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ELISA MORAES OLIVEIRA DE SOUZA THOMÉ.
COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE
DIFERENTES MATERIAIS PARA COLAGEM DE BRAQUETES
ORTODÔNTICOS.
NITERÓI
2011
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ELISA MORAES OLIVEIRA DE SOUZA THOMÉ.
COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE
DIFERENTES MATERIAIS PARA COLAGEM DE BRAQUETES
ORTODÔNTICOS.
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Ortodontia do Faculdade Redentor para obtenção do título de Especialista em Ortodontia Fixa. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Ponce
NITERÓI
2011
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COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE
DIFERENTES MATERIAIS PARA COLAGEM DE BRAQUETES
ORTODÔNTICOS.
Apresentação da Monografia em 05/12/2011 ao curso de Especialização em Ortodontia pela Faculdade Redentor.
___________________________________________ COORDENADOR: PROF. DR. ALEXANDRE PONCE Membros:
Alexandre Ponce. Ana Luiza Junqueira Ponce. Jose Luis Moñoz Aprovada com nota e menção________.
4
Dedico esta conquista à minha família e melhores amigos: meus pais Francisco e Carmem Lúcia e meu irmão Hugo.
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AGRADECIMENTOS Agradeço... À Deus, que pelo seu infinito amor me permitiu chegar até aqui... Não é apenas um “título”, mas um degrau a mais na longa caminhada profissional que se segue... Obrigada meu Deus, por ter me dado a oportunidade e a coragem, a força e a sensibilidade para superar todas as dificuldades. Obrigada pela Sua fidelidade incondicional!
Aos meus pais, Francisco e Carmem e ao meu irmão Hugo por estarem sempre ao meu lado, me apoiando e incentivando! Amo vocês! À minha amiga Cássia Santos que, em momento algum, poupou esforços para que este trabalho se concretizasse. Obrigada pela sua amizade, disposição em me ajudar e carinho de sempre! À Sergio Ponce, Silvia Ponce, Alexandre Ponce e Ana Luíza Ponce por acreditarem “sem conhecer” e pela disposição em serem instrumentos de Deus me auxiliando nessa conquista. Obrigada, de verdade... que Deus os honre pela nobre atitude. Aos colegas da “melhor turma VI da Orthodontic”, que estiveram juntos nas dificuldades, incentivando, ajudando e torcendo... Que Deus abençoe nossa próxima jornada! Agradeço, em especial, àquela que se faz hoje, grande amiga Alessandra Queima Pasch de Oliveira, com quem compartilhei não só “conteúdos ortodônticos”, mas motivações e sonhos... Obrigada pela amizade e carinho muito importantes para mim... Minha futura sócia, um dia a gente chega lá !!! À todos os professores, pela dedicação, paciência e por todo ensinamento disponibilizado, cada um contribuiu de forma especial para minha formação. Agradeço, em especial aos Professores: Tasso Dorchett, Ricardo Pessoa, Alessandro Veraldo e Ana Luiza Ponce. À todos os funcionários que cuidaram do “nosso espaço” tornando-o mais agradável, por toda dedicação e disposição em nos atender sempre que necessitamos. Muito Obrigada a todos vocês!
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“DIRIGE MEUS PASSOS NOS TEUS
CAMINHOS, PARA QUE MINHAS PEGADAS
NÃO VACILEM... GUARDA-ME COMO À
MENINA DO OLHO, ESCONDE-ME À SOMBRA
DE TUAS ASAS”. (SALMOS 17:5-8)
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RESUMO
Considerando os avanços dos materiais utilizados na Ortodontia, atualmente,
objetivou-se, através da revisão da literatura, comparar os diferentes materiais
utilizados para colagem de braquetes. Avaliando a resistência ao cisalhamento de
resinas compostas, cimentos de ionômero de vidro com associação de sistemas
adesivos convencionais e auto condicionantes. Considerou-se ainda, o Índice de
Remanescente Adesivo em relação ao tipo de fratura (adesiva, coesiva, mista)
existente, após a realização dos teste de cisalhamento.
Palavras-chave: Ortodontia. Materiais para colagem de braquetes ortodônticos.
Resistência ao cisalhamento. Índice de remanescente adesivo.
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ABSTRACT
Considering the advances in materials used in Orthodontic, aimed to, through
literature review, compare the different materials used for bonding orthodontics
brackets. Evaluating the shear strength of composite resins, glass ionomer cements
with a combination of convencional and self etching primer. It is also considered, the
adhesive remnant index in relation to type of fracture (adhesive, cohesive, mixed)
existing after the completion of the shear test.
Keywords: Orthodontics. Materials for bonding orthodontics brackets. Shear Bonding
Strength. Index of remaining adhesive.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01. Imagem da superficie do esmalte com material de colagem remanescente (IRA).Fonte: Shamsiet al.(2006) p11...............................................27 Figura 02. Visão lateral da máquina de ensaio Instron, antes da descolagem dos braquetes.Fonte: Linn et al. (2006) p 09.................................................................27 Figura 03. Resinas utilizadas para colagem ortodôntica. Fonte: site do fabricante 3M............................................................................................................................28 Figura 04. Esmalte condicionado com ácido fosfórico e cadeia química do ácido. Fonte: site google imagens.......................................................................................28 Figura 05. cadeia do ácido. Fonte: Site google imagens....................................................................................................................30 Figura 06. Esmalte condicionado com ácido poliacrílico.fonte: site google imagens....................................................................................................................30 Figura 07. Cimento de ionômero de vidro Fuji Ortho LC e Orthocem (FGM) Fonte: site dos fabricantes.....................................................................................................42 Figura 08.Sistemas adesivos autocondicionantes e convencionais. Fonte: site do fabricante (3M)........................................................................................................77 Fig. 09.Diferentes tipos de base do braquete. Fonte: Cozza et al. (2006) p 08 -
09........................................................................................................................... 105
Fig.10 Braquete Erodonto. Fonte: site google imagens.........................................106
Fig. 11 Braquete Advanced. Fonte: site google imagens.......................................107
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 PROPOSIÇÃO 13
3 REVISÃO DA LITERATURA 15
3.1 Utilização de resina composta para colagem de braquetes ortodônticos 15
3.2 Utilização de cimento de ionômero de vidro para colagem de braquetes
ortodônticos. 30
3.3 Sistemas adesivos convencionais x autocondicionantes. 43
3.4 Procedimentos auxiliares na retenção dos braquetes ortodônticos. 77
3.5 Influência do tipo de base do braquete e de seu tratamento na resistência
ao cisalhamento 98
4 DISCUSSÃO 107
5 CONCLUSÃO 114
REFERÊNCIAS 115
12
1. INTRODUÇÃO
Historicamente, a estratégia inicial de fixação dos acessórios ortodônticos em
coroas dentárias foi a multibandagem dos dentes. Segundo Zachirisson (1994),
muitas eram as desvantagens da utilização desse aparelho fixo tais como:
comprometimento da estética, agressão aos tecidos gengivais, dificuldade de
hogoenização, complexidade e a morosidade de sua execução clínica, dentre
outras.
O advento do ataque ácido, introduzido por Buonocore em 1955, trouxe a
possibilidade de adesão entre a base do braquete e a superfície dentaria, criando
retenções mecânicas pelo embricamento mecânico da resina nas microporosidades
produzidas pelo ácido. Sendo assim, a partir da década de 70, efetivou-se a
utilização da resina composta na colagem de braquetes ortodônticos. Entretanto
essa prática leva á perda de estrutura do esmalte, em maior ou menor grau,
dependendo do tempo de aplicação e concentração da solução ácida
condicionadora.
Apesar dos principais fatores de sucesso de qualquer terapia ortodôntica
serem o diagnostico e o planejamento do caso, o emprego do adesivo odontológico
na colagem de acessórios diretamente na superfície do esmalte foi a técnica que
revolucionou o tratamento com aparelhos fixos. As vantagens da colagem direta são
eliminação de algumas fases do tratamento (bandagem e redução de diastemas) o
que reduz o tempo de consulta, eliminação do comprometimento da estética,
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diminuição da possibilidade do aparecimento de manchas brancas no esmalte e
ocorrência de inflamações gengivais, maior facilidade de diagnóstico de lesão
cariosa inicial.
Atualmente, novos materiais estão sendo desenvolvidos para a utilização
específica na Ortodontia. Resinas que apresentam composição similar às resinas
restauradoras e ionômeros de vidro com força de adesão mais satisfatória tanto em
dentina quanto em esmalte e com capacidade de liberar flúor são alguns dos
materiais mais estudados e utilizados. Nas pesquisas realizadas, buscam-se
materiais com força de adesão suficiente para suportar os esforços da mastigação e
as forças geradas pela mecânica ortodôntica, compatibilidade com o tempo de
trabalho clínico, permitindo o posicionamento preciso dos acessórios e remoção dos
acessórios ortodônticos sem danificar o esmalte dentário.
Com objetivo de simplificar a adesão ao esmalte dentário, os sistemas
adesivos de frasco único foram lançados no mercado, apresentam capacidade de
diminuir sensibilidade técnica de aplicação e o tempo clínico como afirmaram
Carvalho et al. (2002).
Os sistemas adesivos convencionais mais utilizados atualmente, no processo
de colagem dos acessórios ortodônticos apresentam três agentes: um condicionador
ácido de esmalte, um primer e uma resina adesiva. Recentemente, foi lançado um
sistema de colagem cujo agente condicionador e o primer se apresentam em uma
única solução, denominado self eatching primer (SEP), esse produto dispensa a
necessidade de enxague e de fotopolimerização, fazendo com que o processo de
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colagem seja mais rápido, mais simples e fácil, reduzindo também os custos,
quando comparados com a técnica do condicionamento ácido total.
A queda dos braquetes em consequência de fatores como falhas na técnica
de colagem, pouca retentividade de determinadas bases do braquete, ação da força
mastigatória e redução do tamanho das bases do braquete por motivos estéticos
constitui problema nas práticas clínicas e resultando em atraso no tratamento. Com
o objetivo de minimizar esses problemas, o jateamento da base do braquete com
óxido de alumínio foi introduzido recentemente no arsenal odontológico como um
dispositivo condicionador micromecânico “microetcher”, utilizado acoplado ao equipo
odontológico. Essa técnica também pode ser utilizada com finalidade de reciclar
braquetes e facilitar a colagem em dentes restaurados ou com coroas metálicas ou
cerâmicas, pois possibilita a silanização e ligações da resina composta à liga
metálica e selamento de cicatrículas e fissuras.
O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico avaliando
a resistência ao cisalhamento da união de braquetes metálicos utilizando diferentes
materiais para colagem de acessórios ortodônticos, ressaltando vantagens e
desvantagens dos mesmos e o índice de remanescente adesivo (IRA) após remoção
dos acessórios.
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2. PROPOSIÇÃO
O presente trabalho teve por objetivo, através de um levantamento bibliográfico,
avaliar:
A) As resinas compostas e os cimentos de ionômeros de vidro como materiais
para colagem de braquetes ortodônticos;
B) A resistência ao cisalhamento da união desses materiais;
C) Índice de remanescente adesivo de cada material avaliado (força coesiva e
adesiva);
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3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1. UTILIZAÇÃO DE RESINA COMPOSTA PARA COLAGEM DE BRAQUETES ORTODÔNTICOS.
Pereira et al. (2006), avaliaram resistência `a tração de duas resinas utilizadas
para colagem de acessórios para tracionamento dentário. Para realização deste
estudo, foram utilizados 40 molares, sendo 20 utilizados para resina Fill Magic
(Vigodent) e 20 para resina Concise (3M). Os elementos foram armazenados em
formalina a 10%, dos 40 dentes, 20 foram subemtidos a forca de tração
horizontal/cisalhamento (tiveram suas coroas separadas das raízes para sua fixação
em resina acrílica e a retenção feita nas proximais do dente) e os outros 20 foram
submetidos a forca de tração vertical (tiveram as retenções feitas nas raízes). As
retenções foram feitas com pontas diamantadas e serviu de apoio para o encaixe de
haletas de aço as quais foram confeccionadas a fim de proporcionar maior retenção,
quando incluídos em resina. Todos os corpos-de-prova foram submetidos a previa
profilaxia com pedra-pômes e lavados com água abundante, antes da realização da
colagem. A colagem dos braquetes foi realizada com as instruções do fabricante, ou
seja, para resina Concise, as superfícies foram submetidas ao condicionamento com
ácido fosfórico a 37% por 60 segundos, lavados com água por 30 segundos, seca
com ar da seringa tríplice até que a superfície apresentasse aparência de “branco
leitoso”. As duas resinas para adesão A e B (pastas da Concise) foram misturadas,
homogeneamente, em recipiente adequado e aplicadas na superfície
desmineralizada, após o tempo necessário para polimerização, as duas resinas
(pasta e base) foram misturadas numa proporção 1:1 em um bloco de papel próprio
do material. A mistura homogênea foi aplicada sobre a superfície retentiva do
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braquete e o conjunto levado em posição e mantido estático por cerca de 2 minutos
e 30 segundos. A resina fotopolimerizável Fill Magic, foi aplicada após
condicionamento ácido e lavagem/secagem da mesma forma que com o material
anteriormente citado, a resina então, foi aplicada na superfície do braquete, levada
em posição e polimerizada com luz monocromática azul por 40 segundos. Os dentes
foram incluídos em corpos de resina acrílica e, posteriormente, o conjunto foi
incluído em tubos de PVC ¾, previamente preparados com 2.5 cm de altura para os
20 dentes que foram submetidos às forcas verticais e 3.5cm para aqueles que foram
submetidos às forças horizontais. O tracionamento foi feito na máquina universal de
ensaios a 0,5mm/min. Até que o braquete fosse removido do dente, com ou sem
remanescente de resina. Concluiu-se nessa pesquisa, que a resina fotopolimerizável
Fill Magic tem indicação para os procedimentos de tração de dentes retidos, pois a
força para a movimentação ortodôntica é menor do que a necessária para remoção
do braquete e o tempo dispensado para a colagem do mesmo foi menor ao utilizá-la.
Em relação ao Índice de Remanescente Adesivo, observou-se que a adesividade da
resina ao esmalte foi muito maior do que a resina no braquete.
Pithon et al. (2006) compararam a resistência ao cisalhamento da colagem e o
índice de remanescente adesivo (IRA) entre compósitos Concise e Fill Magic
Orthodontic. Foram utilizados 24 incisivos inferiores bovinos, a coroa desses dentes
e parte da raiz foram incluídas em resina acrílica autopolimerizável com apoio de
uma placa de vidro, para planificar a face vestibular. Os dentes foram submetidos a
um tratamento com lixa d’agua a fim de se ter uma superfície de esmalte uniforme,
em seguida, foram incluídos em tubo de PVC com gesso pedra tipo IV, ficando suas
faces vestibulares perpendiculares a base do troquel. Os procedimentos para
18
colagem foram realizados após profilaxia com pedra-pômes e água por 10
segundos, utilizando-se micromotor de baixa rotação e taca de borracha. Em
seguida, lavou-se a superfície por 10 segundos e secou-se por 20 segundos com
utilização de jato de ar. Após a secagem, realizou-se o condicionamento com acido
ortofosfórico a 37% por 20 segundos, seguido de lavagem e secagem por 20
segundos. Os 24 dentes utilizados foram divididos em dois grupos de 12 elementos,
no grupo 1, fez-se a colagem utilizando-se Concise (3M do Brasil) e no grupo 2
utilizou-se o compósito Fill Magic Orthodontic (Vigodent); os braquetes utilizados
foram do tipo standard da Morelli, código 20.30.201. Após o procedimento de
colagem e remoção dos excessos de compósito, os braquetes foram submetidos a
forca de cisalhamento, na maquina de ensaio Instron com velocidade de 1mm por
minuto para avaliação de sua resistência. Em seguida, cada superfície do esmalte
foi classificada de acordo com o escore da IRA ( o= nenhum material aderido a
superfície; 1= menos da metade do material aderido a superfície; 2= mais da metade
do material aderido a superfície; 3= todo material aderido a superfície, inclusive a
impressão da malha do braquete. O IRA dos grupos onde utilizou-se o compósito
Concise foi 1.60 e Fill Magic foi 2.26; sendo assim, conclui-se que não houve
diferença estatística significante; quanto a resistência ao cisalhamento, observou-se
que os dois materiais testados apresentaram resultados semelhantes, não havendo
diferenças estatisticamente significativas; quanto ao IRA, os dois materiais testados
apresentaram resultados semelhantes não havendo diferenças estatisticamente
significativas; concluiu-se que ambos os materiais satisfazem plenamente as
necessidades clinicas para colagem de braquetes.
Pithon et al. (2008) avaliaram a resistência ao cisalhamento de braquetes
19
metálicos colados com o compósito Orthobond (Dental Morelli Ltda), em diferentes
condições da superfície de esmalte. Nesse estudo, os autores utilizaram 90 incisivos
inferiores permanentes, devidamente limpos, armazenados em solução de formol a
10% e estocados em temperatura de 60C. Os corpos de prova foram incluídos em
tubos de PVC (Tigre Joenville, Brasil) com resina acrílica (Clássico São Paulo,
Brasil) de tal forma que apenas suas coroas ficassem expostas. Na inclusão dos
dentes, as superfícies vestibulares dessas coroas foram posicionadas
perpendicularmente à base do troquel a fim de possibilitar um correto ensaio
mecânico. Previamente à colagem, as superfícies vestibulares foram submetidas a
profilaxia com taça de borracha (Viking, KG Sorensen) e pedra-pômes extrafina (SS
White) e água por 15 segundos. Em seguida, procedeu-se a lavagem com spray
ar/agua por 15 segundos e secagem com jato de ar livre de óleo e umidade pelo
mesmo tempo. Após a profilaxia, os corpos de prova foram divididos, aleatoriamente,
em seis grupos (n=15). Foram utilizados braquetes de incisivos centrais superiores
(Abzil Lancer, São José do Rio Preto, Brasil) com área de base de 13.8mm². Todos
os grupos foram condicionados com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos,
lavagem e secagem pelo mesmo período de tempo. O grupo 1 (controle): fez-se
aplicação do XT primer, colagem dos braquetes com Transbond XT (3M Unitek,
Monrovia USA), remoção dos excessos com sonda exploradora Duflex, Juiz de Fora,
Brasil), fotopolimerização por 40 segundos , sendo 10 segundos em cada face, á
distância de 1mm da superfície com aparelho XL1500 (3M, Dental Products,
Monrvia, USA) com intensidade de lâmpada de 450mw/cm², como em todos os
outros grupos; grupo 2: fez-se aplicação de Orthoprimer (Dental Morelli Ltda,
Sorocaba, Brasil), na base do braquete, posterior posicionamento e remoção dos
excessos; grupo 3: fez-se aplicação de Transbond Plus Self etching primer (3M,
20
Unitek, Monrovia, USA) esfregado por 30 segundos sobre o esmalte, leve jato de ar
para espalhar o material, colocação do compósito ORTHOBOND (Dental Morelli,
Ltda Socoraba, Brasil) na base do braquete, posicionamento e remoção dos
excessos; grupo 4: fez-se aplicação do compósito, ORTHOBOND (Dental Morelli
Ltda Socoraba, Brasil) na base do braquete, posicionamento e remoção de
excessos; grupo 5: fez-se aplicação do Orthoprimer (Dental Morelli Ltda, Brasil) na
superfície condicionada, contaminação da mesma com sangue(obtido através de
flebotomia da veia radial do antebraço direito) saliva, misturados em igual
quantidade de saliva (20ml), secagem, colocação do compósito Orthobond (Dental
Morelli, Ltda Socoraba, Brasil) na base do braquete, posicionamento do mesmo e
remoção dos excessos; grupo 6 : fez-se homogeneização do compósito Orthobond
(Dental Morelli Ltda Socoraba, Brasil) na proporção de 1g de compósito /1 gota de
Orthoprimer (Dental Morelli Ltda, Brasil) colocação do compósito na base do
braquete, posicionamento e remoção dos excessos. Após a colagem, os corpos de
prova foram armazenados em água destilada e mantidos em estufa durante
24horas, a temperatura de 370 C. O cisalhamento das peças foi realizado em uma
máquina universal EMIC DL 10.000 (São José dos Pinhais, Brasil), operada em uma
velocidade de 0,5mm/min, através da ponta ativa em cinzel. Após realização do
ensaio a superfície vestibular de cada corpo foi avaliada em lupa estereoscópica
(Carl Zeiss, Gottingen, Alemanha) com aumento de oito vezes, para ser qualificado o
índice de remanescente de adesivo (IRA). Os resultados do teste de resistência ao
cisalhamento foram submetidos á analise de variância (ANOVA) e, posteriormente,
ao teste de Tukey, para comparação do controle com os demais tratamentos. Na
avaliação dos escores do índice de remanescente de adesivo, utilizou-se o teste de
Kruskal – Wallis. Com a realização dessa pesquisa, concluíram que o Orthobond
21
(Dental Morelli Ltda, Sorocaba Brasil) obteve bons resultados nos testes realizados
quando colado em superfície condicionada com ácido fosfórico a 37%, se
comparado ao Transbond XT (3M Unitek, Monrovia, USA) colado de maneira
convencional. Nos demais, o Orthobond (Dental Morelli Ltda, Sorocaba, Brasil)
demonstrou valores de resistência condizentes com a necessidade clínica.
Pithon et al. (2008) avaliaram a resistência ao cisalhamento da união de
braquetes metálicos colados com o compósito Right-on, em diferentes condições de
superfície. Neste estudo, foram utilizados 45 incisivos inferiores permanentes
bovinos, devidamente limpos, armazenados em solução de formol a 10% e
estocados em geladeira à temperatura aproximada de 60C Os dentes foram
incluídos em anéis de PVC rígido (TIGRE, Joenville, Brasil) com gesso pedra
especial (Durone – Dentsply, Petropólis, Brasil) de tal forma que apenas as suas
coroas ficassem expostas. A face vestibular dos dentes foi posicionada
perpendicular à base do troquel com auxílio de um esquadro de vidro com ângulo de
900 buscando um correto ensaio mecânico. Os corpos, após a cristalização do
gesso, foram armazenados em água destiladas e estocados em geladeira. Antes da
realização da colagem, fez-se a profilaxia das superfícies vestibulares utilizando-se
taça de borracha (Viking, KG Sorensen, Barueri, Brasil), pedra pomes extrafina
(SSWhite, Juiz de Fora, Brasil) e água por 15 segundos, em seguida, lavou-se com
spray ar/água por 15 segundos e secou-se com jato de ar livre de óleo e umidade
pelo mesmo tempo. A cada cinco profilaxias, a taça de borracha era substituída para
padronização do procedimento. Após a profilaxia, dividiu-se os elementos em 3
grupos de forma aleatória, sendo cada um deles com 15 componentes. No grupo
01, grupo controle, os braquetes de incisivos centrais superiores( Morelli, Sorocaba,
22
Brasil) foram colados com compósito Transbond XT (3M Unitek, Monrovia, USA) e
nos grupos 02 e 03 com compósito Right-on (TP Ortho, Tokyo, Japão). No grupo 01
foi realizado condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, lavagem
e secagem pelo mesmo tempo, aplicação de XT primer e colagem dos barquetes
com Transbond XT, após a remoção dos excessos, fotopolimerizou-se por 40
segundos (10 segundos em cada face), a uma distância de 1mm do braquete com
aparelho XL 1500 (3M, Dental Products, Monrovia, USA) com intensidade da
lâmpada de 400mw/cm2, aferida regularmente com radiômetro (Demetron, Danburry,
CT, USA). No grupo 02 fez-se condicionamento da superfície com ácido fosfórico a
37% por 15 segundos, lavagem e secagem pelo mesmo período de tempo, aplicou-
se o primer Right-on na base do braquete e na superfície condicionada, colocou-se o
compósito Right-on na base do braquete, posicionou-se o mesmo e removeu-se os
excessos. No grupo 03, aplicou-se Transbond Plus Self Etching Primer, esfregou-se
por 3 segundos sobre o esmalte, aplicou-se leve jato de ar para espalhar o material
sobre a superfície dentaria, aplicou-se o primer Right-on na base do braquete,
colocou-se o compósito Right-on na base do braquete, fez-se o posicionamento do
mesmo e removeu-se os excessos. A área dos braquetes para incisivos centrais
superiores (Morelli, Sorocaba, Brasil) foi determinada em 14,02mm2 . Após o
procedimento de colagem, os corpos de prova foram armazenados em água
destilada e mantidos em estufa durante 24 horas, à temperatura de 37%. Foi
utilizada uma máquina universal de ensaios mecânicos (Instron, Corporation,
Canton, USA) para realização dos testes de cisalhamento, operando a uma
velocidade de 0.5mm/min., através da ponta ativa em cinzel. Os resultados foram
obtidos em Kgf, transformados em Newton e dividos pela área da base do braquete,
obtendo um resultado em megapascal Mpa. Utilizou-se lupa estereoscópica (Carl
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Zeiss, Gottingen, Alemanha) para avaliação da superfície após os ensaios
realizados, utilizou-a com aumento de 8 vezes para ser quantificado o IRA – índice
de remanescente adesivo, preconizado por Artun e Bergland, sendo os escores: 0-
nenhuma quantidade de compósito aderido, 1- menos da metade do compósito
aderido, 2- mais da metade do compósito aderido e 3 – para todo o compósito
aderido ao esmalte. Os resultados foram submetidos a analise de variância
(ANOVA) e ao teste de Tukey para comparação do controle para os demais
tratamentos. Concluiu-se que o Transbond XT convencional e o Right –on obtiveram
bons resultados de resistência ao cisalhamento, quando colados seguindo as
orientações do fabricante; no grupo onde foi feita alteração na técnica de colagem a
resistência ao cisalhamento foi inferior e em todos os grupos, a maioria das fraturas
ocorreu na interface braquete/compósito , restando materil aderido ao esmalte após
a colagem.
