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Defenda Sua Fe - Joe Coffey

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apologetica

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“Que emocionante ver que Joe Coffey,aluno formado em nossa primeiraturma do Centurions Program[Programa Centuriões], está aplicandoos princípios da cosmovisão bíblica queensinamos no BreakPoint e no ColsonCenter.

Neste livro pequeno, porémmaravilhoso, Joe esboça os princípiosda fé cristã de forma simples e sucinta,partindo do contexto das quatroperguntas fundamentais para a vida e odesenvolvimento de uma cosmovisão.

Trata-se de um material excelente,tanto para cristãos quanto para nãocristãos que estejam em busca daVerdade.”

Chuck Colson, autor de

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O cristão na cultura de hoje (cpad) eUma boa vida (Cultura Cristã)

“Em sua maioria, os livros deapologética são muito longos,profundos e complicados. Este livronão tem nenhum desses defeitos.Assim como o título deixa prever, écomo uma ‘pedra lisa’ que searremessa com a funda da apologéticaem direção à mente do leitor inquiridorque está repleta de gigantescasquestões relacionadas à defesa da fécristã.”

Norman L. Geisler, autor de

Ética cristã

e Introdução à filosofia (Vida

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Nova)

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FICHA CATALOGRÁFICADados Internacionais de Catalogação na

Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Coffey, Joe Defenda suafé : pondo por terraas gigantescasquestões daapologética / JoeCoffey, traduçãoFabiano Medeiros.-- São Paulo : VidaNova, 2012 . Título original :Smooth Stones :Bringing Down theGiant Questions ofApologetics.

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ISBN 978-85-275-0497-3 1. Apologética2. Fé 3. Teologia -Estudo e ensino I.Título. 12-04385 CDD-239

Índices para catálogo sistemático:1. Apologética : Defesa da fé : Cristianismo

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CRÉDITOSCopyright ©2011, Joe CoffeyTítulo original: Smooth Stones:Bringing Down the GiantQuestions of ApologeticsTraduzido da edição publicada pelaCruciform Press

(Adelphi, Maryland, eua). 1.a edição: 2012 Publicado no Brasil com a devidaautorização e com todos os direitosreservados por Sociedade Religiosa

Edições Vida Nova, Caixa Postal21266, São Paulo, SP, 04602-970.www.vidanova.com.br |[email protected]

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Proibida a reprodução por quaisquermeios (mecânicos, eletrônicos,xerográficos, fotográficos, gravação,estocagem em banco de dados etc.), anão ser em citações breves comindicação de fonte. ISBN 978-85-275-0497-3

Supervisão editorial

Marisa K. A. de Siqueira Lopes

Revisão

Josemar de Souza Pinto

Coordenação de produção

Sérgio Siqueira Moura

Revisão de provas

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Mauro Nogueira

Diagramação

Kelly Christine Maynarte Adaptação de capa

Filipe Simião Produção para ebook

S2 Books

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DEDICATÓRIAPara minha esposa, Karen,por cujo amor e graça sou

diariamente inspirado.

Para os meus filhos, Jeremy, Rachele Rebecca,

que continuam a encher minha vidade alegria.

Para minha mãe e meu pai, os que

primeiro me ensinarama amar Jesus não só com o coração,

mastambém com a mente.

— Joe Coffey

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SUMÁRIO

CAPAFICHA CATALOGRÁFICAFOLHA DE ROSTOCRÉDITOSDEDICATÓRIAINTRODUÇÃO Um DEUS EXISTE?Dois A CIÊNCIA É CAPAZ DEPROVAR QUE DEUS NÃO

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EXISTE?Três A BÍBLIA É AUTÊNTICA EVERDADEIRA?Quatro A QUESTÃO DO MAL EDO SOFRIMENTOCinco AS RELIGIÕES NÃO SÃOTODAS IGUAIS?Seis JESUS EXISTIU DEVERDADE? UM EPÍLOGO PARA NÃOCRISTÃOS: SUPERANDO OSOBSTÁCULOS À FÉUM EPÍLOGO PARA CRISTÃOS:UMA PALAVRA FINAL PARA OAPOLOGISTASÉRIE CRUCIFORME

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INTRODUÇÃO

O texto que li era apenas mais umartigo do The New York Times , masfalou profundamente comigo.[1]Nele, o jornalista Nicholas Kristofmostra-se preocupado com adescoberta de que é três vezes maisprovável os americanos crerem nonascimento virginal de Jesus do quena evolução. Para Kristof, issosignifica que os cristãos estão se

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tornando menos intelectuais e maismísticos, o que resulta “nãosomente em um abismo entre osEstados Unidos e o restante domundo industrializado, mas em umafissura cada vez maior tambémdentro do próprio país”. Opreconceito de Kristof transparecede modo inequívoco, em alto e bomsom: “Mesmo sem provascientíficas e históricas e mesmocom todas as dúvidas dosestudiosos da Bíblia, os EstadosUnidos são um país tão religiosoque não somente 91% dos cristãosafirmam crer no nascimentovirginal, mas também, o que é

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estarrecedor, assim afirmam outros47% de nós, não cristãos”.

Kristof chega ainda a afirmar:“Não quero denegrir as crenças dequem quer que seja, mas quero,sim, ressaltar minha inquietaçãocom a forma como as grandestradições intelectuais das IgrejasCatólica e Protestante estãodefinhando, gerando assim umantagonismo cada vez maior entre omundo acadêmico e o religioso”.

Kristof conclui com a frase:“O coração é um órgãomaravilhoso, mas o cérebro éigualmente extraordinário”.

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DEIXAR O CÉREBRO NAENTRADA?

Por que escrevi este livro? Sãoduas as razões que tive para isso. Aprimeira delas foi o fato de havertantas pessoas como o sr. Kristof,para as quais crer no cristianismosignifica ter de deixar o cérebro delado para simplesmente abraçaruma fé cega, colocando-se contratodas as previsões e todas asprovas, exatamente como umacriança que acredita em Papai Noelou Coelhinho da Páscoa. Mas, ameu ver, nada poderia estar maislonge da realidade.

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A segunda razão é que a cadadois ou três anos um novo livrodestinado a minar o cristianismo setornará um best-seller e procuraráabalar as estruturas da fé de muitagente. E essas pessoas afirmarão:“Sabe de uma coisa? Já não seimais se as minhas crenças sãorealmente verdadeiras”. E issoacontecerá mesmo que osargumentos desses livros, ainda quebem escritos, sejam em geral poucoconvincentes.

No Sermão do Monte, Jesuscomparou nossa fé a uma casaconstruída sobre determinadoalicerce.[2] Se construirmos a casa

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sobre uma fundação de areia,quando vierem as tormentas esoprarem os ventos da dúvida, elaruirá. Mas, se a construirmos sobreo firme alicerce, quando astempestades sobrevierem e quandosurgirem as dúvidas, elapermanecerá de pé.

O que desejo nas páginas destelivro é inspecionar o nossoalicerce, de tal forma que possamoss a b e r por que cremos no quecremos. Vamos examinar seistemáticas: a existência de Deus, osdesafios da ciência moderna, avalidade da Bíblia, a questão domal e do sofrimento, as

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semelhanças das demais religiõese as evidências que comprovam asalegações de Jesus. Creio quedescobriremos que a fé cristã estáedificada sobre um númeroimpressionante de provasfidedignas. Os cristãos não têm porque deixar o cérebro na entrada.

UMA PALAVRA AOSCÉTICOS

Se acontecer de você se flagrarlendo este livro, ainda que nãocreia em Deus, na Bíblia, em Jesusou no cristianismo, tenho aesperança de que chegue até o final

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de sua leitura. O livro não é longo,por isso tamanho não deverá ser umproblema para você. Tambémespero que avalie de mente abertatodas as evidências.

Tenho, porém, ainda outraesperança. Pode considerá-la umpedido que lhe faço. Comece a ler aBíblia. E sugiro que inicie peloEvangelho de João.

Mas por que eu me importariaem pedir a alguém que lesse aBíblia sem crer nela? Jesus contouuma história em que um descrentemorre e imediatamente percebe quegostaria muito de ter crido.[3] Ohomem deseja então que alguém

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retorne e descreva a situação a seusirmãos. Ele clama (estou aquiparafraseando):

— Por favor, envie alguém domundo dos mortos de volta à terrapara que meus irmãos percebam ecompreendam.

— Eles têm a Bíblia — é aresposta que recebe.

Então o homem diz,basicamente:

— Mas só ela não basta. Elesprecisam que alguém volte dosmortos.

A última afirmação de Jesus nahistória tem por objetivo mostrarque, se as pessoas não creem na

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Bíblia, não crerão nem mesmo quealguém volte dos mortos e tenteconvencê-las.

É por isso que quero que vocêleia a Bíblia. Ela é a fonte de tudoo que Deus declara ser verdade. Eo momento de lê-la, compreendê-lae aplicá-la é agora — enquantoainda estamos vivos.

No capítulo 3, vou tratar dasrazões pelas quais você podeconfiar que a Bíblia é autêntica everdadeira. Mas primeiramentevamos examinar as razões parasimplesmente crer que Deus existe.

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UmDEUS EXISTE?

Neste mundo, Deus só pode serconhecido por meio da fé. Então,embora haja muitíssimas boasrazões para crer — muitas dasquais quero apresentar nestepequeno livro —, em certo sentidoninguém pode provar a existênciade Deus.

Do mesmo modo, as pessoasque querem argumentar contra a

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existência de Deus tambémencontram razões para suascrenças. Mas assim como oscristãos não podem provar queDeus existe, essas pessoas tambémnão podem provar que ele nãoexiste. Tanto crer quanto não crerem Deus exige certa dose de fé.

Há, porém, um dadointeressante: percebi que quasetodos os que se posicionam contra aexistência de Deus, sejam ateusdeclarados ou simples agnósticos,caem em contradição. Talvez nãocreiam que haja um Deus noUniverso, mas ainda assim nãoconseguem livrar-se da íntima

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convicção moral de que as pessoasd e v e m fazer certas coisas esimplesmente não podem fazeroutras. Em meus debates compessoas que não são cristãs, trazerà tona essa realidade, além dedemonstrar que se trata na verdadede uma incongruência, tem-semostrado algo que as ajuda muito.Então vamos gastar alguns minutoscom o tema. Em seguida, no finaldeste capítulo, vou apresentar aprimeira categoria de evidência deque Deus existe.

AS QUATRO QUESTÕESRELACIONADAS À

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EXISTÊNCIA

A incoerência ou falha lógicamencionada acima é mais fácil deperceber se levarmos em conta oque chamo de “as quatro questõesda existência”.

1. A questão da origem: De onde eu vim?2. A questão do destino: Para onde vou?3. A questão da finalidade: Por que estou aqui?4. A questão dos padrões

morais: Como devo viver?

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São várias as respostas

possíveis. Mas a questão maisimportante é que essas respostasestão vinculadas umas às outras —são interdependentes. Qualquer queseja a resposta que você der, elaprecisa ser coerente com as demais.Caso contrário, cai por terra aintegridade intelectual de quem apropõe. A resposta que você der àpergunta relacionada a seu destinodependerá da resposta que der àpergunta sobre sua origem. E suaresposta à pergunta sobre suafinalidade dependerá da respostaque der à pergunta sobre sua

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origem e sobre seu destino, e assimpor diante. As quatro respostasdevem se encaixar umas nas outrascomo tijolos de uma construção;caso contrário, entrarão emcontradição entre si e resultarão emum sistema insustentável decrenças.

Voltaremos a esse conceito emalguns instantes. Mas antes vamoscomparar e contrastar a forma decristãos e não cristãos responderemàs quatro perguntas.

O dilema ateu/agnóstico

Os cristãos fiéis à Bíblia

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responderiam às quatro questões daexistência mais ou menos assim:

1. De onde eu vim? Das mãos de Deus, o meu

Criador.2. Para onde vou? Para o céu ou para o inferno

por toda a eternidade.3. Por que estou aqui? Para glorificar Deus e

desfrutá-lo.4. Como devo viver? Como Deus quer que eu

viva; ele é o Senhor. Contraponha essas respostas

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àquelas que um aluno de umaescola de ensino médio nos EstadosUnidos normalmente receberia.(Vou exagerar um pouco aqui paradeixar clara a mensagem que queropassar.)

Questão número 1: sobre a

origem. O aluno levanta o braço nasala de aula e diz:

— Tenho uma pergunta. Deonde eu vim?

— Bem — talvez diga oprofessor —, de acordo com umadas correntes da evolução, você seoriginou de uma série de mutaçõesaleatórias. Você é um acidente da

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natureza. Algumas pessoasacreditam que possa haver umprojeto com uma finalidade por trásde todo o processo, mas é difícil tertotal certeza disso. Creio que setrate apenas de uma série demutações em que sobrevive omelhor ou o mais forte.

Questão número 2: sobre o

destino. Então o aluno diria:— Hum... Bem... então, para

onde estou indo?A resposta à segunda pergunta,

uma vez que ela decorre daprimeira, deve ser:

— Se você se originou de uma

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série de mutações e se a vida nãopassa de uma questão desobrevivência do mais apto, entãoquando morrer você servirá dealimento para os organismos quevierem depois de você.

É nessas horas que oengraçadinho da classe dá o ar dagraça e diz: “Ei, cara, ele querdizer que você vai ser comida deminhoca! Vai se acostumando”.

Então o professor acrescenta:— Bem, com certeza sabemos

o que acontece com o corpo, masalguns afirmam que também temosalma e que essa alma continua aviver — em estado de felicidade,

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caso você seja uma boa pessoa, outalvez de infelicidade, se for umapessoa má. Na verdade ninguémsabe, e, no final das contas, essanão é uma pergunta que possamosinvestigar cientificamente.

Questão número 3: sobre a

finalidade. A terceira pergunta queo jovem faria é:

— Tudo bem. Então por queestou aqui?

Essa é uma pergunta difícil.Muitos filósofos não cristãosresponderiam afirmando que vocêprecisa dar um salto existencial —precisa criar por si mesmo uma

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finalidade para a sua existência.Talvez essa finalidade sejareproduzir, ou fazer do mundo umlugar melhor, ou então experimentartodo prazer que puder, ou ainda secandidatar a presidente da nação.Cabe simplesmente a você decidir.

Então o professor que crê quea vida surgiu de mutações e queapós a morte a gente basicamenteserve para adubar o solo, muitoprovavelmente diria algo assim:

— Você está aqui para levaruma vida boa, como um bomcidadão, enquanto aproveita a vidao máximo que puder.

Resposta interessante, não é

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mesmo? A segunda parte, sobresimplesmente aproveitar a vida, é adecorrência mais natural, tendo emvista as primeiras duas questões daexistência, mas de onde vem essenegócio de “viver como um bomcidadão”? Daqui a pouco falareimais sobre isso.

Questão número 4: sobre a

moral. Então, naturalmente, aúltima pergunta do aluno seria:

— Se é assim mesmo, entãocomo devo viver?

A única resposta coerente comas outras três é basicamente aseguinte: você deve viver e fazer o

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que bem entender. Mas na verdadenão é isso que o professor dirá. Eleprecisará humanizar um pouco aresposta, para que não soe tãoanimalesca. E então talvez ela fiquemais ou menos assim:

— Procure encontrar a forçaque há dentro de você e viva aquiloque o seu eu interior lhe ditar.Busque uma boa formação, que sejasuficiente para lhe permitir obteraquilo que deseja e depois tentepraticar o bem tanto quanto quiser.

Coerência é indispensável

Não é de admirar que as pessoas

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estejam tão confusas. Nossosamigos ateus e agnósticosgeralmente respondem às perguntas1 e 2 levando em conta determinadoconsenso da ciência, da razão e dalógica. Pense no dr. Spock, deJornada nas estrelas. Dentro dessaperspectiva, Deus simplesmentenão tem vez e não é levado a sério.Mas, quando chegam às perguntas 3e 4, sentem-se obrigados aintroduzir ideias sobre certo eerrado, sobre bem e mal, sobreamar as pessoas e ser bonscidadãos. “Está falando sério? Maspor quê? Como isso se encaixa deforma natural nas respostas que

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você deu às perguntas 1 e 2?” Averdade é que não se encaixa. Mas,lá no fundo, todos sabemos queresponder às perguntas 3 e 4 deforma condizente com as respostasque dei acima às perguntas 1 e 2faria com que nosso mundo nãosuportasse e entrasse em colapso.Por isso, as perguntas 3 e 4 obtêmrespostas diferentes e, em troca, oque entra em colapso é aintegridade intelectual.

Tendo isso em vista, ateus eagnósticos precisariam escolhermuito bem aquele a quem chamarãode “próximo” — porque podemacabar num lugar em que para

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alguns é certo amar o próximo epara outros não há nenhumproblema em devorá-lo.[4] As duassão conclusões lógicas baseadasem respostas coerentes com a visãoateísta/agnóstica para as quatroquestões da existência.

EVIDÊNCIAS INTERNAS DAEXISTÊNCIA DE DEUS

Quando a Bíblia diz que Deuscolocou a eternidade no coração dohomem,[5] quer dizer que eleincutiu em nosso ser a percepção deuma realidade que ultrapassa omundo material. A natureza do

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próprio Deus é eterna. Entãopodemos ter como algo certo queencontraremos evidências de suaexistência no interior da nossaalma. É o que chamo de evidênciainterna. A evidência externa é algoque encontramos fora de nós, pelouso das ferramentas da ciência. Voutratar disso no capítulo 2.

No restante deste capítulo,apresentarei três provasdocumentais relacionadas àevidência interna: o conceitouniversal, a lei da naturezahumana e a tendência a umamelhoria da saúde mental.

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O conceito universal

Toda civilização que já existiuneste planeta teve um “conceito deDeus” como parte de sua essência— desde a Idade da Pedra até omomento presente. Nesse sentido, acrença em Deus é universal.

Pense, por exemplo, na culturaamericana. Estima-se que entre 86 e96% dos americanos creem emDeus.[6] Em seu livro God: theevidence [Deus: a evidência],Patrick Glynn afirma que aspessoas têm uma inclinação naturalpara a oração e que, nos EstadosUnidos, 90% das mulheres e 85%

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dos homens afirmam orardiariamente. Mais surpreendenteainda é o fato de que, dos 13% deamericanos que se dizem ateus, umem cada cinco relata que oradiariamente![7]

Os seres humanos têm fome deDeus. Isso é algo com que jánascem. E toda fome sempre temuma realidade que lhe corresponde.Acredito que seja seguro pressuporque nossa forte tendência a algumtipo de crença em Deus resultedessa fome espiritual mais profunda— uma fome de conhecer nossoCriador, de nos relacionar e tercomunhão com ele.

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Não temos fome de algo quenão existe. Sentimos fome decomida, ou de conhecimento, debeleza, de amor, e essas coisasexistem de fato. Podemos imaginaralgo que não exista. É possívelimaginar um mundo em quepudéssemos não apenas enxergar acor laranja, mas também ouvi-la —só que não ansiamos por isso. Nãotemos o apetite despertado por isso.Não escrevemos canções a esserespeito. Temos fome de coisas queencontram correspondência narealidade.

Qual é a realidade quecorresponde a essa fome espiritual

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por Deus sentida no mundo todo?Essa fome que atravessa todas asculturas, todos os povos, todas aslínguas de toda civilização que jáexistiu na face da terra?

Essa realidade é Deus. PoisDeus colocou a eternidade nocoração do homem.

A lei da natureza humana

Em seu livro Cristianismo puro esimples, C. S. Lewis descreve“nosso senso inato de certo eerrado”.[8] Lewis afirma que umalei básica, uma ética universal queabrange um senso de equidade,

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parece ser algo intrínseco a todoser humano. Você pode chamar issode senso de justiça. É algo quetodos reconhecemos. Se quisertestar essa hipótese, encontre umlugar em que as pessoas costumemformar filas, como numsupermercado. Pegue suas comprase depois simplesmente fure a fila,entrando na frente de alguém.Independentemente do que aspessoas que estão atrás de vocêcrerem, com certeza todas dirão amesma coisa: que o que você estáfazendo é injusto. Elas dirão: “Ei,escute aqui! Você não pode fazerisso!”. Todos sabem que isso é

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errado, porque temos essa éticauniversal, um entendimento inato doque é certo e do que é errado.

Nos julgamentos deNuremberg, após a Segunda GuerraMundial, quando os Aliadosjulgaram os nazistas por crimes deguerra contra a humanidade, elesnão os acusaram de ter cometidocrimes contra as leis da Alemanha.O que disseram foi: “Vocês sabiamque estavam errados, todo serhumano sabe quando está errado —vocês sabiam disso o tempo todo”.Condenaram os nazistas com basenessa ética universal que, lá nofundo do coração, todos os seres

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humanos reconhecem comoverdade.

De onde vem esse tipo delógica? Deus colocou a eternidadeno coração dos homens.

Melhoria da saúde mental

Sigmund Freud não era fã dereligião. Para ele, crer em Deus erasinal de desordem mental, algo aque chamou de neurose obsessivauniversal. Ele dizia que Deus nãoexiste e que crer para valer em algoque não existe, vivendo de acordocom essa crença é alienar-se darealidade — uma enfermidade que

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precisa ser curada.Em certo sentido, Freud estava

certo. Se a pessoa se dissocia darealidade e crê em algo que nãoexiste, essa crença logo se mostraráinsalubre, exercendo impactonegativo sobre a vida dessa pessoa.Digamos que eu acredite que hámarcianos se escondendo nasparedes da minha casa. A princípio,apenas ouço barulhos, mas, àmedida que o tempo passa,manifestarei uma enorme gama decomportamentos que se tornarãocada vez mais prejudiciais, comosacar todo o dinheiro da poupançae ir morar no deserto. Quanto mais

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distorcemos a realidade ou nosafastamos dela, mais doentes nostornamos.

