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8/18/2019 deducaonatural_regras_derivadas
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Dedução Natural – Regras derivadas
Adição do antecedente (AA)
A B ® A
Prova:
1. A
2. B ® A AA, 1
A linha 2 resulta de um uso ‘degenerado’ mas permitido da regra de introdução da
condicional no qual é cancelada uma hipótese ‘invisível’, B (ver Troelstra et al. Basic
Proof Theory, Cambridge University Press, p. 25). Na prática, isso permite que em
qualquer linha de prova seja inserido um condicional no qual a linha anterior é o
conseqüente e uma fórmula qualquer B é o antecedente. Essa regra é utilizada na prova
do teorema (T2) |– A ® (B ® A), que aparece freqüentemente como um axioma em
sistemas axiomáticos. Semanticamente, é fácil constatar que (T2) é uma tautologia e seu
valor de verdade depende apenas de A. Suponha que A = F. Logo, a condicional
principal tem um antecedente falso e é verdadeira. Suponha que A = V. Nesse caso, a
condicional (B ® A) é verdadeira, e portanto a condicional principal tem um
conseqüente verdadeiro e é verdadeira.
Repetição
A A
A regra de repetição é justificada pela definição de dedução a partir de premissas.
Considere que A é a única linha de uma prova a partir do conjunto G = {A}. Isso está perfeitamente de acordo com a definição de dedução apresentada na seção 3 da apostila
Um sistema dedutivo.
Eliminação da negação (E
)
ØØA A
1. ØØA
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2/4
2
2. [ØA]4
3. ØØA Ù ØA IÙ, 1, 2
4. A ^c, 2-3
Modus toll ens
A® B, ØB |– ØA
Prova:
1. A ® B
2. ØB
3. [A]6 hipótese
4. B E®, 2, 3
5. B Ù ØB IÙ, 2, 4
6, ØA IØ, 3-5
Silogismo Hipotético
A® B, B ® C |– A® C
Prova:
1. A ® B
2. B ® C
3. [A]6 hipótese
4. B E®, 1, 3
5. C E®, 2, 4
6. A ® C I®, 3-5
Contraposição
A® B |– –|ØB ® ØA
Prova de ØB ® ØA |– A ® B
1. ØB® ØA
2. [A]8 hipótese
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3/4
3
3. [ØB]6 hipótese
4. ØA E®,1, 3
5. A Ù ØA IÙ, 2, 4
6. ØØB IØ, 3-5
7. B EØ, 6
8. A ® B I®, 2-7
A prova de A ® B |– ØB ® ØA resulta de uma aplicação da regra I® na prova do
modus tollens.
Contradição
A, ØA |– B
1. A
2. ØA
3. ØB® ØA AA, 2
4. A ® B contraposição, 3
5. B E®, 1, 2
Note que provamos que qualquer fórmula B se segue de uma contradição.
Silogismo disjuntivo
A Ú B, ØA |– B
1. A Ú B
2. ØA
3. [A]8 hipótese
4. A Ù ØA IÙ, 2, 3
5. B contradição, 4
6. [B]8 hipótese
7. B repetição
8. B EÚ, 1, 3-5, 6-7
Observações:
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(i) Na linha 5, B resulta da hipótese A da linha 3, já o B da linha 7 resulta da hipótese B
da linha 6. A e B são lançados como hipóteses nas linhas 3 e 6 e descartados pela regra
EÚ na linha 8, posto que na linha 1 temos A Ú B.
(ii) Note que as regras foram apresentadas e provadas em uma determinada ordem, de
modo a facilitar a prova da regra seguinte.
(iii) Aplicações reiteradas da regra I® nas provas acima produzem os seguintes
teoremas:
|– A® (B ® A)
|– A® A
|– (ØB ® ØA)« (A® B)
|– (A® B) ® [(B ® C)® (A ® C)]
|– A® (ØA® B)
|– (A Ú B) ® (ØA® B)
* * *