Pithon et al. (2008) avaliaram a força de resistência da resina composta
quimicamente ativada Superbond 1, com e sem prévia homogeneização, sob
diferentes tempos de condicionamento ácido (15 e 30 segundos). Utilizou-se , neste
estudo, 150 dentes bovinos, acondicionados inicialmente, em recipientes de vidro,
contendo solução de formol a 10%. Os dentes foram lavados em água corrente,
suas coroas foram recortadas com ponta diamantada em alta rotação, na região do
terço média e mergulhadas em solução de cloramina T a 1%. As facetas obtidas
foram incluídas em resina epóxi, visando obter 150 corpos de prova. Estes foram
lavados em água corrente e as facetas de esmalte foram expostas foram limpas com
jatos do aparelho Profi II (Dabi Atlante) e, posteriormente, secas com jato de ar; em
seguida, foram divididos, aleatoriamente, em 6 grupos de 25 dentes, cada. Os
24
corpos de prova foram trabalhados em vários dias com dez elementos cada grupo,
permitindo a simulação da aplicação clínica, esperando que o material retornasse às
suas características de um dia para o outro, sendo este conservado em geladeira
como uma rotina de um consultório. Os grupos foram os seguintes: A
(condicionamento de 15 segundos sem homogeneização), B (15 segundos sem
homogeneização), C (30 segundos sem homogeneização), D (30 segundos com
homogeneização), E (15 segundos sem homogeneização e utilizando o material de
final da bisnaga) e F (30 segundos, sem homogeneização e final de bisnaga). Foi
realizado o condicionamento ácido em todos os corpos, os quais foram lavados com
jatos de água pelo mesmo tempo empregado no respectivo condicionamento e
secos com jatos de ar. Aplicou-se o primer que acompanha o Kit de resina
Superbond (Aditek), simulando uma quantidade igual de dentes sendo trabalhados
simultaneamente. Aplicou-se o adesivo tanto no esmalte de cinco corpos de prova ,
como na malha metálica de cinco braquetes, de acordo com as recomendações do
fabricante. Para colagem dos acessórios foram necessários dois conjuntos de
Superbond para obtenção de 6 grupos de estudo. Nos grupos A e C, a pasta foi
aplicada sem prévia homogeneização, diretamente da bisnaga para a malha dos
braquetes. Nos grupos B e D, a pasta foi transferida para recipientes plásticos para
homogeneização do material previamente à sua aplicação. Nos grupos E e F, o
material foi obtido do final da bisnaga, também sem previa homogeneização. Os
braquetes foram posicionados com o auxilio de uma pinça clínica, posteriormente,
aplicou-se a ponta da agulha Gilmore de 454g no centro do braquete objetivando
uniformizar o peso de compressão. Foram removidos os excessos do material com
sonda exploradora. Esperou-se 10 minutos, tempo necessário para polimerização,
colocou-se os corpos de prova em seis vidros rotulados com respectivos nomes dos
25
grupos, contendo solução de cloramina T a 1%. O teste de cisalhamento foi
realizado em uma máquina universal EMIC. As análises estatísticas foram feitas
envolvendo os cálculos de desvio padrão (Kgf) para força de resistência dos seis
grupos (análise descritiva) e a aplicação do teste de análise de variância (ANOVA)
(analise indutiva), utilizou-se em alguns casos o teste de Tukey para identificar
grupos com diferença estatisticamente significante. Concluiu-se que não houve
diferença estatisticamente significante quanto à força de resistência nos tempos de
condicionamento de 15 e 30 segundos; o condicionamento da superfície de esmalte
por 15 segundos apresentou adequada força de resistência em um tempo eficiente e
mínimo de exposição ao ácido; os resultados obtidos não apresentam diferença
estatisticamente significante para os diferentes grupos, em relação à previa
homogeneização ou não da resina composta; os grupos que empregaram o material
final da bisnaga tiveram o mesmo comportamento dos outros grupos testados
anteriormente.
Rastelli et al (2010) avaliaram a resistência ao cisalhamento de braquetes
metálicos colados com resinas contendo flúor, comparando-as a uma resina
convencional; analisaram a quantidade de adesivo remanescente na superfície do
esmalte. Para realização deste estudo, foram utilizados 60 pré molares permanentes
recém extraídos, todos foram limpos com lâmina n011, espátula Lecron e jato de
bicarbonato, lavados e armazenados em água destilada, refrigerada e trocada,
semanalmente. Antes de serem confeccionados os corpos de provas, os dentes
foram colocados em solução cloramina a 0,5% para sua desinfecção, conforme
indicação da ISSO/TS 11405 (2003), durante 48horas, em recipiente fechado. Os
elementos escolhidos para esse estudo eram hígidos e livres de qualquer alteração
26
que pudesse comprometer a adesão. As amostras foram preparadas com utilização
de um esquadro em acrílico para promover um paralelismo ao longo eixo do dente e
do PVC ao qual foi adaptado, cada dente foi posicionado ao esquadro com cera
pegajosa, mantendo a face vestibular paralela a superfície do mesmo, durante a
aplicação da força de cisalhamento, tendo a junção cemento – esmalte como limite
inferior; em seguida, o conjunto dente-esquadro foi fixado, com cera pegajosa, ao
tubo de PVC. A coroa estando centralizada e a raiz, completamente, inserida no
interior do tubo, o qual foi preenchido com gesso tipo IV (SS White, Rio de Janeiro,
Brasil). As amostras foram limpas dos resíduos de cera pegajosa e gesso e
mantidas em água destilada por 24horas em recipiente fechado. Previamente à
colagem, realizou-se profilaxia nos dentes com utilização de taça de borracha, pasta
de pedra-pômes e água, em seguida foram lavados com jato de água por 15
segundos e secos com jato de ar durante 15 segundos. O condicionamento da
superfície de esmalte foi realizado com ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos,
em todos os grupos. Em seguida, a superfície vestibular dos elementos foram
lavadas com jatos de ar e água durante 20 segundos e secas com jato de ar durante
10 segundos. Os braquetes utilizados foram metálicos pré angulados, com torque de
-70 , angulação de 00 e área de base de 13.02mm2 obtidos automaticamente, por
meio do software Solidworks (Solidworks Corp., USA)de acordo com o fabricante;
foram colados com as seguintes resinas: grupo 1: CONSICE (3M /ESPE, Dental
products Divisin, St Paul Minnesota, USA – lote n0 17093), Grupo 2: ULTRABOND
com flúor (Aditek do Brasil, Cravinhos, São Paulo, lote n 0 9776) e a Grupo 3: Relu-
a-Bond com flúor, em 3 grupos de 20 unidades amostrais, de acordo com a resina
ortodôntica utilizada. O selante adesivo aplicado no esmalte foi o especificado pelo
fabricante de cada material de colagem utilizado. Para posicionar os braquetes
27
metálicos utilizou-se o posicionador ABZ – 0179 (Ormco Corp, EUA) a uma distância
de 4mm da oclusal até o slot, para padronizar a posição dos braquetes com uma
pressão (força) padrão de 300g durante a colagem, em todos os dentes, por meio do
dinamômetro Correx (Haag-Streit, Suiça). O excesso de resina foi removido com
uma sonda exploradora. Após a polimerização, fez-se a armazenagem das amostras
em um recipiente com água destilada, mantida a uma temperatura ambiente, em
seguida foi realizada a termociclagem das amostras na máquina na MSCT – 3
(Marcelo Nucci ME, São Carlos, Brasil). Após um intervalo de 48horas, contadas a
partir do termino a termociclagem, as amostras foram submetidas ao ensaio
mecânico de cisalhamento, na direção oclusocervical, com o cinzel posicionado na
interface dente braquete. Os testes seguiram a norma ISSO/TS 11405 (2003) e
foram realizados numa maquina eletrônica universal para ensaios mecânicos (MTS
810, MTS System Corp., EUA), com célula de carga de 1KN e velocidade de carga
de 0.5mm;min. Após a descolagem, os dentes com suas respectivas braquetes
foram armazenados em saco plástico individual e examinados, posteriormente, com
auxílio de uma lupa estereomicroscópica , com aumento de 40 vezes e classificados
de acordo com o Índice de Adesivo Remanescente (IAR) proposto por Artum e
Bergland com escores característicos. Análise de Variância foi utilizada para avaliar
a resistência ao cisalhamento de braquetes colados com as 3 diferentes resinas
citadas e foi completada pelo teste de Tukey para comparação múltipla. De acordo
com os resultados obtidos, percebeu-se que todos os materiais testados apresentam
resistência ao cisalhamento adequada para suprir as necessidades clinicas.
Entretanto, a resina Concise apresentou-se resistência maior do que as resinas
Rely-a-Bond e Ultrabond. Em relação ao IAR, não houve diferença entre os grupos
e, apesar das fraturas terem ocorrido na interface adesivo-esmalte, não foi
28
observado nenhum dano na superfície do esmalte após descolagem, exceto em
duas amostras do grupo I (Concise) no qual observou-se fratura de esmalte.
Fig.01: imagem mostrando superfície do esmalte com material de colagem
remanescente (IRA – índice de remanescente adesivo).
Fonte: Shamsi, 2006, p.11.
Fig. 02: Visão lateral da máquina de ensaio Instron antes da descolagem dos
braquetes.
Fonte: Linn, 2006, p 09.
29
Fig. 03: Resinas utilizadas para colagem de braquetes (Concise Ortodontico e
Fill Magic Ortodontica e Transbond XT, respectivamente).
Fig. :04: esmalte condicionado com ácido fosfórico. Fonte: site google
30
imagens (cadeia química do ácido fosfórico).
Fig.: 05: Cadeia química ácido poliacrílico.
Fonte: site google imagens.
Fig.06: esmalte condicionado com ácido poliacrílico.Fonte: site Google
imagens.
3.2. UTILIZAÇÃO DE CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO PARA
COLAGEM DE BRAQUETES ORTODONTICOS.
Kawasaki et al. (2003) determinaram o efeito do uso do Multibond, um novo
cimento resinoso baseado em metilmetacrilato (META) com primer
autocondicionante na resistência ao cisalhamento de braquetes ortodônticos
comparado com Superbond C&B. Foram utilizados 72 incisivos bovinos extraidos
31
para este estudo. Foram divididos, aleatoriamente, em grupos contendo 18
elementos. As raízes dos dentes foram cortadas e as coroas armazenadas. Os
dentes foram embutidos em resina acrilica de modo que as faces vestibulares
ficassem expostas para a colagem. Apos a polimerização das resinas, as superficies
dos dentes foram limpas e polidas com pedra pomes e taça de borracha para
profilaxia, por 10 segundos. Braquetes metálicos ortodônticos (stainless steel,
Standard Edgwise 100-1000, Dentply-Sankin K.K., Tokyo, Japão) e braquetes
estéticos (policarbonato com fibra de vidro, Clear braquete, Twin Standard 150-1000,
Dentsply-Sankin K.K., Tokyo, Japao) foram usados neste estudo. A área da base de
superfície do braquete foi determinada em 9.64mm2 para os braquetes metálicos e
11.29mm2 para braquetes estéticos. Tanto os estéticos quanto os metálicos foram
colados nos dentes com Superbond C&B ou Multibond, de acordo dom as instruções
do fabricante. Os dentes foram condicionados com ácido fosfórico a 65%, por 30
segundos, lavados por 20 segundos, e secos com jato de ar. A pasta catalisadora
oxidada com tri-n-butil (TBB) foi adicionada ao líquido monômero e foi misturado,
usou-se para colagem dos braquetes metálicos e estéticos usando a técnica “brush
– dip”. O monômero misturado foi 4-metacriloxietil trimetilato anidro e MMA foi
polimerizado por pasta inibidora oxidada TBB. Primer A e Primer B foram misturados
de forma que o primer autocondicionante contendo éster metacrilato fosfórico,
acetona, agua e pasta catalisadora. O primer foi colocado no esmalte por 30
segundos. O excesso do material foi evaporado usando uma compressão de ar.
Então os braquetes metálicos e estéticos foram colados no esmalte pela mistura do
polímero em pó e do monômero em liquido. Cada braquete foi sujeito a uma força de
300g, o excesso do material foi removido com sonda exploradora. Depois da
polimerização da resina, todos os espécimes foram estocados em água destilada a
32
370C por 24 horas. A resistência ao cisalhamento foi medida de acordo com o
método de Noguchi, usando a maquina de teste (TCM-500CR, Shinkon, Tokyo,
Japão) a uma velocidade de 2mm/min. Após a descolagem, os dentes e os
braquetes foram submetidos a um exame com 10 vezes de aumento da imagem,
para determinação de remanescentes do material na superfície de colagem de
acordo com IRA com escores variando de 0 a 3. Devido ao número limitado de
amostras de esmalte humano, a resistência ao cisalhamento de braquetes metálicos
colados com Superbond C & B foi examinado pelo mesmo método descrito acima.
Dez amostras humanas de esmalte foram incluídos em resina acrílica. A superfície
do esmalte dental humano foi polida com pedra-pomes e profilaxia com taça de
borracha, por 10 segundos. Depois de 30 segundos, fez-se condicionamento com
ácido fosfórico, a superfície condicionada foi lavada e secada. Braquetes metálicos
foram colados com Superbond C & B, e as forças de resistência ao cisalhamento
foram arquivadas, após a imersão em água a 37 ° C por 24 horas. A análise
estatística foi feita da seguinte forma, dezoito amostras foram testadas para cada
procedimento. A resistência de união foi analisada usando duas vias de análise de
variância (ANOVA) e teste de Scheffe para comparações múltiplas dos meios. O
teste “chi-square” (χ2) foi utilizado para determinar diferenças significativas nos
escores do IRA entre os quatro procedimentos. Significância para todos os testes
estatísticos foi pré estabelecido em P <0,05. No caso de uma diferença significativa
na χ2 teste, exames complementares foram pré-formados para determinar as
diferenças entre os grupos. As superfícies de esmalte bovino foram limpas e depois
polidas com pedra-pomes e taças de borracha profilática como descrito acima. Em
um espécime, a superfície do dente bovino foi condicionada com o agente de
condicionamento ácido fosfórico incluído no Superbond C & B, por 30 segundos e
33
lavados, por 20 segundos. Após a lavagem, a amostra foi desidratado através de
uma série graduada de etanol, secos em um aparato crítico de secagem, e revestido
com íons de platina, de acordo com o método de Itoh et al. Em outra amostra, a
superfície do dente foi tratada com uma mistura de um primer A e primer B
(autocondicionante solução primer) de Multibond, por 30 segundos. Excesso de
solução foi, então, evaporado com ar comprimido. O espécime foi também
desidratado, seco, e revestido de íon usando o mesmo método descrito acima. A
superfície fosca condicionada pelo ácido fosfórico e as amostras de dentes com
adesivo autocondicionantes, foram observadas usando um FE-SEM (JSM-6340F,
JEOL, Tóquio, Japão). A aparência da superfície do esmalte polido com pedra-
pomes e taças de borracha profiláticas também foi observada. Concluiu-se que um
cimento de resina recém-introduzidas MMA-baseado com auto-condicionante
Multibond tem um potencial para uso clínico braquetes metallicos ou estéticos, com
a vantagem de minimizar a quantidade de perda de esmalte e reduzir o número de
passos clínicos durante a ligação.
Shamsi et al. (2006) compararam a resistência ao cisalhamento e
determinaram a área de resina residual nos dentes após a descolagem de braquetes
metálicos que foram colados com dois tipos diferentes de resina adesiva. Foram
usados neste estudo 60 pré molares superiores recém extraidos, todos por razões
ortodônticas. Os dentes foram avaliados quanto a presença de lesões cariosas,
presença de fraturas causadas na extração, pré tratamento com agentes quimicos e
face vestibular intacta, determinando assim, a possibilidade de usa-los no estudo. As
raízes dos dentes foram removidas usando caneta de baixa rotação (Buehler, Lake
Bluff, III), para colocar os dentes centralmente em moldes (troquel) os dentes foram
34
embebidos em resina acrilica, após a polimerização foram armazenados em água
destilada para minimizar a alta temperatura liberada na reação exotérmica da resina
ortodontica. Os dentes foram limpos com pasta de pedra pomes nao fluoretada e
taça de borracha para profilaxia, por 10 segundos, lavados e secos com água e ar.
Os dentes foram cuidadosamente, divididos em grupos de 30 elementos. No grupo
01, utilizou-se braquetes para pre molares de metal (Victory Series, 3M Unitek
GmbH, Seefeld, Germany) com slot de 0.022. A medida da área da base dos
braquetes foi determinada em 10.5mm2. Os dentes foram condicionados com Fuji
Ortho LC condicionador (solução de ácido poliacrílico a 10%), por 20 segundos,
lavados com água por 20 segundos, uma fina camada de água ficou na superficie do
esmalte. Fuji Ortho LC adesivo foi misturado e aplicado de acordo com as instruções
do fabricante. Cada braquete foi posicionado na superficie do esmalte e foi
submetido a uma força constante de 3kg. O excesso de adesivo foi removido das
margens do braquete com instrumental, fotopolimerizou-se segundos instruções do
fabricante. No grupo 02, braquetes metalicos para pre molar, revestidos com adesivo
(APCTM Braquete, Victory Series, 3M Unitek GmbH) com slot 0.022 foram usados. O
esmalte foi condicionado com áciod fosfórico a 37%, por 30 segundos,
cuidadosamente lavado com água por 30 segundos e seco com jato de ar livre de
óleo. Os braquetes foram posicionados segundos instruções do fabricante e cada
um deles foi submetido a força de 3kg. O excesso de resina foi removido das
margens do braquete, a fotopolimerização foi realizada segundo instruções do
fabricante. Fez-se a identificação das especimes com numero acoplado em cada
corpo de prova, foram estocados em água a 370C por 24 horas antes do teste. A
descolagem dos braquetes foi realizada 24 horas após a colagem. A máquina de
instrumento para o teste (2000S Lloyds Instruments, Fareham, England) a uma
35
velocidade de 1mm/min. A superficie vestibular do dente ficou perpendicular à
palheta da maquina e a lingual paralela a aplicação de forças. A força foi regustrada
em Newtons e foi dividida pela área da base do braquete (10.5mm2), converteu-se o
resultado em Megapascal. Após a descolagem dos braquetes, as superficies
dentarias foram avaliadas e escaneadas utilizando-se imagem através de “3D laser
scanner”, as imagens resultantes foram examinadas para determinação do tipo de
falha na interface dente/braquete. Utilizou-se do IRA para determinar os
remanescentes na superficie do esmalte, com escores variando de 0 a 3. Os
excessos de material na base do braquete nao foram considerados. A resistência ao
cisalhamento dos dois grupos foi avaliada e comparada usando o teste Mann-
Whitney. O adesivo remanescente foi comparado usando o teste “chi-square”.
Concluiu-se que ambos os sistemas de colagem fornecem resistência adesiva
adequada. Houve resistência de união significativamente maior entre braquetes e
esmalte após o condicionamento de ácido ortofosfórico 37% e colagem com
compósito (grupo 2) em comparação com o condicionamento com ácido poliacrílico
a 10% e cimento RMGI (grupo 1); Fuji Ortho LC poderia ser útil quando a superfície
do esmalte está contaminado com água antes da aplicação de materiais de
colagem. O resultado ARI para Fuji mostrou que a região do braquete de com falha
predominante foi na interface esmalte/adesivo; a ligação química entre os mais
fracos RMGI e o esmalte facilita os profissionais quanto a limpeza o adesivo na
superfície do esmalte após a descolagem; a avaliação de adesivo residual e o
exame de interface quanto a falha pode ser quantificado por esta nova técnica de
varredura a laser; este estudo sugere um benefício no uso de Fuji Ortho LC
(cimento) como o revestimento sobre suportes pré-revestidas. Isto pode ser
considerado pelos fabricantes de braquetes ortodônticos.
36
Pithon et al.(2006) avaliaram, comparativamente, a resistência ao
cisalhamento da união de braquetes metálicos colados com os cimentos de
ionômero de vidro reforçados com resina Fuji ORtho LC (GC America Corporation,
Tókio, Japan) e Ortho Glass LC ( DFL, Rio de Janeiro – Brasil) em esmalte sem e
com condicionamento fosfórico a 37%. Foram utilizados 75 incisivos inferiores
permanentes bovinos, devidamente limpos, armazenados em solução de formol a
10%. Os dentes foram incluídos em um tubo de PVC rígido (Tigre , Joenville, Brasil)
com gesso pedra especial (Durone, Dentsply, Petrópolis, Brasil), de tal forma que
apenas as coroas ficassem expostas e com suas superfícies vestibulares
posicionadas perpendicularmente à base do troquel, para isso, utilizou-se um
esquadro de vidro em ângulo de 900 para a obtenção de um correto ensaio
mecânico. As superfícies vestibulares dos dentes foram submetidas à profilaxia com
pedra-pômes extrafina (SSWhite, Juiz de Fora, Brasil) e taça de borracha (Viking,
KG Sorensen, Barueri, Brasil) e água por 15 segundos, em seguida, fez-se lavagem
com água e secagem com jato de ar livre de óleo, ambos por 15 segundos. Após a
profilaxia, os corpos-de-prova foram divididos em 5 grupos de 15 dentes. No grupo 1
(controle), fez-se condicionamento do esmalte com ácido fosfórico 37% por 15
segundos, lavagem e secagem pelo mesmo período de tempo, aplicação do XT
primer e colagem dos braquetes com Transbond XT (3M Unitek, Monrovia, EUA);
nos grupos 2 não foi realizado o condicionamento ácido, fez-se a colagem dos
braquetes com Ortho Fuji LC (CIVRR – GC America Corporation, Tókio, Japan); no
grupo 3 fez-se o condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos,
lavagem e secagem por 15 segundos, colagem dos braquetes com Ortho Fuji LC
(CIVRR – GC America Corporation, Tókio, Japan); no grupo 4, não foi realizado
condicionamento ácido, fez-se a colagem dos braquetes com Ortho Glass (CIVRR –
37
DFL, Rio de Janeiro – Brasil); no grupo 5, fez-se condicionamento com ácido
fosfórico 37% por 15 segundos lavagem e secagem por 15 segundos, e colagem
dos braquetes com Ortho Glass (CIVRR – DFL, Rio de Janeiro – Brasil). Foram
utilizados braquetes de incisivos centrais superiores (Morelli, Sorocaba, Brasil) com
área de base de 13, 8mm2. Todas as colagens foram realizadas pelo mesmo
operador e fotopolimerizadas por 40 segundos, sendo 10 segundos em cada face à
distancia de 1mm do braquete com aparelho Ultralux (Dabi Atlante, Ribeirão Preto,
São Paulo) com intensidade de lâmpada de 550mw/cm2, aferida regularmente com
radiômetro ( Demetron, Danburry, CT, USA). Após a colagem, os corpos de prova
foram armazenados em água destilada e mantidos em estufa durante 24 horas, a
37graus C. O teste de resistência ao cisalhamento foi realizado em uma máquina
universal Instron (Corporation Canton, USA) operando a uma velocidade de
0.5mm/min. através da ponta ativa do cinzel. Após a realização do teste, a superfície
foi avaliada com lupa estereoscópica (Carl Zeiss, Gottingen, Alemanha) com
aumento de 8 vezes para ser qualificado o IRA (Índice de remanescente adesivo),
conforme os critérios padronizados. Os resultados do teste foram submetidos a
análise de Variância (ANOVA) em esquema fatorial 2x3 (material x condições) com
um tratamento de controle. Para comparação entre os fatores, utilizou-se o teste de
Tukey e teste de Dunnett e na avaliação dos escores de IRA utilizou-se o teste de
Kruskal-Wallis. Concluiu-se que o Transbond XT convencional e o Fuji Ortho LC
obtiveram bons resultados de resistência ao cisalhamento, quando colados em
superfície condicionadas com ácido fosfórico a 37%; em esmalte sem
condicionamento ácido, os dois CIVs alcançaram baixos valores adesivos; os
valores médios alcançados pelo Fuji Ortho LC foram superiores ao Ortho Glass LC,
independente do tipo de superfície; nos grupos com maiores valores médios de
38
resistência, a maioria das fraturas ocorreu na interface braquete compósito.
