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 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL ACQUA TÁXI AÉREO FÁBIO JANNUZZI ARATO FABIO MEDEIROS PEREZ ROGERIO CRISTIÁ ANTONELLI DOS SANTOS SÃO PAULO 2003

Companhia Area (Brasil) Aquia

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  • UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE AVIAO CIVIL

    ACQUA TXI AREO

    FBIO JANNUZZI ARATO FABIO MEDEIROS PEREZ

    ROGERIO CRISTI ANTONELLI DOS SANTOS

    SO PAULO 2003

  • UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE AVIAO CIVIL

    ACQUA TXI AREO

    FBIO JANNUZZI ARATO FABIO MEDEIROS PEREZ

    ROGERIO CRISTI ANTONELLI DOS SANTOS

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado Banca Examinadora, como exigncia parcial para obteno de ttulo de Graduao do Curso Superior de Aviao Civil na modalidade Piloto de Aeronave e Gestor de Empresa Area, sob a orientao do Prof. Claudio Fonseca.

    SO PAULO 2003

  • BANCA EXAMINADORA

    __________________________________

  • AGRADECIMENTOS

    Agradecemos aos nossos amigos que juntos passamos por problemas,

    necessidades, que dividimos as dores, as alegrias, e que apesar de turbulncias

    enfrentadas conseguimos chegar ao pouso com segurana e tranquilidade,

    deixando para trs mais um vo de nossas vidas, porm no deixando de planejar

    outros vos que ainda esto por vir, e que com certeza ser cada vez mais em

    nveis elevados. Agradecemos a todos os professores que passaram pelo curso

    de Aviao Civil e que colaboraram para a nossa formao acadmica,

    agradecemos aos nossos coordenadores que sem demritos tambm

    colaboraram com uma parcela no processo de formao, agradecemos a

    Instituio Anhembi-Morumbi que nos tornou possvel a realizao de um sonho

    fazer parte de um mundo maravilhoso que o da aviao. Tambm no

    podemos deixar de agradecer nossas famlias que de forma direta e indireta nos

    ajudaram e apoiaram na concretizao deste sonho.

  • RESUMO

    O presente trabalho busca a definio e o desenvolvimento de um plano de negcios de uma empresa de txi areo j homologada, respeitando os limites e condies que o mercado de transporte areo proporciona no cenrio atual. A empresa de transporte areo de passageiros regulamentada pelo RBHA 135 (Regulamento Brasileiro de Homologao Aeronutica), designada como uma empresa de txi areo. A empresa dispe de aeronaves anfbio possibilitando operaes terrestres e/ou aquticas. O enfoque principal da empresa explorar o mercado de turismo no Brasil, viabilizando, facilitando e complementando o transporte de passageiros para os lugares de difcil acesso. A princpio a empresa conta com uma base operacional localizada no Aeroporto Estadual de Jundia, no Estado de So Paulo, com o propsito de garantir menores custos operacionais e de manuteno por ter a disposio de nossas aeronaves uma oficina de manuteno homologada pelo orgos competentes situada no mesmo aeroporto. A pesquisa foi feita a partir de estatsticas e dados econmicos encontrados nos veculos de comunicao especializados em transporte areo e turismo. O planejamento administrativo, operacional e financeiro desenvolvidos demonstram uma complexidade em torno das fases de preparao da empresa, apontando todas as necessidades de uma empresa do setor areo. O trabalho desperta um novo conceito de transporte areo pouco explorado num pas rico hidrograficamente, revolucionando os mercados turstico e areo e conseqentemente beneficiando a cultura e a economia do pas.

  • ABSTRACT

    The present work searchs the definition and the business-plan development of an aerial taxi company homologated already, respecting the limits and conditions that the market of air transportation provides in the current scene. The airline of passengers is regulated by RBHA 135 (Brazilian Regulation of Aeronautical Homologation), assigned as an aerial taxi company. The company makes use of aircraft amphibious making possible terrestrial and/or aquatic operations. The main approach of the company is to explore the market of tourism in Brazil, making possible, facilitating and complementing the transport of passengers for the places of difficult access. The company counts on a located operational base in the State Airport of Jundia, in the State of So Paulo, with the intention to guarantee minors operational costs and of maintenance for having the disposal of our aircraft a workshop of maintenance homologated for the competent organism situated in the same airport. The research was made from statisticians and economic data found in the vehicles of communication specialized in air transportation and tourism. The administrative, operational and financial planning developed, demonstrates to a complexity around the phases of preparation of the company, pointing all the necessities of a company of the aerial sector. The work awaken a new concept of air transportation little explored in a rich country with many rivers, lakes and seas, revolutionizing the tourist and aerial markets and consequently benefiting to the culture and the economy of the country.

  • RESUMEN El presente trabajo busca la definicin y el desarollo de un plan de negocio de una compaia de aero taxi todavia homologada, respetando los lmites y las condiciones que el mercado de transporte areo proporciona en el cenario actual. La compaia de transporte areo de pasajeros es regulado por RBHA 135 (regulacin brasilea de la homologacin aeronutica) designada como compaa de aero taxi. La compaa hace uso de aviones anfibios, posibilitando operaciones terrestres y/o acuticas. El objectivo principal de la compaa es explorar el mercado del turismo en el Brasil haciendo posible, facilitando y complementando el transporte de los pasajeros para los lugares del acceso difcil. La compaa cuenta con una base operacional localizada en el aeropuerto estadual de Jundia en el estado de So Paulo, con la intencin de garantizar menores costes operacionales y de mantenimiento por tener la disposicin de nuestros aviones un taller de mantenimiento regulado pelos organismos competentes en el mismo aeropuerto. La pesquisa fue hecha a partir estadsticas y de los datos econmicos encontrados en los vehculos de la comunicacin especializados en el transporte areo y turismo. El planeamiento administrativo, operacional y financiero desarrollado, demuestra a una complejidad alrededor de las fases de la preparacin de la compaa, sealando todas las necesidades de una compaa del sector areo. El trabajo despierta un nuevo concepto del transporte aereo poco explorado en un pas rico hidrograficamente con muchos ros, lagos y mares, revolucionando los mercados tursticos areos y por lo tanto beneficiando a la cultura y a la economa del pas.

  • SUMRIO 1. INTRODUO 10 2. REVISO DA LITERATURA 11

    2.1. Turismo no Brasil ......................................................................................................11 2.2. Turismo e Desenvolvimento ......................................................................................12 2.3. O Dono dos Pacotes Tursticos no Brasil....................................................................13 2.4. Perfil dos Estrangeiros que Visitam o Brasil ..............................................................14 2.5. O Ecoturismo.............................................................................................................16 2.6. Cruzeiros Martimos ..................................................................................................17

    2.6.1. Histria ...............................................................................................................18 2.6.2. O Brasil como destino potencial..........................................................................19 2.6.3. No balano das ondas..........................................................................................19

    2.7. Terminais Porturios e o Turismo ..............................................................................19 2.8. Turismo Fluvial no Brasil ..........................................................................................20

    3. CARACTERIZAO DO PROBLEMA 21 3.1. Descrio da empresa ................................................................................................21 3.2. Localizao................................................................................................................21 3.3. Servios.....................................................................................................................22 3.4. Misso da empresa.....................................................................................................22 3.5. Recursos humanos .....................................................................................................22 3.5. Recursos materiais .....................................................................................................24 3.6. Nmero de empregados .............................................................................................24 3.7. Pblico alvo...............................................................................................................25 3.8. Problemas e oportunidades do negcio.......................................................................26

    4. AMBIENTE MACROECONMICO 27 5. PESQUISA DE MERCADO 30

    5.1. Sazonalidade..............................................................................................................30 5.2. Concorrncia .............................................................................................................31

    6. PLANEJAMENTO 34 6.1. Planejamento Administrativo .....................................................................................34

    6.1.1. Controle de vendas..............................................................................................34 6.1.2. Controle de compras ...........................................................................................34 6.1.3. Controle de despesas ...........................................................................................35 6.1.4. Controle de estoque.............................................................................................35 6.1.5. Estratgia administrativa .....................................................................................35

    6.2. Planejamento Comercial ............................................................................................36 6.2.1. Estratgia mercadolgica ....................................................................................36 6.2.2. Poltica de preo..................................................................................................36 6.2.3. Canais de distribuio .........................................................................................36 6.2.4. Propaganda e promoo ......................................................................................37

    6.3. Planejamento Operacional .........................................................................................37 6.3.1. Frota de aeronaves ..............................................................................................37 6.3.2. Custos de operao da aeronave ..........................................................................37

    6.4. Planejamento financeiro.............................................................................................39 7. CONCLUSO 44 REFERNCIAS 45 APNDICES 47 ANEXOS 93

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 OS NMEROS DA CVC................................................................................13 Tabela 2 - ORIGEM DOS TURISTAS ............................................................................14 Tabela 3 DESTINO DOS ESTRANGEIROS NO BRASIL..........................................15 Tabela 4 DIAS DE PERMANNCIA NO BRASIL .......................................................15 Tabela 5 CAPACIDADE MUNDIAL EM CRUZEIROS MARTIMOS.........................17 Tabela 6 EMPRESAS DE TXI AREO NO BRASIL ................................................28 Tabela 7 TURISMO NUTICO: NMERO DE NAVIOS E ESCALAS......................31 Tabela 8 QUANTO CUSTA FRETAR AVIES E HELICPTEROS ........................32 Tabela 9 CUSTO OPERACIONAL DE UMA AERONAVE.........................................38 Tabela 10 DEMOSNTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCCIO..........................40 (2 aeronaves) .....................................................................................................................40 Tabela 11 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCCIO..........................40 (3 aeronaves) .....................................................................................................................40 Tabela 12 INVESTIMENTO INICIAL (ESTRUTURA DA EMPRESA) ......................41 Tabela 13 INVESTIMENTO INICIAL (AERONAVE) ...................................................41 Tabela 14 - PAYBACK ......................................................................................................43 Tabela 15 VALOR PRESENTE ....................................................................................43 Tabela 16 TAXA INTERNA DE RETORNO.................................................................44

  • 1. INTRODUO

    O Brasil um pas extenso e repleto de belas riquezas naturais distribudas

    em seus estados e regies. A grande quantidade de rios, lagos, represas e seus

    milhares de quilmetros de litoral (Anexo A) contribuem para o turismo no pas,

    gerando empregos nos mais diversos segmentos que envolvem esse setor, como

    transporte, agncias de viagens, hotis, locadoras de automveis, restaurantes,

    comrcio em geral, telecomunicaes, etc.

    Em relao ao transporte, mais precisamente o modo areo, de extrema

    importncia sua prestao sendo que sem ele seria difcil a locomoo entre os

    pontos distantes do pas. Porm, ainda no existe uma infra-estrutura de suporte

    ao transporte areo adequada e que atenda as necessidades de aeronaves

    terrestres dentro do contexto de um pas rico no aspecto fluvial e martimo.

