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Rogério Palhau:

Correio do Douro #20 Edição Especial

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Jornal Quinzenal Regionalista

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Rogério Palhau:

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22 de Maio 2010CD

Especial Alfena

II

Os alunos do agrupamento de es-colas de Alfena promovem no pró-ximo dia 28 uma caminhada que fará a ligação de todos os estabele-cimentos de ensino da freguesia, o que dá um périplo com 10 quilóme-

tros de extensão. Escusado será dizer que os jovens terão todo o gosto em se fazer acompanhar pelos adultos. Todos a caminhar, por uma vida mais sau-dável.

JOVENS PROMOVEM VIDA SAUDÁVEL

Alfena é a vila mais setentrional do con-celho, confortando-se com os municípios de Santo Tirso e Maia. O seu território ocu-pa uma área de aproximadamente 13 km², tendo ainda como vizinhos as freguesias de Ermesinde, Valongo e Sobrado 

Convém referir que pelo extenso e alon-gado vale de Alfena, corre o Rio Leça, no seu curso natural, acompanhado por uma planície a perder de vista, pontuada aqui e além por pequenos planaltos

VIAS DE COMUNICAÇÃOAlfena ocupa um localização privile-

giada,, não apenas a nível concelhio mas de toda a região. Referimo-nos à sua situ-

ALFENA, SITUAÇÃO DE PRIVILÉGIO

Fui eleito presidente de núcleo do PSD de Alfena em Fevereiro último, os militantes sa-bem qual o rumo que quero que o PSD tome em Alfena, custe o que custar não me desvia-rei desse rumo! No último plenário concelhio, fiz uma intervenção nesse mesmo sentido, o rumo que o PSD deve tomar em Alfena e no Concelho.

Tenho tido a difícil tarefa de motivar os muitos militantes do PSD de Alfena que neste momento se identificam mais com o espírito e o projecto dos Unidos por Alfena que com o próprio PSD. Tenho explicado que fomos e somos parceiros. Tenho ouvido da parte deles que o PSD usou os Unidos para ganhar as eleições e agora já nada quer saber dos par-ceiros. Tenho ouvido esses mesmos militantes dizerem que não se orgulham com a postura adoptada pelo PSD concelhio. Estamos a fa-lar de política local, onde o mais importante são as pessoas. Eu aceitei integrar a lista dos Unidos por Alfena e sou hoje membro do executivo, porque acreditei na estratégia que o Presidente da Comissão Politica Distrital, Dr. Marco António Costa achou ser a melhor para Alfena e para o concelho, estratégia essa de parceria com os Unidos por Alfena e bem diferente da que tinha a actual Comissão Po-litica Concelhia que teria conduzido o partido á derrota, pois não teria o apoio dos Unidos por Alfena. Os Unidos mantiveram a junta de freguesia de Alfena com uma lista que integra-va também militantes do PSD. Após as eleições forçosamente tínhamos que fazer um trajecto de convergência, que potenciasse a união, que demonstrasse à população que somos um par-tido de compromissos! O que fez o PSD de

DIREITO DE RESPOSTA

NÚCLEO PSD ALFENA HONRA COMPROMISSOS

– é bom não esquecer que o presidente dessa mesma comissão aceitou ser parte na estraté-gia delineada pelo Dr. Marco António Costa. Se todos concordaram com essa estratégia, como podem logo após a vitória querer igno-rar esses compromissos? Perguntam-me se o Dr. João Paulo Baltazar é o melhor candidato em 2013? Respondo que o melhor candidato em 2013 será aquele que, fruto do trabalho, de-monstrar aos Valonguenses que merece o seu voto; a escolha do candidato deve ser baseada em critérios como a capacidade de trabalho, a proximidade com as pessoas, a experiencia de vitória em eleições, locais que sejam, porque quem não ganha em sua casa, na própria terra, não pode aspirar a ganhar em terra alheia. Es-tou certo que a amizade e os interesses pesso-ais não devem ser critérios. Todos conhecemos o resultado negativo do PSD nas últimas elei-ções, nomeadamente em Valongo. Uma coisa eu sei, em Outubro passado a vitória foi difícil, mesmo com o apoio dos Unidos por Alfena; se algumas pessoas já estão a criar divisões, o fu-turo não será promissor para o partido. Acho legítima a tomada de posição do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Alfena de não querer mais compromissos com esta Comissão Politi-ca Concelhia que não os respeita. Recordo po-rém que nem todos pensam da mesma forma na Comissão Politica Concelhia; o pensamen-to do Hélio não colhe unanimidade, garanto!

