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Hermenêutica Curso Pastoral Curso Pastoral

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Hermenêutica

Curso Pastoral Curso Pastoral

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16/6/2009 Curso Pastoral 2

introdução

O ministro deve ser um estudante sério em todo lugar; não só na escola.

O pregador precisa estar cheio da verdade de Deus; precisa estar em contato com a Palavra.

Muitos pregadores estão cansados da sua própria maneira de pregar, sem fogo, sem entusiasmo, nem zelo, nem expectativa;

Os sermões têm sido ralos; existe somente uma boa hermenêutica.

A mensagem de muitos púlpitos tem sido banal e comum; o evangelho barato.

Teoria da Prosperidade – Jonh Piper.

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introdução

As pregações precisam alcançar continuamente nova profundidade em graça;

Sem um ensino consistente da Palavra nosso povo cairá em heresias e erro, tornando-se presa fácil do engano.

Sem o conhecimento das escrituras éimpossível ter experiências gloriosas;

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introdução BOA PREGAÇÃO = trabalho árduo (tempo +

empenho + energia na pregação dos sermões); O pregador deve-se alimentar de comida sólida

todos os dias; Ter depósito da Palavra; Concordamos com o Apóstolo Paulo- 1 CO 1:17-

24; Pregamos a Cristo; Só a ação do Espírito Santo é que convence as

pessoas do pecado, da justiça e do juízo; Pregações de Jonathas Edwards (Pecadores nas

mãos de um Deus irado) uma mensagem aos pastores

A Supremacia de Deus na pregação – Jonh Piper

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Introdução

Pregadores devem falar a verdade não o que funciona.

Pregadores devem ser exemplos, não se afundando na crise moral dos dias atuais, caindo nas armadilhas do sexo, poder e do dinheiro.

Pastores devem se preparar como convêm para pregar.

Charles Spurgeon dizia que um pastor infiel éo maior agente de Satanás dentro da Igreja.

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introdução.

“Precisamos desesperadamente, sobretudo, de pregadores piedosos”.

Precisamos desesperadamente nesses dias não de pregadores eruditos, mas sim de pregadores piedosos.

A obra de Deus não carece de homens profissionais no púlpito, e sim de homens apaixonados pela Glória de Deus. E por causa desta paixão são capazes de sacrificar suas vidas para que o Reino de Deus avance.

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introdução.

Não basta apenas conhecer a palavra de Deus e ter habilidade para pregar, énecessário ter realidade de vida, ou seja, UNÇÃO.

O que a obra de Deus precisa são de homens que transcendem, que vão além do natural.

A obra de Deus precisa de homens cultos, com certeza, mas, a sabedoria ou cultura humana jamais poderá substituir a vida de santidade e Devoção de homem de Deus.

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Introdução.

Homens de Deus precisam de pelo menos três coisas:

1. Caráter: Testemunho na Igreja, na sociedade e na família. Estárelacionado com diligência, exatidão, excelência, fidelidade, santidade.

2. Conhecimento: Precisam manusearem com eficiência, fidelidade e propriedade a Palavra. Precisam ter uma cultura bíblica Superior. (pregando a briba)

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introdução.

3. Unção: Precisam ter uma capacitação sobrenatural de Deus para influenciar e tocar vidas. Homens de Deus devem ter um peso em sua palavra, e acima de tudo os sinais devem acompanhá-lo no seu ministério. A unção é a prova inabalável do selo de Deus.

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introdução. Sem uma pregação fiel não há santidade, e sem

santidade ninguém verá a Deus. Há muitas igrejas cheias de pessoas vazias e

vazias de pessoas cheias. Um pregador impuro não permanece muito

tempo no ministério sem ser desmascarado. Ou ele é uma benção ou maldição!

Pregação sem santidade não pode transformar vidas, não pode produzir o crescimento da Igreja. “Sem oração, o pregador gera morte e não vida”.

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introdução A parte mais importante do sermão é o

homem atrás dele. O verdadeiro sermão éalgo vivo. O sermão é cheio da unção divina porque o homem é cheio da unção divina.

Pregue para você mesmo o sermão que você estuda, antes de pregá-lo para os outros.

Não lute para ser um tipo de pregador, lute para ser um tipo de pessoa.

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introdução

Não são grandes talentos que Deus abençoa em especial, mas grandes semelhanças com Jesus. Um ministro Santo é uma poderosa e tremenda arma nas mãos de Deus.

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introdução

• OraOraççãoão• O nosso relacionamento com Deus é

que nos credencia para a vida ministerial.

• A profundidade de um ministério, émedido não pelo sucesso diante dos homens, mas pela sua intimidade com Deus.

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introduintroduççãoão

•• JejumJejum• Jejum é fome de Deus• Os prazeres desta vida não são vícios, mas

podem tornar-se substitutos mortíferos do próprio Deus em nossas vidas.

• O jejum é um teste para sabermos qual é o desejo que nos controla.

• O jejum não pode ser entendido apenas como uma abstinência de comida.

• O propósito do jejum não não éé obter o favor de obter o favor de Deus ou mudar sua vontadeDeus ou mudar sua vontade.

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Introdução

Hermenêutica é a ciência e a arte que nos ensina os princípios, as leis e os métodos de interpretainterpretaççãoão.

A hermenêutica nos ajuda achar os princípios da exegese, ou a interpretação de um texto da Bíblia.

Exegese – é a interpretação de um texto bíblico; e a hermenêutica estuda os princípios de interpretação, para entendermos o que o texto significa na época em que foi escrito e o que significa para a nossa época.

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Introdução

“cada um tem sua própria interpretação da bíblia” ou “As duas coisas que nunca se chegam a um acordo é religião e política”.

Se estas afirmações estão corretas, então o estudo da bíblia não tem nenhum sentido para nós, ela não tem nenhuma mensagem para nós.

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Como tudo aconteceu...

Período em que foi escrita ( + ou - 1.500 anos);

Mais de 40 autores Sacerdotes (Esdras), poetas (Salomão),

profetas (Isaías), guerreiros (Davi), estadistas (Daniel), sábios (Paulo), pastores (Amós), pescadores (Pedro), médico (Lucas)...

Nos mais variados lugares, desde palácios da Babilônia, como os desertos da Judéia; ou ainda escolas de profetas e pastos verdejantes...

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Introdução

“Você acha que foi escrita por cavalos?” “Pensamento bonito mas errado: o

pensamento de que um significado de um texto é, o que ele significa para mim”.

Ex.: Repórter (Fome na Índia)

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Princípios falsos de interpretação.

1. Princípio de interpretação moralista. Segundo esse principio, o ponto central da bíblia é

que Deus recompensa os bons e pune os maus. Tudo na bíblia gira em torno do que o homem deve

ser: obediente, generoso, ordeiro, trabalhador.

Lições morais é o assunto principal na interpretação moralista.

Na verdade sabemos que a base de tudo deve estar no que Deus faz por nós.

Por isso o principio moralista é insuficiente.

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Princípios falsos de interpretação.

2. Princípio de interpretação individualista. O individualista é aquele que pensa que toda a

mensagem bíblica é para indivíduos. Ele não leva em conta a mensagem bíblica para a sociedade, para o nosso mundo, para os povos em sua totalidade.

O individualista diz: o assunto principal da bíblia é a Salvação individual.

Tudo na bíblia gira em torno de aceitar a Jesus como Salvador e ter certeza de que vai entrar no céu.

Na verdade a Salvação não é o único tema da bíblia. A Salvação é a porta de entrada de um longo caminho, mas não é todo caminho.

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Princípios falsos de interpretação.

3. Princípio de interpretação modernista. Para o modernista, a bíblia é um livro muito antigo e ele só

aceita como verdade aquilo que pode ser provado cientificamente.

Usando como princípio a análise científica, o modernista rejeita o que é duvidoso. Por exemplo, da vida de Jesus, ele não aceita os milagres como sendo verídicos nem tão pouco sua ressurreição. Jonas, Mar Vermelho, Arca, 10 pragas.

Para o modernista o que interessa é a mensagem e não os fatos bíblicos. A mensagem, segundo eles, é boa mas os fatos não podem ser comprovados cientificamente.

Na verdade segundo o apóstolo Paulo (ICo 15:14) se a mensagem não se baseia em fatos vã é a nossa fé.

O princípio modernista além de ser insuficiente é maligno.

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Princípios falsos de interpretação.

4. Princípio de interpretação política.Ponto de vista Revolucionário Interpretação política é a interpretação da bíblia conforme um

certo programa político ou social. Da-se muita importância à situação político-social do homem: às

injustiças sociais, às dificuldades entre classes ricas e pobres, àopressão por parte de governos totalitários, à exploração econômica do terceiro mundo e outros assuntos semelhantes.

Em face de tudo isso, para esses interpretes, uma revolução énecessária.

A bíblia para eles é um livro da revolução das estruturas que oprimem.

Sendo a revolução, o tema principal da Bíblia, interpreta-se muitas histórias nesse sentido.

Exemplos:Abraão (Saiu de Ur em protesto), Davi (guerrilheiro da As’farc), Sansão e Jesus (revolucionário).

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Princípios falsos de interpretação.

4. Princípio de interpretação política.Ponto de vista Conservador Existem intérpretes políticos que consideram a nossa sociedade

bastante razoável, Acham que as diferenças entre pobres e ricos são determinadas

por Deus, Dizem que a pobreza sempre vai existir, usando palavras de

Jesus para justificar tal pensamento, Declaram que o sistema capitalista é bom e são conservadores

no seu pensamento político. Segundo tais pessoas Jesus não se preocupava com a situação

econômica das pessoas, era contra a violência, submetia-se às autoridades e somente falava sobre salvação eterna e o que vamos desfrutar no céu.

Na verdade fogem do ponto central da mensagem bíblica. O ponto central é Cristo Jesus. Gl 1:9

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Princípios falsos de interpretação.