    E neste contexto que surge a idia de constituir uma empresa de

    transporte areo no regular operando tanto em terra como em gua.

  • 2. REVISO DA LITERATURA

    2.1. Turismo no Brasil

    O turismo a maior indstria mundial na gerao de divisas, empregos e

    recursos, representando 13% dos gastos dos consumidores de todo o mundo

    movimentando pessoas pelos mais variados motivos para os mais variados

    lugares, segundo Flvio de Faria Alvim (2003), administrador de empresas e

    professor de turismo.

    Alguns pases perceberam o potencial do turismo como gerador de

    emprego e renda. H tendncias claras que projetam o turismo como uma das

    principais atividades humanas deste sculo. O aumento do tempo livre, o

    barateamento do transporte areo, a melhora do mercado turstico focalizada na

    preferncia das pessoas, a melhora nas tecnologias de comunicao, a

    converso de elementos das localidades para produtos tursticos, a diminuio do

    nmero de pessoas nas famlias e outros tantos fatores impulsionaram essa

    atividade.

    Somos 170 milhes de brasileiros, mas apenas 30 milhes fazem turismo e

    ainda 80% destes s fazem em apenas duas pocas do ano, ou seja, nas frias

    escolares. Em terras isentas de guerras, terrorismo, catstrofes e de inverno

    rigoroso, com mais de 5.000 Km de litoral com belas praias

    e clima tropical fazem do Brasil um grande destino turstico. Somos apenas o

    trigsimo destino turstico do mundo. No ano de 1998, houve 38,2 milhes de

    turistas domsticos que se deslocaram pelo pas, conforme mostra o grfico a

    seguir:

    nibus 49,6% Carro 30,9%

    Areo 6,8% nibus Excurso 6,1%

    Mar/Rios 2,2% Trem 1,3%

    Carro Alugado 1,0% Outros 2,1%

    Figura 1 MODAIS DO TURISMO DOMSTICO BRASILEIRO Fonte: Transportes tursticos, 2002. p.44

  • O nordeste brasileiro se apresenta com os melhores potenciais de

    desenvolvimento. So sete novos aeroportos, novos complexos hoteleiros, vinte e

    cinco mil metros quadrados de patrimnio histrico restaurado e quase seis

    bilhes de dlares apenas nos ltimos anos.

    Apesar do crescimento, os vos charter equivalem a apenas 7% do total do

    Brasil. Na Europa, 56% do movimento areo feito com vos fretados e nos

    Estados Unidos o nmero chega a 40%.

    2.2. Turismo e Desenvolvimento

    A viso tradicional de que o turismo uma atividade a ser empreendida na

    ausncia de alternativas econmicas, como uma espcie de prmio de

    consolao s regies mais exticas do planeta, no poderia estar mais distante

    da realidade. Em um pas como o Brasil, o turismo constitui um dos segmentos

    essenciais de uma estratgia bem-sucedida de desenvolvimento.

    O turismo bem planejado pode produzir diversos efeitos positivos sobre a

    economia, segundo Gesner Oliveira (2002), professor da FGV-SP (Fundao

    Getlio Vargas So Paulo). Em primeiro lugar, pelo potencial de criao de

    empregos e renda, o que particularmente importante para as regies mais

    pobres do pas. Em segundo lugar pelo benefcio ao balano de pagamentos, ao

    gerar ingresso de divisas trazidas pelos turistas estrangeiros e, sobretudo

    investimento externo, principalmente no setor de construo na rea de hotis e

    parques temticos e na infra-estrutura de recepo. Em terceiro lugar, o turismo

    constitui um espao privilegiado de marketing do pas e de seus produtos,

    fortalecendo aquilo que genericamente chamado de "Marca Brasil". De frutas a

    avies, o Brasil tem um enorme potencial de expanso de suas vendas externas,

    que pode ser multiplicado pela maior exposio do pas no exterior.

    Apesar de todas essas vantagens e de uma melhora de desempenho nos

    ltimos anos, o turismo ainda no recebeu a devida ateno no Brasil. Segundo

    dados da Organizao Mundial do Turismo, o Brasil foi o principal destino em 5,3

    milhes de chegadas, contra 20,6 milhes do Mxico, 48,2 milhes da Espanha e

    75,5 milhes da Frana.

  • 2.3. O Dono dos Pacotes Tursticos no Brasil

    Desde a falncia de sua maior rival, a agncia carioca Soletur, em 2001, a

    CVC, a maior operadora de turismo do Brasil nos dias atuais, desfruta o virtual

    monoplio do turismo de massa brasileiro. So dela seis de cada dez pacotes

    tursticos vendidos no pas, de acordo com a Revista Veja, n.45 (2003). Neste

    vero, deve embarcar 270.000 turistas, a maioria para o nordeste. O crescimento

    em 2003 deve ser de 20% em relao ao ano passado afirma Guilherme Paulus,

    dono da CVC, apesar dos solavancos pelos quais passa o turismo brasileiro

    desde a desvalorizao do real, em 1999. A tabela abaixo mostra os nmeros da

    CVC:

    Tabela 1 OS NMEROS DA CVC

    Fonte: Revista Veja, ano 36. n.45. p.66

    Uma parte da explicao est exatamente na crise cambial. A alta do dlar

    foi fatal para duas das maiores operadoras brasileiras, a Soletur e a Stella Barros,

    pois ambas dependiam das viagens internacionais enquanto que a CVC tinha

    apostado toda a sua ficha no turismo domstico.

    O investimento previsto para este vero ser de 230 milhes de reais onde

    j esto contratados 150 vos charter por semana e dezessete viagens de

    cruzeiro em um navio espanhol. A misso do navio mostrar que a CVC tambm

    oferece programa aos endinheirados. O futuro do turismo est na venda de

    viagens em larga escala e isso s feito por empresas grandes, avalia o

  • consultor Jos Ernesto Marino Neto, da BSH International, especializada em

    hotelaria e turismo. Na Inglaterra e Alemanha, hotis, agncias e companhias

    areas so dominados por uma nica companhia local de turismo em massa, e

    talvez o Brasil esteja no mesmo caminho.

    2.4. Perfil dos Estrangeiros que Visitam o Brasil

    O Brasil foi visitado por 3,8 milhes de estrangeiros em 2002 apesar de

    ocupar o trigsimo quarto posto no ranking do turismo internacional alm do

    movimento ter sido 20% menor do que no ano anterior. As poucas e caras opes

    de vo, a explorao de preos para estrangeiros, os nveis de insegurana

    conhecidos internacionalmente e a precariedade das estradas, monumentos

    histricos e a falta de informaes sobre os lugares histricos e das belezas

    naturais contribuem para dificultar a visita de estrangeiros ao pas, de acordo com

    a Revista Veja, n.42 (2003).

    A Embratur planeja aumentar em quatro anos o nmero de visitantes e

    triplicar o dinheiro gasto por estrangeiros no pas. A maioria vem ao pas como

    resultado de uma poltica consistente de marketing no exterior. Quase 70% dos

    visitantes recebidos no ano passado j haviam estado aqui anteriormente. Mais

    de 50% fizeram a primeira visita por influncia de relatos de amigos que j tinham

    vindo ao pas. A desinformao sobre o Brasil tanta que muitos se surpreendem

    quando chegam aqui.

    Grande parte dos turistas chega ao Brasil com motivao especfica. o

    caso do Carnaval e as pessoas interessadas em sexo barato no Nordeste. Pode-

    se observar nas tabelas abaixo o perfil dos turistas:

    Tabela 2 - ORIGEM DOS TURISTAS

  • Fonte: Revista Veja, ano 36. n.42. p.81

    Tabela 3 DESTINO DOS ESTRANGEIROS NO BRASIL

    Fonte: Revista Veja, ano 36. n.42. p.81

    Tabela 4 DIAS DE PERMANNCIA NO BRASIL

    Fonte: Revista Veja, ano 36. n.42. p.81

    Desde o incio deste ano a Embratur est divulgando o Brasil no exterior

    como destino turstico, aumentando a nossa participao em feiras e vendendo o

    pas em toda a sua diversidade, apesar de o oramento para a companhia na

    rea de publicidade ser muito baixo, sendo inferior a pases como a Jamaica, que

    tem a metade do tamanho de Sergipe e cuja populao no passa de 2,7 milhes

    de habitantes.

  • Porm, inmeros detalhes acabam afetando a imagem do pas l fora. A

    imprensa estrangeira d mais destaque pobreza e violncia do Brasil do que a

    suas belezas naturais. Segundo o Ministrio da Educao, s 15% dos

    universitrios conseguem comunicar-se em espanhol e 35% dizem saber ingls.

    No faltam hotis que insistem em cobrar de estrangeiros preos mais altos. Para

    complicar, 77% dos turistas que vm de outros pases chegam aqui sem ter

    contratado os servios de agncias de viagem e acabam ainda mais expostos a

    essas dificuldades.

    A reduo desses problemas possvel com a minimizao das escalas

    longas e desconexas nos aeroportos aumentando o nmero de vos fretados a

    servio de turistas. De acordo com o secretrio nacional de Polticas de Turismo

    do Ministrio do Turismo, Milton Zuanazzi, o Brasil tem somente 2% de vos

    domsticos desse tipo, enquanto na Europa a taxa de vos fretados de 40%.

    Outro investimento prioritrio proporcionar segurana nas reas de grande

    concentrao turstica.

    2.5. O Ecoturismo

    O ecoturismo no Brasil est crescendo 15% a cada ano desde 1998, o

    dobro da mdia do turismo convencional, de acordo com a Revista Veja, n.43

    (2003). Com a construo de melhores hotis e estradas e o aumento na oferta

    de lazer organizado, esse tipo de passeio entrou realmente na programao do

    turista brasileiro, oferecendo paisagens exorbitantes para a prtica do ecoturismo.

    A oferta de pacotes pelas agncias de viagem praticamente multiplicou permitindo

    uma expectativa de grande procura para este vero. Graas ao aumento da

    demanda, os pacotes saem em mdia 20% mais barato em relao temporada

    passada. Os roteiros vo desde a selva amaznica, no extremo norte, aos

    Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul.

    Boa parte dos passeios est localizada a menos de 100 quilmetros de

    uma metrpole. Por isso, muitos pacotes podem proporcionar o conforto da

    hospedagem na cidade grande. Os roteiros preferidos dos brasileiros esto bem

    estabelecidos. A maioria procura Itacar, Morro de So Paulo e Chapada

    Diamantina, na Bahia, Pantanal e Bonito, em Mato Grosso do Sul, Jericoacara, no

    Cear, Chapada dos Veadeiros, em Gois, Chapada dos Guimares, em Mato

  • Grosso, e Lenis Maranhenses. Faz bem pouco tempo que se pode chegar a

    esses locais de avio, com traslados, guias e hotis confortveis.

    Um levantamento da Bahiatursa, empresa de turismo do governo da Bahia,

    mostrou que o turista de ecoturismo, alis, de acordo com a pesquisa, ele o

    mesmo que pratica esportes radicais tem poder aquisitivo maior que a mdia dos

    turistas brasileiros e gosta de retornar sempre para os mesmos locais.

