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 MÓDULO I: TEOLOGIA 01 Teologia Sistemática 13 Antropologia 02 Pentateuco 14 Sociologia 03 Geografia Bíblica 15 Psicologia 04 Religiões e Seitas 16 Homilética 05 Teologia Pastoral 17 Pneumatologia 06 Escola Dominical 18 História de Israel 07 História da Igreja 19 Teologia do Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito Santo 08 Hermenêutica 20 Bibliologia 09 Paracletologia 21 Constituição 10 Tipologia 22Códigos para Igrejas e Pastores 11 Escatologia 23 Oratória, Discurso, Pregação e Ministração 12 Angeologia 24Dízimos e Ofertas Alçadas MÓDULO II: ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA 01 Localização, divisões e departamentos 16 Livrarias, salas, bancos e púlpito 02 Igreja de cura e libertação 17 Pastores 03Igre ja de louvor e avivamento 18O líder 04 Igreja de doutrina, obreiros e ministério 19 Divisão dos trabalhos 05Costumes 20Visitas e visitantes 06 Corpo de obreiros, diretoria e ministério 21 Termômetro espiritual 07 Culto de família, louvor e evangelismo 22 Tamanho das igre jas 08 Culto público, estudos bíblicos e doutrinários 23Evan gelis mo 09 Culto de cura e libertação 24 Festas 10Culto de campanha ou corren te 25Batismo e comu nhão 11 Culto de jovens 26 Pastor cursado, membros e amigos, bajuladores e inimigos 12 Culto das irmãs 27 Como medir o grau espiritual e cultural da igreja 13 Escola dominical 28 Como trabalhar com homossexuais 14 Stress e depres são 29 Regimento interno das Convenções 15 Bibliologia e perguntas bíblic as MÓDULO III: ÊNFASE EM MISSIOLOGIA

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MÓDULO I: TEOLOGIA

01Teologia Sistemática 13Antropologia

02Pentateuco 14Sociologia

03Geografia Bíblica 15Psicologia

04Religiões e Seitas 16Homilética

05Teologia Pastoral 17Pneumatologia

06Escola Dominical 18História de Israel

07História da Igreja 19Teologia do Deus Triúno: Pai,Filho e Espírito Santo

08Hermenêutica 20Bibliologia

09Paracletologia 21Constituição

10Tipologia 22Códigos para Igrejas e Pastores

11Escatologia 23Oratória, Discurso, Pregação eMinistração

12Angeologia 24Dízimos e Ofertas Alçadas

MÓDULO II: ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

01Localização, divisões edepartamentos

16Livrarias, salas, bancos epúlpito

02Igreja de cura e libertação 17Pastores

03Igreja de louvor e avivamento 18O líder04

Igreja de doutrina, obreiros eministério

19Divisão dos trabalhos

05Costumes 20Visitas e visitantes

06Corpo de obreiros, diretoria eministério

21Termômetro espiritual

07Culto de família, louvor eevangelismo

22Tamanho das igrejas

08Culto público, estudos bíblicos edoutrinários

23Evangelismo

09Culto de cura e libertação 24Festas

10Culto de campanha ou corrente 25Batismo e comunhão

11Culto de jovens 26Pastor cursado, membros eamigos, bajuladores e inimigos

12Culto das irmãs 27Como medir o grau espiritual ecultural da igreja

13Escola dominical 28Como trabalhar comhomossexuais

14Stress e depressão 29Regimento interno dasConvenções15Bibliologia e perguntas bíblicas

MÓDULO III: ÊNFASE EM MISSIOLOGIA

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01O que é ganhar uma alma 15Missão internacional

02 Caráter do obreiro 16 Evangelismo pessoal

03Sermões apropriados 17Evangelismo urbano

04Obstáculos à conquista dealmas

18Evangelismo em massa

05Responsabilidade individual 19Evangelismo infantil

06Qual a recompensa 20Mutirão evangelístico

07Jurisdição eclesiástica 21Quero ser um pescador

08Seguidores de Jesus 22 Ide, agora ou nunca

09Fundamentos de missões 23Como evangelizar o pródigo

10 Obra de toda a Igreja 24 Sal e luz

11

Força impulsora da missão e

evangelismo 25O jejum e a obra

12Motivos para a missão 26A oração e a obra

13Ação missionária27A oração e a televisão

14Como ser um grande pregador

 

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PARACLETOLOGIA – DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

1. DEFINIÇÃO DE PARACLETOLOGIAParacletologia é uma palavra formada por duas palavrasgregas: paracletos (que significa. Ajudador, Consolador,advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina). A

Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o quese refere ao Espírito Santo .Podemos dividir Paracletologia divide-se, na Bíblia em doisperíodos: o do Antigo e do Novo Testamento. No AT, asatividades e as manifestações do Espírito Santo eramesporádicas, específicas e em tempos distintos. No N.T.,começa no dia de Pentecostes, quando suas atividades seconcretizam de maneira direta e contínua através da Igreja.

2- A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTOAs escrituras relatam um episódio nos primeiros dias daigreja, em Jerusalém, quando Ananias e Safira tentaramenganá-lo. Ele revelou ao apóstolo Pedro que o casalmentia, conforme registra At 5.3.2.1 OS ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTOPodemos destacar três atributos pertencentes a divindadede cada uma das pessoas da Trindade que são:

Onipotência, Onisciência e Onipresença.a) OnipotênciaPodemos compreender onipotência por todo o poder que háno Universo físico ou espiritual, tem sua origem em Deus. Éo poder pleno e total.O poder do Pai é o mesmo do Filho e do Espírito Santo.Então em sua onipotência, o Espírito Santo faz a suavontade (Rm 15.19). O Espírito Santo é todo poderoso.b) Onisciência

Onisciência vem de duas palavras latinas: "OMINES" quesignifica TUDO e "SCIENTIA" que quer dizer CIÊNCIA. OEspírito Santo tem conhecimento pleno de todas as coisas.O conhecimento do Espírito Santo é perfeito, ele nãoprecisa arrazoar, pesquisar, nem aprender gradualmente,seu conhecimento do passado, do presente e do futuro éinstantâneo. Ele sabe tudo acerca de si mesmo e do quecriou (Sl 139.2,11,13) . Ninguém pode esconder dele coisaalguma. Nem um só pensamento nosso passa despercebido

do Espírito Santo( Jr 16.17) . Conhece os homensprofundamente (1 Rs 8.39 ).

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c) OnipresençaO Espírito Santo penetra em todas as coisas e sonda onosso entendimento. Por onipresença não se deve entenderque o Espírito Santo enche o universo como faz o universo.O Espírito Santo não ocupa espaço, só a matéria ocupaespaço. O espaço não limita o Espírito Santo em nada. Ele

não se divide em várias manifestações, porque suapresença é total em cada lugar : (Sl 139.7-10)

3. ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOAUm dos atributos da divindade é a personalidade que cadauma das três pessoas divinas possui. Às vezes atribuímos àpersonalidade uma forma corpórea. Entretanto, Deus éEspírito, sem necessidade de corpo material. Identifica-secomo pessoa os que manifestam: racionalidade, volição e

emoção.

3.1- PRONOMES REFERENTES AO ESPÍRITO SANTOEm João 16.8,13,14 encontramos algumas vezes o pronomeele, aquele (no grego ekeinos) que indicam a pessoa doEspírito Santo. Em João 14.16, encontra-se a expressão"outro Consolador". Ela, mais uma vez, identifica apersonalidade do Espírito Santo. A palavra "outro", usadapor Jesus, no grego "ALLOS", significa "outro do mesmo

tipo". O Espírito Santo é o “Paracleto” que Cristo prometido.

