Como Se Estuda Magia IV

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  • 7/24/2019 Como Se Estuda Magia IV

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    Crculo Inicitico de HermesCODEX HERMETICUM 06 Publicao Classe A

    Como se Estuda Maia!Pa"te I#$por Frater Goya (Anderson Rosa)

    Da I%iciao

    Por vrios sculos, o tema iniciao foi exaustivamente aordado, mas no es!otado"Psic#lo!os, m$sticos, antrop#lo!os, fil#sofos e mais uma %uantidade expressiva de profissionaisvascul&aram o assunto, mas sem responder o %ue de fato acontece, ou mesmo o %ue realmente uma iniciao"

    ' mesmo ser complementado na medida em %ue for necessrio, at %ue consi!a responderade%uadamente s per!untas dos estudantes %ue nos procuram" ua distriuio autori*ada desde

    no &a+a alterao em seu contedo (pois um texto de -lasse A), s# podendo ser distriu$dointe!ralmente e %ue se+a citada sua fonte"

    .esse ensaio, tentaremos aordar o tema, usando palavras e exemplos claros, %ue definam ofato para o lei!o e para o uscador" Para c&e!ar ao tema iniciao, devemos antes esclarecer al!unspontos oscuros %ue permeiam essa %uesto"

    /)

    0)

    &uem ' o i%iciado(1 a%uele %ue atravessa ou sorevive a um ritual de iniciao"

    Pode )se c*ea" a se" um i%iciado sem +e"te%ce" a uma o"dem esot'"ica(im" 2moramuitos iniciados ten&am v$nculos diretos com al!uma escola dita inicitica, outros sempre semantiveram mar!em ou totalmente isolados" 3m #timo exemplo desse isolamento 4erlin, ma!oe consel&eiro do Rei Artur" .a verso ori!inal da &ist#ria (Morte DArtur5 ir 6&omas 4alory,

    /789, -axton), 4erlin seria o fil&o de uma ruxa com um dem:nio, lemrando os .efilim$licos/""" Al!uns escritores modernos %uerem fa*er dele um druida" A%ui devemos lemrar %uenunca se encontrou %ual%uer fonte %ue comprove essa teoria" 2 %ue o druidismo nunca deixou%ual%uer testemun&o escrito %ue ateste o fato, nem mesmo sua forte tradio oral"

    2ssa tentativa de tra*er 4erlin ao druidismo fruto do revival pa!o a partir da se!undametade do sc" ;

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    Crculo Inicitico de Hermescarreira advocat$cia" Ap#s vislumrar o %ue acontecia no seu pa$s de ori!em, aandona tudo eretorna a Mndia %ue tornou=se seu lar at sua morte" Al!um pode contestar o fato de Gand&i serauto=iniciadoN 'u ser %ue preferem fa*er dele memro de al!uma or!ani*ao porcorrespondOncia ou descendente de alomoN Falando em ordens por correspondOncia eself=iniciados, podemos ainda citar a%uelas %ue mandam vocO ima!inar um iniciador atrs do estudantefalando palavras sa!radas (%ue vocO no sae %uais so) e %ue Eastralmente fa*em da inocentev$tima um iniciado""" e Gand&i foi um auto=iniciado, por %ue no posso sO=loN Pode" 2 isso o %uenos propomos a explicar mais adiante"

    7) O"de%s de t"adio secu%d/"ia e o"de%s sem t"adio aluma" e!undo Ren Gunon,as tradiBes primrias so a%uelas %ue nos conectam a um -entro upremo0e as tradiBessecundrias so a%uelas %ue esto suordinadas primeira, cumprindo o papel de !uardiBes da%uelaprimeira evitando %ue ela se perca para sempre" Atualmente podemos di*er com uma !rande

    mar!em de se!urana %ue no atuam em nosso planeta ordens de tradio primria, visto %ue essano possui or!ani*ao ou corpo f$sico %ue a represente, estando num n$vel diferenciado deexistOncia e representada por uma ordem secundria, mas %ue infeli*mente, tamm no atuam nomundo contemporneo"

    9) I%iciao em o"de%s esot'"icas" As ordens esotricas atuais possuem um ritual deiniciao meramente sim#lico, %ue tem como o+etivo marcar um determinado momento na vidado estudante" 2xiste muito material escrito sore o tema, porm sem profundidade suficiente paraaarcar esse tema com perfeio" u!erimos ao leitor uma nova leitura do -'Q2; J 5 Parte

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    Crculo Inicitico de Hermesidentificadas ou %uantificadas, elas nos moldam, dando ao ser uma forma mais &umana" o ascicatri*es de nossa existOncia" 3m vel&o ditado di*> EA%uele %ue no tem nen&uma cicatri* noviveu" o!o, as nossas cicatri*es espirituais so as marcas das nossas iniciaBes" Apenas vivendoplenamente se alcana o status de Domem uperior"

