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Cristina Gomes - Viver Hoje

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Page 1: Cristina Gomes - Viver Hoje
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Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por qualquer meio ou sistema, sem a prévia autorização dos autores, ficando os infratores sujeitos às penas da lei.

Copyright © 2017 – Instituto Viver Hoje | viverhoje.org

Presidente

Cristina Gomes

Diretora Institucional

Liana Pires

Presidente do Comitê Científico

Prof. Dr. Riad N. YounesDiretor Geral do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Presidente do Comitê Científico do Instituto Viver Hoje

Editor

Orlando SanchesTécnico em estética pelo SENAC-SP. Especialista em Drenagem Linfática Pós-Cirúrgica, Cosmetólogo, Dermo-pigmentador e Massoterapeuta. MBA em Estética e Saúde – UNICASTELO. Presidente na “Sanches & Trielli – Treinamentos e Serviços de Estética”. Autor do capítulo sobre estética facial no livro “Estética e Cirurgia Plástica – Tratamento no pré e pós-operatório”. Membro efetivo da WALT – World Association for Laser Therapy. Autor do livro “Drenagem Linfática Manual – Teoria e Prática” – Ed. SENAC. Presidente da “Pós-Op” – a primeira clínica especializada em tra-tamentos Pré e Pós-Operatórios do Brasil. Fundador e Diretor na SOCILASER – Sociedade Brasileira de Laser.

Expediente

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Editorial

Observe a sua pele

A síndrome mão-pé (SMP), ou eritrodises-tesia palmo-plantar, é uma reação cutâ-nea tóxica que ocorre com frequência durante a quimioterapia e torna-se um problema clínico. O desenvolvimento da SMP pode levar à interrupção do trata-mento do câncer e à redução da dose do quimioterápico, entre outros problemas.

Nesta edição da série Viver Hoje, traze-mos informações sobre como detectar precocemente o problema, assim como dados atualizados sobre tratamentos e dicas sobre como aliviar os sintomas.Tudo validado por especialistas de renome e com base nos estudos mais recentes sobre o assunto.

Boa leitura!

Equipe Instituto Viver Hoje

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Também chamada de síndrome mão-pé ou sín-drome mão-a-pé, a Eritrodisestesia palmo-plantar (EPP) é um efeito colateral que pode ocorrer em concomitância com vários tipos de quimioterapia ou drogas de terapia biológica usados para tratar o câncer. Após a administração de quimioterapia, pequenas quantidades de droga escapam de vasos sanguíneos muito pequenos chamados capilares, localizados nas palmas das mãos e plantas dos pés.

A exposição das mãos e pés ao calor, bem como o atrito nas palmas das mãos e plantas dos pés, causa a dilatação dos vasos capilares causando vermelhidão, também conhecida como eritema palmar-plantar, semelhante a uma queimadura. As áreas afetadas podem se tornar secas e descascar, podento apresentar dormência ou formigamento.

A síndrome mão-pé pode ser desconfortável e interferir na capacidade do paciente de realizar atividades normais.

Embora as áreas mais comuns sejam pés e mãos, outras partes do corpo, como joelhos e cotovelos também podem ser acometidas por serem mais ressecadas. É importante que o paciente reporte os primeiros sintomas de síndrome mão-pé precocemente ao médico que o assiste ou à enfermeira. Se a medicação causadora da síndrome for suspensa ou sua dose for alterada, a recuperação pode ser muito mais rápida.

O que é a SMP?

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Graus da SMP

Até recentemente, não havia um sistema de classificação padrão para a síndrome mão-pé. Atualmente, tanto o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI) quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluem esquemas de classificação para a SMP. Veja como é feita a gra-duação segundo o NCI:

Mudanças mínimas na pele: inchaço ou eritema (vermelhidão) sem dor, edema (acúmulo de líquido) ou hiperqueratose (endurecimento da pele), disestesia (perda de sensibilidade) ou parestesia (formigamento).

Mudanças na pele: inchaço ou eritema com dor e descamação, bolhas, sangramento, edema, hiperqueratose, disestesia ou parestesia, mas sem limitação de atividades cotidianas.

Mudanças severas na pele: descamação, bolhas, sangramento, edema, hiperqueratose, disestesia, com dor e limitação de atividades cotidianas.

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§ Perda de sensibilidade (disestesia) ou alteração de sensibilidade (parestesia), incluindo – mas não se li-mitando – a: formigamento, dormência e desconforto.

§ Edema (inchaço) e vermelhidão.

Síndrome de mão-pé: Grau 1

No grau 1, o paciente não tem dor e não tem suas atividades limitadas pela SMP.

Sintomas:

SMP grau 1

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§ Inchaço e/ou vermelhidão com dor

§ Coceira que causa desconforto

§ Descamação e bolhas

No grau 2, o paciente tem suas atividades pouco limitadas pela SMP.