5. Princípio de interpretação doutrinária. O que determina a interpretação da bíblia é a

doutrina da igreja. Exemplos:

Mt 16:18-19 a igreja católica se baseia neste texto para provar a posição papal na hierarquia da igreja.

Ap 12 para provar a ascensão de Maria. A doutrina é provada pelo texto bíblico. Temos uma doutrina pré-existente forçando o sentido

de um texto bíblico. Na verdade é muito importante que a igreja possua

uma doutrina, mas a doutrina nunca pode determinar o que a bíblia tem a dizer.

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Princípios falsos de interpretação.

6. Princípio de interpretação literalista. Há muitos cristãos que dizem: “para ler a bíblia não

precisamos de um princípio de interpretação. Para nós a bíblia é a Palavra de Deus, cada capítulo e cada versículo aceitamos e explicamos simplesmente como está escrito, nós queremos simplesmente ser fiéis à Palavra de Deus”.

Segundo esses intérpretes a bíblia deve sempre ser interpretada literalmente.

Sem dúvida alguma esse princípio parece bastante atrativo mas oferece alguns perigos que o torna insuficiente para a compreensão da Palavra de Deus.

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Princípios falsos de interpretação.

6. Princípio de interpretação literalista. Vejamos por exemplo como a interpretação literalista

explica e aplica certos mandamentos da bíblia. Em Deuteronômio 22:5, a interpretainterpretaçção ao pão ao péé da letrada letra

diz que nesse verso Deus proíbe às mulheres o uso das roupas masculinas e que por isso as irmãs não podem vestir calças compridas.

Dt 21:18-21 – levar o filho rebelde para ser apedrejado. Para a interpretação literalista outros textos como o

uso do véu para senhoras (ICo 11:13), a saudação com a paz do Senhor (Jo 20:21) ou a saudação com ósculo santo (II Co 13:12) são cumpridos ao pé da letra.

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Princípios falsos de interpretação.

6. Princípio de interpretação literalista. O primeiro problema de uma interpretação literalista –

algumas partes são interpretadas literalmente e outras não. E ninguém sabe exatamente quais são as partes que devem ser interpretadas literalmente.

O segundo perigo de uma interpretação literalista é que muitas vezes os textos são citados sem levar em conta a situação histórica do texto. Jo. 20:21 (Bom Dia) / Esdras 10:2-3 e I Co. 7:12-13 (um manda separar, o outro manda ficar)

O terceiro perigo de uma interpretação literalista é o uso de textos isolados para provar certas doutrinas e práticas. Rm. 3:28 / Tg 2:24 (temos que nos basear nos dois textos para definirmos uma doutrina de justificação pela fé) – Jesus virá à meia noite

O quarto perigo é usar textos da bíblia visando alvos completamente diferentes do alvo do texto. Fumar – Is. 55:2

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Princípios falsos de interpretação.

Temos visto então que existem muitos princípios errados de interpretação das Escrituras, dentre eles estudamos os mais importantes:

PrincPrincíípio moralistapio moralista PrincPrincíípio individualistapio individualista PrincPrincíípio modernistapio modernista PrincPrincíípio polpio polííticotico PrincPrincíípio doutrinpio doutrinááriorio PrincPrincíípio literalistapio literalista

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Como estudar hermenêutica

O estudo da hermenêutica divide-se às vezes em hermenêutica geral e especial.

Hermenêutica geral – é o estudo das regras de interpretação do texto bíblico inteiro, ou seja a Bíblia toda.

Hermenêutica especial – é o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos como parábolas, profecias, alegorias e tipos.

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Como estudar hermenêutica

Vamos estudar: Hermenêutica geral em três aspectos distintos:

Princípios gerais (7 pontos) Princípios teológicos (3 pontos) Princípios gramaticais (4 pontos)

Hermenêutica especial: Profecia Parábolas Alegorias Tipos

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1). HERMENÊUTICA GERAL

Regras de interpretação da Bíblia toda.

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1). HERMENÊUTICA GERAL1.1) Princípios Gerais

1). Regeneração 2). Autoridade 3). A Bíblia é seu próprio intérprete 4). Interpretação da experiência pessoal

à luz das Escrituras 5). Exemplos bíblicos 6). Promessas bíblicas 7). Contexto histórico e geográfico

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1). HERMENÊUTICA GERAL1.2) Princípios Teológicos

1). Paralelos de palavra 2). Paralelos de idéias 3). Paralelos doutrinários

Princípio dedutivo Princípio indutivo

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1). HERMENÊUTICA GERAL1.3) Princípios Gramaticais

1). Tomar as palavras literalmente 2). Tomar as palavras no sentido do

conjunto da frase 3). Tomar as palavras no sentido

indicado no contexto 4). Consultar as palavras paralelas

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2). HERMENÊUTICA ESPECIAL

Regras especiais, personalizadas.

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2). HERMENÊUTICA ESPECIAL2.1) Linguagem Figurada

Figuras de palavras Figuras de sintaxe Figuras de pensamento

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2). HERMENÊUTICA ESPECIAL2.2) Linguagem figurada bíblica

PARÁBOLAS ALEGORIAS TIPOS SÍMBOLOS ANALOGIAS PROFECIAS

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1). HERMENÊUTICA GERAL

1.1). PRINCÍPIOS GERAIS

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1° menção

O princípio da 1° menção está em formação.

Diz que o significado de uma palavra na primeira vez que ela aparece, determina seu significado para o restante da bíblia.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

A compreensão das coisas espirituais éapenas e tão somente para aquele que énascido de novo. 1 Coríntios 2:14 Ora, o homem natural

não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1.Princípio da Regeneração

Se todas as coisas espirituais devem ser discernidas pelo espírito, como fica o homem natural que tem seu espírito amortecido pelo pecado? 1 Coríntios 1:18 Certamente, a palavra da

cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da RegeneraçãoDois tipos de pessoas: Culto, eloqüente, porém NATURAL;

Pode aprender a letra; A revelação das escrituras lhe é completamente

oculta; A bíblia é somente fonte de moral e ética.

Simples, ignorante, porém CRENTE. Pode obter revelação na palavra; Pode compreender pela fé o novo nascimento, a

morte expiatória, a ressurreição corporal e demais doutrinas básicas da fé cristã.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

Existem duas maneiras de se aprender uma verdade espiritual: Pela mente; Pelo espírito.

Mesmo para o nascido de novo: LOGOS E RHEMA

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

Logos é a palavra escrita Ler versículos na apostila pg.: 8

O fundamento de toda revelação é a palavra que temos em nossas mãos.

Cl.: 3:16 O logos é o fundamento do Rhema. Ex.: Jesus resistiu a Satanás com o

Logos.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

Rhema é a palavra como vida para nós. A palavra tornando-se em revelação

para nós.

O que Deus disse em Isaías 7:14, cumpriu-se em Lucas 7:14

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

REGRA: Só quem nasceu de novo pode

compreender a Palavra de Deus Não adianta interpretação sem regeneração

primeiro Mesmo com a vida de Deus, é necessária a

Palavra escrita + revelação Logos + fé = Rhema

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

1. Princípio da Regeneração

PRINCÍPIO: Somente aqueles que são nascidos de

Deus (regenerados) podem compreender a palavra de Deus.

Não adianta ter interpretação se não háregeneração.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

II Tm 3:16 II Pe 1:20 - 21

É fundamental aceitá-la toda. Crer que ela “é” e não “contém” a

Palavra de DeusMas, e se eu não aceito determinadas

partes? Que atitude tomar? Dt 29:29 Nós temos algumas crenças erradas que

temos que tomar cuidado.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas a. Agnosticismo Não conhecem Deus. Gnose quer dizer

conhecimento, e o prefixo “a”, negação.

Pregam que Deus existe mas não podem ter cohecimento dele, porque Ele é infinito, e nós finitos.

É uma teoria diabólica, pois Deus pode ser conhecido sim.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da

Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose — tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."

Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Se existem ou existiram deuses é considerada uma questão que

não pode ser finalmente respondida, ou que no mínimo não foi suficientemente investigada antes que possa considerar satisfatoriamente respondida, pois muitas coisas tidas como relacionadas podem ser freqüentemente independentes. Mesmo com a comprovação e aceitação científica da ancestralidade comum universal e do mecanismo de seleção natural, não épossível afirmar que deuses não existam; isso apenas impede a interpretação fundamentalista de diversos relatos de criação. Ao mesmo tempo, uma hipotética refutação científica da ancestralidade comum universal, Big-bang e outros eventos da história do universo, ou mesmo uma eventual comprovação de algo como a vida após a morte, também não seriam provas da existência de algum deus em particular ou de deuses de modo geral.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Politeísmo Poli – vários. É a crença que perverteu o coração do

homem e arrastou grande parte da humanidade para a idolatria e indiferença.

Deus existe e é de montão.

O sol, a lua, a vaca, o rio, etc...

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Foi o politeísmo que levou o homem a

adorar a criatura antes do Criador. Rm 1:25 São exemplos de religiões politeístas as da

antiga Grécia, Roma, Egito, Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas e regiões eslavas, assim como as suas reconstruções modernas como a Wicca , Bruxaria , Xamanismo, Druidismo e ainda o Xintoísmo.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Os gregos acreditavam que os deuses haviam

escolhido o Monte Olimpo, numa região conhecida por Tessália, como seu lar. No Olimpo, os deuses formavam uma sociedade que era classificada quanto à autoridade e poder. Entretanto, os deuses tinham liberdade para vagar livremente, e deuses individuais eram associados a três domínios principais - o céu ou paraíso, o mar e a terra. Os doze deuses chefes, usualmente chamados de olimpianos eram Zeus, Hera, Hefestos, Atena, Apolo, Artêmis, Ares, Afrodite, Héstia, Hermes, Deméter e Posêidon. Zeus era o chefe dos deuses, e o pai espiritual dos deuses e das pessoas.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Panteísmo Panto quer dizer tudo. Então tudo é Deus. Árvores, pedras, pássaros, répteis, homens

– todos são declarados parte de Deus. Eles dizem que Deus é tudo, tudo é Deus.