O Filho de Deus revelou-se como pessoa, mas falou deoutra que Ele enviaria após sua subida para o céu.Consolador no grego é "Paracleto" que significa:a) chamado para estar do lado de alguém;b) alguém que pleiteia a causa de outro diante de um juiz,intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal,advogado ;

c) ajudador, amparador, assistente, alguém que prestasocorro .3. OS ATRIBUTOS PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTOA Bíblia revela o Espírito Santo como Pessoa, com suaprópria individualidade. O Espírito Santo não é merainfluência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber:

a) O Espírito Santo pensa (Rm 8.23,27; Jo 14.26; Ap 2.7; At16.6,7)

b O Espírito Santo tem emoção (Ef 4.30)c) O Espírito Santo tem vontade própria (1Co 12.11)

4. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

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Os nomes do Espírito Santo nos revelam muito sobre aDele. Os principais nomes do Espírito Santo são:a) Espírito de Deus (do hebraico: Ruach YHWH), ou,traduzido em muitas bíblias em português por: “Espírito doSenhor".. O Espírito estava ativo na criação, conforme narraGn 1.2, com referência ao "Espírito de Deus" (do hebraico:

Ruach 'elohîm).b) O Espírito de Cristo. Com esse título é acentuada a uniãodo Espírito Santo com Cristo. Como tal ele é a vida (Rm8.9).c) Espírito da Vida. O Espírito da vida Deus dá a cada crenteao nascer de novo, vida nova e eterna. Ele substitui a leireinante do pecado e da morte com a lei da vida (Rm 8.2).d) Espírito da Adoção de Filhos. Nós fomos acolhidos nafamília divina, enchidos pelo Seu Espírito e dotados com

nova e eterna vida (Rm 8.15).e) Espírito da Graça. Pelo Espírito da graça é oferecidalivremente a todos os homens a dádiva da graça divina. Porisso qualquer acréscimo humano, justiça por obras é aoEspírito Santo( Hb 10.29) .f) Espírito da Glória. Somente podemos adorar e chegar aglória de Deus, conforme o Espírito Santo nos capacita paraisto. O demais é adoração imitada, não é revelação doEspírito da Glória (1 Pe 4.14).

5. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTOOs símbolos do Espírito Santo também são arquétipos. Emliteratura arquétipo é uma personagem, tema ou símbolocomum a várias épocas e culturas. Em todos os lugares, ovento representa forças poderosas, porém invisíveis; a águalímpida que flui representa o poder e o refrigériosustentador da vida a todos que têm sede, física eespiritual; o fogo representa uma força purificadora ou

destruidora.a) Vento- A palavra hebraica “ruach” pode significar"sopro", "espírito" "ou vento". A palavra grega “pneuma”tem um alcance semântico quase idêntico ao de “ruach”. Ovento, como símbolo, fala da natureza invisível do EspíritoSanto, podemos ver e sentir os efeitos do vento , mas elepróprio não é visto (João 3.8).b) Água- A água, assim como o fôlego, é necessária aosustento da vida. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas

do Espírito Santo, nossa vida espiritual não demorariamurchar e ficar sufocada (Jo 7.38, 39).c) Fogo- O aspecto mais amplo do fogo como elementopurificador encontra-se no pronunciamento de João Batista:

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(Mt 3.11,12; Lc 3.16,17).d) Óleo- Desde os primórdios o azeite é usadoprimeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, edepois, os reis e os profetas. O azeite é o símbolo daconsagração divina do crente para o serviço no Reino deDeus (Zc 4.2-6).

e) Pomba- O Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma deuma pomba. A pomba é o arquétipo de mansidão e de paz(Mt 3.16,17).f) Selo- Nos dias bíblicos usava-se um selo de cera comosinal de promessa e acordo. Atualmente a nossa assinaturana compra e venda pode ser comparada a isto. Na ocasiãodo novo nascimento o Espírito Santo põe sobre nós o seuselo de direito de propriedade. Isto é, ao mesmo tempo,uma promessa, que o selado tem parte na consumada obra

da salvação (Ef 1.13).

6. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO.a) O Espírito Santo é o agente da salvação.Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8) revela-nos averdade a respeito de Jesus (Jo 14.26 ), realiza o novonascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo deCristo (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em Cristo,recebemos o Espírito Santo (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos

co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4)b) O Espírito Santo é o agente da nossa santificaçãoNa conversão, o Espírito passa a habitar no crente, quecomeça a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9;1Co 6.19). Note algumas das coisas que o Espírito Santofaz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirigee leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidãoao pecado. Ele produz em nós as qualidades do caráter deCristo, que O glorificam (Gl 5.22,23).

c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço doSenhor,Revestindo os crentes de poder para realizar a obra doSenhor e dar testemunho dEle. Esta obra do Espírito Santorelaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito.Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder paratestemunhar de Cristo, nos capacita a proclamar a Palavrade Deus e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante domundo (At 1.8). Para realizar o trabalho do Senhor, o

Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igrejapara edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1Co 12—14 )

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7. SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E O BATISMO NOESPÍRITO SANTO7.1- Ser Cheio do Espírito

 Todo o cristão recebe o Espírito Santo no momento daconversão e pode ser cheio dele sem ser batizado noEspírito Santo

O Espírito Santo nos convence do Pecado (Jo 16.8); OEspírito Santo habita em nós (1 Co 6.19 ); Nós fomosselados com o Espírito Santo (2 Co 1.21,22; Ef 1.13,14;4.30); Devemos buscar ser cheios (Ef 5.18)Exemplo de pessoas que foram cheias do Espírito Santo enão eram batizadas:● Isabel- Lc 1.41● Zacarias- Lc 1.67● Simeão- Lc 2.25

●João Batista- Lc 1.157.2- Ser batizado no Espírito SantoA respeito do batismo no Espírito Santo, a Palavra de Deusensina o seguinte:

 Jesus ordenou aos discípulos que não começarem atestemunhar até que fossem batizados no Espírito Santo erevestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8)O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parteda regeneração, também por Ele efetuada. Após a

ressurreição de Jesus, Ele assoprou sobre seus discípulos edisse: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22), indicando que aregeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas.Depois, Ele lhes disse que também deviam ser "revestidosde poder" pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8).O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia epoder celestial para este realizar grandes obras em nomede Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação (At1.8; At 4.31; 33) O livro de Atos descreve o falar noutras

línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo. Nodia de Pentecostes (At 2.4); Na casa de Cornélio (At 10.44-46); Os cristãos de Éfeso (At 19.6). Esse poder não se tratade uma força impessoal, mas de uma manifestação doEspírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de

 Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14;1Co 12.7).

8. OS DONS ESPIRITUAIS

Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se éatravés de uma variedade de dons espirituais concedidosaos crentes (1 Co 12.7-11). Essas manifestações do Espíritovisam à edificação e à santificação da igreja (1 Co 12.7;

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14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder ecapacidade para servir na igreja de modo maispermanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentesmaneiras.

As manifestações do Espírito dão-se de acordo com avontade do Espírito (1 Co 12.11), ao surgir a necessidade, etambém conforme o anelo do crente na busca dos dons ( 1Co 12.31; 14.1)Certos dons podem operar num crente de modo regular, eum crente pode receber mais de um dom para atendimentode necessidades específicas. O crente deve desejar "dons",e não apenas um dom (1 Co 12.31; 14.1).É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom

de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual doque quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e.,menos visível. Também, quando uma pessoa possui umdom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudoquanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons doEspírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona maisdiretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl5.22,23).Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito,

ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podemfazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquermanifestação espiritual, mas deve "provar se os espíritossão de Deus, porque já muitos falsos profetas se têmlevantado no mundo" (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21)Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta umadiversidade de dons que o Espírito Santo concede aoscrentes. Nesta passagem, ele não descreve as

características desses dons, mas noutros trechos dasEscrituras temos ensino sobre os mesmos. Vejamos os donsrelatados em 1 Co 12. 8-10:

8.1- DONS DE REVELAÇÃOa) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8)

 Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciadamediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Talmensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a

sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problemaespecíficoExemplo: Não podiam resistir a sabedoria com que Estevãofalava (At 6.10);

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Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para oviver diário, que se obtém pelo diligente estudo emeditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pelaoração (Tg 1.5,6).b) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8)

 Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito

Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, decircunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente,este dom tem estreito relacionamento com o de profeciaExemplo: Pedro obteve o conhecimento do que Ananias eSafira haviam feito (At 5.1-10);c) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10)

 Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para oportador do dom discernir e julgar corretamente asprofecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito

Santo ou não (1Jo 4.1).

