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CURSO DE TEOLOGIA PENTECOSTAL

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ESSA É MAIS UMA DAS APOSTILAS DO CURSO DE TEOLOGIA PENTECOSTAL, MINISTRADO PELO SEMINÁRIO TEOLÓGICO IBTID www.institutoteologico-ibtid.com.br

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TEOLOGIA PENTECOSTAL / APOSTILA Nº1 - PÁGINA 2

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© 2014, de Emerson Martins de Oliveira Título do original

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CONVENÇÃO GERAL DE MINISTROS E

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INDICE

REAVIVAMENTO DA RUA AZUSA 04

AVIVAMENTO DE GALES 04

WILLIAM J. SEYMOUR 05

RUA BONNIE BRAE NORTE 06

SERVIÇOS E CULTOS 09

CHARLES PARHAM 11

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REAVIVAMENTO DA RUA AZUSA

O reavivamento da Rua Azusa foi uma reunião de avivamento pentecostal que se deu

em Los Angeles, Califórnia, liderada por William Joseph Seymour, um pregador afro-

americano. Teve início com uma reunião em 14 de Abril de 1906 em um prédio que

fora da Igreja Metodista Episcopal Afro-americana e continuou até meados de 1915. O

avivamento foi caracterizado por experiências de êxtase espiritual acompanhadas

por falar em línguas estranhas, cultos de adoração, e mistura interracial. Os participantes

foram criticados pela mídia secular e teólogoscristãos por considerarem o

comportamento escandaloso e pouco ortodoxo, especialmente para a época. Hoje, o

avivamento é considerado pelos historiadores como principal catalisador para a

propagação do pentecostalismo no século XX.

AVIVAMENTO DE GALES

Em 1904 aconteceu o Avivamento de Gales, durante o qual aproximadamente 100.000

pessoas de Gales se uniram ao movimento. Internacionalmente,

cristãos evangélicos tomaram este evento como um sinal do cumprimento da profecia

do Livro de Joel da Bíblia, (Joel 2:23-29) que estava para acontecer. Joseph Smale, pastor

da Primeira Igreja Batista em Los Angeles, foi pessoalmente a Gales para testificar o

avivamento. No seu regresso a Los Angeles, tentou inflamar um evento similar em sua

própria congregação. Sua tentativa, todavia, teve pouca duração, e finalmente deixou a

Primeira Igreja Batista para fundar a Primeira Igreja do Novo Testamento, de onde

continuou os seus esforços. Durante esse tempo, outros avivamentos em pequena escala

estavam acontecendo em Minnesota, Carolina do Norte e Texas. Em 1905, houve relatos

de falar em línguas, curas sobrenaturais, e uma significativa mudança de vida

acompanhavam esses avivamentos. Quando esta notícia correu, os evangélicos por todo

os Estados Unidos começaram a orar por avivamentos similares em suas próprias

congregações.

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WILLIAM J. SEYMOUR

William J. Seymour, líder do Avivamento da Rua Azusa

Em 1905, William J. Seymour, 43 anos, filho de ex-escravos, foi um estudante do notório

pregador pentecostal Charles Parham e pastor interino de uma pequena igreja

de santidade em Houston, Texas. Neely Terry, uma mulher afro americana que

participou de uma pequena igreja liderada por Julia Hutchins em Los Angeles, fez uma

viagem para visitar alguns familiares em Houston ao final de 1905. Estando em Houston,

ela visitou a igreja de Seymour, onde ele pregou que a evidência do batismo no Espírito

Santo era o falar em línguas, embora ele mesmo não houvesse experimentado essa

experiência, jerry ficou impressionada com o seu caráter e mensagem. De volta em sua

casa na Califórnia, Terry sugeriu que Seymour fosse convidado para falar na igreja

local. Seymour recebeu e aceitou o convite em fevereiro de 1906, ele recebeu ajuda

financeira e a bênção de Parham por sua visita prevista em um mês.

Seymour chegou a Los Angeles em 22 de fevereiro de 1906, e por dois dias pregou na

igreja de Julia Hutchins na esquina da rua Nona com avenida Santa fé. Durante seu

primeiro sermão, ele pregou que falar em línguas era a evidência bíblica do no batismo

no Espírito Santo. No domingo seguinte, 4 de março, ele voltou a igreja e soube que

Hutchins fechara a porta com um cadeado. Os anciãos da igreja não aceitaram o

ensinamento de Seymour, principalmente porque ele não havia experimentado nenhuma

bênção de que estava pregando. A condenação de sua mensagem também veio da

Associação da Igreja de Santidade do Sul da Califórnia, com a qual a igreja estava

fialiada.1

Entretanto, nem todos os membros da igreja de Hutchins rejeitaram o

ensinamento de Seymour. Ele foi convidado para se hospedar na casa de um membro da

congregação, Edward S. Lee, e ali ele começou a fazer estudos bíblicos e reuniões de

oração.