    2.6. Cruzeiros Martimos

    Um dos mercados que mais ascende no mundo o turismo de cruzeiros

    martimos, que movimenta cerca de 50 bilhes por ano de acordo com a Martima

    Cruzeiros (2003). um dos setores do turismo que ultimamente vem despertando

    a ateno de profissionais e acadmicos da rea no Brasil pelo fato da

    modificao da lei de cabotagem, que a partir de 1995 abriu os portos brasileiros

    aos navios estrangeiros. So mais de 400 navios que transportam milhes de

    turistas todo ano. Diante de um cenrio com tantas perspectivas de negcios, o

    Brasil vem investindo no segmento e avana com o objetivo de conquistar um

    espao nesse bilionrio mercado, com a idia de trazer navios para o seu litoral e

    fazer do pblico brasileiro um consumidor em potencial. Atualmente no Brasil,

    este mercado caminha rumo maturidade. No entanto, as vendas de cruzeiros

    ainda ocupam um lugar inferior no ranking, se comparado com as vendas de

    passagens ou pacotes areos e terrestres. Talvez o principal obstculo seja o

    desconhecimento dos agentes de viagem pelo tema, mas a Embratur e muitas

    instituies j comeam investir, em divulgao e capacitao de mo-de-obra

    especializada, na indstria que mais cresce no mundo do turismo. O Brasil se

    souber trabalhar com profissionalismo e melhorar a estrutura das reas

    porturias, poder ser o grande plo dos cruzeiros martimos deste terceiro

    milnio.

    A tabela a seguir mostra o nmero de cruzeiros martimos no mundo:

    Tabela 5 CAPACIDADE MUNDIAL EM CRUZEIROS MARTIMOS

  • Fonte: Transportes Tursticos, 2002. p.242

    2.6.1. Histria

    O rpido desenvolvimento da aviao e dos meios de comunicao

    contribuiu para que o turismo apresentasse um crescimento contnuo entre as

    dcadas de 50 e 80.

    Um dos setores mais afetados com o aparecimento da aviao foi o de

    transporte de passageiros por via martima. Algumas companhias martimas

    vieram falncia e outras tiveram seus navios ociosos, segundo Telma Medeiros

    Brito da Unibero Centro Universitrio Ibero-Americano (2002).

    Este panorama comeou a ser mudado na dcada de 70, quando Ted

    Arison, fundador da Carnival Cruise Lines, lanou um novo conceito de viagem

    por mar. Sua idia era transformar um cruzeiro martimo em uma opo de frias

    que ofereceria vinte e quatro horas de diverso eram os The Fun Ships (Navios

    da Alegria), dando incio ao que hoje a indstria de cruzeiros martimos no

    mundo.

    Entretanto, se por um lado o transporte areo foi o principal indutor do fim

    do transporte martimo de linhas regulares, atualmente ele um dos principais

    responsveis pelo fenmeno dos cruzeiros martimos.

    Pelos pacotes air/sea, as empresas de cruzeiro oferecem passagens

    areas de ida e volta para porto de sada dos navios a preos promocionais. O

    Reino Unido, um dos principais mercados de cruzeiros martimos e com

    importantes portos teve 69% dos cruzeiros vendidos em conjunto com passagens

    areas (fly-cruise) no ano de 1994, de acordo com o livro Transportes tursticos

    (2002).

  • 2.6.2. O Brasil como destino potencial

    Atualmente o principal destino para as companhias de cruzeiro martimo

    o Caribe. A regio j est saturada e as companhias comeam a buscar novos

    destinos para posicionar seus resorts flutuantes, segundo Telma Medeiros Brito

    da Unibero Centro Universitrio Ibero-Americano (2002). O Brasil torna-se um

    candidato natural para os novos navios que em breve estaro em operao por se

    tratar de um pas com boas caractersticas geogrficas e climticas, alm de

    belas riquezas naturais. Portanto, necessrio preparar os mais diversos setores

    para um aumento de ofertas.

    2.6.3. No balano das ondas

    Sete transatlnticos vo passar a temporada de vero no Brasil,

    oferecendo diversos roteiros pelo litoral, de acordo com a Revista poca, n.288

    (2003). So 100 mil leitos disponveis para os mais variados cruzeiros temticos

    oferecidos aos turistas.

    2.7. Terminais Porturios e o Turismo

    Tal como no caso dos aeroportos, os portos tm grande importncia na

    interao entre os modos de transporte e suas regies de influncia, de acordo

    com o livro Transportes tursticos (2002). Os terminais porturios de passageiros

    devem primeiramente oferecer uma infra-estrutura eficiente para a atracao e o

    abastecimento dos navios.

    Dentre as facilidades necessrias para que os portos possam adequar-se

    ao recebimento de passageiros, pode-se citar:

    Plataformas de embarque e desembarque de passageiros;

    Instalaes prprias para a recepo e atendimento, tais como registro de

    entrada e sada, alfndega, etc;

    Instalaes para rgos pblicos e privados de atendimento ao passageiro

    e ao turista;

    Oferta de meios de transporte para que os turistas possam visitar a regio

    prxima ao porto;

    Local destinado aos prestadores de servios de manuteno e

    reabastecimento dos navios.

  • No Brasil, como apenas recentemente as empresas estrangeiras passaram

    a poder efetuar transporte de cabotagem na costa, os terminais porturios ainda

    no esto totalmente preparados para receber os passageiros martimos, estando

    voltados para o transporte de carga.

    2.8. Turismo Fluvial no Brasil

    Alguns rios e canais navegveis ao redor do mundo sempre foram

    considerados como locais tursticos tradicionais. Os cruzeiros fluviais geralmente

    so efetuados em embarcaes que podem variar desde seis at cem

    passageiros, devido pequena profundidade dos rios, exceto o rio Amazonas,

    que capaz de receber at mesmo as maiores embarcaes, de acordo com o

    livro Transportes tursticos (2002).

    No Brasil, a bacia do Amazonas est localizada numa plancie,

    apresentando mais de 23 mil quilmetros de vias naturalmente navegveis. O rio

    Amazonas, o principal desta bacia, provavelmente o que oferece as maiores

    oportunidades para viagens tursticas fluviais, principalmente em funo da

    presena da floresta amaznica.

    No rio Tiet, um dos afluentes do rio Paran, construiu-se a hidrovia Tiet-

    Paran, que tem servido no s para o transporte de soja e de produtos

    industrializados, mas tambm para incentivar o turismo nas regies ribeirinhas.

  • 3. CARACTERIZAO DO PROBLEMA

    3.1. Descrio da empresa

    Empresa de txi areo operador de transporte areo pblico no regular

    regulamentada pelo RBHA 135 (Regulamento Brasileiro de Homologao

    Aeronutica n.135) para o transporte de passageiros entre os locais estabelecidos

    pelo fretador. A Razo Social da empresa Acqua Txi Areo conforme contrato

    social (Apndice A) e o requerimento para constituir uma empresa de txi areo

    (Apndice B), que iniciou suas operaes setembro de 2003. A frota da empresa

    formada por aeronaves Cessna Caravan do tipo anfbio configuradas para oito

    assentos para os passageiros e mais dois para os pilotos (Anexo B).

    3.2. Localizao

    A empresa tem sua base e seu escritrio comercial alocados no aeroporto

    de Jundia (Apndice C). Situado no Estado de So Paulo, considerado o centro

    econmico e industrial mais importante da Amrica do Sul e localizada num ponto

  • estratgico entre a capital e a cidade de Campinas, a empresa tem todo o apoio

    dos servios contratados de manuteno, hangaragem e limpeza das aeronaves

    em uma oficina homologada para aeronaves da Cessna no mesmo aeroporto.

    3.3. Servios

    A empresa realiza o transporte areo com rapidez, conforto e segurana,

    disponibilizando os servios areos a seguir:

    Vos para executivos a negcios ou a passeio;

    Fretamento para filmagens, fotos areas, turismo e vos panormicos.

    A empresa disponibiliza uma sala de coordenao de vos para

    atendimento exclusivo a seus clientes, onde so realizados oramentos,

    planejamento e coordenao geral dos vos.

    Durante o vo, os passageiros podem desfrutar dos servios de bordo

    oferecidos pela empresa. As aeronaves contam com uma revista de bordo em

    todos os assentos. Quando em vo de cruzeiro, est disponibilizada frente de

    todos os assentos um aperitivo, onde o prprio passageiro pode se servir. No

    destino, os passageiros so assistidos pelos prprios pilotos da aeronave, onde

    so desembarcados e conduzidos com segurana ao local pretendido.

    Com a operao de aeronaves anfbias, a empresa leva nossos clientes

    para lugares ainda no explorados pelo transporte areo, visando estabelecer

    ligaes entre os aerdromos e as regies ricas hidrograficamente,

    proporcionando a melhoria e o desenvolvimento do transporte para os vrios

    setores da economia do pas.

    3.4. Misso da empresa

    Atuar no setor de transporte areo de passageiros atendendo s

    necessidades de seus clientes, oferecendo segurana, conforto e um servio

    diferenciado para garantir sua plena satisfao e contribuir com o bom andamento

    da atividade econmica do setor e da sociedade como um todo.

    3.5. Recursos humanos

    A empresa constituda por trs scios, cada qual com um tero da

    sociedade, sendo um deles o diretor geral / presidente.

    A empresa est dividida conforme organograma a seguir:

  • Figura 2 ORGANOGRAMA ACQUA TXI AREO

    Os trs scios fazem parte do organograma acima, sendo eles o

    presidente, o ASV (Agente de segurana de vo) e o Chefe de Operaes, este

    ltimo nomeado vice-presidente.

    Para o setor de operaes, os cargos de chefe de operaes e piloto chefe

    como requeridos no RBHA 135 so de extrema importncia, sendo o chefe de

    operaes uma pessoa qualificada e de muita experincia para elaborar e

    implementar um plano de operaes adequadas para o incio de uma empresa

    com a frota ainda pequena. O piloto chefe o intermedirio entre o chefe de

    operaes, o chefe de manuteno, a coordenao de vos e os pilotos da

    empresa, verificando possveis erros de planejamento que possam ocorrer na

    prtica.

    A manuteno das aeronaves feita por uma oficina homologada e que

    atenda os requisitos para o tipo da aeronave escolhida pela nossa empresa,

    oficina que tambm esta localizada na mesma base de nossas operaes, no

    aeroporto de Jundia. O controle de manuteno de pequenos reparos e o

    encaminhamento das aeronaves da empresa para a oficina contratada feita pelo

    chefe de manuteno, que determina os servios a serem realizados pelo

    mecnico, colocando as aeronaves de acordo e disposio da empresa sempre

    que necessrio. O inspetor responsvel pela liberao das aeronaves perante

    as autoridades competentes. Dentro da manuteno temos tambm um

    Presidente

    ASV Chefe de Operaes Chefe de Manuteno Diretor Administrativo

    Coordenador de vo

    Piloto chefe

    Pilotos

    Responsvel CTM/Biblioteca

    Responsvel Almoxarife

    Inspetor

    Mecnico

  • responsvel pelo CTM (Centro Tcnico de Manuteno) / biblioteca e um

    responsvel pelo almoxarifado.

