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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · na escola, demonstração, assistência, fornecimentos de pistas, instruções, entre outros são fundamentais para a promoção de um

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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MARILDA TEREZINHA DE OLIVEIRA ROIK

O USO DO MATERIAL DOURADO NO ENSINO APRENDIZAGEM DOS

PRODUTOS NOTÁVEIS NA 7ª SÉRIE.

CURITIBA

2011

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

ARTIGO FINAL

O USO DO MATERIAL DOURADO NO ENSINO APRENDIZAGEM DOS PRODUTOS NOTÁVEIS NA 7ª SÉRIE.

Autora: Marilda Terezinha de Oliveira Roik1

Orientador: Dr. Vitor José Petry2

Resumo

Esta pesquisa foi desenvolvida com alunos de sétima série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Anita Canet, em Fazenda Rio Grande, um Colégio da Rede Pública Estadual do Paraná. O objetivo desta, é avaliar a aplicabilidade e eficiência de atividades propostas, usando o material dourado e investigações matemáticas. Inicialmente colocou-se a disposição dos alunos, o conteúdo e sua aplicabilidade. Posteriormente, o trabalho se desenvolveu com alternativas didáticas apropriadas, tendo como centro, o uso do material dourado. Demonstrou-se com esta ótica que os alunos podem aprender de uma forma mais interessante e eficaz.

Palavras-chaves: aprendizagem; investigação; produtos notáveis; polinômios.

1 Introdução

Neste trabalho foram desenvolvidas atividades instigantes à matemática,

atividades estas que envolveram multiplicações de polinômios, produtos notáveis,

áreas e perímetros de figuras planas (retângulo e quadrado). A pergunta que se faz

1- Pós-graduada em Psicopedagogia - IBPEX. Graduada em matemática - UNOESTE. Professora PDE 2009. Professora do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná.

2 -Doutor em Matemática Aplicada - UFGRS. Mestrado em Modelagem Matemática - UNIJUI, Licenciatura em Matemática - UNIJUI, Professor adjunto UTFPR - Curitiba-Paraná.

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é: usando material dourado, é possível que os alunos de 7ª série formem conceitos

e construam conhecimentos com relação aos produtos notáveis?

Foi apresentada nesta pesquisa, uma proposta de estratégias para o

ensino da matemática, visando proporcionar alternativas que considerem o aluno

como um agente investigador e construtor do conhecimento sob a orientação e

mediação da professora, como contra partida ao ensino tradicional em que o

professor apenas repassa conteúdos e o educando é um ser passivo que não se

envolve no processo de construção. Foram propostas diversas atividades a serem

desenvolvidas a partir do uso de material dourado de forma a levar o aluno a

construir o conhecimento e estabelecer os conceitos relativos às operações com

multiplicações de polinômios. Para avaliar a aplicabilidade e a eficiência das

atividades propostas, fez-se um comparativo entre o ensino tradicional com as

atividades desenvolvidas, consideradas inovadoras, sendo que os dados coletados

serão submetidos a uma análise textual discursiva e a interpretação quantitativa

através de gráficos. Acredita-se que este seja um dos caminhos para atingir bons

resultados, motivando e desafiando os educandos na formação de seus conceitos,

proporcionando a condição de chegar a um saber científico já elaborado.

Trabalhando com alunos de sétima série, em diversos momentos foi observado que

estes apresentaram sérias dificuldades em compreender e estabelecer relações de

aplicabilidade dos conceitos que envolvem os produtos notáveis, especialmente

pelo grau de abstração que o seu entendimento requer.

De acordo com os DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais), para

trabalhar matemática de maneira interessante, é necessário acreditar que a

aprendizagem de fato é um processo que se baseia na ação do aluno, em

resoluções de problemas, em investigações matemáticas, modelagens, mídias,

tratamento de informações e explorações dinâmicas de situações que o intrigam.

Infelizmente a matemática nas escolas é trabalhada de maneira que o aluno não

seja um agente ativo, isso dar-se-á pelo fato de que os professores repassam como

o aprenderam, guardando para si o ato das descobertas matemáticas, deixando de

lado atividades de exploração e investigações do mundo real dos alunos.