Espero no futuro bom senso e responsa-bilidade de todos, caso contrário não haverá futuro.

Sérgio Pinto(Presidente da CPN Alfena)

Alfena? Honrou e honra esses compromissos! Reconhece a importância que os Unidos tive-ram na vitória do PSD para a Câmara Munici-pal e que têm no dia-a-dia da nossa Vila e do nosso Concelho. A estratégia visava apoiar, in-tegrar, ajudar a dinamizar o projecto existente e não destrui-lo. Infelizmente o companheiro Hélio Rebelo membro da Comissão Politica

Concelhia do PSD vem numa entrevista ao

jornal CORREIO DO DOURO destruir tudo o que o PSD de Alfena andou a construir des-de Fevereiro, fazendo afirmações que só por total desconhecimento da realidade de Alfe-na pode fazer, ou então por um outro motivo que eu não consigo identificar. Um membro da Comissão Politica Concelhia tem que ter outra postura, tem que se lembrar dos com-promissos que a Concelhia também assumiu

Sérgio Pinto

ação geográfica que a local a poucos minutos de tudo o que é importante: Porto, aeroporto, porto de Leixões, acesso à Galiza, a Lisboa, ao país. Através da A41 (antigo IC24), da A3 que liga  Braga  ao Porto, da  A28, da Via Norte, e ainda a A42 que liga Alfena às cidades de Pa-ços de Ferreira, Felgueiras, etc, mas também ao Minho (Guimarães) até Trás-os-Montes (Vila Real e Chaves).

A outro nível existe a estrada Valongo-Ca-beda (M607) e a estrada que liga Alfena a São Romão  (N 318), que permite alcançar outras

direcções. Alfena tem ainda outras vias impor-tantes como a EN105 (Porto-Guimarães); a EN 105-1 (Alfena-Ermesinde), bem como uma es-trada municipal que a liga a Sobrado.

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CD III 22 de Maio 2010

Especial Alfena

Por Arnaldo Soares

Falar de Alfena é falar dos Alfenenses , é falar do Rio Leça é falar do Futuro .

A Vila de Alfena é atravessada pela A41 , e está a dois passos da A42,da A3 e da A4 . Estas vias e a proximidade do Aeroporto Sá Carneiro , do porto de Leixões , da esta-ção ferroviária , fazem de Alfena uma terra muito procurada quer para viver quer para instalação de zonas Empresariais.

Falamos de crescimento que só não tem sido maior, no que toca ao surgimento

de empresas, porque em Alfena não existem espaços para a sua instalação .

No entanto a situação pode evoluir favo-ravelmente. Assim, pode Alfena , se o PDM revisto assim o permitir , dar um forte con-tributo para o crescimento/desenvolvimen-to do nosso Concelho .

Estaremos a falar da criação de muitos posto de trabalho, estaremos a falar da di-namização do comércio , da habitação , etc.

Falar de crescimento implica falar tam-bém de desenvolvimento e aí o nosso Rio Leça terá um papel fundamental . O rio é fonte de vida e terá que ser, cada vez mais, fonte de riqueza e de lazer. O Leça atraves-sa Alfena de lés a lés e para além de ser um elemento importante na agricultura, as suas margens terão que ser espaços de encontro e de convívio entre gerações. A população de Alfena olha para o rio Leça cada vez com mais carinho e cuidado. Progressivamente o Leça tem que ser devolvido à população. A Zona de S. Lázaro é já um bom exemplo disso.

Na parte sul, em torno do Hospital Pri-vado de Alfena, certamente surgirá uma zona de expansão urbana e de serviços.

Não se pode falar de Alfena sem falar

Nos últimos anos Alfena tem re-gistado uma evolução digna de registo tendo para isso contribuído vários factores, designadamente a criação da Zona Industrial Alfena I, com 4 Sectores industriais.

Na zona Norte da Vila, prevê-se para breve a criação de uma outra Zona Industrial, que será a Alfena II, abrangerá as freguesias de Sobrado e de Água Longa, esta do concelho de Santo Tirso.

Este crescimento deve-se também ao facto de Alfena estar a escassos 12 quilómetros do Porto e possuir acessos rápidos e modernos a todas a grandes infra-estruturas do norte do país. Esse facto é uma enorme mais--valia para qualquer empresa poder situar-se dentro do seu território. Esta realidade “condena” Alfena a um futuro radioso, com um enormíssimo potencial de criação de postos de tra-balho e tudo o mais que isso envolve.

De resto, Alfena é já hoje um pólo económico de relevo no panorama do litoral norte, com destaque não apenas para a industria mas também comér-cio, agricultura, pecuária e avicultura.