É isso que acontece quando aspessoas creem em Deus? PatrickGlynn oferece evidências e umaresposta mais que surpreendente aessa pergunta:[9]

Por mais irônico que pareça,pesquisas científicas na área dapsicologia realizadas nos últimos25 anos demonstraram que acrença religiosa, longe de ser umaneurose ou uma fonte de neurose,como querem Freud e seusdiscípulos, é um dos mais sólidoscorrelatos de saúde e felicidade

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mental como um todo.Estudo após estudo tem

mostrado de um lado uma relaçãopoderosa entre a crença e aprática religiosa, deixandoentrever, de outro lado,comportamentos saudáveis comrespeito a problemas comosuicídio, uso indevido de álcool edrogas, divórcio, depressão, alémde níveis até mesmosurpreendentes de satisfaçãosexual no casamento.

Em suma, os dadosempíricos vão exatamente nadireção contrária ao consensosupostamente científico dospsicoterapeutas.

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David B. Larson, M.D.,concorda com esse posicionamento.Psiquiatra formado pela Duke,tendo fundado e dirigido o NationalInstitute for Healthcare Research[Instituto Nacional de Pesquisas naÁrea da Saúde], o dr. Larsonobservou o mesmo fenômeno echegou a esta conclusão:

Se descobríssemos um novotratamento de saúde que ajudassea reduzir a taxa de suicídio entreadolescentes, prevenir o usoabusivo de álcool e drogas,aprimorar o tratamento para adepressão, reduzir o tempo deconvalescença pós-cirúrgica, dos

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índices de divórcio e aumentar asensação de bem-estar,acreditamos que todo médico dopaís faria o possível e oimpossível para experimentá-lo.[10] Larson está dizendo que a

crença em Deus faz todas essascoisas, de modo que deveria serprescrita por todo médico do país,sempre que você o procurasse comum problema. Você pode imaginarseu médico dizendo: “É o seguinte:vou ter de operá-lo. Você crê emDeus? Isso vai ajudá-lo narecuperação. E também em suaansiedade e depressão”.

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Creio que Freud esteja corretoem um aspecto. Se você crêsinceramente em algo que nãoexiste, vai ficar menos saudável etalvez desenvolva uma doençamental. Mas temos toda essaavalanche de evidências quemostram que uma fé sólida em Deusresulta na melhoria da saúdemental. Segundo o próprioargumento de Freud, isso nãolevaria à conclusão de que aspessoas que creem em Deus nãoestão distorcendo a realidade, umavez que, na verdade, Deus é real?

Aí temos de novo o mesmofato. Deus colocou a eternidade no

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coração dos homens.

* * *Acabamos de examinar três

provas da evidência interna.Comecei por elas por acreditar quesão convincentes e difíceis derefutar. No capítulo seguinte,examinaremos a evidência externa.Entraremos no campo da ciência —um território em que a fé de muitostem sido severamente desafiada.Espero mostrar que a fé e a ciêncianão são incompatíveis; aliás, aciência de fato aponta para aexistência de Deus.

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DoisA CIÊNCIA É CAPAZDE PROVAR QUEDEUS NÃO EXISTE?

De acordo com a Bíblia, háevidências externas e inequívocasda existência de Deus. Estão emtoda parte, o tempo todo; bastaquerer enxergar. E onde asencontramos? Na criação: “... os[...] atributos invisíveis [de Deus],

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seu eterno poder e divindade, sãovistos claramente desde a criaçãodo mundo e percebidos medianteas coisas criadas, de modo queesses homens sãoindesculpáveis”.[11]

Como mostrarei neste capítulo,a ciência é amiga das pessoas quecreem em Deus. A ciênciadesvenda os fatos acerca dacriação, a forma extraordináriacomo tudo funciona no mundonatural. Mas crer exclusivamente naciência — dizer que nada “tenhasido criado” — é fechar os olhosaté mesmo para a possibilidade deum Deus criador. Qualquer pessoa

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que assuma essa posiçãoimediatamente se vê diante de trêsgrandes questões:

1. Qual a origem do Universo?2. Como a vida pode ter

surgido de matéria inanimada?3. Como algo simples passou a

ser complexo? A maioria das pessoas que

negam a existência de Deusacredita que a evolução oferecerespostas cabais às perguntas 2 e 3.Na verdade, quase todosconcordam com a ideia de que aevolução é um processo

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minimamente válido. Com o nomede microevolução, esse é o tipo demutação que pode se processardentro das espécies, como ofamoso bico do tentilhão para oqual Darwin chama a nossaatenção. Mas há quem faça uso dateoria da evolução biológica demaneira muito mais devastadora.Essas pessoas defendem a ideia deque ela oferece um paradigma paracompreendermos como o homempôde evoluir a partir de umasimples célula, a qual, para muitoscientistas, surgiu de matériainanimada (a chamada “sopaprimordial”). É sobre esse tipo de

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evolução que estou tratando nestelivro.

FILOSOFIASCONFLITANTES

Stephen Jay Gould, falecidoprofessor de biologia evolutiva daUniversidade de Harvard, foiconsiderado uma das maioressumidades em matéria de evolução.Pouco antes de morrer, eleescreveu:

Não há teoria científica capaz derepresentar qualquer ameaça àreligião, pois essas duas grandesferramentas de compreensão

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operam em campos totalmenteindependentes um do outro. Aciência é uma investigação sobreo estado factual do mundonatural; a religião é uma buscapor sentido espiritual e valoreséticos.[12] Vimos no capítulo anterior que

as quatro questões da existênciaestão inseparavelmente ligadasumas às outras. Você percebe comoa afirmação de Gould tenta separaras respostas dadas às duasprimeiras questões daquelas dadasàs duas últimas? Ele está tentandofazer algo que é logicamenteimpossível.

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Gould acerta ao afirmar que aciência é uma grande ferramentapara desvendar os fatos sobre oestado do mundo natural. Mas aquiprecisamos fazer uma importanteadvertência: os fatos não seinterpretam por si sós. Precisam serinseridos em sistemas parapoderem ser compreendidos eassim adquirirem significado. Essessistemas são conhecidos comofilosofias. Todas as filosofiaspredominantes hoje em dia podemser divididas em duas categoriasprincipais: o naturalismo e aquiloque chamo de naturalismo “plus”.

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Naturalismo. O naturalismoafirma que o Universo é constituídoexclusivamente de matéria eenergia, e as únicas coisas queexistem são as que podem serexperimentadas pelos sentidos — oque podemos ver, ouvir, cheirar,degustar e/ou tocar. A ciência nospermite detectar com os sentidos eanalisar com a mente formas dematéria e energia — como osátomos, as galáxias e a atividade nointerior de uma célula — sobre asquais não teríamos grandeconhecimento de outro modo. Deacordo com os naturalistas, nadaexiste fora da natureza, e, portanto,

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o sobrenatural é absolutaimaginação.

Naturalismo plus. A outra

categoria filosófica pode serchamada sobrenaturalismo, masvamos chamá-la “naturalismoplus”. A razão disso é que, além deaceitar a existência óbvia damatéria e da energia — darealidade que podemosexperimentar por meio dos cincosentidos —, o naturalismo plusreconhece uma realidade que nãofaz parte da natureza, ou seja, dealgo sobrenatural. A grande maioriadas pessoas que abraçam o

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naturalismo plus acredita que esse“algo sobrenatural” é um serextremamente inteligente epoderoso que chamam de Deus. Osdefensores do naturalismo plus queacreditam na existência de Deussão conhecidos como teístas.

É importantíssimo entender

que o abismo não está entre ciênciae fé. A fé na existência de Deus nãoé incompatível com a ciência, nema ciência é incompatível com a féem Deus. O abismo existe entre onaturalismo e o naturalismo plus.Ou seja, ele está posto entre duasfilosofias distintas uma da outra. A

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ciência e a fé tornam-se formasconflitantes de ver o mundo, emvez de complementares, somentequando recebem a influência dafilosofia naturalista — umafilosofia disposta a se curvar aoretrocesso com o objetivo deinterpretar os fatos científicos demodo que pareçam excluir avalidade da fé e a validade donaturalismo plus.

Então não caia nessa históriade que o conflito se dá entre ciênciae fé. Não é e nunca foi assim. Elesempre ocorreu entre duasfilosofias rivais — o naturalismo eo naturalismo plus. A ciência é uma

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ferramenta que cada um desseslados pode usar bem ou mal.

O BOLO E O COSMO

Os naturalistas dependem da teoriada evolução para explicar como avida surgiu a partir de matériainanimada e como algo simples setornou complexo. Mas comoexplicam a origem do Universo?Durante anos, a posição naturalistafoi a seguinte: o Universo não teveuma origem específica — elesempre existiu. Se tal alegação forverdadeira, então precisa terhavido uma quantidade infinita de

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tempo disponível para que a sopaprimordial evoluísse emorganismos complexos —pressuposto central dosnaturalistas.

Imagine o Universo como umenorme bolo. Poderíamos encontrarevidências da existência de umconfeiteiro? Se o bolo existe desdesuas mais remotas lembranças, e sesua genealogia mostra que o boloexistia quando seu pentavô estavavivo, e se você extrapolar esseconceito para o passado infinito,talvez conclua que o bolo sempreexistiu. E, se o bolo sempre existiu,significa que nunca houve um

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confeiteiro. É o que os naturalistasacreditaram por muito tempo arespeito da origem do Universo.

Contudo, em 1927, EdwinHubble, inventor do potentetelescópio que leva seu nome,realizou um experimento. Ele fezpassar a luz de uma estrela distantepor um prisma. Com isso descobriuque a luz se deslocava para ocampo vermelho do espectro decores, o que provou que a estrelaestava se movendo para mais longeda Terra. O fenômeno se repetiucom todas as estrelas que eletestou. Então chamou essefenômeno de “desvio para o

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vermelho”, concluindo a partirdisso que o Universo está emexpansão. O achado levou ao quemais tarde veio a ser conhecidocomo a teoria do Big Bang.[13] Seo Universo está em expansão, deveestar se expandindo a partir dealgum lugar, e, se você regressar osuficiente no tempo, concluirá que oUniverso precisa ter se expandido apartir de um único ponto, um pontoque um dia deve ter provocado umestrondo muito grande.

Depois, em 1964, ArnoPenzias e Robert Wilson, doiscientistas do Laboratório Bell,descobriram e começaram a medir

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a radiação cósmica de fundo emmicro-ondas. Trocando em miúdos,se você estiver na rua no dia deano-novo assistindo à queima defogos de artifício e observar umaexplosão contra o fundo escuro dofirmamento, verá que ela ilumina océu e depois desvanece. A marcada explosão que perdura é um ecode radiação. Recuando no tempocom suas pesquisas, Penzias eWilson utilizaram ecos de radiaçãopara medir a explosão inicial que,segundo a teoria deles, teria dadoinício ao Universo.[14] Por meiode uma série de experimentoscientíficos inter-relacionados e

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concluídos em 1994, essescientistas provaram, sem deixarrastros de dúvidas científicasrazoáveis, que o Universo nemsempre existiu.

A cada semana Carl Sagan, ofamoso naturalista, começava damesma maneira o Cosmos, umprograma de tv que apresentava nadécada de 1980: “O cosmo é tudo oque existe, tudo o que existiu e tudoo que jamais existirá”. Agorasabemos que ele estavaredondamente errado.

ANTES DO COMEÇO: EXNIHILO

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Gênesis 1.1 afirma: “Noprincípio, Deus criou os céus e aterra”. E Hebreus 11.3 diz: “Pelafé, entendemos que o universo foicriado pela palavra de Deus, demodo que o visível não foi feito doque se vê”. Ou seja, a Bíblia afirmaque Deus criou o Universo a partirdo nada. Os teólogos cunharam umtermo para esse conceito: ex nihilo,“a partir do nada”. Significa que,antes de “Deus criar”, não apenasnão havia Universo, mas não haviana d a a partir do que criar umUniverso — nada de matéria,energia ou tempo. Tampouco haviauma dimensão, ou seja, um espaço

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no qual não existisse a matéria apartir da qual o Universo foicriado. Então, não havia nada,duplamente, se você entende o quequero dizer.

Os defensores do “Big Bang”explicam a criação do Universo poraquilo que chamam de“singularidade”. Quando os físicosfalam da expansão do Universo apartir de uma singularidade, estãoafirmando que a dimensão — oespaço em si — expandiu com oBig Bang. Não há nada fora doUniverso, afirmam os naturalistas;portanto, singularidade é umamaneira de dizer que o Universo

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surgiu de um verdadeiro nada.Os teístas acreditam que a

existência e a atividade de umCriador é a principal explicaçãopara que algo possa surgir do nada.A beleza e a magnificência daspalavras “Deus criou” sãoreveladas no seguinte: a partir donada, surgiu não uma coisaqualquer, mas todo um Universo. Enão apenas qualquer Universo —mas um Universo com vida. E nãoapenas qualquer vida — mas vidainteligente, com pessoas comovocê, que sabem ler palavras,frases, parágrafos e extraem delesum significado.

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Para os teístas, o trabalho deHubble, Penzias e Wilson é capazde fornecer evidências científicasconfiáveis para apoiar a posiçãoteísta: a criação aconteceu exnihilo! Deveria ter sido matéria decapa no The New York Times:“Ciência encontra novo apoio paraa existência de Deus”. Mas que lheparece? Essa manchete nuncaaconteceu.

Hugh Ross, ph.D., astrofísicoaltamente respeitado, fez a seguinteobservação:

Quanto mais os pesquisadoresateus e agnósticos são

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encaminhados, repetida egradativamente, pelas evidênciasem favor de um Criador pessoal,mais e mais eles inventam saídasesdrúxulas para escapar dessasdescobertas. Essa engenhosidadedesencaminhada sem dúvidacontinuará até o retorno deCristo. No entanto, as evidênciasde um Universo projetado,iniciado, formado e sustentadopor Deus, exatamente como aBíblia o descreve, continuam aaumentar.[15]

AS EVIDÊNCIAS DE UMDESIGN INTELIGENTE

O design inteligente é a tese de que

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a existência do Universo e da vidase explica melhor pela ação de umacausa inteligente, não de processosaleatórios como a seleção natural.Para os teístas, as evidências dodesign inteligente são as evidênciaspara a existência de Deus.

Voltemos à analogia do bolo.Os bolos não existem sem osconfeiteiros, e os confeiteirosprecisam se utilizar de receitas. Sevocê examinar um bolocuidadosamente, começará aperceber que há vários ingredientesnele, e todos precisam seracrescentados em certa medida eem determinada sequência e depois

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assados a determinada temperaturapor um certo tempo. Você temfarinha, açúcar, baunilha, manteigae ovos. Mas, se acrescentar umaxícara de sal no lugar do açúcar, oque poderia ter sido um bolosaboroso acabará se tornando umamixórdia intragável. Imagine entãoque o Universo é um bolo epergunte-se se há evidências daexistência de uma receita. Sehouver, é mais provável que hajaum confeiteiro por trás da receita.

Brandon Carter, ph.D., foicosmólogo e astrofísico naUniversidade de Cambridge. Em1973, participou de uma

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conferência na Cracóvia, Polônia,onde apresentou uma comunicaçãoao mais prestigiado encontro deastrofísicos e astrônomos domundo. Intitulada “O princípioantrópico”,[16] a comunicação deCarter afirmava que o Universo éformado por todo tipo deingredientes não relacionados entresi, como as partículas subatômicas,as forças nucleares de maior oumenor potência, a radiaçãoeletromagnética, a gravidade, emais de trinta outros ingredientes.Ele disse que todos essesingredientes tiveram de se unir emproporções exatas e interagir em

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sequências exatas, com precisãoabsoluta, para que a vida humanaem nosso planeta fosse sustentada.Não apenas para torná-lacomestível, como um bolo, maspara que fosse sustentável. Tudotinha de estar em perfeitoequilíbrio. Se apenas um dessesingredientes perdesse o equilíbrio,ainda que em um milésimo de 1%— bum! —, não haveria maisUniverso habitável!

Carter concluiu que o Universodá todas as indicações de ter sidoprojetado em detalhes, com umacoisa em mente — nós! Nós! É porisso que ele chamou seu trabalho de

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“princípio antrópico”, expressãoem que o adjetivo é originário dapalavra grega anthropos, quesignifica “homem”. Não surpreendeque tenha suscitado uma explosãode fúria na comunidade científica.A pesquisa de Carter apontava parau m designer com uma receita, umDeus intencional e grande osuficiente, além de inteligente obastante, para gerenciar todos osingredientes de um Universoinimaginavelmente imenso.

A RESPOSTANATURALISTA: UNIVERSOSMÚLTIPLOS

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A evidência científica de que oUniverso teve um começoapresentou dois desafios para afilosofia naturalista. Em primeirolugar, os naturalistas tiveram delutar para arrumar uma novaexplicação para a origem doUniverso. E, em segundo, nãopoderiam mais alegar que amacroevolução tivesse acontecidoem um tempo ilimitado.

Os naturalistas acabaram porresponder com uma nova categoriade teorias para tentar explicar comotodas essas condições precisaspoderiam vir a existir por acaso emnosso Universo. A ideia

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fundamental é que múltiplosuniversos devem existirsimultaneamente, sendo cada um oresultado de inúmerosacontecimentos aleatórios. Dentreesses bilhões e bilhões deuniversos paralelos, por acasoestamos no único Universo em quetudo aconteceu em sintonia e deforma simplesmente perfeita.

Isso me faz pensar em bilhõese bilhões de receitas de bolo, emque os elementos de cada receitasão aleatórios. Vamos simplificar oconceito e limitar os ingredientespossíveis a verdadeirosingredientes de bolo, mas em

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proporções ou medidas aleatórias.Para cada receita, há um pacote deingredientes. Alguns pacotes nãotêm sal, outros têm muito sal; algunsnão têm farinha, outros têm muitafarinha; alguns devem ser assados amil graus, outros nem são assados.Mas, dentre todos esses bilhões ebilhões de pacotes, no fim um bolodá certo. Essa é, no fundo, a teoriade como o nosso Universohabitável pode ter surgido.

Mas a questão é que isso não éciência. Não envolve absolutamentenenhum fato científico. É purafilosofia — a filosofia naturalistaque rejeita até mesmo a

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possibilidade de um “confeiteiro”ou de um designer como Deus.

Alvin Plantinga, professor defilosofia em Notre Dame, comparouessa teoria a um jogo de pôquer noVelho Oeste. Um jogador tiraquatro ases, vinte vezes emsequência. Todos começam a sacarda arma, e o jogador diz:

— Esperem, esperem,esperem! Quero que reflitam numacoisa. Em todos os bilhões ebilhões de jogos de pôquer queaconteceram neste mundo e emoutros mundos, vocês não achamque um dia poderia acontecer de umjogador tirar quatro ases, vinte

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vezes seguidas, semnecessariamente estar roubando?

E as pessoas ao redor da mesadiriam:

— Sim, é uma possibilidade.Agora você vai morrer!

Isso aconteceria porqueninguém leva em conta uma linhatão tênue de possibilidades.

ENTROPIA: OUTRA DOR DECABEÇA PARA OSNATURALISTAS

A segunda lei da termodinâmica étambém conhecida como lei daentropia. Mas prefiro chamá-la de

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“lei do quarto do seu filho”. Elaafirma que as coisas sempre partemda ordem para a desordem, a menosque você imprima certa inteligênciano sistema e forneça uma fonteexterna de energia. É por isso que,quando você diz a seus filhos: “Vãolimpar o seu quarto”, eles nuncavoltam e dizem: “Mas eu deixei ajanela aberta, e o vento soprou tãoforte que ficou tudo limpo!”. Vocênão creria neles, porque nada emnosso Universo jamais funcionadessa maneira. Pelo menos, nãosem uma força sobrenatural.

Nunca se provou que a lei daentropia estivesse errada. E essa lei

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faz com que os naturalistas entremem crise quando precisam explicara origem da vida e como algosimples pode se tornar complexo.Mas, para os que se posicionam aolado do naturalismo plus,especialmente os teístas, a lei daentropia não é em nadapreocupante. Antes, ela fornecemais evidências externas para aexistência de Deus — um Deus cominteligência e energia ilimitadaspara criar e sustentar a vida e todoo Universo.

A Bíblia declara que “em[Cristo] todas as coisassubsistem”[17] e que “ele sustenta

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o Universo pela palavra do seupoder”.[18] Apesar do fato óbviode que tudo tende a ir da ordempara a desordem, uma redeordenada, com incrívelcomplexidade, é conservada nestemundo sem solução decontinuidade. Como podemcoexistir a entropia e um alto graude ordem no mesmo Universo?Porque Deus mantém tudo emequilíbrio.

COMPLEXIDADEESPECIFICADA

Como a vida pôde surgir da matéria

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inanimada? A resposta naturalista émais ou menos assim:

Fenômenos químicos

+Tempo

+Acaso aleatório (porque ninguém

dirigeos processos e fenômenos)

=Vida

Foi o que aprendemos na

escola, na maioria dos casos.Lembra-se da sopa primordial? Oselementos químicos fervilhavam ao

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redor da superfície da Terra, acimae abaixo dela, e em seguida cai umraio — assim, não mais que derepente, a vida surge.

Mas, nos últimos anos, aferramenta da ciência trouxe à tonavários problemas com essaexplicação. O primeiro surgiu coma microbiologia, ciênciarelativamente recente impulsionadapela invenção do microscópio.Microscópios cada vez melhoresforam desenvolvidos, a ponto dehoje termos microscópioseletrônicos de varredura capazes deampliar objetos em até doismilhões de vezes, e microscópios

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de força atômica capazes de“sentir” as nuvens de elétrons dosátomos. O que os microbiólogosdescobriram é que uma única célulaviva é muito mais complexa que aspessoas inicialmente imaginavam.Em cada célula viva, milhares emilhares de máquinas orgânicastransitam para frente e para trás,transportando material de um ladopara o outro.