Neste sentido, o norte da pesquisa demonstra com certa clareza que os

problemas da matemática, em especial àqueles que geram mais dificuldade de

entendimento sobre o conteúdo em questão, podem ser superados por alternativas

inovadoras como o uso do material dourado, e apresentar novas possibilidades para

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transformar a dinâmica interna da sala de aula. A pesquisa demonstrou que é

possível ultrapassar o tradicional e conseguir atingir o objetivo de implementar a

pesquisa na matemática com novos motes para a disciplina, em especial sobre

produtos notáveis. Neste caso, o foco em evidência é propor novas e inovadoras

possibilidades para o ensino da matemática em oposição ao tradicionalismo que

ainda é um imperativo na escola pública.

2 Fundamentação Teórica

Em meados da década de 80 houve a necessidade de reformular o

currículo escolar (1988) objetivando que aprender matemática envolve

interpretações, criarem significados, estar preparado para receber problemas; nasce

assim a tendência histórico-crítica, onde a ação do professor é articular o processo

pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e

do cotidiano (DCEs/PR).

Nesta ótica, em 1996, para uma melhor adequação do ensino

brasileiro,estas tendencias foram incorporadas na LDB (Lei de Diretrizes e Bases)

devido à autonomia dada as instituições (Art.26 Lei 9394/96), pela elaboração do

seu próprio projeto, houve criação de muitas disciplinas que fragmentavam o

conhecimento matemático, tornando-o frágil. A partir de 1998 obteve os PCNs

(Parâmetros Curriculares Nacionais), para que assim alcançassem uma mesma

linha em todo o País em que desenvolvem competências e habilidades, não

privilegiando o conhecimento científico. Neste momento houve crítica e

questionamento aos PCNs:

[...] por ser uma proposta curricular que limita as possibilidades de

superação o pensamento hegemônico definidor do conhecimento como

mercadoria sem vínculo com as pessoas. Um conhecimento considerado

importante apenas quando é capaz de produzir vantagens e benefícios

econômicos (LOPES, p.6. 2002).

Para suprir essa deficiência na aprendizagem matemática a SEED

(Secretaria Estadual de Educação), do Paraná, a partir de 2003, levantou uma

discussão coletiva com educadores, pensadores e pesquisadores de diferentes

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níveis e modalidades de ensino. Concluído o longo do trabalho, obteve-se um

documento o qual norteiam os processos de ensino nas escolas do Paraná, as

DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais).

De acordo com as DCEs, a educação matemática ainda esta em

construção. Abordando o conhecimento matemático sob uma visão histórica de

modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos, influenciando na

formação do pensamento do aluno. Caraça (2002, p. 23) afirma:

“Pode-se conceber a matemática tal como ela vem exposta na maioria dos

livros didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se

encadeiam de forma linear, seqüencial e sem contradições”;“Pode-se

acompanhar a matemática em seu desenvolvimento progressivo de

elaboração, de modo a descobrirem-se suas hesitações, dúvidas,

contradições, as quais um longo trabalho de reflexão e apuramento

consegue eliminar, para que logo surjam novas dúvidas, outras

contradições no fazer matemático. Isto é, sempre haverá novos problemas

por resolver”.

De acordo com a perspectiva histórica crítica, cabe aos professores de

matemática a responsabilidade de sistematizar os conteúdos, superando as

perspectivas utilitaristas, não perdendo o caráter científico da disciplina e do

conteúdo matemático, além de possuir embasamento teórico e científico.

Para Piaget: “o ser humano durante o seu desenvolvimento cognitivo, não

necessariamente com a mesma idade, mas, sim na mesma sequencia.” Passam por

varias etapas, a passagem de uma etapa para outra se caracteriza pela consecução

de uma nova forma de organização cognitiva. No trabalho diário com alunos,

constata a organização cognitiva do ser humano, onde expressões como

“maturidade” são muito usadas, isso quer dizer que, a aprendizagem necessita

dessa maturidade para acontecer. No ensino da matemática não é diferente, o

aluno não aprende quando o professor ou o meio quer que ele aprenda, e sim

quando a maturação acontece, a partir do meio externo com o individuo.