O Centro Cultural de Alfena recebe, desde o passado dia 7 e até amanhã (domingo), uma expo-sição intitulada “Vespas, um cul-to!”, com a apresentação de vários modelos que assinalam as diferen-tes fases que esta mítica mota foi atravessando ao longo das décadas da sua existência. Nesta mostra está também patente muito merchandi-sing associado a esta marca, desig-nadamente réplicas em miniatura, vestuário, malas, relógios, objectos decorativos, entre outros.

A exposição “Vespas, um culto!” é organizada pela Câmara Munici-pal de Valongo e conta com o apoio da Associação Os Vespistas do Norte e ainda da empresa Vespa’s Garage, sediada na Maia.

Associada a esta exposição serão realizadas várias sessões de servi-

SEREI SEMPRE UNIDO POR ALFENAção Viver Alfena que desde 2006 tem sido um parceiro imprescindível na dinamização de alguns projectos sociais na nossa terra .

A finalizar e para dar sentido a tudo isto,

temos que falar das gentes de Alfena . Quan-do projectamos, quando sonhamos o futu-ro de uma terra, estamos necessariamente a pensar nas pessoas e sem qualquer duvida que a maior riqueza de Alfena sãos os Alfe-nenses. Serão eles que no seu dia a dia cons-truirão o futuro da nossa terra.

Estarei sempre ao seu lado, sempre pron-to a trabalhar e a lutar pelos sonhos de todos.

O futuro será aquilo que quisermos, será aquilo que, em equipa, formos capazes so-nhar e de construir.

Quero estar com todos na construção do nosso futuro comum.

Um abraço.

das suas associações, pois estas represen-tam o pulsar da comunidade, representam a sua cultura, representam o encontro de gerações , representam as tradições e a vida em comunidade no que de mais genuíno ela tem .

Se duas sobressaem, o Centro Social e Paroquial na sua missão de bem-fazer na Infância, na Terceira Idade e na Deficiência, e o Atlético Club Alfenense na sua enorme

actividade desportiva, movimentando lar-gas centenas de jovens nas mais diversas ac-tividades; não podemos esquecer o Grupo Folclórico , a Banda de Música de S. Vicen-te , o Centro Popular de Trabalhadores de Alfena, o Hóquei Patins e a Patinagem Ar-tística , o Grupo Columbófilo bem como a mais recente mas muito activa associação que é o Motoclube de Alfena. Quero referir também de uma forma especial a Associa-

“O futuro será aquilo que quisermos, será aquilo que, em equipa, formos capazes sonhar e de construir.Quero estar com todos na construção do nosso futuro comum.

INDÚSTRIAEXPOSIÇÃO DE VESPAS NO CENTRO CULTURAL DE ALFENA

ços educativos intitulados «A tua Vespa, decorada à tua medida!» di-rigido ao público pré-escolar, gru-pos seniores e famílias.

De salientar que este ano Portu-

gal será a «casa» dos amantes desta lendária scooter, recebendo em Fá-tima – entre 1 e 4 de Julho – o en-contro mundial de vespas, a Vespa World Day.

Arnaldo Soares

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22 de Maio 2010CD

Especial Alfena

IV

GRUPO MPRua das Devesas, 110,Transleça4445-000 AlfenaT l 229 673 358GRUPO MP

Grupo MP, dedica-se á industria de transformação de Ferro, Al í i I t d T l i

Tel. 229 673 358Fax. 229 683 928Email geral: [email protected]

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-Marcelo Peixoto & Irmão, LdaFerro, Alumínio e Inox

- JOMAGOPEPortas e Automatismos

-MP LACIndustria de Lacagem, Lda

- MPiSistemas de Controlo e Instalações Eléctricas

Meio ano depois de to-mar posse como presidente da Junta pode-se já fazer um balanço, ou ainda é cedo?

Se tivermos como refe-rencia o que nos propuse-mos fazer é claro que ainda é cedo mas, se nos detivermos no que já se fez, é evidente que o balanço é positivo. Re-pare, o que estaria mais em causa era aferir da união dos Unidos e da continuação, no mesmo sentido, do nosso projecto depois do apoio,

ROGÉRIO PALHAU:

COM PESSOAS COMO OS ALFENENSES, O FUTURO SÓ PODE SER BOMEm 2005 alguns Alfenenses desiludidos decidiram mandar às urtigas os partidos políticos e to-mar eles próprios em mãos os destinos da sua terra. Foi assim que nasceu o movimento indepen-dente “Unidos Por Alfena” que nas eleições autárquicas desse ano conquistou a Junta, ou seja, o apoio da maioria do seu Povo. E tão bem trabalharam que, quatro anos depois, em Outubro de 2009, os Alfenenses renovaram-lhe a confiança. E eles aí estão, agora sob a liderança de Rogério Palhau, a construir a sua terra, pondo em prática um projecto que, concretizado, fará de Alfena uma das melhores terras do país. Podem crer que é verdade!

