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COMPRESSÃO DO NERVO ULNAR NO COTOVELO
Autores: Roberto Sérgio Martins e Mario Gilberto Siqueira
COMPRESSÃO DO NERVO ULNAR NO COTOVELO
HISTÓRIA (1) EXAME FÍSICO (2) ENMG (3)
CARACTERIZAÇÃO DO GRAU DE ACOMETIMENTO
- DURAÇÃO DOS SINTOMAS < 1 ANO- AUSÊNCIA DE DÉFICIT MOTOR-AUSÊNCIA DE ATROFIA- DISESTESIA INTERMITENTE- DÉFICIT SENSITIVO LEVE (4)
- DURAÇÃO DOS SINTOMAS > 1 ANO- PRESENÇA DE DÉFICIT MOTOR- PRESENÇA DE ATROFIA- DISESTESIA CONTÍNUA- DÉFICIT SENSITIVO SEVERO (4)
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO (5)
TRATAMENTO CIRÚRGICO
MELHORA SEM MELHORA OU HAVENDO
PIORA (6)
DESCOMPRESSÃO SIMPLES (7)
DESCOMPRESSÃO COM
TRANSPOSIÇÃO (8)
Complementação do Fluxograma
(1) Evolução caracteristicamente insidiosa com queixa de dormência e/ou formigamento na
distribuição sensitiva do nervo ulnar incluindo quinto dedo, metade ulnar do quarto dedo
e/ou aspecto palmar / dorsal do terço medial da mão. Os sintomas geralmente são
exacerbados pela flexão do cotovelo. Ao contrário da síndrome do túnel do carpo, a dor não
é um sintoma freqüente. Queixa de fraqueza nos músculos inervados pelo nervo ulnar.
(2) Inclui: (a) sinal de Tinel (a percussão sobre o nervo ulnar na região do cotovelo
ocasiona dor, dormência ou disestesias no território de inervação do nervo ulnar); (b) sinal
de Froment (solicita-se ao paciente que prenda um cartão entre o polegar aduzido e o
indicador. Quando o examinador traciona o cartão, o paciente não consegue mantê-lo entre
os dedos devido à paralisia do músculo adutor do polegar e executa uma flexão
compensatória da falange distal do polegar através da ação do músculo flexor longo do
polegar, inervado pelo nervo mediano); (c) avaliação da sensibilidade tátil/dolorosa; (d)
avaliação da discriminação sensitiva entre dois pontos; (e) avaliação da sensibilidade
através do teste de filamentos de Semmes Weinstein; (f) avaliação da força muscular nos
músculos supridos pelo nervo ulnar; (g) avaliação da atrofia muscular nos casos mais
avançados principalmente identificada nos músculos hipotenares e no primeiro interósseo
dorsal; (h) postura anômala caracterizada pela “mão em garra”. A compressão do nervo
ulnar no canal de Guyon é a principal patologia a ser considerada no diagnóstico
diferencial. As alterações sensitivas e motoras podem ser semelhantes, no entanto o aspecto
dorsal da mão pode apresentar preservação da sensibilidade pela ausência de acometimento
do ramo sensitivo cutâneo dorsal que se origina 5 a 8 centímetros proximal ao punho.
(3) Eletroneuromiografia. A alteração mais característica é a lentificação da velocidade
sensitiva através do sítio de compressão.
(4) A quantificação do déficit sensitivo é realizada através dos testes acima mencionados
(5) O tratamento não cirúrgico inclui: (a) afastamento das atividades que ocasionam os
sintomas; (b) utilização de imobilização através de tala específica; (c) avaliação da
atividade relacionada ao trabalho para identificar e evitar possíveis fatores associados. O
tempo de tratamento conservador varia de 3 a 4 meses, se não houver piora do quadro
neurológico neste período.
(6) Ausência de resposta ao tratamento não cirúrgico ou déficit sensitivo e/ou motor
progressivos.
(7) A descompressão simples é realizada nos casos onde a mobilização extensa do nervo e
conseqüente ligadura de vasos nutrientes. Inclui pacientes idosos, portadores de
vasculopatias, diabetes, hanseníase.
(8) A descompressão com transposição está indicada principalmente em pacientes jovens,
portadores de neuropatia relacionada a fator ocupacional claramente identificado, em
pacientes com lesões ósseas que exercem compressão sobre o nervo e em pacientes
portadores de subluxação e luxação do nervo ulnar. Os autores desta diretriz optam pela
descompressão com transposição submuscular nestes casos.
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