Assim a árvore, a flor, a estrela, são deuses, assim como o verme, o tigre, o micróbio e o mais vil pecador.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas O panteísmo é sem dúvida uma das

crenças mais antigas da humanidade. Mais velho que o budismo, que o cristianismo ou que qualquer outra religião, há mesmo quem defenda que todas as religiões existentes não passam de simples permutações dessa crença primordial.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Provavelmente o panteísta mais famoso e notável tenha

sido o físico alemão Albert Einstein. Seu amaravilhar-se diante da Ciência freqüentemente o estimulava a exaltar uma provável natureza divina inerente a tudo. Muitas das citações de Einstein são equivocadamente utilizadas por criacionistas na ávida tentativa destes de corroborar as suas crenças em um Deus projetista, criador e interventor. Outro físico merece destaque aqui: Amit Goswami, cujos livros best-sellers propõem a união entre a física quântica e a espiritualidade, também chamada de Misticismo Quântico. Sua obra de maior sucesso até o momento sugestivamente entitula-se O Universo Autoconsciente.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Albert Einsten: Físico norte-americano de origem

alemã. Fascinado pelo panteísmo de Spinoza, declarou: "Acredito no Deus de Spinoza que se revela na harmonia de tudo o que existe, não num Deus que se preocupa com os destinos e ações do Homem", "a minha religião é de fato o universo... em outras palavras, a natureza, que é o nosso reflexo do universo". A sua convicção na unidade do espirito e da matéria deu alento à procura de uma força unificadora da natureza, à qual chamou de "teoria dos campos unificados”.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Materialismo Baseado no ateísmo. Só crêem no que

pode ser provado. Se Deus existe ou não, não faz diferença.

Para o materialismo, só existe a matéria, não existe o mundo espiritual, não existe Deus.

Dizem que a matéria é eterna. O homem éapenas uma máquina e não existe bem ou mal.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Em filosofia, materialismo é o tipo de fisicalismo que

sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais; que a matéria é a única substância.

O materialismo histórico é uma tese do marxismo, segundo a qual o modo de produção da vida material determina, em última instância, o conjunto da vida social, política e espiritual. É um método de compreensão e análise da história, das lutas e das evoluções econômicas e políticas. Essa tese foi definida e utilizada por Karl Marx

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Deismo

Crêem em Deus mas, não sabem quem é Deus. Dizem que Deus criou tudo, mas depois abandonou tudo

para deixar o homem com a razão e com as leis da natureza.

A idéia do deísmo é unilateral. A bíblia ensina duas verdades:

Sua Transcendência: significa a separação do mundo e do homem e sua exaltação sobre eles (Is 6:1)

Sua Imanência: significa sua presença no mundo e sua aproximação do homem (At 17:28 – Ef 4:6

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Deísmo

Deus de fato está separado do mundo e acima do mundo e de todos; por outro lado, Ele enviou seu Filho Emanuel (Deus conosco) para estar com o homem, e enviou seu espírito para estar dentro de nós.

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3. Crenças erradas Ateísmo – Ateu Não crêem em Deus.

O ecritor italiano Giovani Papine disse: “o primeiro ateu deve ter sido um deliquente que procurava, negando a Deus, livrar-se da única testemunha da qual ele podia ocultar seu crime”.

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3. Crenças erradas Gnosticismo

Gnosticismo designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos. Este movimento reivindicava a posse de conhecimentos secretos (a "gnose apócrifa", em grego) que, segundo eles, os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento.

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A existência de Deus

O gnosticismo tornou-se forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentim de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista, a qual a uma visão leiga aparenta ser a premissa básica do movimento. Efetivamente, para os gnósticos, existem dois deuses: o deus criador imperfeito, que eles associam ao Jeová do Velho Testamento e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano, tendo a humanidade sido aprisionada neste mundo pelo mesmo. Mas a essência humana seria oriunda de uma "centelha divina" que perpassa todo o cosmos mesmo sem nele se situar, e o deus bom teve pena e lhes deu a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição.

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A existência de Deus

3. Crenças erradas Gnosticismo

Segundo a doutrina, Cristo se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado. Segundo algumas linhas gnósticas, Cristo não veio em carne e nunca assumiu um corpo físico, nem foi sujeito àfraqueza e às emoções humanas, embora parecesse ser um homem,

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

a). Inspiração: 2 Timóteo 3:16 Toda a Escritura é inspirada por

Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,

A inspiração bíblica é um dos grandes princípios da Hermenêutica Sagrada.

Inspiração é diferente de Revelação. A inspiração garante que o ensino é infalível, a

revelação por sua vez é o conhecimento vivo, gerado pelo Espírito Santo sobre a palavra inspirada das escrituras.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

REVELAÇÃO: É quando o fato se descortina a nós; Aceitar é uma questão de fé e não de assentimento

intelectual;

A Bíblia nos oferece base para uma doutrina da inspiração:

a) As expressões que a Bíblia emprega para descrever as funções proféticas implicam necessariamente na idéia de uma inspiração divina direta (Is. 8:11 / Jr. 15:17)

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

b) As expressões proféticas mostram claramente que os profetas iam ao povo conscientes de que o que estavam falando era a Palavra do Senhor (Assim diz o Senhor)

C) II Tm. 3:16 – a própria bíblia ensina

Hoje as profecias são diferentes das do Velho Testamento. (I Co 14:32)

O fazer vem antes do saber.

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A inspiração das Escrituras

b) O testemunho do Espírito Santo no Cristão É o Espírito Santo que habita em nós que nos

faz crer, que a bíblia é a palavra de Deus.

Você não precisa ensinar um novo convertido que a bíblia é a verdade, ele vai saber disso através do espírito que habita nele.

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A inspiração das Escrituras

O fiel cumprimento das profecias Muitas profecias já foram cumpridas no passado,

total ou parcial, e muitas outras cumprem-se em nossos dias, e outras cumprir-se-ão.

O cumprimento constante das profecias bíblicas é uma prova de sua origem divina.

O que Deus disse, sucederá (Jr. 1:12) Toda a bíblia aponta para Jesus, do princípio ao

fim

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A inspiração das Escrituras

PROFECIA – Gn 3:15 – Seria a semente de uma mulher (Gl 4:4)

Gn 18:18 – Seria descente de Abraão (At 3:15) Gn 17:19 – Seria descendente de Isaque (Mt 1:2) Nm 24:17 – Seria descendente de Jacó (Lc 3:4) Mq 5:2 – Nasceria em Belém-Judéia (Mt 2:1) Is 7:14 – Nasceria de uma virgem (Mt 1:18) Os 11:1 – A fuga para o Egito (Mt 2:14) Zc 9:9 – Sua entrada triunfal (Jo 12 – 13 – 14)

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A inspiração das Escrituras

Sl 41:9 – Seria traído por um amigo (Mc 14:10) Is 53:7 – Permaneceria em silêncio (Mt 26:62-63) Is 50:6 – Seria golpeado e cuspido (Mc 14:65) Is 53:12 – Seria crucificado com pecadores (Mt

27:38) Sl 109:4 – Oraria por seus inimigos (Lc 23:24) Zc 12:12 – Seu lado seria traspassado (Jo 19:34) Sl 34:20 – Seus ossos não seriam quebrados (Jo

19:33) Sl 16:10 – Sua ressurreição (Mt 28:9)

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A inspiração das Escrituras

Profecias bíblicas cumpridas pela história

1) Renascimento de Israel como nação:"Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém..." [Joel 3:1 - cumprida em 15/5/1948] Uma vez que Israel esteja de volta à sua terra, todas as profecias do fim dos tempos começarão a ser cumpridas.

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A inspiração das Escrituras Profecias bíblicas cumpridas pela história 2) Todas as nações são chamadas ao Oriente

Médio: "Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá [Oriente Médio]; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra." [Joel 3:2] Que tipo de julgamento Deus tem em mente? Veja: "Preparai a guerra"! Não devemos esperar a paz, mas apenas a guerra, depois que Israel voltar à sua terra. Jesus disse, em Mateus 24, que os sinais que acompanharão o nascimento tanto de Israel como do Anticristo serão "de guerras e de rumores de guerras... se levantará nação contra nação, e reino contra reino..." [Mateus 24:6-7]

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A inspiração das Escrituras

Profecias bíblicas cumpridas pela história Os cristãos devem saber que nenhuma paz

verdadeira e duradoura jamais será obtida no Oriente Médio depois que Israel tiver retornado à sua terra. Pode ser que uma falsa paz seja alcançada, mas durará apenas um curto período de tempo e será produzida apenas para alcançar algum objetivo concreto, como estabelecer a Etapa do Projeto da Aliança da Nova Jerusalém.

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A inspiração das Escrituras

Profecias bíblicas cumpridas pela história Estátua do sonho do rei da babilônia Cabeça de Ouro / Ouro / Babilônia / 605 AC - 539

AC Peitos e Braços de Prata / Prata / Medo-Pérsia / 539

AC - 331 AC Quadris e Coxas de Bronze / Bronze / Grécia / 331

AC -168 AC Pernas Ferro / Ferro / Império Romano / 168 AC -

476 AD Pés e Dedos Ferro e Barro / Europa Dividida / 476

AD

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A inspiração das Escrituras

A Bíblia é sempre nova e inesgotável A bíblia é o livro mais antigo do mundo e

também o mais moderno.