Rosenbach et al. (2007) avaliaram a influência da resistência ao cisalhamento
de braquetes metálicos colados com resina reforçada com cimento de ionômero de
vidro. Os pacientes foram examinados e incluídos no estudos aqueles que
necessitavam de fazer extrações dos 4 pré molares por razões ortodônticas,
independente da idade, raça, gênero e má oclusão. Após obtenção da aprovação do
comitê de ética iniciou-se o estudo. Após a extração, braquetes de Edgwise
(American Orthodontics, Sheboygan, Wis) foram colados na superfície vestibular de
cada um dos 60 dentes pré molares. A superfície da base do braquete foi
determinada em 13.98mm2. Os dentes foram divididos em 2 grupos com números
iguais de primeiros e segundos pré molares, tanto superiores quanto inferiores, em
cada grupo. Todos os materiais foram misturados e aplicados segundo as instruções
do fabricante por um único operador. No grupo 01, os dentes foram condicionados
com ácido fosfórico a 37% (3M ESPE, St. Paul, MN) por 15 segundos, foram
exaguados com água por 15 segundos e secos. Os braquetes ortodônticos foram
colados com Fuji Ortho LC. No grupo 02, os dentes não foram submetidos ao
condicionamento ácido, as superfícies foram secas com jato de ar livre de óleo e os
braquetes foram colados com Fuji Ortho LC. Uma firme pressão foi usada para
adaptar o braquete na superfície dentaria, fez-se remoção do excesso de cimento
após a colagem. Fez-se a fotopolimerização em cada braquete, com Ortholux XT
Visible Light Curing Unit (3M Unitek, Monrovia, Calif) por 60 segundos, sendo 15
segundos em cada uma das 4 faces. Os pré molares, com os braquetes colados,
foram mantidos na boca dos pacientes até completar 30 dias antes da extração. Os
dentes foram extraídos usando instrumentos cirúrgicos para evitar o contato com os
39
braquetes. Todavia, 7 braquetes foram, acidentalmente descolados durante a
cirurgia. Os dentes extraídos foram lavados e mantidos em solução a 0.1% de timol.
Os espécimes foram montados em anéis de plástico preenchidos com resina
acrílica, uma montagem padrão foi utilizada a fim de alinhar a base do braquete
paralela ao fundo do molde e perpendicular a força aplicada durante o teste de
cisalhamento. A máquina Universal de Instron (São Paulo, SP, Brasil) foi usada para
aplicar uma carga sobre o braquete que produziu uma força de cisalhamento na
interface do braquete. O computador conectado à máquina registrou os resultados
de cada teste em megapascal. As forças de resistência ao cisalhamento foram
medidas a uma velocidade de 0.5mm/min. Após a descolagem, os dentes foram
examinados com um aumento de 10 vezes para analisar a quantidade de resina
remanescente em cada dente. O índice de remanescente adesivo (IRA) foi utilizado
para determinar a quantidade de material remanescente em cada dente; esse índice
faz a determinação seguindo o critério de variação de 0 a 3, sendo eles: 0 – não
existe remanescente adesivo na superfície dentaria, 1 – menos da metade da
superfície foi coberta com o adesivo, 2 – mais da metade da superfície foi coberta
pelo adesivo, 3- a superfície que recebeu o braquete foi totalmente coberta pelo
adesivo. Descrição estatística incluindo média, desvio padrão, valor mínimo e
máximo foram calculados pra cada grupo testado. Os dados de resistência de união
foram testadas quanto à normalidade de acordo com o método “Shapiro-Wilk”. O
“Mann- Whitney U-test” foi usado para checar as diferenças entre os grupos. Análise
de Weibull com relatos de probabilidade de falha quanto a carga aplicada também
foi realizada. O teste “chi-square” foi usado para avaliar as diferenças entre o IRA
entre os grupos. Todas as análises estatísticas foram realizadas com 5% de nível de
significância. Concluiu-se que nas condições da investigação, os resultados não
40
sugeriram diferença na resistência ao cisalhamento dos braquetes colados com Fuji
Ortho LC com ou sem condicionamento ácido; não existe diferenças significativas na
quantidade de adesivo no esmalte entre os dois grupos avaliados; os presentes
resultados indicaram que Fuji Ortho LC é, potencialmente, adequado para as
necessidades de colagem ortodôntica.
Bishara et al. (2008) avaliaram a resistência ao cisalhamento de um novo
adesivo de ionômero de vidro resinoso com alta propriedade de liberação de flúor
quando usado na colagem de braquetes ortodônticos. Foram utilizados 60 molares,
recentemente extraídos, foram coletados e armazenados em uma solução de 0.1%
timol. O critério para seleção dos dentes incluiu esmalte dental intacto, não
submissão a tratamento prévio com agentes químicos, não ter cáries ou fraturas
durante o procedimento cirúrgico. Os dentes foram limpos e polidos com pedra
pomes sem flúor, utilizando taça de borracha, por 10 segundos. A montagem dos
dentes foi feita de forma que ficasse paralela à palheta da máquina e a face
vestibular perpendicular a aplicação da força durante o teste. Dos sistemas adesivos
foram utilizados neste trabalho. GC Fuji Triage (GC America Inc, Alsip, III) que é um
adesivo de ionômero de vidro polimerizável e quimicamente colado à estrutura
dentária. Esse material é um novo ionômero de vidro radiopaco e tem propriedade
de alta liberação de flúor. São usados para selar lesões não cavitadas, assim como
fissuras e fóssulas. A contínua liberação de flúor durante o tratamento ortodôntico
serve para proteção dos dentes à perda de mineral e prevenção de cárie, além de
apresentar uma união forte e durável com a estrutura dentária. O sistema de
colagem Transbond XT (3M Unitek, Monrovia, calif) é uma composição adesiva. Os
braquetes usados foram para incisivos cenrais superiores, usados em todos os
41
dentes (Victory, Series, 3M Unitek). A superfície da base do braquete foi
determinada a 11.7mm2. Os dentes foram divididos de acordo com o condicionador
do esmalte e o adesivo utilizado. No grupo 01, em 20 dentes, o esmalte foi
condicionado com ácido poliacrílico a 10% por 20 segundos e lavados por 20
segundos. O excesso de água foi removido com rolete de algodão. A colagem foi
feita com ionômero de vidro Triage, colocado nos dentes, seguindo as instruções do
fabricante. A capsula do material foi triturada por 10 segundos. O braquete com o
adesivo, foi colocado sobre o dente e fotopolimerizado por 40 segundos (10 seg na
mesial, 10 seg na distal, 10 seg na gengival). No Grupo 02, os 20 dentes foram
condicionados com ácido fosfórico a 37%, por 15 segundos. Os dentes foram
lavados, secos e a colagem foi feita conforme no grupo 01. No Grupo 03, os 20
dentes foram condicionados com ácido fosfórico a 37%, por 15 segundos, foram
lavados e secos, completamente. O selante foi colocado no dente e os braquetes
foram colados com adesivo Transbond XT e polimerizados por 20 segundos. Em
todos os grupos, os braquetes foram pressionados sobre o dente com uma força de,
aproximadamente, 300 g ( Correx Co, Bern, Switzerland) e os excessos removidos
com a sonda exploradora. O procedimento de descolagem foi realizado utilizando a
máquina de teste Zwick (zwick GmbH & Co, Ulm, Germany). Na face oclusogengival
foi aplicada uma força no braquete, produzindo a resistência na interface
braquete/dente. O computador conectado á maquina de teste registrou os resultados
de cada teste realizado. A velocidade da maquina era de 0.5mm/min. Após a falha
de união, os dentes e os braquetes foram examinados com aumento de 10 vezes.
Após a remoção dos braquetes, os remanescentes de adesivo foram avaliados
usando o Índice de remanescente adesivo (IRA) para determinar o grau de adesivo
aderido a superfície do esmalte e base do braquete. Sendo os escores variados de 0
42
a 5, indicando as características das superfícies segundo a analise de IRA. A
descrição estatística incluiu média, desvio padrão e valores mínimo e máximo foram
calculados para cada grupo de dente testado. A analise de variância foi usada para
determinar se havia diferença entre as variações dos grupos. Utilizou o teste
“Ducan’s multiple range” para identificar em quais grupos. Concluiu-se que quando
comparado com o composto adesivo, a resistência ao cisalhamento do novo
ionômero de vidro foi significantemente menor nas primeiras 1 ½ hora após a
colagem tanto no dente condicionado com ácido poliacrílico a 10% quanto no dente
condicionado com acido fosfórico a 37%; todas as características do material deve
ser considerada de acordo com a necessidade clinica do profissional, incluindo
propriedades de trabalho, liberação de flúor e resistência ao cisalhamento.
Figura 07: Cimento de ionômero de vidro FujiOrtho LC e Orthocem (FGM) Fonte: site
do fabricante.
43
3.3. SISTEMAS ADESIVOS COVENCIONAIS X AUTOCONDICIONANTES
Bishara et al. (2002) avaliaram o efeito do primer acídico com liberação de
flúor, na resistência ao cisalhamento de braquetes ortodonticos. Oitenta molares
humanos recém extraídos foram coletados e armazenados em uma solução de 0,1%
(peso / volume) timol. Os critérios para seleção dos dentes incluíram esmalte
vestibular intacto, ausência de qualquer pré-tratamento com agentes químicos (por
exemplo, peróxido de hidrogênio), ausência de rachaduras devido à presença do
fórceps, extração e ausência de lesões de cárie. Os dentes foram limpos e depois
polidos com pedra-pomes e taça de borracha para realização de profilaxia, durante
10 segundos. Braquetes metálicos Ortodônticos para incisivo central (Série A
Victory, a 3M Unitek, Monrovia, Califórnia) foram utilizados neste estudo. A média
de superfície de base foi de 11,9 mm2. Os braquetes foram colados aos dentes de
acordo com um dos quatro protocolos de acordo com as instruções dos fabricantes.
No Grupo 1 (controle): Vinte dentes foram condicionados com gel de ácido fosfórico
37% por 30 segundos. Os dentes foram lavados e secos. O selante foi aplicado, e os
suportes foram colados com Transbond XT (3M Unitek) e fotopolimerizado por 20
segundos de acordo com as instruções do fabricante. No grupo 02, em 20 dentes, o
primer auto-etch Prompt L Pop (3M ESPE) contendo tanto o ácido quanto o primer
foi colocado sobre o esmalte, por 15 segundos e, cuidadosamente, evaporado com o
ar, de acordo com as instruções do fabricante. O material utilizado no presente
estudo é pré-dosado de modo que só é usado para uma aplicação. O sistema de
unica dose no Prompt L Pop-tem dois compartimentos: um contém ésteres fosfóricos
methacrylated ácido, iniciadores e estabilizadores, enquanto o outro contém água,
complexos de flúor, e estabilizadores. Para a ativação, os dois compartimentos são
44
espremidos uns nos outros, ea mistura resultante pode ser aplicada diretamente
sobre a superfície do dente. Os braquetes foram , então colados com Transbond XT,
e fotopolimerizada por 20 segundos como no Grupo 01. No grupo 03, em 20 dentes,
a superfície do esmalte foi levemente seca. A EXL # 547 (3M ESPE) é feito de dois
componentes, e uma gota de cada um foi misturado por 5-10 segundos e esfregou-
se na superfície do esmalte por 10 segundos. Esta camada foi deixado em repouso
por 20 segundos, e a superfície foi levemente seca com ar livre de umidade e de
oleo, e polimerizado por 10 segundos. Os braquetes foram então colados com
Transbond XT e polimerizados por 20 segundos como nos Grupos 01 e 02. O primer
auto-etch EXL # 547 contém organofosforados, resina de metacrilato, hydroxethyl
metacrilato (HEMA), copolímero de ácido poliacrílico, etanol, água e um
fotoiniciador. No grupo 04, em 20 dentes, One-Up James Bond F (J. Morita, EUA
Inc) foi aplicado. Segundo o fabricante, One-Up F Bond é projetado para liberação
de flúor de pelo menos dois anos One-Up Bond é fornecido como duas soluções. O
agente A contém monômero fosfórico, ácido Propanedióico, [10 - [(2-metil-1-oxo-2-
propenil) oxi] decyl] - (9CI) (MAC-10) (adesivo da promoção), Metacrilato bisfenol-A-
glicidil (Bis-GMA), monômeros metracrílicos multifuncionais e co-iniciador. Agente B
contém HEMA, monômeros monofuncionais, água, revestimento de silicato, corante
sensibilizador e derivados de borato. Quando os dois agentes são misturados, o
One-Up líquido F James Bond muda de amarelo para rosa. A mistura é então
aplicada ao dente, por 20 segundos, antes de fotopolimerização que é feita por 15
segundos. Nesse ponto, a camada de primer autocondiconante na superfície do
dente deve voltar-se para uma cor marrom pálida confirmando polimerização. Os
braquetes foram colados com Transbond XT adesivo como nos outros grupos. Cada
braquete foi submetido a uma força de 300 g de compressão com um medidor de
45
força (Correx Co, Bern, Suíça) por 10 segundos, após o qual o excesso foi removido
com uma sonda exploradora. Todas as amostras foram armazenadas em água
deionizada a 37 ° C por 48 horas. Os dentes foram embutidos em anéis fenólicos
com acrílico (Buehler Ltd, Lake Bluff, Ill). Um “gabarito de montagem” foi usado para
alinhar a superfície vestibular do dente perpendicular com a parte inferior do molde.
Cada dente foi posicionado com o dispositivo de teste como um guia, para que a sua
superfície lingual ficasse paralela à força durante o ensaio de resistência ao
cisalhamento. Uma haste de aço com uma ponta achatada foi anexado à máquina
de teste Zwick (Zwick Gm BH & Co, Ulm, Alemanha). Uma carga oclusogengival foi
aplicada ao braquete de produção de uma força de cisalhamento na interface
braquete/dente. Um computador, conectado eletronicamente com a máquina de
teste Zwick, registrou os resultados de cada teste. Forças de resistência ao
cisalhamento foram medidos a uma velocidade de 5mm/min. A análise estatística
descritiva, incluiu a média, Desvio padrão e valores mínimo e máximo foram
calculados para cada um dos três grupos de teste. Análise de variância foi utilizada
para determinar se diferenças significativas estavam presentes na força de união
entre os três grupos. Se diferenças significativas estavam presentes, Teste de
Duncan de alcance múltiplo foi utilizado para determinar qual das médias foram
significativamente diferentes umas das outras. Significância para todos os testes
estatísticos foi pré estabelecido em P ≤ 0,05. Concluiu-se que ao reduzir o número
de passos durante a colagem, os profissionais são capazes de economizar tempo,
bem como reduzir o potencial de erro e contaminação durante o procedimento. Os
presentes resultados indicam que o recém-lançado autocondicionantes primers
contendo tanto os condicionadores de esmalte quanto o primer têm o potencial para
ser utilizado com sucesso em colagem de braquetes ortodônticos.
46
Campista et al. (2003) compararam a resistência ao cisalhamento de três
sistemas adesivos dentários: Concise Ortodôntico, Transbond XT e o Transbond
Plus Self Etching Primer (3M Unitek Dental Products) na colagem de braquetes na
face vestibular de dentes humanos e verificar a relação dos materiais utilizados
quanto ao Índice de Remanescente Adesivo (IRA). Foram utilizados 45 pré molares
extraídos por razoes ortodônticas para serem formados 3 grupos com 15 corpos de
prova cada (ISSO /TR 11405, 1994). Após a extração, os dentes foram
armazenados em solução de timol a 1% e água até o momento do teste. A face
vestibular de cada pré molar foi ligeiramente aplainada com a utilização de uma
politriz (Struers) e lixa d’água a 400 (Norton). Com disco de carborundum (23mm de
diâmetro e 0.7mm de espessura), fez-se um corte na altur da linha amelocementária,
separando a coroa da raíz. A face vestibular de cada coroa, após ser aplainada, foi
colada em uma placa de vidro com a utilização de uma cola em bastão (Pritt-
Henkel). Um anel de PVC (Tigre) com 25mm de diâmetro e 20mm de altura foi
posicionada sobre a coroa do dente, de forma que a mesma se localizasse no centro
do anel. Resina de poliéster autopolimerizável foi vertida dentro do anel, de forma a
cobrir toda a coroa dentária. Esperou-se 24horas para total polimerização da resina.
Todos os corpos de prova foram levados a Politriz para serem submetidos a lixas
d’água de granulações 400 a 600, com isso as superfícies foram aplainadas e o
esmalte exposto. Fez-se profilaxia em todos os corpos de prova, utilizando taça de
borracha (Vicking) em micromotor de baixa rotação (Kavo), pedra pomes (Herjos) e
água destilada por 15 segundos. Em seguida, lavou-se com spray ar/água destilada
e secou-se com papel toalha. A cada 15 corpos de prova uma nova taça de borracha
era utilizada. Posicionou-se um anel de cobre sobre a superfície aplainada do
47
esmalte, sua região central foi preenchida por uma pasta decorrente da mistura da
pasta base e catalisadora do sistema Concise. Esperou-se 4 minutos para
polimerização, antes da remoção dos anéis. 30 corpos de prova receberam, por 20
segundos, condicionamento com ácido fosfórico a 37% e, em seguida, realizou-se
lavagem com spray ar-água e secagem com papel toalha, sendo utilizados 20
segundos para cada um desses procedimentos. Os materiais utilizados foram
manipulados segundo instruções do fabricante. O Grupo A previamente
condicionado com ácido fosfórico a 37% recebeu um adesivo do sistema Concise
Ortodôntico (3M Unitek Dental Products). No grupo B previamente condicionado
como no grupo A , foi aplicado o sistema de adesivo Transbond XT (3M Unitek
Dental Products) que, conforme o fabricante, não necessita de polimerização prévia
à aplicação do compósito. Seguiu-se os mesmos passos do grupo A para o
posicionamento do anel, seu espaço central foi preenchido com Transbond XT e
fotopolimerizado (por cima da tira de poliéster) por 40 segundos com intensidade de
600mW/cm2. Removido o anel bipartido, fez-se uma nova fotopolimerização por mais
40 segundos. No grupo C, os corpos de prova, sem condicionamento ácido fosfórico,
foi utilizado o sistema Transbond Plus Self Etching Primer (3M Unitek Dental
Products). Esse sistema une duas etapas em um púnico procedimento, primeiro
ocorreu a mistura do condicionante ácido com o adesivo, em seguida, aplicou-se
sobre a superfície do esmalte dos corpos de prova. Esperou-se 3 segundos, devido
a recomendações do fabricante, para se iniciar o procedimento de colagem. Os
corpos de prova foram armazenados em estufa (Quimis) a +/- 370C, com 100% de
umidade durante 07 dias. Após esses dias, os corpos de prova foram submetidos ao
teste de cisalhamento, em uma máquina EMIC, aplicou-se uma carga paralela à
área de colagem, com uma velocidade de deformação de 0.5mm/min (ISSO TR
48
11405, 1994), com célula de carga máxima de 50kg. A resistência foi expressa em
Newton, foi dividida pela área do corpo de prova expressa em m2 e convertida em
Megapascal (MPa). Após realização do teste, os corpos de prova foram obsevados
ao microscópio optico com 15 vezes para leitura do IRA, estipulando que 0- nenhum
material de colagem sobre a superfície, 1 – menos de 50%, 2- mais de 50%, 3-
100% de material de colagem na superfície de esmalte. Os resultados foram obtidos
e realizou-se o tratamento estatístico, foram comparados e analisados através do
teste-parâmetro Kruskal-Wallis ao nível de significância de 5% para identificação de
diferença dentro dos grupos. Concluiu-se que não há diferença estatística
significativa na resistência de colagem entre grupos avaliados , embora Self Ethcing
Primer numericamente, o Transbond Plus Self Etching Primer apresentasse média
mais elevada e menor desvio padrão mostrando valores mais homogêneos; de
acordo com os valores de IRA, percebemos que o material com maior quantidade de
remanescente foi o Concise Ortodôntico, seguido do Transbond Plus e com menor
IRA o Transbond XT. Não foi observado, através do microscópio óptico, qualquer
fratura coesiva em esmalte após o teste de resistência ao cisalhamento.
Lopes et al. (2003) compararam a resistência de união de braquetes
ortodônticos ao esmalte tratado com dois sistemas condicionantes: um novo sistema
adesivo autocondicionante (Transbond XT Self Eatching Primer, 3M Unitek) e o
tradicional ácido fosfórico a 35% (3M). Para este trabalho, utilizou-se 25 incisivos
inferiores humanos livres de cárie, estes foram montados em resina acrílica
autopolimerizável (Dencor) e divididoa, aleatoriamente, em dois grupos com 10
elementos cada. No grupo teste o esmalte foi tratado com sistema adesivo
autocondicionante (Transbond XT Self Eatching Primer, 3M Unitek) seguindo as
49
recomendações do fabricante (aplicar por 3 segundos em cada dente, para toda a
arcada, secar com leve jato de ar ao final da aplicação). No grupo controle, o ácido
ortofosfórico a 35% (StochBond Etchant Gel, 3M) foi aplicado durante 15 segundos,
lavado abundantemente com jato de ar/água proveniente de seringa tríplice. Para
ambos os grupos, a resina fotopolimerizável (Transbond XT, 3M Unitek) foi utilizada
para colar braquetes ortodônticos (Morelli) para incisivos inferiores (tamanho 2mm x
2mm). Após ficarem armazenados 24horas em água, os corpos de prova foram
submetidos ao ensaio de cisalhamento em máquina de ensaio Instron 4444
(5mm/min). Os dados de resistência de união foram analisados com teste t. Para a
análise microscópicas, 6 amostras de esmalte polido foram divididas aleatoriamente,
em dois grupos de 3 elementos cada. No grupo teste o esmalte foi tratado com
sistema adesivo autocondicionante (Transbond XT Self etching Primer, 3M Unitek),
aplicado durante 3 segundos, deixando em repouso por mais 12 segundos, em
seguida, seco com jato de ar com a seringa tríplice. No grupo controle, a ácido
ortofosfotico a 35% (Scoth Bond Etching Gel 3M) foi aplicado durante 15 segundos e
lavado da mesma forma. Todas as amostras foram secas com jato de ar, montadas
em porta amostras, recobertas metalicamente com Ouro/Paládio e observadas ao
microscópio eletrônico. Concluiu-se que a alta capacidade de desmineralização do
sistema autocondicionante testado (Transbond SEP, 3M Unitek) propicia adequada
resistência de união para colagem de braquetes ortodônticos, apresentando média
de resistência de união similar à do condicionante tradicional.