Michael Denton escreveu: Amplie uma célula mil milhões devezes, até que ela fique com 20quilômetros de diâmetro e seassemelhe a um dirigível gigante o

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suficiente para cobrir uma grandecidade como Londres ou NovaYork. Então veríamos um objetode complexidade e designadaptativo sem paralelos. Nasuperfície da célula, veríamosmilhões de aberturas, como asvigias de uma enormeespaçonave, abrindo e fechandopara permitir que um fluxocontínuo de materiais entre e saia.Se tivéssemos de entrar por umadessas aberturas, nós nosencontraríamos em um mundo deelevada tecnologia ecomplexidade desconcertante.[19] William Dembski, ph.D., é

filósofo analítico e membro sênior

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do Centro de Ciência e Cultura doInstituto Discovery. Em 2002,Dembski apresentou uma teoriachamada “complexidadeespecificada”.[20] Trocada emmiúdos, ela afirma que, quanto maiscomplexa for a montagem dedeterminada coisa, maisinteligência e energia sãonecessárias para montá-la. Porexemplo, se você desmonta umcortador de grama em mil peças,montá-lo exigirá muito maisinteligência e energia do que épreciso para montar um sanduíchede presunto composto apenas decinco partes.

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Dembski chamou a atençãopara o nível de complexidade deuma única célula viva e fez ainevitável pergunta: “Como issopoderia ter passado a existir semuma inteligência?”. A resposta donaturalista é: “por processosaleatórios”. Mas, como veremos napróxima seção, a hipótese de essenível de complexidade ter surgidodo caos, por meio de processosaleatórios, é algo tão absurdamenteimprovável que no fundo é de fatouma impossibilidade estatística.

Esses mesmos fatosdescobertos pela ciência damicrobiologia são observados

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pelos teístas que neles enxergammais evidências externas daexistência de um Deus deinteligência, energia, beleza emajestade inconcebíveis.

A MATEMÁTICA DAIMPOSSIBILIDADE

A questão da complexidade torna-se ainda mais problemática para osnaturalistas quando têm de enfrentara questão da base molecular daorigem da vida. Essa questãorecebe realce ainda maior nocampo da matemática aplicada.

David Foster estudou a

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probabilidade de um processoaleatório produzir o dna de umadas células simples maisprimitivas. Ele escreveu: “O dna

do bacteriófago t4 tem umaimprobabilidade de 1078.000. Em umUniverso com idade de apenas 1018

segundos, é óbvio que a vida nãopoderia ter evoluído poracaso”.[21]

Mas e se o Universo for maisvelho do que afirma David Foster?O consenso dos naturalistas hojedefende que o Universo tem 13,7bilhões de anos. Isso é menos que1042 segundos e, de acordo com amatemática do Big Bang, ainda não

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o tempo suficiente para explicar ascomplexidades do dna e da origemda vida.

Frederick Hoyle foi omatemático que cunhou a expressão“Big Bang”. Quando tentou apurarcomo algo tão complexo quantouma célula viva poderia surgir pormeio de processos aleatórios, fezos cálculos e chegou à chance de1040.000.[22] Para colocar essenúmero em perspectiva, você devesaber que o número total de átomosno Universo observável é deapenas 1080.[23] A propósito,Hoyle era um naturalista,certamente não inclinado para o

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naturalismo plus, e em sua época acompreensão científica de umacélula viva era extremamenteprimitiva e simplista — seestivesse fazendo essa estimativahoje, a probabilidade seria muitomenor.

No frigir dos ovos, tudo issoresulta no seguinte: a probabilidadede a vida emergir de matériainanimada por meio de um processoaleatório é tão ridiculamentepequena que poderíamos até dizerque é praticamente impossível.Aliás, com números como umachance em 1040.000, o campo damatemática aplicada pode fornecer

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a evidência externa maisconvincente para a existência deDeus.

A GENÉTICA, APALEONTOLOGIA E AGEOLOGIA

Ao longo dos anos, a explicaçãonaturalista de como algo simples setornou complexo encontrou grandesdesafios oriundos de muitas outrasdisciplinas da ciência. Considere,por exemplo, o campo da genética.Os geneticistas descobriram quevocê pode introduzir uma série demudanças dentro de uma espécie.

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Você pode fazer cães realmentegrandes, e pode fazer cães bempequenos, mas não pode fazer umcão tão pequeno como um gafanhotoou tão grande quanto um elefante.Você pode fazer um cão grande,mas não pode fazer um cão comasas. Por que não? Porque existemlimites genéticos em operação,fronteiras tão fortes que não hámeio de contorná-las. A filosofianaturalista não pode explicar essefato científico, porque suas teoriaspreveem que o poder daaleatoriedade simplesmente nãopode ter limites.

Considere, por exemplo, os

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campos da paleontologia (o estudoda vida na pré-história) e dageologia (o estudo da terra e de seuregistro fóssil). Darwin afirmouque a evolução do simples para ocomplexo é um processo gradual —tão gradual que não é possívelobservá-lo enquanto acontece. Podehaver seres em transição por todaparte ao redor, mas você não poderealmente notar, porque a evoluçãoacontece tão devagar que éimperceptível. Darwin reconheceuque a prova para essa teoria estariano registro fóssil:

A geologia certamente não revela

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nenhuma cadeia orgânicagraduada com tanta sofisticaçãoassim; e isso talvez seja a objeçãomais óbvia e mais grave que podeser feita contra a minha teoria. Aexplicação está, como acredito,na extrema imperfeição doregistro geológico.[24] Em outras palavras, eis o que

Darwin está dizendo: “Reconheçoque agora não há provas, mas vocêacabará encontrando se vasculharpor tempo suficiente. Minha teoriarepousa sobre isso”.

Isso explica por que osnaturalistas estão sempreprocurando o elo perdido. Na

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verdade, não estão à procura deapenas um elo — precisamprocurar milhões de elos, porque éisso que seria necessário para ligartodos os pontos do traçado entre asopa primordial e os sereshumanos. Mas, depois de mais de150 anos desde a previsão deDarwin, eles ainda não encontrarammuitos elos. Têm apenas umpunhado que dizem ser fósseis detransição. Aliás, Stephen Jay Gouldescreveu:

A extrema raridade de formastransicionais no registro fóssilpersiste como a fórmula secreta

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da paleontologia. As árvoresevolutivas que adornam nossoslivros didáticos têm dadossomente nas extremidades e nosnós de seus ramos; o resto éinferência, por mais razoável queseja, não a evidência defósseis.[25] Isso levou Gould a propor uma

nova teoria chamada “equilíbriopontuado”. Ele diz que, quandovocê cava a terra, descobre que asespécies mantêm um estado deestase, permanecendo da mesmaforma por muitos e muitos anos;depois, de repente, transicionampara uma nova espécie, mas de

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modo tão rápido que não deixamregistros.

Quero apenas que vocêentenda bem o que ele estáafirmando aqui. Temos aí umprofessor de Harvard, uma dasmaiores autoridades em evoluçãode seu tempo, que afirma que suateoria se baseia em algo queacontece tão rápido que não deixaprovas. Ora, isso não é ciência; éfilosofia.

Enquanto isso, os teístas veema falta de registro fóssil que apoie amacroevolução como evidênciaexterna indireta da existência deDeus.

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UM PEQUENO CONSELHO

Ao falar com alguém que nega aexistência de Deus, evitediscussões sobre a idade da Terra,ou se Gênesis se refere a sete diasliterais de 24 horas, ou se houve umdilúvio global. Em vez disso, façaas perguntas mais importantes,procurando responder a elas: “Aexistência de Deus é compatívelcom os fatos que o aparatocientífico tem descoberto? E écompatível com uma avaliaçãohonesta do que está dentro denós?”.

As quatro questões da

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existência do capítulo 1 são umbom ponto de partida. Demonstrecomo as respostas do cristianismosão condizentes com o aparatocientífico e ainda coerentes entresi. Algo que pode ajudar também éesclarecer o campo em que osconflitos surgem — a filosofianaturalista contra a filosofian a t u r a l i s t a plus, ou osobrenaturalismo.

Por último, apresente suasprovas — as evidências(científicas) internas e externas daexistência de Deus.

Enquanto apresenta suasprovas, mostre como as respostas

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do cristianismo são requintadas emtermos de beleza e poder, e comofornecem uma descrição maisrazoável e profundamentesignificativa acerca da verdade doque o naturalismo jamais seriacapaz de oferecer. Mostre damelhor maneira possível como asimpressões digitais de Deus sãovistas em todas as descobertas daciência, como sempre aconteceu.

* * *Vamos supor por um instante

que Deus exista. Muito do quesabemos sobre Deus provém da

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Bíblia. Mas a Bíblia é fidedigna?Podemos confiar nela? Vamos nosaprofundar nessas perguntas nocapítulo seguinte.

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TrêsA BÍBLIA ÉAUTÊNTICA EVERDADEIRA?

A Bíblia é um livro impressionante.Foi escrita em três idiomas, porcerca de quarenta autores, duranteum período de mais de 1.600 anos.Apesar de toda a sua diversidade,tem em seu conjunto um único tema:o plano de Deus para redimir a

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humanidade decaída.Talvez o que mais impressione

na Bíblia é o fato de se afirmarinspirada por Deus. Nas línguasoriginais, a expressão “inspiradapor Deus” significa literalmentesoprada por Deus. Ou seja, aBíblia afirma ser as própriaspalavras de Deus.

Aí está algo que ou é verdade,ou simplesmente não é.

Se a alegação que a Bíblia faza respeito de si mesma forinfundada, podemos descartá-lacom segurança. Caso se trate,porém, de uma reivindicaçãoverdadeira, é melhor que prestemos

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o máximo de atenção a esse livro,uma vez que não poderia haverautoridade maior na terra.

Aqui está o mais breve resumodo que está em jogo quando nosperguntamos se a Bíblia consiste ounão nas palavras de Deus.

Se a Bíblia é soprada porDeus, todas as suasalegações são verdadeiras.Se a Bíblia é soprada porDeus, sabemos a razão deexistirem as coisas em vezde nada existir.Se a Bíblia é soprada por

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Deus, sabemos como opassado e o futuro sãotraçados de maneira ampla.Sabemos por que oUniverso existe. Sabemospor que existimos. Esabemos o quepermanecerá quando nãomais houver nenhumvestígio da Lua, da Terraou do Sol.

Se, porém, a Bíblia não for

verdadeira, se ela não for sopradapor Deus, não temos como tercerteza de nenhum desses fatos. A

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questão da verdade e daautenticidade das Escrituras écertamente algo da maiorimportância.

Tratarei de duas questões nestecapítulo. A primeira diz respeito àpergunta sobre como podemossaber com certeza se a Bíblia éautêntica: “Como ter certeza deque a Bíblia que temos hoje emmãos é a mesma que foi escritaoriginalmente?”. A segundapergunta procura lidar com o fatode a Bíblia ser ou não verdadeira:“Como saber ao certo se os autoresda Bíblia podem ser consideradostestemunhas confiáveis?”.

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A BÍBLIA QUE TEMOS HOJEÉ AUTÊNTICA?

Precisamos encarar os fatos: aBíblia teve tempo mais do quesuficiente para se corromper.Mesmo as seções mais novas daBíblia foram escritas cerca decatorze séculos antes da invençãoda imprensa. E naturalmente não éincomum as pessoas presumiremque com o tempo os relatosescriturísticos tenham sidoexagerados.

Nos Estados Unidos existe umalenda bem famosa sobre um grandelenhador chamado Paul Bunyan.

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Imagino que na vida real ele atéfosse um sujeito bem grande. Noentanto, as canções que se cantavamsobre ele, tempos mais tarde,informavam que ele era “da alturade 63 cabos de machado, pés nochão e cabeça no céu, além dotelhado”. É assim também quealgumas pessoas pensam a respeitode Jesus. Elas dizem: “Ah, claro,Jesus deve ter sido um bom homem,um bom mestre. Só que depois seusdiscípulos o tornaram um poucomaior do que na vida real, e depoisdisso as pessoas o tornaram aindaum pouco maior, e, antes mesmo dese darem conta, ele já estava

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andando sobre as águas, dandovista aos cegos e ainda por cimaenvolvido nessa história deressurreição”.

Como é possível saber se aBíblia é autêntica? Ou seja, comosaber se ela não foi sendoaumentada com o tempo, como alenda de Paul Bunyan? Uma dasmaneiras é examiná-la comoqualquer outra obra da Antiguidade.Os historiadores desenvolveram ummétodo para testar a autenticidadedesse livro. Esse teste deautenticidade consiste em trêsperguntas:

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1. Qual a data da cópia maisantiga?

2. De quantas cópiasdispomos?

3. Quanto as cópias variamumas das outras?

Para começo de conversa, não

há manuscritos originais denenhuma obra da Antiguidade.Simplesmente nenhum. Os originaisescritos em pergaminho ou velinojá deterioraram há muito tempo.Todos os documentos que até hojeexistem não passam de cópias. Porisso mesmo essas perguntas são tãoimportantes. Estaremos em bons ou

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maus lençóis dependendo de quãopróxima for a cópia da data decomposição, de quantas cópiasmais antigas tivermos à disposiçãoe de quão fiéis essas cópias foremumas às outras.

Perguntas 1 e 2: O“Auditório daAutenticidade”

Eis uma maneira de mostrar como oteste de autenticidade funciona paraas perguntas 1 e 2. Dou a essemétodo o nome de “Auditório daAutenticidade”.

Imagine um auditório em que o

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palco representa a data dacomposição do original. Cadafileira de cadeiras que percorre ocorredor central representa cemanos contados a partir da dataoriginal. Se nossa cópia tiver sidocriada 250 anos depois dodocumento original, por exemplo,ela corresponderia ao pontointermediário entre as fileiras 2 e 3.Então reunimos todas as cópias dodocumento original e asdistribuímos pelo corredor, ao ladoda fileira exata a que elascorrespondem. Quanto maispróximos do palco os documentosestiverem (Pergunta número 1) e

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quanto maior o número dedocumentos que tivermos (Perguntanúmero 2), mais certeza teremos arespeito da autenticidade de umdocumento.

Vamos examinar três exemplosde escritos da Antiguidade — deAristóteles, de Júlio César e deHomero —, procurando avaliá-losem comparação com o NovoTestamento nesse Auditório daAutenticidade.

Aristóteles. Os tratados de

lógica de Aristóteles (conhecidoscoletivamente como Órganon)foram escritos por volta de 340

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a.C. Segundo os historiadores, essafoi a data da redação original,situada, portanto, à frente do palco.A cópia mais antiga de quedispomos é datada de 1100 d.C., ouseja, 1.440 anos depois do original.E existem ainda cinco dessascópias. Assim, no Auditório daAutenticidade, poderíamos colocaressas cinco cópias no corredorcentral entre as fileiras 14 e 15.

César. Júlio César escreveu a

História das guerras da Gália emaproximadamente 50 a.C. A cópiamais antiga que temos é de 1000d.C. Isto é, de 1.050 anos depois do

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original. Existem nove cópias desseperíodo, e as colocaríamos entre asfileiras 10 e 11. A historiografia deJúlio César tem uma classificaçãode autenticidade melhor que a dostratados de lógica de Aristóteles,por haver mais cópias e pelo fatode essas cópias estarem maispróximas do palco.

Homero. Homero escreveu A

ilíada por volta de 800 a.C. Acópia mais antiga é de cerca de 250d.C., ou seja, é também de 1.050anos depois. Homero escreveuséculos antes de Aristóteles e deCésar, mas 650 manuscritos de A

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ilíada, em parte ou na totalidade,foram preservados. Por essa razãotodos os 650 são colocados entre asfileiras 10 e 11. O índice deautenticidade de A ilíada deHomero, então, destronaria ahistória de Júlio César em mais desetenta vezes.

Novo Testamento . A

avassaladora maioria doshistoriadores aceita comoautênticos os três documentos queacabei de mencionar. Mas queposição o Novo Testamento ocupaem relação a eles no Auditório daAutenticidade?

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Lá pelo ano 90 d.C., cerca desessenta anos depois de Cristo tervivido na terra, todos os 27 livrosdo Novo Testamento já estavamescritos. O mais antigo manuscritoparcial ocupa lugar antes ainda daprimeira fileira. Trata-se de umpequeno fragmento de João 18, queacontece de ser idêntico ao que seacha em nossas versões modernasda Bíblia, exceto pelo fato de tersido escrito em grego. Na segundafileira do Auditório, temos oEvangelho de Lucas na íntegra,além da totalidade do Evangelho deJoão, além ainda de três outroslivros do Novo Testamento também

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em sua totalidade: 1Pedro, 2Pedroe Judas. Na terceira fileira, temosdois manuscritos completos de todoo Novo Testamento. Na nonafileira, ainda um século antes dequalquer dos outros documentosantigos que mencionei começarem asurgir, temos 5 mil manuscritos.Nona fileira, 5 mil cópias![26]

Sir Frederic Kenyon,paleontólogo e presidente daAcademia Britânica de 1917 a1921, escreveu: “O intervalo entreas datas da composição original eos mais antigos manuscritos torna-se tão pequeno que é, aliás,insignificante, e assim se elimina o

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último alicerce para a dúvidaquanto às Escrituras terem chegadoaté nós substancialmente comoforam escritas”.[27]

Pergunta número 3: Asvariantes dos manuscritos

A terceira questão propõe aseguinte pergunta: “Em que medidaas cópias variam umas dasoutras?”. Se esses documentos, emseu conteúdo, divergem muito entresi, não significa quase nada ter 5mil cópias de uma idade próxima àdo original. Em contrapartida,quanto maior for a harmonia entre

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as cópias, mais podemos ficarseguros de que o original foitransmitido com precisão ao longoda história.

Nisso, o Novo Testamento éparticularmente impressionante. Osbibliólogos Norman Geisler eWilliam Nix estudaram as variantesdos manuscritos e concluíram:“Assim, o Novo Testamento nãoapenas sobreviveu em maismanuscritos que qualquer outrolivro da Antiguidade [fatorelacionado à questão número 2],mas sobreviveu de forma mais pura[questão número 3] que qualqueroutro livro importante — uma

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pureza de 99,5%”.[28]Utilizando o mesmo teste das

três perguntas que usamos paraoutros escritos da Antiguidade,nenhum outro documento secompara ao Novo Testamento noquesito autenticidade. É por issoque podemos estar seguros de que oNovo Testamento que temos hoje éuma representação fiel dos escritosoriginais.

A BÍBLIA É VERDADEIRA?

Só porque o Novo Testamento éautêntico, não significanecessariamente que seja

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verdadeiro. Os historiadoresavaliam a veracidade de umdocumento testando suacredibilidade. Assim como existemtrês questões básicas para testar aautenticidade, há também trêsquestões que nos permitem testar acredibilidade:

1. Qual é o grau de

credibilidade do testemunhooral?

2. Qual é o grau decredibilidade do testemunhoescrito dos autores?

3. Qual é o grau de

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credibilidade dasevidênciascomplementares?

No Novo Testamento, temos

testemunhos orais de pessoas queforam citadas nos vários livros daBíblia, sem terem elas mesmasefetuado o registro dos relatos.Jesus é o maior exemplo disso.

Temos também os testemunhosescritos de Mateus, Marcos, Lucas,João, Paulo, Pedro, Tiago, Judas edo autor de Hebreus.

Perguntas 1 e 2: O

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testemunho

As pessoas que dão testemunho —oral ou escrito — são chamadastestemunhas. E os historiadoresconcordam com o fato de que atestemunha ocular é, de longe, omelhor tipo de testemunha.

Testemunhas oculares dos

acontecimentos relatados nosEvangelhos. Quando Lucas se pôsa escrever seu evangelho, começouda seguinte maneira:

Visto que muitos têmempreendido uma narraçãocoordenada dos fatos que se

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realizaram entre nós,transmitidos pelos que desde oprincípio foram suastestemunhas oculares e ministrosda palavra, pareceu adequadotambém a mim, excelentíssimoTeófilo, depois de investigar tudocuidadosamente desde o começo,escrever-te uma narrativa emordem.[29] Como você pode ver, Lucas

deixou perfeitamente claro que tudoo que escreveria proviria de fontesque eram testemunhas oculares.

No caso do apóstolo Pedro, atémesmo esse grau de distinção éeliminado. Ele não apenas

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entrevistou e citou testemunhasoculares; ele mesmo era umatestemunha ocular. Assim eleescreveu em seu relato: “Porquenão seguimos fábulas engenhosasquando vos fizemos conhecer opoder e a vinda de nosso SenhorJesus Cristo, pois fomostestemunhas oculares da suamajestade”.[30] Pedro foi outroautor que também esteve lá empessoa.

De todas as testemunhasoculares da vida de Jesus Cristo, oapóstolo João talvez tenha sido aque teve mais intimidade com ele.João fez questão de deixar claro

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que seu testemunho era de primeiramão, quando escreveu o seguinte:

O que era desde o princípio, oque ouvimos, o que vimos comnossos olhos, o quecontemplamos e nossas mãosapalparam, a respeito do Verboda vida (pois a vida foimanifestada, nós a vimos, damostestemunho dela e vosanunciamos a vida eterna queestava com o Pai e a nós foimanifestada). Sim, o que vimos eouvimos, isso vosanunciamos...[31] Em muitos casos hoje em dia,

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são aceitos como fato histórico ostestemunhos de segunda, de terceirae até mesmo de quarta mão. Masaqui, no caso do Novo Testamento,temos relatos de testemunhasoculares (testemunho tanto oralquanto escrito) de fontes múltiplase altamente pessoais, fornecidosnos próprios documentos. Tudoisso garante um nívelimpressionantemente alto decredibilidade. E as provas só ficammelhores a partir desse ponto.