Você deve ter esse contato diário com a palavra. Manejar bem a palavra da verdade.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

A Inerrância Bíblica Existem dois grupos: conservadores e liberais

Os Conservadores crêem que a Bíblia étotalmente sem erro; os liberais crêem que a bíblia é totalmente sem erro toda vez que fala sobre questões de salvação e de fé cristã, mas pode ter erros em fatos pormenores

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

Qual o problema na questão dos liberais? Primeiro, se a Bíblia erra em questões pormenores,

não há garantias de que ela também erre em assuntos de salvação, sem falar de tantos outros assuntos relacionados ao viver Cristão.

O segundo motivo é que se partirmos do pressuposto de que a bíblia contém erros, e então encontrarmos uma aparente discrepância entre dois textos, talvez seja que nossa decisão seja que um deles estáerrado. E isto seria confusão.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais 2). Princípio da Autoridade da Bíblia

Vamos ver como Jesus tratava as escrituras: 1) Jesus foi uniforme no trato das narrativas históricas contidas nas

escrituras, fez menção de Abel, Noé, Abraão, etc.

2) Muitas vezes Jesus escolheu como base de seu ensino as mesmashistórias que a maioria dos críticos considera inacreditáveis – Dilúvio (Mt 24:37), Sodoma e Gomorra (Mt 10:15), Jonas (Mt 12:39).

3) Jesus freqüentemente usava a expressão “está escrito”, referindo-se ao que estava escrito no velho testamento.

4) Jesus ensinou que nada passaria da Lei até que tudo se cumprisse (Mt 5:17-20) e que as escrituras não podem falhar (Jo 10:35)

Jesus e o diabo aceitavam os argumentos bíblicos na ocasião da tentação.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

2). Princípio da Autoridade da Bíblia

PRINCÍPIO: A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS, INSPIRADA POR DEUS, ISENTA DE

ERROS E AUTORIDADE FINAL NAS

QUESTÕES NELA CONTIDAS. Não tem como crer em Jesus e não crer

na sua palavra, pois eles são um.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

3). A Bíblia é Seu próprio intérprete:

- A Bíblia fala por si mesma. I Co 2:13: “... conferindo coisas

espirituais com espirituais.” Deixe a Bíblia falar por si mesma. Compare Escritura com Escritura.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

3). A Bíblia é Seu próprio intérprete:

O primeiro intérprete da Palavra foi o diabo (Gn 3:1-5) (Gn 2:16-17)

Ele não negou o que Deus disse; Ele distorceu a palavra de Deus.

Esse tipo de erro da-se por omissão ou por acréscimo. Omissão:citar só a parte que lhe convém e deixar

de lado o restante(o diabo omitiu a morte espiritual) Mc 10:30 – com perseguições / Fp 4:13 – Tudo posso...

Acréscimo: dizer mais do que a bíblia diz.(Eva faz um acréscimo ao que Deus falou)

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais 3). A Bíblia é Seu próprio intérprete:

Não se pode excluir o contexto dos textos.

Ex.: Papado Mt16:13-20

Reencarnação Jo 11:25

Infelizmente temos ouvido que com a bíblia se prova o que quiser.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

3). A Bíblia é Seu próprio intérprete:

Na área profética: ela fez predições que o homem não poderia antecipar sozinho.

Nos milagres: como explicar, por exemplo, um machado flutuando, o andar por sobre as águas, a ressurreição de Jesus, etc..?

Na doutrina: os aspectos de difícil compreensão, como a triundade de Deus; a onipresença de Deus e, mesmo assim, habitando em nós; o fato de Deus ser soberano e, ainda assim, o homem ter livre arbítrio.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais4). Interprete a experiência pessoal à luz das

Escrituras

e não o contrário! I Tm 4:7 – “Mas rejeita as fábulas

profanas e de velhinhas caducas”...

Se a experiência pessoal não nos leva a conhecer mais de Jesus, é de pouco valor.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais4). Interprete a experiência pessoal à luz das Escrituras

Ex.: Rm 6:6 – a bíblia diz que nós jávencemos o pecado, mas o fato de cairmos em pecado hoje não quer dizer que este texto então tem outra interpretação.

Quando demônios não querem ser expulsos, você pode começar a pensar que os endemoniados na bíblia eram doentes mentais, só que foram chamados assim por causa da ignorância do povo na época.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais4). Interprete a experiência pessoal à luz das Escrituras

Em Lc 10:19 – você passa então a acreditar que somente pastores podem expulsar demônios.

Porque Jesus é Filho de Deus, então ele ressurgiu dos mortos, e não porque ele ressurgiu dos mortos que ele é filho de Deus.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais4). Interprete a experiência pessoal à luz das Escrituras

Gl 1:8: “Ainda que um anjo, vindo do céu, vos anuncie outra palavra diferente da Palavra de Deus, seja ele anátema!”

Todo tipo de experiência que você tiver deve ter alguma harmonia com a bíblia.

Se a experiência pessoal não nos leva a conhecer mais de Jesus, é de pouco valor.

Ver anjo, demônio, sentir cheiros, etc... Outro exemplo: cartão de crédito – Rm 13:8

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

5). Princípio: Exemplos Bíblicos

Os exemplos bíblicos só devem ser seguidos quando amparados por uma ordem.

Todas as vezes que um exemplo é respaldado por uma ordem bíblica você deve segui-lo.

caso não haja esse respaldo da ordenança, você fica desobrigado.

Pergunta: “- Devemos seguir os exemplos de Jesus?” Resposta:“- É claro que sim! Jesus é o nosso modelo por

excelência!” Mas não precisamos seguir tudo o que Jesus fazia no cotidiano

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Raciocínio do princípio: Jesus usava túnica, calçava alpargatas, andava a pé e sua condução era, no máximo, um animal; orava de madrugada, ele viajava grandes distâncias e não se casou.

Modo de falar: não precisamos falar o mesmo tipo de linguagem que Jesus usou do tipo: (na verdade na verdade te digo)

Fica claro que não se espera que você siga exemplo de Jesus em áreas como essas.

Hermenêutica Geral / Princípios Gerais5). Princípio: Exemplos Bíblicos

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

Ter uma atitude adequada ao abordar as promessas de Deus é de fundamental importância.

A “caixinha de promessas” não é o meio correto de Deus falar conosco.

Abrir a Bíblia e colocar aleatoriamente o dedo em algum lugar, tampouco é um meio confiável de se ouvir a Deus.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

As Promessas São Para Ajudar-nos A Fazer A Vontade Do Senhor E Não Para Ajudá-lo a fazer a nossa

As promessas de Deus na bíblia toda estão disponíveis ao Espírito Santo a favor dos crentes de todas as gerações

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

Cuidado para não colocar o dedo aleatoriamente na bíblia – Is. 30:21

“É permitido a você reclamar uma promessa fora do seu contexto histórico, contando que seja fiel ao que diz e significa a passagem”.

Ex. 14:14

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

II Pe. 1:3 - 4 Sl 33:11

Jo. 16:24 – foi Jesus mesmo quem fez esta promessa, porém, a promessa não é para você fazer a sua vontade, mas sim para te ajudar a fazer a vontade de Deus. Ex. de Abraão – Sai da tua terra...

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

A promessa é um compromisso de Deus com seus filhos, porém, exige uma atitude de fé e obediência de nossa parte.

Às vezes, apropriar-se das promessas, é andar sobre as águas, é dar o passo da fé.

Quando você, pela fé, responde à promessa de Deus, Sua vontade é feita e Ele é glorificado.

E se Deus aparentemente falhar em cumprir as promessas de Deus na sua vida?

Talvez Deus não te falou aquela promessa em particular.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

Resposta do Tommy Tenney – “Você acha que é tão importante assim?”

1. Deus o deixou na mão - “Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? ou tendo falado, não o cumprirá?” Nm 19:23

“Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”. II Tm 2:13

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

6). Princípio: Promessas

2. Você errou ao reclamar a promessa – é uma possibilidade desagradável, mas real. I Co. 4:3 – 5

Motivações egoístas, erradas. Ex. Bolsa Sl 95:4

3. A promessa se cumprirá numa ocasião posterior e/ou de um modo que você não espera.

História de Abraão – Não haveria de ocorrer o cumprimento natural da promessa. Deus a queria cumprida de maneira sobrenatural.

Hb. 11:39

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16/6/2009 Curso Pastoral 100

Há dois tipos de promessas que se acham na bíblia:

1 promessas geraissão feitas pelo o Espírito Santo a todos os crentes.quando foram escritas pelo autor não visavam a nenhuma pessoa ou época em particular. (I Jo. 1:9)

2 promessas específicassão feitas pelo Espírito Santo a indivíduos específicos em ocasiões específicas. Gn. 12:1

Hermenêutica Geral / Princípios Gerais6). Princípio: Promessas

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais6). Princípio: Promessas

2 - Promessas específicassão feitas pelo Espírito Santo a indivíduos específicos em ocasiões específicas. Estas também nos estão disponíveis, de acordo

com a direção do Espírito Santo.

Porém, devemos ter clareza da direção do Espírito Santo.

At. 13:47 / Is. 42:6 - 7

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais6). Princípio: Promessas

Se você talvez, ainda é novo convertido, o melhor é você ficar com as promessas gerais. Quando sentir que tem maturidade para

reivindicar as promessas específicas então faça, tomando os seguintes cuidados: 1. O Espírito de Deus faz aos cristãos,

individualmente, em ocasiões especiais de suas vidas, conforme Deus lhe apraz.

2. Muitas vezes as promessas são condicionais, e a condição é a obediência. Perceba a palavra “se”. DT 11:13

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais6). Princípio: Promessas

3. O Espírito Santo de Deus é soberano. Sl 33:11 –Ele pode falar partindo de qualquer passagem, a qualquer pessoa, em qualquer ocasião.

4. Não prejulgue ao Senhor sobre quando e como a promessa se cumprirá em sua vida.

5. Deus faz as promessas para você se tornar mais dependente Dele, e não independente. Busque as promessas numa postura de humildade e independência.