Sirirungrojying et al. (2004) estudaram a evolução dos efeitos do Megabond
quando usado com Superbond C&B, a 4- metacriloxietil anidro trimetil ( 4-META) /
metil metacrilato (MMA) tri-n-butil borane (TBB) resina, para colagem de braquetes
50
metálicos em esmalte humano e para examinar a influência da saliva na
contaminação para a resistência ao cisalhamento. Foram utilizados 120 pre molares,
foram feitos 6 protocolos para cada grupo de 20 dentes. Os dentes foram embebidos
em resina acrílica para a colagem ser feita na face vestibular. Após a polimerização
da resina acrílica, as superfícies dos dentes onde seriam colados os braquetes,
foram polidas com pasta profilática por 10 segundos. Os dentes não foram alterados
antes da aplicação do self etch primer e da colagem. Braquetes metálicos
ortodônticos (SAtandar Edgwise 100-1100, Dentsplay-Sankin K.K., Tokyo, Japão)
para pre molares foram usados neste estudo. A determinação da área da base do
braquete foi determinada em 9.64mm2. Os braquetes foram colados nos dentes de
acordo com os protocolos específicos para cada grupo. Megabond (Kuraray Medical
Inc., Tokyo, Japão) foi usado com Self etching primer. Megabond é um composto de
10-metacriloxidecil fosfato dihidrogenado (MDP), 2- hidroxietil metacrilato (HEMA) e
dimetacrilato polifuncional. Esse primer é um componente d Sistema “Clearfil
Megabond” (Kuraray Medical Inc.), também conhecido como Clearfil SE Bond. Os
procedimentos de colagem foram realizados da seguinte forma, os dentes foram
aleatoriamente divididos em 6 grupos e colados de acordo com cada protocolo
especifico. Em todos os protocolos, Superbond C&B cimento resinoso foi usado para
a colagem. Inicialmente, um catalizador parcialmente oxidado TBB, foi adicionado ao
monômero de 4-META e MMA para preparar um liquido de monômero ativado
polimerizado. Em seguida o pó de polímero foi misturado ao liquido ativador
monômero para serem usados na colagem dos braquetes metálicos na superfície do
esmalte usando técnica de imersão da escova. No grupo 01, os dentes foram
condicionados com ácido fosfórico em gel a 65% por 30 segundos, lavados por 20
segundos e secos com jato de ar. O braquete metálico ortodôntico foi colado no
51
esmalte condicionado usando cimento resinoso Superbond C&B de acordo com os
procedimentos acima. No grupo 02, cada dente foi condicionado com ácido fosfórico
em gel a 65% por 30 segundos, lavados e secos, cada superfície condicionada foi
contaminada com 20ml de saliva humana. O fluido contaminado foi colocado sobre a
superfície durante 30 segundos simulando as condições clinicas. Após o sopro da
saliva por 5 segundos com jato de ar, o braqute metálico ortodôntico foi colado no
esmalte de acordo com os procedimentos acima. No grupo 03, os dentes foram
condicionados com ácido fosfórico a 65% por 30 segundos, lavados e secos, cada
superfície contaminada foi contaminada com 20ml de saliva humana, por 30
segundos. Após o sopro da saliva, as superfícies foram recondicionadas com ácido
fosfórico a 65% por 30 segundos. Os braquetes metálicos foram colados ao esmalte
de acordo com os procedimentos acima. No grupo 04, ácido self etching primer ,
megabond foram aplicados no esmalte por 30 segundos, com compressão de ar
sobre a superfície, o excesso de material foi evaporado, os braquetes metálicos
foram colados ao esmalte usando cimento resinoso Superbond C&B de acordo com
os procedimentos acima. No grupo 05, Megabond foi aplicado no esmalte por 30
segundos, com compressão de ar o excesso do primer foi evaporado. Então, o self
tching colocado sobre o esmalte foi contaminado com 20ml de saliva humana, por
30 segundos para simular as condições clinicas. Após o sopro da saliva da saliva
com 5 segundos, os braqutes metálicos foram colados ao esmalte de acordo com os
procedimentos descritos acima. No grupo 06, Megabond foi colocado no esmalte por
30 segundos, o excesso de solução foi evaporado com compressão de ar. Então, o
self etching colocado no esmalte foi contaminado por 20 ml de saliva humana, por
30 segundos. Após o sopro da saliva por 5 segundos, o dente contaminado foi
tratado com Megabond por 30 segundos. O excesso do material foi evaporado com
52
compressão de ar. O braquete ortodôntico foi colado no esmalte de acordo com
procedimentos descritos. Cada braquete foi sujeito a uma força de 300g de acordo
com Bishara et.al., e o excesso da resina colada foi removido com sonda
exploradora. Após a polimerização da resina, todas as espécimes foram
armazenadas em água deionizada a 370C por 24 horas. A força de resistência ao
cisalhamento foi medida de acordo com método de Noguchi usando a maquina de
teste (TCM – 500CR, Shinkoh, Tokyo, Japão) a uma velocidade de 2mm/min. A
resistência ao cisalhamento foi expressa em megapascal. Após a descolagem, os
dentes e os braquetes foram examinados com um aumento de 10 vezes. As
características da descolagem para cada espécime foi determinada usando o IRA,
com escores variando de 0 a 3. A análise estatística foi realizada para cada grupo
testado, As diferenças foram avaliadas pela análise de variância (ANOVA) e teste de
Fisher para múltipla comparação. As superfícies do esmalte humano foram
avaliadas foram observadas usando o microscópio eletrônico (FE-SEM; JSM -
6340F, JEOL, Tokyo, Japan), após realizar polimento e profilaxia nos grupos
testados. Os dentes condicionados com ácido fosfórico incluindo Superbond C&B
por 30 segundos, foram lavados por 20 segundos, desidratados com etanol, secos
em um aparato de secagem de íon revestidos de platina, de acordo com o método
de Ithon et al. Os outros grupos, os dentes foram tratados com Megabond por 30
segundos, o excesso removido com compressão de ar, a superfície foi embebida
com acetona por 30 segundos para remover os compostos orgânicos do self etching
primer, as espécimes também foram desidratadas e secos em um aparato de
secagem de íon revestidos de platina, de acordo com o método de Ithon et al. De
acordo com a apresentação dos resultados, concluiu-se que ao usar Superbond
C&B como adesivo para colagem ortodôntica Megabond é o melhor canditado que
53
condicionamento da superfície com ácido fosfórico. O uso do Megabond economiza
o tempo de lavagem e causa uma menor perda da superfície do esmalte. Além disso
a contaminação da saliva não fez diferença na resistência ao cisalhamento, não
havendo necessidade de aplicar o self etching primer após contaminação da saliva.
Campoy et al. (2005) avaliaram o efeito da contaminação com saliva em
diferentes estágios do processo de colagem de braquetes usando o primer auto-
condicionante Adper Prompt L-Pop (3M ESPE, Minneapolis, Minn) ea resina
ortodôntica Transbond XT sistema adesivo (3M). Setenta pré-molares superiores
humanos, livres de cáries e restaurações foram utilizados. Estes, foram extraídos
por razões ortodonticas e com o consentimento dos pacientes.Os dentes foram
lavados com água para remover qualquer vestígio de sangue e depois armazenado
em uma solução de timol 0,1%. Foram armazenados em água destilada, a qual foi
mudada periodicamente, para evitar a deterioração. Em nenhum caso, um dente foi
armazenados por mais de um mês após a extração.Setenta braquetes metálicos
para pré-molares superiores foram usados (Série Victory, 3M Unitek Dental
Products, Monrovia, Califórnia). A superfície de base de cada braquete foi calculado
(média = 9,79 mm2), utilizando equipamentos de análise de imagem e MIP 4
software (Software Micron Processamento de Imagem, Sistemas de Imagem Digital,
Barcelona, Espanha). Os 70 pré-molares superiores foram divididos em quatro
grupos, e a colagem foi feita na superfície vestibular, de acordo com as instruções
fornecidas pelo fabricante de cada produto. Para todos os grupos, as superfícies
vestibulares foram polidas com uma taça de borracha e pasta de polimento
(Détartrine, Septodont, Saint-Maur, França).Grupo 1 (n = 25), não contaminadas
(controle). Adper PLP foi, cuidadosamente, espalhado sobre o esmalte, por 15
54
segundos, com as peças descartáveis fornecidas com o sistema. A fonte de ar livre
de umidade foi usado para fornecer um jato suave de ar para o primer. O SEP foi
fotopolimerizado, por 10 segundos. Transbond XT pasta foi aplicada à base do
braquete, que foi, então pressionado, firmemente, ao dente. O excesso de adesivo
foi removido ao redor da base do braquete, e o adesivo foi fotopolimerizado, com o
posicionamento do guia de luz de uma lâmpada Ortholux XT (3M Unitek Dental
Products) em cada lado interproximal, por 10 segundos. No Grupo 2 (n = 15) fez-se
aplicação de saliva, antes do primer. Saliva humana foi aplicada com um pincel na
superfície vestibular, até que foi totalmente contaminada. Então, o braquete foi
colado com Adper PLP e Transbond XT, como no grupo 1. No grupo 3 (n=15), fez-se
contaminação por saliva apos aplicação do primer. Adper PLP foi, cuidadosamente,
escovado sobre o esmalte, por 15 segundos com as ferramentas descartáveis
fornecidas com o sistema. O jato de ar livre de umidade foi usado para fornecer um
jato suave de ar para o primer. O SEP foi fotopolimerizada, por 10 segundos. Em
seguida, a superfície do esmalte foi contaminada com saliva como no grupo 2.
Depois disso, o braquete foi colado com Transbond XT como no grupo1. Grupo 4 (n
= 15) aplicação de saliva antes e depois da colagem. A superfície do esmalte foi
contaminada com saliva como no grupo 2. Então, Adper PLP foi, cuidadosamente,
escovado no esmalte, por 15 segundos, com as ferramentas descartáveis fornecidas
com o sistema. O Jato de ar livre de umidade foi usado para fornecer um jato suave
de ar para o primer. O Self Etching Primer foi fotopolimerizado, por 10 segundos.
Depois, o procedimento foi repetido e fez-se a contaminação mais uma vez. Então, o
braquete foi colado com Transbond XT colar como no grupo 1. A saliva foi coletada
de um dos autores deste estudo, que foi instruído a escovar os dentes e não ingerir
nenhum tipo de alimento, durante uma hora antes da saliva ser coletada. Uma
55
camada de saliva foi aplicada sobre o dente com uma escova. Após a contaminação
com saliva, a superfície do esmalte não foi tratada. Os espécimes foram imersos em
água destilada a uma temperaturade 37°C por 24horas. Resistência ao cisalhamento
foi medida com uma máquina de teste universal (Autograph AGS-1KND, Shimadzu,
Kyoto, Japão) com uma célula de carga uma kN-conectado a uma haste de metal
com uma extremidade em ângulo de 30 °. A velocidade foi 1mm/min.Os dentes
foram fixados em base da máquina para que a ponta da haste de incisão na área
entre a base e as asas do braquete, exercendo uma força paralela à superfície do
dente em uma direção oclusogengival.A força necessária para descolagem de cada
braquete foi registrada em newtons (N) e convertida em megapascals, como uma
proporção da força de descolagem para a área da superfície do braquete (MPa =
N/mm2). A percentagem da superfície da base do braquete coberta por adesivo foi
determinada utilizando um equipamento de análise de imagem (Sony dxc 151-ap
câmera de vídeo, conectada a um microscópio Olympus SZ11) e software MIP.A
percentagem da área ainda ocupada por adesivo remanescente no dente, após a
descolagem foi obtida subtraindo a área de adesivo que cobre a base de suporte de
100%. A análise estatística foi feita utilizando-se os testes de normalidade
Kolmogorov-Smirnov e Levene o teste de homogeneidade de variância foi aplicado
aos dados de resistência de colagem. Os dados mostraram uma distribuição normal
e não havia homogeneidade das variâncias, foram analisados usando-se
ANOVA,para encontrar aqueles grupos que foram significativamente diferentes,
com o significado mínimo Diferenças, DMS, teste (P <0,05). Concluiu-se que os
maiores valores de resistência de união foram obtidos quando a contaminação não
ocorreu; foram observadas diferenças significativas entre a resistência de união do
grupo controle e o grupo em que a contaminação ocorreu antes da aplicação do
56
Adper PLP. Diferenças significativas também foram observadas entre o grupo
controle e o grupo em que ocorreu a contaminação saliva antes e após a aplicação
do adesivo; não foram observadas diferenças significativas no índice de
remanescente adesivo entre os grupos avaliados; nossos resultados sugerem que a
contaminação após fotopolimerização de SEPs tem uma menor influência sobre a
redução da resistência ao cisalhamento de contaminação antes de aplicar o primer.
Attar et al. (2007) avaliaram e compararam os efeitos de um e dois passos de
primer auto-condicionante e adesivo com o sistema de condicionamento ácido e
colagem convencional sobre a resistência ao cisalhamento de braquetes
ortodônticos. Quarenta e dois pré-molares humanos (21 maxilar e mandibular 21)
extraídos para fins ortodônticos foram coletados e armazenados em água
deionizada. Dentes com esmalte hipoplásico, fraturas ou cárie foram excluídos.
Cada dente foi montado verticalmente na resina acrílica autopolimerizavel para que
a coroa ficasse exposta. Os dentes foram limpos e polidos com pó não fluoretado de
pedra-pomes (Moyco Industries, Philadelphia, Pa), com uma taça de borracha para
profilaxia, por 10 segundos e depois lavados com um água corrente, durante 10
segundos. Os 42 pré-molares foram divididos, aleatoriamente, em três grupos,
incluindo setedentes superiores e inferiores em cada grupo. Os braquetes foram
colados por três diferentes protocolos de acordo com as instruções do
fabricante.Para o grupo 01, (grupo controle), superfícies de esmalte foram
condicionados com ácido fosfórico 40% em gel(Kuraray Medical, Inc, Osaka, Japão)
por 20 segundos e lavados com spray ar/água livre de óleo. Kurasper F Bond
(Kuraray Medical, Inc, Osaka, Japão) foi aplicado nas superficies condicionadas com
uma ponta de pincel e foi fotopolimerizada por 10 segundos. No grupo 02, utilizou-se
57
Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical), uma de duas etapas de primer auto-
condicionante e um sistema adesivo. O Clearfil Protect Bond foi aplicado sobre o
esmalte, por 20 segundos e, cuidadosamente, seco com jato de ar. O Clearfil Protect
adesivo (agente de ligação) foi aplicado, seguido por um jato de ar leve e 10
segundos de fotopolimerização.Para o grupo 03, Clearfil tri-S Bond (Kuraray
Medical, Inc), um passo de primer auto-condicionante e sistema adesivo, foi aplicado
sobre o esmalte, por 20 segundos, cuidadosamente, seco com jato de ar, por 5
segundos, e fotopolimerizado, por 10 segundos. Braquetes metalicos de aço
inoxidável (Generoso Roth Brackets do GAC International Inc, Islandia, NY) foram
utilizados em todos os dentes, com uma média superfície de base de 12,13 mm2.
Todos os braquetes foram colados com o mesmo material (Kurasper Colar F,
Kuraray Medical, Inc) e fotopolimerizado por 20 segundos, nas faces mesial e distal
dos braquetes, respectivamente. Todas as fotopolimerizações foram realizadas com
um LED LCU (Elipar Livre Light, 3M ESPE, St Paul, MN, EUA). Todas as amostras
foram armazenadas em água deionizada a 37 ° C por 48 horas. Um gabarito de
montagem foi usado para alinhar a superfície vestibular do dente perpendicular ao
fundo do molde. Cada dente foi posicionado com o dispositivo de teste como um
guia de tal forma que sua superfície lingual foi paralela à força durante o ensaio de
resistência ao cisalhamento. Uma haste de aço com uma ponta achatada foi
anexado a máquina de teste Zwick (Zwick máquina de teste, Zwick GmbH & Co,
Ulm, Alemanha). Uma carga oclusogengival foi aplicada ao braquete, produzindo
uma força de cisalhamento na interface braquete/dente. Um computador que estava
conectado à máquina de teste Zwick registrou os resultados de cada teste. Forças
de resistência ao cisalhamento foram medidas em uma velocidade de 5 mm / min. A
força foi diretamente registrada em newtons (N) e convertida em megapascals (MPa)
58
com a seguinte equação: força de cisalhamento (MPa) = descolamento de força (N) /
(w / l) (mm2), onde w = largura da base do braquete, l = altura da base de suporte, e
1 MPa = 1 N/mm2. Após a descolagem, os dentes e os braquetes foram examinados
sob microscópio estereoscópico (Leica MS5, Singapura), com ampliação em 10
vezes para observar qualquer adesivo remanescente na superfície do braquete e
foram marcados usando o ARI modificado ARI,com gama de pontuação 5-0 (5 =
100% de adesivo deixado no braquete, 4 = 100% -75% de adesivo no braquete, 3 =
75% - 50% de adesivo deixado no braquete, 2 = 50% -25% de adesivo deixado no
braquete, 1 = menos de 25% de adesivo deixado no braquete, 0 = nenhum adesivo
no braquete). A estatística descritiva, incluindo a média, desvio padrão e valores
mínimo e máximo, foram calculados para cada um dos três grupos de teste. Uma
forma de análise de variância foi utilizada para análise estatística.Significância foi
definida em um valor de probabilidade de P <0,05. Concluiu-se que um adesivo
auto-condicionante e de dois passos e adesivo autocondicionante antibacterianos
têm propriedades mecânicas suficientes para a colagem de braquetes ortodônticos;
o efeito antibacteriano e procedimentos de simplificado destes sistemas faz com que
sejam uma boa escolha para a colagem ortodôntica.
Northup et al. (2007) compararam a resistência ao cisalhamento de dois
adesivos usando dois tipos de braquetes: o convencional e o auto ligado. Foram
utilizados neste estudo, sessenta pré-molares extraídos recentemente e com
ausência de cáries foram coletados e armazenados em água destilada à
temperatura ambiente. Os dentes foram divididos aleatoriamente em três grupos,
sendo eles: Grupo 01, no qual usou-se a técnica de colagem direta com
fotopolimerizador, adesivo ortodôntico, Transbond XT (3M/Unitek Corporation,
59
Monrovia, Califórnia), junto com Transbond XT primer fotopolimerizável (3M / Unitek
Corporation). O braquete foi metalico de aço inoxidável convencional 0,022 de slot
maxilar para segundo pré-molares superior direito, duplos, com -9 ° torque e 3 ° de
ponta (Orthos, Ormco Corporation, Glendora, Califórnia); no Grupo 02, também
colado na tecnica direta, usou-se adesivo fotopolimerizável, Transbond XT,
juntamente com Transbond XT Primer fotopolimerizavel. O braquete utilizado foi um
superior, com slot de 0,022, para segundo pre molar direito, metalico de aço
inoxidavel, autoligado (Damon 2, Ormco Corporation). No Grupo 03 utilizou-se
adesivo fotopolimerizável Blūgloo (Ormco Corporation) e resina fotopolimerizável
Orthosolo (Ormco Corporation) para colar um braquete de pre molar superior com
slot de 0.022, autoligado (Damon 2, Ormco Corporation) na tecnica direta.A área da
base dos braquetes foi medida por análise de imagem de software (Image-Pro Plus,
Media Cybernetics, Inc., Silver Spring, MD). As medidas das áreas foram 9,92 mm2
para os braquetes de Orthos e 10,79 mm2 para o Damon e ambas as bases suporte
incluído projeto de Optimesh Ormco. Um microscópio eletrônico de varredura (JSM-
35, Jeol Ltd, Tóquio, Japão). Os braquetes são mostrados descolados após a
remoção de qualquer adesivo remanescente superfície por sonicação em
metanol.Os dentes foram manuseados e preparados exclusivamente pelo mesmo
operador. Todos os dentes foram limpos com pedra pomes, água. Taça de borracha
para profilaxia, por 10 segundos e, em seguida, lavadas e secas com uma seringa
de ar-água por 5-10 segundos. O condicionamento ácido foi feito com ácido fosfórico
gel a 35%, que foi aplicado por 20 segundos, seguido de enxague completo, por
mais 15 segundos. Os dentes foram novamente secos com a seringa de ar-água por
20 segundos e inspecionados para garantir uma aparência fosca. Para os grupos 01
e 02, uma fina camada de Transbond XT primer foi aplicado a cada dente
60
individualmente por uma técnica de colagem direta e fotopolimerizada por 5
segundos com uma luz LED Ortholux Cura (3M/Unitek Corporation). Transbond XT
adesivo foi então aplicado à base do braquete, e um braquete foi posicionado a cada
dente. O braquete foi centrado na vestibular da coroa do dente mésio-distalmente e
ao longo do eixo do dente. Após o braquete ter sido centrado, o excesso de adesivo
foi removido com um instrumento manual sonda exploradora, fez-se então,
fotopolimerização, por 10 segundos sobre a face mesial e na distal. Para o grupo 03,
também colado diretamente, uma fina camada de Orthosolo primer (Ormco
Corporation) foi aplicado ao dente. O adesivo neste grupo foi Blūgloo, que foi
aplicado da mesma forma como descrito acima. Após a colagem, cada dente foi
seccionado cerca de 2-3 mm da junção ameloementaria, com uma peça de mão de
alta velocidade e uma broca carbide. Os espécimes foram, então, montados em
acrílico e armazenados em água destilada a 37 ° C por ± 24 horas. Após o
armazenamento, os braquetes foram descolados com uma carga de cisalhamento
aplicada por uma máquina de ensaio universal (Instron Corporation, Canton, Mass)
com uma velocidade de 0,1 mm/min. As amostras foram colocadas na máquina de
modo que a lâmina de corte usada para descolagem dos suportes fosse o mais
próximo possível da base do braquete/interface dente e paralelas ao longo eixo do
dente, a fim de aplicar a força de cisalhamento. A carga máxima para descolagem
foi arquivada.Após a descolagem, cada dente e o braquete foi examinado, com um
estereomicroscópio Spenser óptica com uma fonte de luz externa e dado um valor
de acordo com o Índice de Adesivo Remanescente (ARI). Os valores possíveis para
o IRA são os seguintes: 0- nenhum adesivo à na superficie do dente, 1- menos da
metade do adesivo sobre o dente, 2- mais da metade do adesivo na superficie do
dente, 3- grande quantidade de adesivo na superficie do dente com uma impressão
61
da malha suporte. Uma análise “one-way” de variância (ANOVA) e teste de Tukey
foram usados para analisar as diferenças na resistência ao cisalhamento entre os
três grupos. Uma análise de Weibull foi realizada para determinar a confiabilidade de
resistência de união em certas cargas. Além disso, um teste de Kruskal-Wallis foi
utilizado para determinar diferenças estatisticamente significativas nos escores do
IRA entre os grupos. O nível de significância estatística foi estabelecido em 0,05.
Concluiu-se que apesar de uma diferença estatisticamente significativa na
resistência de união entre o grupo de braquete convencional e ambos os grupos de
braquete autoligado, os três grupos, são clinicamente aceitáveis, em relação a
resistencia ao cisalhamento in vitro; não há nenhum compromisso na resistência de
união ao usar Blūgloo Ormco; escores do IRA para os três grupos não foram
significativamente diferentes.
Oliveira et. al (2007) avaliaram a resistência ao cisalhamento da união e o
Índice de Remanescente Adesivo (IRA) de braquetes ortodônticos metálicos e de
policarbonato colados com e sem adição do Orthoprimer. Utilizou-se 60 incisivos
inferiores permanentes bovinos, devidamente limpos, armazenados em solução de
formol a 10% e estocados em geladeira a uma temperatura de aproximadamente
60C. Os dentes foram incluídos em anéis de PVC rígido (Tigre, Joenville, Brasil) com
gesso pedra especial (Durone – Dentsplay, Petrópolis, Brasil)de tal forma que que
apenas suas coroas ficaram expostas. Na inclusão, as superfícies vestibulares
dessas coroas foram posicionadas perpendicularmente à base do troquel com o
auxilio do esquadro de vidro em ângulo de 900 com finalidade de possibilitar correto
ensaio mecânico. Após a cristalização do gesso, todos os conjuntos foram
armazenados em água destilada e novamente em geladeira. Previamente a
62
colagem, as coroas receberam profilaxia com taça de borracha (Viking, KG
Sorensen, Barueri, Brasil), pedra-pomes extrafina (SS White, Juiz de Fora, Brasil) e
água por 15 segundos, em seguida, procedeu-se à lavagem com spray ar-água por
15 segundos e secagem com jato de ar livre de óleo e umidade pelo mesmo tempo.