Testemunhas oculares que

viveram na mesma época umasdas outras. Sempre e em todo lugar

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que os apóstolos pregavam, eles sedirigiam a pessoas que tinhamvivido no momento e no lugar emque Jesus vivera, ensinara erealizara milagres. Por exemplo, noprimeiro sermão de Pedro, ele diz:“Homens israelitas, escutai estaspalavras: Jesus, o Nazareno,homem aprovado por Deus entrevós com milagres, feitosextraordinários e sinais, que Deusrealizou entre vós por meio dele,como bem sabeis...”.[32] Maistarde, Paulo aparece dando umaresposta a um rei e, basicamente,diz o seguinte: “Não creio que algodisso lhe seja desconhecido;

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porque essas coisas nãoaconteceram em algum canto, àsescondidas”.[33]

Essa questão de termostestemunhas que viveram naquelaépoca é realmente importante.Considere o fato de que John F.Kennedy foi assassinado em 1963.Agora, suponhamos que euestivesse tão fissurado por Kennedyque me considerasse seu discípuloe quisesse iniciar uma seita emminha cidade em torno da pessoadele. E suponhamos que eusoubesse que teria de exagerar ementir para conferir à seita oimpulso necessário, mas usasse a

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desculpa sempre bem-vinda de queos fins justificam os meios. Eucomeçaria pregando:

— O presidente Kennedy foium grande homem, mas foi muitomais que isso. Quando esteve aquiem Hudson, por ocasião de suacampanha eleitoral, saiu de seucarro, curou muitos cegos e doentese, em seguida, dirigindo-se a umdos velórios da cidade, ressuscitoualgumas pessoas dentre os mortos!

Alguém diria:— Espere um minuto! Eu

estava lá nesse dia, e nada dissoaconteceu!

Eu desconsideraria o arroubo e

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diria:— E mais uma coisa: na tarde

seguinte, Kennedy pegou umMcLanche Feliz e alimentou toda acidade com ele.

E outra pessoa diria:— Seu maluco! Eu estava em

Hudson no dia seguinte, e ele nãofez nada do tipo!

Talvez fosse nesse momentoque eu desistiria do meu plano deiniciar a seita Kennedy.

Como os apóstolos contaramsuas histórias sobre Jesus a pessoasque estavam vivas na época e nolocal em que Jesus viveu, otestemunho deles é da mais elevada

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credibilidade. Porque, se suashistórias tivessem sido inventadas,um dia a verdade viria à tona.

Pergunta 3: Evidênciascomplementares

Outra forma de avaliar acredibilidade de uma testemunha édescobrir se “o resto da história”confere. A isso damos o nome deevidências complementares.

Suponhamos que eu tenhatestemunhado um crime noestacionamento de um cinema. Nobanco das testemunhas, abririam ointerrogatório da seguinte forma:

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— Sr. Coffey, diga-nos o queaconteceu na noite de 23 de abril.

Eu diria:— Bem, eu estava saindo do

cinema. Tinha ido à sessão das9h30 para assistir ProcurandoNemo. Depois passei na loja doBurger King que fica dentro docinema e comprei meu WhopperDuplo com Queijo, porque é o quesempre compro quando vou assistira um filme. Saí e depois presencieio ocorrido.

Um bom advogado de defesainvestigaria a fundo para saber aocerto se todas as partes da minhahistória conferem. E se descobrisse

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que no dia 23 de abril a sessão das9h30 não exibiu ProcurandoNemo? E se no cinema não existissenenhuma loja do Burger King? Asevidências complementares nãoseriam corroboradas, e eu ficariadesacreditado como testemunha.

Durante anos, os críticos daBíblia tentaram encontrarcontradições nas evidênciascomplementares da Escritura.Concentraram-se sobretudo emLucas, uma vez que Lucas escreveuna condição de historiador. NoEvangelho de Lucas e no Livro deAtos, ele cita todos os tipos depessoas e lugares passíveis de

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verificação. Os historiadores seaproveitaram dessas declarações epor algum tempo pensaram quepoderiam provar ou que Lucasestaria mentindo, ou que o apóstolosimplesmente não era o autor deLucas e de Atos.

Por exemplo, Lucas 3.1,2 dizque a Palavra de Deus veio a JoãoBatista quando Lisânias era tetrarcade Abilene. Durante anos, oscríticos disseram: “Viram só?Sabemos que Lisânias morreu trintaanos antes de João Batista nascer— e isso é fato inquestionável.Logo, Lucas mentiu a esse respeito,e isso o põe em descrédito como

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testemunha”. No entanto, acabou-sedescobrindo uma inscrição datadaentre os anos 14 e 29 d.C. quedizia: “Lisânias, tetrarca deAbilene” — exatamente a mesmaépoca em que, segundo Lucas,Lisânias tinha sido tetrarca deAbilene. Mas os críticoscontinuaram dizendo: “Ah, masdeve ter havido dois Lisânias.Lamento ter de informar”.[34]

Os escritos de Lucas fazemreferência ao total de 32 países, 54cidades e 9 ilhas. Um arqueólogodescobriu que essas referênciasacabaram se mostrando 100%precisas.[35] Hoje, os críticos já

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não têm como apoiar suasalegações de que Lucas nãoescreveu o Evangelho de Lucas e oLivro de Atos. As evidênciascomplementares de autenticidadenos escritos de Lucas sãosimplesmente arrasadoras.

Revisitando as testemunhasoculares: motivaçõesocultas

Voltemos ao meu exemplo sobre opresidente Kennedy. Imagine que eutenha me mantido fiel à minhahistória, apesar do fato de todo tipode pessoa ser capaz de testemunhar

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que aquilo que eu estava dizendosobre a visita de Kennedy a Hudsonnão passava de balela. Continueipregando sobre os milagres deKennedy (dos quais afirmei sertestemunha ocular) porque queriamesmo que as pessoas se unissem amim. Já vimos quão improvávelseria que qualquer pessoa desseouvidos, mas acompanhe aqui omeu raciocínio... porque nãopodemos desprezar o fato de que àsvezes as pessoas mentem.

Quando se sabe que umatestemunha pode ter algo a ganharquando afirma uma coisa em vez deoutra, a credibilidade dessa

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testemunha torna-se suspeita. Assimcomo quando, em um importantejulgamento criminal, a acusação fazuma negociação de confissão comuma testemunha-chave: atestemunha é provavelmente umcriminoso que teve sua penareduzida ou que foi absolvido emtroca de seu testemunho contra oréu. Não é óbvio que uma ofertacomo essa tem grande potencial delevar a testemunha a mentir ou pelomenos passar a ter uma memóriaseletiva?

Isso certamente podeacontecer. Então, o que dizer dastestemunhas dos acontecimentos da

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vida de Jesus? Será que eramexatamente como eu no exemploKennedy, pessoas que espalharamfábulas em troca de fama?Recentemente ouvi alguém dizer:“Claro, os discípulos inventaram ashistórias para ficar ricos efamosos”. Essa pessoa não poderiaestar mais equivocada.

Jesus tinha doze discípulos.Judas se enforcou depois de tertraído Jesus; com isso, sobraramonze. A história registra que, dosonze discípulos originais, dezmorreram violentamente, o quepoderiam ter evitado sesimplesmente tivessem dito: “Tudo

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bem, nada disso é verdade. Jesusnão ressuscitou dentre os mortos.Nós inventamos tudo”.

Sempre pensei que, se dezpessoas estivessem insistindo namesma mentira e você mecolocasse em uma sala com elas eme desse poderes absolutos, eupoderia descobrir a verdade.Provavelmente eu só teria de mataruma delas. Eu entraria na sala egritaria: “Escutem só, o que euquero é a verdade”. Bummm! Euatiraria em Patrick, e Patrick cairiaao chão. Depois apontaria a armapara a próxima vítima e diria: “Averdade!”. Acha mesmo que você

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ainda insistiria em mentir a essaaltura? Mas, se a próxima pessoainsistisse em agir dessa maneira, eua mataria. E simplesmentepercorreria a fila até encontraralguém que chegasse à conclusãode que não valia a pena morrer poraquela mentira.

Foi basicamente o queaconteceu a dez dos discípulos.Mas, depois de dois mil anos, nãose descobriu nem uma sombra deprova que mostrasse que qualquerum deles alguma vez tenha sequervacilado. Cada um caminhou para amorte dizendo: “É a verdade, é amais pura verdade”.

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Morrer por uma mentira não énada comum. Dez testemunhasmorrerem pela mesma mentira éalgo que simplesmente desafiatodas as forças em contrário.

Simon Greenleaf, um dosfundadores da Escola de Direito deHarvard, propôs-se refutar ocristianismo. Ele empreendeu umextenso estudo sobre acredibilidade das testemunhas doevangelho e das evidências tanto afavor da ressurreição quanto contraela, tudo de uma perspectivaforense. E acabou concluindo oseguinte: “Permita que o testemunhodos Evangelhos seja peneirado,

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como se fosse proferido em umtribunal de justiça em defesa daparte adversária, submetendo atestemunha a um rigorosointerrogatório. O resultado, dissonão se tem absolutamente nenhumadúvida, será uma indubitávelconvicção de sua integridade,suficiência e verdade”.

VERDADE, NÃO LENDA

Portanto, temos o teste do auditórioda autenticidade. Temos o teste dasvariantes dos manuscritos.Podemos examinar o testemunhooral e escrito, bem como a

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evidência complementar encontradanos livros do Novo Testamento.Também podemos avaliar com queprobabilidade as testemunhas portrás desses documentos originaisestariam ou não mentindo. E, nocômputo geral, a evidência éesmagadora. Os livros do NovoTestamento, apresentando umapersonagem central conhecidacomo Jesus de Nazaré, sãoconfirmados como muito maisautênticos e muito mais confiáveisque quaisquer outros documentosantigos.

É assim que sabemos que nãohá nenhum “efeito Paul Bunyan” no

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que se refere às histórias da Bíbliasobre a vida de Jesus.

E O QUE DIZER DO ANTIGOTESTAMENTO?

Poderíamos percorrer os mesmospassos para o Antigo Testamento echegar às mesmas conclusões. Masvou guardar essa questão para outrolivro. Por enquanto, examine estea r gumento . Se podemos comsegurança pressupor que o NovoTestamento é a Palavra de Deus,então o Antigo também se qualificacomo tal. Por quê? Porque osinterlocutores e escritores do Novo

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Testamento testemunham de formaunânime que o Antigo Testamento éa Palavra de Deus.

Quando Jesus disse “Nem sóde pão o homem viverá, mas detoda palavra que sai da boca deDeus”,[36] não estava apenascitando o Antigo Testamento.[37]Estava dando a entender que ele eraa Palavra de Deus. E, aorepreender os fariseus porexaltarem a importância de suastradições, Jesus claramente chamouo Antigo Testamento de “palavra deDeus”.[38] Além disso, se o tempoe o espaço permitissem, eu poderiamostrar-lhe em que pontos todos os

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outros interlocutores e autores doNovo Testamento concordamunanimemente.

Portanto, temos o NovoTestamento testemunhando doAntigo. E, por sua vez — fato quepermite que a Bíblia seja tãoharmonicamente coligida em umúnico livro —, o AntigoTestamento prediz acontecimentosregistrados no Novo!

O testemunho da profecia

Se a Bíblia é a Palavra de Deus,era de esperar que cada uma desuas previsões sobre o futuro se

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tornasse realidade com absolutaprecisão. Você sabia que a Bíblia éo único texto sagrado dentre asprincipais religiões que trazprofecias detalhadas?[39] NossaBíblia tem centenas de profecias.Ao se aventurar a fazer essasprevisões, a Bíblia põe em riscosua credibilidade, porque, se umaúnica delas falhar, issocomprovaria que a Bíblia não é aPalavra de Deus.

As profecias da Bíblia cobremdezenas de temas diferentes. Mas,para os nossos objetivos aqui, voume concentrar nas profecias doAntigo Testamento relacionadas à

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vinda do Messias, ou seja, ao Jesusdo Novo Testamento. Há pelomenos sessenta profecias do AntigoTestamento citadas no Novo comotendo sido cumpridas porJesus.[40] Tratar dessas profecias ede seu cumprimento é suficientepara preencher as páginas de umlivro inteiro; por isso, voumencionar apenas dezesseis dasmais conhecidas. Para os iniciantes,aqui vão seis profecias escritas nomínimo 450 anos antes de Jesusnascer:

A mãe de Jesus seria uma

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virgem.[41]Jesus seria da descendênciade Abraão.[42]Ele seria descendente deIsaque.[43]Seria da tribo de Judá.[44]Seria da casa de Davi.[45]Seu local de nascimentoseria Belém, uma pequenaaldeia.[46]

Você pode se imaginar

tentando prever onde seu eneanetonasceria — não apenas o estado oumesmo o país, mas exatamente a

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cidade também? Recém-nascidosnão podem controlar suaascendência ou local denascimento. No entanto, onascimento de Jesus cumpriu todasessas seis profecias altamenteespecíficas.

O Antigo Testamento tambémpreviu que o Messias fariamilagres[47] e purificaria otemplo.[48] Previu que seriarejeitado e ridicularizado por seupróprio povo[49] e ficaria emsilêncio diante de seusacusadores.[50] Previu que suasmãos e seus pés seriamperfurados[51] e que as pessoas

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lançariam sortes sobre suaroupa,[52] que ele seria crucificadoao lado de ladrões[53] eintercederia por seusperseguidores.[54] Previu que seulado seria perfurado[55] e que eleseria enterrado no túmulo de umhomem rico.[56] São dezesseisprofecias, cada uma perfeitamentecumprida.

Peter Stoner é um matemáticoque estudou as probabilidades deas profecias se tornarem realidade.Ele calculou a probabilidade deapenas oito profecias se tornaremrealidade por mero acaso na vidade qualquer pessoa. E a chance é

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uma em cem milhões de bilhões depossibilidades.[57] Aí está umnúmero grande demais paraquebrarmos a cabeça; então eleusou uma ilustração para nos ajudara colocá-lo em perspectiva.Basicamente funciona assim.

Tome o estado do Texas(estamos falando de 432.623quilômetros quadrados) e preencha-o com moedas de um dólar atéatingir a altura de 1 metro do chão.Em seguida, tome um dólar,marque-o com um “x” vermelho,atire-o com um potente canhão parao meio do estado e mexa todas asmoedas com uma colher gigante, do

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tamanho do estado. Em seguida,escolha um sujeito em umamultidão, vende os olhos dele, gire-o e peça que caminhe até onde eleacha que está esse dólar específico.(Dê-lhe umas raquetes de neve paraque possa andar sobre os dólares.)Depois peça que cave os dólares omais fundo que puder e escolhaapenas um deles, tentando acertaraquele marcado com um “x”vermelho. Quais são as chances deele encontrá-lo? Uma em cemmilhões de bilhões.

Além disso, essa é aprobabilidade de apenas oitoprofecias serem cumpridas, não as

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dezesseis que acabamos deexaminar. Mas o fato é que Jesusc ump r i u pelo menos sessentaprofecias bíblicas. O que isso lhediz sobre as probabilidades de aBíblia realmente ser a Palavra deDeus?

TESTEMUNHO PESSOAL:EVIDÊNCIAS INTERNAS

Eis enfim a última razão por queacredito que a Bíblia é verdadeira.É a prova que encontro dentro demim mesmo. Deixe-me explicar. ABíblia me mostrou como eu poderiater paz com Deus. Ela me disse:

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“Joe, se você confessar com suaboca que Jesus é Senhor e crer emseu coração que Deus o ressuscitoudentre os mortos, será salvo”.[58]Em 1979, decidi tentar isso,funcionou, e nunca mais fui omesmo. Tudo o que testei na Bíbliadesde esse dia acaboucomprovando-se como verdade, acomeçar pela transformação deminha própria vida.

Com o passar dos anos,

presenciei em primeira mão como aBíblia transformou centenas emesmo milhares de pessoas —exatamente como ela promete fazer,

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se de fato depositarmos nossa fé emJesus Cristo e a seguirmos como aPalavra de Deus.

* * *Até agora cobrimos algumas

evidências convincentes que noslevam a crer na existência de Deuse a aceitar a Bíblia como Palavrade Deus. Ainda assim, muitos queum dia creram acabaram porrejeitar a fé ao se deparar com ador, o sofrimento e a presença domal no mundo. São pessoas que seperguntam: “Como Deus podeexistir, se permitiu que issoacontecesse? Como a Bíblia pode

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ser a verdade, se promete vidaabundante, mas aconteceu issocomigo?”. No próximo capítulo,vamos abordar esses tipos deobstáculos à fé.

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QuatroA QUESTÃO DO MALE DO SOFRIMENTO

A existência do mal e do sofrimentorepresenta uma pedra de tropeço játradicional para a fé cristã — àsvezes quase no mesmo grau paracristãos e não cristãos. A realidadeuniversal do mal e do sofrimentolevanta duas categorias dequestionamento: a de cunho

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filosófico/intelectual (as questõesda mente) e a de fundo emocional(as questões do coração).Dificilmente encontraremos alguémque tenha problemas puramenteintelectuais com o cristianismo. Ascrises produzidas pelo mal e pelosofrimento quase sempre dizemrespeito tanto à mente quanto aocoração.

O salmista escreveu: “Deusfalou isto uma vez, duas vezes euouvi: que o poder pertence a Deus.Senhor, a ti também pertence afidelidade...”.[59] Esses dois fatossobre Deus são fáceis de digerir...até que algo realmente ruim

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aconteça. Nesse momento, em que adúvida e a indignação se instauram,exigimos então algumas respostas.

Este é um livro sobreapologética, sobre a defesa da fécristã. O objetivo é prepará-lo paraque você possa falar de forma maiseficaz sobre o cristianismo apessoas descrentes. Mas, comotodos sofrem, talvez a melhormaneira de preparar você sejaajudando-o a compreender melhoro sofrimento. Quando suas própriasperguntas sobre o mal e osofrimento estiverem mais bemresolvidas em sua alma, você terámais condições de falar sobre essas

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coisas às pessoas.

O SOFRIMENTO PODECOEXISTIR COMA PESSOA DE DEUS?

Quando presenciamos o sofrimentoou quando nós mesmos sofremos, atendência tanto no caso de cristãosquanto de não cristãos é que ocoração e a mente se foquem namesma pergunta: “Por quê? Por queacontecem coisas tão terríveis, tãopavorosas, assim?”. A partir disso,a inclinação natural do ser humanoé pensar mais ou menos destaforma:

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Se o Deus da Bíblia éamoroso, por que permiteo mal e o sofrimento?Se o Deus da Bíblia époderoso, por que nãoimpede o mal e osofrimento?No entanto, o mal e osofrimento estão por todaparte; então parece que:

> ou o Deus da Bíblia

não existe,> ou o Deus da Bíblia é

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amoroso, mas não poderoso,> ou o Deus da Bíblia é

poderoso, mas não amoroso. Meu irmão mais novo, John,

morreu em um acidente de moto.Ele colidiu de frente com umcaminhão. Tinha vinte anos. Foi umacontecimento totalmente semsentido para mim. Eu disse: “Deus,amo meu irmão e, se eu pudesse,teria impedido que issoacontecesse. Mas agora ele estámorto. Então quero saber: o queaconteceu é que simplesmente tefaltou o “desejo” de intervir? Ouentão, mesmo que tivesses

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desejado, o que aconteceu foi quesimplesmente não tinhas o poder deintervir? É por isso que meu irmãocaçula está morto?”.

Minha cabeça girava, confusa,mas meu coração gritava de dor.Tanto minha mente quanto meucoração exigiam uma resposta àmesma pergunta: “Por quê?”.

UM HOMEM QUE SOFREUDE VERDADE

Há um livro inteiro da Bíbliadedicado a responder à questão domal e do sofrimento. Estamosfalando do livro de Jó. Deus

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descreveu Jó como “um homemíntegro e reto, que teme a Deus e sedesvia do mal”.[60] No entanto,uma série de catástrofes privou Jóde todas as suas posses — desimplesmente tudo! E depois eleainda perde todos os seus filhos!Em seguida, é afligido “da cabeçaaos pés” com uma doença terrível.

A esposa de Jó então ofereceseu conselho: “Amaldiçoa a Deus emorre”.[61] Legal, hein? Mas Jó serecusa e literalmente acaba em ummonte de cinzas. Tudo isso, somosinformados, está nas mãos deSatanás. Nesse ínterim, Deus estáplenamente consciente e permite

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todas essas coisas. Nos primeiros37 capítulos, Jó pergunta “porquê?” em dezenas de maneirasdiferentes. Mas, em todo o livro deJó, Deus nunca lhe dá uma resposta.

Jó tinha alguns amigos que, noafã de defender Deus, tentaram dar-lhe algumas respostas. No final dolivro, Deus fica realmente zangadocom os amigos de Jó. No fundo, oque Deus diz a Jó é o seguinte: “Émelhor você orar por seus amigos!Eles realmente me irritaram aotentarem lhe apresentar razões paratudo isso. Mas, no processo, tudo oque fizeram foi banalizar suador”.[62]

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Tenha muito cuidado quandovocê fala com alguém que estejasofrendo de fato. As pessoas queestão experimentando dor e perdaprofundas muitas vezes estãoindignadas com Deus. Não sejacomo os amigos de Jó. Não tentedefender Deus tentando responderaos “por quês?”. Essa abordagemprovavelmente sairá pela culatra.Lembre-se de que é o coração quedói, e, quando a dor é grande, arazão só consegue falar à mente,mas não consegue nem mesmochegar ao coração. Então, tenhamuito cuidado com o que você diz.

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AS TRADICIONAIS TEORIASSOBRE O SOFRIMENTO

Os teólogos postularam três teoriaspara tentar explicar como Deuspode ser ao mesmo tempo amorosoe poderoso e ainda assimacontecerem coisas ruins. Cadateoria oferece respostas razoáveispara a mente, embora nenhumadelas seja perfeita.