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RUA BONNIE BRAE NORTE

Seymour e sua esposa, Jennie

Seymour e o seu pequeno grupo de novos seguidores se mudaram para a casa de Richard

e Ruth Asberry, na rua Bonnie Brae Norte 214. Famílias brancas das igrejas de santidade

locais também começaram a participar. O grupo se reunia periodicamente e orava pelo

batismo no Espírito Santo. Em 9 de abril de 1906, depois de cinco semanas

de pregação e de oração de Seymour, ao terceiro dia de um jejum de 10 dias, Edward S.

Lee falou em línguas pela primeira vez. Em outra reunião, Seymour compartilhou

o testemunho de Lee e pregou um sermão em Atos 2:4-4 e também outras seis pessoas

começaram a falar em línguas, incluindo Jennie Moore, que mais tarde se tornaria a

esposa de Seymour. Alguns dias depois, em 12 de abril, Seymour falou em línguas pela

primeira vez, depois de orar toda a noite.

Notícias dos acontecimentos na rua Bonnie Brae Norte rapidamente circularam entre os

afro americanos, latinos e brancos residentes da cidade, e durante várias noites, muitos

oradores pregariam para a multidão de curiosos e espectadores interessados da varanda

da casa dos Asberry. Membros do público incluíam pessoas de um amplo aspecto de

níveis de renda e formação religiosa. Hutchins acabou falando em línguas quando toda a

sua congregação começou a frequentar as reuniões. Logo a multidão se tornou muito

grande e todos estavam falando em línguas, gritando, cantando e gemendo. Finalmente, a

varanda caiu, forçando o grupo a buscar um novo lugar de reunião.11

Um morador do

bairro descreveu os acontecimentos na Bonnie Brae Norte 214 com as seguintes palavras:

“ Eles gritaram três dias e três noite. Era época da Páscoa. As pessoas vinham de todas

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partes. Na manhã seguinte não havia de chegar perto da casa. Assim que as pessoas

entravam elas caíam sob o poder de Deus, e a cidade inteira se comoveu. Gritaram

tanto que a base da casa cedeu, mas ninguém ficou ferido.

Casa da família Asberry na Rua Bonnie Brae Norte 214.

312 Azusa Street, Los Angeles, California,

o centro usado pelos avivalistas.Rua Azusa

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O grupo da rua Bonnie Brae acabou encontrando um edifício disponível no número 312

da rua Azusa, que tinha sido uma Igreja Episcopal Metodista Africana no que era então

uma parte do gueto negro da cidade. O aluguel era de US$ 8,00 por mes. Um periódico

se referiu a construção do centro de Los Angeles como um "barraco capenga." Desde que

a igreja saiu, o edifício tinha servido como casa de atacado, um depósito, uma madereira,

um curral de gado, uma loja de lápides, e havia sido usada mais recentemente como um

estábulo com quartos para alugar no andar de cima. Era um edifício pequeno, retangular

de teto plano, de aproximadamente 18 m de largura e 12 m de comprimento, em sua

totalidade de 446,52 m², coberta com ripas caiadas. O único sinal de que fora uma casa

de Deus estava numa janela de estilo gótico sobre a entrada principal.

Sobras de madeira e gesso estavam espalhados por todos os lados, o local parecia um

galpão no andar térreo. Contudo, o local foi averiguado e limpado para a preparação dos

serviços. Eles realizaram sua primeira reunião em 14 de Abril de 1906. Os serviços

eclesiásticos se realizaram no primeiro andar, onde os bancos foram colocados em um

padrão retangular. Alguns dos bancos eram simplesmente pranchas colocadas em cima

de barris vazios. Não havia nenhuma plataforma elevada, pois o teto tinha apenas dois

metros de altura. Inicialmente, não havia púlpito. Frank Bartleman, um dos primeiros

participantes do avivamento, recordou que "o irmão Seymour normalmente assentava-se

atrás dois caixas de sapato vazias, uma em cima da outra. Ele geralmente mantinha a

cabeça concentrada durante a reunião, em oração. Não havia orgulho lá.... Em um prédio

velho, com suas vigas baixas e chão nu..."