A cada cinco profilaxias a taça de borracha era substituída como padronização do
procedimento. Realizou-se o condicionamento ácido do esmalte com ácido
ortofosfórico a 37% por 15 segundos, lavagem e secagem por mesmo tempo. Após
o condicionamento os corpos de prova foram divididos em 6 grupos com 15
elementos. No Grupo 01 aplicou-se XT primer, com compósito Transbond XT na
base do braquete metálico, fez-se posicionamento e remoção dos excessos e
fotopolimerizou-se por 40 segundos. No grupo 02, aplicou-se Ortho primer Morelli,
colocou-se o compósito Transbond XT na base do braquete metálico, posicionou-se
e removeu-se os excessos, fotopolimerizou-se por 40 segundos. No grupo 03,
aplicou-se XT primer, colocou-se o compósito Transbond XT na base do braquete de
policarbonato, posicionou-se, removeu-se os excessos e fotopolimerizou-se por 40
segundos. No grupo 04, aplicou-se o Ortho primer Morelli, colocou-se o compósito
transbond XT na base do braquete de policarbonato, posicionou-se, removeu-se os
excessos e fotopolomerizou-se por 40 segundos. No grupo 01(controle) e 02, foram
utilizados braquetes de incisivos superiores (Morelli, Sorocaba, Brasil) com área de
base de 14,02mm2 e nos grupos 03 e 04 foram utilizados braquetes de
policarbonato (Composite, Morelli, Sorocaba, São Paulo). Após a colagem, os
corpos de prova foram armazenados em água destilada e mantidos em estufa
durante 24 horas à temperatura de 370C. O teste de resistência ao cisalhamento foi
realizado em uma máquina universal de ensaios mecânicos (Instron Corporations,
Conton, USA) operando a uma velocidade de 0.5mm/min. Através de uma ponta
63
ativa em cinzel. Os resultados foram obtidos em Kgf, transformados em Newton (N)
e divididos pela área da base do bráquete fornecendo resultados em Mpa (Mega
Pascal). Após o teste de resistência, as superfícies foram avaliadas em lupa
estereoscópica (Carl Zeiss, Gottingen, Alemanha) com aumento de 8 vezes para ser
qualificado o índice de remanescente adesivo (IRA), conforme os critérios
padronizados por Artun e Bergland (1984), sendo: 0- nenhum material aderido ao
esmalte, 1- menos da metade, 2- mais da metade, 3- todo material aderido ao
esmalte. Os resultados foram submetidos a analise de variância ANOVA e,
posteriormente ao teste de Tukey para comparação do controle com os demais
tratamentos. Utilizou-se, na avaliação dos escores de IRA, o teste de Kruskal –
Wallis. Concluiu-se que os braquetes metálicos e os de policarbonatos obtiveram
resultados satisfatórios na resistência ao cisalhamento; a substituição do XT primer
pelo Ortho primer nos grupos que utilizaram braquetes metálicos, não influenciou a
resistência adesiva; a aplicação de Ortho primer no grupo que utilizou braquetes de
policarbonato obteve resultados estatisticamente superior aos que utilizaram XT
primer.
Fartina et al.(2008) avaliaram a resistência ao cisalhamento de diferentes
matérias de colagem em braquetes metálicos. Para este estudo foram utilizados 50
primeiros pré molares superiores humanos hígidos, obtidos no banco de dentes da
Universidade de Passo Fundo, com aprovação do Comitê de Ética em pesquisa da
UFF (registro 248/2006). Os dentes foram incluídos em resina acrílica
autopolimerizável incolor (JET – Classico; São Paulo – SP, Brasil), em um cilindro de
PVC (TIGRE; São Paulo, SP, Brasil) de 25mm de diâmetro por 20mm de altura, de
tal forma que todas as superfícies vestibulares ficassem voltadas para a superfície
64
externa do cilindro de PVC. Para cada grupo, foram utilizados 10 dentes, dos quais 3
grupos foram tratados com sistemas adesivos precedidos de condicionamento ácido
e dois, com sistema adesivo autocondicionante, da seguinte forma: G1 (controle), as
superfícies do esmalte foram condicionadas com ácido fosfórico a 37% (cond AC 37
– FGM; Joenville, SC, Brasil) por 30 segundos, lavadas com água por 15 segundos
e secas com ponta de papel absorvente. Foram feitas duas aplicações do primer,
esperando-se 20 segundos entre cada uma, aplicou-se o Bond do sistema
Superbond Multi – Purpose (3M ESPE; St Paul, Minessota, EUA), fotopolimerizou-se
por 20 segundos com aparelho Radii3 (SDI; São Paulo, SP, Brasil). No G2, as
superfícies do esmalte foram condicionadas da mesma forma que em G1, foram
feitas duas aplicações do adesivo Excite (Ivoclar Vivadent, São Paulo, SP, Brasil),
aguardando-se 20 segundos entre cada aplicação e fotopolimerizou-se por 20
segundos. No G3, aplicou-se o primer Clearfil SE Bond (Kuraray; Okama, Japão) e,
em seguida, soprou-se um leve jato de ar por 2 segundos e fotopolimerizou-se por
20 segundos. No G4, as superfícies do esmalte foram condicionadas com acido
fosfórico a 37% da mesma maneira que para o G1, foram feitas duas aplicações de
adesivo Single Bond (3M ESPE, St Paul, Minessota, EUA), aguardando 20
segundos entre cada uma, em seguida, fotopolimerizou-se por 20 segundos. No G5,
os líquidos de A e B do sistema adesivo Xeno III (Dentsply, Konstanz, Germany)
foram misturados em um godet e aplicados duas vezes na superfície dental com
microbrush, aguardando-se entre acada aplicação o tempo de 20 segundos, após a
segunda aplicação, fotopolimerizou-se por 20 segundos. Para todos os grupos a
resina fotopolimerizavel Morelli (Orthobond Morelli, Sorocaba, SP São Paulo, Brasil)
foi usada para colagem dos braquetes ortodônticos (Abzil; São Jose do Rio Preto,
SP, Brasil), os quais foram posicionados no centro da coroa clinica dos dentes
65
(ponto EV), de acordo com Andrews (1989, apud Capelloza Filho et al, 1999). Após
24 horas em água destilada a 370C, os corpos de prova foram submetidos ao ensaio
de tração em máquina de ensaio universal (EMIC DL 2000; são Jose dos Pinhais,
PR, Brasil) a 0.5mm/min, com célula de carga de 200N. Os corpos de prova foram
posicionados perpendiculares à força de tração. Para realização do teste, fios
ortodônticos foram utilizados para unir os braquetes á parte ativa da maquina de
ensaio. Antes da realização do teste, realizou-se a mensuração da área da base do
braquete com o paquímetro digital (Vonder, paquímetro eletrônico Digital, Curitiba,
PR, Brasil) e a resistência ao cisalhamento em MPa, foi calculado dividindo-se a
força pela área da base do braquete. Aplicou-se os testes ANOVA/ NEWTON
KEULS para os dados obtidos da força de união, além da realização da analise
estatística. Concluiu-se, com base nos materiais examinados e nos resultados
obtidos neste estudo, que os sistemas adesivos com valores de resistência mais
satisfatórios de braquetes ortodônticos foram o Excite e o Scothcbond Multi Purpose,
o Single bond foi o adesivo precedido por condicionamento ácido que apresentou os
mais baixos valores de resistência ao cisalhamento, tendo sido semelhante aos
autocondicionantes; a colagem de braquetes pelos adesivos precedido por
condicionamento ácido fosfórico mostrou melhores valores de resistência de união
do que os adesivos autocondicionantes.
Penido et al. (2008) avaliaram a resistência ao cisalhamento de braquetes
metálicos colados em dentes humanos com resina fotopolimerizável com luz
halógena por meio de ensaios mecânicos de cisalhamento. Neste estudo foram
realizados ensaios mecânicos in vivo utilizando equipamento digita (Gauge) e in vitro
utilizando máquina de ensaios mecânicos universal, com e sem termociclagem dos
66
corpos de prova. Foram utilizados 30 dentes, divididos em 3 grupos em cujas
superfícies foram colados braquetes metálicos. Foram colados braquetes
ortodônticos Edgwise Standard (Abzil, São José do Rio Preto, São Paulo). Os testes
in vivo foram realizados em segundos pre molares superiores e os in vitro em
primeiros pre molares superiores e inferiores extraídos por motivos ortodônticos. Os
critérios de seleção foram elementos dentários com ausência de lesões cariosas e
defeitos de esmalte. Para os testes in vivo incluiu-se o critério boa higiene oral.
Previamente a colagem dos braquetes, no GI, realizou-se instalação do abridor de
boca (Expandex, ICF, Pirituba-SP); profilaxia com pedra pomes e agua, taça de
borracha em baixa rotação, por 10 segundos; lavagem com água e ar por 15
segundos; secagem com jato de ar da seringa tríplice por 10 segundos; isolamento
relativo com rolos de algodão. Os procedimentos de colagem foram realizados por
um único operador, em um mesmo dia, seguindo as recomendações do fabricante.
No grupo 01, grupo forma de ensaio mecânico fonte de Luz, dinamômetro portátil,
digital in vivo (gauge in vivo), luz halógena – Optilight plus (Gnatus, Ribeirão Preto –
SP) com intensidade de 500mW/cm2. No grupo 02, utilizou-se maquina universal de
ensaios mecânicos (MTS 810) com termociclagem e grupo 03 utilizou-se máquina
universal de ensaios mecânicos (MTS 810) sem termociclagem. Os materiais
utilizados foram: Transbond XT Plus, Self etching primer (SPE) (3M, UNitek,
Monrovia, California), Mono e dihema-fosfato, canforoquinona, água destilada,
aminobenzoato de potássio, butilhidroxitouleno, metilparabeno e propilparabeno
L3C180177, resina composta Transbond XT, Silica Bis-GMA, silano, n-
dimetilbenzocaina, hexa-fluor-fosfato 4MK/4BY. O adesvio autocondicionante foi
colocado sobre a superfície dentaria por 3 segundos e o excesso foi removido. O
braquete foi apreendido com o auxilio da pinça porta braquete (IE, Pirituba, SP) e a
67
resina Transbond XT foi comprimida na sua base. O braquete foi posicionado na
superfície dentaria, pressionado até que o excesso do material fosse escoado.
Removeu-se o excesso e fotopolimerizou-se com fonte de Luz halógena, por 20
segundos, sendo 10 na face mesial e 10 na face distal. Após 24 horas do
procedimento de colagem, foram realizados os testes de cisalhamento in vivo.
Utilizou-se o dinamômetro digital, que pode ser usado para testes de tração e de
compressão, a ponta ativa era em forma de cinzel a qual é posicionada na interface
dente/braquete durante a sua remoção na hora do cisalhamento. As cargas de
ruptura dos acessórios foram registradas em Newton e, posteriormente, os valores
foram calculados em megapascal. O dinamômetro ficou acoplado ao computador
que utilizou o programa Lutron 801 (Datalogger system, Modelo SW-U 801 – WIN.
Versão V0301TW3.1.1). Para confecção dos corpos de prova G2 e G3, determinou-
se sua porção central, cada dente foi fixado com cera pegajosa a um esquadro de
acrílico, mantendo a face vestibular paralela a sua face. Fixou-se o conjunto a um
tubo de PVC com 3.6cm de diâmetro e 4cm de comprimento, com cera pegajosa. A
raiz ficou centralizada e imersa no tubo que foi preenchido com gesso tipo IV. Após
a presa do gesso, o esquadro foi removido. Os procedimentos de profilaxia e
colagem foram realizados no mesmo dia e da mesma forma que no teste in vivo.
Após a colagem, os corpos de prova do G2 foram armazenados em água destilada e
levados à estufa (Modelo 002CB Fanem Ltda – São Paulo, Brasil) a 370C por 24
horas. Após, foram submetidos a termociclagem com 4000 ciclos a temperatura de 5
e 550C , por 30 segundos cada banho. Os corpos de prova do G3 foram
armazenados em agua destilada a uma temperatura ambiente, por 24 horas antes
dos ensaios mecânicos. Os ensaios foram realizados da mesma forma tanto no G2
quanto no G3, com maquina MTS810 com velocidade de 0.5mm/min.. A carga foi
68
registrada em Newtons e , posteriormente, convertida em MPa. Após a descolagem,
através de fotografias das regiões de descolagem, tanto das regiões do teste in vivo
quanto in vitro, analisou-se a superfície para determinação do IRA. Fez-se a análise
descritiva dos resultados. Concluiu-se que a média dos resultados mecânicos
conduzidos in vivo foi menor em relação aos ensaios in vitro; não houve diferença ao
cisalhamento dos grupos in vitro com e sem termociclagem; não houve relação entre
tensão de ruptura e tipos de falha.
Endo et al. (2009) realizaram um estudo para verificar os efeitos de colagens
consecutivas na resistência ao cisalhamento de braquetes utilizando sistema
adesivo com liberação e recarga de flúor com self eatching primer em comparação
com dois outros tipos de sistemas adesivos. Foram utilizados 48 dentes,
recentemente extraídos, isentos de lesões cariosas, sem fraturas, sem tratamento
prévio com agentes químicos e com esmalte da face vestibular íntegro. Esses
dentes foram divididos em 03 grupos de 16 dentes, sendo composto cada um deles
por: 07 primeiros pré molares superiores, 03 segundos pré molares superiores, 04
primeiros pré molares inferiores e 02 segundos pré molares inferiores. Os braquetes
utilizados na pesquisa foi de aço inoxidável com slot de 0.018 (Victory series; 3M
Unitek, Monrovia, Calif), com uma área de base de 9.94mm2. Os braquetes foram
colados segundo as instruções dos fabricantes. No Grupo 01 foi utilizado o sistema
adesivo TRANSBOND XT. A superfície da coroa de cada dente foi limpa com uma
mistura de agua com “pedra pomes” sem flúor, com auxilio de taca de borracha, por
10 segundos. Cada coroa teve sua superfície foi lavada e seca com água e ar livre
de óleo. Fez-se condicionamento ácido fosfórico a 35% (3M Unitek) por 15
segundos, lavou-se e secou-se, totalmente, a superfície condicionada. Uma camada
69
fina e uniforme de primer Transbond XT (3M Unitek) foi aplicada na superfície do
esmalte e adesivo Transbond XT (3M Unitek) foi aplicado na base do braquete. Após
remoção do excesso de material, fez-se a fotopolimerização com “Ortholux light-
emiting diode (LED)” fotopolimerizável (3M, Unitek), por 10 segundos, 5 segundos
na mesial e 5 segundos na distal. No Grupo 02, utilizou-se o sistema adesivo
Transbond Plus. A superfície de cada coroa foi limpa e seca. Excessos de agua
foram removidos com roletes de algodão para assegurar uma camada fina e
uniforme de água. Transbond Plus self eatching primer (3M Unitek) foi “esfregado”
na superfície de esmalte por 5 segundos e removido, cuidadosamente, com ar livre
de óleo. Os braquetes foram colados com Transbond XT e fotopolimerizados com
“Ortholux LED”. No Grupo 03, utilizou-se o sistema de adesivo Beauty Ortho Bond. A
superfície vestibular de cada coroa foi lavada, limpa e totalmente seca. “Beauty
Ortho bond Self eatching primer” (Shofu, Kyoto, Japan) foi espalhado sobre a
superfície por 5 segundos, removido o excesso, com cuidado, utilizando ar livre de
óleo. Os braquetes foram colados com Beauty Ortho Bond paste (Shofu) e
fotopolimerizados com Ortholux LED. A raiz de cada dente foi incorporada em um
espécime anel (Tubo PVC) com resina acrílica auto polimerizável para que a
superfície vestibular das coroas ficasse paralela e projetada para cima, na borda do
anel cilíndrico. Todas as espécimes foram armazenadas em agua destilada a 370 C
por 24 horas. A descolagem dos braquetes foi realizada em uma maquina de teste
universal (ET test; Shimadzu, Kyoto, Japan) para determinação da resistência ao
cisalhamento. Os anéis cilíndricos foram posicionados na maquina de teste de modo
que, a força aplicada sobre o braquete tivesse juntamente com a força
oclusogengival fossem direcionadas paralelamente à superfície do esmalte. A força
requerida para o cisalhamento foi determinada em Newtons a uma velocidade de
70
1.0mm/min. A resistência ao cisalhamento, então, foi calculada dividindo a força de
cisalhamento pela área da base do braquete. Após a descolagem, todo adesivo
residual visível foi removido com o alicate removedor (3M Unitek). Procedimento de
colagem e descolagem foram repetidos duas vezes mais na mesma superfície do
dente com uso de um novo braquete a cada vez. A mesma ordem dos dentes foi
mantida para que a resistência ao cisalhamento fosse fiel. Depois de cada
resistência testada, as bases dos braquetes e a superfície do esmalte foram
examinadas por um único examinador, que usou um estereomicroscópio com 8
vezes de aumento para avaliar o adesivo remanescente de acordo com IAR (Índice
de adesivo remanescente). A analise estatística foi realizada com Statmate III
(ATMS, Tokyo, Japan). Dessa forma, concluiu-se que o sistema adesivo com
liberação e recarga de flúor teve, clinicamente, resistência ao cisalhamento
suficiente nas repetidas colagens dos braquetes. Isso pode ser útil ao ortodontista a
fim de diminuir o risco de dano ao esmalte na descolagem.
Rambhia S et.al. em 2009, avaliaram a hipótese de diferentes resistencias ao
cisalhamento entre dois sistemas adesivos utilizados em coroas provisorias. Os
materiais utilizados foram: Integrity, Jet, Protemp e snap; como as pastas base e as
pastas de catalisador de Integrity e Protemp foram fornecidos em cartuchos
automisturaveis, enquanto os pós e líquidos de Jet e Snap foram fornecidos em
frascos separados. Os Braquetes Clarity foram os braquetes de cerâmica com slots
metálicas, e os Braquetes metalicos Victory foram o tipo de aço inoxidável. As áreas
das bases foram 11,29 mm2 e 9,03 mm2 para Clarity e Victory, respectivamente.
Uma haste de acrilico transparente (American Plastic, Arlington, Tex) com diametro
de 25mm foi cortado em seções de 20mm de comprimento.O materiais foram
71
misturados de acordo com as recomendações do fabricante respectivo e
preenchidas dentro do cano. A camada de material termoplástico foi colocada sobre
a superfície da amostra para simular as condições clínicas / laboratoriais, em que as
camadas são utilizados para formar um molde a partir do qual a coroa provisória é
fabricado. O material foi autorizado a estabelecer, e a superfície do espécime foi
polida com pedra-pomes (Medium grit # 03492; Chicote Mix Corporation, Louisville,
Ky) por 15 segundos usando uma roda de feltro montada em um torno de
laboratório. Quarenta espécimes foram preparados, para cada um dos quatro
materiais e foram divididos em quatro grupos de 10 elementos cada para permitir o
teste de dois tipos de braquetes ortodônticos e dois adesivos ortodônticos. No total,
160 amostras foram testadas. O pó e líquido de Fuji Ortho LC foram fornecidos em
cápsulas pré-medidos. A pasta base e pasta catalisadora do adesivo Ortho Bracket
estavam em frascos separados, acompanhado por um líquido vedante em dois
frascos separados. Os braquetes foram colados às amostras com os materiais,
misturando e usando os componentes adesivo, de acordo com as instruções do
fabricante respectivo. Para as amostras usando Ortho Bracket adesiva, uma solução
de 38% fosfórico condicionamento ácido e o adesivo foram empregados. O excesso
de adesivo foi removido da base e em volta dos braquetes, antes da polimerização.
Cada grupo de amostra recebeu uma combinação de um dos dois braquetes e um
dos dois adesivos. Os espécimes colados foram armazenados em água destilada a
temperatura ambiente, por 24 horas antes do SBS testes. A haste de acrílico
segurando o modelo de amostra e braquete unidos foi montada na máquina de
ensaio Instron universal (Instron Corp, Canton, Mass; Figura 1). Os braquetes foram
submetidos a uma carga de cisalhamento, com uma velocidade de 5 mm/min até a
descolagem ocorrer. As cargas de pico de descolagem e as áreas projetadas das
72
bases dos braquetes foram usados para calcular SBS. A equação padrão SBS =
(carga / área) foi utilizada para obter valores de SBS em termos de megapascals. As
superfícies descoladas dos braquetes e as amostras foram examinadas visualmente,
para determinar se a falha foi adesiva, coesiva, ou uma combinação dos dois. Os
dados foram analisados, por meio de três vias de análise de variância, comparadas
com teste de Tukey intervalo múltiplo em α = 0,05. Conluiu-se que a resistência ao
cisalhamento para “snap” foi significativamente menor que os outros materiais (Jet,
Protemp e Integridade); houve uma diferença significativa entre os valores obtidos
para os dois braquetes ortodônticos; não houve diferença significativa entre os
valores SBS para os dois agentes adesivos ortodônticos, Fuji Ortho LC e Ortho
Adesivo.
Santos et al. (2010) compararam a resistência ao cisalhamento (SBS) de dois
sistemas de colagem: Transbond XT primer / XT (TXT / XT) e Transbond Plus com
alteração de cor / Etching Primer Transbond Self (TPCC / TSEP).Cento e sessenta
incisivos permanentes bovinos, recém-extraídos, foram obtidos a partir de um
matadouro e armazenados em uma solução de timol 0,5% para 1 semana a 4 ° C.
Cada coroa foi, individualmente, incluídos em resina acrílica e sua superfície
vestibular foi polida com lixa d’ água até que uma área de diâmetro de 6 mm plana
fosse obtida. As amostras foram mantidas em água destilada enquanto não estavam
passando por colagem, profilaxia ou procedimentos de teste. Todos os dentes foram
divididos, aleatoriamente, em oito grupos de 20 espécimes cada, e recebeu uma
etiqueta para padronizar a área de adesão. A área de esmalte exposto, dentro da
etiqueta, foi polido com uma taça de borracha e pedra pomes sem fluoretos, por 10
segundos, lavadas com água, e secas com um fluxo de ar comprimido isento de
73
óleo. Braquetes de Incisivos superiores (1030101, edgewise standard, Morelli,
Sorocaba, Brasil) foram colados de acordo com as instruções do fabricante. Uma
fina camada de TSEP foi escovado/esfregado, por 5 segundos, sobre a superfície do
esmalte de cada incisivo nos grupos TPCC / TSEP (1, 3, 5 e 7). Amostras dos
Grupos 3, 5 e 7 foram, então, expostas a 0,01 mL de água, saliva e sangue,
respectivamente. Os incisivos nos grupos TXT / XT (2, 4, 6 e 8) foram submetidos a
condicionamento ácido fosfórico a 37%, por 15 segundos, seguido por lavagem com
água e secagem com jato de ar. Grupos 2, 4, 6 e 8 foram revestidos com uma fina
camada de primer XT na superfície vestibular. Os espécimes dos grupos 4, 6, e 8
foram então expostos a 0,01 mL de água, saliva e sangue, respectivamente. Depois
de aplicar o primer e de fazer as contaminações, jato de ar comprimido, isento de
óleo, foi usado, durante 1 segundo, para eliminar o excesso de material. Os
braquetes foram, então, posicionados com suas bases paralelas ao chão,
pressionado firmemente contra a superfície do esmalte, e o excesso de adesivo foi
removido com uma sonda exploradora. A amostra foi fotopolimerizada (Optilux,
Demetron Research, Danbury, Conn), por 20 segundos (10 segundos na mesial e 10
segundo na distal). A potência de 850 mW/cm2 foi determinada com um radiômetro
Demetron (Modelo 100, Demetron). Água, saliva e sangue foram coletados,
imediatamente, antes do procedimento de contaminação. A água era tirada de uma
máquina de destilador de água. Saliva e sangue foram coletados de um dos
pesquisadores, a cada cinco amostras. O doador foi instruído a escovar os dentes e
se abster de qualquer alimento, por uma hora, para que a saliva pudesse ser
coletada. Para coletar o sangue, seu dedo indicador foi limpo com álcool e, em
seguida, puncionado comum com uma agulha hipodérmica. Seguindo ISO 1140516
recomendações, os espécimes foram termociclados (500 ×), entre 5 ° C e 55 ° C,
74
com um tempo de permanência em cada banho de 30 segundos e um tempo de
transferência entre os banhos de 15 segundos. Vinte e quatro horas após a
termociclagem, eles foram colocados em um suporte feito sob medida de
estabilização e submetido a um teste de carga de cisalhamento em uma máquina
universal de ensaios (modelo DL10.000, EMIC, São José dos Pinhais, Brasil). Uma
lâmina de faca de corte da haste foi usada para o ensaio a uma velocidade de
5mm/min e uma célula de carga 50Kgf foi usada no teste de resistência. Foi aplicada
uma força paralela à superfície do dente na interface base-esmalte e da carga de
cisalhamento no ponto de falha foi registrada em Newtons (N). As superfícies do
esmalte, após a descolagem, foi examinada com um microscópio estereoscópico
(Swift M28, Zeiss, Alemanha) em 16 × de ampliação para determinar a quantidade
de remanescente de adesivo. O compósito restante foi classificado de acordo com o
Índice de Adesivo Remanescente (ARI). As análises estatísticas foram realizadas
com o software SPSS 13.0 (SPSS Inc, Chicago, Ill). Estatísticas descritivas da SBS
(média, desvio padrão, media, mínimo, máximo e importância) foram calculados
para todos os grupos. Uma forma de análise de variância (ANOVA) e Mann-Whitney
foram realizados para resistência ao cisalhamento e índice de remanescente
adesivo para determinar a diferença significativa entre os grupos. O nível de
significância estatística foi estabelecido em P <0,05. Concluiu-se que TPCC / TSEP
apresentaram valores mais elevados do que SBS TXT / XT em todas as condições
de umidade, mas mostrou o menor valor SBS em condições secas; em ambos os
sistemas, a força mais fraca ligação média foi conseguida na presença de sangue,
no entanto, TPCC / TSEP mostrou maior força de ligação média; a utilização de um
sistema de ligação hidrofílica deve ser considerada com a exposição de sangue.