8.2 DONS DE PODERa) Dom da Fé (12.9)Não se trata da fé para salvação, mas de uma fésobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo,capacitando o crente a crer em Deus para a realização decoisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que removemontanhas (Mc 11.22-24) e que freqüentemente opera em

conjunto com outras manifestações do Espírito, tais comoas curas e os milagres.b) Dons de Curas (12.9)Esses dons são concedidos à igreja para a restauração dasaúde física, por meios divinos e sobrenaturaisExemplo: A cura de um coxo na porta do templo (At 3.6-8).O plural ("dons") indica curas de diferentes enfermidades esugere que cada ato de cura vem de um dom especial deDeus. Os dons de curas não são concedidos a todos os

membros do corpo de Cristo (1 Co 12.11,30)c) Dom de Operação de Milagres (12.10) Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nasleis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifestao reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignosExemplo: Jesus repreendendo o vento e o mar ( Mt 8.26,27)8.3 DONS DE INSPIRAÇÃOa) Dom de Profecia (12.10)É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como

manifestação momentânea do Espírito da profecia comodom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Comodom de ministério, a profecia é concedida a apenas algunscrentes, os quais servem na igreja como ministros profetas.

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Como manifestação do Espírito, a profecia estápotencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito,observe o seguinte:

 Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir umapalavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso

do Espírito Santo (1Co 14.24,25, 29-31) Tanto no AT, como no N.T., profetizar não é primariamentepredizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus eexortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e àpaciência. A mensagem profética pode desmascarar acondição do coração de uma pessoa (1 Co 14.3,25). A igrejanão deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porquemuitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, todaprofecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e

conteúdo (1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavrade Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dosouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vivesubmisso e obediente a Cristo (1Co12.3).O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade deDeus e não a do homem. Não há no N.T. um só textomostrando que a igreja de então buscava revelação ouorientação através dos profetas. A mensagem proféticaocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta

para isso.b) Dom de Variedades de Línguas (12.10)No tocante às "línguas" (do grego: glossa, que significalíngua) como manifestação sobrenatural do Espírito,notemos os seguintes fatos:Essas línguas podem ser humanas como as que osdiscípulos falaram no dia de Pentecostes (At 2.4-6), ou umalíngua desconhecida na terra, entendida somente por Deus(1 Co 14.2)

A língua falada através deste dom não é aprendida, e quasesempre não é entendida, tanto por quem fala como pelosouvintes (1 Co 14.14,16)O falar noutras línguas como dom abrange o espírito dohomem e o Espírito de Deus, que entrando em mútuacomunhão.Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas desua interpretação, também pelo Espírito, para que acongregação conheça o conteúdo e o significado da

mensagem (1 Co 14., 27,28.) Deve haver ordem quanto aofalar em línguas em voz alta durante o culto.c) Dom de Interpretação de Línguas (12.10)

 Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para

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o portador deste dom compreender e transmitir osignificado de uma mensagem dada em línguas. Talmensagem interpretada para a igreja reunida, pode seruma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutardessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação deuma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação

da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem.A interpretação pode vir através de quem deu a mensagemem línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deveorar para que possa interpretá-las (1 Co 14.13)

9. O FRUTO DO ESPÍRITOEm contraste com as obras da carne, temos o modo deviver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto doEspírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à

medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie suavida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder dopecado, especialmente as obras da carne, e ande emcomunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf.2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto doEspírito inclui:a) ÁGAPE – AMORCaridade i.e., o interesse e a busca do bem maior de outrapessoa sem nada querer em troca (1 Co 13.4-8)

O amor é o solo onde são cultivadas todas as demaisvirtudes espirituais.O amor é a prova da espiritualidade e tem inicio naregeneração (1 Jo 4.7-8). O amor consiste em querer paraos outros aquilo que queremos par nos mesmos. É adedicação ao próximo (Mateus 7:12).b) CHARA – ALEGRIA

 Trata-se da felicidade do Espírito, qualidade de vida que égraciosa e bondosa caracterizada pela boa vontade,

generosa nas dádivas aos outros, por causa de uma corretarelação com Deus.Deus não aprecia a dúvida e o desânimo, o pensamentomelancólico e tristonho. Deus gosta de corações animados.(2Co 6.10)A alegria cristã, entretanto não é uma emoção artificial.Antes é uma ação do Espírito de Deus no espírito humano éa sensação de alegria baseada no amor, na graça, nasbênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos

estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (1 Pe1.8)c) EIRENE – PAZA queda do homem no pecado destruí a paz, a paz com

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Deus, com os outros, com o próprio ser e com a própriaconsciência.Foi através da instrumentalidade da cruz que Deusestabeleceu a paz. Portanto, a paz envolve muito mais doque uma tranqüilidade intima, que prevalece a respeito dastempestades externas. Antes, trata-se de uma qualidade

espiritual e pessoal produzida pela reconciliação e peloperdão dos pecados.A paz é o contrario do ódio, da contenda, da inveja dosexcessos de tudo o que são obras da carne.Paz é a quietude de coração e mente(Fp 4.7).

d) MAKROTHUMIA – LONGANIMIDADEQuando é uma qualidade atribuída a Deus, significa que eletolera pacientemente todas as iniquidades do homem, não

deixando arrebatar por explosões de ira.A longanimidade é a paciência que nos permite subjugar aira e o sendo de contenda, tolerando as injúrias.Longanimidade é a perseverança, paciência, ser tardio parairar-se ou para o desespero (Ef 4.1,2).

e) CHRESTOTES – BENIGNIDADESignifica gentileza, bondade. Esse termo grego significatambém excelência de caráter, honestidade. O crente que a

possui esse é gracioso e gentil para com seu semelhantenão se mostrando ser inflexível e exigente.Ser Benigno é não querer magoar ninguém, nem lheprovocar dor (Ef 4.32).

f) AGATHOSUNE – BONDADEUma pessoa bondosa quando se dispõe a ajudar aquelesque tem necessidade.Podemos observar a vida terrena inteira de Jesus de

Nazaré, vivida em meio a atos de bondade para com osoutros. Ora, para que o crente se mostre supremamentebondoso, precisa contar com auxílio do Espírito Santo.Bondade é a expressão máxima do amor cristão. No grego,refere-se ao homem bom, cuja generosidade brota docoração. Ela é a verdadeira prática do bem. É o amor emação (Gl 6.10).g) PISTIS – FÉSignifica tanto confiança como fidelidade. A fé de parceria

com o arrependimento, forma a conversão. A entrega daalma, as mãos de Cristo alicerçado sobre o conhecimentoespiritual.Fé é lealdade constante e inabalável a alguém com quem

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estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidadee honestidadeh) PRAUTES – MANSIDÃOPara Aristóteles, essa característica era um vicio dedeficiência, e não uma virtude. Aristóteles encarava talrealidade, como uma auto-depreciação.

Na verdade mansidão trata-se de uma submissão dohomem para com Deus e, em seguida para com o homem.A mansidão é o resultado da verdadeira humildade porcausa do reconhecimento alheio, com a recusa de nosconsiderarmos superiores.Mansidão é moderação; descreve alguém que pode irar-secom eqüidade quando for necessário, e tambémhumildemente submeter-se quando for preciso (Jesus emMt 11.23 repreende duramente Carfanaum e no v. 29 diz

que devemos ser mansos como ele Mt 11.29.i) EGKRATEIA - TEMPERANÇA

 Temperança ou domínio próprio é o controle ou domíniosobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive afidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9;

 Tt 1.8; 2.5).Na passagem de 1 Co 7.9 essa palavra é usada em relaçãoao controle do impulso sexual. Mas em 1 Co 9.25 refere-sea toda forma de autodisciplina. Parece que Paulo se utiliza

dessa palavra, neste contesto, dando a entender aqueleautocontrole que obtém sobre os vícios alistados em Gl5.19-21.

ANGELOLOGIA – DOUTRINA DOS ANJOS

INTRODUÇÃOAngelologia é uma palavra formada por duas palavrasgregas: Angelos (que significa “mensageiro”, “anjo’) e Logia

(que significa estudo, doutrina). A Angelologia estuda deuma forma sistemática tudo o que se refere aos anjos .