A teoria da punição

Deus criou o mundo sem dor nemsofrimento, mas Adão se rebeloucontra Deus, e consequentementetoda a raça humana ficou sob a

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maldição de Deus. Há dor esofrimento no mundo porqueestamos sendo punidos por nostermos rebelado contra Deus. Noâmbito individual, a punição éagravada em consequência de nossaprópria marca de rebelião. Trocadaem miúdos, essa é a teoria dapunição.

O problema dessa teoria estána distribuição do sofrimento.Todos somos rebeldes, não émesmo? Mas alguns de nós jápassaram por muito maissofrimento que outros. Isso nãoparece justo. Especialmente quandouma pessoa relativamente boa sofre

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ou uma pessoa relativamente máfica tranquilamente impune. Emcasos como esses, a teoria dapunição não consegue fornecerrespostas satisfatórias.

A teoria do livre-arbítrio

Essa teoria afirma que, para o amorexistir, você precisa ter liberdade.Se eu não for livre para escolherodiar e fazer o mal, minhasescolhas no sentido de amar e fazero bem não significam nada — euseria um robô, e os robôs nãopodem amar. Então, é precisopermitir que o mal, a dor e o

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sofrimento existam para que o amore a bondade sejam legítimos. Éassim que um Deus ao mesmotempo amoroso e poderoso podepermitir que a maldade exista nomundo que ele criou.

Aqui está um exemplo de comoo livre-arbítrio e o potencial para ador estão relacionados.

Ensinei cada um de meus trêsfilhos, do mesmo jeito, a andar debicicleta. Com cada um deles, eutirava as rodinhas e mandava que acriança vestisse um moletom bemgrosso. Saíamos para a rua, e eupedia que subisse na bicicleta. Euagarrava a parte de trás do moletom

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e dizia: “Comece a pedalar!”.Eu segurava firme, correndo ao

lado da criança, corrigindo-a cadavez que perdia o equilíbrio.Enquanto eu segurava, meus filhosnão sentiam nenhuma dor e sedivertiam muito.

No entanto, cada um de meusfilhos em algum momento se viravapara mim e dizia a mesma coisa:“Pode largar! Pode largar!”. É ogrito do coração humano.Liberdade. “Deixa comigo!” Entãoeu deixava. E, quando eu largava omoletom, sabia que, mais cedo oumais tarde, aquela criançaexperimentaria a dor. A culpa era

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minha? Sim e não. Meus filhosprecisavam de liberdade e aqueriam, mas com a liberdadevinha o potencial real da dor.

Aqui está o problema com ateoria do livre-arbítrio. Se Deus étanto amoroso quanto poderoso, olivre-arbítrio deve ser algoimportante, mas não deve ser acoisa mais importante.

Por exemplo, se eu visse meufilho mais novo pedalando no meiodo trânsito, não sentaria e pensaria:“Isso não vai dar certo, mas nãoquero violar o livre-arbítrio dele”.De maneira nenhuma! Eu correria eo arrancaria da bicicleta, e, quando

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ele percebesse o que poderia teracontecido, me agradeceria porviolar seu livre-arbítrio. Mas nãoconsegui dizer isso a Deus quandomeu irmãozinho morreu. O que eudisse foi: “Deus, por que nãoviolaste o livre-arbítrio de John,permitindo-lhe que vivesse?”.

Aqui está outro problema coma teoria do livre-arbítrio: adistribuição. Assim como no casoda teoria da punição, ela nãoexplica por que algumas pessoaspassam por muito mais sofrimentoque outras.

A teoria da lei natural

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A terceira teoria diz que as leisforam criadas para reger todas ascoisas no Universo. Essas leis sãonecessárias para que o Universofuncione corretamente. De acordocom essa teoria da lei natural,alguns tipos de ação sempre têm asmesmas consequências. Então, sevocê conhece as leis, pode preveras repercussões de quebrá-las.

Quando eu era criança,machucava-me todo o tempo. Nagrande maioria dos casos, minhador era causada por uma lei natural.Eu caía de árvores. Eu batia emobjetos sólidos. Tenho mais desessenta pontos apenas do pescoço

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para cima, não mais que cinco decada vez. Massa mais velocidade éigual a impacto. As leis da físicanão se curvam a ninguém... nem aum menino.

As leis morais estão tambémentrelaçadas no tecido do Universo.Uma adolescente entrou em meuescritório certa vez. Ela seenvolvera sexualmente com alguéme engravidara. Olhou para mim comos olhos vermelhos de tanto chorare perguntou com toda a sinceridade:“Como Deus pôde fazer issocomigo?”. Ela havia violado umalei moral, e aquela era umaconsequência previsível.

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Fazemos escolhas erradas enos machucamos quando violamosa lei natural. Mas nem todo o nossosofrimento é resultado de nossasescolhas. No mês passado, realizeio funeral de uma amiga que morreude câncer de pulmão, embora elanunca tenha fumado um únicocigarro em toda a sua vida. Todosconhecemos histórias assim.Portanto, a teoria da lei natural nãoconsegue fornecer explicaçõessatisfatórias para todos os tipos desofrimento.

SOFRIMENTO: RESPOSTASPARA A MENTE

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Se as teorias da punição, do livre-arbítrio e da lei natural não podemoferecer uma explicação abrangentee racional para a existência do male do sofrimento, o que poderia?

Deixe-me resumir a lógicasubjacente à boa parte(provavelmente à maior parte) daincredulidade relacionada com amente: “Não vejo uma única boarazão para o que aconteceu, e,como não consigo ver uma razão,não existe uma razão”. Esse tipo dearrogância pode nos cegar,impedindo-nos de enxergar averdade. Deixe-me usar umailustração para explicar o que

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quero dizer.Quando meu filho tinha dois

anos, ele caiu e cortou a pálpebra,precisando levar pontos (o molequecomeçou bem nessa questão delevar pontos, o que também medeixou um pouco preocupado nocomeço, mas ele está crescidoagora e acabou superando isso; eu éque acabei ganhando dele nonúmero de pontos). Levei-o para asala de emergência, e eles ocolocaram em algo que aenfermeira chamou de “bolsacanguru”, como aquelas paracarregar bebês. Mas era na verdadeuma camisa de força amarrada nos

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braços e nas pernas para ele nãoconseguir se mover. Segurei-lhe acabeça, porque ele não entendia oque se passava. Eu estava tentandoacalmá-lo. Fiquei dizendo:“Jeremy, vai ficar tudo bem. Filho,tudo bem, tudo bem”. Mas, quandoa agulha do médico entrou na feridaaberta e a perfurou, Jeremy olhoupara mim, os olhos me acusando dopior tipo de traição. Ele gritou aplenos pulmões: “Não está bem!”.Ele não podia conceber nenhumaboa razão para eu permitir que sesujeitasse à dor insuportável queexperimentava naquele momento.

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Considere escopo e escala

Minha primeira resposta para amente é simplesmente essa. Seexiste um Deus grande o suficientepara você ficar indignado com elepor permitir o mal, a dor e osofrimento, então esse Deus égrande o suficiente para ter motivosque você e eu nem podemoscomeçar a entender.

Vamos voltar a quando meuirmão caçula morreu e eu exigi umaresposta ao meu “por quê?”. O queaconteceria se Deus tivesse descidoe dito: “Joe, você queria saber aresposta, então decidi escrevê-la.

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Aqui está. Mas preciso avisar que éum pouco complicada. Eu uso muitamatemática avançada. Há váriasdimensões que você não sabe queexistem, e há pessoas que voumencionar que ainda nem sequernasceram. Mas você exigiu que eurespondesse a seu questionamento;então aqui vai”?

O que eu faria? Eu pegaria aresposta, a examinaria e por fimjogaria as mãos para o alto,dizendo: “Ainda estou sem meuirmão, ainda sofro, e o fato de Deusresponder ao meu questionamentoainda não resolve em nada o meuproblema”. Talvez foi por isso que

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Deus nunca respondeu aosquestionamentos de Jó. Ou aosmeus. Ou aos seus.

Falando por meio do profetaIsaías, Deus expressa essa verdadeda seguinte maneira: “Porque osmeus pensamentos não são osvossos pensamentos, nem os vossoscaminhos são os meus caminhos[...] Porque, assim como o céu émais alto do que a terra, os meuscaminhos são mais altos que osvossos caminhos, e os meuspensamentos mais altos que osvossos pensamentos”.[63] Essaspalavras têm por objetivo eliminarnossa arrogância e nos estender

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braços grandes e amorosos ondepodemos confiantemente descansarnossa mente.

Considere nossa respostadiante do mal

E as pessoas que não acreditam emDeus por causa de toda a dor esofrimento no mundo? Elas veemnovos relatórios de violência einjustiça e balançam a cabeça,dizendo: “Viu só? Isso éabsolutamente horrível! Só podehaver uma resposta: não existeDeus nenhum”. Mas essa respostanão resolve a questão do mal e do

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sofrimento. Deixe-me explicar.Se Deus não criou os seres

humanos, a teoria da evoluçãoinforma que surgimos por meio deum processo de seleção natural —o que quer dizer que certascriaturas mais adaptadas a seuambiente são mais propensas asobreviver e a se reproduzir. Nestemundo, não há nenhum “bem” enenhum “mal”. A única coisa queimporta é saber se ou quanto vocêconsegue se reproduzir antes demorrer.

Isso significa que, se Deus nãonos criou, não podemoslogicamente falar do ponto de vista

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de bem versus mal. Por quê? Pelamesma razão básica pela qual, amenos que a luz exista, não fazsentido falar de escuridão. Nãopodemos definir o mal sem um bemque se ponha em contraposição aele. E isso significa que deve haveralguma realidade externa e objetivapela qual o bem e o mal possam sermensurados. A Bíblia identificaessa realidade externa e objetivacomo Deus. A Bíblia diz que Deusé santo, que Deus é amor, que Deusé misericordioso, paciente ebondoso. Tudo o que é diferente deDeus e se opõe a ele é mau.

Assim, quando uma mulher

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afoga seus quatro filhossistematicamente, um após o outro,ficamos horrorizados. As mães nãopodem fazer uma coisa dessa.Todos sabemos que esse ato éprofundamente mau. Por maisconfusa ou mentalmente instávelque a mulher estivesse, o que elafez foi mau. Reagimos de maneirasemelhante às atrocidades doracismo, da escravidão, daopressão, da separação de classes,do genocídio e do tráfico decrianças. Sabemos que são coisasmás.

Mas como sabemos? Por quepessoas de todas as culturas ao

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longo da história sabem quealgumas coisas são boas e outrasmás? Se simplesmente evoluímospela seleção natural, essascategorias têm pouco ou nenhumsentido. Mas, se fomos criados porum Deus santo e bom, elas fazemtodo o sentido.

A pessoa que vê o mal nomundo e conclui que não há Deusentendeu tudo errado. A existênciado mal não nos informa que não háDeus. Antes, nossa capacidade dereconhecer o mal nos informajustamente que há um Deus.

Assim, quando alguém diz queviu males tão chocantes a ponto de

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precisar concluir que Deus nãoexiste, essa pessoa ainda não lidoucom o problema subjacente — aexistência do mal. A respostaintelectualmente coerente é admitir,por mais irônico que pareça, que,como o mal existe, Deus precisatambém existir.

SOFRIMENTO: RESPOSTASPARA O CORAÇÃO

Passemos agora da mente para ocoração. Se você estáexperimentando dor e passou porsofrimentos, o que de fato o ajuda?Quando meu irmãozinho morreu,

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lembro-me de ter perguntado aDeus “por quê?” vez após vez. Sevocê já passou por algum tipo dedor, sabe que não tem comoescapar de se perguntar “por quê?”.Você fica obcecado com apergunta. Mas fazer essa perguntararamente o ajuda a se sentirmelhor.

O que de fato ajudou quandomeu irmão mais novo morreu foiquando alguém que tinha passadopelo sofrimento vinha e sentavacomigo. Eu estava envolvido naigreja, de modo que vinham muitaspessoas; mas eu não confiava emninguém que não tivesse passado

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por uma dor de verdade. Eu tinhauma afinidade especial com aspessoas que também tinham perdidoum irmão. E ainda tenho.

As pessoas que maissignificavam para mim eram as quesimplesmente sentavam e choravamcomigo. Se você já passou pelador, entende o que quero dizer. Elaschoravam comigo e diziam: “Vouficar ao seu lado e passar por issocom você”. Essa era a única coisaque ajudava.

O Deus que está conosco emnossa dor

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Você sabia que o cristianismo é aúnica religião do mundo que temum Deus que sofre? Nenhuma outrareligião nem de longe sugere que oDeus do Universo tenha secolocado alguma vez na posição desofrimento. Mas, no cristianismo, omal e o sofrimento são problemastão grandes para nós que passarama ser um problema para Deustambém. Deus lidou com oproblema entrando pessoalmente noâmbito do mal e do sofrimento. Épor isso que o Filho de Deus veioao mundo.

Dezoito meses depois de meuirmão mais novo morrer, quando eu

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ainda estava furioso com Deus, umversículo da Bíblia me desarmou. Éo menor versículo da Bíblia, quediz: “Jesus chorou”.[64] Derepente, o profundo significadodessas duas palavras e suaaplicação para a minha vidatornaram-se claros. O Deus doUniverso senta ao meu lado e senteminha dor. E ele chora.

Deus raramente responderá aseu “por quê?”, se é queresponderá. Em vez disso, ele seaproxima e sussurra: “Vou chorarcom você, e não só vou chorar comvocê, mas sei o que significaexperimentar todo tipo de mal

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inimaginável e de dor excruciante”.Quando Deus enviou seu Filho aomundo, Jesus não usou uma varinhamágica para fazer o mal e osofrimento desaparecerem. Em vezdisso, entrou na dor, no sofrimentoe no mal de nosso mundo e, emseguida, com um amorinimaginável, foi para a cruz a fimde lidar com o mal que existedentro de você e de mim.

O Deus que redime nossosofrimento

Jesus é o “Autor e Consumador danossa fé, o qual, por causa da

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alegria que lhe estava proposta,suportou a cruz”.[65] Uma traduçãodesse versículo usa “Pioneiro” emvez de “Autor”. Gosto de pensar emJesus como o Pioneiro que abriu ocaminho do mal para a alegria. Elese oferece para entrar em nossa dore percorrer a trilha que ele abriu.Ele enxuga nossas lágrimas, apontao caminho adiante de nós esussurra: “Em alguma altura dessecaminho, você descobrirá que seusofrimento foi redimido, eexperimentará a presença do amorde Deus que fará toda uma vida desofrimento parecer como uma únicanoite maldormida em um hotel”.

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Minha segunda viagemmissionária foi muito, muito difícil.Tinha 25 anos de idade e estavaconduzindo a viagem com meuirmão mais velho, Brian. A certaaltura, nossa equipe já estava semcomida e água fazia um bom tempo.Estávamos doentes, com disenteria,e exaustos e congelando de frio,viajando pela parte mais fria dasmontanhas ao sul da Bolívia, emuma viagem de trem de uma noiteinteira. Havíamos partido de umacidade chamada Uyuni com destinoa outra de nome Wanuni, e pensei:“Será que é muito diferente?”.Hospedamo-nos em albergues

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durante toda a viagem. Nem sequertínhamos encontrado um hotel. Osalbergues dispunham de um únicobanheiro em cada andar e raramentecontavam com água corrente.Quando a ofereciam, não tinha águaquente. Não havia aquecimentonesses lugares, nem boa comida.Foi horrível. Essas cidades eramterríveis em todos os sentidos, eaqui estávamos nós, viajando anoite toda de Uyuni para Wanuni.

Lembro-me dessa viagem detrem como se fosse ontem. Eu tinhavestido toda a roupa que tirara damala e, ainda assim, estavatremendo de frio. Quando entrei no

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modo “crepúsculo”, entre a vigíliae o sono, ouvi uma pessoacomeçando a choramingar e escuteicom atenção por um instante, atéperceber que a pessoa que choravaera... eu! Foi lamentável. Fiquei alisentado, muito mal.

Quando chegamos a Wanuni,meu irmão e eu mandamos a equipeà nossa frente antes de entrar noúltimo táxi e pegar a estrada. Aofazer a última curva, lá estava:cinco andares de altura, comgrandes letreiros iluminados emque se lia “Hotel Terminal”.

Brian e eu entramos, e elecheirava como... um hotel! Depois

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fomos para nossos quartos edescobrimos que cada um tinha seupróprio banheiro! Abri a cortina dobox, e havia dois registros, doisregistros! Abri o registro da águaquente, e saiu água quente deverdade do chuveiro.

Todos tomamos banho quente,vestimos roupas limpas e fomospara o restaurante do hotel. Todospedimos bife e ovos. Sentamos àvolta da mesa e rimos até aslágrimas rolarem pelo rosto! Maspor que estávamos rindo?

Não estávamos rindo porqueera um hotel maravilhoso. Você nãoentra num hotel da rede Four

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Seasons e começa a dargargalhadas, não é? Não estávamosrindo porque alguém contara umanova piada. Estávamos rindoporque a dor da noite anteriorestava sendo redimida.

Estávamos rindo e nos fartandocom bife e ovos; então alguémvirou-se para mim e disse: “Joe?Era você que estava chorando nanoite passada no trem?”. Respondi:“Eu estava mal! Cara, estavacongelando!”. Todos sentimos frio.E todos sentimos fome. Mas nãoestávamos mais com frio e fome.

Nossas lágrimas de dor tinhamse transformado em lágrimas de

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alegria — nossas lágrimas haviamsido redimidas.

O cristianismo é a únicareligião no mundo que tem um Deusque sofrerá por você e depoisentrará no meio de sua dor e sesentará a seu lado. E chorará.

Ele é o único Deus que abriucaminho da cruz para a alegria, demodo que suas lágrimas aqui naterra um dia se transformarão, nocéu, em lágrimas de alegria. Um diavou sentar com meu irmão maisnovo, John, e riremos até que aslágrimas rolem em nosso rosto.Mas não riremos porque o céu émaravilhoso. Vamos rir porque

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nossas lágrimas aqui foramfinalmente redimidas.

O Deus do cristianismo ésingular. E, não se engane, ocristianismo corretamentecompreendido e aplicado é a únicareligião que oferece respostasprofundas e satisfatórias para oproblema do mal e do sofrimento,tanto para a mente quanto para ocoração.

* * *É verdade que existem muitas

religiões no mundo. Será que todaselas não têm seu mérito? Será quesão todas essencialmente a mesma

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coisa? Abordaremos essas questõesa seguir.

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CincoAS RELIGIÕES NÃOSÃO TODAS IGUAIS?

Jesus disse: “Eu sou o caminho, averdade e a vida; ninguém chega aoPai, a não ser por mim”.[66] Ocaráter exclusivo dessa afirmaçãode Jesus não poderia ser maisclaro! Jesus afirmou ser o caminho,a verdade, a vida. Alegou ser oúnico caminho para Deus Pai.

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É em razão dessas afirmaçõesque os críticos meneiam a cabeça edizem: “É isso que odeio nocristianismo! Vocês, cristãos, seacham os únicos certos econsideram que todos os outrosestão errados!”. Esses críticosforam influenciados por uma crençaque está presente na correntesanguínea da cultura. Essa crençaage como um anticorpo — torna aspessoas praticamente imunes,incapazes de reconhecer até mesmoque é possível uma religião serverdadeira e outra, falsa. O nomeque a teologia dá a essa crença é“pluralismo religioso”.

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Quando você começa a falarsobre Jesus às pessoas que foramcontaminadas pelo pluralismoreligioso, talvez elas respondam daseguinte forma: “Ah, mas é oseguinte: eu acredito que todas asreligiões são basicamente a mesmacoisa”. O objetivo dessadeclaração é encerrar de vezqualquer conversa sobre o fato deJesus ser quem ele dizia ser. Ospluralistas religiosos são muitasvezes bem polidos, mas por dentrotalvez estejam vociferando: “Levesua mensagem insultante eexclusivista para longe daqui e nãome faça perder mais tempo!”. E, se

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o pluralismo religioso forverdadeiro, essas pessoas estãocertas, ou seja, as reivindicaçõesdos cristãos fiéis à Bíblia são defato arrogantes, insultuosas ecruéis.

Mas também não podemosculpar inteiramente os pluralistasreligiosos por seus temores. Oexclusivismo cometeu coisasterríveis no mundo. Aexclusividade pode facilmenteresultar em um grupo de pessoasque se sentem superiores, queolham com desdém para os demais.Esse tipo de atitude é culturalmenterepulsiva e também perigosa. Pense

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no caso de Adolf Hitler e doTerceiro Reich. O racismo é outroexemplo clássico. O racismo jácausou danos terríveis em todo omundo e em nossa nação. Umnúmero incontável de famílias eindivíduos foi irreversivelmentemarcado por ele.

Que ironia: as pessoas podemrejeitar a beleza e a maravilha doevangelho simplesmente porque nãopodem aceitar a possibilidade deque algo bom também possa serexclusivo!

COMO PAULO ENTENDIA OPLURALISMO RELIGIOSO

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Então, como o pluralismo religioso,essa rejeição da exclusividade,tornou-se tão popular? Nos EstadosUnidos, bem como em muitas outraspartes do mundo, basta examinarseu próprio bairro para encontraruma das razões principais: oaumento da imigração e aconsequente diversidade cultural.Essa tendência produziu dinâmicassociais muito interessantes e emvários sentidos tornou maisdesafiadora qualquer conversasobre Jesus.

Suponhamos que uma famíliavinda da Índia se mude para a casaao lado da sua. A princípio, você

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nem sabe muito bem o queencontrará. Logo, porém, descobreque são pessoas maravilhosas,vizinhos fantásticos. Você pensa:“Será que estou mesmo pronto paralhes dizer que o hinduísmo estáerrado e que é o cristianismo queestá certo?”. Quando seus filhosforem para a universidade,encontrarão todo tipo de pessoas.Talvez voltem para casa dizendo:“Agora tenho amigos de todas aspartes do mundo. Você precisasaber que alguns dos meus amigosnão cristãos são pessoas melhoresque alguns dos meus amigoscristãos”.