O propósito de Deus é glorificar o nome Dele com as promessas. Nunca deixe de dar glórias à Ele.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

A quem foi escrita a carta ou o livro? Qual foi o quadro de fundo do autor? Quem são as principais personagens do

livro? Seu objetivo é colocar-se no cenário do

tempo em que o livro foi escrito e sentir como as pessoas envolvidas. Ex. os judeos na época de Jesus.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

Para interpretar o texto da escritura énecessário distinguir o contexto histórico e geográfico.

1- é necessário um pouco de conhecimento da história dos povos antigos, particularmente os povos bíblicos.

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

É preciso também conhecer os costumes dos povos, culturas, práticas religiosas, etc.

Sem esse pano de fundo, dificilmente entenderemos os livros de: Reis, Crônicas, Esdras, Neemias, e até mesmo as Torrentes do Neguebe.

Quando Jesus fala, “Eu sou o pão da vida, vc tem que comer minha carne e beber meu sangue...

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16/6/2009 Curso Pastoral 107

Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico Temos que nos esvaziar de idéias, opiniões, métodos

modernos e nos transportar para a época e o ambiente em que os apóstolos e profetas escreveram.

PARA ESTUDAR, PRECISAMOS: conhecer o ambiente histórico-cultural da época confrontar a mensagem de toda a Bíblia referente ao

assunto saber para qual dispensação o assunto foi escrito estudar sobre o capítulo e sobre o livro onde o

versículo em foco está examinar o verso imediatamente anterior e o

imediatamente posterior

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16/6/2009 Curso Pastoral 108

Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico As dispensações:

Inocência (criação até a queda) Consciência (queda até dilúvio) Governo humano (dilúvio até Babel) Promessa (Abraão até lei) Lei (lei até Cristo) Graça (da vinda de Cristo até sua volta)

Grande tribulação Reino (milênio)

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

Quais perguntas podem ser feitas? Qual o ambiente histórico em que o escritor fala? Qual a finalidade de seu livro? Quais os costumes podem esclarecer o significado

de determinadas ações? Quem foi o autor e qual era a circunstância em que

ele escreveu o livro? Para quem estava escrevendo (crentes, incrédulos,

apóstatas)?

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

Como então determinar a finalidade do autor?

1- observar a declaração explícita do autor ou a repetição de frases. Lc 1 / At 1 / Jo 20:31

2- Observar a parte exortiva de seu escrito. 3- observar os pontos omitidos ou os

problemas enfocados “fez o que era mau”

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Hermenêutica Geral / Princípios Gerais

7). Contexto histórico e geográfico

Contexto histórico – é a época, bem como suas próprias leis e costumes.

Contexto Cultural – é o que as pessoas crêem, pensam, dizem, fazem e produzem.

Devemos aplicar os princípios e não os costumes.

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PRINCÍPIOS GRAMATICAIS

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16/6/2009 Curso Pastoral 113

A importância da interpretação gramatical:

Se cremos que a Bíblia foi verbalmente inspirada, cada palavra dela éimportante.

A interpretação gramatical é o único método que respeita integralmente a inspiração verbal das Escrituras.

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16/6/2009 Curso Pastoral 114

O que é Interpretação Gramatical:

É o processo de tentar descobrir o significado das palavras por meio de quatro aspectos: lexicologia = seu significado (ela procura determinar a

origem, a forma e o significado das palavras) morfologia = sua forma (estudar as palavras olhando para

elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase– Sufixo/prefixo)

função = as partes do discurso (são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do produtor da mensagem)

sintaxe = a relação entre elas (sujeito e predicado)

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16/6/2009 Curso Pastoral 115

Roteiro:

Examinar o sentido literal da palavra (se figurado, atentar para outro esquema).

Observar a situação histórica e geográfica em que foi escrito (“quem disse o quê e pra quem?”).

Detectar o ambiente cultural em que a palavra foi dita. Descobrir o contexto em que a palavra foi usada (o

sentido que o autor quis dar-lhe). Conferir os princípios da lógica e da comunicação da

palavra dentro do contexto geral.

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16/6/2009 Curso Pastoral 116

Isso quer dizer:

Tomar a palavra no seu sentido mais comum - em que é usada.

Tomar a palavra no sentido que indica o conjunto da frase.

Tomar a palavra no sentido indicado no contexto.

Consultar as passagens paralelas onde a palavra está em foco.

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16/6/2009 Curso Pastoral 117

Tomar a palavra no seu sentido mais comum - em que é usada. Os escritores escreveram naturalmente, com o

objetivo de se fazerem conhecer. Salmos 8 –

Não significa tomar ao pé da letra, mas no sentido usual.

A Bíblia não se serve de uma linguagem científica ou seca, porém, popular.

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 1

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 1

Ex.: 1 – Gn 6:12 “Porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra”.

Carne e caminho no seu sentido literal, o texto perde o seu valor.

Carne como pessoa e caminho como costumes, modo de proceder / o texto já traz um significado mais claro

“Não há quem faça o bem” – Rm 3:12

16/6/2009 Curso Pastoral 118

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 1

Ex.: 2 – “Qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?

Se tomarmos ao pé da letra não entenderemos quase nada desse texto.

Mulher – Cristo Dracma perdida – Homem perdido

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido (Lc. 19:10)

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 1

Ex.: 3 – “e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi”.

Casa significa família ou descendência.

Lc.: 14:26 – “Se alguém vem a mim, e não aborrece seu pai e sua mãe... não pode ser meu discípulo”...

Tomado ao pé da letra e bíblia entraria em contradição, pois temos que honrar os pais.

Mt 10:37 – “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim.

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16/6/2009 Curso Pastoral 121

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Tomar a palavra no sentido que indica o conjunto da frase.

Precisamos sempre averiguar e determinar qual seja o pensamento especial que o escritor se propõe a expressar.

Na linguagem bíblica existem palavras que variam muito de significado.

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16/6/2009 Curso Pastoral 122

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

1. Fé Fé: Confiança

“Agora prega a fé que outrora procura destruir” -Gálatas 1:23

Fé: crença, doutrina do evangelho “Mas aquele que tem dúvidas, é condenado, se

comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo que não provém de fé é pecado.” -Romanos 14:23

Fé: convicção, do dever cristão para os irmãos.

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16/6/2009 Curso Pastoral 123

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Salvação / salvar: salvar do pecado e do inferno “Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os

queria salvar, por intermédio dele” – Atos 7:25 Salvar: no sentido de liberdade temporal, da escravidão

“Mas nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos.” – Romanos 13:11

Salvação: vinda de Cristo

“Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Hebreus 2:3

Salvação: toda a revelação do evangelho.

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16/6/2009 Curso Pastoral 124

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Graça: favor “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós,

é dom de Deus” – Efésios 2:8 Graça: bondade e misericórdia de Deus

“Falando ousadamente no Senhor, o qual confirma a palavra da sua graça” – Atos 14:3

Graça: a pregação do Evangelho

“Esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” – 1 Pedro 1:13

Graça: bem aventurança da vinda de Cristo.

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16/6/2009 Curso Pastoral 125

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Graça: favor “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os

homens” – Tito 2:11 Graça: ensino do evangelho

“O que vale é estar com o coração confirmado com a graça, e não com alimentos” – Hebreus 13:9

Graça: Doutrinas do evangelho

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16/6/2009 Curso Pastoral 126

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Carne: Parte vermelha do tecido muscular humano

“E vos darei coração de carne” – Ezequiel 36:26 carne: sensibilidade, dócil

“Andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne” –Efésios 2:3

carne: nossos desejos sensuais

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16/6/2009 Curso Pastoral 127

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Carne: Parte vermelha do tecido muscular humano

“Aquele que foi manifestado na carne” – I Timóteo 3:16 carne: forma humana

“Tendo começado no espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne?” – Gálatas 3:3

carne: observâncias judaicas, circuncisão, esforço humano

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16/6/2009 Curso Pastoral 128

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

Sangue: Líquido vermelho / vida

“Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos” –Mateus 27:25

sangue: culpa por ter matado um inocente

“Temos a redenção, pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” – Romanos 5:9

sangue: morte expiatória de Jesus na cruz

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16/6/2009 Curso Pastoral 129

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 2

É importantíssimo você tomar a palavra em seu sentido que está presente no texto. “Tomou Jesus um pão, e abençoando-o, partiu e o deu aos

discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo” –Mateus 26:26

A palavra corpo aqui não se usa no sentido literal, mas no figurado, Jesus partiu foi o pão.

“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus” – Mateus 16:19 Chaves não está no sentido literal ou material, chave está

falando de autoridade, de poder.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Tomar a palavra no sentido indicado no contexto. Às vezes, somente o conjunto da frase não

é suficiente para compreendermos o sentido do texto ou das palavras, precisamos também consultar todo o contexto do texto.

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16/6/2009 Curso Pastoral 131

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: 1- No contexto, achamos expressões,

versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da passagem obscura. “Quando lerdes, podeis compreender o meu

discernimento no mistério de Cristo” – Ef.: 3:4 Mistério?... “Participação dos gentios nos benefícios do

Evangelho.

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16/6/2009 Curso Pastoral 132

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: “Quando éramos menores, estávamos

servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo” – Gl.: 4:3 / 9-11

Rudimentos do mundo?

“práticas de costumes judaicos”.

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16/6/2009 Curso Pastoral 133

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: 2- Às vezes encontra-se uma palavra

obscura aclarada no contexto por sinônimo ou ainda por palavra oposta e contrária àobscura. Gl.: 3:17 – “Quero dizer isto: A Lei, que veio

quatrocentos e trinta anos depois, não anula a aliança previamente estabelecida por Deus, de modo que venha a invalidar a promessa”.

“Aliança” se explica pelo vocábulo “promessa”logo em seguida.

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16/6/2009 Curso Pastoral 134

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: Cl 2:7 – “enraizados e edificados nele,

firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão”.

O que explica os termos enraizados e edificados é o vocábulo seguinte: firmados na fé.