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absolutamente determinan-te, que demos à candidatu-ra do Dr. Fernando Melo aceitando a inclusão nessa candidatura do nosso amigo e face visível do nosso pro-jecto do, agora vereador, Dr. Arnaldo Soares.

Os Unidos continuam a trabalhar em sintonia, entre si e com a população, e de-terminados em fazer de Al-fena um local melhor para viver e sem qualquer con-descendência face aos outros responsáveis na resolução

dos problemas de Alfena.

Como tem decorrido o relacionamento entre a Jun-ta de Freguesia e a Câmara Municipal e como antevê o futuro?

Com a câmara Munici-pal tudo tem corrido bem. Institucionalmente não po-deria deixar de ser assim. Sempre tivemos um rela-cionamento muito próximo com o Dr. Fernando Melo e ele sabe que a Junta de Fre-

guesia de Alfena cumpre a sua obrigação e é solidária com a Câmara no que a esta diz respeito. Aqui não temos a preocupação de dissecar de quem é a obrigação, o que nos preocupa é a satis-fação das necessidades das populações. Estamos ainda no princípio do mandato e espero que a colaboração se intensifique de forma a mul-tiplicarmos as realizações.

Depois, não podemos esquecer – nós não esque-cemos e quem esquecer tem

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CD V 22 de Maio 2010

Especial Alfena

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segundas intenções –, que o Vereador Arnaldo Soares será sempre “Unido”. Apesar de agora ter outras respon-sabilidades ele é a demons-tração do nosso espírito, é um trabalhador incansável e determinado, honra as suas promessas, tem visão estra-tégica do futuro e é um lu-tador e vencedor nato. A sua ida para a lista do Dr. Fer-nando Melo, e consequente apoio dos Unidos, foi a ala-vanca essencial para o PSD ganhar as eleições e sei que vai ser a impulsão necessá-ria para um mandato como deve ser. Assim dependesse só dele que o resultado esta-va garantido.

Relativamente ao futu-ro, se quer perguntar pelo futuro de Alfena, ele será ri-sonho. Bem situada geogra-ficamente, muita procura para investir com qualidade e capacidade de retorno, um rio que tem condições para ser um espelho da moderni-dade que falamos há pouco, urbanisticamente ainda não foi descaracterizada e tem uma população que sente, que abraça causas, que é so-lidária, trabalhadora e em-penhada. Com gente assim o futuro só pode ser bom.

Se a pergunta tem a ver com o relacionamento com a Câmara e o partido que a governa essa pergunta de-veria ser feita à Câmara e ao partido. Os Unidos em-barcaram nesta união, ce-dendo a sua cara – o agora Vereador Arnaldo Soares – à lista do PSD, por uma causa que era a freguesia e o concelho. Continuamos e continuaremos determina-dos, coesos e a trabalhar por

essa causa. Respeitaremos todos em qualquer situação mas não aceitaremos fal-tas de respeito. Vem isto a propósito da entrevista que tive oportunidade de ler no seu jornal dada pelo Senhor Hélio Rebelo, membro da Comissão politica conce-lhia do PSD e próximo do presidente da mesma. Diz a referida pessoa que o PSD tem condições para ganhar a junta de Alfena. Claro que em eleições todos têm con-dições para ganhar a junta. Não tememos disputar elei-ções com ninguém e quando acharmos que não temos o melhor projecto e não somos os melhores a realiza-lo, va-mos embora. Mas sejamos claros, acabados de ganhar a Câmara à custa dos Unidos Por Alfena, reconhecendo o bom trabalho que estamos a fazer, beneficiando do nos-so apoio incondicional, esta afirmação despudorada e ir-responsável só pode querer dizer falta de solidariedade, falta de respeito e falta de consideração, para não dizer falta de vergonha e esta ou se tem ou não se tem. Até agora nenhum responsável do PSD veio esclarecer, desmentir ou alterar. Registamos e agire-mos em conformidade.

Os Unidos continuam a fazer o seu trabalho. Conti-nuaremos no mesmo cami-nho enquanto entendermos estar a ser úteis aos Alfenen-ses e estes quiserem.

O facto de até Outubro último liderar a Assembleia de Freguesia faz de si o “pre-sidente da continuidade”?

