente. Ela pode variar de acordo com o público-alvo, duração e local de realização do evento. Em geral a divulgação de um show incluia elaboração e distribuição de CD´s, DVD´s, convites, folders, catálogo, postal, painelexterno/banner, painel interno/banner, anúncios em jornais, chamadas em rádios,televisão, etc. Além disso, podem ser enviados releases com informações básicas,como nome do espetáculo, data de estréia e de finalização, horário, local, valor deentrada/ingressos, elenco, sinopse e, fotos representativas do show para jornais,revistas e guias culturais impressos ou na internet. Gestão Financeiro-Administrativa Agestão financeiro-administrativa de um espetáculo é uma das tarefas mais importantesde uma empresa de montagem de espetáculos. Inclui a contratação dos recursosmateriais (locação do teatro, arena, casa de show, etc.), humanos (atores e equipetécnica) além da logística envolvida na realização de cada show. Envolve ainda opagamento do elenco, equipe técnica, órgãos controladores de direitos autorais (ECADe SBAT) e o controle de bilheteria, dentre outras atividades.

10. Automação

Embora existam espetáculos cuja tecnologia de sonorização, iluminação e efeitosespeciais utilizadas nas apresentações sejam muito avançados, esta é uma atividadefundamentada na habilidade e no talento humano e, com exceção dos processosadministrativos associados à gestão de cada espetáculo, a automação através datecnologia da informação é insignificante.

11. Canais de Distribuição

A montagem de um espetáculo pode acontecer das seguintes maneiras: - A empresade montagem ser responsável por toda a produção do espetáculo, incluindo acontratação de artistas, técnicos, figurino, cenário, pagamento de diretos autorais etc.,

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assumindo (junto com os cotistas e/ou financiadores do projeto) os riscos inerentes aonegócio e os rendimentos provenientes da apresentação, que podem incluir abilheteria, re-montagens, reproduções do espetáculo em mídias digitais, locação dosespaços para publicidade, vendedores de fast-food, etc. - A empresa de montagem serresponsável apenas pela execução de montagem do cenário e instalações físicas dolocal de apresentação, assumindo a produtora cultural os riscos inerentes ao negócio eos rendimentos provenientes da apresentação (bilheteria, re-montagens, reproduções,locações, etc.). No primeiro caso, fica óbvio que o principal serviço ofertado pelaempresa é o próprio show e, os canais utilizados para distribuição dos ingressos são abilheteria, sites de vendas de ingressos, stand de vendas, etc. Na segunda opção (aempresa ser responsável apenas pela montagem física do local de apresentação) nãohá o uso de canais de distribuição, ficando a própria empresa de montagem deespetáculos responsável pela venda e execução do serviço contratado (podendo sub-contratar algumas atividades tais como iluminação, sonorização, etc.).

12. Investimento

Os investimentos iniciais necessários para estruturação de uma empresa demontagem de espetáculos não são significativos em relação aos recursos exigidospara a montagem dos espetáculos propriamente ditos. Todavia, recomendamos aelaboração de um Plano de Negócios onde os recursos necessários, em função dosobjetivos estabelecidos para o negócio, poderão ser determinados. (vide modelodisponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_bia?ident_unico= 1440). O investimento inicial compreende todo ocapital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser divididos em: - investimentos pré-operacionais – são todos osgastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas, registro da empresa,honorários profissionais e outros; - investimento fixo – compreende o capitalempregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações,reformas etc.; - capital de giro inicial – é o capital necessário para suportar todos osgastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destinam-sea viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses defuncionamento, impostos, taxas, honorários de contador, dentre outros gastos. Parauma empresa de montagem de espetáculos de pequeno porte, estimamos que oempreendedor tenha que dispor de aproximadamente de R$ 15.000,00 para fazerfrente aos seguintes itens de investimento: - despesas de registro da empresa,honorários profissionais, taxas etc. - R$ 2.500,00; - montagem e compra deequipamentos para a área administrativa da empresa – R$ 5.500,00; -Desenvolvimento de website e material promocional da empresa – R$ 2.500,00; -Gastos iniciais para locomoção e hospedagem para divulgação da empresa – R$4.500,00 - capital de giro (vide item CAPITAL DE GIRO).