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16/6/2009 Curso Pastoral 135

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: “Rm 6:23 – “Pois o salário do pecado é a

morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna”.

Salário do pecado é a morte X dom gratuito de Deus é vida eterna

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16/6/2009 Curso Pastoral 136

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: 3- Às vezes, uma palavra que expressa

uma idéia geral e absoluta, deve ser tomada num sentido restritivo, segundo determine alguma circunstância especial do contexto, ou melhor, o conjunto das declarações das Escrituras em assuntos de doutrina.

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16/6/2009 Curso Pastoral 137

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: Lucas 16:1-13

A astúcia deve ser seguida, mas não o fato de ser desonesto

João 9:3 – “Nem ele nem seus pais pecaram”. Não esta dizendo que eles nunca pecaram, mas

que não houve um pecado específico que o fizesse nascer daquele jeito.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: Atenção aos parênteses!!! Rm 2:13 até 16

Lembre-se: as originais escrituras não possuem divisão em capítulos e versículos.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: 4- Às vezes, tão somente pelo contexto se

pode determinar se uma expressão deve ser tomada ao pé da letra ou em sentido figurado.

Mt. 26:27-29 vinho está no sentido figurado.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 3

Exemplos: Jo 6:48-63 “Minha carne é a verdadeira comida e meu

sangue a verdadeira bebida”. / “O Espírito éo que vivifica, a carne para nada aproveita.

Comer a carne e beber o sangue equivale, pois, a apropriar-se pela fé do sacrifício de Cristo na cruz.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Consultar as passagens paralelas

1 Co. 2 :13 – Explicando cousas espirituais pelas espirituais

Considerações: 1- Fazem referência uma à outra, que

tenham entre si alguma relação, ou tratem de um modo ou de outro de um mesmo assunto.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

2- Serve não somente para explicar algumas passagens obscuras, mas também para adquirir conhecimentos bíblicos exatos quanto a doutrinas e práticas cristãs.

3- Paralelos de palavras / Paralelos de idéias / Paralelos de ensinos gerais.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Paralelos de Palavras

Quando não fica claro o entendimento de uma palavra, procura-se adquirir seu verdadeiro significado consultando outros textos em que ela ocorre.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Gl 6:17 – “Trago no corpo as marcas de

Jesus” Que marcas são essas? O contexto e nem

a frase parece mostrar, vamos então fazer um paralelo de palavras.

II Co 4:10 – “levando sempre no corpo o morrer de Jesus”, falando da perseguição que Cristo padecia.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Fica mais claro ainda em II Co. 11:23 – 25

Onde o apóstolo afirma que foi açoitado várias vezes.

“Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. 25 Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar”.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Gl 3:27 – “de Cristo vos revestistes” Em que consiste ser revestido por Cristo?

Rm 13:13-14 – “Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne”

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Gl 3:27 – “de Cristo vos revestistes” Em que consiste ser revestido por Cristo?

Cl 3:12 - 14 – “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.”

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Gl 3:27 – “de Cristo vos revestistes” Parece-nos então quer ser revestido por

Cristo, não é apenas abandonar as práticas carnais, mas saber que morremos para o pecado e agora vivemos para Cristo, e então vamos expressar seu caráter, pois estamos revestidos com Cristo.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos At 13:22– “Davi foi um homem segundo o

coração de Deus”

O que isso quer dizer? Que Davi não teve falhas? Que ele era perfeito em sua conduta?

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos I Sm 2:35 – “Suscitarei para mim um

sacerdote fiel, que procederá segundo tenho em meu coração.”

Davi sendo o sacerdote-rei, fica evidente que ele será segundo o coração de Deus, a vontade de Deus.

I Sm 13:14 Porém, Davi foi piedoso, e tem coisas em Davi

que temos sim que imitar.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Números 22 e 24 fala-nos a história de

Balaão, porém, fica-nos dúvidas quanto ao seu verdadeiro caráter e de sua pessoa.

II Pe 2:15-16 – “Eles abandonaram o caminho reto e se desviaram, seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor{6}, que amou o salário da injustiça, 16 mas em sua transgressão foi repreendido por uma jumenta, um animal mudo, que falou com voz humana e refreou a insensatez do profeta”.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Judas 11 – “Ai deles! Pois seguiram o

caminho de Caim, buscando o lucro caíram no erro de Balaão, e foram destruídos na rebelião de Corá”.

Fica claro que Balaão era um profeta que servia àcobiça e avareza.

Ap. 2:14

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Paralelos de idéias

1 - Às vezes, fazer um paralelo de palavras não é suficiente, precisa-se também fazer um paralelo de ensino, de narrativas que se relacionam com o que foi dito.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Jesus, quando instituiu a ceia, disse aos discípulos: “Bebei

dele todos” Significa isso que somente os ministros da religião devem

participar do vinho na ceia?

Vamos fazer um paralelo de idéias: I Co. 11:23-29 – a bíblia deixa claro que todos os membros

da igreja devem participar do comer o pão e beber o vinho.

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16/6/2009 Curso Pastoral 155

PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja” – Jesus constituiu

Pedro como fundamento da igreja?

Vamos fazer o paralelo de idéias: Mt. 21:42 – 44 I Pe. 2:4,8 Ef. 2:20 I Co 3:10 – 11 Concluimos então que Cristo não constituiu Pedro como

alicerce da igreja.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Paralelos de idéias

2 – A intenção é aclarar textos mais obscuros com paralelos de idéias mais claros.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Fala-se muito em amor aos crentes em 1Pe. 4:8 – o amor

cobre multidão de pecados. Temos então 1 Co 13 / Cl 1:4 – compreendemos que a

palavra amor é usada no sentido fraternal.

Temos então Rm 4:8 e Sl 32:1 / Pv. 10:12

Compreendemos que o amor fraternal cobre muitos pecados no sentido de perdoar as ofensas recebidas dos irmãos.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Gl 6:15 – o que é de valor para Cristo é a nova criatura.

II Co 5:17

Gl 5:6

1Co 7:19

Nova criatura é aquele onde as cousas velhas já passaram e se fizeram novas, tem fé e observa os mandamentos.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Exemplos Fp 3:9 – Paulo fala da justificação pela fé

Rm 3,4,5 Gl 3,4

Pela lei todo homem é réu convicto diante de Deus e pela féem Cristo, somos justificados.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Paralelos de ensinos gerais

Às vezes é necessário recorrer aos temas e ensinos gerais das escrituras.

1 Co 15:3 / At 3:18 “O homem é justificado pela fé sem as obras de

lei”. Pv 16:14 – Deus não quer que ninguém pereça.

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PRINCÍPIO GRAMATICAL – 4

Paralelos aplicados à linguagem figurada Às vezes é preciso consultar um paralelo

para saber se uma palavra deve ou não ser tomada em sentido figurado.

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1.3) Princ1.3) Princíípios Teolpios Teolóógicosgicos

1). HERMENÊUTICA GERAL

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Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

Teologia é o estudo de Deus e de Sua relação com o mundo.

Teofonia é o estudo das manifestações físicas de Deus (Jesus, Sarça-ardente, coluna de fogo)

O livro-fonte deste estudo é a Bíblia. A teologia procura tirar conclusões sobre

vários tópicos, amplos e importantes, presentes na Bíblia. A que se assemelha Deus? Qual é a doutrina da salvação realmente válida? São estes os tipos de assuntos de que trata a teologia.

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16/6/2009 Curso Pastoral 164

Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

Os princípios teológicos são aquelas amplas regras que tratam da formulação da doutrina.

Por exemplo: como podemos dizer que uma doutrina é verdadeiramente bíblica? Se ela não ofende a nenhum princípio de

interpretação.

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Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

ObjetivoObjetivo: formar e fortalecer convicções pessoais (o que mais marca a vida dos grandes homens de Deus são suas convicções teológicas – convicções teológicas é igual a grandes ministérios)

DesafioDesafio: exige trabalho duro, exame cuidadoso e completo da Palavra. Os estudos doutrinários são a espinha dorsal das convicções espirituais.

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16/6/2009 Curso Pastoral 166

Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

Cuidados:1.Quando há doutrinas “conflitantes”, devemos não

tentar a conciliação. Podemos pregar a doutrina certa à pessoa certa. (Não jogar pérolas aos porcos, Visão dos vencedores)

2.Não permitir que a lógica humana nos force a dizer que a bíblia disse o que não disse ou não disse o que disse. Se há clareza falo com clareza (segundo casamento).

3.Não violar um princípio de interpretação a fim de justificar outro. Precisamos considerar todos para fazer uma interpretação válida:.gerais,gramáticas,especiais.

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Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

VOCÊ PRECISA ENTENDER O QUE DIZ A PASSAGEM.VOCÊ PRECISA ENTENDER O QUE DIZ A PASSAGEM.

Ex: existem numerosas passagens no NT que dizem que você não está debaixo da lei. Ler Rm 3:28; Gl 5:18

Ao ler tais declarações, pode você concluir que a graça de Deus o livra de qualquer obrigação de viver uma vida disciplinada, santa?

Tal conclusão seria contestada por Rm 6:14

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16/6/2009 Curso Pastoral 168

Hermenêutica Geral

PrincPrincíípios Teolpios Teolóógicosgicos

É aqui onde um estudo tópico da Bíblia se mostra útil. Você toma um tema, idéia ou ensinamento e estuda todas as passagens sobre o assunto.

Eis aqui três espécies de estudos paralelos: Paralelos de palavra Paralelos de idéias Paralelos doutrinários

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16/6/2009 Curso Pastoral 169

Você recorre às referências de uma palavra.

Usar concordância bíblica, dicionário bíblico.

Hermenêutica Geral / Princípios Teológicos

1. Paralelo de Palavra1. Paralelo de Palavra

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Hermenêutica Geral / Princípios Teológicos

2. Paralelo de Id2. Paralelo de Idééiaia

Não recorre a uma referência de palavras como no caso anterior. Énecessário estudar passagens que tratam de um mesmo assunto.