Era Presidente da Assem-

bleia por causa de Alfena e dos Alfenenses e o Dr. Ar-naldo Soares era Presidente a Junta pelos mesmos moti-vos, aliás os motivos que o levaram a aceitar integrar a vereação e tentar que a nos-sa dinâmica se alargasse ao concelho. A continuidade tem a ver com a ideia que tí-nhamos e continuamos a ter do que é necessário fazer, dos anseios das populações, do projecto que é a Alfena. As pessoas são as mesmas desde o inicio e muitas outras que se vão sentindo mobilizadas com a percepção desta obra que nos une e com o que de bom vamos conseguindo.

Pode dizer-se que o “Uni-dos por Alfena” é apenas um movimento de independen-tes que quis, uma vez mais, disputar a Junta de Freguesia aos partidos tradicionais, ou é mais que isso, é um verda-deiro projecto para esta ter-ra?

Os Unidos por Alfena são um projecto, mas um projec-to com alma que foi abraça-do pelos Alfenenses como demonstra o carinho que lhe dedicam. Nunca desejamos disputar a Junta aos, como refere, partidos tradicionais nem, e falo desde logo por mim, nunca desejamos fa-zer parte de qualquer lista. O nosso desejo era que os partidos tivessem percebido o que o povo alfenense de-sejava e que não se afastas-sem mais das pessoas e do que é importante para elas. Não conseguimos que os estados-maiores concelhios dos partidos percebessem isso e fomos consequentes:

assumimos, em desfavor dos nossos interesses pesso-ais, que as pessoas merecem mais e melhor e por isso é que resolvemos disputar eleições e propor caminhar na construção de uma terra diferente. É este o verdadei-ro projecto.

Fale-nos dele…

Como disse, começa des-de logo pela consciência de que o verdadeiramente im-portante é colocar as pessoas no centro de todos os objec-tivos. As pessoas precisam de solidariedade e apoio nos momentos difíceis; preci-sam que as condições ofe-recidas pela natureza sejam exponenciadas e não oculta-das ou esquecidas; precisam que a sua capacidade natu-ral de se dar seja apoiada e não coarctada; precisam que os órgãos autárquicos projectem e realizem de for-ma ordenada e tendo como prioridades as verdadeiras necessidades de quem vive no território, criando con-dições de desenvolvimento e bem-estar. Precisam de saber que os seus anseios de uma vida melhor e um futu-ro mais risonho para os seus filhos é o objectivo do Órgão autárquico e nunca os ciclos eleitorais.

Por isso, no nosso pro-jecto, a relação próxima de todos, o Rio Leça e o que propiciam as suas margens são o centro e o ponto de partida, pelo que é funda-mental promover que a po-pulação se aproxime do Leça e o desfrute. Como? Com a implementação do Cen-tro Cívico a começar com o

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Especial Alfena

VI

Plano da Quinta das Telheiras e a passagem de toda a zona em fren-te á Igreja para a disponibilidade de todos. Ao mesmo tempo com a implementação da feira e o reapro-veitamento do espaço sob a A41, fazendo desta zona uma porta de entrada para as margens do rio e, depois, fazer a ligação até S. Láza-ro por caminhos ao longo das mar-gens que vão passando por largos espaços verdes e multiusos.

Paralelamente, e nunca como agora foi tão importante dada a situação económica que atravessa-mos e a taxa de desemprego que su-portamos, as zonas industriais. As novas acessibilidades colocaram--nos nas mãos a oportunidade úni-ca de desenvolvimento e criação de riqueza. Não podemos perder esta ocasião. O objectivo é a criação de uma grande zona industrial no nó da Nossa Senhora do Amparo, aproveitando a A41, a proximida-de ao aeroporto, porto de leixões e a facilidade de sair para qualquer parte do País e Europa. Ao mesmo tempo existem pessoas e empresas com vontade de investir naquele local e criar milhares de postos de trabalho. Todos temos de ter a no-ção do efeito multiplicador deste investimento e do erro que seria não aproveitar a oportunidade.

Por isso temos a certeza que na revisão do PDM em curso todos estaremos de acordo nesta prio-ridade. Como seria explicável a tantos desempregados e a tantas famílias em dificuldade que haven-do condições únicas e investidores decididos não fosse possível por omissão, falta de visão estratégi-ca ou de ambição dos políticos do Concelho?

Na parte sul da Freguesia o de-senvolvimento é de outro tipo: É o crescimento em torno do pólo de desenvolvimento especial que é o Hospital Privado de Alfena, tornando esta zona uma zona de eleição para o crescimento dos serviços/habitação e colmatando a ligação entre Alfena e Ermesinde.