    Um ASV est ligado aos setores de operaes e de manuteno

    possibilitando um entrosamento entre estes setores e proporcionando uma

    padronizao importante para a segurana de todos os procedimentos da

    empresa, seja na terra, no ar e at mesmo no mar. Este ASV tambm faz parte da

    tripulao da empresa.

    Portanto, a empresa dividida em trs setores, sendo o setor

    administrativo, de operaes, e de manuteno.

    3.5. Recursos materiais

    Os recursos esto divididos entre os setores da empresa. Para o setor

    administrativo, aparelhos de telefone, fax, microcomputador, calculadora e todo

    material para escritrio como canetas, carimbos, etc.

    Para o setor de operaes, as aeronaves do tipo Cessna Caravan C-208

    Anfbio com suas respectivas configuraes, alguns computadores com

    programas especficos para a chefia de operaes e a coordenao de vos.

    O setor de manuteno utiliza aparelhos terceirizados para verificao de

    equipamentos internos e externos da aeronave, compressores para calibragem

    dos pneus, ferramentas especficas para o manuseio de peas aeronuticas.

    3.6. Nmero de empregados

    A empresa tem trs scios. O primeiro sendo o Diretor Geral / Presidente, o

    segundo o ASV e comandante, e o terceiro o Chefe de Operaes.

    Dezesseis empregados fazem parte do quadro de funcionrios da empresa

    distribudos nos seguintes cargos. Um diretor administrativo, subordinado ao

    Diretor Geral / Presidente (scio). Um Piloto Chefe (comandante de aeronave)

    subordinado ao Chefe de Operaes (scio). Um coordenador de vo

    subordinado tambm ao Chefe de Operaes. Seis comandantes e trs co-pilotos

    para as trs aeronaves da empresa, sendo um dos comandantes o Piloto Chefe e

    o outro um ASV (scio). Um engenheiro e um mecnico aeronuticos

    subordinados ao Chefe de Manuteno. Um responsvel pelo CTM/ Biblioteca

    tambm subordinado ao Chefe de Manuteno. Um responsvel pelo

  • almoxarifado subordinado ao responsvel pelo CTM/ Biblioteca. O Diretor

    administrativo conta com uma secretria atendente.

    3.7. Pblico alvo

    O Brasil um pas com grande potencial na rea do turismo,

    ocasionalmente pelo fato de possuir uma variedade de riquezas naturais

    espalhadas por todo territrio nacional. Muitas pessoas desfrutam dessas

    riquezas viajando e conhecendo lugares que proporcionam o prazer e o bem

    estar. Apesar disso, muitos no conseguem usufruir totalmente das riquezas que

    este pas tem a oferecer, s vezes por causa do baixo poder aquisitivo, pela

    dificuldade encontrada em obter um transporte rpido e confortvel, ou at

    mesmo, pela falta de algum meio de transporte para o lugar desejado.

    A empresa preenche essa lacuna existente dentro do mercado de turismo e

    transporte, possibilitando algumas exclusividades quanto ao tipo operao a ser

    feito como tambm a explorao de localidades ainda no alcanadas pelo modal

    areo.

    As agncias de turismo podem oferecer pacotes tursticos diferenciados

    para os lugares em que o transporte areo seja regular ou no regular ainda no

    consegue chegar. Os pacotes de cruzeiros martimos, por exemplo, esto na mira

    da empresa. Para que as pessoas da capital ou do interior do estado queiram

    chegar aos portos onde os navios esto atracados atualmente preciso utilizar o

    meio de transporte rodovirio, perdendo muito tempo no congestionamento das

    estradas tornando o comeo da viagem muito cansativo. Com o uso das

    aeronaves utilizadas pela empresa as agncias podem oferecer esses pacotes

    martimos incluindo a passagem area da origem at o local onde os navios se

    encontram, onde as aeronaves anfbias podem desembarcar o passageiro direto

    da aeronave para o navio. Portanto, as agncias de viagens tm muitas opes

    de pacotes tursticos a oferecer aos seus clientes, tornando-se assim um cliente

    em potencial para a empresa.

    As aeronaves da empresa tambm esto disponveis para o fretamento

    direto, ou seja, para o cliente final. O turismo de lazer ou o turismo de negcios

    so metas da empresa. Fazendeiros podem fretar as aeronaves para o

    deslocamento entre suas fazendas, onde que muitas no possuem pista para o

    pouso, mas sim um grande lago ou rio onde as aeronaves podem amerissar. Para

  • o turismo de lazer, por exemplo, um grupo de surfistas da capital ou do interior

    pode fretar as aeronaves para o litoral onde possam surfar as melhores ondas do

    momento.

    Enfim, o pblico alvo da empresa so as agncias de viagens que queiram

    contratar os servios assim como os clientes interessados no fretamento para os

    diversos fins.

    3.8. Problemas e oportunidades do negcio

    gua, terra e ar, fazem parte da filosofia e vida da empresa, pois sem eles

    no poderia criar asas para voar. Os avies Cessna Caravan permitem pousos e

    decolagens em terra e gua, e um vo seguro e confortvel para as pessoas que

    queiram desfrutar das belas paisagens que os vos proporcionam. A empresa

    leva os clientes para lugares onde os concorrentes no conseguem chegar. Por

    exemplo, em toda a extenso do litoral paulista um grande nmero de praias

    possui suas marinas, clubes e portos os quais permitem a aeronave atracar para

    o embarque e desembarque dos passageiros.

    O propsito da empresa tambm de poder estar ao alcance de pessoas

    que nunca utilizaram um txi areo devido ao seu alto custo. A operao com

    aeronaves de baixo custo operacional e de manuteno, permitem repassar aos

    clientes toda a vantagem de um preo acessvel.

    importante para a empresa manter esse padro de baixo custo instituindo

    um plano bem elaborado para as aeronaves tenham muitas horas de vo e

    fretamentos durante determinados perodos.

  • 4. AMBIENTE MACROECONMICO

    Apesar da crise mundial e do Brasil ainda ser um pas em

    desenvolvimento, o setor de transporte areo executivo do pas possui uma das

    maiores frotas de aeronaves do mundo, alm de ter uma perspectiva positiva para

    o crescimento do mercado, que movimenta cerca de U$ 300 milhes, superior ao

  • PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, estabelecendo uma mdia de 5% ao ano. O

    Brasil atualmente o pas que mais cresce nesse setor da aviao, vindo a ser

    feita neste ano a feira da aviao executiva mundial, a LABACE (Latin American

    Business Aviation Conference & Exhibition), realizada no Transamrica Expo

    Center em So Paulo e com a exposio esttica das aeronaves no Aeroporto de

    Congonhas, graas a parceria entre a ABAG (Associao Brasileira de Aviao

    Geral) e a entidade norte-americana NBAA (National Business Aviation

    Association). Muitas novidades foram mostradas pelos expositores, alm de

    palestras institucionais e especficas na rea da aviao.

    Uma grande vantagem que o pas proporciona no mercado da aviao o

    fato de possuir grande extenso territorial e um grande nmero de aerdromos.

    Muitas empresas areas regionais e as prprias empresas de txi areo esto

    ganhando mercado, atendendo cidades onde as grandes companhias areas no

    operam. Essas empresas possuem estruturas mais simples em comparao a de

    uma companhia area, porm, com o uso de aeronaves de mdio e pequeno

    porte permitem possibilidades de pouso em pistas curtas ou de terra.

    Atualmente o setor de transporte areo no Brasil conta com 351 empresas

    de txi areo distribudas em seus vinte e seis estados, seguramente com maior

    nmero na regio sudeste, por se tratar do plo econmico e industrial do pas. A

    tabela abaixo mostra as empresas distribudas por SERAC (Servio Regional de

    Aviao Civil) no Brasil:

    Tabela 6 EMPRESAS DE TXI AREO NO BRASIL

  • Fonte: Aeromagazine n.104. p.36

    No entanto, um dos motivos que acaba afetando o fretamento de

    aeronaves no Brasil so as oscilaes da economia e o regime recessivo em que

    vivemos. Alm da desvalorizao do real, que s trouxe benefcios aos setores de

    exportao, o combustvel tem aumentado muito nos ltimos anos,

    conseqentemente elevando os custos das empresas de transporte areo.

  • 5. PESQUISA DE MERCADO

    O transporte areo no Brasil, ainda em fase de crescimento, encontra

    dificuldades na ligao entre muitas localidades almejadas por empresrios e

    executivos. Por isso, a aviao executiva essencial para a realizao de

    negcios, particularmente num pas com as dimenses continentais como o

    Brasil.

    O turismo tambm faz parte do plano das empresas de txi areo, onde

    que muitos turistas utilizam de seus servios como um complemento modal,

    levando aos lugares definidos por eles mesmos.

    De acordo com o DAC (Departamento de Aviao Civil) existe no estado de

    So Paulo, no SERAC 4, cerca de setenta e cinco empresas de txi areo

    realizando diversos tipos de fretamento de suas aeronaves.

    A princpio a Acqua Txi Areo opera nos aeroportos administrados pelo

    DAESP (Departamento Aerovirio do Estado de So Paulo), no litoral e nas

    regies dos grandes lagos e rios do Estado de So Paulo. Porm as aeronaves

    que so utilizadas pela empresa tem um alcance de setessentos e noventa milhas

    nuticas (1.492 Km), podendo operar partindo da base em Jundia para as

    principais cidades de outros estados mais prximos de So Paulo sem a

    necessidade de fazer escala. Portanto, cidades como Porto Alegre no Rio Grande

    do Sul, Florianpolis em Santa Catarina, Curitiba no Paran, Palmas em

    Tocantins, Salvador na Bahia, Campo Grande no Mato grosso do Sul esto ao

    alcance da empresa.

    5.1. Sazonalidade

    A participao no mercado de turismo de grande importncia para a

    empresa. Foi estabelecido parcerias com as principais agncias de turismo da

    cidade de Jundia, tendo como opo as agncias de outras cidades. O

    fretamento das aeronaves por parte das agncias so determinados pelos

    pacotes oferecidos aos clientes das mesmas, estando passveis de lidar com a

    sazonalidade.