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apital de Giro

13. Capital de Giro

Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manterpara garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantiaimobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações decaixa.O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazosmédios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) eprazos médios concedidos a clientes (PMCC).Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimosregulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito anecessidade de imobilização de dinheiro em caixa.Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel,impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada aoprazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade decapital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponívelpara suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implicatambém em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado daempresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar estanecessidade do caixa.Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maioresque os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes parapagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentarpara quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissosde pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizaçõesexcessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seuspagamentos futuros.Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado naempresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim asvariações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas comprecisão.

No caso das empresas de montagens de espetáculos, em geral, a necessidade decapital de giro é muito grande dado que cada espetáculo demanda recursos e tempopara elaboração de figurinos, cenários, pagamentos de cachês e salários para artistase técnicos durante as fases de montagem e ensaio e as receitas correspondentessomente ingressarão no caixa da empresa após a estréia do show. Portanto, nesteramo (assim como em muitos outros), a gestão do capital de giro é determinante parao sucesso da empresa, e o desafio do empreendedor é gerenciar, principalmente, àocorrência de fatores tais como: - variação dos diversos custos previamente orçadosno projeto de cada espetáculo; - Preço do ingresso que não cubram os gastos deexecução do projeto; - baixo volume de vendas de ingressos; - Atrasos no cronogramade estréias. No caso de uma empresa de montagem de espetáculos o capital de girodeve ser estimado dentro do custo de cada projeto.

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14. Custos

São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serãoincorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, cachês, edemais insumos consumidos no processo de produção. O cuidado na administração eredução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ouserviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ouinsucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução dedesperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas.Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.Neste ramo, os espetáculos montados pela empresa (que em última análise são osserviços ofertados) são gerenciados como projetos independentes, cujos custos devemser estimados através de orçamento próprio conforme o modelo abaixo: Pessoal – R$46.000,00 Material Gráfico – R$ 12.000,00 Viagens e Locomoções – R$ 6.000,00Montagem – R$ 18.000,00 Impostos – R$ 5.000,00 Direitos Autorais – R$ 1.000,00Outras Despesas – 2.000,00 Total – R$ 90.000,00 Para conhecer um modelo completode planilha de custos de projetos de espetáculo visite o site da FUNCEB - FundaçãoCultural do Estado da Bahia. Workshop de Elaboração de Projetos Culturais -Orientações Para Elaboração de Projetos Culturais. Cartilha. 4ª Edição. Disponível emhttp://www.fundacaocultural.ba.gov.br/editais/pdf/manual_projetos.pdf. Acesso em 13abr 2011.

15. Diversificação/Agregação de Valor

Diversificação / Agregação de valor O mercado cultural é muito vasto e a possibilidadede diversificação no ramo de montagem de espetáculos é ampla. Dentre aspossibilidades de diversificação estão: -Agenciamento de profissionais para atividadesartísticas. -Gestão de Casas de Shows. - Assessoria para formulação de ProjetosCulturais. - Realização de eventos privados (bailes de debutantes, festas decasamentos, etc.) e/ou corporativos (feiras, congressos, seminários etc.);

16. Divulgação

A divulgação institucional da empresa de montagem de espetáculos se faz,principalmente, através de visitas pessoais e contatos telefônicos com Casas deShows, Produtoras e Agentes Culturais. A divulgação institucional também pode serfeita através de blogs e websites próprios na internet com cadastramento destes emmecanismos de buscas e guias especializados. É prática no segmento, a divulgaçãoinstitucional da empresa de montagem de espetáculos, nos espaços publicitários do

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Teatro, Arena, Casa de Shows, etc. e no material promocional dos espetáculosproduzidos. Para informações sobre a divulgação do espetáculo (projeto cultural) video item ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO.