Ex.: A questão da autoridade no sentido global: Mt 21, Gn 3; Nm 16.

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Hermenêutica Geral / Princípios Teológicos

3. Paralelos Doutrin3. Paralelos Doutrinááriosrios

Isto inclui estudos tópicos sobre as grandes doutrinas da bíblia, tais como os atributos de Deus, a natureza do homem, a redenção, a justificação e a santificação.

Tipos de estudo: Indutivo Dedutivo

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16/6/2009 Curso Pastoral 172

Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

INDUTIVOINDUTIVO: Neste tipo de estudo você reúne todas

as peças de informação e extrai uma conclusão. É bem parecido com a montagem das peças de uma quebra-cabeça.

É o processo de raciocinar das partes para o todo.

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Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

DEDUTIVO:DEDUTIVO: Este método aborda o estudo olhando para o

todo e chegando a conclusões quanto às peças menores, outras vez semelhante a um quebra-cabeça de recortes.

Do enigma completo você pode concluir certas coisas acerca das peças individuais.

Raciocínio dedutivo é o processo de raciocinar do geral para o particular.

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16/6/2009 Curso Pastoral 174

Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

Exemplo de raciocExemplo de raciocíínio dedutivonio dedutivo: Primeira premissa: I Jo 5:14-15 Segunda premissa: I Ts 4:3 Conclusão: quando oramos por nossa

santificação, Deus nos ouve. Esta conclusão não está explicita na bíblia, não

está escrita com essas palavras. Mas por meio das premissas (fato, verdade) podemos chegar a esta verdade implícita na bíblia.

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Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

Exemplo de raciocExemplo de raciocíínio dedutivo por Jesusnio dedutivo por Jesus Certa ocasião Jesus se viu numa discussão com

os saduceus sobre a questão da vida além desta. Os saduceus negavam a ressurreição dos mortos. Resposta de Jesus: Marcos 12:26-27 Raciocínio de Jesus:

Primeira premissa: Deus é Deus de vivos Segunda premissa: Deus é o Deus de Abraão, Isaque e

Jacó Conclusão: Abraão, Isaque e Jacó estão entre os que

vivem.

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Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

Você precisa estar certo de que as deduções que faz estão verdadeiramente implícitas nas Escrituras de que as extrai, e de que você comparou passagens relacionadas sobre o assunto.

Ex.: Mc 1:35, somos inclinados a deduzir que o cristão fiel deve ter sua hora tranqüila de devoção de manhã bem cedo.

Primeira premissa: os crentes devem ser semelhantes a Cristo

Segunda premissa: Cristo fazia devoções de manhã bem cedo.

Conclusão: ...

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Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

Conclusão: o crente deve fazer devoções de manhã bem cedo. Todavia, você se lembraráde que, os exemplos bexemplos bííblicosblicos só tem autoridade quando apoiados por uma ordem bíblica, discutimos istodiscutimos isto.

Usando o raciocínio esboçado aqui, você pode concluir apropriadamente que pode fazer devoções de manhã bem cedo, mas não éobrigado a fazê-las. Esta passagem sustenta a validade da hora tranqüila matutina, não porém a sua obrigação.

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Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

O estudo indutivo da bíblia é extremamente importante no desenvolvimento das suas convicções.

Estudando as partes você pode captar um retrato cada vez mais claro do todo.

Se você não está envolvido num estudo indutivo, devia estar. Pois, se as suas convicções quanto às doutrinas bíblicas se formaram pelo que outros lhe falaram, em vez de por sua investigação pessoal das Escrituras, resistirão nos tempos de provação?

Você não pode contar que vai permanecer fiel, durante os períodos de adversidade, baseado no ouvir dizer. Você tem de cavar nas Escrituras, você mesmo, e conseguir as suas convicções pessoais.

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16/6/2009 Curso Pastoral 179

Hermenêutica Geral / Princípios TeológicosTipos de Estudo

Existem algumas doutrinas que a mente humana não tem capacidade de ter total clareza:

Trindade;

A dual natureza de Cristo: homem e Deus;

A origem e natureza do mal: ou Deus criou o mal, ou ele écoeterno, na verdade é um mistério.

A soberana eleição de Deus e a responsabilidade do homem. A mente humana não consegue entender essas duas verdades difíceis e aparentemente antagônicas.

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16/6/2009 Curso Pastoral 180

HermenêuticaHermenêutica

GERALGERAL ESPECIALP GeraisP Gerais P GramaticaisP Gramaticais P TeolP Teolóógicosgicos

Linguagem Linguagem FiguradaFigurada

Figuras de palavrasFiguras de sintaxe

Figuras de pensamento

Regeneração Tomar as palavras literalmente Paralelos de palavra

Autoridade das Escrituras

Tomar no sentido do conjunto da frase Paralelos de idéia

A Bíblia é sua própria interprete

Tomar no sentido indicado no contexto Paralelos doutrinários:

Raciocínio indutivoRaciocínio dedutivoInterpretação da

experiência pessoalConsultar as

passagens paralelasParParáábolasbolasAlegoriasAlegorias

TiposTiposSSíímbolosmbolosAnalogiasAnalogiasProfeciasProfecias

Exemplos Bíblicos

Promessas Bíblicas

Contexto histórico e geográfico

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HERMENÊUTICA ESPECIAL

LINGUAGEM FIGURADA

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16/6/2009 Curso Pastoral 182

FIGURA DE LINGUAGEM

É só uma palavra ou frase colocada de forma diferente de seu sentido mais simples e original.

Ex: Está chovendo forte = Está chovendo canivetes! A chaleira está fervendo = O chá está fervendo.

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16/6/2009 Curso Pastoral 183

POR QUE USAR FIGURAS DE LINGUAGEM?

É um sentido diferente do literal, mas éverdadeiro (expressam verdades em sentido vivo e interessante).

Ex: Ninguém engole esse argumento! Quase morri de rir! Ela vira bicho quando a provocam! Eis o Cordeiro de Deus!

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16/6/2009 Curso Pastoral 184

POR QUE USAR FIGURAS DE LINGUAGEM?

Para acrescentar cor e vida. Ex: O Senhor é a minha Rocha! (Sl 18:2) =

forte e inabalável. Para chamar a atenção (comparando

coisas que não são comparáveis). Ex: A língua é fogo! (Tg 3:6)

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POR QUE USAR FIGURAS DE LINGUAGEM?

Para tornar os conceitos abstratos mais concretos. Ex: Por baixo de ti estende os braços

eternos (Dt 33:27) = Ele cuidará de ti. Para registrar princípios na memória.

Ex: Como vaca rebelde se rebelou Israel émais fácil de lembrar do que Israel éteimoso.(Os 4:16)

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POR QUE USAR FIGURAS DE LINGUAGEM?

Para sintetizar uma idéia. Ex: O Senhor é o meu pastor. Transmite a

idéia de todo o relacionamento entre pastor e ovelha.

Para estimular a reflexão (somos desafiados a meditar). Ex: Quanto a mim, porém, sou como

oliveira verdejante na casa de Deus.(Sl 52:8)

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COMO DEFINIR O SENTIDO (FIGURADO OU LITERAL?)

O sentido é figurado quando a expressão soa mal ou difere dos fatos, da exposição ou da observação. Ex:em Jo 6:55 “Pois a minha carne é

verdadeira comida, e o meu sangue éverdadeira bebida.”

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REGRAS DE ADOÇÃO:

Adote o sentido literal se não há boas razões para não fazê-lo. Ex: O Cordeiro está claro que é Jesus em Ap 7:9 c/c Jo

1:29 Se o sentido literal implica em impossibilidade,

é figurado. Ex: Jr 1:18 – Te coloquei por colunas de ferro e

muros de bronze. Ap 1:16 – Jesus segurava 7 estrelas na mão

direita.

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REGRAS DE ADOÇÃO:

É figurado se o literal for absurdo. Ex: Is 55:12 – as árvores batendo palmas.

É figurado se o literal sugere imoralidade. Ex: Jo 6:53-58 – sugere canibalismo.

Repare se a expressão figurada vem com uma explicação literal. Ex: I Ts 4:13-15 – os que dormem = os

mortos.

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REGRAS DE ADOÇÃO:

Às vezes a figura é frisada com um adjetivo qualificativo.

Ex: Pai celeste (Mt 6:14), A pedra angular(I Pe 2:6)

Obs: Às vezes uma locução adjetiva indica que o substantivo não deve ter sentido literal. Ex: Ef 6:17 – a espada do Espírito I Tm 6:12 – o bom combate da fé.

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REGRAS DE ADOÇÃO:

AS DUAS FORMAS – LITERAL E FIGURADA – SÃO LEGÍTIMAS PARA COMUNICAR VERDADES LITERAIS (SÃO COMPLEMENTOS E NÃO OPOSTOS).

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM COMPARAÇÃO:

Com os elementos da natureza (chuva, água, fogo, solo, flores, árvores, animais)

Com utensílios (cerâmicas, túmulos, vestimentas)

Com experiências (nascimento, morte, guerra, música)

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM COMPARAÇÃO:

1). Símile: Quando uma coisa lembra outra, explicitamente (como, assim como, tal, tal qual, tal como). O desafio dos símiles éencontrar a semelhança entre os dois.

Ex: I Pe 1:24 – Toda carne é como a erva... Lc 10:3 – Como cordeiros para o meio de lobos... Sl 1:3 – Como árvore plantada junto a correntes...

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM COMPARAÇÃO:

2). Metáfora: Quando uma coisa imita ou representa outra (comparação implícita). A diferença entre a metáfora e a símile está no verbo ser e estar. Ex: Is 40:6 – Toda a carne é erva (diferente de I Pe

1:24) Mt 5:13 – Vós sois o sal da terra Mt 10:7,9,11,14;6:48 – Eu sou... (Jesus) Obs: O desafio é saber de que forma a

semelhança se manifesta.