01- A EXISTÊNCIA DOS ANJOS

1.1 Anjos são encontrados em trinta e cinco livros da Bíblia,e em duzentas e setenta e cinco referências.

1.2 Cristo ensinou a existência dos anjos (Mt 18.10; 26.53).

1.3 Os anjos são uma ordem distinta da criação e foi-lhesdado uma posição celestial, ou esfera, acima da esfera dohomem (Sl 8.5; Hb 2.7-9; Ap 5.11; 7.11).

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02- A CRIAÇÃO DOS ANJOS

Cl 1.15-17

2.1- Anjos não são uma raça, mas uma hoste .2.2- Eles são filhos de Deus (Jó 1.6), e não de outros anjos.2.3- Foram criados antes da criação do mundo físico (Jó38.6,7).2.4- Os anjos foram criados num estado de santidade (Jd1.6).Eles são inumeráveis (Hb 12.22).

03- PERSONALIDADE DOS ANJOS

3.1- têm Intelecto (1Pe 1.12).3.2- têm Emoções (Lc 2.13).3.3- têm Arbítrio (resolução dependente da vontade) (Judas1.6) -- capazes de deixarem o seu primeiro estado.04- DEFINIÇÃO DO TERMO "ANJO"A palavra portuguesa “anjo” possui origem no latim“ângelus” , que por sua vez deriva-se do grego “angelos” .No idioma hebraico, temos “malach” . Seu significado

básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício demensageiro). O grego clássico emprega o termo angelospara o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos,que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No AT, onde o termo malach ocorre 108 vezes, os anjosaparecem como seres celestiais, membros da corte de

 Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), sãoespíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontade de

Deus (Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl103:20), executam os propósitos de Deus (Nm 22:22), ecelebram os louvores de Deus (Jó 38:7; Sl 148:2).

No NT, onde a palavra ‘angelos’ aparece por 175 vezes, osanjos aparecem como mensageiros de Deus. Funçõessemelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como:servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritosministradores (Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), transmitem

a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem avontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14).Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais

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como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento(Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão eSegunda Vinda (At 1:11).

05- SUA EXISTÊNCIA

A existência dos anjos, conforme veremos a partir de agora,é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo

 Testamento, quanto do Novo Testamento.

a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento

Vemos os anjos em suas funções principais de servir e

louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus,obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, etambém como guerreiros.

b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento

No contexto do NT, os anjos não são apresentadossimplesmente como "mensageiros de Deus", mas também

como "ministros aos herdeiros da salvação" (Hb 1:14).Vejamos, outros textos a seguir: Mt 13:39; 13:41; 18:10;26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7;Hb 1:13,14; 12:22.

06- O ARCANJO MIGUELPretendemos a partir de agora estudar a respeito de cincoclasses especiais de anjos, a começar por Miguel, o Arcanjo.No grego encontramos “Michael” , no hebraico “mika'el” . O

nome Miguel significa "quem é como El (Deus)?".

A tradição sobre a existência de arcanjos não fazia parteoriginal da fé judaica. Assim, na literatura bíblica, Miguel éintroduzido em Dn 10:13,21 e 12:1 e reaparece no NT em Jd9 e Ap 12:7. Embora algumas literaturas tenham Gabrielcomo outro Arcanjo (totalizando sete na literatura apócrifae pseudepígrafa, onde quatro nomes são revelados: Miguel,Gabriel, Rafael e Uriel), a Bíblia só revela a existência de

um único Arcanjo, Miguel. Isto é demonstrado pelo fato deque nas duas ocorrências da palavra grega “archangelos” ,"arcanjo" ou “anjo principal”, 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo sóaparece no singular, ligado unicamente ao nome de Miguel,

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donde se conclui biblicamente que só exista um anjo assimdenominado Arcanjo, ou anjo-principal.

O Miguel tem, no entanto, responsabilidade especiais comoprotetor de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn10:13,21), e ele comanda os exércitos celestiais contra

todas as forças sobrenaturais do mal na última grandebatalha (Dn 12:1).No NT, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. Em Jd 9,há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo comrespeito ao corpo de Moisés. Essa passagem é bastantepolêmica. Orígenes acreditava que isto estaria registradonum apócrifo chamado de "Assunção de Moisés", mas ahistória não aparece nos textos existentes, porémincompletos, desta obra. A literatura rabínica posterior

parece ter conhecimento desta história. O outro texto emque Miguel aparece, é Ap 12:7, que retoma o tema de Dn12:1.07- O ANJO GABRIELO vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (dohebraico: “geber” , "varão" e “El” - forma abreviada de“Elohim” , "Deus").

No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como

mensageiro celestial que surge na forma de um homem edar entendimento e sabedoria ao próprio (Dn 8:16; 9:21).Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão(Dn 8:17; 9.22),

No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas quedescreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiroangelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de

 João Batista (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é

apresentado como aquele que "assiste diante de Deus" (Lc1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador dasgrandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir,dizendo que na Bíblia, Gabriel é o "anjo mensageiro" eMiguel o "anjo guerreiro".

08- OS SERAFINSO termo hebraico é “saraph” . Quanto à origem exata e asignificação desse termo, não existe concordância entre os

eruditos. Provavelmente, deriva-se da raiz hebraica saraph ,cujo significado é "queimar", o que daria a idéia de que osSerafins são anjos ‘ardentes’, uma vez que essa raiztambém pode significar "consumir com fogo", mas também

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"rebrilhar" e "refletir".

A única menção a esses seres celestiais nas páginas dasEscrituras Sagradas fica no livro de Isaías (Is 6). Os serafinsaparecem associados com os Querubins na tarefa deresguardar o trono divino. Os seres vistos por Isaías tinham

forma humana, embora possuíssem seis asas (Is 6:2).Estavam postos acima do trono de Deus (Is 6:2a), o queparece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor.Uma dessas criaturas entoava um refrão que Isaías registranas palavras: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;a terra inteira está cheia da Sua glória" (Is 6:3).Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías osSerafins constituíam uma ordem de seres angélicosresponsáveis por certas funções de vigilância e adoração.

09- OS QUERUBINSNo hebraico, temos “keruhbim” , plural de “kerub” . Nogrego “cheroub” . Palavra de etimologia incerta.

No AT esses seres são apresentados como simbólicos ecelestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência deguardar o caminho para a árvore da vida, no jardim doÉden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi credita aos doisQuerubins dourados, postos em cada extremidade do Ex

25:18-22; Hb 9:5), onde simbolicamente protegiam osobjetos guardados na arca, e proviam, com suas asasestendidas, um pedestal visível para o trono invisível de

 Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1). No livro de Ezequiel (Ez 10), otrono-carruagem de Deus, que continuava sustentado porQuerubins, tornava-se móvel. Também foram bordadosQuerubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem comoestampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).

10. O ANJO DO SENHOROutro ensino veterotestamentário de grande importância,que por sua vez está estritamente relacionado com as‘Teofanias’, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamospor estudar, separadamente, este assunto, em virtude desua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjodo Senhor se constituem em Teofanias, masespecificamente Teofanias onde as aparições de Deus sedavam de forma humana.

A expressão "Anjo do Senhor" ou sua variante "Anjo deDeus", se encontram mais de cinqüenta vezes no AT.Portanto, é necessário algumas considerações acerca desse

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personagem, que se reveste de grande importância quandotratamos da possibilidade da Encarnação.

A primeira aparição bíblica do "Anjo do Senhor", foi noepisódio de Agar, no deserto (Gn 16:7). Outrosacontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn

22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos osisraelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente emBoquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11),Davi (1Cr 21:16), entre outros.

A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou váriastarefas semelhantes às dos anjos, em geral. Às vezes, Suasaparições eram simplesmente para trazer mensagens deDeus, como por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em

outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades(1Rs 19:5-7) ou para proteger o povo de Deus de perigos(Êx 14:19; Dn 6:22).

Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditosnão são e nunca foram unânimes. Entretanto, aantiquíssima interpretação cristã cita que, nesses casosacima citados, encontramos manifestações preencarnadasde Cristo.