17. Informações Fiscais e Tributárias

O segmento de EMPRESA DE MONTAGEM DE ESPETÁCULOS, assim entendidopela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 9001-9/01 comoa atividade de produção e promoção de apresentações ao vivo de grupos ecompanhias de teatro em casas de espetáculos e em teatros , poderá optar peloSIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de PequenoPorte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anualde sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) paramicro empresa, R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa depequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação doSimples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);• CSLL (contribuição social sobre o lucro);• PIS (programa de integração social);• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, paraesse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferidapelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção peloSIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês deatividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao númerode meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder

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ivulgação / Informações Fiscais e Tributárias

benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esseimposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderáocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), oempreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderáoptar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para seenquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme atabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valoresfixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária doempreendedor;• R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja deum salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintespercentuais:• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seuempreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempreserá muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura doestabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis

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Geral

Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos

CBT - Congresso Brasileiro de Teatro. Realização: Cooperativa Paulista de TeatroSecretaria de Cultura de Osasco Rede Brasileira de Teatro de Rua Informações: AureaKarpor (11) 8337-5168 e Selma Pavanelli (11) 8591-7734. 1ª Expo Show BusinessDias 21 e 22 de setembro Espaços Banespa Av. Santo Amaro, 5355 Bairro Brooklyn,São Paulo - SP Tel: (11) 5536-8200 Cursos Curso de Montagem de Espetáculo deTeatro-Fórum Centro de Teatro do Oprimido Av. Mem de Sá, 31 – Lapa – Rio deJaneiro Informações e Inscrições: Claudia Simone: [email protected] Rodrigues: [email protected] Telefones: (21) 2232-5826 /2215-0503

19. Entidades em Geral

Entidades ABRAFIN - Associação Brasileira de Festivais Independentes. Av Circular1192, Shopping 1000 - Sala 01, St. Pedro Ludovico - Goiânia - GO - CEP 74823-020Telefone: (62) 3281-5358 Email: [email protected] Website: http://abrafin.com.brAPETESP - Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de SãoPaulo Endereço: Rua Paim, 72 - Bela Vista - São Paulo - SP CEP: 01306-010Telefone: (11) 3255-3783 Website: http://www.apetesp.org.br ECAD - Escritório Centralde Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais Avenida Almirante Barroso, 22 -22º. Centro - Rio De Janeiro - CEP: 20031-000 Telefone: (21) 2544-3400 Fax: (21)2544-4538 Website: http://www.ecad.org.br E-Mail: [email protected] ESCOLA DOTEATRO BOLSHOI NO BRASIL Av. José Vieira, 315 - América - Joinville / SC - BrasilCEP 89204-110 / Fone (55) 47 3422-4070 E-mail:[email protected] FUNARTE - Fundação Nacional de Artes–instituição vinculada ao Ministério da Cultura, que tem como objetivo incentivar eamparar, em todo o território brasileiro e no exterior, a prática, o desenvolvimento e adifusão das atividades artísticas e culturais nas áreas de Artes Cênicas (Teatro, Dançae Circo), Artes Visuais e Música; mantém escritórios no Rio de Janeiro, em São Paulo,Brasília e Belo Horizonte, onde desenvolve projetos próprios ou em parceria comgovernos estaduais ou municipais e outras instituições; dentro do PRONAC, possuitécnicos e pareceristas responsáveis pela análise de propostas das áreas de ArtesCênicas, Artes Visuais e Música, durante a fase de análise técnica. Website:www.funarte.gov.br Ministério da Cultura http://www.cultura.gov.br - Secretaria deIncentivo e Fomento à Cultura (Sefic)-http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-incentivo-e-fomen to-a-cultura/ - Secretaria de Programas e Projetos Culturais (SPPC) -http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-programas-e-proje tos-culturais - Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID)-

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de Incentivo e Fomento à Cultura -http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-incentivo-e-fomen to-a-cultura SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais Av. Almirante Barroso, 97 / 3ºandar - Castelo - Rio de Janeiro-RJ - Brasil - Cep:20031-005 - Tel/Fax: (21) 2544-6966/ 2240-7431 - Cx.Postal: 1503 Website: http://www.sbat.com.br Redes Sociais TOQUENO BRASIL: O Toque no Brasil é uma rede de oportunidades que visa dinamizar efortalecer o laço entre os elos da cadeia de valor da música, facilitando o encontroentre quem faz música e quem contrata músicos e bandas, ou seja, servindo tambémcomo ferramenta de trabalho. Endereço Eletrônico: http://tnb.art.br

20. Normas Técnicas

Não existem normas técnicas aplicaveis ao negócio.