O segundo andar na agora chamada Missão de Fé Apostólica abrigava uma oficina e

quartos para vários residentes como Seymour e sua nova esposa, Jennie. Também tinha

uma grande sala de oração para atender o excesso dos serviços do altar de baixo. A sala

de oração estava decorada com cadeiras e bancos feitos de tábuas do California

Redwood, postos de ponta a ponta com cadeiras sem encosto.

Em meados de maio de 1906, entre 3002

e 1.500 pessoas tentaram se acomodar no

edificio. Visto que os cavalos tinham recentemente saído do edificio, as moscas

constantemente molestavam os assistentes. Gente de uma diversidade de antecedentes, se

reuniam para adorar: homens, mulheres,

crianças, negros, brancos, latinos, asiáticos, ricos, pobres, iletrados, e letrados. Pessoas de

todas as idades ajuntaram-se em Los Angeles com tanto ceticismo e desejo de

participar. A mistura de raças e a motivação do grupo de mulheres na liderança foi

notável, já que 1906 foi o apogeu da "era Jim Crow" da segregação racial, e quatorze anos

antes das mulheres receberem o sufrágio nos Estados Unidos.

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SERVIÇOS E CULTOS

A Missão de Fé Apostólica na rua Azusa, considerada o berço do Pentecostalismo.

O culto na rua Azusa 312 era frequente e espontâneo, com serviços em quase todas as

horas. Entre os que foram atraídos ao avivamento não só estavam os membros

do Movimento de Santidade, mas batistas, menonitas, quakers e presbiterianos.15

Um

observador de um dos serviços escreveu estas palavras:

“ Nenhum instrumento músical foi usado. Pois não eram necessários. Nenhum

coro de anjos foi ouvido por alguns no espírito. Nenhuma oferta foi recolhida.

Nenhum anúncio foi escrito para anunciar as reuniões. Nenhuma organização

eclesiástica estava por trás disso. Todo aquele que está em contato com Deus

logo que entra nas reuniões percebe que o Espírito Santo é o líder. ”

O Los Angeles Times não foi tão gentil em sua descrição:

“ As reuniões se realizam num barraco condenado na rua Azusa, e os partidários

desta estranha doutrina praticam os mais fanáticos ritos, pregam as teorias mais

loucas e eles mesmos funcionam num estado de louca excitação em seu zelo

peculiar. Gente de color e uns quantos brancos compõem a congregação, e a

noite se torna horrorosa no bairro por causa dos uivos dos fiéis, que passam

horas se balançando para frente e para trás numa exasperante atitude de oração e

súplica. Eles dizem ter o "dom de línguas" e ser capazes de entender este babel. ”

Charles Parham também foi afiado em sua crítica:

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“ Homens e mulheres, brancos e negros, se ajoelham juntos ou caem uns sobre os

outros; uma mulher branca, talvez com riqueza e cultura, podia se ver lançada

aos braços de um 'homem negro', e permanecia firmemente assim se

estremecendo e sacudindo em uma louca imitação do pentecostes. Horrível,

uma vergonha terrível!. ”

A primeira edição da Fé Apostólica afirmou uma reação comum para a revitalização dos

visitantes:

“ Pregadores orgulhosos e bem vestidos vem para 'investigar'. Logo o seu aspecto

importante é substituído com assombro, então vem a convicção, que muitas

vezes num curto espaço de tempo você irá encontrá-los chafurdando no chão

sujo, pedindo perdão a Deus e se tornando como criançinhas. ”

Entre relatos de primera mão estavam testemunhos de cegos tendo sua visão restaurada,

doenças curadas instantaneamente, e imigrantes falando em alemão, yiddish, espanhol e

todos falando em seu idioma natal para membros negros sem educação, que traduziam

para o inglês por uma "capacidade sobrenatural".

Cantavam esporadicamente em uma capela ou de vez em quando em línguas. Havia

períodos de silêncio prolongado. Assistentes ocasionalmente caiam no Espírito. Os

visitantes davam seu testemunho, e membros liam em voz alta os testemunhos que eram

enviados para a missão por correio. Havia oração pelo dom de línguas. Havia oração em

línguas pelos enfermos, pelos missinário, e todas as petições eram apresentadas por

assistentes ou enviadas por correio. Havia pregação espontânea e apelos ao altar

para salvação, santificação e batismo no Espírito Santo. Lawrence Catley, cuja família

participara do avivamento, disse que na maioria dos serviços a pregação de Seymour

consistia em abrir a Bíblia e os adoradores vindo à frente para pregar ou testificar como

eles foram guiados pelo Espírito Santo.19

Muita gente continuamente gritava durante as

reuniões. Os membros da missão nunca tomaram uma oferta, mas havia um recipiente

perto da porta para qualquier pessoa que quisesse apoiar o avivamento. O núcleo básico

da Missão da rua Azusa, nunca foi muito mais que 50-60 indivíduos, com centenas e

milhares de pessoas que visitavam ou que permaneciam temporariamente ao longo dos

anos.