Segundo Marta Kohl de Oliveira (1996):

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Para Vygotsky, a aprendizagem esta relacionada ao desenvolvimento

desde o início da vida humana, sendo “um aspecto necessário e universal

do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente

organizadas e especificamente humanas.” (Vygotsky, 1984, p. 101). O

percurso do desenvolvimento do ser humano é em parte, definido pelos

processos de maturação do organismo individual, pertencente à espécie

humana, mas é a aprendizagem que possibilita o despertar de processos

internos de desenvolvimento que, se não fosse o contato do indivíduo com

um determinado ambiente cultural, isso não ocorreria.

Neste caso, o ser humano tem como papel central em suas funções

psicológicas superiores (sendo as que envolvem consciência, intenção,

planejamento, ações voluntárias e deliberadas), o desenvolvimento e a

aprendizagem. Para tanto cada individuo passa por um processo de aprendizagem,

e se desenvolve cognitivamente de acordo com o ambiente social e cultural em que

está inserido, sendo necessárias relações interpessoais, que envolvem, ao mesmo

tempo, alguém que aprende e alguém que ensina e a própria relação ensino-

aprendizagem. Sabemos que a aprendizagem pode se concretizar por “alguém”

objeto, eventos, situações, modos de organização do real, e na própria linguagem,

sendo este um elemento fundamental nesse processo. Não necessariamente entre

indivíduos. Por isso:

“A aprendizagem é construto que não pode ser observado diretamente. O

que se observa são as modificações no comportamento e daí se infere a

existência de uma determinada aprendizagem”. (BRITO/ GARCIA, 2005, p.

34).

Segundo Oliveira(1996,p.62) os procedimentos regulares que acontecem

na escola, demonstração, assistência, fornecimentos de pistas, instruções, entre

outros são fundamentais para a promoção de um ensino capaz de promover o

desenvolvimento . Sabe-se que a aprendizagem matemática, acontece a partir do

momento em que o aluno se apropria de conceitos matemáticos, e muda seu

comportamento em relação a eles, com a investigação matemática e a manipulação

do material dourado em matemática. É uma estratégia que oportuniza o educando

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em formar seus próprios conceitos, e poder desenvolver um raciocínio lógico

matemático, ler e interpretar a matemática criando mecanismos para resolver

situações problemas do seu meio. E é na escola que o professor adota a conduta

de orientador, mediador das atividades de forma que o educando possa participar

da construção do próprio conhecimento, de forma ativa e crítica, relacionando cada

saber construído com as necessidades históricas, sociais e culturais existentes

nele.

A intervenção do educador tem como objetivo maior aprimorar práticas e

reflexões, e instrumentos de criticas. (…) A capacidade de explicar,de

aprender e compreender, de enfrentar criticamente situações novas,

constituem a aprendizagem por excelência. Aprender não é a simples

aquisição de técnicas e habilidades e nem memorização de algumas

explicações e teorias.(D'Ambrósio,2005,p.81).

Diante da dificuldade comum, no que diz respeito à especificidade da

linguagem algébrica, há necessidade de repensar a educação algébrica, no sentido

de apresentar uma linguagem que tenha significado e, portanto aponte para a

necessidade de sua utilização. O pensar algébrico ainda não faz parte de muitos

processos de aprendizagem. Esse tipo de pensamento deve se fazer presente

desde o início da formação do estudante. Neste caso, ao professor compete

selecionar, inventar dinâmicas exploratórias, propiciando um ambiente de pesquisa

em sala de aula, onde a reflexão sobre sua prática também possa ser

compartilhada e incentivada aos seus alunos, para que os mesmos desempenhem

uma postura crítica e reflexiva sobre sua aprendizagem, levando-os a investigações

e explorações do seu conhecimento.

3 Desenvolvimento

3.1 Material Didático-Pedagógico

Em geral, a matemática é considerada difícil pela maioria dos estudantes,

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para facilitar e manter o interesse dos alunos no processo de ensino aprendizagem

é necessário procurar alternativas e recursos que auxiliem professores e alunos em

uma ação pedagógica construtiva.