    &ual a %atu"e2a dessas "u+tu"as(

    2ssas rupturas so marcadas por momentos de !rande tenso na vida" e!undo al!unspsic#lo!os, as principais dores %ue um ser &umano mdio suporta durante sua vida so> /S a perdade um ente %uerido (c:n+u!e, parentes, ami!os, etc"), 0S o desempre!o e CS a separao de um casal"A%ui + temos al!uns pontos %ue poderiam ser definidos como EiniciaBes, + %ue ap#s suaocorrOncia, o ser &umano nunca mais volta ao estado anterior" .o caso das mul&eres, podemosainda acrescentar como momentos verdadeiramente iniciticos a perda da vir!indade e o

    nascimento de um fil&o" o momentos em definidos fisicamente, + %ue a iniciao marcadapor um evento f$sico, e %ue depois deles, nada mais como antes" A iniciao um camin&o semvolta"

    ' mel&or exemplo para definir uma ruptura espiritual talve* se+a o nascimento do primeirofil&o" A mul&er nunca mais ser a mesma depois da !estao, mesmo %ue no l&e nasa o fil&o(aorto natural ou indu*ido)" Para um casal, o nascimento de um fil&o o ponto de partida de umnovo est!io no relacionamento" 3m elo dia, emora esperado, sur!e um novo ser, %ue nunca maisir emora (pelo menos por um om tempo)"

    Tuase todas as reli!iBes marcam a existOncia do ser &umano em per$odos %ue representam aevoluo espiritual do ser" .ascimento, casamento, morte, so momentos espirituais %ue mudam apessoa em antes e depois do evento" A a%uela %ue marca aentrada de um novo memro no !rupo, ou a%uela %ue tenta reprodu*ir essa ruptura espiritual" 'primeiro caso o %ue acontece na esma!adora maioria" ' se!undo caso, o %ue citamos acima,

    %uando descrevemos as ordens secundrias".o caso de uma ordem secundria autOntica, o o+etivo maior dar ao estudanteferramentas para se retornar %uela unidade anterior, onde o er Dumano era sen&or do universo%ue o cercava" 6oda a estrutura do estudo ocultista tem esse nico o+etivo> Fa*er retornar unidade a%uilo %ue se encontra separado" o!o, uma verdadeira iniciao esotrica tenta reprodu*iressas rupturas, como a emoo da morte de um ente %uerido por exemplo, de maneira artificial"3ma iniciao desse tipo s# tem valor efetivo %uando se produ* essa ruptura" ' !rande prolemaatualmente, %ue a iniciao se tornou to sim#lica, psicol#!ica, %ue se perdeu a finalidadeprimeira" 6emos &o+e um simolismo to lon!$n%uo em relao ori!em, %ue se%uer noslemramos dela" .o asta apenas ser uma ruptura sim#lica" 6em %ue ser uma ruptura efetiva,

    Av" Hisconde de Guarapuava, CI9J Ap" JC= -uritia = ParanFoneKFax> (J7/)C0C=70II 2=4ail> !oyaLrosacru*"com"r

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    Crculo Inicitico de Hermescaso contrrio, corremos o risco de assistirmos a um filme com atores ruins %ue no transmitememoo al!uma" .o final di*emos> E.o !ostei" 2sse filme no me disse nada"

    Tuanto mais pr#ximo a uma ruptura real, mais efetiva a iniciao" Hivemos num mundoem %ue tudo tem %ue ser politicamente correto, nen&um limite pode ser excedido" Tuem perdeN 'estudante" em ser atin!ido diretamente no seu esp$rito, pode apenas di*er o %ue ac&a %ueaconteceu, sendo %ue na verdade, no aconteceu nada, uma ve* %ue a iniciao foi apenassim#lica"

    e uma iniciao secundria acompan&ada de uma ruptura real (uma !rande perda, umfil&o, etc""") mais ela ir ficar !ravada no esp$rito do estudante" 'u, caso no &a+a paralelo, elafuncionar como catalisador, tra*endo mais para perto um evento real" 1 por esse motivo %ue secostuma di*er %ue a iniciao a+uda a E%ueimar ?arma" .o entraremos a%ui na existOncia ou nodo ?arma"

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    Crculo Inicitico de Hermes

    &ual a utilidade de uma i%iciao esot'"ica(

    4ais acima dissemos %ue as iniciaBes %ue realmente importam so a%uelas %ue ocorremnaturalmente na vida" e assim , %ual a utilidade de uma iniciao num !rupo esotricoN 2ssainiciao, %uando em reali*ada, a+uda o estudante a ad%uirir um maior controle de sua vida e numcurto espao de tempo reali*ar a%uilo %ue levaria um !rande per$odo de tempo para ser feito"