75
Pithon et al. (2011) avaliaram a resistência de dois compósitos colados em
superfície condicionada com primer autocondicionante. Foram utilizados 75
incisivos permanentes bovinos, devidamente limpos, armazenados em formol a
10% a uma temperatura de 60C. Os dentes foram incluídos em edução de PVC
(Tigre, Joinville, Brasil) com resina acrílica (Clássico, São Paulo, Brasil). As faces
vestibulares foram posicionadas perpendicularmente à base do troquel visando
possibilitar correto ensaio mecânico. Todos os conjuntos foram armazenados em
água destilada e colocados novamente em geladeira. Previamente à colagem, as
superfícies vestibulares dos dentes receberam profilaxia com taça de borracha
(Viking, KG Sorensen, Barueri, Brasil), pedra-pomes extra-fina (S.S. White, Juiz de
Fora, Brasil) e água por 15 segundos, seguiu com jato de ar/água por 15
segundos e secagem. Após a profilaxia, os corpos de prova foram divididos
aleatoriamente em cinco grupos (n=15), e braquetes de incisivos centrais
superiores (Abzil Lancer, São José do Rio Preto, Brasil) com área da base de
13,8mm² foram utilizados para a colagem. No Grupo 1 (controle): condicionamento
do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, lavagem e secagem pelo
mesmo período de tempo, aplicação do XT primer, colagem dos braquetes com
Transbond XT, remoção dos excessos com sonda exploradora (Duflex, Juiz de
Fora, Brasil), fotopolimerização por 40 segundos, sendo 10 segundos em cada
face (mesial, distal, incisal e gengival), à distância de 1mm do braquete, com
aparelho XL 1500 (3M, Dental Products, Monrovia, EUA) com intensidade da
lâmpada de 450mw/cm², aferida regularmente com radiômetro (Demetron,
Danburry, CT, EUA). No Grupo 2: condicionamento do esmalte com ácido fosfórico
a 37% por 15 segundos, lavagem e secagem por mesmo período de tempo,
aplicação do Orthoprimer (Morelli, Sorocaba, São Paulo) na superfície
76
condicionada, colocação do compósito Orthobond (Morelli, Sorocaba, São Paulo)
na base do braquete, posicionamento e remoção dos excessos. No Grupo 3:
aplicação do TPSEP (3M Unitek, Monrovia, EUA), esfregado por 3 segundos
sobre o esmalte, leve jato de ar para espalhar o material, colocação do compósito
Orthobond (Morelli, Sorocaba, São Paulo) na base do braquete, posicionamento e
remoção dos excessos. No Grupo 4: condicionamento do esmalte com ácido
fosfórico a 37% por 15 segundos, lavagem e secagem pelo mesmo período de
tempo, aplicação do adesivo Eagle Bond (American Orthodontic, Sheboygon,
EUA) na superfície condicionada, fotopolimerização do adesivo por 15 segundos,
colocação do compósito Eagle Bond (American Orthodontic, Sheboygon, EUA) na
base do braquete, posicionamento e remoção dos excessos. No Grupo 5:
aplicação do TPSEP (3M Unitek, Monrovia, EUA), esfregado por 3 segundos
sobre o esmalte, leve jato de ar para espalhar o material, colocação do compósito
Eagle Bond (American Orthodontic, Sheboygon, EUA) na base do braquete,
posicionamento e remoção dos excessos.Após a colagem, os corpos de prova
foram armazenados em água destilada e mantidos emestufa durante 24 horas, à
temperatura de 37°C. O cisalhamento das peças foi realizado em uma máquina
universal Emic DL 10.000 (São José dos Pinhais, Brasil) operando a uma
velocidade de 0,5mm/min, através de ponta ativa em cinzel. Após a realização do
ensaio, a superfície vestibular de cada corpo de prova foi avaliada em lupa
estereoscópica (Carl Zeiss, Göttingen, Alemanha) com aumento de 8 vezes, para
ser quantificado o Índice de Remanescente do Adesivo (IRA) conforme
preconizado por Årtun e Bergland. Os resultados do teste foram submetidos à
análise de variância (ANOVA) e, posteriormente, ao teste de Tukey, para
comparação do controle com os demais tratamentos. Na avaliação dos escores do
77
IRA, utilizouse o teste de Kruskal-Wallis. Conluíram que o Transbond Plus Self
Etching Primer é um importante auxiliar quando se necessita de maior agilidade
durante as colagens de braquetes quando são utilizados os compósitos Orthobond
e Eagle Bond.
Figura 08: Sistemas adesivos autocondicionante e convencional
Fonte: site do fabricante (3M)
3.4. PROCEDIMENTOS AUXILIARES NA RETENÇÃO DOS BRAQUETES
ORTODÔNTICOS.
Ajlouni et al. (2004) avaliaram a resistência ao cisalhamento de braquetes
ortodônticos quando faz-se a polimerização do primer e da resina em uma única
etapa. Foram utilizados 40 molares humanos recém extraídos, estes foram
78
armazenados em uma solução de timol 0.1% . Os critérios para seleção dos dentes
incluiu esmalte da face vestibular intacto, sem sujeição a pré-tratamentos com
agente químico, como peróxido de hidrogênio, com ausência de fraturas devido à
presença do fórceps, extração e livre de lesões de cárie. Os dentes foram limpos e
polidos com pedra-pomes e com taça de borracha para profilaxia, durante 10
segundos.Os dentes foram embutidos em anéis com acrílico (Buehler Ltd, Lake
Bluff, Ill). Um “gabarito de montagem” foi usado para alinhar a superfície vestibular
do dente a fim de que ficasse perpendicular com a parte inferior do molde. Cada
dente foi posicionado, com o dispositivo de teste como um guia, para que sua
superfície lingual ficasse paralela à força aplicada durante o ensaio de resistência ao
cisalhamento. Braquetes metalicos de aço inoxidavel revestidos com o adesivo APC
II (série Victory, a 3M Unitek, Monrovia, Califórnia) foram utilizados. A área média da
superfície da base do braquete foi de 11,8 mm2; 48 dentes foram colados com o
novo self-etch cartilha Anjo I (3M/ESPE, St. Paul, Minn). O material contendo tanto o
ácido quanto o primer foi aplicado ao esmalte por 15 segundos, cuidadosamente
evaporado com o jato de ar, e fotopolimerizado por 10 segundos, de acordo com as
instruções do fabricante. O material vem em um pacote pequeno é pre dosado para
que seja utilizado apenas em uma aplicação. O sistema de única dose em Angel I
tem dois compartimentos: um contém ésteres fosfóricos methacrylated ácido,
iniciadores e estabilizadores, enquanto o outro contém água, complexos de flúor, e
estabilizadores. Para a ativação, os dois compartimentos são espremidos uns nos
outros, e a mistura resultante pode ser aplicada diretamente sobre a superfície do
dente. Os braquetes pré-revestidos foram, então, colados e fotopolimerizados, por
20 segundos. Estes dentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. No grupo
01 (controle), 16 dentes foram armazenados em água deionizada por 24 horas antes
79
de descolagem. No grupo 02, 16 dentes foram descolados dentro de meia hora, para
simular o momento em que os “arcos iniciais são ligados após a ligação inicial”. No
grupo 03, 16 dentes adicionais foram colados usando exatamente o mesmo
procedimento que nos grupos I e II, mas com uma exceção. Em vez de
fotopolimerizar por 10 segundos após o primer ácido ser aplicado, esta etapa foi
eliminada, e a fotopolimerização foi realizada após o braquete pré-revestido ser
posicionado sobre o dente, totalizando 20 segundos. Esta abordagem poderia
ajudar o clínico, reduzindo pelo menos, dois minutos do tempo total do procedimento
de colagem. Em todos os grupos, após a colagem do braquete na superfície do
dente e antes de fotopolimerização, o braquete foi submetido a uma força de 300 g
de compressão utilizando um medidor de força (Correx Co., Bern, Suíça) por 10
segundos, após o qual o excesso da resina foi removido usando um sonda
exploradora. Uma carga oclusogengival foi aplicado sobre o braquete, produzindo
uma força de cisalhamento na interface braquete/dente. Um computador, conectado
eletronicamente com a máquina de teste Zwick, registrou os resultados de cada
teste. As forças de resistência ao cisalhamento foram medidas em a velocidade de
5mm/min. A análise estatística descritiva incluiu média, desvio padrão, valores
mínimo e máximo foram calculados para cada um dos três grupos de teste. A
análise de variância foi utilizada para determinar se diferenças significativas estavam
presentes na força de ligação entre os grupos.Teste de Tukey foi, posteriormente,
usado para determinar qual das médias foram significativamente diferentes umas
das outras. Significância para todos os testes estatísticos foi pré estabelecido em P ≤
0,05. Concluiu-se que a fotopolimerização do primer ácido ao mesmo tempo que a
do adesivo, após a colagem do braquete, não afetou significativamente a resistência
ao cisalhamento quando comparada com fotopolimerização do primer ácido e do
80
adesivo, separadamente. Esta abordagem elimina uma etapa do procedimento de
colagem e poderia poupar o tempo consultório odontológico.
Pereira et al. (2006) avaliaram resistência `a tração de duas resinas utilizadas
para colagem de acessórios para tracionamento dentário. Para realização deste
estudo, foram utilizados 40 molares, sendo 20 utilizados para resina Fill Magic
(Vigodent) e 20 para resina Concise (3M). Os elementos foram armazenados em
formalina a 10%, dos 40 dentes, 20 foram subemtidos a forca de tração
horizontal/cisalhamento (tiveram suas coroas separadas das raízes para sua fixação
em resina acrílica e a retenção feita nas proximais do dente) e os outros 20 foram
submetidos a forca de tração vertical (tiveram as retenções feitas nas raízes). As
retenções foram feitas com pontas diamantadas e serviu de apoio para o encaixe de
haletas de aço as quais foram confeccionadas a fim de proporcionar maior retenção,
quando incluídos em resina. Todos os corpos-de-prova foram submetidos a previa
profilaxia com pedra-pômes e lavados com água abundante, antes da realização da
colagem. A colagem dos braquetes foi realizada com as instruções do fabricante, ou
seja, para resina Concise, as superfícies foram submetidas ao condicionamento com
ácido fosfórico a 37% por 60 segundos, lavados com água por 30 segundos, seca
com ar da seringa tríplice até que a superfície apresentasse aparência de “branco
leitoso”. As duas resinas para adesão A e B (pastas da Concise) foram misturadas,
homogeneamente, em recipiente adequado e aplicadas na superfície
desmineralizada, após o tempo necessário para polimerização, as duas resinas
(pasta e base) foram misturadas numa proporção 1:1 em um bloco de papel próprio
do material. A mistura homogênea foi aplicada sobre a superfície retentiva do
braquete e o conjunto levado em posição e mantido estático por cerca de 2 minutos
81
e 30 segundos. A resina fotopolimerizável Fill Magic, foi aplicada após
condicionamento ácido e lavagem/secagem da mesma forma que com o material
anteriormente citado, a resina então, foi aplicada na superfície do braquete, levada
em posição e polimerizada com luz monocromática azul por 40 segundos. Os dentes
foram incluídos em corpos de resina acrílica e, posteriormente, o conjunto foi
incluído em tubos de PVC ¾, previamente preparados com 2.5 cm de altura para os
20 dentes que foram submetidos às forcas verticais e 3.5cm para aqueles que foram
submetidos às forças horizontais. O tracionamento foi feito na máquina universal de
ensaios a 0,5mm/min. Até que o braquete fosse removido do dente, com ou sem
remanescente de resina. Concluiu-se nessa pesquisa, que a resina fotopolimerizável
Fill Magic tem indicação para os procedimentos de tração de dentes retidos, pois a
força para a movimentação ortodôntica é menor do que a necessária para remoção
do braquete e o tempo dispensado para a colagem do mesmo foi menor ao utilizá-la.
Em relação ao Índice de Remanescente Adesivo, observou-se que a adesividade da
resina ao esmalte foi muito maior do que a resina no braquete.
Linn et al. (2006) avaliaram e compararam a resistência ao cisalhamento e os
locais de falha na colagem dos braquetes nos dentes, através do uso de duas
técnicas de colagem direta e indireta. Sessenta pré molares humanos foram
extraídos ,com ausência de restaurações, foram coletados e armazenados em água
destilada a temperatura ambiente. As amostras permaneceram submersas em água
destilada durante todo o tempo, sendo removidas somente no procedimento de
colagem e descolagem. Os dentes foram divididos em 3 grupos de 20 elementos,
cada. No Grupo 01, utilizou-se polimerização por luz, com preenchimento total de
adesivo ortodôntico (?), Transbond XT (3M/Unitek Corporation, Monróvia, Calif), e
82
adesivo fotopolimerizavel Transbond XT Primer (3M / Unitek), fez-se colagem direta
com protocolo recomendado pelo fabricante. No Grupo 02, utilizou-se a técnica de
colagem indireta, Transbond XT como adesivo, porem utilizou-se Sondhi Set A/B
Primer, um primer resinoso. No Grupo 03, utilizou-se método de colagem indireto,
com baixa viscosidade, adesivo fotopolimerizável Enlight LV (Ormco Corporation,
Glendora, Calif) e adesivo fotopolimerizável primer Orthosolo. Foram utilizados
braquetes universais para pré molares com slot 0.22 e torques de 0 grau foram
determinados nesse estudo (Victory Serires, 3M Unitek). Os braquetes apresentam
em sua superficie basal cuja área e de 10mm2 , uma malha de aço inoxidável. Nos
grupos 02 e 03, antes da colagem indireta das amostras, grupos de cinco dentes
foram ligados por um fio de aço inoxidável com 0.040 – inch, colocando uma placa
de cera entre os elementos, nas suas faces proximais adjacente ao dente vizinho.
Os dentes foram mantidos fixados em resina acrílica autopolierizavel. Uma
impressão de alginato foi feita nos dentes montados no troquel, verteu-se gesso
ortodôntico deixando em umidificadora durante uma noite, após remocao de cada
modelo, deixou-se secar por 20 minutos. Para o grupo 02, os braquetes foram
colados no dentes utilizando Transbond XT e o excesso removido com sonda
exploradora. Para o grupo 03, Enlight LV foi usado como adesivo. Todos os modelos
foram colocados em um aparelho tríade fotopolimerizador (Dentsply Trubyte, York,
Pa). Neste momento, foi fabricado uma bandeja de transferência com polivinil
siloxano Memosil 2 (Heraeus Kulzer, Hanau, Germany). Depois de esperar que o
material tomasse presa, durante 5 minutos, o modelo trabalhado com a bandeja de
traansferencia foi emebebido em agua morna por 20 minutos. Removeu-se,
cuidadosamente, a bandeja de transferência e o modelo trabalhado colocado de
volta dentro da maquina, por 1 minuto com as bases dos braquetes voltadas para a
83
fonte de luz. As bases dos braquetes foram limpas com escovas de dente e água
corrente. Todos os dentes foram lavados e limpos, com pasta profilática e taca de
borracha por 10 segundos e lavadas com água por 10 segundos. Os dentes foram
secos utilizando spray “ar-agua” por 10 segundos. Fez-se a aplicacao de Transbond
XT condicionador gel contendo 35% acido fosfórico (3M, Unitek Corporation) na área
de colagem, por 15 segundos, lavado por 15 segundos e seco com ar livre de óleo,
por 20 segundos. Todas as colagens foram realizadas pelo mesmo operador. Para o
grupo 01, os braquetes foram colados na técnica direta, um de cada vez. Uma fina
camada de Transbond XT light cured Primer foi aplicado na superfície dentaria,
Transbond XT adesivo/resina foi aplicado na base do braquete e este posicionado
no dente de forma que ficasse sobre o longo eixo. O excesso de resina foi removido
com sonda exploradora e fez-se a fotopolimerizacao com Optlux 501 light curing
(Kerr, Danruby, Conn) por 10 segundos na face mesial e 10 segundos na face distal.
Nos grupos 02 e 03, a colagem foi feita na técnica indireta, 5 dentes foram colados
ao mesmo tempo. Para grupo 02, utilizou-se Sondhi Rapid Set Primer. Depois de
condicionar e lavar a superfície, uma fina camada de primer A foi colocada em cada
dente e uma fina camada de resina B foi colocada em cada braquete já com adesivo
em sal base. A bandeja de transferência foi colocada com uma pequena pressão por
30 segundos sobre os dentes, com os dedos, após os 30 segundos, antes de
remover a barreira de silicona (bandeja de transferência) deixou-se sem pressão por
2 minutos. Para p grupo 03, uma fina camada de Orthosolo primer foi aplicada em
cada dente depois de condicionada e limpa. Uma fina camada (muito fina) de Enlight
LV adesivo foi colocada em cada braquete com adesivo em sua base. A bandeja
(barreira) foi então, posicionada e mantida sobre os dentes, por 20 segundos, ate a
completa fotopolimerização do material, sendo 10 segundos na oclusão e 10
84
segundos na gengival. A bandeja foi, cuidadosamente removida. Depois da
descolagem, os dentes foram seccionados 2-3mm abaixo da linha amelocementária,
com um disco na caneta de baixa rotação e montado em acrílico. Após a
descolagem dos braquetes, os dentes foram estocados em água destilada a uma
temperatura de 37C por, aproximadamente, 40 horas (+/- 2 horas) antes de serem
descolados. A máquina universal Instron (Instron Corporation, Canton, Mass), foi
usada para a descolagem de todos os braquetes, aplicando uma forca de
0.1mm/min. A máxima carga foi gravada. As amostras foram colocadas dentro da
maquina de modo que a lamina com a carga ficasse paralela ao longo eixo dos
dentes e em contato com a interface braquete/dente sendo possível forncecer a
forca de cisalhamento. Após o teste, as amostras foram individualmente,
examinadas com Spencer Optical Stereomicroscope com uma fonte de luz de
acordo com os escores do IRA, sendo eles: 0- sem adesivo no dente; 1- menos da
metade do material no dente, 2- mais da metade do material no dente, 3- todo o
material aderido ao dente com nítida impressão da malha da base do braquete. As
diferenças nas resistências entre os grupos foi analisada uma um, pela ANOVA
(analise da varicao estatística), com 0.05 de significância. A analise de Weibull
também foi utilizada para verificar a confiabilidade da colagem com cargas
especificas. Além dessas, utilizou-se também a Kruskal-Wallis para realizar a
determinação se havia alguma diferença estatisticamente significante nos IRA entre
os grupos. O Mann- Whitney foi realizado para determinar múltiplas comparações.
Os coeficientes foram calculados para determinar se havia alguma correlação entre
forca de cisalhamento e os números de escores IRA. A analise estatística foi
realizada usando SPSS 12.0.1 para Windows (SPSS Inc, Chicago, III). Conluiu-se
que a colagem indireta com Transbond XT adesive/ Sondhi primer (polimerização
85
química) ou Enlight LV adesivo/ Orthosolo primer (fotopolimerizavel) e colagem
direta com Transbond XT (adesivo fotopolimerizável) são aceitáveis na resistência
ao cisalhamento. De acordo com Weibull analysis, todos os 3 grupos testados
forneceram mais de 90% de resistência as forcas de mastigação e as forçar
ortodônticas leves; a colagem indireta com Transbond XT adesivo/ Sondhi primer
(quimicamente ativado) exibiram menos escore IRA comparados com a colagem
indireta com Enligth LV adesive/ Orthosolo perimer (fotopolimerizavel) e colagem
direta com adesivo fotopolimerizável Transbond XT; nenhuma correlação
significativa foi encontrada entre a resistência ao cisalhamento e os escores de IRA
dentro ou entre os grupos testados.
Mondelli & Freitas (2007) avaliaram a eficiência da metodologia empregada
para avaliação da força de união da interface resina/braquete; a resistência adesiva
da interface resina/braquete sob esforços de cisalhamento, empregando três marcas
comerciais de resina composta (Concise ortodôntico, Transbond XT e Filtek – Z 250)
e o efeito, nesta resistência adesiva, do jateamento de oxido de alumínio, aplicado
na base do bráquete metálico, associado ou não ao sistema adesivo resinoso
dentário. Para confecção dos corpos de prova, seccionou-se um cano de PVC
cilíndrico ¾ de polegada, formando assim, anéis de 3cm de altura, servindo como
matrizes para formação dos cilindros de resina. Foram utilizados 120 braquetes
ortodônticos de aço inoxidável (Andrews 0.022” x 0.030” código UIL 281-002 –
KIRIUM Abzil Industria e comércio Ltda.- São Jose do Rio Preto- Brasil). Estes,
fixados, em um fio retangular de aço inoxidável de 0.019” x 0.025”, foram amarrados
firmemente com fio de aço inoxidável 0.010”. Cada bloco de resina incluída no anel
de PVC recebeu dois braquetes, amarrados a dois fios de aço, que eram por sua
86
vez fixados pelas extremidades à borda do anel com resina acrílica ativada
quimicamente. Os corpos de prova foram divididos em 12 grupos com, 10
espécimes cada um deles, todos os corpos passaram pelo procedimento de
profilaxia, antes da colagem, com pedra pomes e escova de Robson. No grupo 1
(controle), utilizou-se a resina Concise ortodôntica sem tratamento na base do
braquete, essa resina é constituída por uma pasta base e uma pasta catalisadora, as
quais foram separadas em porções iguais, manipuladas por 20 segundos e
aplicadas na base do braquete. Para todas as espécimes dos 12 grupos, a resina
composta foi modelada com a mesma morfologia na base do braquete a fim de
promover um melhor apoio para a ponta biselada da máquina durante o teste de
cisalhamento. Após a completa polimerização que era alcançada após 10 minutos,
os corpos-de-prova eram armazenados em um recipiente com água deionizada e
levados ao interior de uma estufa á temperatura de 37 +/- 20C, durante 48 horas até
a realização do teste de cisalhamento. No grupo 2 utilizou-se a resina Consice
ortodôntico após aplicação de ácido fosfórico a 37% na superfície da base do
braquete, durante 30 segundos. A pasta A e B do adesivo dentário ou resina fluida
foram colocadas no casulo e homogeneizadas durante 5 a 10 segundos, após sua
aplicação na base do braquete, a superfície foi lavada com jato de água e seca com
jato de ar livre de óleo. A pasta A e a B da resina foram dosificadas e colocadas no
bloco de mistura, espatulada e inseridas na base do braquete seguindo a mesma
sequencia do grupo 1. No grupo 3 utilizou-se a resina Concise com prévio
jateamento da base do braquete com óxido de alumínio por 10 segundos; os
braquetes foram lavados com spray ar-água, para eliminação de qualquer resíduo
que pudesse alterar a adesão, depois foram secos completamente. Aplicou-se a
resina da mesma forma que nos grupos 1 e 2, após o jateamento, não foi realizada
87
a aplicação do adesivo. No grupo 4, utilizou-se resina Concise ortodôntica com
prévio tratamento de jateamento de oxido de alumínio na base do braquete, fez-se
aplicação de ácido fosfórico a 37% e aplicação da resina e do adesivo da mesma
forma que a realizada no grupo 2. No grupo 5 (controle da resina Transbond XT, não
foi realizado nenhum tipo de tratamento na base do braquete, à excessão do
sistema de polimerização (utilizou-se um fotopolimerizador (Curing Light XL 1500,
modelo 5518AA) que foi feito por 60 segundos, a inserção, conformação do platô,
tempo e temperatura de armazenagem foram similares ao grupo 1. No grupo 6, a
superfície de base do braquete foi condicionada com acido fosfórico a 37% (3M
ESPE), lavada e seca. Fez-se a aplicação de uma fina camada de resina fluida (ou
adesivo) do conjunto Transbond XT, polimerizou-se empregando um
fotopolimerizador (Curinhg light XL, 1500, modelo 5518AA, 3M). O processo de
inserção, confecção do platô e polimerização da resina foi semelhante ao grupo 5.