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Nada disso, no entanto, é defato novidade. O evangelho tem sechocado contra o pluralismoreligioso há dois mil anos. Em Atos17, Lucas relata a visita doapóstolo Paulo a Atenas, que naépoca era a capital da diversidadereligiosa do mundo. Atenas era olar de epicureus, estoicos, pagãos,judeus e gregos todo tipo de gente,com todo tipo de crença. E era umacidade cheia de ídolos religiosos.Tudo era aceitável quando setratava de religião. Para osatenienses multiculturais, atolerância religiosa desenfreada erauma virtude.

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Ainda assim, Paulo nãopercorreu as ruas de Atenas econcluiu: “Bem, parece-me quetodos estão bem firmes em suascrenças por aqui, e algunsaparentam ser pessoas muito boas;então vou simplesmente seguir meucaminho”. Tampouco ele disse:“Meu, que gente difícil, essa! Se eucomeçar a dizer a eles que Jesus éo único caminho para Deus, onegócio vai ficar feio por aqui”.Em vez disso, ele ficou muitoperturbado com o fato de que opovo não conhecia a verdade sobrea salvação por meio de JesusCristo. Então ele se aproximou

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deles com respeito e, em seguida,trouxe-lhes a única verdade sobre aboa-nova exclusiva.

Até certo ponto, aexclusividade sempre será umdivisor de águas. Ela impõe umasituação em que algumas pessoasestão “dentro” e o restante está“fora”. Essa é uma das principaisrazões por que uma conversa sobrecristianismo versus outras religiõespode ser algo tão delicado: pode setransformar em nós versus eles,superior versus inferior, os dedentro versus os de fora. Se você jáparticipou de “discussões” commembros da família, amigos ou

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vizinhos sobre o assunto, sabe quenão é difícil a situação ficaremocionalmente tensa.

Você pode falar de Jesuscom uma pessoa que diga:“Eu acredito que todas asreligiões ensinam aspessoas a ser boas; só quecada religião tem umamaneira ligeiramentediferente de fazer isso. Ocristianismo oferece umprocesso para tornar aspessoas boas. Mas omesmo acontece com o

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budismo, com ohinduísmo... São várias aspossibilidades”.Você pode falar de Jesuscom outras pessoas quedigam: “Espere um pouco!Você está me dizendo quesomente os cristãos vãopara o céu? E que todas asoutras pessoas do mundovão para o inferno? Comoeu não creio em Jesus,estou indo para o inferno?É isso que está dizendo?”.Você talvez pense: “Puxa, éisso que estou dizendo?”.Você pode ouvir outros

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ainda dizerem: “Sabe deuma coisa? Você nãodeveria impor suas crençasàs pessoas. A coisa que eunão gosto em vocês,cristãos nascidos de novo,é que estão sempre tentandoconverter os outros.Simplesmente guarde tudoisso para você”.

Aí estão situações realmente

difíceis. A exclusividade nuncateve muito sucesso em umasociedade marcada peladiversidade, seja nos Estados

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Unidos do século 21, seja naAtenas do primeiro século. Paulopassou muito tempo ou serecuperando de espancamentos, ousentado em prisões por não quererdeixar de pregar o caráterexclusivo do cristianismo. Comoquase todos os apóstolos, acabousendo executado por pregar essaexclusividade.

Jesus deixou muito claro que oevangelho jamais será umamensagem aceitauniversalmente.[67] Ainda assim, éa mensagem que devemostransmitir. Porque, se é verdade oque Jesus disse a seu respeito na

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Bíblia, então a mensagem dele é amais importante que a humanidadejamais poderia ouvir.

Então, o que devemos fazer?No capítulo 4, eu disse que é

raro alguém ter reservas puramenteintelectuais em relação aocristianismo. Essas reservas quasesempre envolvem tanto a mentequanto o coração. Isso também seaplica quando tratamos dasquestões ligadas ao pluralismo e àexclusividade. A solução se voltaprimeiro para a mente e depoispara o coração.

EXCLUSIVIDADE:

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RESPOSTAS PARA A MENTE

A posição fundamental dopluralismo religioso é que todas asreligiões levam a Deus. No entanto,se você puder agir com cortesia,bondade e respeito, poderá ajudaros pluralistas religiosos acomeçarem a ver um problemafundamental nessa afirmação. Eu ochamo “a Casa em Chamas”.

Muitos caminhos para océu: a casa em chamas

A Bíblia diz que Deus abriu um sócaminho ao enviar seu Filho parasofrer uma morte dolorosa na cruz.

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O grau de dor que Jesus sofreuultrapassa a imaginação em todosos níveis — físico, emocional eespiritual. Mas ele aceitou passarpor isso para abrir um caminho —o único caminho —, para quepecadores pudessem ser salvos,encontrassem o caminho de voltapara Deus e desfrutassem dele nocéu para todo o sempre. Com issoem mente, aqui vai uma ilustraçãoque mostrará por que não hánenhum sentido para que Deusfizesse isso caso houvesse muitoscaminhos para a salvação.

Suponhamos que minha casaesteja em chamas e cheia de

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pessoas com quem me importograndemente. Meu filho, Jeremy, ébem grande. Suponhamos queJeremy corresse até mim, gritando:

— Papai! A casa está pegandofogo! Vou me lançar contra a portaem chamas para derrubá-la e assimpermitir que as pessoas possamsair!

Eu diria:— Se você fizer isso, cairá

bem em cima das chamas!Mas ele diz:— Sim, eu sei, mas é o único

jeito.Eu poderia me imaginar talvez

dizendo:

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— Vá!E o filho a quem eu amo, meu

único filho, correria e derrubaria aporta em chamas, sofrendo umamorte excruciante. No entanto,todas as pessoas que estavam nacasa seriam salvas. Esse sacrifíciofaria algum sentido.

Mas suponhamos que alguémdissesse: “Existem dezenas demaneiras de sair da casa, e algumasdelas são realmente muito fáceis.Tudo o que você precisa fazer éandar e estará fora da casa”.Digamos que haja 48 maneirasdiferentes de deixar a casa. Nessecaso, nenhum pai, de modo algum,

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enviaria seu único filho para sofreruma morte atroz só para possibilitara 49ª maneira de deixar a casa. Issonão faz nenhum sentido! Por issonão há nenhum sentido em vocêdizer que acredita que ocristianismo seja apenas um dosmuitos caminhos.

Todas as reivindicações sãoalegações de verdade: o“paradoxo pluralista”

Aqui está outro argumentoimportante que pode ajudar ospluralistas religiosos caso você osaborde da maneira certa. Eles

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precisam ver que todas asreivindicações de verdade são adescrição de uma pessoa (ou de umgrupo de pessoas que pensamparecido) daquilo que é real —daquilo que é a realidade.

Esse ponto depende dadeclaração fundamental segundo aq u a l cada reivindicação deverdade é exclusiva por natureza .Em outras palavras, sempre queduas reivindicações de verdadeentram em conflito, uma está certa ea outra, errada. As duas não podemser verdadeiras ao mesmo tempo.Reivindicações de verdadecontraditórias são mutuamente

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excludentes.Se você disser que a Terra é

redonda, e eu disser que ela éplana, nós dois fizemos alegaçõesexclusivas de verdade — as duasnão podem ser verdadeiras aomesmo tempo. Uma asserção deveestar certa, e a outra deve estarerrada. Suponhamos que eu meaproxime de um casal, olhe para aesposa e pergunte:

— Você está grávida? (Jamaisrecomendaria que alguém fizesseisso.)

Ela diz:— Sim.Mas no mesmo momento o

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marido diz:— Não.As afirmações de verdade dos

dois são a descrição da realidadede cada um, e as duas não podemser verdadeiras ao mesmo tempo.

Esse mesmo princípio aplica-se ao pluralismo religioso, quandoalguém diz que há apenas umcaminho e outra pessoa diz que hámuitos caminhos. Essas duasalegações são reivindicações deverdade. Essas duas alegações sãoexclusivas. E apenas uma delas éverdadeira; a outra deve ser falsa.

O pluralista que afirma “Ocristianismo me incomoda porque,

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para os cristãos, o caminho deles éo único certo” não percebe que, aofazer essa afirmação, tambémentrou em uma arena exclusiva: seele estiver certo, todos os quepensam que só há um caminhodevem estar errados. Osadversários da exclusividadepassam a ser vítimas de seu próprioargumento. A isso dou o nome de“Paradoxo Pluralista”.

Todas as reivindicações sãoreivindicações de verdade:“Ninguém tem como saber”

Se você encontrar um pluralista

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realmente bom e experiente, eledirá algo assim: “Ninguém podesaber se seu caminho é o certo.Você não tem como saber, e eu nãotenho como saber. Ninguém podesaber ao certo”. No cristianismo,porém, cremos que Deus serevelou, e é somente pelaautorrevelação de Deus queconhecemos a verdade:

No passado, por meio dosprofetas, Deus falou aos paismuitas vezes e de muitasmaneiras; nestes últimos dias,porém, ele nos falou pelo Filho,a quem designou herdeiro detodas as coisas e por meio de

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quem também fez o universo. Eleé o resplendor da sua glória e arepresentação exata do seuSer...[68] Essa é uma reivindicação de

verdade, e é exclusiva por natureza.Os cristãos creem que Deus serevelou em Jesus Cristo, o Homem-Deus. Mas, quando o pluralista diz“Ninguém pode saber se seucaminho é certo ou errado”, eletambém está fazendo umareivindicação de verdade: “Deusnão é alguém que, por sua natureza,revele coisas. Ninguém tem comosaber. Estou certo disso, e você

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está errado”. Acontece que essareivindicação de verdade é tambémexclusiva por natureza.

Toda vez que você ouviralguém incomodado pelo fato de asalegações do cristianismo seremexclusivas, pergunte o que essapessoa pensa ser verdade. Ereconheça que tudo o que sai daboca dessa pessoa é igualmenteexclusivo. Toda reivindicação deverdade é exclusiva por natureza.Ponto final. Mesmo a afirmação deque “ninguém tem como saber”.

EXCLUSIVIDADE:RESPOSTAS PARA O

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CORAÇÃO

Uma conversa respeitosa que utilizealgum tipo de ilustração, como a da“casa em chamas”, ou umadiscussão sobre o “paradoxopluralista” muitas vezes podeganhar a atenção mesmo de umpluralista religioso comprometido.Mas preciso adverti-lo de antemão.Vencer os argumentos da “mente”não ganhará ninguém para Cristo. Oanticorpo cultural sobre o qual faleipassa pela mente e se instala nofundo do coração. Ele produz umcaldo tóxico de temores:

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O medo da autoimagem: terde reconhecer que por todaa vida você estevefundamentalmente erradosobre as questões maisimportantes da existência.O medo da reputação: opotencial de ser visto pelosoutros como alguém que seuniu a um grupodescaradamente exclusivo ese tornou assim umaespécie de fundamentalistaparcialmente insano.O medo do desconhecido:não saber o que a fé emCristo implica para o estilo

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de vida e o futuro dealguém.

Por essas e outras razões, é

vital que proporcionemos meiospara o coração superar o medo.

O amor vence o medo

Já fiz alusão ao que vou dizeragora, mas o melhor antídoto paraos temores naturais do pluralistareligioso é deixar o evangelhopenetrar em você tão fundo a pontode produzir humildade, nãoarrogância. O apóstolo Pedro

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expressa assim essa verdade: “...reverenciai a Cristo como Senhorno coração. Estai semprepreparados para responder a todo oque vos pedir a razão da esperançaque há em vós. Mas fazei isso commansidão e temor...”.[69]

Conheci muitos pluralistasmais espertos que eu; a apologéticanão é uma batalha de inteligências.Conheci muitos pluralistas cujamoral é melhor que a minha; não éuma questão de dizer quem é a“pessoa mais íntegra”. Qualquertipo de confronto dessa natureza éuma interação em que não podehaver ganhadores. Se eu me

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importo com as pessoas,independente de quem sejam, devoser humilde, gentil e respeitoso aofalar com elas. Não apenas convémque eu seja assim; mas éimprescindível.

Lembre-se de que, nocristianismo, não sou “aceito”porque sou particularmente bom.Sou “aceito” porque souparticularmente mau — e porqueparticularmente preciso de umSalvador. Tenho o dilema dopecado e preciso de um remédiopara isso, o qual encontro apenasna única Pessoa qualificada ecompetente o suficiente para ser

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meu Salvador. O apóstolo Paulo, ohomem que foi talvez o maiorapologista de todos os tempos,sempre manteve isso em mente. Eleescreveu: “Esta palavra é fiel edigna de toda aceitação: CristoJesus veio ao mundo para salvar ospecadores, dos quais eu sou oprincipal”.[70]

Se Paulo prega o evangelhocomo o principal dos pecadores,que implicações isso tem para vocêe para mim? Nisso tenho Paulocomo exemplo. Quando umpluralista argumenta que todas aspessoas boas vão para o céu, minharesposta é sempre a seguinte:

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— Tudo bem, mas e quanto anós, as pessoas más? Você diz queas pessoas boas vão para o céu —bons hindus, bons budistas, bonscristãos. E o que dizer daqueles denós que são maus?

Então eles dizem:— Bem, você não é mau; você

é um ministro!E eu digo:— Você não conhece o meu

coração!Aprendi isso da pior maneira

possível — se eu não abordar osdescrentes com a atitude de umpecador indigno e salvo puramentepela graça, simplesmente adiciono

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combustível aos temores deles. Ocoração nunca será penetrado comas boas-novas com base somentenos meus esforços.

Cinco palavrasfundamentais

Toda religião traz consigo umsistema de salvação — umamaneira de sair de onde você estápara o lugar aonde precisa chegar,seja o nirvana, a autorrealização ouo céu. O sistema cristão desalvação funciona com base emcinco palavras fundamentais, e,dessas cinco, quatro aparecem em

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quase todas as religiões. Uma boamaneira de abordar os pluralistasde mente aberta, mas de coraçãotemeroso, é discutir essas quatropalavras e destacar as diferenças,se houver, entre as definiçõesfornecidas pelo cristianismo eaquelas de outras religiões. Aquinta palavra somente aparece nocristianismo, e ela faz toda adiferença.

1. Pecado. Quase toda religião

diz que algo está errado com osseres humanos. Algo bem lá nofundo de nós está dilacerado — tãofragmentado que todas as pessoas

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em todas as culturas sentem que nãosão o que devem ser, como se nãovivessem à altura do padrãoesperado. Fazem coisas que aslevam a sentir-se culpadas eenvergonhadas. O cristianismo nãoé exceção. Ele afirma: “todospecaram”.[71]

2. Justiça. Quase toda religião

acredita que o mundo está empéssimo estado de equilíbrio.Quando alguém faz algo de errado,o mundo fica em desequilíbrio, ealgo precisa ser feito para que elerecupere a ordem. No hinduísmo,isso se chama carma. O carma é um

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gigantesco sistema de justiça: tudoo que vai também volta. Toda açãotem uma reação igual e oposta. Nocristianismo, acreditamos que Deusé santo, reto e inteiramente justo. Eo mundo é governado pelo sistemasupremo de justiça de Deus —todos os erros serão corrigidos,seja no tempo, seja na eternidade.

3. Amor. É nesse ponto que o

cristianismo começa a brilhar e a sedistinguir das outras religiões.Toda religião fala de amor, mas ocristianismo fala de um tipodiferente de amor. O cristianismofala de um Deus que o ama

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enquanto você está ainda em totaldesordem. A essência de Romanos5.8 é que, embora tenhamos sido (eainda sejamos) pecadorescomplicados, Deus nos invade comseu amor. Ele não diz “Conserte-seprimeiro, e, quando for bom osuficiente, eu o receberei”. Em vezdisso, ele diz: “Eu o amo — venhacomo está”. Inacreditável!Nenhuma outra religião fala deDeus nos amando dessa maneira.

4. Sacrifício. Toda religião

fala de sacrifício, mas todas asoutras religiões falam sobre osacrifício que você deve fazer para

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apaziguar Deus. Somente ocristianismo fala do sacrifício queDeus fez para reconciliá-lo comele. Essa é uma enorme distinção.O apóstolo Pedro escreveu:“Porque também Cristo morreu umaúnica vez pelos pecados, o justopelos injustos, para levar-nos aDeus...”.[72]

5. Graça. Nenhuma outra

religião fala sobre graça. Isso éalgo exclusivo do cristianismo. Agraça é o ponto culminante de todasas quatro palavras anteriores. Agraça acontece porque Deus o amoutanto (e isso quando você ainda era

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uma complicação só) que fez umsacrifício profundo o bastante paraapaziguar o próprio senso que elemesmo tem de perfeita justiça,permitindo-se, assim, perdoar opecado que você cometeu e comete.Ele oferece tudo isso a você emforma de graça — como umpresente que você simplesmentenão pode conquistar nem merecer.“Porque pela graça sois salvos, pormeio da fé, e isto não vem de vós, édom de Deus; não vem das obras,para que ninguém se orgulhe”.[73]

Os cristãos que corretamente

compreendem e aplicam o sistema

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cristão de salvação nunca vão sesentir superiores em relação aosque seguem outras religiões, oumesmo em relação a ateusdeclarados. Por quê? Porque nãosomos salvos nem unidos a Deuspor nenhuma bondade ou méritoinerente a nós — somos salvosainda que sejamos maus, porqueDeus é gracioso. E isso faz toda adiferença do mundo. Em nossosistema, somos salvos pela graça.Isso significa que, quando olho parao meu próximo hindu, é possíveladmitir que ele é uma pessoamelhor do que eu, mesmo que eu meaproxime dele com as boas-novas.

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Essa abordagem — averdadeira atitude cristã da Bíblia— pode dissipar até a raiz ostemores do pluralista.

Até onde você conseguenadar?

Aqui está outra forma de dizer amesma coisa — outra maneira depenetrar o coração das pessoas.Suponhamos que uma pessoapudesse chegar ao céu atravessandoo oceano Atlântico a nado de NovaYork a Lisboa. Temos aí umadistância de quase 5 milquilômetros. Vamos fazer de conta

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que o nível de bondade de umapessoa determine a distância queela consegue nadar.

Jesus disse que, para chegar aDeus por si mesmo, você tem de serperfeito. Assim, em nossa analogia,você teria de nadar toda a distância— todos os quase 5 milquilômetros. Ele disse: “Sede, pois,perfeitos, assim como perfeito é ovosso Pai celestial”.[74]

Vamos começar por MadreTeresa, uma pessoa que fez coisasincrivelmente boas. Mas MadreTeresa incluiu a si mesma quandodisse: “Jesus morreu na cruz porquefoi isso que precisou fazer para o

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nosso bem — para salvar-nos denosso egoísmo e pecado”.[75]Então, por sua própria admissão,Madre Teresa também está aquémem nossa analogia. Nem mesmo elaconseguiria nadar os quase 5 milquilômetros.

Digamos que eu seja umpéssimo nadador e nade por voltade 90 metros antes de começar a meafogar, precisando de um salvador.Você entende o que quero dizer...Ninguém chega a Lisboa nadandotodos os quase 5 mil quilômetros.Ninguém. E ninguém chega a Deuspor “bondade” própria.

Todos precisamos de um

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Salvador.Se a distância entre a santa

perfeição de Deus e nossapecaminosidade fossem meros 5mil quilômetros, seria uma coisa.Talvez algum dia alguém pudessenadar até ele. Mas a distância entrenós e a santidade de Deus é maissemelhante à extensão de umagaláxia. Nossa necessidade de umSalvador é desesperadora. E, nessesentido, somos todos simplesmenteiguais. Todos ficamos aquém doideal.

É por isso que o cristianismo éa única religião em que posso olharpara o meu próximo e dizer: “Sabe

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de uma coisa? Você é muito melhorque eu. Mas, caro amigo, quero quevocê saiba que você não vaiconseguir! Você não vai conseguirpercorrer todo o caminho até Deuspor suas próprias forças. Mas tenhoboas notícias. Há um Salvador queo ama tanto que, enquanto vocêainda está a ponto de se afogar, elejá fez um sacrifício tão grande porvocê que apaziguou seu senso dejustiça. Ele se oferece para perdoarseu pecado. E ele se oferece a vocêpor meio da graça”.

A questão é a seguinte: ocristianismo, com toda suaexclusividade, é a religião mais

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inclusiva que o mundo já conheceu.Nenhuma outra religião do mundo éassim. Por meio do sacrifício deJesus, o cristianismo fala da graçaaos bons e aos maus, aos quepodem nadar mais de 300quilômetros e aos que nãoconseguem mais que 90 metros eaté mesmo para os que não sabemnadar.

Todos precisam de umSalvador, e o cristianismo ofereceesse Salvador a todos nós.

UMA PALAVRA FINALSOBRE COMO AJUDAR OPLURALISTA

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Quando você estiver conversandocom um pluralista, não se afastesimplesmente, com medo dasatitudes, das acusações, daarrogância, ou desprezo. Deixe queseu amor vá além de tudo isso.Como cristãos, nós de fato temosuma verdade exclusiva e universal.Mas isso jamais deve fazer comque nos sintamos superiores.Jamais pode nos encher de orgulho.Em vez disso, deve capacitar-nospara amar as pessoas de outrasculturas e de outras religiões comoninguém jamais as amou.

Lembre-se: todas asreivindicações de verdade são

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exclusivas por natureza; então, areivindicação dessas pessoastambém é. Vocês estão quites nesseponto. Em seguida, compare ossistemas de salvação dos “muitoscaminhos” e destaque a razão porque não há nada como ocristianismo.

O mundo nunca viu um sistemade crenças tão glorioso ou tãomaravilhoso assim.

* * *Suponhamos que Deus o

capacite a ajudar alguém a superarsuas objeções pluralistas. Umaimportante pergunta ainda

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permanece. Como essa pessoa podeter certeza de que as reivindicaçõesde Jesus são verdadeiras? Vamostratar dessa questão no últimocapítulo.