Desejamos, portanto, apresentar a seguir três argumentosbíblicos que evidenciam, que o Anjo do Senhor é JesusCristo antes de encarnado:

 Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diza Palavra do Senhor que ele "...se prostrou sobre o seurosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhorao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio

Senhor ( o Cristo preencarnado), o anjo (caso fossesimplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo,como ocorreu em partes das escrituras como em Ap 19:10e Ap 22:8,9.

 Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de que existemcontrovérsias a respeito desta passagem, reputamos amesma como factual e elucidativa. Quando Manoá,pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde:

"...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que émaravilhoso ?" Uma comparação desta resposta com apassagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor queapareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías.

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Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH),é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nosfora dado.

A terceira evidência escriturística que queremosapresentar, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia

deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do Senhor" comopessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que oartigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado,sendo substituído pelo artigo indefinido "um". Algunsexemplos disto, são os textos de Lc 1:11; At 12:7 e At12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas asocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, seencontram com o artigo indefinido "um", o que ocorre naversão ARA nos textos citados e em outros correlatos.

Esta substituição possui um grande significado. Isto é, nocontexto do NT, contemporâneo ou posterior à Encarnação,as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor,mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo doSenhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).

BIBLIOGRAFIA:A BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida no Brasil. Rio

de Janeiro, Imprensa Bíblica Brasileira, 1994.

BANCROFT, Dr. Emery H. Teologia Elementar. Trad. João M.Bentes.3ª ed. SP, Imprensa Batista Regular,1986.

CHAMPLIN, Russel N. & BENTES, João Marques. Enciclopédiade Bíblia, Teologia e Filosofia.São Paulo, Candeia, 1991.PINTO, Rogério Andrade. Apostila de Paracletologia,

 Teológico, 2007

Sinopse da História da Bíblia 

O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XIa.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foramos discípulos do Cristo, no século II d.C.

Ao comparar as diferentes cópias do texto da Bíblia entre si e com os originais

disponíveis, menos de 1% do texto apresentou dúvidas ou variações, portanto, 99% dotexto da Bíblia é puro. Vale lembrar que o mesmo método (crítica textual) é usado paraavaliar outros documentos históricos, como a Ilíada de Homero, por exemplo. Foi a

 primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado prelo manual, que

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dispensava as cópias manuscritas.

A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense StephenLangton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. Adivisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense RobertStephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar a consulta e as citações

 bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus.

Foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e cultura dasregiões, utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de cerâmica. Comexceção de alguns textos do livro de Ester e de Daniel, os textos originais do AntigoTestamento foram escritos em hebraico, uma língua da família das línguas semíticas,caracterizada pela predominância de consoantes. A palavra “Hebraica" vem de"Hebrom", região de Canaã que foi habitada pelo patriarca Abraão em sua peregrinação,vindo da terra de Ur.

Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento (sem a inclusão dos apócrifos) estavamcompilados desde cerca de 400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos

 protestantes, católicos ortodoxos, igreja católica russa, e parte da igreja católicatradicional. A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a

 partir da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325).

 Não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Muita gente deu a sua contribuição:homens e mulheres, jovens e velhos, pais e mães de família, agricultores e operários devárias profissões; gente instruída que sabia ler e escrever e gente simples que só sabiacontar histórias; gente viajada e gente que nunca saiu de casa; sacerdotes e profetas, reise pastores, pobres e ricos, gente de todas as classes, mas todos convertidos e unidos namesma preocupação de construir um povo irmão, onde reinassem a fé e a justiça, o

amor e a fraternidade, a verdade e a fidelidade, e onde não houvesse opressor nemoprimido.

A Bíblia não foi escrita de uma só vez. Levou muito tempo, mais de mil anos. Começouem torno do ano 1250 antes de Cristo, e o ponto final só foi colocado cem anos depoisdo nascimento de Jesus. Aliás, é muito difícil saber quando foi que começaram aescrever a Bíblia, pois, antes de ser escrita, a Bíblia foi narrada e contada nas rodas deconversa e nas celebrações do povo. E antes de ser narrada e contada, ela foi vivida por muitas gerações num esforço teimoso e fiel de colocar Deus na vida e de organizar avida de acordo com a justiça.

 No começo, o povo não fazia muita distinção entre contar e escrever. O importante eraexpressar e transmitir aos outros a nova consciência comunitária, nascida neles a partir do contato com Deus. Faziam isto contando aos filhos os fatos mais importantes do seu

 passado. Como nós hoje decoramos a letra dos cânticos, assim eles decoravam etransmitiam as histórias, as leis, às profecias, os salmos, os provérbios e tantas outrascoisas que, depois, foram escritas na Bíblia. A Bíblia saiu da memória do povo. Nasceuda preocupação de não esquecer o passado.

A Bíblia não foi escrita no mesmo lugar, mas em muitos lugares e países diferentes. Amaior parte do Antigo Testamento e do Novo Testamento foi escrita na Palestina, a terraonde o povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja. Algumas partes do

Antigo Testamento foram escritas na Babilônia, onde o povo viveu no cativeiro noséculo VI antes de Cristo. Outras partes foram escritas no Egito, para onde muita genteemigrou depois do cativeiro. O Novo Testamento tem partes que foram escritas na Síria,na Ásia Menor, na Grécia e na Itália, onde havia muitas comunidades, fundadas ou

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visitadas pelo apóstolo Paulo.

Ora, os costumes, a cultura, a religião, a situação econômica, social e política de todosestes povos deixaram marcas na Bíblia e tiveram a sua influência na maneira de a Bíblianos apresentar a mensagem de Deus aos homens.

A Bíblia não foi escrita numa única língua, mas em três línguas diferentes. A maior 

 parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico. Era a língua que se falava naPalestina antes do cativeiro. Depois do cativeiro, o povo de lá começou a falar oaramaico. Mas a Bíblia continuou a ser escrita, copiada e lida em hebraico. Para que o

 povo pudesse ter acesso à Bíblia, foram criadas escolinhas em toda parte. Jesus deve ter freqüentado a escolinha de Nazaré para aprender o hebraico. Só uma parte bem pequenado Antigo Testamento foi escrita em aramaico. Um único livro do Antigo Testamento, olivro da Sabedoria, e todo o Novo Testamento foram escritos em grego. O grego era anova língua do comércio que invadiu o mundo daquele tempo, depois das conquistas deAlexandre Magno, no século IV antes de Cristo.

Assim, no tempo de Jesus, o povo da Palestina falava o aramaico em casa, usava ohebraico na leitura da Bíblia, e o grego no comércio e na política. Quando os apóstolossaíram da Palestina para pregar o Evangelho aos outros povos, eles adotaram umatradução grega do Antigo Testamento, feita no Egito no século III antes de Cristo paraos judeus imigrantes que já não entendiam o hebraico nem o aramaico. Esta traduçãogrega é chamada Septuaginta ou Setenta. Na época em que ela foi feita, a lista (cânon)dos livros sagrados ainda não estava concluída. E assim aconteceu que a lista dos livrosdesta tradução grega ficou mais comprida do que a lista dos livros da Bíblia hebraica.

É desta diferença entre a Bíblia hebraica da Palestina e a Bíblia grega do Egito que veioa diferença entre a Bíblia dos protestantes e a Bíblia dos católicos. Os protestantes

 preferiram a lista mais curta e mais antiga da Bíblia hebraica, e os católicos, seguindo oexemplo dos apóstolos, ficaram com a lista mais comprida da tradução grega dosSetenta. Há sete livros a mais na Bíblia dos católicos: Tobias, Judite, Baruc,Eclesiástico, Sabedoria, os dois livros dos Macabeus, além de algumas partes de Daniele Ester. São chamados “deuterocanônicos”, isto é, são da segunda (dêutero) lista(cânon).