21. Glossário

ACÚSTICA: A qualidade da casa de espetáculos no que diz respeito à transmissão dosom. Problemas acústicos geralmente são complexos em sua natureza e muitodinheiro e horas de trabalho podem ser economizados com a consulta de umengenheiro ou arquiteto especializado desde o início do processo de projeto de umacasa de shows. BOCA DE CENA: Abertura frontal do palco que delimita horizontal everticalmente o espaço visual da cena. Recorte na parede frontal do palco que podeser variado através do uso de reguladores verticais e horizontais. CAMARIM: Recintoda caixa dos teatros e casa de shows onde os atores se vestem e se maquiam.CENOGRAFIA: Arte e técnica de criar, projetar e dirigir a execução de cenários paraespetáculos de teatro, de cinema, de televisão, de shows etc. CICLORAMA: Grandetela semicircular, geralmente em cor clara, situada no fundo da cena e sobre a qual selançam as tonalidades luminosas de céu ou de infinito, que se deseja obter. Neletambém podem ser projetados diapositivos ou filmes que se desenvolvem alternada ouparalelamente à ação física dos atores. Ciclorama ou infinito, fundo infinito, cúpula dehorizonte. COXIA: Nos palcos de teatro e casas de shows, espaço situado atrás dosbastidores. Pode ser ainda um assento móvel, normalmente com dobradiças, usadoquando as poltronas normais já estão ocupadas. Uma espécie de cadeira improvisada.MUSICAL: é um estilo de teatro que combina música, canções, dança, e diálogosfalados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por outro pelocabaré, os três apresentam estilos diferentes, mas suas linhas delimitantes muitasvezes são difíceis de conceituar. QUARTA PAREDE: A quarta parede é uma paredeimaginária situada na frente do palco do teatro, através da qual a platéia assistepassiva à ação do mundo encenado. Apesar de ter surgido no teatro, onde os palcos,geralmente de três paredes, apresentam mais literalmente uma "quarta parede", otermo é usado em outras mídias, como cinema, videogames, televisão e literatura,geralmente para se referir à divisória entre a ficção e a audiência. STAND-UP

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COMEDY: indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. Ohumorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios,cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede,diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. Também chamado de humor decara limpa, termo usado por alguns comediantes. SHOW BUSINESS (por vezesabreviado para show biz) é uma palavra de origem inglesa utilizada a partir do séculoXX para se referir a todos os aspectos da indústria do entretenimento. Aplicam-se àsmais diversas circunstâncias do entretenimento, do lado financeiro (incluindoempresários, produtores e distribuidores) ao criativo (artistas, compositores e músicos,entre outros), passando também pelo estrutural (cinema, televisão, teatro e música).URDIMENTO: Armação de madeira ou ferro, construída ao longo do teto do palco,para permitir o funcionamento de máquinas e dispositivos cênicos. Na realidade, é oesqueleto do palco; a ‘alma’ da caixa de mágicas em que ele às vezes se converte.Tem como limite superior, a grelha com a sofita e como limite inferior, a linha dasbambolinas, varas de luzes e a parte superior da cenografia. VARA: Madeira ou canolongitudinal preso no urdimento, onde são fixados elementos cenográficos,equipamentos de luz e vestimentas cênicas. Sua movimentação pode ser manual,utilizando-se contrapesos e elétrica.Gêneros teatrais