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Crenças

Seymour e outros avivalistas da Missão de Fé Apostólica da Rua Azusa sustentaram cinco

crenças básicas:17

1. Salvação por fé.

2. Santificação (ou santidade) do crente.

3. Línguas como evidência do Batismo com o Espírito Santo.

4. Cura como parte da redenção.

5. O "iminente" retorno de Cristo.

CHARLES PARHAM

Em Outubro de 1906, Charles Parham foi convidado a falar em uma série de reuniões na

Rua Azusa, mas foi rapidamente dispensado. Muitas razões podem ser dadas para sua

dispensa da Azusa. Em primeiro lugar, Parham tinha conflitos pessoais com Seymour e

queria ser a figura de autoridade principal do movimento que estava tomando lugar, mas

os líderes presidentes da Missão de Fé Apostólica demoraram em fazer algumas

mudanças em seus métodos ou liderança

Charles Parham, professor de Seymour, que é considerado um dos fundadores do Pentecostalismo

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Críticas

Em uma cética reportagem de primeira página intitulada "A Babel de Línguas

Estranhas",18

um repórter do Los Angeles Times tentou descrever o que seria conhecido

como Avivamento da Rua Azusa. "Suspirando expressões estranhas e pronunciando um

credo que ao que parece nenhum mortal são pode entender", começa a reportagem, "a

mais recente seita religiosa teve início em Los Angeles"21

Outro repórter de um periódico

local em setembro de 1906 descreveu os acontecimentos com as seguintes palavras:

“ ... infame miscigenação de raças... elas choram e ficam uivando todo dia e noite.

Correm, pulam, todas se sacodem, gritam com toda a sua voz, giram em círculos,

caem se sacudindo no chão coberto de serragem, chutando e rolando tudo sobre

si. Alguns desmaiam e não se movem durante horas como se estivessem mortos.

Essas pessoas parecem estar loucas, mentalmente perturbadas ou sob um feitiço.

Elas afirmam estar cheias do espírito. Elas têm um negro caolho e iletrado como

o seu pregador que fica de joelhos a maior parte do tempo com a cabeça

escondida entre as caixas de leite de madeira. Ele não fala muito, mas às vezes

ele pode ser ouvido gritando 'arrependei-vos', e ele acha que está fazendo isso...

Eles cantam repetidamente a mesma canção, 'O Consolador Chegou'.2

Os assistentes das reuniões eram às vezes descritos como "Roladores Santos", "Saltadores

Santos", "Línguas presas" e "Espiritistas Santos." Notícias foram publicadas em todo os

EUA e ao mundo sobre os acontecimentos estranhos em Los Angeles.

Cristãos de várias tradições foram críticos, dizendo que o movimento era hiperemocional,

a Escritura mal usada e o foco sobre Cristo foi perdido pela sobre ênfase no Espírito

Santo. Dentro de pouco tempo ministros estavam alertando suas congregações para

ficarem longe da Missão da Rua Azusa. Alguns chamaram a polícia e tentaram fazer com

que o prédio fosse fechado.

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LA Times artigo criticando o comportamento dos avivalistas na Rua Azusa.

Legado

Em 1913, o avivamento da rua Azusa havia perdido o impulso, e por volta de 1915 a

maior parte da atenção da mídia e as multidões havia ido. Seymour ficou lá com sua

esposa, Jennie, pelo resto de suas vidas como pastores da pequena congregação afro-

americana,16

embora muitas vezes ele tivesse feito viagens curtas para ajudar a estabelecer

outros avivamentos menores. Depois de Seymour ter morrido de um ataque do

coração em 28 de setembro de 1922, Jennie liderou a igreja até 1931, quando a

congregação perdeu o edifício.

O prédio foi demolido e substituído pelo que se tornou o Centro Cultural e Comunitário

Nipo-Americano de Los Angeles, após ter sido perdido para a hipoteca em 1938.