O assunto da Bíblia não é só doutrina sobre Deus. Lá dentro tem de tudo: doutrina,histórias, provérbios, profecias, cânticos, salmos, lamentações, cartas, sermões,meditações, filosofia, romances, cantos de amor, biografias, genealogias, poesias,

 parábolas, comparações, tratados, contratos, leis para a organização do povo, leis para o

 bom funcionamento da liturgia; coisas alegres e coisas tristes; fatos verdadeiros e fatossimbólicos; coisas do passado, coisas do presente e coisas do futuro. Enfim, tudo que dá para rir e para chorar. Tem trechos da Bíblia que querem comunicar alegria, esperança,coragem e amor; outros trechos querem denunciar erros, pecados, opressão e injustiças.Tem páginas lá dentro que foram escritas pelo gosto de contar uma bela história paradescansar a mente do leitor e provocar nele um sorriso de esperança.

A Bíblia parece um álbum de fotografias. Muitas famílias possuem um álbum assim ou,ao menos, têm uma caixa onde guardam as suas fotografias, todas misturadas, semordem. De vez em quando, os filhos despejam tudo na mesa para olhar e comentar asfotografias. Os pais têm que contar a história de cada uma delas. A Bíblia é o álbum de

fotografias da família de Deus. Nas suas reuniões e celebrações, o povo olhava as suas“fotografias”, e os pais contavam as histórias. Era o jeito de integrar os filhos no povode Deus e de transmitir-lhes a consciência da sua missão e da sua responsabilidade.

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A Bíblia não fala só de Deus que vai em busca do seu povo, mas também do povo quevai em busca do seu Deus e que procura organizar-se de acordo com a vontade divina.Ela conta as virtudes e os pecados, os acertos e os enganos, os pontos altos e os pontos

 baixos. Nada esconde, tudo revela. Conta os fatos do jeito que foram lembrados pelo povo. Histórias de gente pecadora que procura ser santa. Histórias de gente opressoraque procura converter-se e ser irmão. Histórias de gente oprimida que procura libertar-se.

Longo e demorado foi o mutirão do povo, do qual surgiu a Bíblia. Surgiu como surgemas árvores. Elas nascem de uma semente bem pequena, escondida no chão, e crescematé esparramar os seus galhos que oferecem sombra, alimento e proteção. A Bíblianasceu de um chamado de Deus, escondido na vida do povo, e cresceu até esparramar os seus 66 galhos pelo mundo inteiro.

O chamado de Deus que deu início ao mutirão do povo é a palavra de Deus, por eledirigida a todos os homens, também a nós hoje. Este apelo de Deus, escondido no chãoda vida, foi descoberto primeiro por Abraão, depois por Moisés e pelo povo oprimidono Egito. Eles deram a sua resposta e fizeram nascer o começo do povo de Deus. Umavez nascido o povo, trataram de não deixar morrer a semente. Os coordenadoresconvocavam a comunidade, os pais reuniam os filhos para transmitir a seguintemensagem: “Nós éramos escravos no Egito. Gritamos ao Deus dos nossos pais, e eleouviu o nosso clamor. Chamou Moisés e, com a ajuda de Deus e de Moisés,conseguimos a nossa libertação. Deus fez uma aliança conosco: Ele quer ser o nossoDeus, e nós temos que ser o seu povo, observando a sua Lei, vivendo como irmãos!”

Esta mensagem é o núcleo da fé do povo de Deus. Uma história de libertação, da qualnasceu um compromisso mútuo! Semente bem pequenina! Cabia em umas poucasfrases! Mas esta história foi contada e cantada, em prosa e verso, de mil maneiras, pelo

 povo libertado. Foi daí que nasceram os 66 livros da Bíblia, que hoje se esparramam pelo mundo inteiro, oferecendo sombra, alimento e proteção a quem o deseja. Nasceram, para que também nós possamos descobrir hoje o mesmo apelo de Deus emnossa vida e para que iniciemos a mesma caminhada de libertação.

 Não é qualquer chão que serve para que uma árvore possa crescer. O canteiro, onde asemente da Bíblia criou raízes e de onde lançou os seus 66 galhos em todos os setoresda vida, foi à celebração do povo oprimido, ansioso de se libertar.

A maior parte da Bíblia começou a ser decorada para poder ser usada nas celebrações, efoi escrita ou colecionada por sacerdotes e levitas, os responsáveis pela celebração do

 povo. Além disso, as peregrinações, os santuários, as festas e as grandes celebrações daaliança, o templo e as casas de oração (sinagogas), os sacrifícios e os ritos, os salmos eos cânticos, a oração e a vivência da fé, tudo isso marca a Bíblia, do começo ao fim!

O coração da Bíblia é o culto do povo! Mas não qualquer culto. É o culto ligado à vidado povo, onde este se reunia para ouvir a palavra de Deus e cantar as suas maravilhas;onde ele tomava consciência da opressão em que vivia ou que ele mesmo impunha aosirmãos; mudava de mentalidade e renovava o seu compromisso de viver como um povoirmão; onde reabastecia a sua fé e alimentava a sua esperança; onde celebrava as suasvitórias e agradecia a Deus pelo dom da vida.

É também no culto que deve estar o coração da interpretação da Bíblia. Sem esteambiente de fé e de oração e sem esta consciência bem viva da opressão que existe nomundo, não é possível agarrar a raiz de onde brotou a Bíblia, nem é possível descobrir asua mensagem central.

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Qual é, em poucas palavras, a mensagem central da Bíblia? A resposta não é fácil, poisdepende da vivência. Se você gosta de uma pessoa e alguém lhe pergunta: “Qual é, em

 poucas palavras, a mensagem desta pessoa para você?”, aí não é fácil responder. Oresumo da pessoa amada é o seu nome! Basta você ouvir, lembrar ou pronunciar onome, e este lhe traz à memória tudo o que a pessoa amada significa para você. Não éassim? Pois bem, o resumo da Bíblia, a sua mensagem central, é o Nome de Deus!

O Nome de Deus é Javé, cujo sentido ele mesmo revelou e explicou ao povo (Êxodo3:14). Javé significa Emanuel, isto é, Deus conosco, Deus presente no meio do seu povo

 para libertá-lo. Deus quer ser Javé para nós, quer ser presença libertadora no meio denós! E ele deu provas bem concretas de que esta é a sua vontade. A primeira prova foi àlibertação do Egito. A última prova está sendo, até hoje, a ressurreição de Jesus,chamado Emanuel (Mateus 1,23). Pela ressurreição de Jesus, Deus venceu as forças damorte e abriu para nós o caminho da vida.

Por tudo isso é difícil resumir em poucas palavras aquilo que o Nome de Deus evocavana mente, no coração e na memória do povo por ele libertado. Só mesmo o povo quevive e celebra a presença libertadora de Deus no seu meio, pode avaliá-lo.

 Na nossa Bíblia, o Nome Javé foi traduzido por Senhor. É a palavra que mais ocorre naBíblia. Milhares de vezes! Pois o próprio Deus falou: “Este é o meu Nome para sempre!Sob este Nome quero ser invocado, de geração em geração!” (Êxodo 3,15). Faz um bemtão grande você ouvir, lembrar ou pronunciar o nome da pessoa amada. Aquilo ajudatanto na vida! Dá força e coragem, consola e orienta, corrige e confirma. Um Nomeassim não pode ser usado em vão! Seria uma blasfêmia usar o Nome de Deus para

 justificar a opressão do povo, pois Javé significa Deus libertador!

O Nome Javé é o centro de tudo. Tantas vezes Deus o afirma: “Eu quero ser Javé paravocês, e vocês devem ser o meu povo!” Ser o povo de Javé significa: ser um povo ondenão há opressão como no Egito; onde o irmão não explora o irmão; onde reinam a

 justiça, o direito, a verdade e a lei dos dez mandamentos; onde o amor a Deus é igual aoamor ao próximo. Esta é a mensagem central da Bíblia; é o apelo que o Nome de Deusfaz a todos aqueles que querem pertencer ao seu povo.Postado por Valtencir Alves às 20:32:00 0 comentários Marcadores: Estudos 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Apologética Hermenêutica 

Apologética é a ciência ou disciplina racional que se esforça por apresentar a defesa dafé religiosa, existindo dentro e fora da Igreja cristã. A hermenêutica preserva o texto

 bíblico, e combate os mestres da falácia. O termo é usado em contraste com polêmica,que é um debate efetuado entre cristãos a fim de determinar a verdadeira posição cristãsobre alguma questão específica. Presumivelmente, a apologética aborda questõesdefendidas por alguma fé religiosa específica, como o cristianismo, mas que sãonegadas pelos incrédulos. No uso comum, a palavra é usualmente empregada paraindicar a defesa do cristianismo. Positivamente, a apologética tenta elaborar e defender 

uma visão cristã de Deus, da alma e do mundo, uma visão apoiada por raciocíniosreputados, capazes de convencer os não-cristãos da veracidade das doutrinas envolvidas.