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SeisJESUS EXISTIU DEVERDADE?

Quase todos que já estudaram apessoa de Jesus vão concordar comuma coisa: ele é uma personagemimpressionante. Há mais de doismil anos, ele nasceu em uma famíliapobre, em uma vila poucoconhecida, em um dos menorespaíses do mundo. Cresceu

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aprendendo o ofício de carpinteiroe nunca se afastou de sua terra natalmais que uns 160 quilômetros.Jamais escreveu um livro. Viveuapenas até os 33 anos de idade, esó nos três últimos anos de sua vidaganhou algum reconhecimentopúblico. Mas as pessoas de todasas partes do mundo ainda selembram dele, maravilham-se comsuas palavras e seus atos e fixam ocalendário ocidental com base nadata de seu nascimento.

Quando perguntaram aoromancista e historiador H. G.Wells: “Quem foi a maior pessoada história?”, ele respondeu: “Sou

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historiador, não sou crente, masdevo confessar, como historiador,que esse pregador pobre de Nazaréé indiscutivelmente o própriocentro da história. Jesus Cristo étranquilamente a figura maisdominante de toda a história”.[76]Outro historiador, Kenneth ScottLatourette, escreveu: “À medidaque passam os séculos, cresce aevidência de que, se calcularmospor seu impacto na história, Jesus éa pessoa mais influente que já viveuneste planeta”.[77]

A VIDA MAIS INFLUENTEDA HISTÓRIA

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Considere as muitas e variadasmaneiras como nosso mundo foimoldado pelo exemplo ou pelosensinamentos de Jesus.

Instituições pautadas pela

compaixão. Jesus ensinou quedevemos ter compaixão pelosdesvalidos, pelos marginalizados epelos pobres. Então, por todo omundo você encontrará orfanatos,centros de combate à fome ealbergues para desabrigadosfundados e administrados porseguidores de Jesus.

Jesus também curou doentes eenfermos. Assim, por todo o mundo

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você encontrará hospitais fundadose administrados por seguidores deJesus — pessoas que tentam fazer oque Jesus fez, cuidando dos quesofrem.

Responsabilidade pessoal. Os

primeiros seguidores de Jesusrejeitaram a preguiça e ressaltarama santidade do trabalho e anecessidade de trabalhar “decoração, como se fizésseis aoSenhor”.[78] Essa ética do trabalhoimpulsionou radicalmente aseconomias de todas as naçõesinfluenciadas pelo cristianismo.

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Negócios. Os ensinamentos deJesus moldaram as bases do queveio a ser a ética padrão nosnegócios do Ocidente (ainda que àsvezes praticada imperfeitamente).E, mesmo hoje, mais e maisempresas se beneficiam daaplicação da “Regra de Ouro” àforma como tratam funcionários eclientes.

Reforma social. As iniciativas

que deram origem às primeiras leisque regiam o trabalho infantil foramencabeçadas por seguidores deJesus. O fim da escravidão noImpério Britânico deveu-se em

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grande parte aos esforços deWilliam Wilberforce, que reagiu àinjustiça daquela época com baseem sua compreensão do verdadeirocristianismo. Essa reforma peloImpério Britânico por sua vezconduziu ao movimento nasAméricas para pôr fim àescravatura.[79]

Ciência. Muitos dos maiores

cientistas do mundo foramseguidores de Jesus: Galileu,Kepler, Copérnico, Roger Bacon,Blaise Pascal e Isaac Newton, paracitar apenas alguns. O trabalhodeles foi alimentado pela crença de

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que, uma vez que Deus estabeleceraum conjunto ordenado de leisfísicas pelas quais a criação opera,então é possível aprender fatosverdadeiros e valiosos sobre essasleis.

Arte. Nos últimos dois mil

anos ou mais, ninguém influenciou aarte mais do que Jesus. DeMichelangelo, Da Vinci eRembrandt a Dante, Rafael eMilton, passando por Bach, Handele Beethoven, a lista é quase infinita.

A ALEGAÇÃO ULTRAJANTEDE JESUS

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Em quase todos os sentidos, Jesus édiferente dos líderes de todas asoutras religiões importantes. Seuestilo de vida foi completamentediferente do deles. Por exemplo,não teve onde morar nos anos deseu ministério público e na maioriadas vezes associou-se a pessoas declasses mais baixas e não ligadas àreligião. Mas o que maisflagrantemente diferencia Jesus detodos os demais líderes religiosos éo fato de que ele afirmou ser Deus.

Gandhi, Buda, Confúcio eMaomé disseram que, se

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você os seguisse, eles lhemostrariam o caminho paraDeus. Mas Jesussimplesmente disse: “Eusou o caminho”.[80]Outros líderes religiososdisseram basicamente oseguinte: “Siga-me, e eu lhemostrarei a verdade”. MasJesus disse: “Eu sou [...] averdade”.[81]Outros líderes religiososdisseram: “Siga-me, e eulhe mostrarei Deus”. MasJesus disse: “Eu e o Paisomos um” e “Quem vê amim, vê o Pai”.[82]

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Uma vez ou outra, encontro

alguém que diz: “Bem, não achoque Jesus afirmou ser Deus — seusdiscípulos é que alegaram que eleera Deus”. Isso simplesmente não éverdade. Jesus foi absolutamenteclaro a esse respeito. Aliás, foi ofato de se declarar Deus que olevou à morte. Ele foi crucificadonão porque cometeu um crime, masporque fez uma declaração arespeito de si mesmo: a afirmaçãode que era igual a Deus.[83] Jesusdeclarou sem nenhum pudor: “Se,de fato, me conhecêsseis, também

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conheceríeis meu Pai”.[84] Eleafirmou que enxergá-lo era omesmo que ver Deus, crer nele eracrer em Deus, odiá-lo era odiarDeus, honrá-lo era honrar a Deus eamá-lo era amar a Deus.

No capítulo 20 do Evangelhode João, Tomé, um dos dozediscípulos, cai de joelhos e adora aJesus, e Jesus recebe essa adoraçãoe nos leva a crer que ela foiabsolutamente apropriada. Alémdisso, Jesus muitas vezes perdoouos pecados das pessoas. Como opecado é algo cometido contraDeus, ninguém está autorizado aperdoar pecados senão o próprio

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Deus, mas Jesus disse que temautoridade para tanto.[85]

Como se a divindade de Cristojá não fosse difícil demais para aspessoas digerirem, Jesus levouessas afirmações a um nível aindamais elevado. Ele alegou absolutaexclusividade. Em João 14.6, Jesusdisse: “... ninguém chega ao Pai, anão ser por mim”. Ninguémsignifica ninguém. Jesus alegouser o único caminho para Deus epara o céu.

Essas declarações parecem tãoultrajantes que precisamos nosperguntar: “Jesus existiu deverdade?”. Líderes religiosos que

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desejam ser adorados podem sedeclarar divinos, mas, se nãopuderem comprovar suasalegações, são desmascaradoscomo impostores. Se Jesus é umafarsa, ele pode ser desconsideradosem nenhum risco. Se Jesus, noentanto, é Deus, seria recomendávelque urgentemente nos agarrássemosa cada uma de suas palavras.

UM BOM MESTRE APENAS?NÃO, ISSO NÃO É UMAOPÇÃO!

É comum nestes dias ouvirmos aspessoas dizerem: “Creio que Jesus

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foi um bom mestre que ensinavaverdades morais. Só não chego aocúmulo de acreditar que ele eraDeus ou o Filho de Deus”. MasJesus não nos dá essa opção quandoafirma ser Deus. Ele não pode ser,de um lado, um bom mestre damoral e, de outro, um descaradomentiroso a respeito de suaidentidade.[86] Essas duas coisassão mutuamente excludentes.

Ninguém diria que líderes deseitas que afirmaram ser Deus eramgrandes mestres da moral. Umapessoa que afirma ser Deus só podeser uma destas três coisas: ummentiroso megalomaníaco, um

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lunático delirante ou... exatamentequem afirma ser.[87] Não há outrasopções. Jesus nunca quis dar àspessoas a opção de vê-lo apenascomo um grande mestre dosprincípios morais.

Isso nos leva à seguintepergunta: “Alguém pode provar queJesus foi quem ele alegou ser?”.Que provas temos de que Jesusexistiu de verdade? Vou examinaraqui cinco categorias de provas.

Prova número 1: Osapatinho de cristal

A maior parte dos meus leitores

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conhece a história. A madrasta e asmeias-irmãs trancafiaramCinderela, mas sua fada madrinhalhe concedeu uma noite fora decasa. Assim, Cinderela foi ao bailee dançou a noite toda. Ao soarmeia-noite, ela foge, deixandoapenas um sapatinho de cristal e umpríncipe com o coração partido.Ele olha para o sapatinho e pensa:“Ah, se eu pudesse encontrar o péque se encaixa perfeitamente nestesapato! Assim saberia que aencontrei: meu único e verdadeiroamor, minha princesa”. Uma lindahistória.

Os profetas do Antigo

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Testamento criaram uma espécie desapatinho de cristal com sessentaou mais profecias sobre a vinda doMessias. Se qualquer pessoacumprisse todas elas, então esse erao Messias. Tratamos disso nocapítulo 3. De acordo com osmatemáticos, a probabilidade dealguém se encaixar por acidente naforma desse “sapatinho de cristal”em particular é incrivelmente,absurdamente pequena.[88]

Jesus existiu de verdade? Ele éo único que se encaixa no“sapatinho de cristal” dos profetas— e isso, por si só, deve servir deprova mais que suficiente.

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Prova número 2: Osmilagres de Jesus

Jesus disse: “Se não faço as obrasde meu Pai, não creiais em mim.Mas se as faço, mesmo não crendoem mim, crede nas obras, para quevenhais a entender e saber que oPai está em mim e eu no Pai”.[89]No fundo, o que ele está dizendo éo seguinte: “Vejam o que eu faço evocês crerão, porque só Deus podefazer o que eu faço”.

Jesus desafiou as leis da físicae demonstrou autoridade absolutasobre o mundo natural.Transformou a água em vinho,

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andou sobre as águas, acalmou umatempestade com duas palavras, deuvista aos cegos, curou leprosos,ressuscitou mortos e em mais deuma ocasião alimentou milharescom alguns pães e peixes.

Muitas pessoas recusam-se acrer nos milagres de Jesus, dizendoque os apóstolos se reuniram ecriaram uma conspiração dementiras. Mas você sabia quehouve historiadores seculares daépoca de Jesus que tambémescreveram sobre seus milagres?Por exemplo, um historiador judeuchamado Josefo identificou Jesuscomo alguém que “fazia milagres e

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operava maravilhas”.[90] E Tácito,historiador romano, fez exatamenteo mesmo, acrescentando que,quando Jesus foi transferido dacustódia de Pilatos para a deHerodes, na noite anterior àcrucificação, esse monarcaesperava que Jesus realizassemilagres, porque até mesmo eleouvira falar a seu respeito.[91]

Mesmo depois de mais de doismil anos, os milagres ainda nãoforam desmascarados comofraudes. É por isso que hoje, sevocê perguntar às pessoas na rua deque forma Jesus era conhecido, nagrande maioria das vezes ouvirá

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duas coisas: pelos ensinamentos epelos milagres dele.

Jesus existiu de verdade? Eleresponderia a essa pergunta assim:“Mesmo que você não creia emmim, observe os milagres, observeo que fiz, observe como eu eraconhecido e saiba que somenteDeus pode fazer essas coisas”.

Prova número 3: Jesus, opadrão de comportamentohumano

Se você se aproximar de seupróximo e disser: “Apenas queroque saiba que, nas últimas semanas,

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seu comportamento me faz lembrarde Jesus”, mesmo as pessoas quenão creem em Deus reconhecemnisso um elogio. Ninguém seofenderia, porque o caráter deJesus destaca-se no fluxo dahistória humana como o maiselevado padrão de comportamentohumano. Dizer a alguém que essapessoa age como Jesus é o maiordos elogios, e tem sido assim pordois mil anos.

Mas como podemos saber seas caracterizações que temos deJesus são confiáveis? Temos ashistórias que seus amigos maispróximos contaram.

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Quando você passa a conhecerbem as pessoas, começa a percebersuas falhas de caráter. Um homem euma mulher se casam e, em poucotempo, eles veem um ao outro comorealmente são, com falhas e tudo omais. Até temos uma expressãopara isso: “Acabou-se o que eradoce”. Jesus nunca se casou, maspassou três anos completos comseus discípulos, especialmentePedro e João, o mais próximodeles. Certamente eles conheciam overdadeiro Jesus. Então, o quePedro disse sobre o caráter deJesus? Ele escreveu: “Ele nãocometeu pecado...”.[92] E João

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escreveu: “... não há pecadonele”.[93] Eles não disseram:“Sim, Jesus foi um grande homem,um mestre muito bom”. Em vezdisso, depois de terminar a “faseinicial de encantamento”, disseram:“Quando nos lembramos de Jesus,reconhecemos sua perfeiçãoabsoluta. Ele não cometeu um únicopecado sequer”.

O próprio Jesus concordava.Ele disse publicamente: “... façosempre o que lhe agrada [aDeus]”.[94] Depois, em João 8.44-46, Jesus desafiou seus críticos:“Quem dentre vós me acusa depecado?”. Você teria coragem de

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fazer essa pergunta a qualquerpessoa, especialmente a uminimigo? Se eu entrasse em umasala com minha esposa, meus pais,meu irmão, meus filhos, meussogros e cunhados e meus amigosmais chegados e dissesse:“Escutem aqui todos. Eu desafioqualquer um aqui a citar um únicopecado meu”, eles ririam de mim.Então todos iam imediatamente medeixar falando sozinho. QuandoJesus fez essa pergunta a seuscríticos, porém, eles não tinhamnada para dizer. Não tinham mesmoo que dizer. Por fim, usaram umpredicado para se referirem a ele.

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Eles perguntaram: “Não andaramdizendo que você é samaritano?”, oque na época era um grande insulto.Como se fossem alunos do segundoano do ensino fundamental dizendo:“Seu boboca”.

Aproxime-se de qualquerpessoa na rua e diga: “Descrevauma situação em que é errado agircomo Jesus. Qualquer situação.Apenas me cite uma em que agircomo Jesus seria errado”. Queressas pessoas creiam em Jesus,quer não, é provável que digamalgo como: “Bem, isso é umapegadinha, certo? Porque sersemelhante a Jesus significa fazer o

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que é certo”.Jesus afirmou ser Deus, e,

quanto mais de perto você examinaseu caráter, mais convencido ficade que ele não era apenas um bomhomem; seu caráter é apresentadocomo padrão de perfeição em todoo mundo. Mesmo depois de doismil anos.

Prova número 4: O túmulovazio

Jesus fez também algumasprevisões. Reuniu seus discípulose, basicamente, disse: “Estamossubindo para Jerusalém, e se

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cumprirá com o Filho do homemtudo o que foi escrito pelosprofetas; pois ele será entregue aosgentios, que haverão deridicularizá-lo, insultá-lo e cuspir-lhe; e, depois de espancá-lo, eles omatarão; mas ele ressuscitará aoterceiro dia”.[95]

Seus discípulos provavelmenteestavam pensando: “Estivemos aolado de Jesus todo esse tempo e nãopodemos imaginar nenhum crime deque ele pudesse ser condenado”.Deve ser por isso que eles não olevaram a sério (além do fato deque não tinham a menor ideia doque significava “ressuscitar dos

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mortos”).[96] Então foram paraJerusalém, e, com certeza,aconteceu exatamente como Jesusdissera. Ele foi preso, condenado emorto.

As autoridades judaicastambém conheciam a profecia arespeito da ressurreição. Por isso,puseram guardas para proteger otúmulo e assim se certificarem deque não haveria nenhumafalcatrua.[97] Mas, apesar de seusmelhores esforços, no terceiro dia,o túmulo estava vazio, o corpo nãoestava mais lá e corria solta anotícia de que Jesus estava vivo.

Muitas pessoas chacoalham a

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cabeça neste momento e dizem: “Eusimplesmente não caio nessa. Nãoacredito que Jesus tenharessuscitado corporalmente dosmortos”. No entanto, justamentepara manter a integridadeintelectual, essas mesmas pessoasprecisam oferecer uma explicaçãoplausível para o que de fatoaconteceu naquele fim de semanaespecial. Se o Filho de Deus nãoressuscitou dentre os mortos depoisde pagar os pecados dahumanidade, o que explica ascentenas de milhares de igrejascristãs em todo o mundo? Comoisso poderia ter acontecido se a

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ressurreição de Jesus não passassede uma farsa?

Prova número 5: Outrasexplicações para o túmulovazio

Quem nega a ressurreição física deJesus propõe três possíveis teoriaspara explicar o túmulo vazio. Comoveremos, nenhuma delas sesustenta.

O corpo foi roubado. A

primeira teoria é a de que osinimigos roubaram o corpo deJesus. Foi o que Maria Madalena

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pensou quando foi ao sepulcro e oencontrou vazio. Ela voltoucorrendo para Pedro e João e disse:“Tiraram do sepulcro o Senhor, enão sabemos onde o puseram”.[98]Ela pensou que inimigos tinhamlevado o corpo para profaná-lo e,ao escondê-lo, impedirem que osseguidores de Jesus transformassemsua sepultura em santuário.

Entretanto, na qualidade deexplicação do que aconteceu aocorpo de Jesus, essa teoria não temabsolutamente nenhum sentido. Umavez que o boato de que Jesus estavavivo começou a se espalhar, seusinimigos teriam tido o maior prazer

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em apresentar seu corpo. Elesteriam dito: “Ah, este aqui é oSenhor que vocês disseram quetinha ressuscitado?”. E teriammostrado seu cadáver do lado defora das portas da cidade para quetodos pudessem ver. O cristianismoteria sido abortado ali mesmo.

A teoria do desmaio. Essa

ideia existe há quase duzentos anos,mas se tornou popular num romancemuito lido de 1965, intitulado ThePassover plot [A trama da Páscoa].A ideia é que Jesus quis forjar suaressurreição e para isso usou deuma droga que lhe permitisse

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simular a morte. Ele sabia que seriaexecutado, por isso pediu quealguém lhe desse o medicamento nahora certa para parecer morto antesde estar de fato morto.

Vamos examinar o que essateoria propõe.

Sabemos que Jesus foiaçoitado, o que significava que foiespancado por profissionais, demodo que teve os ossos das costasexpostos. Em seguida, eles lheperfuraram com pregos as mãos eos pés. Mais tarde, um dos algozesenfiou uma lança em sua caixatorácica para se certificar de queestava morto. Contudo, de acordo

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com a teoria do “desmaio”, Jesustomou uma droga e depois enganoutodos, simulando um desmaio peloqual se fez passar por morto. Então,eles o arrancaram da cruz,envolveram-no comaproximadamente 50 quilos deespeciarias e o colocaram em umtúmulo úmido, escuro e frio, ondepermaneceu por três dias semcomer nem beber. No terceiro dia,ele acordou do torpor, livrou-sedas faixas em que fora envolvido,rolou uma pedra de duas toneladas,apareceu a seus discípulos,convenceu-os de que tinharessurgido com poder e glória e, em

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seguida, saiu para outro lugar a fimde morrer. A teoria do desmaionunca ganhou aceitação, porque épreciso, no mínimo, a mesma dosede fé para crer nela do que énecessária para crer naressurreição.

A teoria da conspiração. A

última teoria é a melhor. Essasurgiu no primeiro século, quandoos adversários de Jesus afirmaramque os discípulos roubaram o corpode Jesus, enterraram-no em outrolugar, em seguida criaram a históriada ressurreição e espalharam elesmesmos o boato. À primeira vista,

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parece uma boa teoria. Mas tudo oque você tem de fazer é cavar umpouco mais fundo, e ela desmoronapor completo. Vou explicar comuma história da minha árvoregenealógica.

Meu tio-avô Clifton foi oúltimo homem a ser enforcado noestado americano da Virgínia. Sériomesmo. Ele não era um bomhomem. Matou algumas pessoas, epor isso decidiram enforcá-lo. Elepediu seu violão, cantou umacanção, depois se virou para seusexecutores e disse: “Escutem aqui,vocês vão me enforcar, e eu voumorrer, mas, quando me levarem

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para fora da cidade nesse caixão depinho, antes de me enterrarem nochão, abram-no, porque eu vouvoltar”. Ele prometeu que iriaressuscitar!

Então, eles o enforcaram e ocolocaram no caixão de pinho.Quando o estavam levando para osepultamento, um espectador que oouvira dizer que voltaria sugeriu:“Seja o que Deus quiser! Vamosabrir para ver”. Assim, abriram ocaixão e olharam dentro dele. Oque você acha que encontraram? Otio Clifton, mortinho da silva. Osujeito olhou para ele e disse:“Clifton!”. Nenhuma resposta.

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Então, pegaram o caixão de novo eo sepultaram.

Mas suponhamos que aquelessujeitos cortassem o caixão depinho e retirassem dali o falecidotio Clifton, o sepultassem em outrolugar e depois dissessem àspessoas: “Clifton ressuscitou! Eleestá vivo — ele voltou! Nós ovimos!”. Por quanto tempocontinuariam a espalhar essa falsaalegação, caso isso lhes custasse oemprego? Ou seus filhos? Ou sefossem presos e brutalmenteespancados e ameaçados de morteexcruciante? Quantos delescontinuariam a propagar o boato

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sobre Clifton? Nenhum.Como já mencionei, é fato

histórico que quase todos osprimeiros apóstolos enfrentaram amorte por se recusarem a negar seutestemunho sobre a ressurreiçãocorpórea de Jesus. Em essência,afirmaram, unânimes: “Nós o vimoscom os próprios olhos, o tocamoscom as mãos, e Jesus está vivo.Podem nos matar, se quiserem, masnão vamos voltar atrás no queafirmamos”.