    Portanto, no vero estimado forte movimento de aeronaves com destino

    ao litoral paulista, com seus seissentos e vinte dois quilmetros de praias de

    todos os tipos e tamanhos. No litoral norte as praias se espalham em torno de

  • municpios como Bertioga, So Sebastio, Caraguatatuba e Ubatuba, e em ilhas

    como a Ilha Bela, paraso de surfistas e velejadores. No litoral sul, em torno das

    cidades de Iguape e Canania, onde tambm esto preservadas algumas reas

    naturais mais importantes do planeta. Alm das praias, os cruzeiros martimos de

    frias indicam forte movimento de turistas para o litoral, com sadas nos principais

    portos do pas. A tabela abaixo mostra um aumento significativo de cruzeiros

    martimos no Brasil:

    Tabela 7 TURISMO NUTICO: NMERO DE NAVIOS E ESCALAS

    Fonte: Capitania dos Portos (Ministrio da Marinha)

    Vale lembrar tambm o turismo no pantanal, destinado principalmente a

    pescaria, sendo o melhor perodo entre agosto e outubro.

    Devido quantidade de rios, lagos e praias na geografia brasileira, a

    operao de aeronaves anfibios no transporte de passageiros proporciona

    facilidades e vantagens nunca vistas antes, permitindo melhores condies de

    comodidade ao passageiro, deinxando-o exatamente no local pretendido.

    5.2. Concorrncia

    Os concorrentes esto divididos como diretos e indiretos. A concorrncia

    direta esta ligada as empresas de txi areo que executam fretamentos de

    aeronaves para o transporte de passageiro. Os fretamentos so feitos por

    diversos modelos e tipos de aeronaves, de asa fixa ou rotativa.

    De olho na fidelidade de seus clientes as duas maiores empresas desse

    mercado, a Lder Txi Areo e a TAM, investem cada vez mais em servios

    personalizados como hangaragem, equipamentos de rampa para todos os tipos

    de avies e helicpteros, salas vips com internet, TV, fax e copiadora, sala de

    reunies, sala de treinamento, banheiros, equipes especializadas de limpeza,

    comissaria independente, estacionamento coberto, vigilncia eletrnica,

    restaurantes, banco, dormitrios, van para transporte terrestre, alm de escritrios

  • exclusivos para clientes com aeronaves hangaradas. Os preos para o fretamento

    variam de acordo com o tipo de aeronave desejada. No caso dos avies, os

    preos variam de R$8,00 a R$22,80 o quilmetro voado, sendo que as mais

    baratas so as aeronaves turbolice Caravan e o bimotor Bandeirante. No rol dos

    mais caros, os jatos Cessan Citation e Raytheon Hawker. A tabela abaixo define o

    preo encontrado no mercado:

    Tabela 8 QUANTO CUSTA FRETAR AVIES E HELICPTEROS

    Fonte: Aeromagazine n.104. p.39

    A fidelidade e a freqncia, como em outras relaes comerciais, podem

    ajudar a reduzir os preos. Empresas como a Morro Vermelho Txi Areo, por

  • exemplo, trabalham com uma carteira fixa de empresas, com contratos pr-

    determinados, no estando aberta ao atendimento de balco.

    Alm do transporte de passageiros, as empresas de txi areo podem

    atuar em outras frentes, desde que cumpra os requisitos tcnicos para

    homologao da aeronave, certificao da empresa e habilitao dos tripulantes

    em cada uma delas.

    Os concorrentes indiretos podem ser considerados outros meios de

    transporte como o rodovirio, ferrovirio e o aquavirio. O rodovirio se destaca

    como principal concorrente indireto, pelo fato do pas possuir quantidade

    significativa de estradas e por fim grande oferta de empresas de transporte

    rodovirio nesse mercado, alm de oferecer um preo mais acessvel aos

    usurios, apesar de no obter a mesma rapidez do modal areo.

  • 6. PLANEJAMENTO

    6.1. Planejamento Administrativo

    O planejamento administrativo da Acqua Txi Areo est dividido em

    setores que visam gerar objetivos especficos, criando assim mtodos que

    qualificam aprimorar o comportamento dos funcionrios e as atitudes tomadas

    durante os processos de vendas, compras, despesas e estoque, facilitando o

    dilogo entre a empresa e as agncias de viagem, estabelecendo vnculos

    administrativos com novas empresas a fim de gerar contatos com

    administradores de Agncias.

    6.1.1. Controle de vendas

    Em parceria com as agncias de viagem o fretamento das aeronaves da

    empresa est diretamente relacionado com os pacotes vendidos pelas mesmas e

    de acordo com a demanda do turismo. Por tanto, o sistema de vendas est

    atrelado s estatsticas e projees dos rgos, instituies e empresas do setor

    turstico, adequando-se ao comportamento do mercado conforme a sazonalidade

    e outros parmetros existentes. Adotando para tal, softwares que facilitam a troca

    de informaes entre as empresas de turismo contratantes da Acqua Txi Areo,

    garantindo segurana operacional, alm de tambm garantir eficincia

    administrativa, com o devido planejamento baseado nas informaes geradas por

    estes programas.

    6.1.2. Controle de compras

    O controle de compras permite que a empresa distribua melhor sua compra

    para os perodos seguintes, tomando como base as previses de vendas e os

    compromissos assumidos. Usando para tal fim diagonais de estoque de compras,

    facilitando a administrao destes suprimentos empresa, impedindo a falta de

    qualquer tipo de material, seja de cunho administrativo, comercial, gerencial e, ou,

    operacional.

  • 6.1.3. Controle de despesas

    O controle de despesas tem como objetivo acompanhar os gastos mensais,

    bem como verificar cada item da empresa, permitindo adotar medidas de

    conteno de gastos caso a empresa esteja extrapolando e desperdiando seus

    recursos. Adotando para tal, reunies mensais que visam o entrosamento entre

    todos os setores da empresa, tanto administrativo quanto contbil, estabelecendo

    metas e objetivos a nvel gerencial, para que as tomadas de deciso sejam

    baseadas em fatos reais.

    6.1.4. Controle de estoque

    O controle de estoque tem como objetivo informar, garantir e armazenar de

    acordo com requisitos especficos as peas e equipamentos bsicos das

    aeronaves para uma eventual reposio que possa ocorrer durante as operaes

    efetuadas em um determinado tempo de servio, sendo feito por pessoal

    devidamente qualificado em gesto de logstica.

    6.1.5. Estratgia administrativa

    Para o sucesso da empresa, foram adotados os seguintes fatores

    estratgicos na administrao geral:

    Habilidade de atrair e manter uma alta administrao com tima qualidade;

    Desenvolvimento de futuros executivos;

    Desenvolvimento de melhor estrutura organizacional;

    Desenvolvimento de melhor programa de planejamento a longo prazo;

    Obteno de novos instrumentos quantitativos e tcnicos para a tomada de

    deciso;

    Garantia de melhor julgamento, criatividade e imaginao nas tomadas de

    deciso;

    Habilidade de usar tecnologia da informao para soluo de problemas e

    planejamento;

    Habilidade de usar a informtica para manuseio de operaes e controle

    financeiro;

    Habilidade de perceber novas necessidades e oportunidades para os

    produtos e servios da empresa;

  • Habilidade de motivar o impulso administrativo visando aos lucros.

    6.2. Planejamento Comercial

    Voar com prazer motivo de orgulho para a Acqua Txi Areo, onde os

    clientes so recebidos com a ateno desejada, tendo a sua disposio pessoas

    altamente qualificadas e competentes para a execuo total dos recursos que a

    empresa pode oferecer.

    Para que os clientes se identifiquem com a empresa foi criado um logotipo

    de acordo com o tipo de operao feita pela empresa e suas respectivas

    aeronaves (Apndice D).

    6.2.1. Estratgia mercadolgica

    Investir para crescer faz parte da filosofia da empresa. A Acqua Txi Areo

    entra para o mercado procurando melhorar os servios de transporte areo para

    obter forte participao no mercado juntamente com um preo acessvel ao

    pblico alvo. Sero utilizadas ferramentas de comunicao de marketing

    (promoo de vendas e propaganda) em parceria com as agncias de viagem e

    turismo.

    6.2.2. Poltica de preo

    A operao com aeronaves de baixo custo operacional, e de manuteno,

    permite repassar aos clientes toda a vantagem de um preo acessvel (Apndice

    E). Isso tambm possvel, pois pacotes tursticos vendidos pelos agentes de

    viagem fazem com que as aeronaves voem uma quantidade de horas acima da

    mdia, permitindo uma reduo significativa no custo operacional da hora de vo.

    O transporte areo, alm de rpido e de alta qualidade, est ao alcance de quem

    nunca acreditou que poderia trocar as estradas pelo ar.

    6.2.3. Canais de distribuio

    Para a venda direta as opes de fretamento das aeronaves podem ser

    feitas pela Internet ou na prpria base comercial da empresa onde as

    recepcionistas esto prontas para o atendimento.

  • A venda indireta efetuada por meio das agncias de viagem as quais

    podem oferecer pacotes com vos para os locais desejados ou vos panormicos

    durante a estadia de seus clientes.

    6.2.4. Propaganda e promoo

    Como estratgia de comunicao de marketing a empresa faz propaganda

    de seus servios nas revistas especializadas no turismo tendo como foco os

    resorts, hotis e operadoras de cruzeiros martimos, alm de estabelecer vnculos

    com vrias agncias de viagem.

    Foi criada uma pgina da empresa na Internet com o intuito de mostrar aos

    acessados o que a empresa pode oferecer. Os servios oferecidos nesse site vo

    desde notas explicativas de como as aeronaves operam at a venda do bilhete de

    acordo com o sistema adquirido pelo comprador e o destino escolhido.

    6.3. Planejamento Operacional

    O planejamento operacional envolve toda a estrutura fsica e de conduta da

    empresa, especificando os principais elementos e suas funes. O treinamento do

    pessoal e a segurana de vo esto de acordo com o PPAA (Programa de

    Preveno de Acidentes Aeronuticos) feito e adotado pela empresa (Apndice

    F). As regras e normas internas da empresa estaro estabelecidas no MGO

    (Manual Geral de Operaes) conforme normas de instruo da IAC 3535-135

    (Anexo C)

    6.3.1. Frota de aeronaves

    A frota de aeronaves da empresa formada por trs aeronaves Cessna

    Caravan Anfbio pintadas nas cores da empresa (Apndice G), homologadas e

    registradas no DAC, configuradas no modo Single Seat Rows, para oito

    passageiros (Anexo C).

    6.3.2. Custos de operao da aeronave

    O clculo de custo est baseado no dlar a R$ 2,90 em um ano de

    operao com uma mdia de 420 horas de vo, a partir da data de

    nacionalizao, sem correes dos valores de combustvel e outras taxas que

  • possam variar, sendo necessrias correes posteriores, detalhados na tabela

    logo abaixo:

    Tabela 9 CUSTO OPERACIONAL DE UMA AERONAVE

    Para cada aeronave da empresa foram utilizados os parmetros

    essenciais que fazem parte do custo operacional durante certo perodo, sendo de

    extrema importncia para as futuras projees financeiras. Para os custos

    variveis foram inclusos os seguintes dados:

    Preo do querosene por litro de US$ 0,62 com consumo por hora voada de

    210 litros;

    Taxas aeroporturias e de navegao de US$ 34,48 ao ms;

  • Manuteno/ hora de US$ 0,55;

    Partes/ hora de US$ 32,00;

    Labor/ hora de US$ 37,93.