O termo vem do grego, apologia, “defesa”, uma resposta ao ataque (Atos 26:1; 1ª Pedro

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3:16). O famoso diálogo de Platão, a Apologia, expõe a defesa de Sócrates diante deseus acusadores.

Alguns fazem oposição a qualquer defesa da fé cristã, supondo que o conhecimento daverdade por meio da revelação é perfeito, e não requer qualquer raciocínio humano emsua defesa. Porém, a idéia que a revelação, coada por mentes humanas, é perfeita, capazassim de produzir um perfeito corpo de verdades conhecidas, não passa de um dogma

formulado pelo homem, e não uma doutrina da própria Bíblia. De fato, essa idéia é umaapologia em favor de um dos modos de se obter conhecimento. Em qualquer instânciaem que algum argumento é apresentado nas Escrituras, não diretamente alicerçado sobrealgum texto de prova, dentro da Bíblia, é uma apologia dentro dos livros sacros.Tomemos como exemplo o primeiro capítulo da epístola aos Romanos. Paulo mostra aculpa e a impossibilidade de defesa dos pagãos, diante da mente divina. Ele erige umaapologia em favor de certas idéias básicas, e muitos capítulos das epístolas de Paulo

 podem ser encarados por esse prisma.

O trecho de I Ped. 3:15 faz esta declaração direta. “... estando sempre preparados pararesponder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”. Ficaentendido que tal resposta conterá raciocínios acerca da fé, e não apenas textos de provaextraídos da Bíblia.

Segundo salientamos acima, no Novo Testamento há muita apologia, e em certosentido, o próprio volume sagrado é uma apologia em prol da nova religião, em conflitocom o antigo judaísmo e com o paganismo. O cristianismo enfrentou um sistemahelenizador, no qual a filosofia tinha grande peso. No décimo sétimo capítulo de Atos,Paulo não hesitou em apelar diretamente á apologética, utilizando argumentosfilosóficos, procurando convencer os atenienses. O evangelho de Lucas é uma apologiaescrita para um oficial romano, a fim de procurar conquistar posição oficial para a nova

fé, fazendo assim estacar a perseguição. “... para que tenhas plena certeza das verdadesem que foste instruído” (Lucas 1:4). Essa era a certeza que Lucas procurou transmitir aos seus leitores.

As próprias denominações cristãs são atividades apologéticas. Alguns têm imaginadoque a apologia é uma espécie de “ausência de fé”, e não de defesa da fé. Tais pessoas

 partem do pressuposto que a fé não precisa ser defendida. Mas com isso olvidam-se queos homens interpretam a fé das mais variadas maneiras. Qual é a fé que não precisa ser defendida? Se alguém retrucar que é a fé bíblica, devemo-nos lembrar que asdenominações que se utilizam da Bíblia como autoritária, estão longe de concordar coma natureza exata da fé que emerge das páginas da Bíblia. Muito mais se verifica quando

saímos para fora das fronteiras da igreja cristã e conversamos com incrédulos bem-informados acerca da “fé”. Eles têm informações suficientes para saber que tal fé, emqualquer forma que ela assuma, tem tal forma precisamente por causa de uma apologia

 por detrás da mesma e que caracteriza alguma denominação particular. Cadadenominação tem sua própria apologia que dá forma ás suas doutrinas e ao seu sistema,a despeito da reivindicação de que aquilo que é exposto é apenas a fé bíblica. Essesfatos não anulam nem a fé e nem a verdade, mas requerem uma cuidadosa apologia arespeito da fé, examinando-a, definindo-a e promovendo-a. A hermenêutica bíblica nãofaz apologia denominacional.Postado por Valtencir Alves às 19:05:00 1 comentários Marcadores: Estudos 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

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A Vida de Jesus - Parte 2 

O Nascimento de João Batista

Após 400 anos de silêncio profético em Israel, nasce João batista que vem preparar ocaminho do Messias.

 Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias e sua mulher,Isabel (Elizabeth, no hebraico). Ambos eram justos diante de Deus, vivendocorretamente dentro dos preceitos e mandamentos do Senhor. Eles não tinham filhos

 porque Isabel era estéril e já eram idosos. Aconteceu que, quando chegou seu turno deservir no Templo, coube a Zacarias por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar nosantuário do Senhor para queimar o incenso. Mas um anjo apareceu á direita do altar deincenso, Zacarias ficou temeroso e o anjo lhe disse: “Não temas. Isabel, tua mulher daráá luz um filho e lhe porás o nome de João. Ele será grande diante do Senhor econverterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus” (Lucas 1).

Como Zacarias não acreditou no anjo, este lhe disse que ele ficaria mudo até onascimento do menino. Quando Zacarias saiu não conseguia falar nada, então os outrossacerdotes entenderam que ele havia tido uma visão, pois tentava se comunicar comacenos. Voltando para casa, passados alguns dias, Isabel concebeu e ocultou-se por cinco meses, dizendo: “Assim me fez o Senhor, dando-me um filho para anular minhavergonha diante dos homens”. Disse isso porque a mulher que não tinha filhos eradiscriminada naquela sociedade.

 No sexto mês sua prima, Maria, foi visitá-la e disse que também recebera a visita doanjo. Quando Maria chegou a criança estremeceu no ventre de Isabel e então ela soubeque sua prima carregava dentro de si o Salvador. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e

exclamou em voz alta: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teuventre”. Maria agradeceu a Deus, dizendo: “Minha alma engrandece ao Senhor, meuespírito se alegrou em Deus, meu Salvador”. Maria estava muito feliz, pois Deus, assimcomo a Isabel, a havia agraciado.

Ela ficou três meses com Isabel e voltou para casa, em Nazaré. Cumprido o tempo dedar á luz, Isabel teve um filho. No oitavo dia, como era costume, foram circuncidar omenino e queriam colocar o nome Zacarias, como o pai, mas Isabel disse que o nomeseria João. Perguntaram ao pai do menino que nome gostaria que lhe desse e eleescreveu numa tabuinha: João. Imediatamente sua boca abriu, sua língua ficoudesimpedida e ele começou a louvar a Deus!

Toda a vizinhança ficou sabendo e temiam ao Senhor. O menino crescia forte emespírito e quando adulto viveu no deserto até ao dia em que havia de manifestar-se aIsrael. Sua roupa era de pêlo de camelo e usava cinto de couro, comia gafanhotos e melsilvestre (Mc. 1:6). O profeta Isaias já havia falado sobre João no Antigo Testamento,referindo-se a ele como “Voz do que clama no deserto”. (Isaias 40:3 – Lc. 3:4).

João preparava o caminho do Senhor, chamando as pessoas ao arrependimento e batizando a muitos, dizendo: “Eu batizo com água, mas virá aquele que batizará com oEspírito Santo” (Lc. 3:16).Postado por Valtencir Alves às 20:25:00 0 comentários Marcadores: Estudos 

domingo, 31 de janeiro de 2010

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A Vida de Jesus 

IntroduçãoA vida de Cristo é um divisor de águas na história da humanidade. Traz à luz princípiosque jamais serão esquecidos.

 Na plenitude do tempo, Deus quebra o silêncio profético de 400 anos (período entre o

último livro do Antigo Testamento e o primeiro do Novo) na história do povo de Israelenviando o profeta João que vem preparar os caminhos do Senhor (Ml. 3:1). Chega otempo de cumprir a promessa de que Deus mandaria um Messias, um salvador para anação israelita e para o mundo. Assim se inicia o Novo Testamento.