22. Dicas de Negócio

- Os empresários do setor de montagem de espetáculos musicais acham que o públicomais jovem não quer shows onde a pessoa paga ingresso, assiste ao show e vaiembora. O público jovem acha que o dinheiro tem de render mais. Eles querem o showe a festa junto; - O empresário do ramo deve investir na qualidade global deatendimento ao público, ou seja: oferecer qualidade no serviço prestado, o que incluium ambiente agradável (climatização, iluminação e sonorização), profissionais deapoio atenciosos, respeitosos e interessados, conveniências (estacionamento,banheiros limpos, etc.) e segurança são fatores fundamentais para o sucesso namontagem de espetáculos; - No segmento de montagem de espetáculos em geraldeve haver um equilíbrio entre os custos de montagem e preço dos ingressos. Nestesentido, nem sempre a apresentação de estrelas consagradas do showbiz apresenta omelhor retorno financeiro para o empresário. Empreendedores do setor acham quevale a pena apostar em novos talentos, embora os custos de divulgação, nestes casos,venham a ser mais altos; - Dependendo do gênero, uma das maiores dificuldadesenfrentadas na montagem de um show no Brasil é para encontrar mão-de-obraqualificada. Um exemplo é o mercado de shows musicais. Pelo fato de ainda serrecente, não há abundância de profissionais de alto nível no País, que saibam cantar edançar, o que prejudica os diretores e produtores.

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23. Características

A montagem de espetáculos teatrais requer a responsabilidade de profissional Técnicoem Espetáculos de Diversões. Segundo o Art. 7 da Lei nº 6.533 de maio de 1978. Paraobtenção de tal habilitação é necessário: I - diploma de curso superior de Diretor deTeatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes,reconhecidos na forma da Lei; ou II - diploma ou certificado correspondente àshabilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta,ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou III - atestado de capacitaçãoprofissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e,subsidiariamente, pela Federação respectiva. Contudo, a maioria dos empreendedoresculturais no país começa a trabalhar nessa área por gostar de arte e por prazer ecostuma se utilizar de conhecimentos e contatos pessoais para promover shows,espetáculos, festivais, etc. Outras habilidades necessárias ao empreendedor do ramosão: - Ter visão sistêmica do mercado cultural; - Saber Gerenciar projetos; - Liderar ecoordenar equipes de trabalho; - Boa comunicação e relacionamento interpessoal; -Ser objetivo; - Ter conhecimentos em administração e marketing, - Saber negociarpreços e prazos; - Possuir capacidade de adaptação; - Suportar para trabalhar sobpressão e em horários variados; - criatividade; - Capacidade de negociação cominstitucionais públicas e privadas de fomento a cultura.

24. Bibliografia

BARBA, Eugenio e SAVARESE, Nicola: A Arte Secreta do Ator: Dicionário deAntropologia Teatral. São Paulo e Campinas, HUCITEC/UNICAMP. BARRETO, A. 10idéias para fortalecer suas ações culturais. [S. l.]: Overmundo, 2009. Disponível em: .Acesso em: 8 abr. 2009. ______. Aprenda a organizar um show. [S. l.]: Imagina Ed.,[2008]. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2009. FUNCEB - Fundação Cultural doEstado da Bahia. Workshop de Elaboração de Projetos Culturais - Orientações ParaElaboração de Projetos Culturais. Cartilha. 4ª Edição. Disponível emhttp://www.fundacaocultural.ba.gov.br/editais/pdf/manual_projetos.pdf. Acesso em 13abr 2011. MAGALDI, Sábato: Iniciação ao teatro. Ática, São Paulo, 1985. PEGN.Empresa Personaliza Treinamento Empresarial com Encenações. Artigo Disponível emhttp://www.framesolutions.com.br/novidades/novidade_pegn.php. Acesso em 14 abr2011. ROUBINE, Jean Jacques: A linguagem da Encenação Teatral 1880/1980. Rio deJaneiro, Zahar, 1982. http://www.cultura.gov.br

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ivulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em

Geral / N

ormas Técnicas /

25. Fonte

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26. Planejamento Financeiro

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27. Soluções Sebrae

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28. Sites Úteis

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29. URL

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-empresa-de-montagem-de-espet%C3%A1culos

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