Sintomas:

Síndrome de mão-pé: Grau 2

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SMP grau 3

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Síndrome de mão-pé: Grau 3

§ Dor intensa nas mãos e/ ou nos pés

§ Descamação úmida e sangramento

§ Sensação de pressão nas partes afetadas

§ Fissuras e rachaduras na pele

Na SMP Grau 3, o paciente tem suas atividades limitadas severa ou

completamente, necessitando de atendimento médico imediato.

© Siegfried Segaert – University Hospital Leuven, Belgium

© researchgate.net

Casos mais graves podem levar a infecções locais e generalizadas, causando risco à vida do paciente.

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Independentemente do grau sintomático desenvolvido ou da droga utilizada, é importante estar atento quanto ao reconhecimento dos sinais e sintomas iniciais. Alguns cuidados podem ser tomados para diminuir o desconforto da SMP.

CUIDADOS DE SUPORTE

INVISTA

§ Cremes hidratantes específicos

§ Deixar a pele descoberta para evitar transpiração excessiva

§ Hidratação: beba muita água

§ Luvas de borracha para manipular produtos de limpeza

§ Meias de algodão ao dormir, que aumentam a absorção dos hidratantes

§ Protetor solar

§ Roupas de algodão

§ Sapatos confortáveis

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EVITE

§ Andar descalço

§ Atividades repetitivas de atrito e pressão das áreas de risco

§ Banho de piscina

§ Contato da pele com produtos químicos, como detergente e água sanitária

§ Exposição da pele a temperaturas elevadas (sauna, banhos quentes e vapor)

§ Exposição excessiva ao sol

§ Meias apertadas

§ Produtos com álcool em sua composição

§ Tecidos ásperos e sintéticos

§ Usar sandálias abertas

§ Usar curativos adesivos

§ Usar cremes e loções na pele machucada, salvo produtos com recomendação médica

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TRATAMENTOS

Laserterapia

A utilização do laser regenera os tecidos (pele), tem ação analgésica, anti-inflamatória, cicatri-zante e normalizadora, devolvendo a pele ao seu estado original.

A palavra laser é um acrônimo com origem na língua inglesa: Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação). Esta radia-ção é eletromagnética não ionizante, sendo um tipo de fonte luminosa com características bastante distintas daquelas de uma luz fluo-rescente ou de uma lâmpada comum.

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Os lasers de baixa potência são estudados desde 1984 e são o melhor recurso terapêutico quando se fala em processos de regeneração tecidual. São absolutamente subsensoriais (in-dolor) e praticamente sem contra-indicações. Também é possível aplicá-los por aproximação, evitando contato direto com a pele lesionada, sem risco de contaminações e mantendo o campo asséptico durante as sessões.

São necessárias sessões de 2 a 3 vezes por semana para garantir resultados efetivos.

Hidratantes

É importante optar por cremes e loções que contenham princípios ativos que mante-nham a hidratação da região afetada, impe-dindo a “perda de água”, aumentando a capa-cidade de hidratação e auto-proteção através da reconstrução do manto hidro-lipídico

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(água+óleo). Confira algumas substâncias comumente encontradas nestes produtos:

§ Aloe Vera – Faz parte de mais de uma centena de tipos de plantas conhecidas popularmente como babosa. Tem alto poder cicatrizante, calmante e hidratante.

§ Alantoína – É usado em cosmética com proprie-dades hidratantes, queratolíticas, descamantes de pele, suavizadoras, protetoras contra agentes irritantes e curativas.

§ Epiderfill – Utiliza o ácido hialurônico microencap-sulado, penetra mais intensamente na epiderme e intumesce com mais rapidez, causando hidratação imediata.

§ PCA Na – É um agente umectante natural derivado do ácido glutâmico. Conhecido por ser abundante na pele humana e um dos principais componentes do NMF (Natural Moisturizing Factor), ele ajuda a pele a manter uma aparência saudável e viçosa. Além de um excelente efeito hidratante, é um produto seguro, que pode ser usado na pele e em mucosas.

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§ Hidroviton – É uma mistura de aminoácidos, lactato sódico, uréia, alantoína que possui função hidratante e umectante.

§ Óleo vegetal puro – exemplos: óleo de abacate, óleo de amêndoa doce, óleo de argan, óleo de copaíba, óleo de germen de trigo, óleo de jojoba, óleo de rosa mos-queta, óleo de semente de uva dentre vários outros.Tem poder de lubrificar e regenerar a pele.

§ Vitaminas A, C e E – Têm ação regeneradora, re-paradora, anti-oxidante, hidratante, melhorando a imunidade, firmeza e elasticidade da pele

§ Ômega – Estudos recentes apontam que os ácidos graxos ômega-3 exercem um papel fotoprotetor e anti-inflamatório na pele. Este efeito protetor está ligado à inibição da prostaglandina, que é inflama-tória, atuando como coadjuvante no tratamento de patologias inflamatórias da pele, como psoríase e eczema atópico.

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