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM COMPARAÇÃO:

3). Hipocatástase: Quando faz uma comparação, indicando literalmente a semelhança, como se fosse. Ex: Sl 22:16 – Davi: cães me cercam =

inimigos Fp 3:2 – Falsos mestres = cães At 20:29 – Falsos mestres = lobos vorazes

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM COMPARAÇÃO:

SSíímilemile = Vocês, ímpios, são como cães!

MetMetááforafora = Vocês, ímpios, são cães!

HipocatHipocatáástasestase = Seus cães!

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HERMENÊUTICA ESPECIAL

ParábolasAlegoriasTiposSímbolosAnalogiasProfecias

Linguagem Figurada Bíblica

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16/6/2009 Curso Pastoral 198

HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

PARÁBOLAS São comparações que esclarecem alguma coisa. A parábola típica utiliza-se de um evento comum da

vida natural para transmitir uma verdade espiritual. Alguns estudiosos da bíblia acreditam que Jesus

formava cenário (teatro) para transmitir sua palavra. É uma símile (comparação explícita) ampliada. FINALIDADE DAS PARÁBOLAS. Revelar verdade aos crentesMt 13:10-13 Ocultar a verdade aqueles que endurecem o coração

contra a palavra de Deus.Mc 4:11-13

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

PARÁBOLAS Cuidados a serem tomados

Observar o contexto; Observar se o significado vem expresso na parábola; Observar os aspectos culturais; Definir os problemas teológicos; Uma parábola deve ilustrar uma doutrina, mas uma doutrina

nunca deve basear-se numa parábola, como fonte primária ou única;

Não devemos esperar que todas as verdades bíblicas estejam anunciadas numa única passagem.

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

ALEGORIAS. A alegoria é um uso figurativo e a

aplicação de alguma história ou fato que se admite, enquanto que a parábola é em si mesma essa suposta história ou esse fato.

A alegoria é uma cadeia de metáforas (comparação implícita) Jo 10 – a videira é Jesus, agricultor – Deus, os ramos –

discípulos. Ef. 6:13 - 17

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

TIPOSTIPOS É uma pré-figuração vista no V.T. das realidades do

N.T. A pre-figuração é chamada Tipo e seu cumprimento é

chamado de anti-tipo. O Tipo sempre aponta para o futuro e, por isso, é uma

forma especial de profecia. Só encontramos Tipos no V.T. Classificação de Tipos:

Pessoas (Adão, Moisés, José,...) Eventos (Êxodo, dilúvio, sacrifício de Isaque,...) Ofícios (sacerdócio)

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

SSÍÍMBOLOSMBOLOS Símbolo é a metáfora que ocorre quando o

nome de um ser ou coisa concreta assume o valor convencional, abstrato.

É preciso ter idéia clara dos símbolos para entender as profecias, pois estas foram dadas, muitas vezes, em linguagem simbólica.

Classificação dos símbolos: Objetos reais: sangue/vida, linho fino/justiça real Cores: azul=perfeição celeste, e púrpura=realeza Nomes: Israel (príncipe de Deus) Números: um (unidade e primazia), três (solidez) Ouro: Natureza de Deus

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

ANALOGIASANALOGIAS Não é apenas uma comparação, mas

uma identidade de relação –semelhança. Ex Rm 7:1-6 (assim como a mulher fica livre se morto o marido, ficamos livres se mortos para o pecado)

Semelhança entre duas coisas distintas. “Assim como patins está para patinador,

esqui, está para esquiador.

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HermenêuticaHermenêutica EspecialLinguagemLinguagem Figurada Bíblica

PROFECIASPROFECIAS A profecia é uma história prevista. Em ambos os testamentos, profeta é um

porta-voz de Deus que declara a vontade de Deus ao povo.

A profecia refere-se a três coisas: Predizer eventos futuros Revelar fatos ocultos quanto ao presente Ministrar instrução, consolo e exortação

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16/6/2009 Curso Pastoral 205

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUBSTITUIÇÃO:

1a). Metonímia: Quando substitui uma palavra por outra de sentido intrínseco diferente. Ex: O Congresso tomou uma decisão (deputados e

senadores). Jr 18:18 – Vinde, firamo-lo com a língua! (palavras) I Co 10:21 - Não podeis beber o cálice do Senhor...

(conteúdo do cálice) Hb 13:4 – O leito sem mácula (casamento)

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16/6/2009 Curso Pastoral 206

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUBSTITUIÇÃO:

2a). Sinédoque: Parte pelo todo ou todo pela parte. Ex: Pv 1:16 – Seus pés correm para o mal

(todo o corpo). Jr 25:29 – Eis que chamo a espada sobre

os povos (catástrofe).

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16/6/2009 Curso Pastoral 207

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUBSTITUIÇÃO:

3a). Antropomorfismo: Atribui qualidades ou ações humanas a Deus. Ex: Sl 8:3 – os dedos de Deus

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16/6/2009 Curso Pastoral 208

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUBSTITUIÇÃO:

4a). Antropopatia: Atribui emoções humanas a Deus. Ex: Zc 8:2 – Tenho zelos de Sião.

5a). Zoomorfismo: Atribui características animais a Deus. Ex: Sl 91:4 – Cobrir-te-á com as Suas penas e sob

Suas asas estarás seguro. 6a). Eufemismo: Substituição de uma

expressão desagradável por outra inócua. Ex: At 7:60 + I Ts 4:13-15 – morrer = dormir

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16/6/2009 Curso Pastoral 209

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUPRESSÃO (OMISSÃO):

1a). Elipse: Palavra omitida, gerando expressão gramatical incompleta. Ex: I Co 15:5 – os Doze (discípulos)

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16/6/2009 Curso Pastoral 210

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM SUPRESSÃO (OMISSÃO):

2a). Interrogação ou Pergunta retórica: A que não exige resposta. Vem para forçar o leitor a respondê-la mentalmente e a avaliar suas implicações. Ex: Gn 18:14 – Acaso, para Deus, há coisa

demasiadamente difícil? Jr 32:27 – Acaso há coisa maravilhosa demais

para mim? Lc 11:11,12 – Pois qual é o pai que se o filho lhe

pedir pão...?

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TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM EXAGEROS OU ATENUAÇÕES:

1a). Hipérbole: Afirmação exagerada que diz mais do que o sentido literal, com objetivo de ênfase. Ex: Dt 1:28 – As cidades são fortificadas até os

céus. Sl 6:6 – Todas as noites faço nadar o meu leito. I Sm 18:7 – Saul matou milhares, mas Davi matou

dez milhares. Lc 6:42 – Tira primeiro a trava do teu olho.

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16/6/2009 Curso Pastoral 212

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM EXAGEROS OU ATENUAÇÕES:

2a). Ironia: Ridiculariza em forma de elogio. Esta é mais difícil de detectar, porque vem marcada pelo tom de voz.

Ex: II Sm 6:20 – Que bela figura fez o rei de Israel! (Mical)

I Rs 18:27 – Clamai em altas vozes, porque ele é deus! (Elias)

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16/6/2009 Curso Pastoral 213

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM EXAGEROS OU ATENUAÇÕES:

3a). Pleonasmo: Repetição que, em nossa língua, se torna redundância.

Ex: Elevou os olhos e viu (Isaque). Alegraram-se com grande e intenso

júbilo (Mt 2:10)

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16/6/2009 Curso Pastoral 214

TIPOS DE FIGURAS DE LINGUAGEM:QUE ENCERRAM INCOERÊNCIAS:

1a). Paradoxo: Não é contradição; éoposto. Ex: Mc 8:35 – Quem perder a sua vida

por minha causa...

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considerações

Somos chamados por Deus para sermos guardiões de sua palavra.

eu e você fomos chamados para guardar e transmitir com retidão a santa palavra.

Tudo que precisamos para fazer a essa grande obra (que o ministério da palavra) é do poder do espírito Santo.

A unção é tudo que precisamos.

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16/6/2009 Curso Pastoral 216

Unção

Sem a presença ,a obra,o poder e a unção do Espírito Santo, a igreja estácomo um vale de ossos secos.

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16/6/2009 Curso Pastoral 217

Unção

Porque a obra do Espírito Santo é tão importante quanto a obra da redenção que Cristo realizou. Somente o Santo Espírito pode aplicar a obra de Deus no coração do homem.

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Unção

O Espírito Santo transforma tanto o pregador quanto a sua pregação! Conhecimento éimportante, mas não é suficiente, embora seja vital, nada pode fazer sem a unção do Espírito santo.

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Unção

E como podemos adquirir essa unção: A unção é

conquistada através de uma vida diária de oração.

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16/6/2009 Curso Pastoral 220

Unção

Nada revela tanto a pobreza de uma oração, quanto a ausência da unção em nossas vidas.

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16/6/2009 Curso Pastoral 221

Unção

Uma coisa é ter o Espírito habitando em nós, outra é tê-lo presente em nós.

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16/6/2009 Curso Pastoral 222

Unção

Sem poder não háTESTEMUNHO! Testemunho demonstra evidencias..

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16/6/2009 Curso Pastoral 223

Unção

O apostolo Paulo pregou sobre a influência e poder do Espírito.

1Ts.1:5 porque o nosso evangelho não chegou atévós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

1 Co.2.4. porque o nosso evangelho não chegou atévós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

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16/6/2009 Curso Pastoral 224

Unção

Jesus também foi um homem que dependeu do Espírito em todo o seu ministério.

Muitas vezes recusamos a admitir que estamos vazios do poder de Deus e as vezes para esconder esse vazio queremos muitas vezes impressionar.

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16/6/2009 Curso Pastoral 225

Unção

Elementos artificiais não podem dar vida a um sermão morto pregado pos um pregador morto.

Nada vai superar a importância da unção do Espírito Santo.