No grupo 7, fez-se apenas um tipo de tratamento prévio a colagem do braquere:
jateamento da base do mesmo, aplicação da resina, a qual foi modelada,
polimerizada e armazenada, semelhantemente a todos os grupos anteriores. No
grupo 8 fez-se jateamento com oxido de alumínio na base do braquete por 10
segundos e condicionamento ácido a 37% na superfície dentária por 30 segundos,
aplicação da resina fluida (adesivo) do conjunto Transbond XT e polimerizada por
20 segundos. A inserção, modelagem do platô, polimerização da resina composta
Transbond XT, armazenagem subsequente, por igual período e temperatura, foram
iguais aos demais grupos. No grupo 9 (controle para resina Z-250) nenhum tipo de
tratamento foi realizado na base do braquete. A resina foi inserida, modelada e
polimerizada na base do braquete, semelhantemente a todos os grupos anteriores.
Ustilizou-se o fotopolimerizador Curing light 1500, modelo 5518AA, 3M, por um
88
período de 60 segundos para cada espécime. Após aguardar 10 minutos, os corpos
de prova foram armazenados em um recipiente com água deionizada e levados ao
interior da estufa até o momento do teste. No grupo 10, realizou-se tratamento na
base do braquete com ácido fosfórico a 37% (3M ESPE), por 30 segundos, após
lavagem e secagem da base, aplicou-se uma fina camada de resina fluida (adesivo)
Single Bond sobre a superfície condicionada e fotopolimerizada por 20 segundos
empregando-se um fotopolimerizador Curing Light XL 1500, modelo 5518AA, 3M.
Após, aplicou-se a resina composta Filtek TM Z-250 foi inserida e modelada,
formando um platô na base do braquete, fotopolimerizada e armazenada, nas
mesmas condições dos demais grupos experimentais, até o momento do ensaio de
cisalhamento. Concluiu-se que em relação aos tipos de materiais, as resinas
Concise ortodôntico e Transbond XT apresentaram valores similares de resistência
adesiva sob esforços de cisalhamento, quando aplicadas nas bases metálicas dos
braquetes. Em relação aos tipos de tratamento na base dos braquetes, concluiu-se
que a resina Concise ortodôntica os tratamentos que incluíam a aplicação do
adesivo específico, com ou sem jateamento com óxido de alumínio na base, foram
mais efetivos para a resina composta Concise ortodôntica, quando comparada ao
grupo controle. A resina Transbond XT, comparada ao grupo controle, apresentou
maior eficácia quando utilizado o jateamento de óxido de alumínio, associado ou não
ao adesivo especifico na base do braquete. A resina Filtek Z-250, quando utilizado o
adesivo Single Bond na base do braquete, associado ou não ao jateamento com
óxido de alumínio, apresentou uma queda dos valores da resistência ao
cisalhamento. Observou-se que todos os tratamentos melhoram a adesão da resina
composta à base do braquete, á exceção dos grupos que utilizaram o adesivo Single
Bond. O jateamento de óxido de alumínio nas bases dos braquetes melhorou todos
89
os valores de adesividade, na interface resina/braquete para todos os materiais de
colagem utilizados nessa pesquisa.
Turkkahraman et al. (2007) avaliaram os efeitos do nitrato de potássio e de
agentes dessensibilizantes oxalato na resistência ao cisalhamento de braquetes
ortodônticos. Utilizou-se 45 dentes humanos permanentes, recentemente extraídos,
sem cárie ou defeitos visíveis foram armazenados em solução de “timol” a 0.1% a
uma temperatura ambiente. Cada dente foi incorporado, individualmente, em resina
acrílica autopolimerizável. As espécimes foram colocadas em água destilada exceto
durante os procedimento de colagem e teste. Os dentes foram divididos em grupos
de 15 elementos cada. No Grupo 01, utilizou-se Ultra EZ (Ultradent Products Inc,
South Jordan, UT) dessensibilizante em gel, colocado sobre a superfície dos dentes
e armazenados a temperatura ambiente. Todos os dentes foram lavados antes da
colagem. No Grupo 02, todos os dentes foram armazenados e lavados com água.
As superfícies foram, cuidadosamente, secas com jatos de ar livre de óleo. Aplicou-
se BisBlock (Bisco Inc, Schaumburg, IL) por 30 segundos e lavou-se. Para
polimerização utilizou-se One-step plus (Bisco). No Gurpo 03, grupo controle, Antes
da colagem a superfície vestibular foi lavada com água e pedra pomes, os dentes
forma, completamente lavados com água e secas com jato de ar livre de óleo. Cada
dente foi condicionado com ácido fosfórico a 37%, por 30 segundos. Logo após,
todos os dentes foram lavados com combinação ar/água por 30 segundos,
observou-se que a região estava fosca. Ormco Mini 2000 ( Ormco Corp, Glendora,
Calif) braquetes metálicos foram utilizados. Light Bond (Reliance Orthodontic
Products INc, Itasca, IL) foi usado como adesivo ortodôntico. Com microbrush uma
fina e uniforme camada foi aplicada condicionando a superfície do esmalte, por 20
90
segundos. Também aplicou-se uma camada fina sobre a base do braquete de metal
e polimerizou-se por 10 segundos, antes de aplicar a pasta. A pasta foi aplicada na
base do braquete usando “syringe tip” e o braquete foi posicionado no dente no local
desejado e sob leve pressão. O excesso do material foi removido e fotopolimerizou-
se com Heliolux DLX (Vivadent ETS, Schaan, Liechtenstein), 750w, por 40 segundos
(20 segundos na mesial e 20 segundos na distal da superfície do braquete). Todas
as espécimes foram armazenadas em água destilada a 370C por 24 horas e
termociclada por 500 ciclos entre 50C e 550C, usando o tempo de 30 segundos.
Cada espécime foi colocada dentro da máquina de teste universal (Lloyd; Fareham,
Hants, England) usando Nexjen software (Nexjen System, Charlote, NC) para
testar, com longo eixo dos espécimes perpendicular a direção da força aplicada. A
força de união foi determinada a uma velocidade de 0.5mm/min durante a ocorrência
da fratura. Os valores das falhas foram convertidos a megapascals (Mpa) para dividi-
lo pela área da base do braquete. A área da base do braquete foi medida em
9.63mm2. Depois da descolagem, todos os dentes e braquetes dos grupos testados
foram examinados. O adesivo remanescente existente após a descolagem, foi
examinado e classificado de acordo com IRA (índice de remanescente adesivo).
Concluiu-se que braquetes ortodônticos colados em esmalte tratados com nitrato de
potássio e oxalato dessensibilizante mostraram uma força de união,
significantemente, maior que braquetes colados em esmalte não tratados.
Procedimentos dessensibilizador com nitrato de potássio não são recomendados
logo após a colagem dos braquetes neles.
Derech et al. (2008) avaliaram o efeito do jateamento com óxido de alumínio
na adesão dos braquetes ortodônticos e compararam à tradicional técnica de
91
condicionamento ácido do esmalte. Foram utilizados 80 incisivos inferiores bovinos
que, após o procedimento de extração e remoção do tecido mole aderido às raízes,
foram lavados em água destilada e esterilizados. Os dentes foram , cuidadosamente
examinados e os que apresentavam imperfeições em seu esmalte, foram
descartados. Todos os dentes tiveram suas raízes seccionadas na linha amelo-
cementária, as coroas foram inseridas em um tubo de PVC, de aproximadamente, 2
cm de diâmetro, com resina acrílica fotopolimerizável, posicionando-se as faces
vestibulares paralelamente á base do corpo de prova. As faces vestibulares dos
dentes foram polidas, sob irrigação, com lixa d’água de granulação 150,400 e 600,
para obter lisura de superfície do esmalte. Os corpos de prova foram armazenados
em água destilada à temperatura ambiente e divididos em 4 grupos de 20 dentes
cada. No grupo 01, os elementos sofreram jateamento de óxido de alumínio
(50Mm/60Psi) durante 15 segundos, sendo lavados com spray ar/agua por 20
segundos e secos com jatos de ar por 15 segundos. No grupo 02, realizou-se
profilaxia nos dentes com pedra pomes por 15 segundos, seguida de
condicionamento ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, lavou-se por 30 segundos
e secou-se por 15 segundos. No grupo 03, os dentes foram submetidos ao
jateamento com oxido de alumínio, lavados com spray ar/água por 20 segundos e
secos por 15 segundos, seguiu-se para o condicionamento acido fosfórico 37% por
15 segundos, lavagem por 30 segundos e secagem por 15 segundos. No grupo 04,
os dentes foram condicionados com acido fosfórico a 37% por 15 segundos, lavados
com spray ar/agua por 30 segundos e secos por 15 segundos. Após o preparo da
superfície do esmalte, os braquetes de aço inoxidável (Dental Morelli Ltda,
Sorocaba/SP, Brasil) foram aderidos com sistema adesivo e resina fotopolimerizável
Concise ortodôntico (3M/ESPE – Monrovia – CA/USA com célula de carga de 2000N
92
e a uma velocidade de 0.5mm/min. Os corpos de prova foram posicionados para o
teste de forma que a haste vertical da maquina ficasse perpendicular à borda
superior do braquete e mais próximo possível da superfície do esmalte e paralela á
mesma, para que a força incidisse perpendicularmente, ao acessório ortodôntico
durante o ensaio. O valor da força em Newtons necessária para descolagem do
braquete foi registrada, dividida pela área da base do acessório para obter os
valores em MPa. Após o ensaio, cada dente foi fixado ao seu corpo de prova, para
posterior análise a um microscópio com aumento de 10 vezes para verificação do
IRA, com seus escores variando de 0 a 3. Realizou-se, após a obtenção dos dados
a analise estatística descritiva com as médias , desvio padrão, valores mínimo e
máximo. A diferença entre os grupos foi feita através da analise de variância da
ANOVA, complementada com teste de Tukey, observando a diferença significativa
em nível de 95%. Concluiu-se que o jateamento de óxido de alumínio não deve ser o
único procedimento realizado no preparo da superfície do esmalte na colagem de
braquetes, porém, sendo associado ao condicionamento acido fosfórico, mostrou-se
eficaz quando existe a necessidade do aumento da força de adesão do braquete ao
dente.
Keçik et.al. em 2008, avaliaram o efeito de um agente profilático, caseína de
fosfato de cálcio fosfopeptídeos-amorfo (CPP-ACP), na resistência ao cisalhamento
de brackets e compará-lo com o efeito do flúor fosfato acidulado (APF). Quarenta e
oito incisivos inferiores bovinos, extraídos recentemente, foram coletados a partir de
um matadouro local. Imediatamente após a seleção, os dentes foram limpos de
detritos e restos de tecidos moles e depois polidos com pedra pomes não fluoretada
e taça de borracha, em baixa rotação, por 10 segundos. Critérios de seleção dos
93
dentes incluíram ausência de qualquer irregularidade ou fraturas visíveis da
superfície do esmalte com menos de 4 x e ampliação da disponibilidade de uma
macroscopicamente lisa, superfície plana vestibular adequada para a colagem. Os
dentes foram aleatoriamente divididos em quatro grupos: No Grupo 01: controle,
sem pré-tratamento foi realizado no esmalte. No Grupo 02: o esmalte foi tratado com
APF 1,23% (Sultan, Topex, NJ) por 4 minutos e CPP-ACP (Mousse Tooth
Recaldent; GC Europa, Leuven, Bélgica) por 3 minutos, respectivamente. No Grupo
03: o esmalte foi tratado com CPP-ACP, por 3 minutos. No Grupo 04: o esmalte foi
tratado com 1,23% APF, por 4 minutos. Braquetes ortodônticos metálicos (Microarch
Standard; GAC International, Bohemia, NY) com uma superfície com área de base
de 11,26 mm2 foram usados para na colagem em todos os dentes. Durante e após a
preparação da amostra, os dentes foram armazenados em água destilada à
temperatura ambiente. Para excluir possíveis diferenças na resistência de união
causada pelo adesivo ortodôntico usado, todos os braquetes foram colados com o
mesmo material (Transbond XT; 3M Unitek, Monrovia, Califórnia). Antes da fixação,
cada braquete foi submetido a uma força de 300 g de compressão, por 10 segundos,
como descrito anteriormente por Bishara et al. O excesso de resina foi removido
com um raspador antes de fotopolimerização. O aparelho fotopolimerizador de luz
halógena (Hilux; Benlioglu, Istambul, Turquia) foi usada para a polimerização da
resina, 20 segundos de ambos os lados mesial e distal. A adequação da irradiância
da unidade foi confirmada com um radiômetro antes de fotopolimerização. Os
espécimes foram armazenados em água deionizada a 37 ° C por 24 horas, ciclos
térmicos em água deionizada foi realizada a 5 ° C ± 2 ° C a 55 ° C ± 2 ° C para 1000
ciclosOs dentes foram mantidos em água destilada a 37 ° C durante 6 semanas
antes de procedimentos de teste. A água foi trocada a cada semana. Após agitação
94
térmica e de armazenamento de água, as raízes foram removidas com um ponta
diamantada em baixa rotação com irrigação de água como refrigeração, e as coroas
foram incluídas em acrílico, em anéis, com um gabarito de montagem usado para
alinhar a superfície vestibular de cada dente para que ele ficasse perpendicular ao
fundo do molde. As amostras foram, então, montado no jig conectada ao dispositivo
de ensaio universal (modelo 4204; Instron, Canton, Mass). Para os testes de
cisalhamento, os espécimes fora colocados na região inferior da máquina de forma
que a base de braquete da amostra ficasse paralela à direção da força de
cisalhamento. Os espécimes foram submetidos a uma força de direção
oclusogengival com uma velocidade de 1 mm / min. A força necessária para
deslocar o braquete foi registrada em newtons e convertido para megapascals com a
seguinte equação: força de cisalhamento (MPa) = descolamento de força (N) / [w × l]
(mm2), onde w = largura da base do braquete, l = altura da base do braquete, e
1MPa=1N/mm2. Após a descolagem, os dentes e os braquetes foram examinados
sob microscópio estereoscópico em 10 × de ampliação para observação de todo o
adesivo remanescente, de acordo com o índice de remanescente adesivo
modificado (IRA) com gama pontuação 5-1, em que 5 = não adesão de compósito
em esmalte, 4 = menos de 10% dos compostos remanescentes sobre o esmalte, 3 =
mais de 10% mas inferior a 90% dos compostos remanescentes sobre o esmalte, 2
= mais de 90% dos restantes compostos sobre o esmalte, e 1 = todos os compostos
remanescentes no esmalte, com a impressão da base de suporte. O teste de
Kruskal-Wallis em P ≤ 0,05 foi utilizado para determinar se as diferenças
significativas entre os pontos fortes de resistência ao cisalhamento do groups. O
teste χ2 (P ≤ 0,05) foi utilizado para determinar diferenças significativas nos escores
do IRA entre os diferentes grupos. Concluiu-se que APF aplicação, CPP-ACP,
95
aplicação e uma aplicação combinada destes agentes pode ser utilizada com
segurança para a prevenção da cárie antes da fixação do braquete quando um
procedimento de colagem de três etapas é utilizado. Mais pesquisas são indicados
para testar o efeito dessas aplicações profiláticas quando os sistemas self-etch
adesivas são usados.Os efeitos de três aplicações testadas na resistência ao
cisalhamento não foram significativamente diferentes. Este achado implica
realização de mais estudos para comparar a eficácia destes métodos para escolher
o melhor método de prevenção de cáries para uso clínico em ortodontia.
Çatalbasa et al. (2009) testaram a hipótese de que a aplicação de diferentes
formulações de clorexidina para o esmalte condicionado não afetará resistência ao
cisalhamento (SBS). Foram utilizados quarenta e quatro pré-molares humanos
superiores recém-extraídos, com indicações ortodônticas. Os dentes foram
armazenados em soluções de timol 0,1% em temperatura ambiente, imediatamente,
após a extração e foram usados em 4 semanas. Os dentes que tinham hipoplasia do
esmalte, fraturas ou cárie foram excluídos. Cada dente foi embutido,
individualmente, em resina acrílica autopolimerizável (Meliodent, Herause Kulzer,
Hanau, Alemanha). Os dentes foram limpos e polidos com pó de pedra-pomes não
fluoretados (Moyco Industries, Montgomeryville, Pa), e taça de borracha para
profilaxia, por 10 segundos e, em seguida, foram lavados com uma corrente de
água, por 10 segundos. Os dentes foram mantidos em água destilada, exceto
durante os procedimentos de colagem e testes. Os 44 pré-molares foram divididos,
aleatoriamente, em quatro grupos, com 11 pré-molares em cada grupo. No grupo 01
(controle), a superfície do esmalte foi tratada com ácido fosfórico 35% (3M Dental
Products, Monrovia, Califórnia), por 30 segundos, lavada por 20 segundos, e seca
96
pela mesma duração de tempo. Transbond XT primer (3M Unitek, Monrovia,
Califórnia) foi aplicado às superfícies condicionadas, e os braquetes foram colados
com a utilização de apenas Transbond XT compósito (3M Unitek). O excesso de
resina foi removido com uma sonda; o braquete foi pressionado, levemente para
verificar seu posicionamento no dente e depois foi fotopolimerizado. Todos os
espécimes foram polimerizados com 1.000 “light-emitting diode” dispositivo mW/cm2
(LED) (Elipar FreeLight, a 3M ESPE, Alemanha), por 20 segundos nas direções
mesial, distal, oclusal e gengival do braquete para garantir a polimerização completa.
No Grupo2: a superfície do esmalte foi condicionada e seca da mesma forma que
para o Grupo 1. Antes do procedimento de colagem ser realizado, 2% de solução
CHX (Drogsan Pharmaceuticals, Ankara, Turquia) foi colocada sobre o esmalte
condicionado com uma escova, durante 20 segundos e foi deixa secar, por 30
segundos. O procedimento de colagem foi realizado como no Grupo anterior. No
Grupo 3: a superfície do esmalte foi condicionada e seca da mesma forma que no
Grupo 1. Antes do procedimento de colagem ser realizado, 1% CHX gel (Drogsan
Pharmaceuticals) foi colocado sobre o esmalte condicionado com uma escova
durante 20 segundos e foi deixado secar, por 30 segundos. O procedimento de
colagem indireta foi realizada como para o Grupo1. No
Grupo4(ClorexidinaMouthwash): a superfície do esmalte foi condicionada e seca da
mesma forma que para o Grupo 1. Antes do procedimento de colagem ser realizado,
um enxaguatório bucal que continha 0,2% CHX gluconato (Drogsan
Pharmaceuticals) foi aplicado sobre o esmalte condicionado com uma escova,
durante 20 segundos e foi deixado secar, por 30 segundos. O procedimento de
colagem foi realizado como no Grupo 1. Braquetes ortodônticos metálicos (Generus-
Roth, GAC International, Bohemia, NY) com uma superfície de base de cerca de
97
12,35 mm2 foram usados para colagem em todos os dentes. Após a colagem, todas
as amostras foram armazenadas em água destilada a 37 ° C por 24 horas e foram
testados no modo de cisalhamento em uma máquina de ensaio universal (Instron,
Testometric Co Ltd, Rochdale, Reino Unido). As amostras foram montadas no “jig”
ligado ao dispositivo de teste universal. Para os testes de cisalhamento, os
espécimes foram colocados na região inferior da máquina, de modo que a base do
braquete ficasse paralela à direção da força de cisalhamento. Os espécimes foram
descolados em uma direção oclusogengival a uma velocidade de 0,5 mm / min. A
força necessária para descolar o braquete foi gravada em Newtons, e este valor foi
convertido para megapascal. Os braquetes e as superfícies de esmalte foram
examinados sob microscópio estereoscópico em 10 × de ampliação para a detecção
de qualquer adesivo restante, de acordo com o Indice de remanescente adesivo
(ARI). Valores possíveis para a IRA incluem o seguinte: 0, nenhum adesivo sobre o
dente, a falha entre adesivos e esmalte, 1- menos da metade do adesivo sobre o
dente, 2 - mais da metade do adesivo deixado no dente; e 3- toda o adesivo no
dente comum a impressão do suporte. As estatísticas descritivas, incluindo média,
desvio padrão e valores de tensão mínima e máxima, foram calculadas para cada
um dos grupos experimentais. Uma forma de análise de variância (ANOVA) foi
utilizada para determinar se há diferenças significativas entre os "meios" dos
diferentes grupos experimentais. Para determinar se essas médias foram
significativamente diferentes uns dos outros, um teste de Tukey foi empregado no
nível escolhido de probabilidade (P <0,05). Um teste do “chi-square” foi utilizado
para identificar diferenças significativas entre os escores do IRA no grupo
experimental.Após fratura, um espécime de cada grupo foi revestido com ouro,
preparadas para microscopia eletrônica de varredura (MEV), e observadas ao MEV
98
(JSM-5600, JEOL Ltd, Tóquio, Japão) em 1500 × ampliação (Figuras 1 a 4 ).
Imagens representativas para os diversos tratamentos de superfície foram
capturados digitalmente e armazenados em arquivos de computador. Concluiu-se
que a aplicação de enxaguatórios bucais CHX que contêm uma superfície do
esmalte condicionada não afetou, adversamente a SBS, a aplicação de solução de
CHX gel diminuiu resistência de união.
3.5. INFLUÊNCIA DO TIPO DE BASE DOS BRÁQUETES E DE SEU
TRATAMENTO NA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO.
Atsü et al. (2006) avaliaram o efeito do revestimento de sílica tribochemical e
condicionamento de superfície com silano na resistência de união de braquetes
metálicos e de cerâmica colados em superfície de esmalte com resina composta
fotopolimerizável. Foram utilizados 20 dentes pré molares superiores livres de cáries
e restaurações, foram extraídos por razoes ortodônticas para este estudo. Os dentes
foram estocados em solução timol a 0.1% a uma temperatura ambiente,
imediatamente após a extração e usados dentro de 4 semanas. Todos os elementos
foram limpos de residuais orgânicos, as superfícies lingual e labial foram tratadas
com pó de pedra pomes e taça de borracha (profilaxia) com água, lavados e secos
com jatos de ar. Braquetes específicos para pre molares superiores de metal Metal
(n = 20) (Generus-Roth, aço inoxidável, GAC International, Bohemia, Nova Iorque) e
cerâmica (n = 20) (Allure, 99,9% de alumina pura, GAC International) foram
utilizadas consecutivamente para testar um método de superfície condicionado e
controle. Os espécimes foram aleatoriamente designados para uma das seguintes
condições de tratamento do metal e superfície braquetes cerâmicos : abrasão de
99
partículas no ar com 30 mícrons partículas trióxido de alumínio modificadas por sílica
(CoJet System, 3M ESPE AG) e não tratamento ( no grupo controle). Para o
processo de revestimento de sílica, o dispositivo de jateamento (Dento-Prep,
RØNVIG A / S, Daugaard, Dinamarca) foi usado e cheio de dióxido de silício 30 mM
(Areia CoJet, 3M ESPE AG). De acordo com as instruções do fabricante, o abrasivo
foi aplicado verticalmente para o metal (10 elementos) e superfícies de cerâmica (10
elementos) do suporte em 10 mm com 0,25 MPa de pressão por 15 segundos.