A outra face do projecto e a matriz desta junta e dos Unidos por Alfena é a proximidade com a população e o forte empenho no apoio social. Como exemplo refi-ro o facto de termos investido na colaboração de uma técnica social, criado a Escola Sénior e termos apostado no apoio social integra-do e promoção da ocupação positi-va a dezenas de idosos. Ao mesmo tempo não poupamos esforços no acompanhamento e apoio das situ-ações de carência que, infelizmen-te, são cada vez mais e para onde canalizamos grande parte das nos-sas disponibilidades nesta altura de dificuldades. E isto, gostaria de sublinhar, só é possível graças à parceria da AVA, associação de voluntariado, superiormente co-ordenada pela Professora Manue-la, vogal da Junta, que mobiliza dezenas de jovens com uma ideia comum: Ajudar quem mais preci-sa e quem menos capacidade tem para ultrapassar as dificuldades.

Depois, não podia deixar de referir, a Juventude. Para além da sua mobilização no apoio voluntá-rio a quem mais precisa, optamos pela colaboração com as Insti-

tuições, a começar pelas escolas e associações como o Atlético Clube Alfenense que hoje já tem mais de oitocentos atletas. Faz parte da nossa forma de estar este apoio, promoção e interligação com as associações. Tem valido a pena e só para lhe dar um exemplo, no dia do “limpar Portugal” juntaram-se mais de duzentos jovens por aque-la causa o que confirma a nossa ideia, os jovens são absolutamen-te solidários quando as causas são boas.

Recordando promessas de cam-panha, em que pé se encontra o projecto da “nova centralidade” que deveria modificar o rosto do centro da freguesia?

Esse projecto é uma das nos-sas bandeiras. É um projecto que vai alterar a face de Alfena e criar condições para que os Alfenenses possam cultivar uma relação pró-xima com o rio Leça e tenham um ponto, um local de encontro e de convívio, um centro de referên-cia da Vila. Está terminada a fase de projecto e já fomos informa-dos que o promotor vai depositar a proposta esta semana ou, no máximo, na próxima semana na Câmara Municipal. Esperamos confirmar nesse projecto as neces-sidades e anseios dos Alfenenses. Nós entendemos que os donos dos

terrenos não queiram, e eventu-almente não possam, entregar de bandeja os milhares de metros em causa; Mas que não fiquem dúvi-das que nesse local o Povo de Al-fena não vai aceitar construção ou que esse mesmo espaço não seja de utilização para todos e em favor de todos. É preciso arranjar uma for-ma de entendimento mas sem vio-lar os pressupostos referidos. É um projecto que na última campanha foi defendido por quem ganhou e por quem perdeu as eleições Mu-nicipais e por isso não duvido que todos vamos estar Unidos na defe-sa dele.

Alfena “brotou” nos últimos anos, passando de uma terra de características dir-se-ia que “agrí-colas”, para uma cidade moderna, muito embora lhe faltem ainda es-truturas que permitam usar essa definição. O que pensa fazer para que Alfena justifique esse estatuto de modernidade?

A modernidade não passa pelo abandono das actividades agrí-colas, senão veja-se o movimento actual na criação das hortas cita-dinas. O que é essencial é pugnar e promover o aparecimento das es-truturas necessárias, ao nível das acessibilidades, serviços e criação de riqueza que ofereçam quali-dade de vida às pessoas. A verda-

deira modernidade é viver num local aprazível, limpo, emprego próximo, serviços de qualidade, cultura e desporto acessível, ro-deado de natureza preservada que em conjunto prometem um futuro melhor. O estatuto da moderni-dade ganha-se com crescimento sustentado, qualidade do meio ambiente, qualidade dos serviços e dos apoios aos que mais precisam, a aposta na juventude e nos menos jovens com a promoção do diálogo e relação inter-geracional, criação de equipamentos de qualidade e, acima de tudo, visão estratégica do futuro a médio e longo prazo par-ticipada por todos.

Outra das características ganhas recentemente é o rejuvenescimento da população. Como pensa ocupar os jovens de Alfena?

Motivando-os para a participa-ção cívica nas realizações de todos; Promovendo as associações cultu-rais, recreativas e desportivas; In-centivando a intervenção politica e a participação social voluntária.

Por isso a importância da pas-sagem da AVA a IPSS, a constru-ção da casa das associações, o novo pavilhão e piscina. Mas, eventual-mente, o mais importante é ouvi--los cada vez mais, estar atento às suas ideias e desejos e colaborar com eles na sua vontade imensa

de fazer coisas boas pela sua terra, pelos seus amigos e pelas pessoas que os rodeiam. Bem apoiados, os jovens são capazes de realizar o impossível.