    Para os custos fixos:

    3 tripulantes para cada aeronave sendo dois comandantes e um co-piloto

    com salrios de R$ 2.100,00 e R$ 1.000,00 respectivamente e encargos

    sociais de 102% ao ms (na tabela acima j esto includos o 13salrio e

    frias);

    Para o servio de comissaria est a disposio um refrigerante, amendoim,

    barra de cereal e uma revista para cada assento de passageiro da

    aeronave;

    Seguro de 0,3% ao ano aps os 0,9% dos trs primeiros anos j pagos no

    ato do fechamento;

    Hangaragem com servio de lavagem e polimento inclusos a cada 35

    horas de vo;

    Leasing de 80% do valor da aeronave (1.440.000,00) debitado

    mensalmente, com juros de 3.4% ao ano;

    O custo por quilmetro voado para a Acqua Txi Areo de US$ 2,67, ou

    seja, R$ 7,73, sendo a margem de lucro adotado pela empresa de 9.9% e o

    quilmetro vendido a R$ 8,50.

    6.4. Planejamento financeiro

    O investimento inicial para o funcionamento da Acqua Txi Areo foi

    baseado nas projees de capital feitas de acordo com o nmero de aeronaves

    utilizadas em sua frota. Para este planejamento foi tomado como referncia as

    DREs (Demonstrativo de Resultado do Exerccio), uma operando com duas

  • aeronaves, e a outra com trs aeronaves, sendo que as duas DREs usam o

    mesmo tipo de aeronave, conforme tabelas abaixo:

    Tabela 10 DEMOSNTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCCIO (2 aeronaves)

    Tabela 11 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCCIO

    (3 aeronaves)

  • Pelo estudo das DREs acima, ou seja, as duas propostas elaboradas no

    planejamento financeiro foi assumida a proposta de operao com trs

    aeronaves, pelo fato da empresa j no segundo ano operar com lucro de acordo

    com as projees.

    Para o investimento inicial foi feito um levantamento de todos os recursos

    que a empresa necessitaria para sua abertura, permitindo uma anlise detalhada

    de toda sua estruturao de acordo com as tabelas abaixo:

    Tabela 12 INVESTIMENTO INICIAL (ESTRUTURA DA EMPRESA)

    Tabela 13 INVESTIMENTO INICIAL (AERONAVE)

  • O valor de investimento inicial para a parte estrutural da empresa incluiu a

    primeira parcela do aluguel do escritrio comercial assim como todos os

    equipamentos (computadores, bebedouro refrigerado, frigobar e mquina de caf)

    e mveis (mesas, cadeiras e arquivos) adquiridos no ato, alm dos materiais de

    escritrio e os produtos de limpeza, somando um total de US$ 6.234,41.

    A Tabela 13 demonstra o quanto de capital inicial foi investido para a frota

    das aeronaves da empresa. O valor para o financiamento foi de 80% do valor da

    aeronave com preo estipulado em US$ 1.800.000,00. Por tanto para a entrada

    foram gastos US$ 360.000,00 para cada aeronave, restando o valor de US$

    1.440.000,00 para o financiamento. Uma taxa de estruturao de 1,25% do

    montante financiado, que corresponde a US$ 18.000,00 por aeronave, foi pago

    arrendadora. A empresa arcou com os custos e despesas das transaes das

    aeronaves (Honorrios advocatcios de consultores jurdicos e custos judiciais dos

    Estados Unidos e do Brasil) no valor de US$ 8.000, 00 por aeronave. Foram

    pagos trs anos de seguro para cada aeronave, no valor de 0,9% do preo total

    da aeronave. Por ltimo a mensalidade do hangar para cada aeronave no valor de

    US$ 200,00 includo os servios de limpeza e polimento.

    O capital inicial total para abertura da empresa foi de US$ 1.213.552,41,

    divididos entre os scios em 3 parcelas iguais de 33%, ou seja, US$ 404.517,47

    para cada scio.

    A tabela abaixo mostra que o retorno do investimento inicial pela projeo

    de payback ser dado em oito anos e meio, um ano e meio antes do trmino do

    leasing das aeronaves, sem as devidas correes monetrias ao longo dos anos.

  • Tabela 14 - PAYBACK

    Com base nos clculos de valor presente a empresa mostra que sua

    rentabilidade maior que uma aplicao de 9% ao ano, proporcionando um

    investimento financeiro ideal longo prazo, como mostra a tabela abaixo:

    Tabela 15 VALOR PRESENTE

    A mdia anual da IRR (Taxa Interna de Retorno) durante os dez anos

    representa uma rentabilidade de 14,38% ao ano, ou seja, 5% maior que uma

    aplicao bancria com mdia de 9% ao ano. O IRR pode ser observado

    conforme tabela a seguir:

  • Tabela 16 TAXA INTERNA DE RETORNO

    7. CONCLUSO

    A anlise integral de todos os dados apresentados durante a montagem da

    empresa, vai de encontro expectativa inicial da confeco do mesmo. A

    aparente dificuldade de implantar se faz real a partir do momento do incio da

    empresa. Nota-se tambm que a persistncia se faz necessrio neste tipo de

    mercado, onde a concorrncia altamente eficaz e destrutiva.

    O retorno dos investimentos iniciais aplicados na Acqua Txi Areo foi

    previsto para oito anos e meio, com perspectiva de lucro a partir do segundo ano

    da implementao, inicialmente utilizando trs aeronaves do modelo Cessna

    Caravan Anfbio.

    As anlises econmicas e financeiras demonstram a garantia de

    rentabilidade do investimento, que dever ser superada com conhecimento dos

    empreendedores baseada em senso cientfico, com um conselho especfico,

    julgando as necessidades de mercado e tendncias.

    H um grande mercado no setor aeronutico que precisa ser explorado, e

    cabe a aqueles que enxergam este mercado apostar fielmente e preencher essas

    lacunas que h em nosso territrio nacional.

  • Conclui-se que este projeto vivel dentro do setor de transporte areo,

    no somente como um competidor, mas tambm como uma somatria de modal

    para o sistema de transporte no Brasil, por se tratar de uma empresa inovadora.

    REFERNCIAS

    ALMEIDA, Fernando. Cada lago, uma pista. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.111, ago. 2003. 14-20 ALVIM, Flvio. Turismo no Brasil. On-line. Disponvel em: www.estudosturisticos.com.br Acesso em: 14 nov. 2003. ANLISE FINANCEIRA on-line. Disponvel em: www.sebrae.com.br Acesso em: 18 nov. 2003. BARROS, Rubem. Coquetel amargo. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.104, jan. 2003. 34-37 BARROS, Rubem. O Seleto mundo dos vos fretados. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.104, jan. 2003. 38-39 UNIBERO CENTRO UNIVERSITRIO IBERO-AMERICANO. Boletim de turismo e administrao hoteleira, 2002, vol.11, n.1, 84-91 ELES no escolhem pistas. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.111, ago. 2003. 47

  • EMPRESAS sobre asas. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.111, ago. 2003. 32-35 GOULIAS, Mitsi. No balano das ondas. Revista poca. So Paulo: Globo, n.288, nov. 2003. 70-71 IAC 3535-135. On-line. Disponvel em: www.dac.gov.br Acesso em: 17 set. 2003. KLOTZEL, Ernesto. Fretar ou comprar, o que melhor? Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.112, set. 2003. 34-36 KLOTZEL, Ernesto. Vitrine estratgica. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.106, mar. 2003. 34-37 MARTIMA CRUZEIROS On-line. Disponvel em: www.estudosturisticos.com.br Acesso em: 14 nov. 2003. MUITO mais do que meras oficinas. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.111, ago. 2003. 48-49 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouas de. Planejamento estratgico. So Paulo: Atlas, 2002. 210-211. OLIVEIRA, Gesner. Turismo e Desenvolvimento. On-line. Disponvel em: www.estudostursticos.com.br Acesso em: 14 nov. 2003. PALHARES, Guilherme Lohmann. Transportes tursticos. So Paulo: Aleph, 2002. 263-264. 270-271. RBHA 135. On-line. Disponvel em: www.dac.gov.br Acesso em: 17 set. 2003. SCHELP, Diogo. Um perfil dos estrangeiros que visitam o Brasil. Revista Veja. So Paulo: Abril, ano 36, n.42, 22 out. 2003. 80-82. TEICH, Daniel. O dono dos pacotes. Revista Veja. So Paulo: Abril, ano 36, n.45, 12 nov. 2003. 64-66. TORRICO, Ricardo. Devagar e sempre. Revista Aeromagazine. So Paulo: Nova Cultural, n.104, jan. 2003. 40-41 ZAKABI, Rosana. Comodidade e preos acessveis incrementam o ecoturismo. Revista Veja. So Paulo: Abril, ano 36, n.43, 29 out. 2003. 116-118.

  • APNDICES

  • Apndice A Contrato social

  • Pelo presente instrumento de contrato de constituio de Sociedade Empresaria na forma e tipo de sociedade limitada, Rogerio Cristi Antonelli dos Santos, brasileiro, maior, gestor de empresa area, portador do RG n 00.000.000-X - SSP/SP e CPF n 000.000.000-00, residente e domiciliado Rua Aude , n 04, Penha CEP: 03735-140, So Paulo SP; Fbio Jannuzzi Arato, solteiro, gestor de empresa area, portador do RG n 00.000.000 SSP/SP e CPF n 000.000.000-00, residente e domiciliado Rua xxxxxxxx, n 00 - Centro - CEP: 00000-000, na Cidade de So Paulo SP e Fbio Medeiros Perez, solteiro, gestor de empresa area, portador do RG n 00.000.000 SSP/SP e CPF n 000.000.000-00, residente e domiciliado Rua xxxxxxxx, n 00 - Centro - CEP: 00000-000, na Cidade de So Caetano SP tem entre si justo e contratado a constituio de uma Sociedade Empresaria mediante clusulas e condies, a saber:

    CLUSULA PRIMEIRA - DA DENOMINAO E SEDE.

    A sociedade girar sob a denominao social de ACQUA TXI AREO LTDA., tendo sua sede e foro na Cidade de Jundia, Estado de So Paulo com endereo na Rua xxxxxxxxx, s/n - sala 00 - Centro, CEP: 00000-000

    CLAUSULA SEGUNDA - DO OBJETIVO E PRAZO.

    DO OBJETIVO A sociedade tem por objetivo a explorao de transporte areo de pessoas e cargas na modalidade de txi areo.

  • DO PRAZO O prazo de durao da Sociedade indeterminado, comeando a funcionar aps a aprovao e a autorizao pelo Departamento de Aviao Civil, do Comando da Aeronutica e competente registro na forma da Lei.

    CLAUSULA TERCEIRA - DO CAPITAL, SUA SUBSCRIO E INTEGRALIZAO.

    SUBCLUSULA PRIMEIRA - DO CAPITAL.