Então agentes residuais do procedimento de revestimento foram removidos com
uma corrente de ar seco, livre de óleo. Uma camada de silano (ESPE-Sil AG,
Seefeld, Alemanha) foi aplicada a espécimes condicionados com um pincel limpo e
permissão para ar seco, por 5 minutos, de acordo com recomendações do
fabricante. O silano utilizado em ESPE-SIL é distinguido por dois diferentes fins
polares na molécula. Os grupos alcóxi da unidade de silanol (RO) Grupo 3Si,
formam uma ligação química com a superfície tratada com silano.Os grupos
metacrilato pode ser copolimerizado com os monômeros da resina. No grupo
controle, sem tratamentos foram aplicados na superfície do aço e os braquetes
cerâmicos. Após preparo das superfícies suporte, asvsuperfícies labial e lingual dos
dentes foram condicionadas, por 15 segundos, com ácido fosfórico 35% (3M Dental
Products, St Paul, Minn), lavadas por 20 segundos e secas com jato de ar, livre de
óleo, por 5 segundos. Em seguida, o agente de ligação contendo Bis-GMA (Bond
Light, Produtos Reliance ortodôntico, Ithaca, III) foi aplicado em uma camada fina
sobre a superficie, o excesso de resina foi removido com o ar, e polimerizou-se com
luz (Hilux 250, Medica Primeiro, Greensboro, NC, intensidade de luz de 600
mW/cm2) por 20 segundos de acordo com as instruções do fabricante. Foram
colados à superfície do esmalte com Bis-GMA resina de cimentação
100
fotopolimerizavel (Bond Light, Produtos Reliance Orthodontic). O braquete foi
colocado sobre a superfície cerâmica, usando alicates para braquetes sob controle
manual. Antes de polimerização de luz, excesso de resina foi removido em volta dos
braquetes, e a polimerização da resina de cimentação foi realizada durante 30
segundos, sendo 10 segundos em cima dos braquetes e 20 segundos nas faces
interproximais (10 segundos mesial, 10 segundos distal). Os procedimentos de
colagem foram realizados pelo mesmo operador. Corpos de prova foram
armazenados em água destilada a 37 ° C durante 1 semana. Espécimes foram
então submetidos a 5.000 ciclos térmicos (custom-made dispositivo Ankara
University, Ankara, Turquia), entre 5 ° C e 55 ° C, com um tempo de transferência de
30 segundos e um tempo de permanência de 30 segundos. Após termociclagem,
foram embutidas em resina autopolimerização acrílico transparente (Orthocryl EQ;
Dentaurum, Ispringen, Alemanha, # 030424), e os espécimes foram montados em
uma máquina de teste universal (Lloyd-LRX; Lloyd Instruments, Fareham, Reino
Unido) com um aparelho de teste personalizado de cisalhamento. O teste de
cisalhamento adesivo foi aplicado a uma velocidade de 0,5 mm / min até a
descolagem. A resistência de união foi expressa em megapascals, resultado da
divisão da carga de ruptura (medida em Newtons) pela área de ligação (mm2). As
superficies dos especimes que sofreram descolagem foram examinadas com um
microscópio estereoscópico (Leica MZ 12, Leica Microsystems, Bensheim,
Alemanha), com ampliação de 80 vezes para avaliar o tipo de fratura. Depois disso,
cada dente foi caracterizado pelo Indice de remanescente adesivo (IRA) com o valor
de acordo com os seguintes critérios: 0 - nenhum adesivo deixado no dente, 1-
menos da metade do adesivo sobre a superficie, 2- mais da metade do adesivo na
superficie e 3- todos o adesivo na superficie. A análise estatística foi realizada com o
101
software estatístico (SPSS 12.0; SPSS Inc, Chicago, Ill). Student t-testes foram
usados para comparar a média da resistência de união ao cisalhamento de significar
grupos (α = 0,05). Concluiu-se que o sistema de revestimento de sílica (CoJet)
aumentou significamente os valores da resisitencia ao cisalhamento tanto dos
braquetes metalicos quanto os de cerâmica. As falhas mais comuns nos braquetes
de metal e cerâmica tratados com revestimento de silica seguidos de silanização
foram o 1 de IRA. Ou seja, a resistencia ao cisalhamento foi maior nos grupos
tratados quando comparados ao que nao foi tratado.
Cal-Neto et al. (2006) avaliaram a influencia do adesivo auto condicionante
(SEP) (Transbond Plus SEP, 3M UNitek, Monrovia, California) na resistência ao
cisalhamento de braquetes metálicos Victory (3M, Unitek) revestido e não revestido
por adesivo. Um total de 23 pacientes retirados da lista de espera para tratamento
no Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia, Universidade
Estadual do Rio de Janeiro, participaram deste estudo. Eles foram eleitos para o
estudo segundo a necessidade de extração de quatro pré-molares por motivos
ortodônticos. Diferenças de sexo, idade, raça e má oclusão foram ignorados, e
aprovação ética foi obtida a partir do comitê de pesquisa local. Antes da extração,
braquetes padrão edgewise (Série A Vcitory,3M Unitek) foram colados à superfície
vestibular dos dentes. A média da superfície de base do braquete foi determinada a
10,61 mm2. Um total de 92 braquetes foram colados. Os dentes foram divididos em
quatro grupos iguais, com igual número de primeiro, segundo pré molares, superior
e inferior em cada grupo para evitar a polarização causada por possíveis diferenças
na resistência de união entre os dentes. Todos os materiais foram manipulados de
acordo com as instruções dos fabricantes por um único operador seguindo um dos
102
quatro protocolos para cada dente: No Grupo 01 (PAXT): Controle; Os dentes foram
condicionados com ácido fosfórico 37%. Braquetes convencionais Victory, sem
revestimento, foram colados com Transbond XT primer e adesivo (3M Unitek); No
grupo 02 (PAAPC): Os dentes foram condicionados com ácido fosfórico 37%.,
braquetes Victory foram pré-revestidos (APC II) foram colados com Transbond XT
Primer; No grupo 03 (SEPXT): Transbond Plus SEP (3M Unitek) foi aplicado sobre a
superfície do esmalte, braquetes convencionais Victory, sem revestimento, foram
colados com Transbond XT adesivo; No grupo 04 (SEPAPC)-Transbond Plus SEP
foi aplicado sobre a superfície do esmalte, seguido de APC colocação II. Uma
pressão firme foi usado para o posicionamento completo do braquete sobre o dente,
após o qual, o excesso do material de colagem foi removido com um instrumento
manual. De acordo com as instruções do fabricante, cada braquete foi
fotopolimerizados com aparelho fotopolimerizador visível Ortholux XT (3M Unitek),
por 20 segundos. A luz foi aplicada por 10 segundos, tanto na face mesial quanto na
distal do braquete. A potência mínima de 400 mW/cm2 foi verificada com um
radiômetro de polimerização (Modelo 100, Demetron Research, Danbury, Conn)
depois de cada espécime fotopolimerizado. Os bráquetes foram mantidos na boca
por pelo menos 30 dias antes da extração. Os dentes foram extraídos usando
apenas elevadores cirúrgicos para evitar o contato com os braquetes. Os dentes
extraídos foram lavados e armazenados em uma solução de 0,1% (wt / vol) timol.
Os espécimes foram montados em anéis de plástico com acrílico. Um gabarito de
montagem foi usado para alinhar a base do braquete, colocando-a perpendicular
com a parte inferior do molde e paralela à força durante o ensaio de resistência ao
cisalhamento. Uma máquina universal de ensaios Instron (Instron Ltd, High
Wycombe, Reino Unido) foi usado para aplicar uma carga oclusogengival ao
103
braquete, que produziu uma força de cisalhamento na interface dente-braquete com
uma velocidade de 0,5 mm / min. A força em newtons foi registrada para cada
amostra e dividido pela área da superfície da base do braquet, obtendo-se então, o
valor da tensão de cisalhamento em megapascals (Mpa). Após a descolagem, os
dentes e os braquetes foram examinados com uma ampliação de 10 vezes, para
avaliar a quantidade de resina remanescente sobre o dente. O adesivo
remanescente índice (IRA) foi usado para descrever a quantidade de resina
remanescente na superfície do dente. A pontuação ARI tem uma escala entre 0 e 3
da seguinte forma: 0- nenhum adesivo permaneceu sobre o dente, 1- menos da
metade do local de lcolagem do esmalte foi coberta com adesivo, 2- mais da metade
do local de colagem do esmalte foi coberta com adesivo, e 3- a superficie de união
esmalte/braquete foi inteiramente coberta com adesivo. A estatística descritiva,
incluiu a média, desvio padrão e valores mínimo e máximo foram calculados para
cada grupo testado. Os dados de resistência de união foram testadas quanto à
normalidade com o método de Kolmogorov-Smirnov. Duas vias de análise de
variância (ANOVA) foram utilizadas para testar diferenças entre os grupos e
qualquer interação estatística entre o condicionamento do esmalte e do tipo de
suporte / adesivo utilizado. Análise de Weibull, que relaciona a probabilidade de
falha do braquete à carga aplicada, também foi realizada. O teste do “chi-square” foi
utilizado para avaliar as diferenças nos escores IRA entre os grupos. Todas as
análises estatísticas foram realizadas com o software Prisma 4.0 (GraphPad
Software, San Diego, Calif) ao nível de 5% de significância. Concluiu-se que que não
há diferença na resistência ao cisalhamento se um ataque convencional e primer ou
SEP for usado; diferenças significativas na resistência de união entre adesivos
estavam presentes nos braquetes sem revestimento; o SEP combinado com APCs
104
mostrou resistência de união ao cisalhamento adequada.
Cozza et al. (2006) compararam a resistência ao cisalhamento de diferentes
braquetes metálicos. Foram selecionados cinco tipos de braquetes metálicos para
incisivos superiores para este estudo, são eles: Victory Series (S1) e Mini – Lock
(S2) (3M Unitek, Monrovia, Calif), Mini Sprint (S3) (Forestadent, Pforzheim,
Germany) and Topic (S4) e equilibrium 2 (S5) (Dentaurum, Inspringen, Germany).
Dez braquetes de cada tipo foram utilizados no trabalho. Na primeira parte do
trabalho, foi realizada uma analise da base do braquete usando SEM (Zeiss DSM
950) com aumento de 20x, a fim de analisar a morfologia da superfície da base do
braquete. A média da superfície basal foi medida calculando a largura e o
comprimento da mesma. Dentes bovinos foram usados no estudo como modelo,
porque o esmalte do dente bovino tem demonstrado semelhança histológica com o
dente humano. Cinquenta incisivos bovinos foram extraídos, lavados e fez-se a
remoção da polpa e de grande parte das raízes. O critério para seleção dos dentes
foi presença de coroa intacta e ausência de fratura causada pelo fórceps durante a
extração. Os dentes foram embutidos em resina acrílica autopolimerizável (Ortocryl,
Dentaurum) deixando a face vestibular exposta. Os espécimes foram incluídos em
solução salina normal por uma semana até a realização do teste. O tratamento
profilático foi realizado com pasta de pó de pedra pomes com água, sem flúor; fez-se
o enxague com spray ar-agua por 10 segundos e secagem. Antes da colagem, o
esmalte foi condicionado por 15 segundos e pulverizado por 20 segundos com ácido
ortofosfórico, lavou-se com jato de ar-agua. O primer (Transbond XT Primer, 3M
Unitek) foi aplicado sobre o esmalte e pulverizado para permitir a completa
penetração da resina. Após a fotopolimerização por 10 segundos, braquetes com
105
uma pequena camada de adesivo (Transbond XT, 3M Unitek) foram posicionados e
pressionado sobre a superfície dos dentes. O excesso de adesivo extravasado para
periferia da base do braquete foi removido e fez-se a fotopolimerização com
380mW/cm2 (Curing Light XL 3000), asplicando a luz na face interproximal por 10
segundos em cada face. A intensidade da lâmpada foi medida com radiômetro
(Optilux Radiometer Model 1000, SDS Kerr, Danbury, Conn) com uma margem de
erro de 5%. Os espécimes foram testados em uma maquina de teste universal
Instron (Instron Corp, Canton, Mass), a lâmina da maquina foi colocada na interface
base do braquete/esmalte da superfície oclusal/incisal, usando uma velocidade de
6mm/min. E 50kg (célula de carga), dessa forma, os braquetes foram testados
quanto a falha. A força produzida durante a falha foi gravada em newtons e
convertida em megapascals, dividindo a medida de valor da força pela medida da
área do braquete. O IRA (Índice de remanescente adesivo) foi utilizado para avaliar
a quantidade de adesivo deixado na superfície de esmalte, após a descolagem para
estabelecer os locais de fratura adesiva. Os braquetes foram observados com
estereomicroscópios com 10 vezes de aumento e o remanescente adesivo foi
determinado segundo os critérios assim definidos: IRA 0: menos de 10% de adesivo
no esmalte, IRA 1: mais de 10% e menos de 50% de adesivo remanescente no
esmalte, IRA 2: entre 50% e 90% de adesivo no esmalte, IRA 3: mais de 90% de
adesivo no esmalte com impressão da base do braquete na superfície
esmalte/adesivo. Realizou-se a descrição estatística incluindo a média e “Standard
Deviation (SD)” para cada grupo, em megapascals. A analise da variância (ANOVA)
e Tukey´s HSD pós teste foi analisada para determinação do efeito do desenho da
base do braquete na resistência ao cisalhamento. Concluíram, neste trabalho, que
todos os braquetes testados apresentaram níveis de resistência aceitáveis; Victory
106
Series e equilibrium foram 2 braquetes que demosntraram maior resistência ao
cisalhamento quando os valores foi expressos em Newton; quando os valores foram
expressos em megapascals a base do braquete Victory Series e a base do Mini
Sprint e estrutura da base do Equilibrium 2 demonstraram uma resistência ao
cisalhamento maior e similar quando comparados com os outros braquetes; o
alargamento da base de superfície do braquete pode aumentar a capacidade de
carregamento de carga, mas provoca uma queda de adaptação. Os resultados do
estudo mostraram que a probabilidade de retenção na extensão da base pode ser
menor que 7mm2 proposto como área mínima em estudos anteriores; os índices de
remanescentes adesivo mostraram valores consideravelmente variados.
Figura 09: Diferentes tipos de base de braquetes ortodônticos.
Fonte: Cozza, 2006, p 08-09.
Figura 10.: Braquetes Eurodonto.Fonte: site google
imagens.
107
Figura 11: Braquete Advanced. Fonte: Google
imagens.
4. DISCUSSÃO
Pithon MM et al. (2008), Pithon MM et al. (2006) e Pereira FL et al. (2006)
concordam que há necessidade de condicionar a superfície do esmalte que receberá
o braquete metálico a fim de alcançar uma adesão mais satisfatória no procedimento
de colagem, independente da resina ser quimicamente ativada ou fotopolimerizável
108
ou da colagem ser direta ou indireta como afirmaram Linn et al. (2006).
Rastelli et al. (2010) concluíram que o maior valor de resistência era
alcançado quando utilizava-se Concise com sistema adesivo convencional em
comparação com a Rely-a-Bond e Ultrabond (ambos sistemas adesivos
autocondicionantes). Pereira et al. (2006) afirmaram que a resina composta Fill
Magic tem indicações para o procedimento de colagem ortodôntica, devido a sua
resistência ao cisalhamento ter sido satisfatória. Em contrapartida, Pithon et al.
(2008) afirmaram que tanto Transbond XT convencional e Right –on obtiveram bons
resultados de resistência ao cisalhamento, quando seguiu-se as instruções do
fabricante, no grupo onde houve alteração no protocolo, percebeu-se menor
resistência . Lopes et al. (2003) concluíram que a alta capacidade de
desmineralização do sistema autocondicionante testado (Transbond SEP, 3M)
propiciou resistência ao cisalhamento satisfatória quando comparada com os
sistemas convencionais.
Santos et al. (2010) defenderam que Transbond Plus Color
Change/Transbond Self etching Primer apresentaram valores mais elevados de
resistência ao cisalhamento quando comparados com Transbond XT/ XT primer em
todas as condições de umidade, assim como, Campony et al. (2005) afirmaram que
os maiores valores de resistência ao cisalhamento ocorreram quando não houve
contaminação da superfície. Observaram diferença significativa entre a resistência
de união entre o grupo controle e o grupo onde aplicou-se o self etching primer
(Adper PLP) tanto com contaminação quanto sem contaminação previa a aplicação
do material.
109
Não houve diferença em relação à resistência ao cisalhamento quando usado
sistema adesivo convencional ou self-etching primer, quando este foi usado com
braquetes revestidos. Já naqueles que estavam sem revestimento em sua base,
observou-se diferenças significativas na resistência como concluíram Cal-Neto et al.
(2006) e Ajlouni et al. (2004) concordando com Sponchiado et al. (2005) os quais
sugeriram que não houve diferença na resistência ao cisalhamento entre os
materiais Transbond Plus Self etching primer e os sistemas adesivos convencionais,
podendo ser utilizado na aplicação clínica com segurança, ate mesmo em ambientes
úmidos. Em contrapartida, Fartina et al. (2008) afirma que os sistemas adesivos
convencionais apresentaram maior valor de resistência ao cisalhamento quando
comparados com os autocondicionantes e Penido et al. (2008) afirmaram que o
procedimento de termociclagem não interferiu na resistência ao cisalhamento de
ambos sistemas adesivos.
Northup et al. (2007) e Rambhia et al. (2009) afirmaram que não houve
diferença na resistência ao cisalhamento quando se utiliza braquete autoligado
comparando-o com o convencional , enquanto Oliveira et al. (2007) afirmaram que
não houve diferença na resistência entre braquete metálico ou de policarbonato.
Mondelli & Freitas (2007) afirmaram que o procedimento de jateamento da
base do braquete com óxido de alumínio resulta em aumento de resistência ao
cisalhamento, enquanto Turkkahraman et al. (2007) afirmaram que o tratamento
prévio da superfície do esmalte com dessensibilizante de oxalato também é uma
opção para aumento da resistência de união. Atsü et al.(2006) afirmaram que tendo
tratamento na base do braquete com revestimento de sílica associado a
110
procedimento de silanização não há interferência na resistência de união, a
utilização de diferentes formas de clorexidina aplicada na superfície previamente à
colagem, também não afeta a resistência, como acrescentaram Çatalbasa et al.
(2009). Cal Neto et al. (2006) afirmaram que condicionar a base do braquete com
adesivo previamente à sua colagem não altera a resistência ao cisalhamento.
Siriungrojying et al. (2004) concordaram com os autores supracitados
Campista et al. (2003), Cal-Neto et al. (2006) e AttarNuray et al. (2007) Kawasaki et
al. (2003), defenderam que o uso do Megabond (self etching primer) além de
economizar o tempo de trabalho e causar menor perda da superfície do esmalte,
perceberam que a contaminação por saliva não interferiu na resistência ao
cisalhamento, assim como afirmaram Bishara et al. (2002) e Campony et al. (2005)
acrescentando a possibilidade de redução de erros e de contaminação no
procedimento o que justifica seu forte potencial como material de colagem na
Ortodontia.
Campista et al. (2003), Cal-Neto et al. (2006), AttarNuray et al. (2007) e endo
et al. (2009) concordaram que o Self-etching primer para procedimentos de colagem
ortodôntica com o objetivo de diminuir o tempo de procedimento, visto que há passo
único para condicionamento ácido e primer, acrescentam ainda, uma menor
agressão ao esmalte dentário sem comprometer a resistência do material, assim
como Kawasaki et al. (2003) afirmaram que o cimento resinoso recém introduzido
MMA com sistema adesivo auto-condicionante Multibond tem potencial para uso
clínico minimizando a agressão ao esmalte e reduzindo o numero de passos
clínicos. Em superfície onde não houve contaminação a resistência de união foi
111
maior do que as superfícies contaminadas quando utilizaram o sistema adesivo
autocondicionante como afirmaram Campony et al. (2005).
Buscando materiais que amenizem o surgimento das manchas brancas
durante o tratamento ortodôntico, os cimentos de ionômero de vidro tem se
destacado por possuírem adesão química ao esmalte e à dentina, além de liberarem
flúor como corroboraram Pithon et al. (2006) e Bishara SE et al. (2008).
Acrescentaram Keçik et al. (2008) que o uso de caseína de fosfato de cálcio (CPP-
ACP) comparando com efeito do fluorfosfato acidulado (APF), não afetou a
resistência ao cisalhamento e pode ser usado como um agente preventivo à doença
cárie.
Kawasaki M et al. (2003) e Shamsi AA et al. (2006) afirmaram que o cimento
de ionômero de vidro possui adesão química suficiente para colagem de braquetes
ortodônticos e que atuam minimizando o surgimento de manchas brancas e
gengivite nos pacientes durante o tratamento.
Concordando com Pithon et al. (2006) e Bishara SE et al. (2008), Ribeiro AA
et al. (2008) corroboram que devido ao alto índice de lesões cariosas em pacientes
ortodônticos, busca-se utilizar o Cimento de ionômero de vidro para prevenção da
doença durante o tratamento. Com base na literatura atual, estes afirmam que os
estudos em curto prazo (1 mês) mostram a eficácia do cimento de ionômero de vidro
em prevenir as lesões de mancha branca. Contudo, quando avaliados por um tempo
maior (12 a 25 meses) os grupos com cimento de ionômero de vidro e controle
(resina) apresentaram resultados similares (AU).
112
Bishara SE et al. (2008) e Rosenbach G et al. (2007) afirmaram que o cimento
de ionômero de vidro resinoso apresentou resistência ao cisalhamento menor do
que a resistência das resinas compostas quando se fez a aplicação de força 30
minutos após a colagem, independente do condicionamento com ácido poliacrílico e
com ácido fosf Shamsi et al. (2006) concordaram que, a resistência ao cisalhamento
foi significantemente maior quando a superfície foi condicionada com ácido
ortofosfórico, comparada ao condicionamento com ácido poliacrílico e o Fuji Ortho
LC foi o indicado para colagem em superfície contaminada ou úmida14. Em
concordância, Pithon et al. (2006) afirmaram que o Transbond XT convencional e o
Fuji Ortho LC obtiveram bons resultados de resistência ao cisalhamento quando
colados em superfície condicionada com ácido fosfórico a 37%; em esmalte sem
condicionamento ácido, os dois CIVs alcançaram baixos valores adesivos.
Campista C et al. (2003) e Linn BJ et al. (2006) avaliaram as superficies
testadas utilizando os seguintes criterios: 0- sem adesivo no dente, 1 - menos da
metade do material no dente, 2 – mais da metade do material no dente, 3 – todo o
material aderido ao dente com nítida impressão da malha da base do braquete na
superfície; sendo que os primeiros autores afirmaram que Concise Ortodontico
apresentou maior valor de IRA seguido do Transbond Self etching primer e com o
menor IRA o Transbond XT e os outros defenderam que Transbond XT
adesivo/Sondhi primer (quimicamente ativado) exibiram menos escores IRA (indice
de remanescente adesivo) comparados com a colagem indireta com English
LV/Orthosolo primer (fotopolimerizável).
113
Cozza P et al. (2006) utilizaram o IRA da seguinte forma, sendo 1: mais de
10% e menos de 50% do material na superfície dentaria, 2: entre 50% e 90% do
material na superfície, 3: mais de 90% do material no esmalte com compressão da
base do braquete na superfície esmalte/adesivo, e afirmam que encontraram
fraturas adesivas, coesivas e mistas, sendo que as fraturas mistas foram as mais
frequentes (entre 40% e 50%). Concordando, Shami AAI et al. (2006) defenderam
os criterios de IRA de 0 a 3 e concluiram que a região do braquete com falha
predominante foi na interface esmalte/adesivo. Rosenbach G at al. (2007) além da
variação de escores de 0 a 3, afiramaram ainda que não foi observado indice de IRA
diferentes entre os braquetes colados com Fuji Orto LC com e sem condicionamento
ácido.
Em contrapartida, Penido SMMO et al. (2008) apesar de utilizarem os
mesmos escores de IRA que os autores citados anteriormente, afirmaram que não
houve relação entre a tensão de ruptura e os tipos de falhas (coesivas, adesivas ou
mistas).
114
5. CONCLUSÃO
A) De acordo com os autores citados nesta revisão, percebe-se que tanto os
cimentos de ionômero de vidro quanto as resinas compostas podem ser
utilizados para colagem de braquetes ortodônticos, apresentando adesão na
estrutura dentária satisfatórias.
B) A resistência ao cisalhamento tanto das resinas compostas quanto dos
cimentos de ionômero de vidro são satisfatórias, porém há algumas
divergências quanto a qualidade, alguns autores defenderam que há
diferença nos níveis de resistência, devendo o profissional fazer a eleição do
material a ser utilizado segundo suas necessidades clinicas ortodônticas.
C) O Índice de remanescente adesivo utilizado pelo autores determinou que há
possibilidade de ocorrer fratura adesiva, coesiva e mista, de acordo com
cada material avaliado.
115
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