Do outro lado estão os mais ido-sos, eles também em número não negligenciável. A freguesia pensar utilizar esse sector etário para con-tinuar a crescer ou quer apenas “en-treter” os mais velhos, à espera que se cumpram os ciclos da vida?

Com os mais idosos passa-se exactamente a mesma coisa que com os jovens. O maior erro que se pode cometer é achar que os mais idosos já fizeram o que tinham de fazer. Poderão não fazer o que fi-zeram, nem isso é importante, mas com a sua experiencia, paciência e saber conseguem fazer o que os mais jovens não fazem. Quando motivados deixam de estar doen-tes e a idade deixa de pesar. A ex-periencia da Escola Sénior é disso exemplo acabado. Agora imagine o que se pode fazer se juntarmos no mesmo grupo a experiencia e paciência dos menos jovens com a irreverência da juventude. É esta colaboração inter-geracional que vai surpreender muita gente.

Uma terra sem investimento vê o seu futuro comprometido. Acha que Alfena mantém todas as con-dições para captar investimento, ou “foi chão que já deu uvas”?

Alfena continua com as mes-mas condições: Temos espaço, te-mos acessibilidades privilegiadas, temos mercado, temos pessoas e empresas com capacidade e von-tade de investir. Só tenho dúvidas que tenhamos políticos, de quem dependem algumas decisões, com visão estratégica para perce-ber isso. Muito recentemente tive oportunidade de estar presente na apresentação de uma primeira versão da proposta de revisão do PDM. Posso dizer que gostei do trabalho da equipe que trabalha a revisão e das ideias orientadoras da mesma explicadas pelo Pro-fessor Paulo Pinho. Contudo as orientações políticas a essa equipa, nomeadamente na definição do que se quer que o Concelho, seja daqui a cinco, dez ou mais anos, é que me preocupam. Refiro-me, concretamente à zona Industrial de Alfena, que não é o que é ne-cessário nem o que é melhor para a freguesia; ao aproveitamento do rio Leça que não me pareceu que estivesse alguma coisa previsto para além do que já está que não é nada; ao plano de pormenor da quinta das Telheiras que ninguém me conseguiu esclarecer com a profundidade que pretendia; do PUCCA – plano de urbanização do centro cívico de Alfena – etc.…

Contudo ainda estamos no princípio, trata-se de uma pri-meira versão do projecto. Espero e vamos lutar para que tudo fique melhor na versão final e que to-das as forças politicas honrem as promessas do período eleitoral. Guardo todos os programas com muito cuidado. Vamos confirmar e o povo de Alfena julgará.

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Especial Alfena

VIII

A freguesia tem 23 mil habitantes, aproximadamen-te, distribuídos por um terri-tório de 12,83 km², o que dá uma densidade de quase mil e quinhentas pessoas por Km2.

Alfena é dividida pelos seguintes lugares: Baguim, Igreja, Reguengo, Ermida, Transleça, Telheiras, Trás-do--Casal, Ferraria, Rua, Santei-ros, Aldeia Nova, Barreiro de Cima, Costa, Barreiro de Baixo, Barreira, Gandra, Ou-teiro, Outeirinho, Codiceira, Pedrouços, Lombelho,  Cabe-da, Várzea, Vilar, Oliveiras e Xisto.

Foi elevada a vila por de-liberação do plenário da  As-sembleia da República em 30 de Junho de 1989.

EM TEMPOS, SEDE DO CONCELHO

Aquando da criação do concelho do concelho de Va-longo, em 1836, houve gran-des desavenças com a popula-ção daquela freguesia, de que resultou a passagem da sede do concelho para Alfena, mo-mento em que a freguesia foi elevada a vila pela primeira vez.

Alfena nem sempre cor-

ALFENA OU SÃO VICENTE DE ALFENA

Uma delas tem em conta o nome de um arbusto, cha-mado alfeneiro ou ligustro, utilizado para tingir ou embelezar jardins.

A outra interpretação diz que, segundo P. Antó-nio Carvalho da Costa, Al-fena “tomou este nome de uma batalha que ali de-mos aos Mouros, em que entraram sete condes. Em linguagem árabe, Alfe-na queria dizer batalha”. Esta última interpretação basear-se-á na semelhança da palavra árabe “Alfella”, que significa “campo ou arraial”, com Alfena. Mas, a interpretação mais cor-recta parece ser a primeira.