O material didático-pedagógico implementado teve como objetivo

despertar nos alunos o gosto pela matemática, o prazer da redescoberta, e

curiosidades de interagir com as realidades que estão em sua volta. Neste trabalho

foi considerado como material didático-pedagógico, o material concreto e o

manipulável, no qual aplicou-se a metodologia das investigações matemáticas,

visando instigar várias situações envolvendo os conteúdos de áreas, perímetros e

multiplicação de polinômios. Sendo assim, a utilização do material dourado como

material didático-pedagógico, demonstrou-se com uma aplicabilidade satisfatória

no processo de ensino aprendizagem dos alunos de 7ª série.

3.2 Desenvolvimento da Pesquisa

Esta pesquisa foi desenvolvida em período contra turno no Colégio

Estadual Anita Canet, com alunos de sétimas séries das turmas A e B do turno

matutino, num espaço disponibilizado pela direção e acompanhado pela equipe

pedagógica e direção, o desenvolvimento deu-se em ações.

Os alunos foram submetidos a uma atividade de sondagem em relação

aos conteúdos de área, perímetros, multiplicação de polinômios e produtos

notáveis, com o intuito de verificar noções básicas sobre estes conhecimentos, o

que eles já tinham se apropriado, e quais saberes deveriam ser pontuados. Foram

elaboradas dez atividades no questionário de sondagem que encontra-se no

apêndice A. Participaram do grupo quinze alunos, mas neste dia vieram dez alunos

no contra turno para participar desta sondagem, apriori no modelo tradicional.

Após a aplicação do questionário, colheu-se alguns resultados conforme

pode-se verificar na tabela 1.

Nota-se que no método tradicional os resultados não foram significativos,

porque os dados da tabela demonstram as dificuldades de abstração de

conhecimentos por grande parte dos alunos. Partindo do pressuposto que os

conhecimentos e conceitos sobre o conteúdo em pesquisa não foi considerado um

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saber adquirido com atividades desenvolvidas tradicionalmente em sala de aula,

mesmo que estes conteúdos já tenham sido trabalhados anteriormente. Assim,

realizaram pesquisas diversas, inclusive com o uso da internet como recurso,

responderam as seguintes perguntas: a) O que é área? b) O que é perímetro? c)O

que é polinômio? d) O que é material dourado? Para que serve? Onde surgiu?

Observou-se que os alunos não tinham o hábito de pesquisa, e que

gostam de computador para entretenimento, foi explicado como buscar as

informações, mas não foi a contento, a maioria procurou em apenas um site e deu

por encerrada sua pesquisa. Apenas duas alunas consultaram mais site e

concluíram a resposta para as perguntas elaboradas pela professora. O debate

proposto foi bom, todos participaram, procuraram entender as falas dos colegas e

dar suas opiniões sobre as perguntas pesquisadas. Uma aluna foi digitando no

computador o resumo das falas, no final leu seu texto e fizemos as devidas

correções e considerações.

3.4 Trabalhando com material similar

Feita a apresentação e explicação pela professora do que é o material

dourado, e como se investiga um problema matemático, os alunos foram orientados

a construção de um material similar com papelão reciclável e papel cartão. Para que

todos pudessem desenvolver suas investigações matemáticas usando este

instrumento, na sequência, todos começaram a verificar as possibilidades de

representação com o material, em áreas fazendo cálculos sem registros somente a

representação com material. Conforme figura -1

Com o material similar, foram desenvolvidas várias situações de áreas e

perímetros usando somente números como base e altura, onde os alunos

deveriam explorar o material dourado, nas formas e espaços quadrados e

retangulares com os cubinhos, as placas e as barras, compreender as possíveis

formas de calcularmos áreas e perímetros, perceber a praticidade dos cálculos

usando o material dourado. Em seguida foi indicado aos alunos a

elaborar,representar e registrar as suas observações com outras situações

envolvendo áreas e perímetros, usando números como base e altura. Veja o

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exemplo de uma das situações:

a-Considerando o retângulo de dimensões de (u.m. unidade de medida) por

podemos preencher os espaços de formas distintas. Veja o que acontece:

5 5.m

3

Desenho elaborado pela professora PDE

Área:Temos uma figura com= 15u.m de área, ou A = 3²3.2 = 96 =

15u.m Conforme mostra a figura abaixo, A = 3²2²2 = 942 = 15u.m

5um

3u.m Desenho elaborado pela professora PDE

Perímetro:Temos 5353 = 16u.m de comprimento, ou 323233 =

16u.m , podem descobrir outras maneiras de calcular a medida do perímetro

desta figura. Observou-se que a maioria conseguiu achar soluções para as

situações, com exceção de um aluno, que pediu varias vezes auxilio à professora,

mesmo sabendo que deveria tentar ou pedir aos colegas, este aluno achou muito

difícil, deixando claro que esta forma de ensinar não satisfaz todos os níveis de

ensino. Portanto sempre devemos conhecer bem nossos educandos e ir em busca

de outras maneiras verificando se não é uma defasagem nos conhecimentos de

pré requisitos da matemática básica(operações básicas), que foi o caso de ter que

trabalhar individualmente para atingir os objetivos.

A professora induziu os alunos a levantar e testar hipóteses, com

relação aos retângulos e quadrados, identificar um quadrado perfeito, um retângulo,

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calcular áreas quadradas e retangulares, tentando entender o cálculo de área na

multiplicação de polinômios usando material manipulável. Como isso aconteceu?

Calcular a 7u.m de altura por 13u.m de largura temos:

7² 7u.m

7 + 6u. m 13u.m Desenho elaborado pela professora PDE

Veja podemos decompor os valores em: 7.76 = 7.77.6 = 4942 =

91u.m ou 7.103 = 7.107.3 = 7021 = 91u.m

Depois de desenvolvidas algumas situações propostas pela professora

em grande grupo, os pequenos grupos elaboraram e desenvolveram quatro

atividades, registraram suas observações, hipóteses e as testaram. Os alunos

participaram com entusiasmo, demonstrando o entendimento dos quadrados

perfeitos e retângulos. Neste momento da pesquisa os educandos já estavam bem

entrosados uns com os outros e com a professora melhorando os resultados das

atividades propostas. Observe uma atividade desenvolvida por uma aluna

participante dessa pesquisa.

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3.5 desenvolvimento algébrico

Ao mostrar aos alunos outras possibilidades, generalizações algébricas e

geométricas da multiplicação de polinômios, foi dado condições aos alunos à

entender multiplicações de polinômios, com situações numéricas e algébricas. Veja

uma situação de um retângulo e um quadrado perfeito sendo a área e o perímetro

qualquer:

Se determinarmos as medidas para as placas o valor x.x = x²u.m e

para as barras o valor x.1 = xu.m e as unidades para o valor de 1.1 = 1u.m

que completa as figuras dos quadrados e retângulos temos:

Lembrete: A variável x é uma medida qualquer, foi usado base dez para nos

valer do material dourado.

1.1 = 1

x.1=x

x.x= x²

Desenho elaborado pela professora PDE

Vejamos algumas situações desenvolvidas com a finalidade de

compreender o uso do material dourado nestes cálculos, com um retângulo e um

quadrado perfeito empregando a álgebra:

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a) Calcular a área do polígono x4 de largura por x3 de altura. Para

visualizar a solução, foi proposta uma solução geométrica, conforme a figura

x .3 4 .3 3

x +

x xx² 4 .x

x x + 4 Figura 2 – demostração geométrica da área: (x+4).(x+3).

Fonte- professora PDE

Analisando a figura 2 a solução algébrica pode ser escrito na forma de uma área

quadrada de x2u.m. e sete retângulos de xu.m e doze quadrados de 1u.m .

Logo a área do polígono é A= x27x12u.m .

Logo, olhando o desenho temos:

A = x4x3 = x²4x3x3.4 = x²7x12u.m

b) Calcular a área do polígono x2 de largura por x2 de altura. Para

visualizar a solução, foi proposta uma solução geométrica, conforme a figura.

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x .22

x+

x x x² 2 .x

x x + 2

Figura 3 – demostração geométrica da área: (x+2)

Fonte- professora PDE

Note que temos uma área quadrada de x²u.m ,quatro retângulos de

xu.m e quatro quadrados de 1u.m , portanto a área do polígono é

A= x24x4u.m.