Jesus existiu de verdade? Umaúnica testemunha ocular disposta amorrer por seu depoimento étestemunho convincente. Mais ainda

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se dezenas de pessoas tambémestiverem dispostas ao mesmogesto. As Escrituras registram quepelo menos mais quinhentaspessoas testemunharam do Cristoressurreto,[99] e um númerosignificativo delas morreu por serecusar a negá-lo. Jesus existiu deverdade? Ao que tudo indica,pensavam que sim. E estavampresentes para contar a história.

Prova número 6: Otestemunho de vidastransformadas

Jesus afirmou que podia

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transformar a vida das pessoas.Podia suprir o que faltava em cadauma delas. Nicodemos, homemmuito religioso, foi até ele umanoite e disse: “Fui religioso toda aminha vida, mas algo estáfaltando”. Jesus disse: “Vocêprecisa nascer de novo” e entãoexplicou a Nicodemos que aconexão com nascer de novo —aquilo que lhe faltava — era opróprio Jesus. No fundo, ele disse aNicodemos o seguinte: “Creia emmim, e tudo vai fazer sentido paravocê, porque você será salvo e teráa vida eterna”.[100]

Em Samaria, uma mulher veio

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até ele no poço do vilarejo.[101]Ela havia procurado o amor emtodos os lugares errados e tinhasentido sede a vida toda. Jesusdisse: “Eu sou aquilo que falta paravocê. Se me pedir, eu me tornareiágua viva dentro de você. Vouencher os mais profundos recessosde sua alma, e você vai mudar,transformada de uma mulher infelizem uma mulher cheia de alegria epropósito”.

Depois de dois mil anos,milhões de pessoas disseram: “Foiexatamente o que aconteceu comigo— Jesus prometeu me transformar epreencher aquele vazio em meu

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coração, conectando-me com oDeus santo, e foi o que fez.Aconteceu como ele prometeu”.

Harry Ironside foi um pastornos idos de 1900 que muitas vezespregava para públicos ao ar livre.Em linhas gerais, a história delesegue mais ou menos assim. Umdia, estava pregando na rua quandoum homem na multidão, também umorador bem conhecido, desafiou-o adiscursar sobre o agnosticismo emcontraposição ao cristianismo. Odr. Ironside disse: “Tudo bem, massob uma condição: traga uma únicaprostituta e um único alcoólatra quetenham sido transformados pelo

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poder de sua filosofia, e eu voutrazer cinquenta ex-prostitutas ecinquenta ex-alcoólatras que foramtransformados pelo poder de JesusCristo. Depois então vamosdebater”.[102] O debate nuncaaconteceu.

Na história do mundo, nenhumapessoa sequer chega perto de secomparar a Jesus Cristo no númerode pessoas que deram o seguintetestemunho a respeito dele: “Ele é arazão por que fui transformado”.

Na verdade, estou convencidode que Jesus existiu de verdade,não apenas por causa das provas,mas porque Jesus me transformou.

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Ele fez na minha vida exatamente oque disse que seria capaz de fazer— ele me perdoou os pecados e meconectou com um Deus santo. Eleme deu sentido de viver, alegria evida real. E essa é a maior de todasas provas. Embora seja toda aprova de que eu precise, não é todaa prova de que eu disponho.

* * *Creio que no princípio Deus

criou os céus e a terra a partir donada. E creio que Deus criou toda avida. Creio que a Bíblia é precisa.E creio que Jesus é o Filho de Deusque tira o pecado do mundo.

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Acredito que a grande maioria dasevidências científicas e históricasapoia essas reivindicações. Aocontrário do que o sr. Kristofescreveu no The New York Times ,não creio que precisamos tirar océrebro e colocá-lo em umaprateleira para crer nessas coisas.Em vez disso, nosso coração enosso cérebro juntos nos ajudam aver que Deus realmente existe, quea Bíblia é realmente verdadeira eque Jesus realmente é o que eleafirmou ser.

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UM EPÍLOGO PARANÃO CRISTÃOS:SUPERANDO OSOBSTÁCULOS À FÉ

Por que as pessoas não creem emCristo? Acho que podemossintetizar em duas razões básicas:dor e poder.

DOR E PODER

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Dor. Muitos de nós jáexperimentaram a dor profunda. Ador que não nos deixa, desafiando odito popular segundo o qual “otempo cura todas as feridas”. Podeser a nossa própria dor ou a dor dealguém a quem amamos. Pode sersimplesmente a dor de um mundoinjusto. Alguém se atreve amencionar Deus, e você pergunta:“Você está brincando comigo? Se éassim que Deus trata as pessoas,não quero nada com ele”. Contraalgumas evidências poderosas,cerramos os punhos e dizemos: “Eume recuso a acreditar!”. Digo “nós”porque já passei por isso ― por

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alguns anos depois que meu irmãomais novo, John, morreu naquelamotocicleta. No capítulo 4,tratamos da questão do sofrimento eda dor.

Poder. Mas depois vem o

poder. Talvez seja esse o seuobstáculo. Esse assunto nos leva devolta ao capítulo 1, no qualtratamos das quatro questões daexistência. O que dissemos lá foique as respostas às duas primeirasquestões (“De onde vim?” e “Paraonde vou?”) ligam-se diretamente àresposta à quarta questão (“Comodevo viver?”). Assusta ou ofende

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algumas pessoas perceber que amaneira de elas viverem deve sercontrolada pela maneira querespondem a essas duas primeirasperguntas. Talvez você se sintaassim. Talvez esteja dizendo:“Sabe de uma coisa? Eu gosto dedecidir como vou viver. Gosto dopoder de ser dono do próprio nariz.Portanto, vou responder às duasprimeiras questões de uma maneiraque exclua Deus. Dessa forma,posso me recusar a crer emqualquer coisa mais poderosa doque eu mesmo e, então, viver comoquero”.

Se há um Deus, se a Bíblia é

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verdadeira e se Jesus é real, tratar avida dessa forma é muito arriscado.Por favor, reconsidere sua postura.

“FAZER” VS. “FEITO”

Suponhamos que você esteja prontopara eliminar os obstáculos da dore do poder. Digamos que vocêqueira se mover na direção de umavida de fé em Deus, mas não sabequal é a religião certa para você.Eu gostaria de compartilhar maisuma grande diferença entre ocristianismo e as outras religiões.

Fazer. Toda religião que não

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seja o cristianismo pode serresumida em uma única palavra. Éo pequeno verbo “fazer”, em todasas suas conjugações. Se você fizerisso, Deus vai aceitá-lo. Se orarcinco vezes ao dia, ou se derdinheiro suficiente, ou se for àigreja assiduamente, se fizer isso enão aquilo, Deus provavelmente oaceitará. Costumo fazer a seguintepergunta às pessoas: “Se vocêmorresse hoje e se apresentassediante de Deus e ele lheperguntasse por que deveria deixarque você entrasse em seu céu, o quevocê lhe diria?”. Se vocêcomeçasse a resposta, dizendo:

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“Bem, tentei dar o meu melhor edeixei de fazer um monte de coisasruins, de modo que minhas boasações devem compensar minhasmás ações”, você está na categoriadas coisas que “fazemos”. Essa nãoé a categoria de Jesus.

Feito. O cristianismo também

pode ser resumido em uma únicapalavra. É a palavra “feito” ou asformas passadas do verbo “fazer”.Essencialmente Jesus diz: “Eu fizalgo por você ― morri na cruz porseus pecados. Por seus pecados”.

Quando ele ainda estava nacruz, pouco antes de morrer,

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bradou: “Está consumado”. O queestava consumado? Sua obra deredenção ― o pagamento do preçopelos nossos pecados. Ele tinhaterminado de pagar pelo pecado, eo pecado foi plenamente pago ―tudo foi consumado, tudo está feito!É por isso que ele oferece perdãoque não tem de ser conquistado oumerecido. É um presente que se fazpossível por aquilo que ele fez.

Se você já sentiu que algo estáfaltando lá em seu interior ou sabeque nunca esteve muito ligado aDeus, então é isso que lhe falta ―você não está captando o que Jesusfez. A Bíblia dá instruções passo a

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passo sobre como receber essepresente de Jesus. Não é por nadaque você faça, mas pela graçadele. Eis como você recebe essagraça:

Reconheça-se pecador eadmita que precisa de Jesuscomo Salvador.Reconheça Jesus como oFilho de Deus que veio seentregar em seu lugar parapagar o preço por seupecado. Peça a ele que lheperdoe com base na obraconsumada por ele na cruz.

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Peça que o amor de Jesustransforme você e o modode se aproximar de Deus apartir de agora.Entregue sua vida a Jesus.Reconheça-o como oSenhor de sua vida.

Enquanto reflete sobre essas

afirmações, simplesmente conversecom Deus com sinceridade decoração e humildade. Você nãoprecisa de mantras nem de palavrasbonitas.

Mas e se ainda não se sentirpronto? Peça então a Deus que o

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aproxime dele; peça que o tornepronto. Na Bíblia, Deus promete:“Vós me buscareis e meencontrareis, quando me buscardesde todo o coração”.[103] Quandoisso acontece, quando realmentebusca a Deus de todo o coração,algo muda qualitativamente dentrode você. Pode então começar aacontecer o processo detransformação: você se tornar apessoa que foi criado paraser.[104]

É o que acontece. É Deus quempromete, e foi o que aconteceucomigo. É por isso, em últimaanálise, que eu creio que Jesus é

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real.

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UM EPÍLOGO PARACRISTÃOS: UMAPALAVRA FINAL PARAO APOLOGISTA

Se você já é cristão, provavelmenteleu este livro com um amigo emmente. Isso é ótimo. Minhaesperança é que as informaçõescontidas neste livro o ajudem acompartilhar sua fé de forma eficazcom seu amigo. Permita-me deixar

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a você três pensamentos finais.

NUNCA SE AFASTE DOEVANGELHO

A palavra mais importante para osapologistas é o evangelho. Não seesqueça de que está compartilhandouma boa-nova, uma boa notícia. Aboa notícia nos informa que, mesmoque você seja mais profundamentefalho do que jamais quis admitir aqualquer pessoa ― nem a sipróprio ―, ao mesmo tempo você émais profundamente amado do quejamais ousou sonhar. Essa boanotícia é possibilitada pela pessoa

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de Jesus Cristo, que viveu a vidaque deveríamos ter vivido e morreua morte pelo pecado quedeveríamos ter morrido, para quepudéssemos nos tornar aceitáveis aum Deus santo e ser adotados emsua família para sempre.[105]

É fácil entrar em discussõescom amigos e, no esforço para estarcerto sobre algum ponto emparticular, perder de vista oevangelho. Ninguém jamais ganhoualguém para Cristo com esse tipode discussão. Você não se tornoucristão porque era inteligente ouestava certo, ou porque a pessoaque explicou o evangelho para você

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era inteligente ou estava certa.Você foi salvo e é salvo porqueprecisava de um Salvador, e eleveio até você ― só porque elequis. É isso que significa graça.Não perca de vista a graça aocompartilhar sua fé.

ORE

Em segundo lugar, não se esqueçade orar. Você não é a parte maisimportante da equação: o Espíritode Deus é que é. Ore por seuamigo. Ore pedindo um espírito desabedoria. Ore pedindo que ogrande amor de Deus brilhe com

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todo o fulgor. Ore.

GLORIFIQUE A DEUS

Por fim, lembre-se de que tudo issoé para a glória de Deus. Deus éabsolutamente magnífico, e seuFilho, Jesus, é espetacular. Em casode dúvida, fale sobre o Pai e oFilho. Diga a seus amigos o queDeus fez por você. Conte a eles porque o ama tanto. A glória de Deus éabsolutamente estonteante. Todo serhumano que tiver apenas umvislumbre de sua glória cairá dejoelhos em adoração. Não seesqueça disso.

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Que Deus use você pararefletir sua glória enquantocompartilha a verdade das boas-novas de Jesus Cristo.

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SÉRIE CRUCIFORME

Cruciforme significa algo que tem aforma da cruz. O objetivo da sérieCruciforme é publicar livros queinspirem os cristãos a viver comodiscípulos de Cristo no século XXI,através de uma vida que tenha a formada cruz, do evangelho de Cristo.

Para incentivar essa reflexão etransformação, os livros discutemtemas atuais e de grande relevânciapara os cristãos, apresentando umavisão bíblica sobre os seguintes

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assuntos: vida cristã, discipulado dafamília, sexualidade, questõesespirituais por trás da falta deorganização, perseverança, pobreza,aborto, consolo para a morte,mortificação do pecado, entre outros.

Porém, a proposta da sérieCruciforme é fazer com que essareflexão chegue ao leitor de maneirabem simples e acessível.

Para tanto, a série apresenta os

seguintes diferenciais:1. Consistência: livros de

conteúdo útil, inspirador,centrado no evangelho ebíblico.

2. Simplicidade: livros pequenos,fáceis e rápidos de ler, escritos

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em linguagem simples.3. Acessibilidade: livros vendidos

sempre a preço acessível.4. Confiabilidade: os assuntos

tratados sempre são abordadosda perspectiva bíblica.

Enfim, a proposta dessa série é

publicar livros que aproximem ocoração dos leitores da inesgotávelglória do evangelho de Cristo e de suarica aplicação a todas as áreas de nossavida.

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DESINTOXICAÇÃO SEXUALUm guia para homens que querem

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fugir da imoralidade sexualTim Challies Você não aguenta mais tanta pornografia? É hora de se desintoxicar. Este livro apresenta um retorno à saúde, um retorno à normalidade.

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COMO ORGANIZAR SUA VIDA E SEU CORAÇÃOUm guia para mulheres que querem

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vencer o caosStaci Eastin Sua vida está um caos e você não sabe como fazer para se organizar? Não se desespere. Este livro mostrará a você do que realmente precisa: de um caminho inteiramente novo e melhor para se organizar. Um caminho baseado na graça de Deus.

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PAIS DISCIPULADORESUm guia para o discipulado em família

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Tad Thompson Se você deseja ver seus filhos seguindo a Jesus, mas não sabe como liderar espiritualmente sua família, leia este livro. Ele foi escrito justamente para pais que desejam de todo o coração discipular seus filhos, mas não sabem como fazê-lo. Ao ler este livro, você entenderá quantas vezes ficou aquém do plano de Deus para o discipulado da família.

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[1] Nicholas D. Kristof, Believe it,or not, The New York Times , 15 deagosto de 2003.

[2] Mt 7.24-27.[3] Lc 16.19-31.[4]Sou grato a Ravi Zacharias por

incluir essa ideia em uma de suasmensagens.

[5]Ec 3.11.[6]Jacqueline L. Salmon, Most

Americans believe in higher power, pollfinds, The Washington Post , 24 dejunho de 2008.

[7] P a t r i c k Glynn, God: theevidence, Roseville: Prima Publishing,1999, p. 82-3.

[8]C. S. Lewis, Mere Christianity,San Francisco: HarperCollins, 1972.[Publicado no Brasil com o título

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Cristianismo puro e simples (3. ed.rev. e ampl., trad. Álvaro Oppermanne Marcelo Brandão Cipolla, São Paulo:WMF Martins Fontes, 2009).]

[9]Glynn, op cit., p. 61.[10]Harold G. Koenig, Michael E.

McCullough & David B. Larson,Handbook of religion and health, NewYork: Oxford U. Press, 2001.

[11]Rm 1.20, nvi.

[12]Stephen J. Gould, The panda’sthumb, Nova York: Norton, 1980.

[13]Hugh Ross, A beginner’s-and-expert’s guide to the Big Bang , Factsfor Faith, 2001, p. 14-32.

[14]Arno Penzias e Robert Wilson,“Temperature at 4080 Mc/s”, ap. HughRoss, The fingerprint of God, Orange:Promise Publishing, 1991, p. 85

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[15]Ross, The fingerprint of God ,p. 185.

[16]R. Douglas Geivett e Gary R.Habermas, orgs., In defense ofmiracles, Downer’s Grove:InterVarsity Press, 1997, p. 157.

[17]Cl 1.7b.[18]Hb 1.3b.[19]Evolution: a theory in crisis, 3.

ed., Chevy Chase: Adler and Adler,1986, p. 328.

[20]Intelligent design: the bridgebetween science & theology, DownersGrove: InterVarsity Press, 2002, p. 10,107.

[21]The philosophical scientists,Nova York: Barnes & Noble Books,1993, p. 83.

[22]Lane P. Lester & Raymond G.

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Bohlin, The natural limits tobiological change, 2. ed. , Plano:Probe Books, 1999, p. 84-5.

[23]V., e.g.,wiki.answers.com/Q/How_many_atoms_are_there_in_the_universeandhttp://en.wikipedia.org/wiki/Shannon_number.

[24]On the origin of species,Cambridge: Harvard University Press,1964, p. 280.

[25]Gould, op. cit., p. 181.[26] L e e Strobel, The case for

Christ, Grand Rapids: Zondervan,1998, p. 63. [Edição em português: Emdefesa de Cristo, São Paulo: Vida,2006.]

[27]Frederic Kenyon, The Bible andarcheology, Nova York: Harper andRow, 1940, p. 288-9.

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[28]Michae l Martin, The caseagainst Christianity, Philadelphia:Temple University Press, 1991, p. 49.

[29]Lc 1.1-3.[30]2Pe 1.16.[31]1Jo 1.1-3a.[32]At 2.22.[33]At 26.26.[34]Norman L. Geisler, Baker

Encyclopedia of Christianapologetics, Grand Rapids: Baker,2000, p. 47. [Edição em português:Enciclopédia de apologética:respostas aos críticos da fé cristã, trad.Lailah de Noronha, São Paulo: Vida,2002.]

[35]Norman L. Geisler e ThomasHowe, When critics ask, Wheaton:Victor, 1992, p. 385.

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[36]Mt 4.4.[37]Dt 8.3.[38]Mc 7.13.[39]Aqui a questão não é que o

cristianismo seja a única religiãoimportante que tenha profeciasdetalhadas (algumas das quais seacham no Antigo Testamento e outrasno Novo). Em certo sentido, o quequero dizer é ainda mais enfático:quando outras religiões (como ojudaísmo) têm profecias detalhadas,essas profecias são extraídas dos livrosdo Antigo Testamento!

[40]Henry M. Morris, Manyinfallible proofs, Green Forest: MasterBooks, 1974, p. 188.

[41]Is 7.14; cf. Mt 1.18-25.[42]Gn 12.2 e 22.18; cf. Mt 1.2 e Gl

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3.16.[43]Gn 21.12; cf. Mt 1.2 e Lc 3.34.[44]Gn 49.10; cf. Lc 3.33 e Hb 7.14.[45]2Sm 7.12; cf. Mt 1.1.[46]Mq 5.2; cf. Mt 2.1 e Lc 2.4-7.[47]Is 35.5,6; cf. Mt 9.35.[48]Ml 3.1; cf. Mt 21.12.[49]Sl 118.22 e Is 53.3; cf. Jo

1.10,11; 7.5; 7.48 e 1Pe 2.7.[50]Is 53.7; cf. Mt 27.12-14.[51]Sl 22.16; cf. Lc 23.33.[52]Sl 22.18; cf. Jo 19.23,24.[53]Is 53.12; cf. Mt 27.38.[54]Is 53.12; cf. Lc 23.34.[55]Zc 12.10; cf. Jo 19.34.[56]Is 53.9; cf. Mt 27.57-60.[57]Peter Stoner, Science speaks,

Chicago: Moody Press, 1969, p. 109.[58]Rm 10.9.

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[59]Sl 62.11,12a.[60]Jó 1.8.[61]Jó 2.9.[62]Jó 42.7,8.[63]Is 55.8,9.[64]Jo 11.35.[65]Hb 12.2a.[66]Jo 14.6.[67]V. Mt 10.5-39.[68]Hb 1.1-3a.[69]1Pe 3.15,16.[70]1Tm 1.15.[71]Rm 3.23.[72]1Pe 3.18a.[73]Ef 2.8,9.[74]Mt 5.48.[75]Mother Teresa, Whatever you

did unto one of the least, you did untome, National Prayer Breakfast,

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Washington, DC, February 3, 1994(grifo nosso).

[76]Disponível em:http://www.finestquotes.com/author_quotes-author-H.G.%20Wells-page-0.htm.

[77] K e n n e t h Latourette, TheChristian understanding of history, TheAmerican Historical Review, v. 54.2,p. 259-76, jan. 1949.

[78]Cl 3.23.[79]Eric Metaxas, Amazing grace:

William Wilberforce and the heroiccampaign to end slavery, Harper One,2007.

[80]Jo 14.6.[81]Ibid.[82]Jo 10.30; 14.9.[83]Jo 5.17,18; 10.30-33.[84]Cf. Jo 14.7.

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[85]Lc 5.24.[86]Lewis, Mere Christianity.

[Edição em português: Cristianismopuro e simples, 3. ed., São Paulo:WMF Martins Fontes, s.d.]

[87]Ibid.[88]Stoner, op cit.[89]Jo 10.37,38.[90]Josh McDowell, Evidence that

demands a verdict, San Bernardino:Campus Crusade for Christ, 1972, p.85. [Edição em português: Evidênciaque exige um veredicto. São Paulo:Hagnos, s.d.]

[91]Ibid., p. 84.[92]1Pe 2.22.[93]1Jo 3.5.[94]V. Jo 8.29.[95]Lc 9.22; 18.31-33.

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[96]Lc 18.3.[97]Mt 27.62-66.[98]Jo 20.1,2.[99]1Co 15.5-8.[100]V. Jo 3.1-21.[101]V. Jo 4.1-44.[102]E. Schuyler English, Ordained

of the Lord: a biography of HarryIronside, Loizeaux Brothers, 1976.

[103]Jr 29.13.[104]2Co 3.18; 5.17.[105]Tenho uma dívida de gratidão a

Tim Keller por oferecer essas palavrascuidadosamente escolhidas paratransmitir o evangelho de formasucinta.

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