Segundo  António Rus-so Cabrita, na sua  Mo-nografia do Concelho de Valongo, o nome Alfena vem da época da invasão árabe,  Al-Henna, desig-nação de um arbusto que existia em abundância na região e, ainda hoje, é en-contrado na Serra de  Va-longo. Na vila de Alfena, cultivam-se estes arbustos com o propósito de man-ter viva a memória topo-nímica.

respondeu à actual desig-nação. Na  Idade Média, era conhecida por S. Vicente de Queimadela, enquanto Alfe-na era um mero lugar daquela freguesia.

Alfena é nome único na

toponímica de Portugal.

ARBUSTO OU BATALHA?

Existem duas interpre-tações relacionadas com a origem do nome Alfena.

Atlético Clube Alfenense que tem como principais modalidades desportivas o futebol, atletismo, té-nis, basquetebol, futebol de salão, etc.CSPA (Centro Social e Paroquial de Alfena) centrando-se nas modalidades de hóquei em pa-tins, patinagem artística e karaté.

São Vicente (22 de Janeiro ou transitando para o Domin-go seguinte)

São Lázaro (Domingo que precede o Domingo de Ra-mos) -

Senhora do Amparo  (últi-mo domingo de Julho) - esta romaria é famosa pelos seus belos tapetes ao longo de todo o percurso da procissão (Igreja de S. Vicente [Matriz] à Igreja da Nossa Senhora do Amparo), feitos à base de flo-res, serrim pintado, sal, entre

outros materiais, a N. Sra. do Amparo é também a padroei-ra dos estudantes universitá-rios de Alfena.

Na procissão da festa, o universitários da Vila pres-tam-lhe homenagem, acom-panhando a procissão traja-dos.

Quando a procissão chega à Igreja da Sra. do Amparo, os estudantes estendem as capas para que o andor da Nossa Se-nhora do Amparo passe por cima.

FESTAS E ROMARIAS

Alfena é terra da Cabidela, especia-

lidade mais co-nhecida por Pica

no Chão.De destacar ainda a famosa Reguei-finha de Cornos,

tradicional da Vila de Alfena.

Diz a história que no domingo de S. Lázaro era o pre-sente dos rapazes

da terra às suas noivas.

EQUIPAMENTOS5 pré-escolas5 escolas do 1º ciclo1 escola Preparatória2 escolas do 3.º ciclo1 escola secundáriaCentro Social Paroquial de Alfena (CSPA)InfantáriosGinásios e AcademiasCentro Social (CSPA)Centros de 3ª Idade (CSPA)Complexo Social Deficientes (CSPA)Centro de SaúdeMuseu (CSPA)PoliclínicasCentro de EnfermagemFarmáciasRancho Folcolórico AlfenaEscuteiros (C.N.E. - Agrupamento 0479 de Alfe-na)Casa da Juventude AlfenaGrupo ColumbófiloPiscinas Municipais de AlfenaCentro Cultural de AlfenaBibliotecasGuarda Nacional Republicana de AlfenaEspaço SocialBancosCasa do F.C.PortoComércioServiçosRestaurantesBares e CafésCorreiosPavilhão GimnodesportivoBrevemente um Hospital privado

TERRA DA CABIDELA

ENTIDADES DESPORTIVAS

MAIS SALIENTES

Page 8: Correio do Douro #20 Edição Especial

22 de Maio 2010CD

Especial Alfena

VIII

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Ponte de São LázaroPonte de S. Lázaro Ponte dos Sete Arcos Portal do Ribeiro Portal das TelheirasCapela de S. Lázaro datada de 1623Parque de S. LázaroIgreja e Capela da Senhora do AmparoIgreja da Senhora da Paz, datada de 1 de Maio de 1993

Igreja Matriz, sob a protecção do Mártir S. Vicente, padroeiro de Alfena, foi benzida no dia 23 de Agosto de 1964 . É chamada de Igreja Nova, uma vez

que a primitiva Igreja de São Vicente de Alfena foi demolida em 1964.

Capela de S. Roque (ligada ao Caminho de Santiago)

Capela da Nossa Senhora da Conceição

Capela da Nossa Senhora da Piedade (Quinta das Telheiras)

Museu Etnográfico de Alfena (situado no Pólo II do C.S.P.A.)

Centro Cultural de Alfena (antiga escola primária)

PATRIMÓNIO DE ALFENA

Ponte de S. Lázaro

Ponte dos Sete Arcos

Centro Cultural. Antiga escola primária

Igreja de Alfena

Capela de S. Roque Portal da Quinta das Telheiras