Analisando a figura 3 a solução algébrica pode ser escrito na forma:

Observe que é um quadrado perfeito com base e altura com as mesmas medidas.

Logo, A = x2 x2 = x2 ² = x²2x2x4 =

x²4x4u.m .

Valendo-se de um polinômio negativo, note como devemos desenvolver

usando o material dourado.

c)Calcular a área com as medidas x2u.m de altura e x−3u.m de largura.

Para visualizar a solução, foi proposta uma solução geométrica, conforme a figura

4.

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2x -6

2+

x x² x - 3x

x - 3 Figura 4 – demostração geométrica da área: (x-3).(x+2)

Fonte- professora PDE

Observe que os três retângulos que representam os negativos necessitaram

completar com seis quadradinhos negativos, os quais ficaram sobrepostos aos

positivos, portanto ao retirarmos sobram os negativos. Veja como fica uma área

poligonal quando temos medidas negativas.

+ 2x -6

2-x +

x x² x - 2x

x - 3 Figura 4 .1– demostração geométrica da área: (x-3).(x+2)

Fonte- professora PDE

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Veja, que duas barras positivas anulam duas barras negativas(representadas em

azul) sobrando a seguinte área poligonal A= x²− x−6u.m

Analisando a figura 4, a solução algébrica pode ser escrita na forma que ao

sobrepor as barras, 2x que é positivo sobre −3x , nos valendo da

compensação sobra −1x , e a parte de azul desaparece, em cima sobra 6

unidades negativas já foi explicado anteriormente.

Logo:

A = x2 x−3 = x.x –3x2x –6 , então temos: A = x² – x – 6u.m. .Os

alunos conseguem trabalhar a multiplicação de polinômios tanto na sua

representação algébrica e na geometria. Veja a figura 5

Ao expor os polinômios contendo negativos, não podia ser diferente,

houve dúvidas, desenvolvemos varias conjecturas juntos com positivo, negativos,

monômios, polinômios, testamos todas as hipóteses formuladas pelos alunos

avaliamos as respostas respondendo e mediando as interrogações. Formaram

grupos e foram orientados a desenvolverem as atividades propostas que estavam

numa folha xerocada, todos deverão formar as áreas sobre a mesa, concluírem, e,

depois desenharem nas folhas geometricamente como fica e resolverem

algebricamente também. Posso afirmar que houve aprendizagem, foi muito

interessante. Os alunos participaram ativamente, testando suas hipóteses e

concluindo-as.

Formamos uma mesa redonda para fazer as discussões, todos

participaram respondendo as interrogações da professora das questões que estão

no projeto. Quando fizemos um paralelo com o primeiro dia que foram feitas às

mesmas perguntas até foi motivo de risos as suas respostas. Portanto pude concluir

que houve aproveitamento, aprendizagem e interação uns com os outros, e que

usando material dourado para aprender multiplicação de polinômios é bastante

valido. Os alunos demonstraram-se interessados em entender e demonstrar com o

material dourado as suas conclusões. Veja a figura 6.

4.5 Contribuições significativas do trabalho

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Em seguida o gráfico e a tabela demonstram os resultados adquiridos por

meio da pesquisa aplicada tradicionalmente(antes) e com uso de material dourado

e investigações matemáticas (depois), desenvolvidas com a participação dos

alunos.

Observe a tabela e o gráfico:

% acertos % dúvidas % não respondeu

áreas/perímetros -antes 24,00% 35,00% 41,00%

-depois 83,00% 17,00% 0,00%

Multiplicação/polinômios -antes 21,00% 36,00% 43,00%

-depois 76,00% 21,00% 3,00%

Produtos notáveis -antes 24,00% 56,00% 20,00%

-depois 68,00% 23,00% 9,00%

Veja o gráfico comparativo:

Gráfico 1: pesquisa conhecimento de multiplicação de polinômios

Fonte: professor PDE e alunos

áreas/perímetros

Multiplicação/polinômios

Produtos notáveis

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

COMPARATIVO

ANTES XDEPOIS

% acertos% dúvidas% não respondeu

PESQUISA

PO

RC

EN

TAG

EM ANTES XDEPOIS ANTES XDEPOIS

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Ao concluir a pesquisa, os alunos perceberam que é possível

desenvolver atividades de multiplicação de polinômios usando o material dourado

em suas práticas de sala de aula. Isso ficou registrado em suas falas e registros:

5 Tabela, gráfico, e figuras.

Tabela1- Resultados da sondagem

Questões nº Nº de acertos dúvidas Não respondeu1 5 3 22 - a 0 3 72 - b 7 1 22 - c 2 4 42 - d 2 6 22 - e 1 6 32 - f 0 9 13 5 4 14 0 0 10

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5 - a 7 2 15 - b 1 4 56 0 3 77 - a 3 2 57 - b 0 2 88 - a 1 1 88 - b 2 0 88 - c 1 1 89 - a 8 0 29 - b 3 5 29 - c 5 3 29 - d 3 5 29 - e 4 4 29 - f 2 6 29 - g 0 8 29 - h 0 8 29 - i 0 8 29 - j 0 8 210 1 0 9

Figura 1- material similar

Figura 1- material similar

Fonte- alunos do colégio Anita Canet

Figura 5 – Foto de uma atividade dos alunos

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Figura 5 – demostração geométrica e algébrica de áreaFonte- professora PDE

Figura 6- Atividade proposta

Figura 6- desenvolvimento de uma atividade

Fonte: professor PDE e alunos

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6 Considerações Finais

Fez-se um comparativo entre o ensino tradicional e as atividades

desenvolvidas durante a pesquisa. Constatou-se pelo questionário aplicado e

interpretado na tabela, que no ensino tradicional a aprendizagem dar-se-á de forma

fragmentada. Não afirma-se que usando o material dourado todos os problemas

em questão serão solucionados, mas, que é uma ferramenta antiga e inovadora,

desde que o professor busque maneiras de utilizá-lo e adequá-lo, com certeza

tornará a aprendizagem significativa. Acredita-se que os resultados obtidos levaram

os alunos ao processo de construção do seu conhecimento, e a um saber científico

elaborado.

7 Referências

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Apêndice A: Questionário de sondagem

LEIA COM ATENÇÃO, RESPONDA , COMPLETE OU DESENHE:1-Escreva o que você entende por área:

2-Temos uma figura abaixo observe atentamente. Use a sua criatividade e

responda:

16

14

78

291011

3 12 15 Desenho elaborado pela professora PDE

a) Qual a área correspondente ao espaço nº 12?

b) Que figura plana o desenho representa?

c) Que perímetro corresponde o espaço nº2

d) Qual é o perímetro e a área da coluna central?

e) Qual a área e o perímetro de toda a figura?

f) Qual é a área do espaço que está em amarelo?

3- Escreva o que é um perímetro?

4- Observe:

Desenho elaborado pela professora

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Responda com atenção e cautela. É possível medir o perímetro deste tipo de

figura? Explique como. E a área é possível também?

5- Determine a medida da área de um:

a) quadrado que tem 12 m de medida de perímetro.

b) retângulo com 36 cm de medida de comprimento de um dos lados e 1 metro de

medida de perímetro.

6-Triplicando a medida do comprimento da diagonal de um quadrado, o que

acontecerá à medida da sua área?

7- A figura seguinte representa uma sala.

Desenho elaborado pela professora PDE

a) A volta de todas as paredes foi colocado um rodapé com o custo de 3 reais o

metro linear. Quanto custou o rodapé?

b) A sala foi pavimentada com parquete de madeira ao custo de 30 reais o metro

quadrado. Quanto se gastou no pavimento da sala?

8- Determine:

3X um

7x um

a) Que polinômio pode representar a área deste polígono?

b) Como posso determinar o perímetro do mesmo polígono?

c) O que mais sabe sobre este polígono? Escreva com suas palavras o que ele

representa para você?

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9- Você sabe desenvolver estes cálculos? E explicar como fez?

a) 2 .n3n

b) ab ²

c) 2 y. 4

d) x− y ²

e) 2x3.2x−3

f) 3a – a ²

g) y2. 2y3

h) x1. x2

i) 2x3. x1

j) x3. x3

10- Existe como representar os cálculos da questão nº 9 em forma de desenho, ou

melhor geometricamente? Tente.