    O Capital social US$ 1.213.352,41

    SUBCLUSULA SEGUNDA - DA SUBSCRIO E INTEGRALIZAO.

    O scio Rogerio Cristi Antonelli dos Santos subscreve a importncia de US$ 404.517,47 correspondente a 33% do capital investido. O scio Fbio Jannuzzi Arato subscreve a importncia de US$ 404.517,47 correspondente a 33%. O scio Fbio Medeiros Perez subscreve tambm a importncia de US$ 404.517,47 que corresponde a 33%. O capital ser integralizado, em moeda corrente Americana.

    CLUSULA QUARTA - DA OBRIGATORIEDADE.

    Obrigatoriamente, 4/5 (quatro quintos) do Capital social pertencero sempre a brasileiro, conforme prev a legislao em vigor, e a direo ser confiada exclusivamente a brasileiros residentes e domiciliados no Pas.

    CLUSULA QUINTA - DA RESPONSABILIDADE DOS SCIOS.

    A responsabilidade dos scios restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social, nos termos da legislao em vigor.

    CLUSULA SEXTA - DA ADMINISTRAO.

    Fica investido na funo de Administrao da Sociedade os trs (3) scios descrito no contrato .

    CLUSULA STIMA - DAS DELIBERAES DOS SOCIAIS.

    As deliberaes sociais podero ser tomadas pelo scio que represente a maioria absoluta do Capital Social da Sociedade.

    CLUSULA OITAVA - DA DISSOLUO E LIQUIDAO DA SOCIEDADE.

    A Sociedade se dissolver nos casos previstos pela legislao em vigor.

  • SUBCLUSULA PRIMEIRA

    Ao scio que no desejar continuar na Sociedade facultado pleitear o pagamento do seu capital e dos lucros eventuais, sendo que estes sero apurados mediante balano especial a ser levantado 30 (trinta) dias aps a deciso, podendo a Sociedade deduzir as eventuais perdas, se forem apuradas.

    SUBCLUSULA SEGUNDA

    As transferncias de cotas ou de aes s podero ser efetuadas aps o prvio consentimento do Departamento de Aviao Civil.

    CLUSULA NONA - DO EXERCCIO SOCIAL.

    O exerccio social encerrar-se- no dia 31 de dezembro de cada exerccio e ser elaborado o inventrio, bem como o balano patrimonial e de resultado econmico da sociedade, que ser submetido ao exame e aprovao dos quotistas. Os lucros e perdas apurados sero distribudos, em partes proporcionais ao nmero de quotas, ou mantidos em suspenso na Sociedade, em conta a ttulo especfico, desde que assim deliberarem os scios, dando-se a eles o fim que se determinar, obedecendo legislao pertinente.

    CLUSULA DCIMA - DAS RETIRADAS DOS SCIOS.

    A ttulo de "pr-labore" os scios podero fazer uma retirada mensal, entre eles estabelecida, desde que observados os limites permitidos pela legislao competente em vigor.

    CLUSULA DCIMA PRIMEIRA - DO FORO.

    Os contratantes elegem o Foro da Cidade de Santos, no Estado de So Paulo, para dirimir as questes resultantes do presente contrato, rejeitando-se outro qualquer, por mais privilegiado que seja.

    CLUSULA DCIMA SEGUNDA - DOS CASOS OMISSOS.

    Os casos omissos sero regidos pelo que dispe a legislao em vigor, e as pendncias que por ventura surgirem sero resolvidas de comum acordo, podendo os scios nomear rbitro comum para dirimi-las. E, estando assim justos e acordados, obrigam-se a cumprir fielmente o presente contrato em todos os seus termos e condies, assinando-o em 05 (cinco) vias de igual teor e forma, para um s efeito, juntamente com as testemunhas abaixo.

    Local e data,

  • Assinatura, nome e CPF

    Assinatura, nome e CPF

    Assinatura, nome e CPF

    Testemunha

    Assinatura, nome e CPF

    Assinatura, nome e CPF

  • Apndice B - Requerimento para constituir uma empresa de txi areo

    EXMO. SR. DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE AVIAO CIVIL

    Rogerio Cristi Antonelli dos Santos, brasileiro, solteiro, Gestor de empresa area, residente e domiciliado Rua XXXXX, XX, bairro Penha, CEP: XXXXX-XXX, Cidade de So Paulo, Estado de So Paulo, portador da RG n 00.000.000-X/SSPSP e CPF XXXXXXXXXXX186053358-23, Fbio Jannuzzi Arato, solteiro, Gestor de Empresa Area, residente e domiciliado Rua XXXXXXXX, n XX, bairro Santa Ceclia, CEP: XXXXX-XXX, na cidade de So Paulo, estado de So

  • Paulo, portador da RG n XX.XXX.XXX/SSPSP e CPF XXXXXXXXXX, e Fbio Medeiros Perez, solteiro, Gestor de Empresa Area, residente e domiciliado Rua XXXXXXXX, n XX, bairro XXXXXXXXXXXXXX, CEP: XXXXX-XXX, na cidade de So Caetano, estado de So Paulo, portador da RG n XX.XXX.XXX/SSPSP e CPF XXXXXXXXXX requerem a V.Exa. se digne autorizar o funcionamento da ACQUA TXI AREO LTDA., de acordo com a Portaria n 190/GC5, de 20 de maro de 2001, tendo sua sede e foro na Cidade de Santos, Estado de So Paulo com endereo na Rua xxxxxxxxx, s/n - sala 00 - Centro, CEP: 00000-000

    N. Termos P. Deferimento

    So Paulo-SP., ____/____/_____

    _____________________________ Rogerio Cristi Antonelli dos Santos

    _____________________________ Fbio Jannuzzi Arato

    _____________________________ Fbio Medeiros Perez

  • Apndice C Foto ilustrativa do escritrio comercial

  • Sala de recepo da Acqua Txi Areo

  • Apndice D Logotipo Acqua Txi Areo

  • O nome acqua refere-se gua (em grego), est escrita em dobrado para baixo esquerda,

    acompanhado de uma representao em forma de onda e trs gotas esquerda com trs tonalidades.

    Fonte (acqua): Monotype corsiva, negrito, itlico

    Configurao das cores:

    Acqua1 (R - 9, G - 66, B - 155) Acqua2 (R - 131, G - 181, B - 230) Onda (R - 133, G - 132, B - 174)

    Gota - lils (R - 51, G - 57, B - 153) Gota - azul (R 141, G - 228, B - 255)

    Gota - branca (R - 255, G - 255, B - 255)

    Fundo: Branco

    Acompanhamento (txi areo): Arial, negrito

  • Apndice E Fretamento (Estado de So Paulo)

  • Apndice F PPAA (Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos)

    INTRODUO.

  • Este PROGRAMA DE PREVENO DE ACIDENTES AERONUTICOS

    tem como objetivo disseminar a filosofia de segurana de vo e, a importncia da

    aplicao desses conhecimentos por todo o pessoal envolvido na atividade area,

    de modo a tornar a operao mais segura, com objetivo da preservao dos

    meios pessoais e, materiais, bem como incrementar a qualidade da preveno de

    acidentes aeronuticos, atravs de aes devidamente programadas, adequando

    este programa s caractersticas e peculiaridades da ACQUA TAXI AREO

    LTDA.

    O PROGRAMA DE PREVENO DE ACIDENTES AERONUTICOS da

    ACQUA TAXI AREO LTDA., ser atualizado sempre que a atividade venha

    sofrer alteraes significativas, tais como a entrada de novo equipamento ou

    instalaes operacionais, mudana em sistemtica de treinamento, ocorrncia de

    acidente ou incidente significativo, alm de outros.

    A preveno de acidentes e de incidentes aeronuticos um conjunto de

    atividades voltadas para a conscientizao de sua importncia na preservao da

    vida humana e, dos bens materiais da empresa.

    Para isso importante que as pessoas entendam que a PREVENO no

    visa restringir a atividade area, mas fazer com que o vo, transcorra dentro dos

    parmetros e normas previstos.

    Dessa maneira o conhecimento da filosofia de segurana de vo por todas as

    pessoas envolvidas na atividade area ir contribuir para a eliminao dos riscos

    de incidentes ou acidentes aeronuticos.

    A sua vigncia de 01 (um) ano, a partir da data de sua efetivao.

    PRINCIPIOS FILOSFICOS DA PREVENO DE ACIDENTES AREOS

  • 1. Todo Acidente pode ser evitado.

    H quem pense que determinado acidente inevitvel, porm, ao

    estabelecer-se a relao entre os fatores contribuintes para a sua ocorrncia e

    os seus efeitos, verifica-se que no acontece por fatalidade, mas decorrente

    da seqncia de acontecimentos que se relacionam aos aspectos dos fatores

    humanos.

    2. Todo acidente resulta de uma seqncia de eventos e nunca de uma

    causa.

    O acidente no o resultado da manifestao de um nico risco ou

    nenhuma situao perigosa, sendo sempre o resultado da combinao, em

    seqncia, de vrios riscos que se unem em um nico processo, atuando

    como fatores contribuintes que, se considerados de forma isolada, podem

    parecer de pouca importncia.

    3. Todo Acidente tem um precedente.

    Nenhum acidente original uma vez que, ao compararmos uma ocorrncia

    recente com outra j ocorrida h vrios anos, sempre poder ser estabelecida

    uma relao atravs da semelhana de fatores contribuintes, ou seja, no

    processo de formao do acidente.

    4. Preveno de acidentes requer mobilizao geral.

  • A Preveno de acidentes no produz os efeitos desejados se no sob a

    forma de mobilizao geral, pois para que sejam alcanados os seus

    objetivos, necessrio que todos na Empresa, sem distino conheam, e

    tenham conscincia da importncia e necessidade, querendo participar de um

    esforo global.

    5. Preveno de acidentes no restringe o vo, ao contrario, estimula o

    seu desenvolvimento com segurana.

    Para aqueles que no conhecem, ou no tem conscincia dos riscos

    envolvidos na atividade e do valor do trabalho de preveno de acidentes, o

    estabelecimento de medidas preventivas pode parecer uma ao restritiva ao

    desenvolvimento do vo. Isso no verdadeiro uma vez que a preveno de

    acidentes pretende, pela obteno de altos nveis de segurana, estimular o

    desenvolvimento da atividade area, porem, fazendo-se o que deve ser feito

    da maneira como foi definido que deveria ser feito, eliminando-se, assim,

    aes sem base tcnica ou operacional.

    6. Os diretores so os principais responsveis pela segurana.

    Todos somos responsveis pela preveno de acidentes porm, inerente a

    alta administrao, a responsabilidade da preservao dos recursos tcnicos -

    operacionais da Empresa, uma vez que o poder decisrio emana de quem tem

    capacidade de prover os recursos necessrios para o desenvolvimento da

    atividade.