Contextualizado na Roma antiga, quando o império romano dominava o mundo politicamente, oprimido e explorando com impostos o povo simples de Israel, mais doque nunca esperava o Messias.

Quando João chega anunciando, testemunhando daquele que já estava no mundo,muitos se confundiram e não entenderam o propósito da salvação do Cristo. O Rei dosJudeus convidava as multidões a uma transformação interior e radical de vida,ordenando o amor ao próximo através de atitudes concretas como o repartir os próprios

 bens e até dar a própria vida por um amigo.Os que entenderam, conseguiram experimentar o gozo da alma e um bem-estar, queriqueza alguma poderia proporcionar. Muitos deixaram tudo que tinham ou dividiramseus bens com os mais pobres. Tal era a convicção que não se cansaram de anunciar a

 boa notícia de que já estava no mundo o Salvador, e chegaram a morrer por estaverdade.

Outros, porém, não acreditaram, esperavam um Messias que viesse restaurar o poder 

 político de Israel, fartando o povo e seus líderes com poder e dinheiro para não ser maissubjugados pelo império romano. Esses não experimentaram a verdadeira vida que delefluía, não obstante, o crucificaram!

A vida de Jesus mudou conceitos, princípios e a própria história que hoje é dividida emantes e depois de Cristo! Conheça a vida de Jesus, viaje pelo Novo Testamento atravésdeste breve estudo.

Continua...Postado por Valtencir Alves às 19:17:00 0 comentários Marcadores: Estudos 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Fundamento do Avivamento 

O fundamento do avivamento está firmado em três fatores indispensáveis: estudo daBíblia, oração e arrependimento. Esses elementos "movem a mão de Deus" a favor doseu povo. "Esta afirmação é fiel e digna de crédito porque o Senhor está comprometidocom a sua Palavra, prometeu ouvir nossas orações e não rejeita um coração contrito earrependido" (Salmo 51). Não podemos, porém, separar esses três pontos. Palavra sem

oração pode resultar em intelectualismo e heresia. Oração sem arrependimento do pecado não produz nenhum efeito. E arrependimento, sem um confronto com a Palavrade Deus, é impossível, pois é a Bíblia que nos mostra nossas falhas, enquanto o EspíritoSanto nos convence.

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 Na carta à igreja de Éfeso, o Senhor Jesus diz: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e atua paciência... Trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste... Tenho porém contra tique deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste e arrepende-te."(Apocalipse 2:2-5). Aqueles irmãos tiveram um início glorioso em sua experiência comDeus. A epístola de Paulo aos efésios nos dá a entender que aquela igreja não era

 problemática como a de Corinto por exemplo. Os efésios eram espirituais,

entusiasmados e abençoados no princípio.

Contudo, o tempo passou e algo mudou. Aparentemente, tudo estava como antes; asobras continuavam a todo vapor. A igreja de Éfeso era muito ativa e trabalhadora.Entretanto, a essência estava comprometida. Havia muito trabalho e pouco amor; muitaatividade humana e pouca unção do Espírito.

Veio então a palavra do Senhor com o objetivo de avivar a sua igreja. E o que éavivamento? É renovação. É reanimar. É dar vida. Avivamento não é sinônimo de

 barulho, música agitada, palmas e gritos. Tudo isso pode, eventualmente, ocorrer emnossos cultos, mas o avivamento legítimo é o resgate de valores espirituais outroraabandonados.

É bom lembrar o que diz em 2º Crônicas 7:14 "E se o meu povo que se chama pelo meunome, se humilhar, e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos,então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."

 No contexto em que esse versículo foi escrito, sarar a terra significava fazer cessar as pragas na lavoura, enviar a chuva, que estava tão escassa, e fazer com que houvessegrande produção no campo e no rebanho. Assim, a vida do povo seria beneficiada emtodos os aspectos.

Isto é avivamento. Deus tira as pragas e maldições e derrama a sua bênção. Tudocomeça com estudo da Bíblia, oração e arrependimento, e culmina com bênçãos semmedida. Seus principais efeitos na igreja são: renovação do nosso entusiasmo pela obrade Deus, grande número de conversões, manifestações de dons espirituais,despertamento de novos ministérios, além de bênçãos pessoais diversas.

Tudo isso é resultado do mover do Espírito Santo, que muitas vezes fica bloqueado pelos nossos pecados e pela nossa negligência. O fundamento do avivamento é a volta àPalavra de Deus.Postado por Valtencir Alves às 22:24:00 0 comentários 

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando o Casamento Acaba 

"Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu" (I 

Coríntios 7:8)

Recentemente realizei um casamento, e tudo foi maravilhoso. Os noivos estavam lindos,a igreja bem decorada, o repertório extremamente bem escolhido, e a mensagemanunciada ao jovem casal, a modéstia não me permite comentar. Os pais,evidentemente, se encontravam extraordinariamente emocionados e os padrinhos

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sensibilizados pela honra a eles conferida.

Durante a cerimônia, o papel do pai da noiva sempre é o mais difícil, não obstante, amenina transformou-se em mulher, e agora outro homem a conduzirá. Natural o paidesmontar diante deste irreversível fato.

O casal era jovem, ela bem mais jovem do que ele, e nada incomum que durante os

 preparativos para o casamento, comentários surgissem sobre a diferença de idade. Não por maldade, prefiro pensar, mas as línguas não economizam nesta hora. Penso quetalvez por uma cultura exagerada, que por tradicionalismo hipócrita, insiste em ditar regras para tudo.

Como se fosse possível ser diferente, nada incomum um ou outro com um pouco maisde coragem ou qualquer coisa assim, me lançar a pergunta: Mas, a diferença de idade égrande não? Será que dará certo? E diante de pessoas tão qualificadas para comentar oassunto do casamento, gostaria de me calar e apenas sorrir... Mas, não dá! Confesso, émais forte do que posso suportar. Diante dos especialistas do casamento, teci algumasconsiderações que agora exponho com maior lucidez aos colegas.

Quando foi mesmo que a diferença de idade tolerada pela sociedade, acertou no árduodecorrer do casamento? Quais são as estatísticas que demonstram que a tolerância dasociedade esta certa quanto a este quesito? Para aqueles que gostam de estatística lá vai:Ano de 2009, registrou 50% de divórcios na cidade de Bauru. E os pseudo-especialistasque pasmem, entre estes divórcios, 95% dos casos, são aqueles com diferença de idadetolerada pela sociedade.

 Na verdade, digo por teimosia, o número real de divórcios, pode chegar a 90%. Explico.50%, são aqueles casais que tiveram coragem para admitir que o relacionamento

fracassou, que a paixão acabou, não existe amor, o sentimento que ficou é apenas delamento por entender que se perdeu tanto tempo com uma pessoa que não mais sedeseja. Os outros 40% de divórcios, são aqueles que não têm esta mesma coragem, eaconteceram de fato dentro do casamento. São casamentos que já estão divorciados hámuitos anos, não se tocam, não se desejam sexualmente, se irritam com facilidade e sedesprezam. Os defeitos apareceram de repente de uma maneira constrangedora e até umsorriso se torna um confronto.

 Não pense caro leitor, que me alegro em noticiar este fato, ao contrário, me sintoestranho porque gostaria de acreditar em todas as mentiras que os pseudo-especialistasdizem. Quando ouço pessoas querendo dizer como outras pessoas deveriam ser, ou

como deveriam agir... Sinto pena! São tolos ignorantes, vivendo enclausurados dentrode sua própria falácia. Geralmente fracassados na área que criticam, sem misericórdia,sem ternura, duros de coração e devassos.Esse aspecto duvidoso de super espirituais, que sempre julgam considerando o "ideal",ignorando, como se possível, o mundo "real" não me enganam. Platão que me perdoe,mas Aristóteles tinha razão.

Vou dizer o que vi neste último casamento que celebrei. Jovens que se amam e desejamtanto ser felizes que venceram os preconceitos de uma sociedade fora de contexto, earriscaram os corações na aventura da paixão. Fiquei honrado por fazer parte da históriadestes jovens. Minha última palavra a eles foi: Se amem muito e sejam felizes!

Postado por Valtencir Alves às 19:49:00 3 comentários Marcadores: Reflexões