    7. Em preveno de acidentes no a segredos nem bandeiras.

  • As experincias e os ensinamentos obtidos atravs do desenvolvimento da

    preveno de acidentes em qualquer parte do mundo esto disponveis para

    quem deles necessitar uma vez que qualquer risco gerado na aviao tem

    caractersticas globais e suas conseqncias tambm podem se manifestar de

    uma forma global.

    8. Acusaes e punies agem diretamente contra os interesses da

    Preveno de Acidentes.

    A investigao tcnica de segurana de vo conduzida, conforme a OACI

    define em seu Anexo 13, como uma ao, cujo propsito deve ser,

    exclusivamente, a preveno de acidentes, no havendo portanto o propsito

    do estabelecimento de culpa, que inerente das aes policiais e jurdicas,

    exercida por aqueles que tem responsabilidade de proteger a sociedade.

    Entretanto essa ao no deve ser confundida e, portanto, deve ser conduzida

    de forma independente das aes especificas de segurana de vo.

    AMBITO E DIVULGAO.

  • Este Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos aplica-se a todos os setores da ACQUA TAXI AREO, devendo ser amplamente divulgado a todo pessoal que neles trabalha uma vez que, atravs dele, so atribudas responsabilidades especficas. O PPAA ser distribudo aos seguintes setores da Empresa e funes da

    Empresa:

    Diretor Administrativo/ BASE JUNDIAI (NICA) Agente de Segurana de Vo/ BASE JUNDIAI (NICA). Chefe de Operaes/ BASE JUNDIAI (NICA). Chefe de Manuteno/ BASE JUNDIAI (NICA). Mecnico de Manuteno Aeronutica - Asa Fixa Encarregado de CTM / Biblioteca Tcnica /BASE JUNDIAI (NICA). Coordenador de Vo/ BASE JUNDIAI (NICA)

    *Observao: A divulgao no mbito de cada setor compete ao seu responsvel

    e deve ser feita de acordo com o envolvimento especifico na Operao.

    CRITRIOS DE ELABORAO.

  • O PPAA o documento que estabelece aes e responsabilidades

    voltadas para a segurana de vo, baseado nas normas de segurana do

    CENIPA (NSMA 3-3) e diretrizes do DAC (IAC 013-1001).

    Para sua elaborao, foram observados os tipos de atividade area; os

    equipamentos Areos e o Pessoal empregado para a atividade area; e a

    mentalidade de segurana de vo desse pessoal.

    ESTRUTURA DA EMPRESA.

    A ACQUA TAXI AREO LTDA., uma empresa de transporte areo de

    passageiros estabelecida no mercado desde JAN 2004, que busca atender os

    seus clientes dentro da filosofia de prestar o melhor servio com qualidade e

    segurana.

    Para isso busca aprimorar seus conhecimentos pautados na disseminao

    da filosofia de segurana de vo atravs do presente programa, sensibilizando

    seus funcionrios da importncia desta filosofia, identificando e eliminando os

    pontos inseguros com o objetivo de contribuir para evitar a ocorrncia de

    incidentes.

  • BASES OPERADAS.

    Por se tratar de Empresa de Transporte pblico No Regular, regido pelo

    RBHA 135, salientamos que, a Empresa ACQUA TAXI AREO LTDA., possui

    em seu Manual Geral de Operaes (MGO) apenas uma Base para Aeronaves de

    Asa Fixa.

    As aeronaves de asa fixa ficam Baseadas no HANGAR X situado na ptio

    Aviao Geral do Aeroporto de JUNDIAI / SP.

    Contatos:

    GERAL ESCRITRIO ADMINISTRATIVO

    (xx) XXXX-XXXX (Ramal)

    ESCRITRIO TCNICO-OPERACIONAL

    (xx) XXXX-XXXX (Ramal)

    COORDENAO DE VO

    (xx) XXXX-XXXX (Ramal)

    EMERGNCIAS DIRETOR ADMINISTRATIVO

    (xx) XXXX_XXXX

    ASV

    (xx) XXXX-XXXX (Ramal)

  • Cabe ao ASV, e a CPAA, formada pelo Diretor Administrativo, pelo Gerente de

    Operaes, pelo Responsvel por Cargas Perigosas e pelo prprio ASV, a

    disseminao das instrues contidas neste Programa. Os mesmos tambm

    possuem funo fiscalizadora, de forma a verificar o cumprimento da Doutrina de

    Segurana e, tambm.

    a. Elaborar, juntamente com os demais AGENTES DE SEGURANA DE VO

    da Empresa, o Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos;

    b. Colaborar na elaborao dos Planos de Emergncia Aeronutica em

    Aerdromo, quando for o caso;

    c. Assessorar aos Gerentes e Diretores quanto ao cumprimento das

    recomendaes de segurana emitidas nos Relatrios de Incidentes,

    Preliminares, de IAA, Finais e de Vistoria de Segurana de Vo;

    d. Participar de CIAA conforme interesse da Empresa, ou quando solicitado

    pelo Presidente da Comisso;

    e. Investigar ou solicitar a investigao dos incidentes aeronuticos ocorridos

    com aeronave da Empresa;

    f. Comunicar a ocorrncia de incidentes aeronuticos com aeronaves da

    Empresa, conforme NSMA 3-5 "Comunicao de Acidente ou Incidente

    Aeronutico";

    g. Planejar e executar tarefas especficas de preveno de acidentes

    aeronuticos nas reas educacional e promocional a fim de manter um

    elevado padro de segurana na Empresa;

    h. Analisar os Relatrios de Perigo referentes Empresa, encaminhando-os a

    apreciao do setor responsvel pelas providncias corretivas;

    i. Comunicar ao CENIPA toda designao ou substituio de funes ocorridas

    no mbito da Empresa, de interesse do Sistema;

    j. Liberar para remoo e/ou reparos as aeronaves da Empresa:

  • 1. Envolvidas em incidente aeronutico, aps concludas as pesquisas

    para a referida investigao;

    2. Envolvidas em acidente aeronutico aps realizao da ao

    inicial da investigao, sempre que for conveniente, em funo da

    demora da chegada da CIAA ou OSV designado;

    3. Coordenar a atualizao dos Cartes SIPAER na Empresa.

    ATIVIDADES EDUCATIVAS

    Tida como uma das formas mais eficientes de propagar idias e conceitos,

    as atividades educativas so aquelas cujo propsito o de proporcionar a

    obteno de novos conhecimentos ou a reviso dos mesmos. A promoo destas

    atividades se faz indispensvel devido grande dinmica do mundo atual, onde

    procedimentos so constantemente revisados, aperfeioados ou modificados.

    Dentre todas as atividades educativas, as mais comuns so:

    - Palestra = atividade de cunho especfico onde um ou mais expositores expes

    conceitos e idias aos demais participantes;

    - Seminrio = conjunto de exposies onde h debate entre grupos de estudo;

    - Simpsio = debate entre elementos com grande especializao, geralmente com

    conotao cientfica;

    - Congresso = encontro de autoridades para tratar de um assunto em comum; e

    - Estgio = conjunto de atividades com o propsito de formar ou elevar o nvel de

    um ou mais elementos.

  • Devero ser programadas atividades sobre temas de segurana de vo

    com filmes para a fixao dos conhecimentos e, quando possvel, a participao

    de funcionrios em atividades externas. Ex.: visitao ao APP-SP, debate entre

    tripulantes tcnicos e mecnicos, participao em palestras promovidas pelo

    SERAC IV, etc.

    Sero efetuadas, atividades na segunda sexta-feira de cada ms, com

    temas variveis, que devero ser estabelecidos de acordo com assuntos atuais e,

    atravs de um consenso entre o Agente de Segurana de Vo e o Gerente de

    Operaes. Para promover tais atividades, elementos da prpria empresa ou

    externos podero ser convidados a preparar ou auxiliar no preparo das atividades.

    Sempre que possvel, o ASV, o Gerente de Operaes, assim como os

    demais tripulantes tcnicos e funcionrios da empresa devero participar dos

    Seminrios de Segurana promovidos pelo SERAC 4, ou caso estejam em outra

    localidade, no SERAC apropriado. O calendrio de divulgao dos Seminrios

    pode ser encontrado atravs da Internet, na pgina do DAC: www.dac.gov.br.

    CRONOGRAMA.

    DATAS RESPONSVEL LOCAL

    ASA FIXA 16/12/2003 05/03/2004 EC-PREV ESCRITRIO

    TCNICO-

    OPERACIONAL

  • ATIVIDADES PROMOCIONAIS

    So atividades voltadas exclusivamente para divulgar a filosofia e os

    conceitos do SIPAER, tanto no mbito interno como no externo atravs de

    peridicos, cartazes, filmes e publicaes. Nestas atividades muito importante

    contar com campanhas e atividades criativas, que enfatizem a importncia do

    tema porm no se tornem repetitivas. A divulgao de cartazes com fotos

    chamativas, vdeos ou campanhas comemorativas so algumas das idias. H no

    mercado uma variedade relativamente grande de publicaes que tratam direta

    ou indiretamente da segurana de vo. Efetuar sorteios destas publicaes, ou

    ento formar uma biblioteca com ttulos variados, tambm constitui uma idia

    interessante para a disseminao da segurana de vo de forma mais amigvel,

    com carter puramente informativo.

    A distribuio de peridicos, como o informativo DIPAA, o Check-list de

    Mnimos Operacionais, folhetos de interesse comum, assim como muitos outros,

    pode constituir um meio de grande alento para a preveno de ocorrncias

    anormais. Muitas vezes a prpria troca de informaes entre as pessoas j tem

    uma eficcia relativamente grande. Caso estas informaes sejam coletadas e

    distribudas entre os demais atravs de informativos, por exemplo, os resultados

    se multiplicaro.

  • SUGESTO DE ATIVIDADES

    - DIVULGAO DE PERIDICOS (REVISTA SIPAER, INFORMATIVO DIPAA);

    - FORMAO DE BIBLIOTECA COM TTULOS SOBRE SEGURANA DE VO;

    - DIVULGAO DE VDEOS SOBRE SEGURANA DE VO;

    - DISTRIBUIO DO CPMO (CHECKLIST PESSOAL DE MNIMOS OPERACIONAIS);

    - ESTIMULAR A TROCA DE EXPERINCIAS ENTRE OS FUNCIONRIOS; e

    - PROMOVER A TROCA DE INFORMAES SOBRE SEGURANA DE VO COM OUTRAS

    EMPRESAS DE MESMA NATUREZA OPERACIONAL.

    VISTORIA DE SEGURANA DE VO

    um levantamento das condies de segurana de vo da empresa nos

    setores vistoriados. Estas vistorias podem ser realizadas com uma periodicidade

    definida ou sempre que surgirem condies de risco que as faam necessrias. A

    empresa deve despender de todos os meios necessrios para colaborar com os

    inspetores, de forma a propiciar um bom andamento s suas atividades. Os

    agentes de vistoria so provenientes da DIPAA (que pode contar com o auxlio de

    elementos do Sub-departamento Tcnico do DAC e de OSV dos SERAC); da

    SIPAA dos SERAC (que pode conta